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Conceito de América Latina

América Latina define uma região desde o Rio Grande onde divide o México até a
terra do fogo na Argentina.
Em geral, os países latino-americanos partilham características culturais e sociais uma
vez que foram territórios coloniais (ex-colónias) das mesmas nações europeias
(Espanha, Portugal e França)
Fazem parte da américa latina Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica,
Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua,
Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. A Guiana
francesa e a inglesa, Suriname, Ilhas Malvinas, Belize e Jamaica também fazem parte,
mas não deveriam, Quebec (província francesa do Canada) deveria fazer parte pelo
seu idioma, mas não estão.
O conceito de américa latina é improprio, exclui o que deveria ser incluído e exclui
quem deveria

Idealidade consolidada
Etnias -> indígenas
Indo América -> América indígena (Guatemala, Bolívia, Equador e Peru)
América latina x Indo – Choque
Afro América entra em choque com a América Latina
A Afro América não é contemplada pela América latina

Denominação da América Latina

 
A precisa origem do termo tem sido alvo de controvérsias. Para uma corrente, os
franceses propuseram o nome como forma de justificar, por intermédio de uma
pretensa identidade latina, as ambições da França sobre esta parte da América. Para
outra, foram os próprios latino-americanos que cunharam a expressão para defender a
ideia da unidade da região frente ao poder já anunciado dos Estados Unidos.

Acompanhando a primeira perspectiva, o autor da concepção de uma América latina


teria sido o intelectual, político, economista e viajante francês, Michel Chevalier, em
obra de 1836.Seu relato de viagem aos Estados Unidos entendia a história do mundo
ocidental como a realização de embates entre “civilizações” ou “raças”. A novidade do
texto de Chevalier estava na transposição para o Novo Mundo das disputas entre
“latinos católicos” e “anglo-saxões protestantes” que já se davam em território
europeu. Para Chevalier, a França, “sendo a primeira das nações latinas”, deveria
liderar suas irmãs europeias e americanas na luta contra os países de origem
saxônica.

Já a segunda fala que o termo completo América Latina fora utilizado, pela primeira
vez, pelo ensaísta colombiano José María Torres Caicedo, em um poema de 1857,
chamado de “As duas Américas”. A finalidade clara dos versos era a da integração
entre os vários países latino-americanos, buscando seu fortalecimento, como
precaução para as possíveis futuras interferências norte-americanas na região.

A verdade didática

Uma das mais tradicionais “verdades didáticas” sobre a colonização inglesa inclui, por
oposição, a colonização ibérica. Esta “verdade” descreve colônias de exploração e
colônias de povoamento.
As de exploração seriam as Ibéricas, seriam apenas para enriquecer as metrópoles.
Geralmente as verdades didáticas são duplas. O oposto de colônia de exploração, é a
de povoamento. Para estas a ideia principal não era enriquecer e voltar, e sim morar
na nova terra, sua atitude era preocupada com o desenvolvimento local.
Para as colônias de exploração as metrópoles enviariam aventureiros sem valor que
chegaram aqui com olhos fixos na cobiça e desejo de ascensão. As de colonização
receberiam gente de valor perseguidas na Europa, com seus bens e cultura para o
Novo Mundo.
Já há varias décadas o autor de “Bandeirantes e Pioneiros”, contestava varias destas
posturas. Nessa obra o autor recusa primeiramente a ideia de raça como elemento
definidor para o sucesso ou não de uma civilização. Hoje vamos mais longe e
podemos afirmar que, diante da biologia, a própria ideia de "raça" apresenta
problemas, já que todos os Seres humanos pertencem à mesma espécie. A idéia de
raça é antes fenômeno ideológico que biológico.
Ao explicar as diferenças dos brasileiros e americanos, prefere fatores geográficos e
culturais. Quanto à geografia, Moog destaca para os EUA as facilidades de planícies
imensas e de rios excelentes para a navegação como o Mississipi. A natureza
americana, ao contrário da brasileira, facilita em muito o trabalho do colonizador
Do ponto de vista cultural, Vianna Moog traça paralelo entre a postura colonizadora
católica e protestante. Na Idade Média a Igreja, proibia o lucro e o juro, punidos como
crimes. O ideial católico era a salvação da alma: o progresso econômico era visto com
maus olhos, demônios e riqueza era associados.
Os protestantes, porém, particularmente os calvinistas, desenvolveram uma ética
religiosa oposta Deus ama o trabalho e a poupança: o dinheiro é sinal externo da,
graça de Deus. O ócio é pecado, o luxo também: assim falava o austero advogado
Calvino na Suíça Protestantismo e capitalismo estão associados profundamente,
conforme analisou Max Weber (Weber dizia que o trabalho dignifica o homem), citado
por Moog.
Mais recentemente, Richard Morse, com seu Espelho de Próspero traçou outros
caminhos interessantes para esta questão. Basicamente, Morse afirma que o dito
subdesenvolvimento da América Latina é uma opção cultural. Em outras palavras, o
mundo ibérico não ficou como está hoje por incompetência ou acidente, mas porque
assim o desejou. As diferenças entre a América anglo-saxônica e a ibérica
são frutos de "escolhas políticas", como diz o autor.
Ate que ponto as idéias de Morse estariam corretas? Vamos aos fatos. O primeiro
deles, que contesta várias idéias sobre a colonização da América, é que a ibérica foi,
em quase todos os sentidos, mais organizada, planejada e metódica que a anglo-
saxônica. Caso atribuamos valor à organização, é inegável que a colonização ibérica
foi muito "melhor" que a anglo-saxônica.
Na verdade, só podemos falar em projeto colonial nas áreas portuguesa a e
espanhola. Só nelas houve preocupação constante e sistemática quanto às questões
da América. A colonização da América do Norte Inglesa, foi assistemática (Forma de
pesquisa sem um formato exato ou sistêmica, tipo de pesquisa de observação-ação
onde o sujeito se insere em um ambiente sem saber exatamente como pesquisar algo
sendo necessário se infiltrar ou vivenciar certas ações para poder relatar as
experiencias vividas.)
No século XVII, quando a America Espanhola já apresentava universidade, bispados,
produções literárias e artísticas de várias gerações, a costa inglesa da América do
Norte era um amontoado de pequenas aldeias atacadas por índios e rondadas pela
fome.
Portugal e Espanha mandavam para a América, na época da conquista, alguns de
seus membros mais ilustres e preparados. Dentre os primeiros franciscanos que foram
ao México, por exemplo, estava Pedro de. Gante, parente do próprio imperador. No
Brasil, a nova e entusiasmada ordem dos jesuítas veio junto com o primeiro
governador geral. Nem de longe podemos afirmar que semelhante fenômeno tenha
ocorrido na fase da conquista da América Inglesa.
Decorridos cem anos do início da colonização, a America ibérica já muito mais
urbanizada, com mais comercio, maior população e produções culturais que a américa
inglesa. Por isso a maior facilidade dos colonos norte-americana em proclamar sua
independência. “Casamentos ruins terminam antes dos bons” a falta de um projeto
efetivo colonial aproximou os EUA da independência.
Continuando neste caminho, notamos elementos que não confirmam a ideia de
exploração ou povoamento. O mundo ibérico dá a idéia de permanência. Construir e
reformar permanentemente, ao longo de três séculos, uma catedral como a da cidade
do México não é atitude típica de quem quer apenas enriquecer e voltar para a
Europa. A solidez das cidades coloniais espanholas, seus traçados urbanos e suas
pesadas construções não são harmônicas com um projeto de exploração imediata.

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