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O livro História Dos Estados Unidos, das origens ao Século XX, na introdução do

mesmo podemos encontrar algumas teorias que explicam a diferença entre o processo
colonial Norte-Americano e o latino podendo responder muitas perguntas por parte dos
países ibéricos, muitos se perguntam porque ao Estados Unidos Da América são tão ricos
enquanto outros são pobres, durante todo o século XIX, a explicação que os norte-
americanos deu para seus “ sucesso’’ diante dos outros países da América Hispânica e
Portuguesa é bastante clara para eles os Norte-Americanos, acreditavam que haviam um
“destino manifesto”, uma vocação dada por Deus por isso alcançavam todos os objetivos
e êxitos eram um “povo escolhido”

No brasil há uma desconfiança sobre esse tal “ destino manifesto “, que


privilegiasse essa nação e foi criado outra explicação para compreender o porquê das
riquezas dos EUA e as mazelas dos países latinos foi criado dois modelos históricos as
colônias de povoamento e as de exploração, as colônias de exploração seriam aquelas
colonizadas por Portugal e Espanha existiam apenas para enriquecer as metrópoles,
esse modelo as pessoas saíram da Europa para as colônias em busca de enriquecer e
depois voltar para seus lugares de origem, foi o que os portugueses e espanhóis fizeram
durante um longo período de tempo extraíram o máximo de recursos possíveis no menor
tempo possível.

As colônias de povoamento seria diferente da de exploração, para essas colônias


as pessoas iriam morar definitivamente, não queriam só explorar estavam preocupados
com o desenvolvimento local, devido a colônia de exploração explicaria o grande
desenvolvimento das áreas Anglo-saxônicas como os EUA. Para as colônias de
povoamento iam famílias bem estruídas, pessoas de alto nível intelectual e uma solida
base religiosa: tais seriam os colonos que originaram o povo norte-americano.

Para entender melhor e para poder associar as qualidades dos colonos, para as
colônias de exploração as metrópoles enviariam o “refugo” mandavam aventureiros sem
valor que chegariam aqui colônias da América Latina com os olhos fixos no desejo de
ascensão. As colônias de povoamento receberiam o que houvesse de melhor nas
metrópoles, gente de valor que, perseguida na Europa, viria com seus bens e cultura para
o novo mundo trazendo na bagagem apenas a honradez e a bíblia. Partindo dessa
analise a América latina é pobre porque foi fundada pela escória da Europa! Os Estados
Unidos são ricos porque tiveram a colonização de alto nível da Inglaterra.
Moog recusa a ideia de raça para o sucesso ou não de uma civilização, para ele o
inglês não é melhor do que o português, para Moog a diferença estão nos fatores
geográficos e culturais, quanto a geografia a colonização dos EUA se deu devido a
facilidade de navegação pelo rio, como o Mississipi com planícies imensas. A natureza
norte-americana, ao contrário da brasileira, facilita e muito o trabalho do colonizador, No
brasil a dificuldade era maior para a colonização por conta das serras do mar e os rios
encachoeirados dificultavam a ação colonizadora.

Essa configuração geográfica seria só o início, havia uma diferença maior que seria
a postura colonizadora católica e protestante. Na idade média a igreja católica desconfiou
do lucro e do juros, o ideal católico era a salvação da alma, o progresso econômico era
visto com desconfiança, demônio e riqueza estava associados a ética ibérica. Já os
protestantes principalmente os Calvino desenvolveram uma postura oposta, para os
protestantes Deus amo o trabalho e a poupança: o dinheiro é sinal externo da graça
divina, o ócio é pecado, o luxo também, lembrando que esses fatores, Moog destaca
como as colonizações do Brasil e os EUA foram baseados em pressuposto diferente.

Richard Morse indicou outros caminhos para o diferente processo de colonização


no texto O Espelho Do Prospero. O autor norte americano afirma que o
subdesenvolvimento da América Latina é uma opção Cultural, o mundo ibérico não ficou
assim como é hoje por incompetência ou acidente, mais porque assim o desejou as
diferenças entre as duas américas são frutos de “Escolhas Políticas”. Morse destaca aqui
a ação dos construtores da américa ibérica, os homens que nela vieram e vivem e que
criaram nesse espaço um mundo de acordo com suas visões, devendo se afastar
segundo Morse da ideia de acidente, como se a américa latina fosse fruto de um acaso.

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