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1.
A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se
acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei,
nem Rei, e essa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, nem
peso, nem medida.
2.
4.
Sabe-se o que era a mata do Nordeste, antes da monocultura da cana: um arvoredo tanto
e tamanho e tão basto e de tantas prumagens que não podia homem dar conta. O
canavial desvirginou todo esse mato grosso do modo mais cru: pela queimada. A fogo é
que foram se abrindo no mato virgem os claros por onde se estendeu o canavial
civilizador, mas ao mesmo tempo devastador.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do
Brasil; este São Benedito do velho santeiro Alfredo Durval; este couro de anta,
estendido no sofá de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa. Tive ouro, tive gado, tive
fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas
como dói.
ANDRADE, C. D. Sentimento do mundo. São Paulo: Cia. das Letras, 2012 (fragmento).
O poeta pensa a região como lugar, pleno de afetos. A longa história da ocupação de
Minas Gerais, iniciada com a mineração, deixou marcas que se atualizam em Itabira,
pequena cidade onde nasceu o poeta. Nesse sentido, a evocação poética indica o(a)
6.
O índio era o único elemento então disponível para ajudar o colonizador como
agricultor, pescador, guia, conhecedor da natureza tropical e, para tudo isso, deveria ser
tratado como gente, ter reconhecidas sua inocência e alma na medida do possível. A
discussão religiosa e jurídica em torno dos limites da liberdade dos índios se confundiu
com uma disputa entre jesuítas e colonos. Os padres se apresentavam como defensores
da liberdade, enfrentando a cobiça desenfreada dos colonos.
10.
A instalação da corte portuguesa no Rio de Janeiro a partir de 1808 acelerou uma série
de mudanças na antiga colônia portuguesa da América.
Leia as afirmativas abaixo que tratam desse contexto de mudanças:
I. A abertura dos portos às nações amigas e a assinatura dos tratados de 1810
que fortaleceram as relações comerciais com a França.
II. O aumento da entrada de africanos escravizados na América portuguesa.
III. O enfraquecimento político dos produtores de açúcar com a consequente
expansão da atividade cafeeira.
IV. A criação da Impressão Régia e o estabelecimento da censura à imprensa.
12.
Após a Independência, integramo-nos como exportadores de produtos primários à
divisão internacional do trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil
especializou-se na produção, com braço escravo importado da África, de plantas
tropicais para a Europa e a América do Norte. Isso atrasou o desenvolvimento de nossa
economia por pelo menos uns oitenta anos. Éramos um país essencialmente agrícola e
tecnicamente atrasado por depender de produtores cativos. Não se poderia confiar a
trabalhadores forçados outros instrumentos de produção que os mais toscos e baratos. O
atraso econômico forçou o Brasil a se voltar para fora. Era do exterior que vinham os
bens de consumo que fundamentavam um padrão de vida “civilizado”, marca que
distinguia as classes cultas e “naturalmente” dominantes do povaréu primitivo e
miserável. (…) E de fora vinham também os capitais que permitiam iniciar a construção
de uma infra-estrutura de serviços urbanos, de energia, transportes e comunicações.
(Paul Singer. Evolução da economia e vinculação internacional. In: I. Sachs; J.
Willheim; P. S. Pinheiro (Orgs.). Brasil: um século de transformações. São Paulo: Cia.
das Letras, 2001, p. 80).
13.
A cessação do tráfico lançou sobre a escravidão uma sentença definitiva. Mais cedo ou
mais tarde estaria extinta, tanto mais quanto os índices de natalidade entre os escravos
eram extremamente baixos e os de mortalidade, elevados. Era necessário melhorar as
condições de vida da escravaria existente e, ao mesmo tempo, pensar numa outra
solução para o problema da mão de obra.
COSTA, E. V. Da Monarquia à República: momentos decisivos. São Paulo: Unesp,
2010.
Em 1850, a Lei Eusébio de Queirós determinou a extinção do tráfico transatlântico de
cativos e colocou em evidência o problema da falta de mão de obra para a lavoura. Para
os cafeicultores paulistas, a medida que representou uma solução efetiva desse problema
foi o (a)
14.
A imagem esta relacionada a situação social dos negros no Brasil após a abolição da
escravidão, em 13 de maio de 1888, e reflexo de
15.
Considere as afirmativas abaixo acerca da chamada reação republicana e da crise
enfrentada pelo sistema político da Primeira República no Brasil, no contexto
das eleições presidenciais de 1922.
(A) I e II
(B) I e III
(C) III e IV
(D) II e IV
(E) II e III
16.
17.
“Em que pese os centralistas, o verdadeiro público que forma a opinião e imprime
direção ao sentimento nacional é o que está nos Estados. É de lá que se governa a
República, por cima das multidões que tumultuam, agitadas, as ruas da Capital
Federal.”
CAMPOS SALLES, Manuel Ferraz de. Da propaganda à presidência. Brasília: UNB,
1983, p. 127.
(A) O comando da política republicana estava exclusivamente nas mãos dos coronéis
que controlavam os municípios de acordo com seus interesses particulares.
(B) A despeito dos acordos políticos inerentes ao pacto oligárquico, o livre exercício do
voto e a participação eleitoral possibilitavam a constante alternância de poder.
(C) Os últimos anos foram marcados por diversas tensões e sérios conflitos como a
Revolta da Armada e a Revolução Federalista ocorrida no Rio Grande do Sul.
(D) Os debates e as articulações políticas na Capital Federal foram incentivados,
valorizando-se, assim, um dos princípios republicanos fundamentais.
(E) A concessão de verbas somada às interferências no processo eleitoral garantiam a
perpetuação das oligarquias estaduais e seu apoio à política do governo federal.
18.
Ao deflagra-se a crise mundial de 1929, a situação da economia cafeeira se apresentava
como se segue. A produção, que se encontrava em altos níveis, teria que seguir
crescendo, pois os produtores haviam continuado a expandir as plantações até aquele
momento. Com efeito, a produção máxima seria alcançada em 1933, ou seja, no ponto
mais baixo da depressão, como reflexo das grandes plantações de 1927-1928.
Entretanto, era totalmente impossível obter crédito no exterior para financiar a retenção
de novos estoques, pois o mercado internacional de capitais se encontrava em profunda
depressão, e o crédito do governo desaparecera com a evacuação das reservas.
FURTADO, C. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1997
(adaptado).
19.
Nos primeiros anos do governo Vargas, as organizações operárias sob controle das
correntes de esquerda tentaram se opor ao seu enquadramento pelo Estado. Mas a
tentativa fracassou. Além do governo, a própria base dessas organizações pressionou
pela legalização. Vários benefícios, como as férias e a possibilidade de postular direitos
perante as Juntas de Conciliação e Julgamento, dependiam da condição de ser membro
de sindicato reconhecido pelo governo.
FAUSTO, B. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp; Imprensa Oficial do Estado,
2002 (adaptado).
No contexto histórico retratado pelo texto, a relação entre governo e movimento sindical
foi caracterizada
A) pelas benesses sociais do getulismo.
B) por um diálogo democraticamente constituído.
C) por uma legislação construída consensualmente.
D) pelo reconhecimento de diferentes ideologias políticas.
E) pela vinculação de direitos trabalhistas à tutela do Estado.
20.
21.
As relações do Estado brasileiro com o movimento operário e sindical, bem como as
políticas públicas voltadas para as questões sociais durante o primeiro governo da Era
Vargas (1930-1945), são temas amplamente estudados pela academia brasileira em seus
vários aspectos. São também os temas mais lembrados pela sociedade quando se pensa
no legado varguista.
D’ ARAÚJO, M. C. Estado, classe trabalhadora e políticas sociais. In: FERREIRA, J.;
DELGADO, L. A. (Org). O tempo do nacional-estatismo: do início ao apogeu do
Estado Novo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
22.
Analise as afirmativas abaixo acerca do período Estado Novo (1937-1945) no Brasil.
I - O Estado Novo se estabeleceu a partir de um golpe que dissolveu o Congresso e da
outorga de uma nova Constituição que suprimiu liberdades civis. Em meio a um período
de turbulência política, o pretexto definitivo para o fechamento do regime foi o
crescimento da Ação Integralista Brasileira (AIB) e suas marchas populares.
II - No âmbito do Ministério de Educação e Saúde (MES), elaborou-se um projeto
cultural que visou a incentivar pesquisas sobre o Brasil e preservar suas raízes culturais.
Em torno do ministro Gustavo Capanema, reuniram-se intelectuais de variadas correntes
de pensamento nem sempre próximos ao regime, mas que compartilhavam um projeto
nacionalista.
III - O Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), criado em 1939, controlava e
censurava previamente os meios de comunicação. Subordinada ao poder público pela
Constituição de 1937, a imprensa foi usada como instrumento de propaganda do regime,
sendo obrigada a divulgar informes e comunicados oficiais.
IV - O Estado Novo valorizou manifestações da cultura popular como o samba e o
carnaval, transformando-os em símbolos da cultura nacional. As festas, os ritmos
populares e temas como a sensualidade, a boemia carioca e a “malandragem”, passaram
a ser vistos como expressões de uma brasilidade que deveria ser exaltada.
(A) I e III.
(B) II e III.
(C) II e IV.
(D) II, III e IV.
(E) I e IV.
23.
De março de 1931 a fevereiro de 1940, foram decretadas mais de 150 leis novas de
proteção social e de regulamentação do trabalho em todos os seus setores. Todas elas
têm sido simplesmente uma dádiva do governo. Desde aí, o trabalhador brasileiro
encontra nos quadros gerais do regime o seu verdadeiro lugar.
DANTAS, M. A força nacionalizadora do Estado Novo. Rio de Janeiro: DIP, 1942.
Apud BERCITO, S. R. Nos Tempos de Getúlio: da revolução de 30 ao fim do Estado
Novo. São Paulo: Atual, 1990.
24.
Contando com imprensa própria e grande capacidade de mobilização para seus eventos
e manifestações de rua, a Aliança Nacional Libertadora (ANL) e a Ação Integralista
Brasileira (AIB) conquistaram corações e mentes de milhares de brasileiros ao longo
dos anos 1930 e se constituíram em efetivos movimentos de massa.
25.
No combate à inflação, o governo de Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) buscou
direcionar os gastos públicos em investimentos nos setores considerados prioritários.
Nasceu, então, o Plano Salte, destinado a investir em saúde, alimentação, transporte e
energia. Mas o desenvolvimento brasileiro, especialmente da indústria, ficou abaixo das
aspirações dos industriais brasileiros. Isso ocorreu em razão:
O Governo Juscelino Kubitscheck era criticado como "entreguista", por alguns de seus
opositores, devido a sua política de desenvolvimento ser marcada pelo(a)
27.
Meta de Faminto
JK — Você agora tem automóvel brasileiro, para correr em estradas pavimentadas com
asfalto brasileiro, com gazolina brasileira. Quer mais quer?
JECA — Um prato de feijão brasileiro, seu doutô!
THÉO. In: LEMOS, R. (Org.). Uma história do Brasil através da caricatura (1840-
2001). Rio de Janeiro: Bom Texto; Letras & Expressões, 2001.
28.
“Varre, varre, varre, varre vassourinha!
Varre, varre a bandalheira!
Que o povo já tá cansado
De sofrer dessa maneira
Jânio Quadros é a esperança desse povo abandonado!
Jânio Quadros é a certeza de um Brasil, moralizado!
Alerta, meu irmão!
Vassoura, conterrâneo!
Vamos vencer com Jânio!”
(Varre, varre vassourinha, varre a corrupção. Jingle da campanha presidencial de Jânio
Quadros. Maugeri Neto e Fernando de Almeida. 1960.)
Tendo o combate à corrupção como um dos temas centrais de sua campanha, Jânio
Quadros venceu as eleições presidenciais de 1960 com expressiva votação. Sete meses
após assumir, renunciou ao cargo. Sobre seu curto governo é INCORRETO afirmar que
(A) administrou de forma suprapartidária e sem diálogo com o Congresso, instalando
sindicâncias e negociando diretamente com os governos dos estados
(B) para tentar moralizar hábitos e costumes, instituiu medidas pontuais como proibição
de corridas de cavalos em dias de semana e posturas sobre brigas de galo.
(C) adotou medidas de austeridade econômica, seguindo o receituário proposto pelo
FMI, mas não conseguiu conter a inflação e o aumento do custo de vida.
(D) visando a facilitar a obtenção de recursos externos, manteve um alinhamento
incondicional com os EUA em sua política internacional.
(E) atuou contra o que chamou de “regalias” do funcionalismo público, cortou
benefícios e tentou instituir o horário integral nas repartições federais.
29.
“Não é difícil entender o que ocorreu no Brasil nos anos imediatamente anteriores ao
golpe militar de 1964. A diminuição da oferta de empregos e a desvalorização dos
salários, provocadas pela inflação, levaram a uma intensa mobilização política popular,
marcada por sucessivas ondas grevistas de várias categorias profissionais, o que
aprofundou as tensões sociais. “Dessa vez, as classes trabalhadoras se recusaram a pagar
o pato pelas sobras” do modelo econômico juscelinista.”
MENDONÇA, S. R. A industrialização Brasileira. São Paulo: Moderna, 2002
(adaptado)
Segundo o texto, os conflitos sociais ocorridos no início dos anos 1960 decorreram
principalmente:
a) Da manipulação política empreendida pelo governo João Goulart.
b) Das contradições econômicas do modelo desenvolvimentista.
c) Do poder político adquirido pelos sindicatos populistas.
d) Da desmobilização das classes dominantes frente ao avanço das greves.
e) Da recusa dos sindicatos em aceitar mudanças na legislação trabalhista.
30.
O período que vai de 1956 a 1967 é considerado como a primeira fase da
industrialização pesada no Brasil.
Barjas Negri. Concentração e desconcentração industrial em São Paulo 18801990.
Campinas: Unicamp, 1996.
31.
Essa música fez parte de um importante espetáculo teatral que estreou no ano de 1964,
no Rio de Janeiro. O papel exercido pela Música Popular Brasileira (MPB) nesse
contexto, evidenciado pela letra de música citada, foi o de
A)entretenimento para os grupos intelectuais.
B) valorização do progresso econômico do país.
C) crítica à passividade dos setores populares.
D)denúncia da situação social e política do país.
E) mobilização dos setores que apoiavam a Ditadura Militar.
32.
Entre 1969 e 1973, em função das taxas de crescimento então alcançadas, o momento
econômico do país ficou conhecido como o do "milagre brasileiro".
Com base no testemunho do movimento operário e na publicidade, pode-se concluir que
os principais efeitos do "milagre brasileiro" foram:
35.
É CORRETO afirmar que o evento caracterizado na capa da Revista Veja é a expressão:
a) do contexto político do Governo Médici, com a instituição da ditadura e a proibição
de qualquer manifestação política de oposição.
b) do clima libertário, relacionado ao movimento hippie internacional, que era
compartilhado pelos estudantes brasileiros, compreendido como desregramento moral
pelo governo brasileiro.
c) do acirramento das tensões políticas que gerou mobilização da sociedade contra as
medidas autoritárias do governo e que culminou, no final de 1968, no decreto do AI-5.
d) de manifestações violentas de estudantes, vinculados à União Nacional dos
Estudantes, posta na ilegalidade desde o governo João Goulart, em 1962.
e) da intolerância do regime militar a qualquer manifestação política, razão pela qual o
Congresso Nacional ficou fechado desde 1964.
36.
TEXTO l
“O presidente do jornal de maior circulação do país destacava também os avanços
econômicos obtidos naqueles vinte anos, mas, ao justificar sua adesão aos militares em
1964, deixava clara sua crença de que a intervenção fora imprescindível para a
manutenção da democracia.”
Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 1 set. 2013 (adaptado).
TEXTO II
“Nada pode ser colocado em compensação à perda das liberdades individuais. Não
existe nada de bom quando se aceita uma solução autoritária.”
FICO, C. A educação e o golpe de 1964. Disponível em: www.brasilrecente.com.
Acesso em: 4 abr. 2014 (adaptado).
Embora enfatizem a defesa da democracia, as visões do movimento político-militar de
1964 divergem ao focarem, respectivamente:
38.
39.
Vai passar/ Nessa avenida um samba popular/ Cada paralelepípedo/ Da velha cidade/
Essa noite vai/ Se arrepiar/ Ao lembrar/ Que aqui passaram sambas imortais/ Que aqui
sangraram pelos nossos pés/ Que aqui sambaram nossos ancestrais/ Num tempo/ Página
infeliz da nossa história/ Passagem desbotada na memória/ Das nossas novas gerações/
Dormia/ A nossa pátria mãe tão distraída/ Sem perceber que era subtraída/ Em
tenebrosas transações
“Vai passar”, Chico Buarque e Francis Hime
Com base nessa música gravada por Chico Buarque, em 1984, ano que marcou o auge
da campanha pelas Diretas Já, é INCORRETO afirmar que a canção:
(A) compara a ditadura à escravidão, lembrando antepassados, pés sangrados,
calçamentos de paralelepípedo e até o samba como dança de escravizados.
(B) sugere a presença do povo nas ruas, num contexto em que as grandes manifestações
de massa voltaram à cena política.
(C) trata a ditadura como uma “página infeliz” do Brasil, manifestação crítica essa
favorecida pela revogação do AI-5 e pelo abrandamento da censura prévia, em 1978.
(D) apresenta a luta pelas Diretas Já como um “samba popular”, considerando o apoio
nas ruas e a vitória da Emenda Dante de Oliveira, no Congresso Nacional.
(E) cita as “tenebrosas transações”, uma referência aos casos de corrupção revelados na
fase final da ditadura, com a maior liberdade aos meios de comunicação.
40.
Acerca da década de 1980 no Brasil, podemos afirmar, do ponto de vista econômico,
que foi um período:
a) de grande expansão, embora fortemente perturbado pelas incertezas quanto à
consolidação da democracia.
b) de forte desenvolvimento da indústria, ainda que não acompanhado por outros setores
da economia.
c) de recomposição da mão-de-obra, como resultado do declínio das migrações.
d) de recessão das atividades econômicas, tanto que muitos o consideram uma década
perdida.
e) de ampla abertura ao capital estrangeiro, propiciando por essa via o aumento do
produto interno bruto.
41.
Na década de 1990, a abertura da economia brasileira à concorrência internacional
trouxe uma nova configuração à economia nordestina, buscando conectar a Região
Nordeste aos fluxos de investimentos globalizados e ao mercado mundial. Nessa nova
configuração, observa-se que ocorreu
I- um redirecionamento dos investimentos para o setor de indústrias de base, com
produção destinada à exportação, incentivados pelos baixos custos da força de trabalho
da Região.
II- um engajamento dos governos estaduais nordestinos em diversificar os focos de
incentivo ao capital para os mais diferentes setores da economia, contudo não mais com
a finalidade de atender às necessidades do mercado do Sudeste, mas ao mercado
externo.
III- o surgimento de enclaves econômicos modernos na agropecuária no oeste baiano e
no sul do Maranhão e do Piauí, onde é forte a presença das culturas mecanizadas de
soja, milho, arroz e feijão, associadas ao fluxo migratório de agricultores do sul do País.
IV- a execução de reformas estruturais no meio rural, como a reforma agrária, a qual
suprimiu a hegemonia dos grandes proprietários de terra no Sertão e contribuiu para a
redução da pobreza na Região.
V- a diversificação dos focos dos incentivos econômicos, direcionados também para o
setor de serviços no qual o turismo recebeu prioridade através da implementação de
empreendimentos hoteleiros.
Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas
[A] I, II e III [B] I, III e IV [C] I, III e V [D] II, III e V [E]
II, IV e V
42.
43.
Em 1993, no Brasil, anunciou-se um novo plano de estabilização econômica, o Plano
Real, que entrou em vigor efetivamente em julho de 1994.
O Plano Real foi planejado e implantado no governo do presidente
[A] José Sarney.
[B] Fernando Collor de Mello.
[C] Itamar Franco.
[D] Fernando Henrique Cardoso.
[E] Luís Inácio Lula da Silva.
44.
“Desde 2007, o saldo comercial brasileiro vem apresentando tendência de queda,
puxada pelo mau comportamento do setor industrial, e em consequência da perda da
competitividade da economia brasileira” (Fonte:
oglobo.globo.com/opniao/comercioexterior – Consulta em 26/03/2015).
A perda sistêmica de competitividade da indústria nacional e a consequente queda de
sua participação na formação da riqueza nacional estão associadas, dentre outros:
I - aos elevados custos de deslocamento dos produtos de exportação, em virtude do
predomínio das rodovias e da precária integração entre os modais de transporte.
II - à grande dispersão espacial da indústria brasileira em regiões historicamente
periféricas.
III - à baixa taxa de inovação da indústria brasileira, aliada ao fato de essa inovação
estar mais relacionada à aquisição de máquinas e equipamentos do que ao
desenvolvimento de novos produtos.
IV - aos inúmeros acordos bilaterais assinados pelo País, restringindo o número de seus
parceiros comerciais no mercado externo.
V- à fraca mecanização das operações portuárias de embarque e desembarque e à
intricada burocracia nos portos, provocando atrasos e congestionamentos nas
exportações.
Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas.
[A] I, II e IV [B] II, IV e V [C] I, III e V [D] I, II e III [E] III, IV e V