Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Mais informações em ww
\RTIßORNERICR
CADERNOS DE CULTURA LATINO-AMERICANA
DARCY RIBEIRO
CULTURA LATINO-AMERICANA
COORDENAÇÃO DE HUMANIDADES
CENTRO DE ESTUDOS LAT INOAME R ICAN/
Facultad de F ilosof la y Letras
UNION DE UNIVERSIDADES
DE AME R ICA LATINA UMA
VEZ
CULTURA LATINO-AMERICANA
PoF
Darcy Ribeiro
Darcy Ribeiro
1. As Américas no munao
No desprendimento da América da
monarquia espanhola, ela se encontrou
semelhante ao Império Romano, quando
aquela enorme massa caiu dispersa no meio
do mundo antigo. Cada desmembramento
formou então uma nação independente, de
acordo com sua situação ou seus interesses;
mas com a diferença de que esses membros
restabeleceram suas primeiras associações.
Não somos europeus, não somos índios,
mas uma espécie a meio caminho entre os
aborígines e os espanhóis. Americanos por
nascimento e europeus por direito, nos
encontramos no conflito de dar aos nativos
títulos de posse e nos manter no país onde
nascemos, contra a oposição dos invasores;
assim, nosso caso é o mais extraordinário e
complicado.
5
ingenuamente construído pela série cronológica de
eventos singulares - em termos de antecedentes e
seqüências - a hipotética reconstrução das civilizações e
a recontagem de certos eventos espetaculares. Em
alguns casos, estas narrativas são elevadas ao status de
interpretações de etapas ou passos unilineares numa
progressão necessária da evolução humana pela qual
todos os povos teriam passado.
10
Embora funcionem como indicadores de um status social
inferior, continuam sendo um ponto de referência para os
pré-conceitos que pesam sobre eles.
3. F - Reformas socioeconômicas
18
Desta forma, eles não conseguem perceber toda a história.
Como resultado, eles distorcem a história humana ao
projetar suas categorias etnocêntricas sobre ela.
21
Desenvolvimentos tecnológicos e processos de Paradigmas
civilização econômica e social históricos
Segunda expansão pastoral Nômades pastores chefes de Hicksos (18 a.C.); Huns (N.c.)
pastores
e Espanha(16º c.)
c.)
Revoluções tecnológicas e Formações Paradigmas
processos civilizacionais econômico-social históricos
Parcerias futuras
Nesta tabela, podemos ver a sucessão de revoluções
tecnológicas, desde a revolução agrícola até a revolução
termonuclear, bem como as respectivas formações
econômicas e sociais, desde a revolução agrícola até a
revolução termonuclear. Esta tabela mostra a sucessão
das revoluções tecnológicas, desde a revolução
agrícola até a revolução termonuclear, bem como as
respectivas formações econômicas e sociais, que vão
desde as aldeias agrícolas indiferentes até as formações
socialistas. Ela mostra que os modelos básicos da
evolução humana estão representados na América.
25
manchado do que em outras áreas. As sociedades africanas,
por exemplo, embora dizimadas como fornecedoras de
milhares de escravos, foram capazes de preservar a
relativa autonomia étnica, enquanto todas as populações
indígenas americanas impactadas pela expansão européia
ficaram permanentemente presas, traumatizadas e
transfiguradas.
O impacto europeu sobre as altas civilizações orientais
também foi mais violento. Assim, os chineses, os
indianos e mais tarde os egípcios, turcos e indochineses
conseguiram manter, em grande parte, sua autonomia
cultural e a estrutura de sua civilização, resistindo à
europeização completa, enquanto as altas civilizações
americanas foram destruídas a tal ponto que seus
descendentes atuais dificilmente puderam reter a
memória de seu passado. Consequentemente, eles são tão
diferentes do que eram originalmente como os próprios
europeus, e sua única alternativa é continuar o processo
de europeização, agora dentro das novas estruturas étnicas
nacionais.
As linhas gerais dessas transfigurações étnicas podem ser
resumidas em termos de duas revoluções tecnológicas e
dos vários processos civilizatórios que elas geraram.
Primeiro, a revolução mercantil, desencadeada entre os
séculos XV e XVI, que, ao proporcionar aos povos
ibéricos uma nova tecnologia baseada principalmente na
navegação oceânica e em armas de fogo, permitiu-lhes
libertar-se da dominação islâmica, transfigurar-se
internamente e na mesma terra...
As novas formações deveriam ser expandidas em escala
global. Nesta etapa, elas tomam a forma de um novo tipo
de formação: os zrri- cães mercantis salvadoristas cujas
características gerais são menos parecidas com as
de qualquer formação feudal ou capitalista européia do
que as das formações que mais as influenciaram e que
foram lideradas pelos povos da Europa.
Impérios islâmicos: impérios despóticos Salvacionistas.
Estas semelhanças podem ser encontradas na tecnologia que
os ibéricos herdaram dos muçulmanos, em suas formas
similares de organização sócio-econômica e no impulso
missionário que energizou ambos, embora em um caso
fosse muçulmano e no outro cristão.
26
Estes conquistadores-cruzados invadiram os territórios
americanos para dominar e envolver seu povo na
primeira civilização agrário-mercantil mundial da
história registrada. A partir de então, todos eles foram
incorporados a um sistema econômico baseado na
mesma tecnologia básica, estruturados de acordo com
a mesma ordem social, moldados segundo os
mesmos padrões institucionais e obrigados a definir
sua visão de mundo e moldar suas criações artísticas
com base na mesma tradição e no mesmo corpo de
estilos.
29
As mudanças civilizacionais são muito mais vigorosas do
que qualquer uma das anteriores. Nesta etapa, o mundo
não europeu foi mais uma vez atingido por um
movimento de incorporação histórica, que reordenou suas
formas de ser e viver de acordo com os interesses dos
novos centros de poder. As nações ibéricas, tornadas
ainda mais obsoletas pelo fato de não terem ascendido
de forma autônoma à nova civilização, também estavam
experimentando seus efeitos modernizadores de uma
forma pouco reflexiva. O peso conservador de sua
configuração original como formação salvadora
mercantilista os impede de renovar seu sistema
produtivo, sua rígida estratificação social e sua
despotizada estrutura de poder.
30
O histórico, sob a égide de corporações multinacionais;
e seus suplentes que lutam para reabrir a gestão
social para construir sociedades mais inclusivas e mais
capazes de desenvolvimento pleno e autônomo,
generalizado a toda a população.
3l
Quando José Dávalos foi diretor geral da Publicaciones,
a impressão de La Cultura Latinoamericana foi
concluída nas oficinas da Polymasters de México, S. A,
em novembro de 1978.
Foram impressos 10.000
exemplares.
VOLUME I :
1 . Sim ón Bol ívar, CAR TA DE JAM A I CA. Arturo Ardao, LA IDEA DE LA M AGN A
CO LOMBIA. DE MIR ANDA A HOSTOS. 3. Francisco BiI- bao, IN IC IATIV A DE
LA AMER ICA . I DE A DE A DE UN CONG R ESO FE DE RA L DE LAS R EPU BL
ICA S. 4. Arturo Andrés R oig, LOS IDE A LE S BO LIV I A- NOS Y LA P ROPU ESTA
DE UN A UN IV ER SIDAD LATINOAMER ICANA CON TI NEN TA L. 5. Justo
Sierra, EM AUGURACI O N DE LA UNIVERSITY.
R ECTOR
Dr. Guil Iermo Soberó n Acevedo
S E C R E T A R Y S E C R E T A R Y S E C R E TARIAT
Dr. Fernando Pérez Correa
SECRETÁRIO-GERAL ADMINISTRATIVO
Gerardo Ferrando Bravo
COO RD IN ADO R O DE HUMA NIDADE
Dr. Jorge Carpi zo
DIR ECTOR FACU LTAD DE FI ELD DE FI ELD E CARTAS
Dra. Abela rd o V iIIegas
CENTRO DE ESTUDOS LATINO-AMERICANOS
Dr. Leopoldo Zea
SECRETARIA GERAL DA UNIÃO DAS UNIVERSIDADES
LATINO-AMERICANAS
Dr. Efrén C. del Pozo.