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RESUMOS E EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL.

“As pessoas fazem a História, mas raramente se dão conta do que estão
fazendo.”
Christopher Lee
PERIODO PRÉ COLONIAL
Os portugueses começaram a explorar o pau-brasil da mata Atlântica.
Os portugueses utilizaram o escambo, ou seja, deram espelhos, apitos, chocalhos e outras
bugigangas aos nativos em troca do trabalho (corte do pau-brasil e carregamento até as
caravelas).
Construíam as feitorias no litoral que nada mais eram do que armazéns e postos de trocas com
os indígenas.
Nestes trinta anos, o Brasil foi atacado pelos holandeses, ingleses e franceses que tinham ficado
de fora do Tratado de Tordesilhas.
Para tentar evitar estes ataques, Portugal organizou e enviou ao Brasil as Expedições Guarda-
Costas, porém com poucos resultados.
No ano de 1530, o rei de Portugal organiza a primeira expedição com objetivos de colonização.
Esta foi comandada por Martin Afonso de Souza e tinha como objetivos: povoar o território
brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.
EXERCÍCIOS
1. (FGV) Com relação aos indígenas brasileiros, pode se afirmar que:
a. os primitivos habitantes do Brasil viviam na etapa paleolítica do desenvolvimento humano;
b. os índios brasileiros não aceitaram trabalhar para os colonizadores portugueses na
agricultura não por preguiça, e sim porque não conheciam a agricultura;
c. os índios brasileiros falavam todos a chamada "língua geral" tupi-guarani;
d. os tupis do litoral não precisavam conhecer a agricultura porque tinham pesca abundante e
muitos frutos do mar de conchas, que formaram os "sambaquis";
e. os índios brasileiros, como um todo, não tinham homogeneidade nas suas variadas
culturas e nações.
2. (FGV) "A língua deste gentio, toda pela Costa, é uma: carece de três letras - não se acha
nela F, nem L, nem R, cousa digna de espanto, porque assim não têm fé, nem lei, nem rei; e
desta maneira vivem sem justiça e desordenadamente." (Pero de Magalhães Gandavo, séc. XVI)
A partir do extrato acima podemos afirmar tratar-se de um texto que:
a. subestima a cultura indígena;
b. respeita as especificidades das diferentes culturas;
c. está isento de valores;
d. é de forte caráter relativista;
e. vê como completas as sociedades indígenas.
3. (MACKENZIE) A árvore de pau-brasil era frondosa, com folhas de um verde acinzentado
quase metálico e belas flores amarelas. Havia exemplares extraordinários, tão grossos que três
homens não poderiam abraçá-Ios. O tronco vermelho ferruginoso chegava a ter, algumas vezes,
30 metros (...). Náufragos, Degredados e Traficantes Eduardo Bueno. Em 1550, segundo o pastor
francês Jean de Lery, em um único depósito havia cem mil toras. Sobre esta riqueza neste
período da História do Brasil podemos afirmar.
a. O extrativismo foi rigidamente controlado para evitar o esgotamento da madeira.
b. Provocou intenso povoamento e colonização, já que demandava muita mão-de-obra.
c. Explorado com mão-de-obra indígena, através do escambo, gerou feitorias ao longo da
costa; seu intenso extrativismo levou ao esgotamento da madeira.
d. O litoral brasileiro não era ainda alvo de traficantes e corsários franceses e de outras
nacionalidades, já que a madeira não tinha valor comercial.
e. Os choques violentos com as tribos foram inevitáveis, já que os portugueses arrendatários
escravizaram as tribos litorâneas para a exploração do pau-brasil.
4. (PUC) "Povos e povos indígenas desapareceram da face da terra como conseqüência do
que hoje se chama, num eufemismo envergonhado, 'o encontro' de sociedades do Antigo e do
Novo Mundo." (História dos índios no Brasil. 2ª ed., p. 12). Acerca desse encontro entre
portugueses e tupis nas terras que vieram a ser chamadas de Brasil, é correto afirmar que:
a. entre 1500 e 1530, os contatos foram pacíficos e amistosos, facilitando o estabelecimento
das práticas de escambo do pau-brasil e o surgimento dos primeiros aldeamentos organizados
por jesuítas.
b. a partir de 1555, a tentativa de huguenotes franceses de criar uma colônia - a França
Antártica -, na baía de Guanabara, acabou por favorecer alianças militares de portugueses com
as tribos locais, tamoios e tupinambás, suspendendo a escravização dos indígenas.
c. as intenções de colonizadores portugueses "expandir a fé e o Império" - bem como suas
práticas colonizadoras - doação de sesmarias, estímulos ao cultivo da cana, catequese dos
nativos -, transformaram o encontro em um desastre demográfico para as tribos tupis do litoral.
d. os rituais antropofágicos praticados pelos tupis, ao lado das rivalidades constantes entre as
tribos, foram fatores que contribuíram para a predominância de choques militares com os
portugueses, tornando inevitáveis, por sua vez, a ocorrência de guerras justas.
e. o desconhecimento por parte dos nativos de qualquer tipo de agricultura foi o principal
obstáculo para a utilização de sua mão-de-obra no estabelecimento da lavoura canavieira; isso
somado à resistência à catequese ocasionou confrontos constantes entre portugueses e tupis.
5. (PUC/RS) Pode-se afirmar que, nos primeiros trinta anos após o descobrimento do Brasil,
ocorreu uma relativa negligência de Portugal com relação às terras brasileiras, que pode ser
atribuída a vários fatores, exceto:
a. a inexistência, na Colônia recém-descoberta, de uma estrutura produtiva já instalada,
capaz de viabilizar sua exploração econômica segundo os padrões da política mercantilista.
b. a importância do comércio com o Oriente, que continuava a ser o principal objetivo da
atividade mercantil de Portugal e atraía a ambição da burguesia lusa.
c. o acirramento das disputas entre as nações européias que se formavam em busca de
novos mercados, resultando em incursões sistemáticas à América.
d. a constatação de que qualquer tentativa de aproveitamento produtivo do vasto território
brasileiro implicaria gastos para a metrópole portuguesa.
e. a escassez de recursos humanos e materiais que permitissem a Portugal explorar ao
mesmo tempo as índias Orientais e o Brasil.
6. (ACAFE) Comemoramos os 500 anos do Brasil. Numa perspectiva crítica, podemos
concluir que o Brasil foi invadido. A alternativa onde este contexto fica evidenciado é:
a. Quando a esquadra de Cabral aqui chegou (1500), já existiam vários grupos indígenas
estabelecidos no território brasileiro.
b. Realizou-se uma grande batalha entre os homens de Cabral e os habitantes do litoral
brasileiro.
c. Os portugueses pretendiam instalar apenas colônias de povoamento, não visando uma
exploração mercantilista das terras brasileiras.
d. Os lusitanos foram recebidos com muita violência pelos nativos e impedidos de
desembarcarem no litoral.
e. Os portugueses sempre trataram os indígenas com muito respeito e justiça, nunca
ameaçando a sua cultura.
7. (UECE) As grandes expedições marítimas constituíram importante evento no capítulo das
Colonizações. As expedições enviadas por Portugal ao Brasil, no decorrer do Período Pré-
Colonial, destinavam-se:
a. a explorar o interior do território e colonizá-Io.
b. a defender o litoral e estabelecer fortalezas ao longo das costas.
c. a explorar o interior da nova colônia e defender o seu litoral.
d. A explorar o litoral do território e defendê-Io de contrabandistas e possíveis agressores.
e. a construir fortalezas no litoral e no interior do país.
BRASIL COLÔNIA
Fase do açúcar (séculos XVI e XVII)
- Grande aceitação do produto na Europa. Adaptação ao clima e solo.
- Portugal lucraria com o comércio e ainda colonizaria a região.
- Divisão do Brasil em capitanias hereditárias (faixas de terras que foram doadas aos donatários)
Donatários: podiam explorar os recursos da terra, porém ficavam encarregados de povoar,
proteger e estabelecer o cultivo da cana-de-açúcar.
- Resultado do sistema de capitanias: do ponto de vista político fracassou, em função da grande
distância da Metrópole, da falta de recursos e dos ataques de indígenas e piratas. As capitanias
de São Vicente e Pernambuco foram as únicas que apresentaram resultados satisfatórios, graças
aos investimentos do rei e de empresários.
Administração Colonial
- Após a tentativa fracassada de estabelecer as Capitanias Hereditárias, a coroa portuguesa
estabeleceu no Brasil o Governo-Geral. Era uma forma de centralizar e ter mais controle da
colônia.
- Primeiro governador-geral: Tomé de Souza, que recebeu do rei a missão de combater os
indígenas rebeldes, aumentar a produção agrícola no Brasil, defender o território e procurar
jazidas de ouro e prata.
- Câmaras Municipais: órgãos políticos compostos pelos "homens-bons". Estes eram os ricos
proprietários que definiam os rumos políticos das vilas e cidades. O povo não podia participar da
vida pública nesta fase.
Capital do Brasil - Salvador
ECONOMIA COLONIAL
- Base da economia colonial: engenho de açúcar. Além do açúcar destacou-se também a
produção de tabaco e algodão.
- Mão-de-obra: africana escrava e tinha como objetivo principal a venda do açúcar para o
mercado europeu.
- Adoção do sistema de plantation: grandes fazendas produtoras de um único produto, utilizando
mão-de-obra escrava e visando o comércio exterior.
- Pacto Colonial: imposto por Portugal estabelecia que o Brasil só pudesse fazer comércio com a
metrópole.
Sociedade Colonial
- Grande diferenciação social. No topo da sociedade, com poderes políticos e econômicos,
estavam os senhores de engenho. Abaixo, aparecia uma camada média formada por
trabalhadores livres e funcionários públicos. E na base da sociedade estavam os escravos de
origem africana.
- Sociedade patriarcal.
- A casa-grande era a residência da família do senhor de engenho. Nela moravam, além da
família, alguns agregados. O conforto da casa-grande contrastava com a miséria e péssimas
condições de higiene das senzalas (habitações dos escravos).
O Domínio Espanhol (1580-1640)
- Em 1580, com o objetivo de unificar a Península Ibérica, Felipe 11, rei da Espanha, incorpora
pacificamente o reino Português, tornando-se o mais poderoso monarca europeu.
- As principal conseqüências da união ibérica: incentivo à penetração pelo interior; expansão da
pecuária; novas e intensas incursões européias, baseadas nos conflitos entre Espanha e o resto
da Europa; as invasões holandesas do Comércio (holandesa), que invadiu a zona canavieira da
colônia. Para o Brasil.
- Após a expulsão dos holandeses, o açúcar entra em declínio, pela perda do monopólio. A
segunda metade do século XVII, foi tempo de crise. Passa-se a estimular o bandeirismo para a
busca do ouro nas Minas Gerais, que marcaria a segunda fase da colonização.
Invasão Holandesa no Brasil
- Entre os anos de 1630 e 1654, o Nordeste brasileiro foi alvo de ataques e fixação de
holandeses. Interessados no comércio de açúcar, os holandeses implantaram um governo em
nosso território. Sob o comando de Maurício de Nassau, permaneceram lá até serem expulsos
em 1654. Nassau desenvolveu diversos trabalhos em Recife, modernizando a cidade.
Expansão Territorial
- Foram os bandeirantes os responsáveis pela ampliação do território brasileiro além do Tratado
de Tordesilhas. Os bandeirantes penetram no território brasileiro, procurando índios para
aprisionar e jazidas de ouro e diamantes. Foram os bandeirantes que encontraram as primeiras
minas de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
O século do Ouro (século XVIII)
- Origens: crise do açúcar: concorrência holandesa; Ouro encontrado pelos bandeirantes
(heróis?) que caçavam índios e escravos e desbravadores.
- Principais Regiões Auríferas: GO, MT e MG.
- Acontecimentos: "corrida do ouro"; desenvolvimento urbano: Ouro Preto, Tiradentes, Mariana
Produtos de outras regiões: Tropeiros; riquezas da mineração; festas, teatro, música e poesias;
Estudos na Europa.
- Controle Metropolitano: transferência da capital: Salvador à Rio de Janeiro
O "quinto": as Casas de Fundição e a Derrama
Punições: degredo e perda de bens destino do ouro para Portugal.
Revolta de Felipe dos Santos: contra as Casas de Fundição
Inconfidência Mineira (1789) líder: Tiradentes; Influência do iluminismo: liberdade e igualdade
Objetivo: Independência do Brasil; fracasso, morte de Tiradentes e esquartejamento
Em função da exploração exagerada da metrópole ocorreram várias revoltas e conflitos neste
período:
Guerra dos Emboabas: os bandeirantes queriam exclusividade na exploração do ouro nas minas
que encontraram. Entraram em choque com os paulistas que estavam explorando o ouro das
minas.
Revolta de Filipe dos Santos: ocorrida em Vila Rica, representou a insatisfação dos donos de
minas de ouro com a cobrança do quinto e das Casas de Fundição. O líder Filipe dos Santos foi
preso e condenado a morte pela coroa portuguesa.
Inconfidência Mineira (1789): liderada por Tiradentes, os inconfidentes mineiros queriam a
libertação do Brasil de Portugal. O movimento foi descoberto pelo rei de Portugal e os líderes
condenados.
EXERCÍCIOS
1. (CES) A criação do Governo-Geral no Brasil foi assinada em 1548 e representou:
a. Maior controle da metrópole sobre a colônia.
b. Liberdade do negro e do índio em todo o território.
c. Liberação das atividades de mineração e da criação de gado;
d. Fim do sistema de Capitanias Hereditárias;
e. Proteção dos indígenas e descentralização administrativa da colônia.
2. (FDV) O órgão do governo português, responsável pela administração colonial brasileira
foi:
a. Cortes de Lisboa.
b. Casa da Consciência e Ordens.
c. Casa do Oriente.
d. Conselho das Colônias.
e. Conselho Ultramarino.
3. (MACKENZIE) "Do rei os donatários não recebiam mais do que a própria terra e os
poderes para conquistá-la”. Eduardo Bueno - Capitães do Brasil. Assinale a alternativa correta
sobre o sistema de colonização citado no texto.
a. O sistema de capitanias tinha por objetivo solucionar a questão demográfica em Portugal,
deslocando para a colônia o excedente de população.
b. Pernambuco e São Vicente foram às capitanias bem sucedidas, graças ao apoio francês
ao comércio do açúcar e extrativismo de pau-brasil.
c. Financiado totalmente peio governo português, fracassou em virtude da péssima
administração.
d. As lutas contra nativos, longas distâncias, falta de recursos, levaram o sistema ao
fracasso; embora seu legado como o latifúndio e a estrutura social excludente tenham sido
duradouros em nosso país.
e. A excelente situação econômica de Portugal facilitou o apoio aos donatários que
reproduziram no Brasil o sistema feudal europeu.
4. (PUC/MG) Na estrutura administrativa no Brasil colonial, as câmaras desempenharam
importantes funções, EXCETO:
a. Conservação das ruas, limpezas da cidade e arborização.
b. Doação de sesmarias, comando militar e formação de milícias.
c. Construção de obras públicas: estradas, pontes, calçadas e edifícios.
d. regulamentação dos ofícios, do comércio, das feiras e mercados.
e. Abastecimento de gêneros e cultura da terra.
5. (PUC/MG) No sistema de capitanias hereditárias no Brasil colonial, a ocupação das terras
era assegurada pela carta de doação e pelo foral. É correto afirmar, EXCETO:
a. O foral determinava os direitos e deveres do donatário.
b. A carta de doação era um documento jurídico assinado pelo rei.
c. o foral garantia a hereditariedade da terra, que não poderia ser vendida.
d. A carta de doação cedia ao donatário as terras, mas não o poder administrativo delas.
e. O foral determinava o direito do donatário de fundar vilas e conceder sesmarias.
6. (PUC/MG) São fatores que contribuíram para o fracasso do sistema de capitanias
hereditárias no Brasil colonial, em meados do século XVI, EXCETO:
a. os ataques de corsários franceses no litoral e o desrespeito ao Tratado de Tordesilhas
pelos espanhóis.
b. os conflitos com os índios, que lutaram para manter suas terras e contra sua escravização.
c. a autonomia dos donatários, que se chocava, muitas vezes, com os interesses da Coroa.
d. a ausência de terras férteis em determinadas regiões e a distância da Metrópole.
e. a falta de recursos dos pequenos nobres donatários, que impossibilitava novos
empreendimentos.
7. (PUC/MG) Na América de colonização espanhola e na América de colonização
portuguesa, o poder local, nas vilas e cidades, era exercido respectivamente:
a. pela Audiência e Provedor.
b. pelo Encomendeiro e Juiz Ordinário.
c. pelo Adelantado e Capitão - Donatário.
d. pelo Corregedor e Ouvidor.
e. pelo Cabildo e Câmara Municipal.
8. (UFMG/1997) "A cidade que os portugueses construíram na América não é produto
mental, não chega a contradizer o quadro da natureza, e sua silhueta se enlaça na linha da
paisagem. Nenhum rigor, nenhum método, nenhuma providência, sempre esse significativo
abandono que exprime a palavra desleixo." (HOLANDA, Sérgio Buarque de. H. Raízes do Brasil).
A urbanização no Brasil colonial até o século XVII é vista como sendo provisória e acanhada. Um
dos motivos pelos quais Portugal deixou em segundo plano a questão da urbanização foi:
a. a inutilidade dos centros urbanos já que na colônia a administração ficava a cargo dos
Donatários.
b. as dificuldades para contratar técnicos especializados que pudessem organizar as cidades.
c. as lutas com os espanhóis para a manutenção.
d. das terras coloniais que impediram o desenvolvimento da colônia do Brasil.
e. o predomínio da vida rural, nos engenhos e nas fazendas de criação, o que diminuiu a
importância das cidades.
9. (UFPEL) A organização administrativa brasileira, iniciada com o sistema de capitanias
hereditárias, a partir de 1534, enquadra-se no colonialismo mercantilista. Esse modelo
administrativo implementado pela Coroa portuguesa determinou:
a. a organização de quinze capitanias, baseadas na policultura, no artesanato e na pecuária,
nas quais os donatários possuíam plena liberdade religiosa.
b. o início da fase de mineração na colônia, com distribuição das "datas" para a nobreza
lusitana explorar ouro e diamantes à custa do trabalho escravo.
c. o início do contato com os povos indígenas, objetivando catequizá-Ios, promovendo o
escambo com os nativos, articulando-os para a expulsão de Maurício de Nassau.
d. a intenção portuguesa de alcançar o Oceano Pacífico e evitar o avanço espanhol sobre as
terras brasileiras e as índias Orientais.
e. a origem do sistema agrário brasileiro atual, com predominância do latifúndio e a
persistente violência aos povos indígenas.
10. (UFRN) Sobre as Capitanias Hereditárias, sistema administrativo adotado no Brasil por
iniciativa de D. João III é correto afirmar:
a. O sistema não fora experimentado, com êxito, pelos portugueses em suas possessões nas
ilhas atlânticas e marcou o início efetivo da colonização lusa no Brasil.
b. Os donatários tornavam-se proprietários das capitanias através da Carta de Doação, a
qual Ihes dava o direito de vendê-Ias, de acordo com seus interesses.
c. A maioria dos donatários era representante da grande nobreza de Portugal e demonstrava
forte interesse pelo sistema de capitanias.
d. O fracasso do sistema é associado às lutas ocorridas na disputa pelas terras e aos
conflitos com estrangeiros que freqüentavam as costas brasileiras.
e. Não representou o fracasso do sistema e foi associado às lutas ocorridas na disputa pelas
terras e aos conflitos com estrangeiros que freqüentavam as costas brasileiras.
11. (UNIPAR) No início da colonização do Brasil, a fundação das cidades de Salvador, São
Paulo e Rio de Janeiro, está ligada, respectivamente, à:
a. implantação de um sistema administrativo, atuação dos jesuítas e expulsão de
estrangeiros do território.
b. prisão de degredados, atuação de contrabandistas e ocupação estrangeira.
c. escoamento de cana-de-açúcar, descoberta de metais preciosos e implantação da capital
colonial.
d. defesa do território, interiorização do povoamento e escoamento de pau-brasil.
e. ocupação dos holandeses, ataque aos indígenas revoltosos e base de controle do
comércio colonial.
12. (UFES) No período do Brasil Colônia, existiam mecanismos de acesso à terra, como as
sesmarias, que eram:
a. autorizações de Portugal para importação de escravos negros como condição para que os
filhos de donatários tivessem direito ao recebimento de terras.
b. lotes de terra doados pelos donatários ao colono para que fossem explorados.
c. impostos correspondentes ao uso da terra, cujo pagamento possibilitaria posterior aluguel.
d. parcelas de recursos que a Coroa enviava aos donatários para financiar a distribuição das
terras e que deveriam ser pagas a longo prazo.
e. títulos de terra ocupada mediante mecanismo de compra, conforme a Lei de Terras.
13. (FGV) A relação entre a consolidação do absolutismo em Portugal, no século XVI, e a
criação do governo geral no Brasil, está no fato de que.
a. Ambos os processos deram-se no marco histórico do domínio espanhol sobre a Coroa
Portuguesa, culminando na organização autoritária do poder em Portugal e no Brasil.
b. Na Metrópole e na colônia o papel transformador exercido pela Igreja, sobretudo pela
Companhia de Jesus, levou ao acirramento de suas contradições políticas, sendo o absolutismo e
o governo geral formas de superação da crise.
c. A criação do governo geral implicou o fortalecimento dos instrumentos de combate aos
invasores estrangeiros e a centralização administrativa, pelas prerrogativas que eram atribuídas
aos governadores em detrimento dos donatários.
d. Em Portugal, a nova forma do Estado expressa no absolutismo ampliou o espaço político
dos produtores de açúcar, que se viram fortalecidos a ponto de instaurarem no Brasil uma nova
forma de administração; o governo geral.
e. A falência econômica da empresa colonial portuguesa no século XVI exigiu novas formas
de organização político-administrativas a fim impedir que Portugal e suas colônias passarem para
a órbita de dominação do Império Britânico.
14. (UFSC) A eclosão da chamada guerra dos Emboabas (1708-1709) decorreu de vários
fatores, podendo ser relacionada, em parte, com a:
a. Nomeação de Manuel Nunes Viana, paulista de grande prestígio, para a capitania das
Minas de Ouro.
b. Proibição aos Emboabas de exercerem atividades comerciais na região das minas.
c. Decisão da Câmara de São Paulo, que desejava que as datas fossem exploradas apenas
por elementos dessa vila e seus arredores.
d. Separação político-administrativa da capitania de São Paulo e Minas do Ouro.
e. Convulsão social promovida pela intensificação da atividade apresadora de índios pelos
bandeirantes.
15. (SANTA CASA/SP) A chamada Guerra dos Mascates decorreu, entre outros fatores, do
fato de:
a. Recife não possuir prestígio político, apesar de sua expressão econômico-financeira.
b. Pombal promover a derrama; para cobrança de todos os quinhões atrasados.
c. Olinda não se conformar com o papel que a aristocracia rural exercia na capitania.
d. Portugal intervir na economia das capitanias, isentando os portugueses do pagamento de
impostos.
e. Pernambuco não apoiar a política de tributação fiscal do governador Fêlix José Machado
Mendonça.
16. (UFPE) A Revolta de Filipe dos Santos (1720), em Minas Gerais, resultou entre outros
motivos da:
a. Intromissão dos jesuítas no ativo comércio dos paulistas na região das Minas.
b. Disseminação das idéias, oriundas dos filósofos do iluminismo francês.
c. Criação das Casas de Fundição e das Moedas, a fim de controlar a produção aurífera.
d. Tentativa de afirmação política dos portugueses sobre a nascente burguesia paulista.
e. Tensão criada nas minas, em virtude do monopólio da Companhia de Comércio do Brasil.
17. (UFBA) Um aspecto que diferencia a Conjuração Mineira de 1789 da Conjuração Baiana
de 1798 é que a última.
a. Representou, pela primeira vez na História do Brasil, um movimento de caráter
republicano.
b. Preocupou-se mais com os aspectos sociais, a liberdade do povo e do trabalho.
c. Apresentou, pela primeira vez, planos políticos e ideológicos.
d. Representou o primeiro movimento apoiado por grupos de intelectuais.
e. Tinha caráter de protesto contra certas medidas do governo, sem pretender a separação
de Portugal.
18. (FESP) A crise do sistema colonial foi marcada no Brasil por contestações diversas que
comprovam as aspirações de liberdade do nosso povo. Entre as revoltas podemos destacar as
Conjurações Mineira e Baiana que tiveram em comum:
I. O fundamento ideológico apoiado nos princípios do Iluminismo e de Revolução Francesa.
II. A proposta de extinção dos privilégios de classe ou cor, abolindo a escravidão.
III. A inquietação e revolta pela eminente cobrança de impostos em atraso.
IV. A discriminação social evidenciada na aplicação da justiça.
V. A numerosa participação popular caracterizada pela presença de negros e mulatos.
Assinale a opção correta:
a. I, III
b. II, IV
c. III, V
d. I, IV
e. II, V
19. (FESP) Apesar do poder de coerção da metrópole portuguesa, algumas rebeliões
mostravam o descontentamento dos colonos. Em Pernambuco, no século XVIII, a Guerra dos
Mascates revelava o desejo dos senhores de engenho olindenses de:
a. fazer um pacto com os comerciantes recifenses para lutar contra os impostos cobrados por
Portugal.
b. impedir a presença das forças estrangeiras nos seus territórios.
c. enfrentar suas rivalidades com Recife, causadas sobretudo pelas dívidas que acumularam
junto aos comerciantes portugueses, que moravam em Recife.
d. organizar uma república democrática baseada em princípios liberais, significado um
expressivo avanço político para a época.
e. acabar com o monopólio que Recife exercia no comércio do algodão e do açúcar,
controlado por comerciantes judeus e portugueses.
20. (UFES) As transformações econômicas e socioculturais observadas no século XVIII
repercutiam na população do Brasil Colonial, onde eclodiam revoltas sociais regionais e
manifestações de aspiração emancipacionista. Foram manifestações sociais e políticas
observadas nesse período:
a. a Insurreição Pernambucana, a aclamação de Amador Bueno e a Revolta de Beckmann.
b. As Guerras dos Emboabas e dos Mascates e as Conjurações Mineira, Fluminense e
Baiana
c. As Guerras dos Emboabas e dos Mascates, a Revolta de Vila Rica, a Inconfidência
Mineira, a Revolta dos Alfaiates e a Conjuração dos Suaçunas.
d. a Conjuração dos Suaçunas, a Revolta Pernambucana e a Confederação do Equador.
e. a Revolta do Maneta, a Guerra dos Palmares, a Inconfidência Mineira e a Revolução
Farroupilha.
21. (FUVEST/1998) Podemos afirmar que tanto na Revolução Pernambucana de 1817, quanto
na Confederação do Equador de 1824,
a. o descontentamento com as barreiras econômicas vigentes foi decisivo para a eclosão dos
movimentos.
b. os proprietários rurais e os comerciantes monopolistas estavam entre as principais
lideranças dos movimentos.
c. a proposta de uma república era acompanhada de um forte sentimento anti-Iusitano.
d. a abolição imediata da escravidão consti-tuía-se numa de suas principais bandeiras.
e. a luta armada ficou restrita ao espaço urbano de Recife, não se espalhando pelo interior.
22. (ACAFE) Nos anos que antecederam a independência do Brasil, ocorreram muitos
movimentos contra o domínio português. Sobre os mesmos. É falso afirmar:
a. Muitos movimentos eram liderados por setores da elite, inconformados com a violência e
os impostos da coroa portuguesa
b. Desejavam ampla transformação da sociedade com a expulsão dos portugueses, o fim da
escravidão e a criação de uma República Federativa.
c. A Inconfidência Mineira (1789), o mais conhecido destes movimentos, apesar do fracasso,
exprimiu a revolta de setores da elite e da intelectualidade mineira
d. A Conjuração Baiana (1798) caracterizou-se por ser uma revolta que teve participação não
só da elite, mas de escravos e pessoas simples do povo.
e. A Revolução Pernambucana de 1817 desejava a criação de um Estado inspirado nas
idéias liberais que haviam norteado a Independência dos EUA.
23. (ALFENAS) O Bloqueio Continental, em 1807, a vinda da família real para o Brasil e a
abertura dos portos em 1808, constituíram fatos importantes:
a. na formação do caráter nacional brasileiro.
b. na evolução do desenvolvimento industrial.
c. no processo de independência política.
d. na constituição do ideário federalista.
e. no surgimento das disparidades regionais.
24. (ESPM) Acontecimentos políticos europeus sempre tiveram grande influência no processo
da constituição do estado brasileiro. Assim, pode-se relacionar a elevação do Brasil à situação de
Reino Unido a Portugal e Algarves, ocorrida em 1815,
a. às tentativas de aprisionamento de D. João VI, pelas forças militares de Napoleão
Bonaparte.
b. à Doutrina Monroe, que se caracterizava pelo lema: "a América para os americanos".
c. ao Bloqueio Continental decretado nesse momento por Napoleão Bonaparte e que
pressionava o Brasil a interromper seu comércio com os ingleses.
d. ao Congresso de Viena, que se encontrava reunido naquele momento e se constituía em
uma rearticulação de forças políticas conservadoras.
e. a política de expansionismo econômico e . à tentativa de dominar o mercado brasileiro,
desenvolvida pelos ingleses após a Revolução Industrial.
25. (FGA/CGA) "As notícias repercutiam como uma declaração de guerra, provocando
tumultos e manifestações de desagrado. Ficava claro que as Cortes intentavam reduzir o país à
situação colonial e era evidente que os deputados brasileiros, constituindo-se em minoria (75 em
205, dos quais compareciam efetivamente 50), pouco ou nada podiam fazer em Lisboa, onde as
reivindicações brasileiras eram recebidas pelo público com uma zoada de vaias. À medida que as
decisões das Cortes portuguesas relativas ao Brasil já não deixavam lugar para dúvidas sobre
suas intenções, crescia o partido da Independência." (Emília Viotti da Costa. Introdução ao
Estudo da Emancipação Política). O texto acima se refere:
a. Aos movimentos emancipacionistas: às Conjurações e à Insurreição Pernambucana;
b. À necessidade das Cortes portuguesas de reconhecer à Independência do Brasil;
c. À tensão política provocada pelas propostas de recolonização das Cortes portuguesas;
d. À repercussão da Independência do Brasil nas Cortes portuguesas;
e. Às conseqüências imediatas à proclamação da Independência;
26. (FUVEST) Durante o período em que a Corte esteve instalada no Rio de Janeiro, a Coroa
Portuguesa concentrou sua política externa na região do Prata, daí resultando:
a. a constituição da Tríplice Aliança que levaria à Guerra do Paraguai.
b. a incorporação da Banda Oriental ao Brasil, com o nome de Província Cisplatina.
c. a formação das Províncias Unidas do Rio da Prata, com destaque para a Argentina.
d. o fortalecimento das tendências republicanas no Rio Grande do Sul, dando origem à
Guerra dos Farrapos.
e. a coalizão contra Juan Manuel de Rosas que foi obrigado a abdicar de pretensões sobre o
Uruguai.
27. (PUC) A presença da Corte Portuguesa no Brasil (1808 -1820) gerou grandes
transformações na vida econômica, política e sócio-cultural brasileira, tais como, EXCETO:
a. abertura do Banco do Brasil e da Casa da Moeda.
b. mudança da capital de Salvador para o Rio de Janeiro.
c. revogação do Alvará de 1785, que proibia manufaturas no país.
d. elevação do Brasil a Reino Unido.
e. inauguração de institutos científicos como o Jardim Botânico.
28. (PUC/RS) Apesar da liberdade para a instalação de indústrias manufatureiras no Brasil,
decretada por D. João VI, em 1808, estas pouco se desenvolveram. Isso se deveu, entre outras
razões, à:
a. impossibilidade de competir com produtos manufaturados provenientes da Inglaterra, que
dominavam o mercado consumidor interno.
b. canalização de todos os recursos para a lucrativa lavoura cafeeira, não havendo, por parte
dos agroexportadores, interesse em investir na industrialização.
c. concorrência dos produtos franceses, que gozavam de privilégios especiais no mercado
interno.
d. impossibilidade de escoamento da produção da Colônia, devido à falta de mão-de-obra
disponível nos portos.
e. dificuldade de obtenção de matéria-prima (algodão) na Europa, aliada à impossibilidade de
produzi-Ia no Brasil.
29. (UFMG) Assinale a alternativa que apresenta uma transformação decorrente da vinda da
família real para o Brasil.
a. Fechamento cultural, devido às Guerras Napoleônicas, provocado pela dificuldade de
intercâmbio com a França, país que era então berço da cultura i1uminista ocidental.
b. Diminuição da produção de gêneros para abastecimento do mercado interno, devido ao
aumento significativo das exportações provocado pela Abertura dos Portos.
c. Mudança nas formas de sociabilidade, especialmente nos núcleos urbanos da região
centro-sul, devido aos novos costumes trazidos pela Corte e imitados pela população.
d. Formação de novos parceiros comerciais, - em situação de equilíbrio, decorrente da
aplicação das novas taxas alfandegárias estabelecidas nos Tratados de Amizade e Comércio.
e. Aumento da produção de gêneros para abastecimento do mercado interno, devido ao
aumento significativo das exportações provocado pela Abertura dos Portos.
30. (UFPB) A respeito da presença da Corte portuguesa no Brasil entre 1808 e 1821, do ponto
de vista histórico, pode-se afirmar que:
a. A presença do regente no Rio de Janeiro, sob a proteção da Inglaterra, rompeu com o
pacto colonial.
b. A presença portuguesa no Brasil estreitou os laços de união da metrópole com a Inglaterra,
garantindo posteriormente uma política mais firme e autônoma de Portugal frente às demais
nações européias.
c. Os comerciantes portugueses foram os principais beneficiados com a abertura dos portos
brasileiros às nações amigas.
d. O retorno da Corte portuguesa deu-se imediatamente após o fim do domínio francês sobre
Portugal.
e. Até 1822, com a independência brasileira, não houve modificação administrativa ou
econômica na colônia, deixando-a D. João, da mesma forma como a encontrou.
31. (UFPE) Assinale a alternativa que define o papel da "abertura dos portos" no processo de
descolonização.
a. A abertura dos portos às nações amigas anulou a política mercantilista desenvolvida por
Portugal, junto à sua antiga colônia na América, tornando-a de imediato independente.
b. As novas condições criadas pela Revolução Industrial na Inglaterra e, conseqüentemente,
o controle que este país exercia sobre o comércio internacional e os transportes marítimos não
permitiam a Portugal, seu antigo aliado, exercer o pacto colonial.
c. A política de portos abertos na América era muito importante para as colônias e negativa
para as metrópoles.
d. A abertura dos portos possibilitou ao BRASIL negociar livremente com todas as nações,
inclusive com a França.
e. Através da abertura dos portos, o BRASIL pôde definir uma política protecionista de
comércio à sua nascente indústria naval.
32. (MACKENZIE) "A escravidão moderna, aquela que se inaugurou no século XVI, após os
descobrimentos, é uma instituição diretamente relacionada com o sistema colonial. A escravidão
do negro foi a fórmula encontrada pelos colonizadores para explorar as terras descobertas.
Durante mais de três séculos utilizaram eles o trabalho escravo com maior ou menor intensidade,
em quase toda a faixa colonial." (Emília Viotti da Costa, Da Senzala à Colônia). Estão entre as
circunstâncias e os fatores históricos que explicam, no caso brasileiro, a instituição da escravidão
mencionada acima, exceto:
a. a importância econômica que representava, desde o início do século, XV o comércio de
escravos africanos como fonte de lucros aos, comerciantes metropolitanos,bem como
indiretamente à própria Coroa portuguesa.
b. a mansidão dos trabalhadores africanos, afeitos, havia muito, à condição escrava nas
selvas africanas, onde tribos subjugavam outras por meio das guerras.
c. a inexistência, em Portugal, de contingentes suficientemente numerosos de trabalhadores
livres, que se dispusessem a emigrar para a América, onde trabalhassem em regime de semi
dependência ou como trabalhadores assalariados.
d. a inexistência então, quer nos princípios religiosos católicos, quer na legislação da
Metrópole, de qualquer proibição à escravização de africanos, tanto diretamente aprisionados
como comprados a chefes tribais na África.
e. o caráter essencialmente mercantilista da exploração colonial, que favorecia o emprego de
uma mão-de-obra igualmente interessante enquanto mercadoria -ao comércio metropolitano.
33. (MACKENZIE) No seu conjunto, e vista no plano mundial e internacional, a colonização
dos trópicos toma o aspecto de uma vasta empresa comercial, mais completa que a antiga
feitoria, mas sempre com o mesmo caráter que ela, destinada a explorar os recursos naturais de
um território virgem em proveito do comércio europeu. É este o verdadeiro sentido da colonização
tropical, de que o Brasil é uma das resultantes. Caio Prado Júnior, Formação do Brasil
Contemporâneo. Este sentido da colonização tropical permite explicar elementos fundamentais
da evolução econômica, política e social do Brasil Colônia. Entre as alternativas abaixo, assinale
a que não apresenta elementos que se ajustem a essa explicação.
a. Predomínio do povoamento litorâneo, seguido de dispersão populacional para o interior,
determinada por atividades de preação de índios e procura de metais preciosos.
b. Preponderância das necessidades do mercado internacional na determinação dos gêneros
agrícolas cultivados, provocando uma sucessão de ciclos econômicos.
c. Incorporação de grupos nativos e estrangeiros como mão-de-obra cativa nas lavouras e
minas, resultando num notável e prolongado fenômeno de mestiçagem.
d. Tolerância religiosa irrestrita como prática fundamental do Estado para o incremento das
relações comerciais com países estrangeiros.
e. Centralização da administração metropolitana, marcada pela intensa preocupação quanto
ao fisco, ou seja, quanto à tributação dos produtos coloniais.
34. (UNESP) A implantação da empresa açucareira no Brasil:
a. necessitou de grandes extensões de terra na faixa litorânea e o uso da mão-de-obra
indígena, sobretudo, na forma de trabalho servil.
b. contou com a participação decisiva da Coroa portuguesa, que utilizou as rendas do
comércio de produtos orientais.
c. vinculou-se aos interesses mercantilistas, gerando pequenas propriedades e produção
voltada para o exterior.
d. exigiu elevados investimentos, obtidos inicialmente com italianos e depois com
holandeses, que refinavam o produto.
e. permitiu que o Estado lusitano ficasse com a maior parte dos lucros, graças à imposição do
monopólio comercial.
35. (UFRN) "Várias disputas ocorreram entre os ibéricos e, para garantir a dominação lusa
sobre a região, criaram-se as estâncias, grandes fazendas de gado. O êxito dessas fazendas foi
favorecido pelas condições naturais dos pampas, uma planície forrada de excelente pastagem, e,
também, pelo mercado consumidor das Minas Gerais". VICENTINO & GIANPAOLO. História do
Brasil. pg. 129
a. A conquista da região nordeste, a luta contra os índios e a importância da pecuária
nordestina.
b. O papel do bandeirantismo de contrato na colonização do meio oeste brasileiro.
c. O esforço de Portugal na conquista do Vale Amazônico e do litoral setentrional.
d. A ocupação da região Sul, a luta entre espanhóis e portugueses pela conquista desta
região e a importância da pecuária sulina
e. A ocupação da região sul pelas missões, a luta entre bandeirantes e as decisões do
Marquês de Pombal e a importância da linha de Tordesilhas.
36. (MACKENZIE) A respeito da economia do Brasil colonial, é correto afirmar que
a. a. à colônia portuguesa cabia o papel de fornecedora de gêneros de primeira necessidade,
como vinhos e azeites, complementando, assim, a economia metropolitana.
b. a produção era voltada sobretudo para o abastecimento do mercado interno e se baseava
tanto no trabalho escravo como no assalariado. Os senhores de engenho constituíam uma nova
aristocracia, privada, todavia, de prestígio e poder.
c. a colônia estava submetida ao "pacto colonial". Dessa forma, só podia vender e comprar
da sua metrópole. Os comerciantes obtinham altos lucros com esse monopólio e a Coroa se
beneficiava, cobrando taxas e impostos.
d. as bases da exploração colonial podem ser definidas pelo trinômio latifúndio, policultura e
trabalho assalariado dos gentios.
e. a integração de populações indígenas no sistema produtivo colonial levou-as a
significativos avanços técnicos e culturais.
PRIMEIRO REINADO
Antecedentes
O bloqueio continental; a instalação do governo de D. João VI no Brasil (1808-1821) provocou a
transferência da capital do Império de Lisboa para o Rio de Janeiro e o fim da condição colonial,
fato reconhecido de direito, em 1815, quando o Brasil foi elevado a Reino Unido a Portugal e
Algarves, o Brasil deixava de ser Colônia de Portugal.
Realizações do Período Joanino
A abertura dos portos (1808), a instalação de indústrias (1810); foi criado o Banco do Brasil, a
Fábrica de Pólvora, o Jardim Botânico, a Biblioteca Nacional; foi criado o ensino superior no
Brasil, com a fundação de duas escolas de medicinas; foi fundada a Imprensa Régia, que iniciou
a publicação do jornal Gazeta do Rio de Janeiro.
Em política externa, anexou a Guiana Francesa e a Banda Oriental (atual Uruguai) e fez uma
aliança com a Áustria, casando seu filho D. Pedra I com a princesa Leopoldina. Enfrentou e
dominou um movimento liberal, a Revolução Pernambucana de 1817 e a Revolução liberal do
Porto (1820).
Revolução Liberal do Porto
Origens: a situação calamitosa, a crise econômica, o descontentamento popular: déficit, fome,
miséria e decadência do comércio caracterizavam o dia-a-dia dos portugueses. Esses fatores,
aliados à difusão das idéias liberais, resultaram na Revolução Liberal do Porto, em 1820.
Importância: Os revolucionários portugueses passaram a exigir o regresso de D. João VI.
Pressionado pelos portugueses, em 25 de abril de 1821, D. João VI partiu para Portugal e,
através de um decreto, entregou a seu filho D. Pedra a regência do Brasil, o que abriu espaço
para a independência. Contradições: O liberalismo só era bem visto pelos portugueses em sua
terra natal, pois para o Brasil exigiam a recolonização.
Independência Política do Brasil
A presença de D. Pedra no Brasil dificultava as pretensões das Cortes de recolonizar o Brasil.
Em 9 de janeiro de 1822, o regente recebeu uma petição com 8 000 assinaturas solicitando-lhe a
permanência no Brasil. D. Pedro negou-se a retornar a Portugal. Este episódio ficou conhecido
como o Dia do Fico e marcou a primeira adesão pública de D. Pedro a uma causa brasileira.
Algumas medidas práticas foram tomadas, tais como:
D. Pedro assinou o Decreto do Cumpra-se, segundo o qual só vigorariam no Brasil as leis das
Cortes portuguesas que recebessem o cumpra-se do regente.
O príncipe recebeu o título de Defensor Perpétuo do Brasil. Em agosto, considera inimigas as
tropas portuguesas que desembarcassem no Brasil. Indignado com as decisões das Cortes e
estimulado pelas cartas recebidas por D. Leopoldina, sua mulher, e José Bonifácio, bradou: "É
tempo... independência ou morte... Estamos separados de Portugal". Uma semana depois, D.
Pedro chegava ao Rio de Janeiro, sendo aclamado imperado constitucional, com o nome de D.
Pedro I.
O Primeiro Reinado (1822-1831)
O Primeiro Reinado caracterizou-se por ser um período de transição. Foi marcado por uma aguda
crise econômica, financeira, social e política. A efetiva consolidação da independência do Brasil
só ocorreria a partir de 1831, com a abdicação de D. Pedra.
Os maiores beneficiados pela independência foram os grandes proprietários rurais brasileiros. A
elite brasileira que participou do processo de independência desejava um sistema de governo
independente, com alguns traços liberais, mas sem alterar a estrutura sócio-econômica interna
que mantivera o colonialismo, ou seja, a escravidão, o latifúndio, a monocultura e a produção
para exportação.
Guerra da Independência
A independência não foi aceita imediatamente por todos. Governadores e comandantes militares
portugueses de algumas províncias não aceitaram a separação e resistiram à decisão de D.
Pedra. Desencadearam-se lutas em praticamente todo território nacional, principalmente no Pará,
Maranhão, Piauí, Bahia e Cisplatina (atual Uruguai), onde o número de comerciantes com
interesses vinculados a Portugal era maior. Esses rebeldes foram derrotados por forças
populares e militares comandadas por mercenários estrangeiros enviados pelo governo imperial.
A Cisplatina incorporada ao Brasil em 1821, levantou-se em armas em 1825, lutando pela sua
independência, que conseguiu em 1828, após três anos de uma guerra desastrosa para o Brasil.
Constituição Outorgada de 1824
Em 1824, finalizou-se o texto da Constituição. A constituição imperial determinava um modelo
centralizador, com o Imperador nomeando os presidentes de províncias e estas gozando de
escassa autonomia. Previam-se quatro poderes: o Legislativo, com senado vitalício e o deputado
durava quatro anos; o Executivo, representado pelo conselho de ministros presidido pelo
Imperador; o Judiciário, composto por ministros nomeados e demitidos diretamente pelo
Imperador; e, o Moderador, este exclusivo do imperador. D. Pedro tinha o direito de intervir em
todos os demais poderes. Determinava-se ainda que a religião católica seria oficial e que a
representação política teria caráter censitário, podendo votar eleitores com determinada renda.
Confederação do Equador
Razões: descontentamentos resultantes da Carta Outorgada em 1824 foram claramente
manifestados em Pernambuco, onde reinava um clima revolucionário desde o movimento de
1817. Favorecendo as intenções de recolonização, eliminando a representação popular,
restringindo até a participação da aristocracia, a Carta de 1824 fez explodir as condições internas
latentes em Pernambuco há muito tempo.
A revolução teve curta duração. Obtendo um empréstimo de um milhão de libra dos ingleses, D.
Pedro contratou mercenários para reprimi-Ia, comandados por Cochrane e Taylor. As tropas
brasileiras eram comandadas pelo brigadeiro Francisco de Lima. Cercados e divididos, os
rebeldes foram derrotados. Pais de Andrade conseguiu fugir e Frei Caneca foi preso e condenado
à morte.
Reconhecimento externo da independência
Os Estados Unidos foram o primeiro país a oficialmente considerar o Brasil independente.
Em 1825, Portugal assinou o acordo de reconhecimento, pelo qual receberia do Brasil, como
indenização, dois milhões de libras. Nosso país não possuía essa quantia. Por outro lado,
Portugal já tinha com os ingleses uma dívida alta. A Inglaterra, então, emprestaria o dinheiro ao
Brasil para pagar Portugal. Este, por sua vez, saldaria com essa importância parte da dívida com
os ingleses.
Declínio do Primeiro Reinado
Razões: crise econômica. Em meados de 1825, a Inglaterra exportava para o Brasil a mesma
quantidade de mercadorias que exportava para todas as suas colônias americanas. O Brasil
perdeu uma boa parcela de seu mercado açucareiro diante da utilização da beterraba na
produção de açúcar, altos juros sobre os empréstimos estrangeiros, pagos com a realização de
novos empréstimos. D. Pedro foi perdendo prestígio por não conseguir tirar o país da grave
situação em que se encontrava.
Abdicação de D. Pedro
A morte de D. João VI veio trazer novos problemas. D. Pedro era o herdeiro natural e deveria
assumir o trono português com o título de D. Pedro VI. Este hesitava entre assumir o trono
português no Brasil e permanecer no Brasil. Por fim, ele resolver permanecer no Brasil, em favor
de sua filha Maria da Glória, de sete anos. Isso gerou uma guerra civil, pois D. Miguel, irmão de
D. Pedro I, também reivindicava o trono. D. Pedro nomeia um ministério mais liberal, o Ministério
dos Brasileiros, na tentativa de conciliar os problemas. A medida veio tardiamente. No dia 5 de
abril, por se recusar a reprimir manifestações populares, o novo ministério foi demitido. Formou-
se então o Ministério dos Marqueses, integrado por elementos do Partido Português. A reação do
povo foi violenta, que reunido no Campo da Aclamação, conseguiu a adesão da própria guarda
pessoal do imperador, que aderiu à manifestação. Não restava a D. Pedro nada mais a fazer a
não ser abdicar. No dia 7 de abril 1931, o imperador abandonava o trono brasileiro, deixando-o
para o seu filho, então com cinco anos de idade, que ficou sob a tutela de José Bonifácio.
EXERCÍCIOS
1. (UNIFESP) Realizada a emancipação política em 1822, o Estado no Brasil
a. surgiu pronto e acabado, em razão da continuidade dinástica, ao contrário do que ocorreu
com os demais países da América do Sul.
b. sofreu uma prolongada e difícil etapa de consolidação, tal como ocorreu com os demais
países da América do Sul.
c. vivenciou, tal como ocorreu com o México, um longo período monárquico e uma curta
ocupação estrangeira.
d. desconheceu, ao contrário do que ocorreu com os Estados Unidos, guerras externas e
conflitos internos.
e. adquiriu um espírito interior republicano muito semelhante ao argentino, apesar da forma
exterior monárquica.
2. (FATEC) Embora sem a mesma intensidade das lutas ocorridas na América Espanhola,
ocorreu no Brasil a Guerra de Independência, que assolou o Império entre 1822 e 1823, e sobre a
qual é correto afirmar que:
a. foi uma guerra apenas em seu caráter formal, pois as guarnições portuguesas renderam-
se em vez de combater.
b. a resistência lusa foi estimulada pelos britânicos, preocupados com a posição liberal dos
EUA frente à independência das colônias latino americanas.
c. as forças brasileiras de terra e mar estavam sob o comando do almirante Smith.
d. foi uma guerra de caráter limitado, pois a maioria das províncias brasileiras aderiu
pacificamente à independência.
e. os combates mais violentos ocorreram no Rio de Janeiro e na Bahia, onde as tropas
portuguesas eram mais numerosas.
3. (UNESP) ”Brasileiros do norte! Pedro de Alcântara, filho de d. João VI, rei de Portugal, a
quem vós por uma estúpida condescendência com os brasileiros do sul aclamastes vosso
imperador, quer descaradamente escravizar-nos (...). Não queremos um imperador criminoso,
sem fé nem palavras; podemos passar sem ele! Viva a Confederação do Equador! Viva a
constituição que nos deve reger! Viva o governo supremo, que há de nascer de nós mesmos!"
(Proclamação de Manuel Paes de Andrade, presidente da Confederação do Equador, 1824.) A
proclamação de Manuel Paes de Andrade deve ser entendida:
a. no contexto dos protestos desencadeados pelo fechamento da Assembléia Constituinte e
da outorga, por D. Pedro I, da Carta Constitucional.
b. como um desabafo das lideranças da região norte do país, que não foram consultadas
sobre a aclamação de D. Pedro.
c. no âmbito das lutas regionais que se estabeleceram logo após a partida de D. João VI para
Portugal.
d. como resposta à tentativa de se estabelecer, após 1822, um regime controlado pelas
câmaras municipais.
e. como reação à política adotada pelo Conselho de Estado, composto em sua maioria por
portugueses.
4. (UNIFESP) Os membros da loja maçônica fundada por José Bonifácio em 2 de junho de
1822 (e que no dizer de Frei Caneca não passava de um "clube de aristocratas servis") juraram
"procurar a integridade e independência e felicidade do Brasil como Império constitucional,
opondo-se tanto ao despotismo que o altera quanto à anarquia que o dissolve". Na visão de José
Bonifácio e dos membros da referida loja maçônica, o despotismo e a anarquia eram encarnados,
respectivamente,
a. pelos que defendiam a monarquia e a autonomia das províncias.
b. por todos quantos eram a favor da independência e união entre as províncias.
c. pelo chamado partido português e os republicanos ou exaltados.
d. pelos partidários da separação com Portugal e da união sul-americana.
e. pelos partidos que queriam acabar com a escravidão e a centralização do poder.
5. (UNESP) Assinale a alternativa correta sobre a história do Brasil Imperial.
a. A Constituição de 1824 instituiu o regime monárquico-constitucional e o princípio da divisão
de poder. Foram estabelecidos três poderes: o legislativo, o executivo e o moderador.
b. A Revolução Praieira (1842) expressou o descontentamento dos liberais mineiros em
relação aos rumos tomados pelo Império com o chamado "golpe da maioridade", arquitetado
pelos conservadores. A denominação "praieira" derivava do logradouro (a rua da Praia) onde se
localizava o jornal "O liberal", porta-voz dos revolucionários.
c. Os republicanos foram proscritos da vida política do país pelo Ato Adicional de 1834.
Apesar da proibição, em 1870, um grupo de profissionais liberais fundou um partido republicano
em São Paulo, que funcionou na clandestinidade até a proclamação da República.
d. A chamada "Lei do Ventre Livre" (1871) declarou livre todo filho de mulher escrava nascido
a partir de sua promulgação. Além disso, continha outras disposições tendentes a abolir
gradualmente a escravidão, entre as quais a facilitação dos processos de alforria dos escravos
nascidos antes da Lei.
e. O legislativo imperial era bicameral, isto é, composto de duas câmaras: a Câmara dos
Deputados e o Conselho de Estado. Os mandatos dos deputados eram temporários e os dos
conselheiros de Estado eram vitalícios
6. (UNIFOR) Após a emancipação política de 1822, se trataria de organizar o Estado
independente brasileiro. No ano seguinte, foi convocada uma Assembléia Constituinte que
pudesse dotar o país de um arcabouço legal, regulamentando a sua administração. Sobre isso
assinale a única alternativa incorreta:
a. Temendo ter seu poder limitado pela Constituição, D. Pedro I dissolveu a Assembléia
Constituinte e nomeou um Conselho de Estado que o ajudou a redigir um projeto constitucional,
que no seu final restringia sobremaneira a participação política dos grupos sociais.
b. Durante a feitura da Constituição, foi sugerido um projeto que subordinava o poder
executivo e as Forças Armadas ao poder legislativo e dava a este ampla soberania. O projeto
propunha, ainda, a instituição do voto censitário, por meio do qual eleitores e candidatos teriam
que comprovar elevada renda para poderem participar dos processos políticos.
c. A Constituição outorgada por D. Pedro I, em 1824, estabeleceu a monarquia hereditária, a
divisão político-administrativa do território brasileiro em províncias e a separação do poder político
em quatro ramos, apresentando a figura do poder moderador exclusivo do Imperador.
d. A Constituição de 1824 considerava livres todos aqueles nascidos no Brasil ou
naturalizados brasileiros, porém estabelecia, em relação aos direitos políticos, nítidas diferenças,
sendo os cidadãos divididos em três grupos: passivos, ativos votantes e ativos eleitores elegíveis.
e. A maioria dos noventa deputados constituintes defendia a criação de uma República
democrática (nos moldes franceses) que garantisse os direitos individuais, limitasse severamente
os poderes do Imperador e impusesse à aristocracia o fim da escravidão.
7. (CEFET/PI) Após a independência política, em 1822, o processo de formação do Estado
brasileiro encontra várias possibilidades de leitura, em virtude da diversidade de projetos políticos
existentes no Brasil, nas primeiras décadas do século XIX. A respeito do cenário político vigente
no Brasil durante o Primeiro Reinado, é CORRETO afirmar:
a. Ao proclamar a Independência, o príncipe D. Pedro rompeu com a comunidade
portuguesa. A direção política do País foi entregue aos homens aqui nascidos, gerando o anti
lusitanismo na época.
b. Em 1831, as elites políticas brasileiras estreitaram a aliança com o Imperador, favorecidas
com a ampliação de poderes atribuídos ao Legislativo. Isso possibilitou D. Pedro I abdicar em
nome de seu filho e assumir o trono português.
c. José Bonifácio apoiou a Independência do Brasil dentro de uma proposição centralista,
marca do Estado brasileiro durante o Primeiro Reinado.
d. Após a Independência, os diferentes grupos liberais existentes no Brasil uniram-se em
torno da centralização do poder.
e. Com a abdicação de D. Pedro I, iniciou-se um período marcado pelo crescimento
econômico decorrente da produção de café, o que possibilitou a elaboração do Ato Adicional
(1834), que deu estabilidade econômica ao Império
8. (UFAL) Revolta que teve início em Pernambuco, estendendo-se à Paraíba, Rio Grande do
Norte e ao Ceará, motivada pelo descontentamento popular em relação a D. Pedro I. Os
revoltosos adotaram o lema Religião, Independência, União e Liberdade, até mesmo uma
bandeira fora escolhida como símbolo da nova República a ser proclamada pelos revolucionários
em 1824. Essa revolta denominou-se:
a. Praieira.
b. Pernambucana de 1817.
c. Confederação do Equador.
d. Setembrada.
e. Cabanada.
PERÍODO REGÊNCIAL
Tendo o herdeiro do trono cinco anos, iniciaram-se as regências. Inicialmente composta por três
membros:
Provisória, em 1831 e permanente, 1831-1835; depois composta por um membro: Diogo Antônio
Feijó (1835 - 1837) e Araújo Lima (1837-1840).
Transformações Políticas
Depois da abdicação de D. Pedro I, o poder político no Brasil ficou dividido em três grupos
diferentes, que dominaram a vida pública brasileira até 1834, ano da morte de D. Pedro I.
GRUPO DOS RESTAURADORES: Defendia a volta de D. Pedro I ao governo do Brasil. Era
composto alguns militares e grandes comerciantes portugueses. Uma das principais figuras
desse grupo foi José Bonifácio, tutor do príncipe Pedro de Alcântara. GRUPO DOS
MODERADOS: Defendia o regime monárquico, mas não estava disposto a aceitar um governo
absolutista e autoritário. Era favorável a um poder no Rio de Janeiro e lutava para manter a
unidade territorial do Brasil.
GRUPO DOS LIBERAIS EXALTADOS: Defendia um maior poder administrativo para as
Províncias. Era favorável a uma descentralização do poder, que se concentrava na mudança do
regime monárquico para um regime republicano.
REVOLTAS: Foi uma época de instabilidade política, com diversas revoluções provinciais, como
a Farroupilha (Rio Grande do Sul), a Balaiada (Maranhão), a Cabanagem (Pará) e a Sabinada
(Bahia), nas quais um dos motivos preponderantes era o desejo de maior autonomia provincial
que foi concedida pelo Ato Adicional (1834), que criou os legislativos provinciais, fazendo outras
concessões federalistas.
Etapas do Período Regencial
São os seguintes os períodos regenciais, que se estenderam durante nove anos, de 1831 até
1840. Regência Trina Provisória - Devido à minoridade do herdeiro do trono para governar o
Brasil foram eleitos, provisoriamente, Francisco de Lima e Silva, José Joaquim Carneiro de
Campos e Nicolau Campos Vergueiro. Essa regência durou de abril a julho de 1831.
Regência Trina Permanente - Governou mais de 4 anos. Membros: Francisco de Lima e Silva,
João Bráulio Muniz e José Costa Carvalho. Foi a regência do período mais violento. O Padre
Diogo Feijó se projetou como defensor da ordem pública através da criação da Guarda Nacional.
José Bonifácio, tutor de D. Pedro 11, foi substituído pelo Marquês de Itanhaém. O Ato Adicional
de 1834 alterou a Constituição de 1824, pois transformou os Conselhos Gerais das Províncias em
Assembléias Provinciais, criou o Distrito Federal, aboliu o Conselho de Estado e transformou a
Regência Trina em Una.
Regência Una de Feijó (1835-1837) - Era regente Diogo Antônio Feijó, padre. Foi prejudicada
pela forte disposição parlamentar.
Regência Una de Araújo de Lima (1837-1840) Feijó renunciou em favor de Araújo de Lima. Essa
regência terminou devido à antecipação da maioridade de Dom Pedro que, com 14 anos de
idade, foi coroado imperador do Brasil e passou a usar o título de D. Pedro II.
EXERCÍCIOS
1. (UNIFOR) Podemos perceber várias rebeliões no chamado "Período das Regências".
Sobre isso, assinale a alternativa correta:
a. A Cabanagem foi um movimento da elite do Pará contra os altos impostos cobrados pelo
governo imperial sobre os produtos que saíam da província pelo Porto de Belém, que não.
Precisou da repressão das tropas governamentais, sendo resolvido através da negociação de
cargos e favores entre os governos da província e do país.
b. As chamadas rebeliões regenciais tinham forte cunho liberal, questionavam o excesso de
centralização política e a situação de miséria do povo brasileiro, além de reivindicar mais
liberdade e maior participação no cenário político.
c. As rebeliões regenciais tinham como fio condutor a luta contra a escravidão e a criação de
um sistema republicano no Brasil que garantisse o fim da instabilidade política e criasse uma
forma mais justa de cobrança de impostos.
d. A Revolução Farroupilha foi uma das mais conseqüentes revoltas do período regencial,
pois além de reivindicar maior autonomia provincial e a redução dos altos impostos, defendia a
total e imediata abolição da escravidão e até mesmo uma reforma agrária que distribuísse terras
com os ex-escravos.
e. Os revoltosos que fizeram parte da Sabinada na Bahia defendiam a abolição da
escravidão, ao ponto de não terem definido uma posição clara sobre a autonomia da província,
ao contrário de todas as outras revoltas do período regencial.
2. (UNIFESP) Como elemento comum aos vários movimentos insurrecionais que marcaram o
período regencial (1831-1840), destaca-se:
a. a oposição ao regime monárquico.
b. a defesa do regime republicano.
c. o repúdio à escravidão.
d. o confronto com o poder centralizado.
e. o boicote ao voto censitário.
3. (UNESP) Sobre as revoltas do Período Regencial (1831-1840), é correto afirmar que:
a. indicavam o descontentamento de diferentes setores sociais com as medidas de cunho
liberal e antiescravista dos regentes, expressas no Ato Adicional.
b. algumas, como a Farroupilha (RS) e a Cabanagem (PA), foram organizadas pelas elites
locais e não conseguiram mobilizar as camadas mais pobres e os escravos.
c. provocavam a crise da Guarda Nacional, espécie de milícia que atuou como poder militar
da Independência do país até o início do Segundo Reinado.
d. a Revolta dos Malês (BA) e a Balaiada (MA) foram as únicas que colocaram em risco a
ordem estabelecida, sendo sufocadas pelo Duque de Caxias.
e. expressavam o grau de instabilidade política que se seguiu à abdicação, o fortalecimento
das tendências federalistas e a mobilização de diferentes setores sociais.
4. (PUC/MG) Em 12 de agosto de 1834, promulgou-se· o Ato Adicional, que tinha, entre seus
objetivos, tentar conciliar os interesses dos restauradores, dos exaltados e dos moderados,
favorecendo a articulação desses grupos nos níveis regionais. Esse Ato:
a. instituiu as Assembléias Legislativas provinciais, extinguiu o Conselho de Estado e
concedeu autonomia às províncias substituindo a Regência Trina pela Regência Una eleita.
b. fundiu o poder público com o poder privado, permitindo a formação dos destacamentos da
Guarda Nacional, na qual apenas podiam ingressar os que detivessem uma renda mínima de 100
mil reis.
c. expulsou da marinha e do exército a maior parte da alta oficialidade, em geral composta de
portugueses, que comandava soldados recrutados entre as camadas mais pobres das cidades e
vilas.
d. promoveu a união das forças políticas ao suprimir a autonomia das províncias, garantindo
a centralização do poder e submetendo a Guarda Nacional a delegados eleitos.
e. instituiu o sistema parlamentarista de governo no Brasil e decretou a antecipação da
maioridade do imperador, colocando no trono um monarca adolescente, na época com apenas 15
anos de idade.
5. (UNESP) Documentos inéditos descobertos na Inglaterra relatam que, apenas 13 anos
depois de proclamada a Independência, o governo brasileiro pediu auxílio militar às grandes
potências da época Inglaterra e França - para reprimir a Cabanagem (...) no Pará. (...) Em 1835, o
regente Diogo Antônio Feijó reuniu-se secretamente com os embaixadores da França e da Grã-
Bretanha. Durante a reunião, Feijó pediu ajuda militar, de 300 a 400 homens para cada um dos
países, no intuito de ajudar o governo central brasileiro a acabar com a rebelião. (Luís Indriunas,
Folha, 1999). A partir das informações apresentadas pelos documentos encontrados, é correto
afirmar que o período Regencial:
a. foi marcado pela disputa política entre regressistas e progressistas, que defendiam,
respectivamente, a escravidão e a imediata abolição da escravatura.
b. pode ser considerado parte de um momento especial de construção do Estado nacional no
Brasil, durante o qual a unidade territorial esteve em perigo.
c. não apresentou grande preocupação por parte das autoridades regenciais e nem da
aristocracia rural, apesar das inúmeras rebeliões espalhadas pelo país.
d. teve como característica marcante a ampliação da participação popular por meio do voto
universal e da criação do Conselho de Representantes das Províncias do Império.
e. teve como momento mais importante a aprovação do Ato Adicional de 1834, que
estabeleceu medidas político-administrativas voltadas para a centralização política.
6. (IBMEC) A revolta dos Malês aconteceu em janeiro de 1835, em pleno Brasil Império.
Como disse o historiador João José Reis, um estudioso do tema, essa rebelião se faz importante
por ter sido realizada por negros muçulmanos que tomaram as ruas de Salvador por três horas.
Essa revolta, apesar do seu pouco tempo de duração, provocou reações fortes no povo e no
governo brasileiro do século XIX. Sobre essa rebelião e as reações que causou podemos dizer
que:
a. houve o aumento do medo de um movimento como o ocorrido no Haiti entre 1791 e 1804,
onde uma revolução escrava "destruiu" a escravidão e criou uma nação governada por negros.
Era o perigo da "haitianização" do Brasil.
b. a elite se aproveitou dessa situação para, por um lado, estender um maior controle
também à população livre e liberta e, por outro, tentar ganhar a confiança dos escravos nascidos
em solo brasileiro, dando mais liberdades no ir e vir desses escravos.
c. os africanos foram os mais perseguidos; após o fim da rebelião, muitos foram deportados,
outros executados outros castigados ou ainda presos, o governo teve o cuidado de proibir a vinda
de novos africanos para o Brasil. Foi o fim do tráfico assinado um ano após a revolta.
d. ainda há dúvidas quanto à participação de negros muçulmanos em seu interior, pois
existem poucos documentos sobre essa revolta, uma vez que praticamente tudo o que foi escrito
sobre ela foi queimado pelos que temiam novas rebeliões.
e. após essa revolta as políticas de controle aumentaram, mas aumentaram também as
discussões sobre o fim do tráfico, e mesmo a abolição da escravatura, discussões que se
transformaram em leis, graças a José Bonifácio, logo após esse levante escravo.
7. (UFAL) As primeiras modificações da Constituição do Império foram estabelecidas durante
a Regência Trina Permanente, por meio do Ato Adicional, promulgado em 12 de agosto de 1834,
de importância significativa porque:
a. limitava os poderes excessivos das Câmaras Municipais, que poderiam dividir a Nação.
b. a regência passou a ser exercida por um conselho de ministros, eleito para exercer um
mandato de quatro anos.
c. fora criado em Salvador, o município neutro.
d. antecipava a maioridade de D. Pedro I, evitando um golpe dos conservadores.
e. ampliava a autonomia das Províncias, neutralizando a tendência centralizadora do Primeiro
Reinado.
8. (UNITAU) A coroação de O. Pedro 11, antecipada por uma manobra política do
Parlamento que ficou conhecida como o "golpe da maioridade", teve como conseqüência:
a. O acirramento da disputa entre liberais e conservadores, que defendiam, respectivamente,
o unitarismo e o federalismo.
b. A união da classe política em torno do imperador e o fim da discussão acerca da
centralização ou descentralização do poder.
c. A democratização da política brasileira através da redução da renda mínima exigida dos
cidadãos parque pudessem ter o direito ao voto.
d. A fundação do Partido Republicano Federalista pelos antigos liberais radicais, que não
aceitavam a continuidade da monarquia e reivindicavam o direito ao voto.
e. A pressão política dos demais países da América, sobretudo dos EUA, contra a única
monarquia do continente, o Estado brasileiro.
SEGUNDO IMPÉRIO
Política externa e Campanhas Militares
Consolidaram-se, também, os dois partidos políticos, Liberal e Conservador, ambos
representantes dos proprietários rurais. Nossa política externa passou a ter prioridade,
orientando-se no sentido de evitar o fortalecimento da Argentina, Uruguai e Paraguai, mantendo-
se o equilíbrio sul-americano.
Campanhas Platinas
A região platina é formada pela Argentina, Paraguai e Uruguai. Os rios que banham estes
territórios constituíam o melhor caminho para atingir certas regiões de nosso interior,
especialmente o Mato Grosso. Preocupado com a livre navegação no Rio da Prata, O. Pedro 11
enviou para a região um contingente militar, sob o comando de Caxias, vencendo as forças
uruguaias.
Guerra do Paraguai
Se estendeu de 1865 a 1870. Nessa época, sob o governo de Francisco Solano López, o
Paraguai era um país praticamente auto-suficiente - produzia tudo aquilo que precisava - mas não
tinha saída para o mar; para chegar ao mar passava pelo rio da Prata, nas fronteiras com o
Brasil, a Argentina e o Uruguai, e tinha, por isso mesmo, interesse em aumentar seu território.
O Brasil tinha interesse em controlar a navegação por esses rios, que era o caminho mais fácil
para o Mato Grosso. A Argentina pretendia que o Paraguai
voltasse a fazer parte do seu território. A Inglaterra via na Guerra uma oportunidade de abrir o
mercado paraguaio aos seus produtos. Juntando-se aos interesses, a Inglaterra emprestou
dinheiro, a juros altos, e o Brasil, a Argentina e Uruguai entraram com soldados.
No fim de 5 anos de combates, a Inglaterra só ganhou - com o retorno do dinheiro emprestado e
dos juros e com a abertura do mercado paraguaio ao seus produtos; o Brasil e a Argentina
ganharam terras paraguaias - e perderam - milhares de mortos e a destruição de suas
economias; o Paraguai só perdeu - com a sua destruição, foram mortos três em cada quatro
paraguaios, sua população passou de 800 000 para 194 000 pessoas.
Terminada a Guerra, o Império brasileiro estava com sua economia fortemente abalada e o
exército passou a assumir posições contrárias à sociedade escravista.
A Economia do Café
- Café: solução para a crise econômica
- Regiões de plantação de café: Oeste paulista e Vale do Paraíba
- Mão-de-obra escrava
- Os "barões do café": poder econômico e político
- Chegada de imigrantes (Itália e Alemanha)
- Incentivo do governo
- Trabalho assalariado nas indústrias e fazendas de café
- Mistura cultural: africana + européia + indígena
- Cópia de modelos europeus (franceses).
A abolição da escravatura
Pressões da Inglaterra: queria um mercado consumidor maior no Brasil
- Lei Eusébio de Queiroz (1850) - fim do tráfico negreiro
- reações de escravos: quilombos, revoltas e fugas
- criticas: poetas, universitários, militares, povo em geral
- Lei do Ventre Livre (1871) e dos Sexagenários (1885)
Declínio do Segundo Reinado
A crise do Império foi resultado das transformações processadas na economia e na sociedade, a
partir do século XIX, somando-se conduziram importantes setores da sociedade a uma
conclusão: a Monarquia precisava ser superada para dar lugar a outro regime político mais
adaptado aos problemas da época.
A crise do Império foi marcada por uma série de questões que desembocaram na Proclamação
da República.
QUESTÃO ABOLICIONISTA
Os senhores de escravos não se conformaram com a abolição da escravidão e com o fato de não
terem sido indenizados. Sentindo-se abandonados pela Monarquia passaram a apoiar a causa
republicana,
surgindo os chamados Republicanos de 13 de Maio (chamada assim por causa da data em que a
Lei Áurea foi assinada). As principais leis que contribuíram para o fim da escravidão no Brasil
foram: 1850, Lei Eusébio de Queiroz (extinguia o tráfico negreiro); 1871, Lei do Ventre Livre (os
filhos de escravos seriam considerados livres, devendo aos proprietários criá-Ios até os oito
anos); 1885, Lei dos Sexagenários (quando o escravo completasse 65 anos eles estariam
libertos); e 13 de Maio de 1888, Lei Áurea (abolição total da escravidão, assinada pela princesa
Isabel, que substituía provisoriamente o Imperador).
QUESTÃO RELIGIOSA
A questão religiosa consistiu num conflito entre dois bispos, D. Vital e D. Macedo Costa, que
insistiram em aplicar no país determinações papais que não haviam obtido a aprovação do
Imperador, como determinava a constituição. Esse poder de veto imperial chamava-se
beneplácito. Processados e condenados, o assunto serviu para afastar a igreja do trono.
QUESTÃO MILITAR
Durante o Império havia sido aprovado o projeto Montepio, pelo qual as famílias dos militares
mortos ou mutilados na Guerra do Paraguai recebiam uma pensão. A guerra terminara em 1870 e
em 1883 o montepio ainda não estava pago. Os militares encarregaram então o tenente-coronel
Sena Madureira de defender os seus direitos. Este, depois de se pronunciar pela imprensa,
atacando o projeto Montepio, foi punido. A partir de então, os militares ficaram proibidos de dar
declarações à imprensa sem prévia autorização imperial.
O descaso que alguns políticos e ministros conservadores tinham pelo Exército levava-os a punir
elevados oficiais, por motivos qualificados como indisciplina militar. As punições disciplinares
conferidas ao tenente-coronel Sena Madureira e ao coronel Ernesto Augusto da Cunha Matos,
provocou revolta em importantes chefes de Exército, como o Marechal Deodoro da Fonseca.
Proclamação da república
O Governo Imperial, percebendo, embora tardiamente, a difícil situação em que se encontrava
com o isolamento da Monarquia, apresentou à Câmara dos Deputados um programa de reformas
políticas, do qual constavam: liberdade de fé religiosa; liberdade de ensino e seu
aperfeiçoamento; autonomia das Províncias; mandato temporário dos senadores. Entretanto, as
reformas chegaram tarde demais. No dia 15 de novembro de 18889, o Marechal Deodoro da
Fonseca assumiu o comando das tropas revoltadas, ocupando o Quartel General do Rio de
Janeiro. Na noite de do dia 15, constituiu-se o Governo Provisório da República dos Estados
Unidos do Brasil. D. Pedro II, que estava em Petrópolis durante esses acontecimentos, recebeu,
no dia seguinte, um respeitoso documento do novo Governo, solicitando que ele se retirasse do
País, juntamente com sua família.
Proclamada a República, no mesmo dia 15 de novembro de 1889, forma-se um governo
provisório, sendo o chefe do governo Marechal Deodoro da Fonseca.
EXERCÍCIOS
1. (UNIFOR) Assinale a alternativa que contém uma ou mais causas que não contribuíram
para o processo que pôs fim ao Império Brasileiro.
a. Movimento abolicionista, mentalidade positivista, lançamento do Manifesto Republicano.
b. Movimento republicano, atritos do governo imperial com a Igreja, luta contra a monarquia.
c. Insatisfações do exército, formação de partidos republicanos, trabalho assalariado.
d. Abolição da escravidão, conflitos Inter oligárquicos, aliança entre exército e cafeicultores.
e. Aliança do exército com o imperador, processo de imigração, pensamento liberal.
2. (PUC) Entre 1864 e 1870, a Guerra do Paraguai opôs o Paraguai à Tríplice Aliança,
composta por Argentina, Brasil e Uruguai. Sobre essa Guerra, é possível afirmar corretamente
que:
a. se relaciona ao processo de construção dos Estados Nacionais na região do Prata e à
disputa pela hegemonia na região.
b. demonstrou a fragilidade militar dos países envolvidos e permitiu a penetração armada e
comercial norte-americana na região.
c. resultou exclusivamente da ambição excessiva de Solano López, ditador do Paraguai, e de
seus interesses expansionistas.
d. consolidou a hegemonia espanhola na região e impediu a conclusão do processo de
independência política do Paraguai.
e. levou ao rompimento das relações diplomáticas entre os quatro países e à busca, por eles,
de parcerias mercantis com a Inglaterra.
3. (ESPM) "A república era vista por essa filosofia como o único caminho para o progresso.
Um dos seus divulgadores no Brasil foi Benjamin Constant, professor da Escola Militar, onde
tornou-se conhecido por pregar ideais expressos na trilogia 'O Amor por princípio, a Ordem por
base e o Progresso por fim', que depois da proclamação da república, ele cunharia na bandeira
brasileira sob o lema 'Ordem e Progresso." (Ronaldo Vainfas. Dicionário do Brasil Imperial). O
texto trata da filosofia:
a. marxista;
b. liberal;
c. socialista utópica;
d. absolutista;
e. positivista.
4. (FGV) A questão religiosa, na década de 1870, e a questão militar, na década de 1880,
estiveram entre os fatores que contribuíram para o desgaste da monarquia no Brasil. Essas
questões giraram, em termos ideológicos, respectivamente, em torno dos seguintes pares:
a. catolicismo-fundamentalismo e republicanismo-democracia.
b. jesuitismo-Iaicismo e liberalismo-profissionalismo.
c. espiritualismo-secularização e conservadorismo-hierarquia.
d. padroado-maçonaria e positivismo-abolicionismo.
e. disciplina-monástica e ordem-progresso.
5. (PUC/MG) Durante o Brasil Império, na fase final do Segundo Reinado, registraram-se
significativas mudanças socioeconômicas na sociedade brasileira, as quais estabeleceram um
novo rumo para o desenvolvimento nacional. O marco histórico desse processo foi:
a. o grande desenvolvimento industrial urbano do país e a decadência da lavoura cafeeira
como principal fonte agroexportadora nacional.
b. a decadência do escravismo brasileiro e a substituição do trabalho escravo pelo trabalho
livre.
c. o movimento camponês na Bahia (Revolta de Canudos) e a divisão fundiária do Nordeste
em pequenas propriedades agrícolas.
d. a organização dos trabalhadores rurais em sindicatos, que incrementaram movimentos
políticos em favor da regulamentação do trabalho no campo.
e. o declínio das oligarquias rurais e a ascendência da classe operária que, politicamente
organizada, contribuiu para a mudança da ordem política nacional.
6. (PUC) Durante o Segundo Império (1840-1889), o Brasil passou por uma fase de
implantação de tecnologia estrangeira. O telégrafo e o transporte ferroviário são exemplos
privilegiados da tentativa de modernizar o país. Pode-se considerar que esse esforço foi:
a. resultado da busca de uma integração mais clara com o mercado internacional, pois
permitia adquirir tecnologia estrangeira e intensificar a exportação de produtos agrícolas.
b. resultado exclusivo da mentalidade progressista do Imperador D. Pedro 11, homem de
letras e amigo de grandes inventores, e por isso deixou de ocorrer após a proclamação da
República.
c. relacionado às determinações inglesas de substituir a mão-de-obra escrava por
assalariada, pois esta implicava intensa mecanização da agricultura e exigência de operários
especializados nas fábricas.
d. voltado à ampliação do relacionamento comercial brasileiro com os países vizinhos da
América do Sul, e por isso ocorreu logo após as campanhas militares brasileiras no Prata.
e. rejeitado pelos abolicionistas, que consideravam a modernização tecnológica uma forma
de perpetuar a utilização de mão-de-obra escrava, pois não exigiria maior qualificação do
trabalhador.
7. (MACKENZIE) O café, principal responsável pelas transformações sociais, econômicas e
políticas ocorridas no Brasil na segunda metade do século XIX, foi também elemento que
determinou:
a. a recuperação das regiões Norte e Nordeste do país, que passaram a ser integradas à
produção cafeeira do Sudeste, fornecendo a mão-de-obra escrava necessária para o
desenvolvimento da lavoura de café.
b. a completa alteração dos quadros econômicos herdados do nosso passado colonial, ao
possibilitar a expansão de outros setores, como o industrial, favorecido pelo expressivo aumento
do mercado consumidor interno.
c. a estabilização da economia nacional, que é favorecida pela exportação de sucessivas
super safras do produto e pela rentabilidade dos preços, garantida pela Convenção de Taubaté,
que determinava o valor mínimo por saca exportada.
d. o incremento das relações assalariadas de produção e possibilitou a acumulação de
capitais que, além de reinvestidos na própria expansão da lavoura cafeeira, foi, por vezes,
aplicado em outros setores de produção, como o industrial.
e. a estabilização da balança comercial nacional, que passou a apresentar superávit, em
contraponto aos constantes déficits do I Reinado; porém, isso não foi suficiente para contrair
novos empréstimos no exterior.
8. (FUVEST) "Firmemos, sim, o alvo de nossas aspirações republicanas, mas voltemos para
o passado sem ódios, sem as paixões efêmeras do presente, e evocando a imagem sagrada da
Pátria, agradeçamos às gerações que nos precederam a feitura desta mesma Pátria e
prometamos servi-Ia com a mesma dedicação, embora com as idéias e as crenças de nosso
tempo". Teixeira Mendes, 1881 De acordo com o texto, o autor:
a. defende as idéias republicanas e louva a grandeza da nação.
b. propõe o advento da república e condena o patriotismo.
c. entende que as paixões de momento são essenciais e positivas na vida política.
d. acredita que o sistema político brasileiro está marcado por retrocessos.
e. mostra que cada nova geração deve esquecer o passado da nação.
9. (UNESP) Todo trabalho é realizado pelos pretos, toda a riqueza é adquirida por mãos
negras, porque o brasileiro não trabalha, e quando é pobre prefere viver como parasita em casa
dos parentes e de amigos ricos, em vez de procurar ocupação honesta. (Iná Von Binzer. Alegrias
e tristezas de uma educadora alemã no Brasil, 1881.) Segundo a visão da educadora alemã, a
sociedade brasileira, no final do século XIX, caracterizava-se pela:
a. Grande generosidade dos brasileiros brancos ricos, que protegiam a população mais
pobre.
b. Desclassificação das atividades manuais, consideradas contrárias à própria noção de
liberdade.
c. Desigualdade social, ainda que houvesse mecanismos institucionais de distribuição de
renda.
d. predominância de famílias diminutas, ainda que conservando seu caráter patriarcal.
e. presença do trabalho assalariado, que permitia significativa acumulação de capital.
REPÚBLICA VELHA
Principais características
- Domínio das oligarquias estaduais
- Economia de caráter primário com o predomínio do café
- Política dos Governadores e do Café-com-leite
- Voto de cabresto e aberto
- Revoltas Tenentistas - Forte de Copacabana, Coluna Prestes, Revolta de 1924.
-Revoltas Populares- Canudos- NE: pobreza, miséria e exploração, - Antônio Conselheiro: líder
messiânico. O Exército destruiu Canudos.
- O Cangaço: bandos armados no NE saqueavam fazendas: justiça com as próprias mãos,
Lampião: mais famoso.
- A Revolta da Vacina (1904): Rio de Janeiro: crise, desemprego e descontentamento popular.
Vacinação obrigatória contra a Varíola. - Violência de rua: confrontos, prisões.
- As Greves (1901 a 1920): Exploração dos trabalhadores. Greves eram tratadas como "casos de
polícia" pelo governo
- Conquistas dos trabalhadores e fim das greves
- Chibata: Revolta dos marinheiros contra o baixo soldo e castigos físicos. Líder - João Cândido -
Política das Salvações
- Crise de 1 929
- Rompimento da política do Café-com-Leite
- Eleição de Júlio Prestes
- Revolução de 1930
- Queda de Washington Luís
Conhecendo a República Velha
República das Oligarquias
O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor
agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos:
Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos
controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da
elite agrária do país.
Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário
do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.
A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois
estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república.
Saídos das elites mineiras e pau listas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor
agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu
duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.
Política dos Governadores
Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder
as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O
presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos
davam suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo.
Coronelismo
A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas
regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder
econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto,
onde o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo de violência para que os eleitores de
seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os
eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votassem nos
candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos
políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e
violência.
Convênio de Taubaté
Essa foi uma fórmula encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em
momentos de crise. Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o
excedente de café e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram
liberados. Esta política mantinha o preço do café, principal produto de exportação, sempre em
alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.
A crise da República Velha e o Golpe de 1930
Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era
a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do
presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo
com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do
Sul (forma-se a Aliança Liberal) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas.
Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da
Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança
Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. E o fim da República Velha e
início da Era Vargas.
EXERCÍCIOS
1. (UECE) A Política dos Governadores, inaugurada por Campos Sales, é considerada o
exemplo mais notório da política de conciliação na história do Brasil, porque:
a. consiste numa troca de favores institucionalizada entre os poderes municipal, estadual e
federal, que fortalece as oligarquias;
b. significa o apaziguamento das tensões no relacionamento entre civis e militares, difícil
desde a Revolta da Armada; .
c. põe fim ao chamado Encilhamento, reforma econômica e financeira promovida por Rui
Barbosa, a qual tumultuou a vida do país;
d. representa a solução final para os problemas com a Igreja, enfrentados desde o período de
desagregação da monarquia;
e. resolve discussões internas, como as de Canudos e a luta do Contestado, ambas
marcadas por um caráter messiânico.
2. (UFPE) Durante a República Velha predominou a chamada Política dos Governadores,
cuja a base de sustentação era constituída:
a. pelo coronelismo;
b. pelos movimentos messiânicos;
c. pelo voto censitário
d. pela política de valorização do café.
e. pela política exterior.
3. (UFPE) A política de valorização do café, levada a cabo pelos interesses dominantes
durante a República Velha, foi concretizada por meio:
a. da assinatura do Funding Loan;
b. da realização do Convênio de Taubaté;
c. da Política das Salvações;
d. da Política dos Governadores;
e. do Encilhamento.
4. (UNIFOR) A Primeira Guerra Mundial pode ser considerada fator de aceleração econômica
brasileira por que:
a. Dificultou as importações, originando a "indústria de substituição";
b. Desenvolveu no Brasil uma indústria bélica para abastecer os aliados;
c. Desenvolveu no Brasil uma indústria de base, com intuito de fornecer máquinas para os
países aliados;
d. Aumentou as relações comerciais com o país da Tríplice Aliança;
e. Provocou o desenvolvimento agropecuário do nordeste para abastecer os aliados.
5. (UFBA) Assinale a alternativa que contém, pela ordem, as características da Constituição
do Império e da República:
a. Estado Federativo e Estado Unitário, Igreja ligada ao Estado e Igreja separada do Estado,
três poderes autônomos e três poderes harmônicos entre si.
b. Estado Unitário e Estado Provincial, Igreja ligada ao Estado e Igreja separada do Estado,
três poderes autônomos e três poderes harmônicos entre si.
c. Estado Provincial e Estado Federativo, Igreja oficial do Estado e Igreja reconhecida pelo
Estado, quatro poderes e três poderes.
d. Estado Unitário e Estado Autônomo, Igreja ligada ao Estado e Igreja separada do Estado,
quatro poderes e três poderes.
e. Estado Unitário e Estado Federativo, Igreja ligada ao Estado e Igreja separada do Estado,
quatro poderes e três poderes.
6. (FUVEST) Caracteriza o processo eleitoral durante a Primeira República, em contraste
com o vigente no Segundo Reinado,
a. a ausência de fraudes, com a instituição do voto secreto e a criação do Tribunal Superior
Eleitoral.
b. a ausência da interferência das oligarquias regionais, ao se realizarem as eleições nos
grandes centros urbanos.
c. o crescimento do número de eleitores, com a extinção do voto censitário e a extensão do
direito do voto às mulheres.
d. a possibilidade de eleições distritais e a criação de novos partidos políticos para as
eleições proporcionais.
e. a maior participação de eleitores das áreas urbanas ao se abolir o voto censitário e se
limitar o voto aos alfabetizados.
7. (UNESP) O povo assistiu aquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que
significava. Muitos acreditavam sinceramente estar vendo uma parada. Aristides Lobo. O texto
refere-se à Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889. Podemos, então, concluir
que:
a. o movimento contou com sólido apoio popular, luta armada e resistência violenta dos
monarquistas.
b. o Terceiro Reinado era visto de forma positiva e otimista pela população, já que a Princesa
Isabel tinha uma liderança expressiva, apesar dos valores patriarcais da época.
c. as críticas à centralização monárquica e o surgimento de novos segmentos sociais não
tiveram influência no sucesso do movimento republicano.
d. a proclamação vitoriosa resultou da conjugação de parte do exército, fazendeiros do oeste
paulista e classes médias urbanas.
e. a Guerra do Paraguai não teve relação com o crescimento das idéias republicanas e
positivistas, fundamentais para o advento da república.
8. (FUVEST) "Mete dinheiro na bolsa - ou no bolso, diremos hoje - e anda, vai para diante,
firme, confiança na alma, ainda que tenhas feito algum negócio escuro. Não há escuridão quando
há fósforos. Mete dinheiro no bolso. Vende-te bem, não compres maios outros, corrompe e sê
corrompido, mas não te esqueças do dinheiro ... E depressa, depressa, antes que o dinheiro
acabe". (Machado de Assis, 1896.) Essa passagem evoca o clima que se criou no país com:
a. a valorização do café.
b. a Abolição.
c. o Encilhamento.
d. a Guerra do Paraguai.
e. o ciclo da borracha.
9. (UFCE) As alternativas abaixo referem-se à primeira Constituição republicana e, entre elas,
há apenas uma incorreta que você deve assinalar.
a. Essa Constituição foi promulgada em 1891, isto é, foi discutida e aceita por uma
Assembléia Constituinte, eleita no ano anterior.
b. Mantinha o voto censitário, para cidadãos maiores de 21 anos, e excluía os mendigos,
analfabetos, militares sem patentes de oficiais, religiosos de ordens monásticas e mulheres.
c. Foi inspirada no modelo norte-americano e tinha três características fundamentais:
federalismo, presidencialismo e regime de representatividade.
d. Estabelecia a existência de três poderes autônomos e independentes: Executivo,
Legislativo e Judiciário.
e. Estabelecia a igualdade de todos os cidadãos perante a lei, direito de reunião, liberdade de
locomoção, inviolabilidade do lar, sigilo de correspondência, liberdade profissional e religiosa.
10. (UNIFOR) Em relação às transformações inauguradas no Brasil após a proclamação da
República, é possível afirmar que:
a. Com a Proclamação da República e o crescimento da indústria brasileira, o Brasil
conseguiu conquistar sua independência econômica em relação ao capital internacional.
b. Apesar de o regime republicano ter abolido o poder moderador e outros vícios da
monarquia, a política era controlada pelas oligarquias estaduais que, através dos coronéis,
manipulavam a máquina eleitoral.
c. Esse período caracterizou-se pelo total equilíbrio entre o poder central e os estados da
federação.
d. A existência de um mercado interno dinâmico, resultante do crescimento da produção
agrícola e industrial nas diferentes regiões do país, resultou na melhor distribuição de rendas,
nesse período.
e. A aceitação pacífica da sociedade em relação às estratégias políticas de manutenção do
poder, fez da Republica Velha um período com ausência de manifestações sociais.
11. (EFPE) Assinale a alternativa que melhor caracteriza o processo eleitoral vigente durante a
Primeira República.
a. Ausência da interferência das oligarquias regionais, ao se realizarem as eleições nos
grandes centros urbanos.
b. Crescimento do número de eleitores, com a extinção do voto censitário e a extensão do
direito do voto às mulheres.
c. Possibilidade de eleições diferenciadas para cada Estado e a criação de novos partidos
políticos para as eleições proporcionais.
d. Ausência de fraudes, com a instituição do voto secreto e a criação do Tribunal Superior
Eleitoral.
e. Maior participação de eleitores das áreas urbanas, voto somente para homens
alfabetizados e prática das fraudes eleitorais.
12. (USP) Podemos assinalar como fatores que mobilizavam o movimento operário do inicio
do século XX, EXCETO:
a. A ausência de legislação social, garantindo os direitos trabalhistas aos operários.
b. Os baixos salários dos trabalhadores urbanos reduzem o seu poder de compra.
c. Os rígidos regulamentos das fábricas que objetivavam a disciplina e a produtividade do
trabalho.
d. O convívio entre imigrantes e ex-escravos nas fábricas, resultava em desunião da classe
trabalhadora.
e. O trabalho das mulheres operarias era discriminado, uma vez que seus salários eram
inferiores aos dos homens.
13. (UNESP) O movimento tenentista não conseguiu produzir resultados imediatos na
estrutura política do país, já que nenhuma de suas tentativas teve sucesso, mas conseguiu
manter viva a revolta contra o poder das oligarquias, representada na Política do café com leite.
Em relação a esse movimento, podemos afirmar que seu ápice foi:
a. o Estado de Sítio permanente do governo Artur Bernardes.
b. a realização da Coluna Prestes.
c. a Coluna Paulista.
d. a Revolta da Chibata.
e. a Intentona Comunista
14. (PUC/MG) No ano de 1904, estourou um movimento de caráter popular na cidade do Rio
de Janeiro, a chamada revolta da vacina. Tal movimento pode ser associado ao seguinte
contexto:
a. à oposição entre setores urbano e rural.
b. à modernização e no saneamento do Brasil como um todo.
c. ao combate às doenças epidêmicas promovido pela ONU.
d. à chegada de inúmeros imigrantes.
e. à modernização e ao saneamento do Rio de Janeiro.
15. (UFPE) O Cangaço foi um fenômeno ocorrido no nordeste brasileiro de meados do século
XIX ao início do século XX, sendo suas origens ligadas às seguintes questões:
a. Aparecimento dos movimentos revolucionários republicanos dos fins do Império.
b. Concentração da propriedade, o aumento demográfico, os efeitos da seca e o ambiente
marcado pela violência e descaso do governo.
c. Propaganda da guerrilha comunista entre os camponeses.
d. Processo de urbanização e industrialização que expulsou muitos camponeses de suas
terras.
e. Grande migração de nordestinos para a colheita da borracha na Amazônia.
16. (UNIFOR) Podemos apontar com fatores que desencadearam a Guerra do Contestado,
EXCETO
a. criação, por parte do governo, de novos assentamentos para os camponeses na região
entre Santa Catarina e Paraná.
b. surgimento de líderes religiosos carismáticos.
c. os interesses de empresas estrangeiras na região ocupado por famílias de camponeses
sem terra
d. instalação de uma madeireira na região contestada.
e. O descaso das autoridades diante do sofrimento dos camponeses que viviam na região do
Contestado.
17. (UFBA) Analise as proposições abaixo e, identifique a única que apresenta os objetivos da
reforma urbana ocorrida na gestão do prefeito Pereira Passos no início do século XX na cidade
do Rio de Janeiro.
a. transferir progressivamente a população mais carente para áreas rurais onde a oferta de
trabalho era maior.
b. ampliar os cortiços no centro da cidade, aproximando a moradia do proletariado do seu
local de trabalho
c. modernizar a capital do país, transformando-a na Paris brasileira, acabar com as
epidemias e com a proliferação de cortiços no centro da cidade.
d. resgatar os padrões arquitetônicos da época colonial e aumentar a atividade portuária em
franca decadência.
e. ampliar a cidade para receber os imigrantes que vinham da Europa.
18. (USP)... conhecido como o almirante Negro. Tinha a dignidade de um Mestre-sala. Foi
saudado no porto, pelas negrinhas faceiras. Jovens polacas e por batalhões de mulatas. Rubras
cascatas. Jorravam nas costas dos santos entre, Glória aos piratas a cachaça e as sereias. Glória
a farofa, as mulatas e as baleias! ... (Aldir Blanc e Bosco)
a. Revolta do Contestado
b. Revolução federalista no Rio Grande do Sul.
c. Movimento grevista de 1917.
d. Revolta da vacina
e. Revolta da Chibata
19. (UNESP) "Seu Vírgulíno Ferreira, conhecido Lampião, Muito fala que é bandido o
Imperador do Sertão". Os versinhos do cordel dizem respeito a um movimento social que tem
suas origens ligadas:
a. aos desejos de reformas econômicas e sociais de caráter popular.
b. a violência praticada pelos governos republicanos controlados pelas oligarquias paulista e
mineira contra lideranças operárias e camponesas.
c. aos anseios por reformas políticas moralizadoras de cunho anarquista.
d. ao caráter conservador dos governos no sertão nordestino, cuja política repressiva
desencadeou o movimento de luta do cangaço.
e. a fatores ligados à vida no sertão, como ignorância, secas, ausência de governo e de
Justiça.
20. (ÚNIFOR) As alternativas abaixo identificam as características do Modernismo, EXCETO:
a. a valorização da vida cotidiana.
b. nas artes houve uma abertura temática sem precedentes.
c. a linguagem torna-se coloquial e espontânea.
d. surgimento de novas técnicas de escrita, tanto no domínio da poesia quanto da ficção.
e. predomínio da língua culta e pouca liberdade de expressão.
ERA VARGAS
O CENÁRIO BRASILEIRO NO FINAL DA DÉCADA DE 20:
ASPECTO ECONÔMICO:
A Crise de 29 resultou na queda das exportações e do preço do café;
Bloqueio da política de empréstimos ao Brasil; Inviabilidade da tradicional política de valorização
do café.
ASPECTO POLÍTICO
A crise política alia-se à crise econômica; Rompimento da política do café- com -leite; Surgimento
da Aliança Liberal (Associação que reunia as oligarquias dissidentes de Minas Gerais, Rio
Grande do Sul e Paraíba);
A Aliança Liberal lança a candidatura de Getúlio Vargas e João Pessoa à presidência e vice -
presidência do Brasil;
Júlio Prestes, candidato do governo, vence as eleições marcadas por fraudes.
REVOLUÇÃO DE 30
Tensão social gerada pelo descontentamento com a vitória do grupo ligado ao governo;
Assassinato de João Pessoa (a tragédia é usada para fins políticos);
Em 3 de outubro de 1930, em Porto Alegre, teve início a revolta que colocou um ponto final na
República Velha e deu início à Era Vargas.
FASES DA ERA VARGAS:
O GOVERNO PROVISÓRIO (1930-1934)
Instalação da Lei Orgânica (plenos poderes para Getúlio, tais como: suspensão da Constituição
de 1891, fechamento do Congresso Nacional, assembléias estaduais e municipais e nomeação
de interventores).
Eclosão da Revolução Constitucionalista de 1932: Origens: A oligarquia cafeicultora paulista não
se conformava com a perda do poder político que desfrutava durante a República Velha, com a
ausência de uma Constituição e com a nomeação indesejada de um interventor para São Paulo.
Resultados: Após 3 meses de luta, os revolucionários pau listas são derrotados pelas tropas do
governo. Vargas passa a adotar uma atitude conciliatória (Concessão de empréstimos aos
cafeicultores e convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte).
O GOVERNO CONSTITUCIONAL DE VARGAS (1934-1937)
A Constituição de 1934 (manutenção do regime federativo e do equilíbrio dos três poderes; voto
feminino; confirmação da legislação trabalhista; ensino primário obrigatório e gratuito, etc.);
Aparecimento dos partidos políticos AIB (Ação Integralista Brasileira, de caráter fascista) e ANL
(Aliança Nacional Libertadora);
Tentativa fracassada de golpe de Estado (Intentona comunista de 1935);
A farsa do Plano Cohen;
O Golpe do Estado Novo (10-11-1937)
A DITADURA DO ESTADO NOVO (1937-1945)
Imposição da Constituição de 1937, a Polaca de cunho fascista.
Centralização excessiva do poder, indefinição ideológica, proibição dos partidos políticos,
burocratização (DASP) e controle ideológico (DIP);
Legislação paternalista trabalhista (institucionalização sindical);
Intervencionismo econômico e nacionalismo, investimentos estatais na siderurgia e petróleo
(foram criadas a CSN, a Vale do Rio Doce, a Companhia Hidrelétrica de São Francisco e a
Álcalis).
Relações exteriores: hesitação entre neutralidade ou participação na Segunda Guerra Mundial;
1942: declaração de guerra ao Eixo.
EXERCÍCIOS
1. Com meu chapéu de lado, tamanco arrastando Lenço no pescoço, navalha no bolso. Eu
passo gingando, provoco e desafio. Eu tenho orgulho de ser vadio. (Wilson Batista, 1933). Quem
trabalha é quem tem razão Eu digo e não tenho medo de errar o bonde de São Januário. Leva
mais um operário. Sou eu que vou trabalhar. (Wilson Batista, 1940). Da comparação entre as
letras desses sambas, depreende-se que:
a. as mudanças visíveis nos conteúdos dos sambas sugerem adesão à ideologia do Estado
Novo.
b. as mudanças significativas de conteúdo decorrem da valorização do trabalho industrial no
Rio de Janeiro.
c. as datas das composições correspondem ao mesmo período do governo de Vargas,
indicando que as mudanças são mera coincidência.
d. as mudanças das letras não são significativas, já que ambas as composições tratam de
problemas de gente pobre e humilde.
e. as letras das músicas estão distantes dos interesses políticos do Estado Novo, que não se
preocupava em fazer propaganda.
2. (ENEM/1998) A figura de Getúlio Vargas, como personagem histórica, é bastante
polêmica, devido à complexidade e à magnitude de suas ações como presidente do Brasil
durante um longo período de quinze anos (1930-1945). Foram anos de grandes e importantes
mudanças para o pais e para o mundo. Pode-se perceber o destaque dado a Getúlio Vargas pelo
simples fato de este período ser conhecido no Brasil como a "Era Vargas". Entretanto, Vargas
não é visto de forma favorável por todos. Se muitos o consideram como um fervoroso
nacionalista, um progressista ativo e o "Pai dos Pobres", existem outros tantos que o definem
como ditador oportunista, um intervencionista e amigo das elites. Provavelmente você percebeu
que as duas opiniões sobre Vargas são apostas, defendendo valores praticamente antagônicos.
As diferentes interpretações do papel de uma personalidade histórica podem ser explicadas,
conforme uma das opções abaixo. Assinale-a.
a. Um dos grupos está totalmente errado, uma vez que a permanência no poder depende de
idéias coerentes e de uma política contínua.
b. O grupo que acusa Vargas de ser ditador está totalmente errado. Ele nunca teve uma
orientação ideológica favorável aos regimes politicamente fechados e só tomou medidas duras
forçado pelas circunstâncias.
c. Os dois grupos estão certos. Cada um mostra Vargas da forma que serve melhor aos seus
interesses, pois ele foi um governante apático e fraco - um verdadeiro marionete nas mãos das
elites da época.
d. O grupo que defende Vargas como um autêntico nacionalista está totalmente enganado.
Poucas medidas nacionalizantes foram tomadas para iludir os brasileiros, devido à política
populista do varguismo, e ele fazia tudo para agradar aos grupos estrangeiros.
e. Os dois grupos estão errados, por assumirem características parciais e, às vezes
conjunturais, como sendo posturas definitivas e absolutas
3. (FUVEST/SP) Em 10 de novembro de 1937, para justificar o golpe que instaurava o Estado
Novo, Getúlio Vargas discursava: "Colocada entre as ameaças caudilhistas e o perigo das
formações partidárias sistematicamente agressivas, a Nação, embora tenha por si o patriotismo
da maioria absoluta dos brasileiros e o amparo decisivo e vigilante das Forças Armadas, não
dispõe de meios defensivos eficazes dentro dos quadros legais, vendo-se obrigada a lançar mão
das medidas excepcionais que caracterizam o estado de risco iminente da soberania nacional e
da agressão externa." Baseando-se no texto acima pode-se entender que:
a. Vargas fala em nome da Nação, considerando -se o intérprete de seus anseios e
necessidades.
b. a defesa da Nação está exclusivamente nas mãos do exército e do patriotismo dos
brasileiros.
c. Vargas delega às Forças Armadas o poder de lançar mão de medidas excepcionais.
d. as medidas excepcionais tomadas estão na relação direta da falta de formações políticas
atuantes.
e. Vargas estabelece uma oposição entre o patriotismo dos brasileiros e a ação das Forças
Armadas.
4. (MACK) O populismo, fenômeno político latino-americano no período pós-guerra, inicia-se
no Brasil com a queda do "Estado Novo" e estende-se até a deposição de João Goulart. Pode ser
definido como:
a. a manipulação pelo Estado das camadas urbanas e suas reivindicações.
b. a expansão política autônoma da classe operária.
c. a ditadura do proletariado que alija do poder a burguesia e a oligarquia agrária.
d. a queda do regime democrático e a instalação de um governo totalitário e antiindustrial.
e. um movimento antinacionalista e de defesa do capital estrangeiro.
5. (UNIRIO) O Estado Novo constituiu-se num período ditatorial da história brasileira. Sob
esse aspecto é correto afirmar que:
a. Foi um período regido por uma constituição autoritária, em que o Executivo controlava o
Legislativo e o Judiciário, sendo suprimidos os partidos políticos.
b. O Estado Novo de Getúlio Vargas baseou-se na liberdade de expressão e a não
intervenção do Estado na economia e nos sindicatos.
c. O Estado autoritário teve como uma de suas preocupações a garantia da liberdade de
imprensa e de opinião.
d. O único ato de oposição ao Estado Novo foi o movimento conhecido como “Revolução
Constitucionalista", começada em São Paulo.
e. Para limitar e controlar o poder nos estados, Getúlio Vargas nomeou delegados distritais
de São Paulo
6. (UNESP) O "Zé Carioca", criado pela Disney em 1942, no filme "Alô, Amigos!",
representaria o "brasileiro típico": alegre, brincalhão, amigável, receptivo aos estrangeiros. A
criação dessa personagem relaciona-se, entre outros fatores,
a. ao período ditatorial do Estado Novo e à busca, pelo governo americano, de ampliar, pela
propaganda, o apoio dos brasileiros ao governo Vargas.
b. à tentativa de incrementar a indústria do entretenimento no Brasil e ao esforço dos norte
americanos de se identificarem à tranqüilidade brasileira.
c. ao contexto da Segunda Guerra Mundial, com a entrada do Brasil no conflito, e à política
de boa vizinhança do governo Roosevelt.
d. à seqüência de vitórias brasileiras em batalhas no norte da Itália e ao interesse norte-
americano de obter auxílio brasileiro na Guerra.
e. ao cansaço dos brasileiros em relação aos personagens cômicos nacionais e à vontade de
conhecer a produção cultural norte-americana.
7. (UFCE) A figura de Getúlio Vargas, como personagem histórica, é bastante polêmica,
devido à complexidade e à magnitude de suas ações como presidente do Brasil durante um longo
período de quinze anos (1930-1945). A esse respeito, assinale a alternativa correta.
a. A permanência de Vargas por tanto tempo no poder foi fruto de inúmeras vitórias em
eleições democráticas, sendo Getúlio um candidato imbatível.
b. Vargas soube usar a propaganda a seu favor, criando através dos vários veículos de
comunicação da época a imagem de "Pai dos Pobres".
c. Acusar Vargas de ser ditador está totalmente errado. Ele nunca teve uma orientação
ideológica favorável aos regimes politicamente fechados e suas medidas sempre foram liberais e
democratizantes.
d. Vargas foi um governante apático e fraco, um verdadeiro marionete nas mãos das elites da
época.
e. Vargas não apoiava o modelo econômico nacionalista. Poucas medidas nacionalizantes
foram tomadas e ele fazia tudo para agradar aos grupos estrangeiros.
8. (UNESP) Tomando como referência o processo histórico da sociedade brasileira desde a
Revolução de 30, identifique um fator que era apresentado pelo presidente da República como
ameaçador da soberania nacional.
a. A formação da Aliança Nacional Libertadora que tinha como presidente de honra o ex-
capitão Luis Carlos Prestes e defendia o anti-getulismo, o estabelecimento de um governo
popular e a reforma agrária.
b. A Ação Integralista Brasileira, partido político inspirado no socialismo.
c. A criação de sindicatos pelegos, inspirados nas organizações sindicais da URSS.
d. A Constituição de 1937 que estabelecia eleições diretas para presidente no mesmo ano de
sua elaboração.
e. A pressão do governo alemão para que o Brasil se unisse às forças do Eixo na Segunda
Guerra.
9. (MACK) Eram características da Constituição de 1937 implantada durante o Estado Novo,
EXCETO.
a. Ao Governo Federal era atribuída a capacidade de intervir nos Estados, mediante a
nomeação de interventores pelo Presidente da República;
b. ao Presidente da República competia privativamente decretar o estado de emergência e o
estado de guerra, em caso de ameaça externa ou iminência de perturbações internas;
c. A liberdade de imprensa foi garantida, assim como a livre iniciativa econômica.
d. somente os sindicatos regularmente reconhecidos pelo Estado tinham o direito de
representação legal dos que participavam de uma determinada categoria de produção;
e. A greve era declarada recurso anti-social, nociva ao trabalho e ao capital;
10. (FUVEST) Sobre os propósitos do "Plano Cohen", assinale a única alternativa correta:
a. O objetivo do "Plano Cohen" era levar a Ação Integralista Brasileira à ilegalidade, para que
não pudesse participar das eleições.
b. O objetivo do "Plano Cohen" era levar a Aliança Nacional Libertadora à ilegalidade, para
que não pudesse participar das eleições, fortalecendo-se os candidatos da Ação Integralista
Brasileira e abrindo caminho para o golpe que daria origem à deposição de Getúlio Vargas.
c. O objetivo do "Plano Cohen" foi o de criar a impressão de insegurança frente a uma
suposta ameaça comunista, obrigando o parlamento a conceder poderes de exceção ao
Presidente e abrindo caminho para o golpe que daria origem ao Estado Novo.
d. O objetivo do "Plano Cohen", conduzido por oficiais do exército, era o de colocar a opinião
pública contra Getúlio Vargas, associando o nome do ditador à tentativa de assassinato do
jornalista Carlos Lacerda.
e. O objetivo do "Plano Cohen" era o de possibilitar maior liberdade de ação aos militares do
exército brasileiro que apoiavam Getúlio Vargas, quando da Revolução de 1930, contra
Washington Luís.
11. (UERJ) O código eleitoral vigente na Constituição de 1934 do governo Varguista significou
um avanço importante em termos de exercício da democracia no Brasil. Entre as medidas nele
consagradas estavam:
a. Direito de voto para maiores de 18 anos, direito de voto para os analfabetos, direito de voto
para as mulheres.
b. Introdução do voto secreto, direito de voto para maiores de 18 anos, direito de voto para
analfabetos.
c. Criação da justiça eleitoral, voto censitário, direito de voto para maiores de 18 anos.
d. Voto censitário, direito de voto para analfabetos, introdução do voto secreto.
e. Introdução do voto secreto, criação da justiça eleitoral, direito de voto para as mulheres.
12. (UEM) No Brasil, entre 1930 e 1945, as forças políticas estavam centradas no Partido
Liberal, tendo à frente o Interventor Getúlio Vargas, cujo governo foi marcado por muitos
movimentos. Assinale a alternativa que indica corretamente esses movimentos.
a. A Intentona Comunista aconteceu em 1945, quando Olga Benário foi deportada para a
URSS.
b. No governo de Getúlio Vargas aconteceu o tenentismo, uma forma de contestação ao
regime.
c. Demarca-se o Período Vargas pelas mudanças democráticas, como a concessão de
direitos como o voto feminino e as leis trabalhistas, evidenciando um governo que deu liberdade
de imprensa.
d. O Integralismo e o Comunismo não tiveram expressão no período do governo Vargas;
nessa época não houve problemas com essas duas correntes ideológicas.
e. O Estado Novo ficou marcado na história brasileira como um tempo de repressão aos
grupos de esquerda ligados aos opositores de Vargas e adoção de uma política de "boa
vizinhança" com os Estado Unidos.
13. (UNIRIO) O golpe de 1937 instituiu, no Brasil, o Estado Novo, um regime autoritário e
centralizador, que produziu importantes impactos na economia e sociedade brasileiras. Sobre
estes impactos assinale a alternativa CORRETA:
a. retornaram ao poder os setores agroexportadores, o que conduziu a um retrocesso no
desenvolvimento industrial brasileiro;
b. acentuou-se a presença do Estado na produção de bens e serviços, o que se evidenciou
na edificação de empresas como a Companhia Siderúrgica Nacional;
c. em virtude de seu alinhamento automático com os EUA na Segunda Guerra Mundial, o
Brasil abriu seu mercado às importações, o que conduziu a um agravamento do déficit comercial
do país;
d. por força de seu caráter autoritário, o Estado Novo interrompeu o processo de criação da
moderna legislação social brasileira, inaugurado no início dos anos 30.
14. (UFJ) A opção por lutar contra o nazi-fascismo colocou em xeque a manutenção de uma
ditadura no Brasil, contribuindo para o declínio do Estado Novo, um processo que culminou em
1945, mas que teve início bem antes. Todas as afirmações abaixo se relacionam com o contexto
de declínio do Estado Novo, EXCETO:
a. Devido à crescente oposição a seu governo, Vargas começou, em 1942, a se movimentar
no sentido de preparar a transição controlada de um Estado autoritário para um regime mais
aberto.
b. O Ministro do Trabalho fez uma campanha de popularização da figura de Vargas nos
meios de comunicação, principalmente através do programa radiofônico "Hora do Brasil", com o
objetivo de assegurar o apoio popular a Vargas.
c. A turbulência política do período expressa-se no movimento queremista de 1945, cujas
principais palavras de ordem eram "Queremos Getúlio" e "Constituinte com Getúlio". O
queremismo ganhou as ruas, deixando as elites civis e militares preocupadas com as intenções
continuístas de Vargas.
d. Com a renúncia de Vargas, em 1945, João Goulart é eleito Presidente da República. Os
militares reagem e, por meio de um golpe de estado, nomeiam o General Eurico Gaspar Dutra
para a presidência, cujo governo inconstitucional se estende até 1950.
e. Na conjuntura final do Estado Novo, foram criados os principais partidos políticos
brasileiros atuantes até o Golpe de 1964: a UDN, o PSD e o PTB. A constituição de partidos de
caráter nacional rompia com a tradição regionalista da política partidária brasileira.
15. (UNFESP) Foi regulamentada a atividade dos jogadores estrangeiros no Brasil, não pelas
entidades do futebol e sim pelo DIP. De fato. Segundo a imprensa carioca, 'os jogadores
estrangeiros só poderão ingressar no futebol brasileiro desde que tenham contrato firmado com
um clube nacional, sendo o documento visado pelo consulado, no país de origem'. Assim, o
controle pelo Departamento será perfeito, pois ele ficará de posse da 2.ª via do contrato, ao
mesmo tempo, a do documento de entrada em nosso país, exigido pela lei, o que provará a
situação legal do profissional. O que se depreende é que os profissionais estrangeiros
continuarão a ser equiparados aos artistas contratados. Findo o prazo de permanência,
estipulado em contrato, são obrigados a retornar aos seus países. (A Gazeta, 1940). Além do
apresentado, esse departamento tinha ainda como funções:
a. centralizar a censura e popularizar a imagem do presidente Vargas.
b. controlar a ação dos sindicatos e estabelecer metas para a educação básica.
c. definir programas de assistência social e organizar a Juventude Brasileira.
d. gerir o imposto sindical e garantir a autonomia e a liberdade dos sindicatos.
e. reprimir os opositores do regime ditatorial e assessorar os interventores estaduais.
REDEMOCRATIZAÇÃO
A participação do Brasil na luta contra os regimes ditatoriais europeus criou uma contradição
interna, o que acabou por enfraquecer o governo getulista;
Criação do Manifesto dos Mineiros em 1943, em que exigiam a redemocratização do país;
Getúlio deu início à abertura política (anistiou presos políticos, abrandou a censura, prometeu
eleições para a Assembléia Constituinte e outra para Presidência da República, liberou a criação
de partidos políticos).
Criação do movimento governista conhecido Gomo Queremismo (Queremos uma Constituição
com Getúlio); Em 29 de outubro os militares afastaram Getúlio Vargas do poder, em seu lugar
assumiu o ministro do Supremo Tribunal Eleitoral, José Linhares, que garantiu as eleições para
data prevista, as quais foram vencidas por Eurico Gaspar Dutra.
Eurico Gaspar Dutra(1946-1951)
Realizações internas: promulgação da nova Carta Constitucional de 1946. De caráter liberal e
democrático.
Constituição de 1946: o país seria uma República Federativa Presidencialista onde o Presidente
governaria por cinco anos.
- haveria três poderes autônomos: Executivo, Judiciário e Legislativo.
- o voto seria universal, secreto e obrigatório para maiores de 18 anos. Não teriam direito de voto
os analfabetos, cabos e soldados.
- haveria respeito à liberdade de opinião e de pensamento.
- reafirmava-se defesa da propriedade privada.
- restabeleceu o cargo de vice-presidente da
República, incorporou a CL T, elaborada durante o governo Vargas.
Fatos marcantes: No início do governo Dutra ocorreram muitas greves, o que motivou a
intervenção federal em mais de uma centena de sindicatos. Dutra fecha o Partido Comunista
Brasileiro e cassa o mandato de deputados comunistas.
O liberalismo econômico adotado pelo presidente Dutra, teve como conseqüência o esgotamento
das divisas do país, fazendo com que mais tarde mudasse sua posição, restringindo algumas
importações. Ainda dentro do seu plano de mudanças, o presidente procurou coordenar os
gastos públicos, criando o Plano Salte que era um plano de financiamento do governo a alguns
setores importantes da vida nacional, principalmente a Saúde, Alimentação e Energia. Porém, por
falta de dinheiro e devido à péssima administração dos responsáveis, o plano fracassou.
Segunda Presidência de Vargas
Realizações
- política econômica nacionalista voltada para os setores de base (indústria siderúrgica,
petroquímica, energia e transportes) e intervenção do governo na economia.
- criação da Petrobrás, estabelecendo o monopólio estatal sobre a prospecção e o refinamento do
petróleo brasileiro (1953).
- criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), em 1951.
- aumento de 100% para o salário mínimo, contrariando assessores econômicos. Foi, por isso,
acusado de pretender instalar uma República sindicalista e começou a sofrer forte oposição no
Congresso, especialmente da UDN, cujo porta-voz, Carlos Lacerda, pregava abertamente a
destituição do presidente.
Atentado da Toneleros: Em 5 de agosto de 1954, houve um atentado contra o político e jornalista
Carlos Lacerda, um dos maiores adversários de Vargas. Lacerda escapou com ferimentos leves,
mas o major-aviador Rubens Florentino Vaz, que o acompanhava, morreu instantes depois. Este
episódio ficou conhecido como o Crime da Rua Toneleros. Acredita-se que Gregório Fortunato,
chefe da guarda pessoal de Getúlio Vargas, contratou um pistoleiro profissional para matar Carlos
Lacerda com o propósito de afastá-Io do caminho do presidente. A Aeronáutica assumiu as
investigações sobre o crime e prendeu o assassino. Como Gregório convivia pessoalmente com
Getúlio, o presidente passou então a ser acusado de um crime do qual, se afirma, era inocente.
o suicídio de Getúlio: Em 23 de agosto, o marechal Mascarenhas de Morais entregou ao
presidente um manifesto assinado por trinta oficiais da Força Aérea que exigia a renúncia do
presidente da República. Surpreso com os acontecimentos e coberto de denúncias, Vargas dizia
ter a impressão de se encontrar "sobre um mar de lamas".
Na madrugada do dia 24 de agosto de 1954, numa reunião com seu Ministério, no Palácio do
Catete, o Presidente acabou por aceitar a solução de entrar em licença, passando o poder a seu
substituto legal. No entanto, os militares oposicionistas exigiam seu afastamento definitivo. Diante
disso, Getúlio retirou se para seus aposentos e suicidou-se com um tiro no peito.
Com aquele tiro no coração, Getúlio frustrou as pretensões da golpista UDN de tomar o poder,
pois ela teve de recuar diante das manifestações de rua em todo o país, onde populares
tentavam vingar a morte do líder, atacando jornais antigetulistas, a embaixada norte-americana e
até a sede da Aeronáutica, no Rio de Janeiro.
Lacerda escondeu-se e fugiu do país, com medo da reação popular, e só voltou depois que
esfriou. O povo chorou a morte de Vargas e chorou mais ainda ao tomar conhecimento da Carta-
Testamento deixada por ele.
Era o fim de uma longa carreira política e de um homem que, sem dúvida alguma, transformou a
História do Brasil.
Governo JK
JK e a promessa dos "50 anos em 5". Um dos períodos mais festejados de nossa história
econômica foi o de Juscelino Kubitschek (1956 a 1961). Sustentado por um competente esquema
de comunicação, JK entusiasmou o país com a promessa de modernização, traduzida em seu
lema "50 anos em 5".
Plano de Metas
O projeto econômico de Juscelino foi apresentado em seu Plano de Metas, que focalizava:
-Energia: ampliação do fornecimento.
-Transporte: ampliação e melhoria das estradas de rodagem e estímulo às montadoras de
automóveis.
-Alimentação: maiores investimentos no setor de alimentos para aumentar a oferta.
-Indústrias de base: maiores investimentos no setor.
-Educação: melhoria e ampliação do ensino público.
-A construção de Brasília: incentivo ao desenvolvimento do Brasil Central.
RESULTADOS: Sem conseguir cumprir satisfatoriamente a maior parte de suas propostas, o
Governo permitiu anos de intenso crescimento econômico e favoreceu a consolidação da face
industrial do Brasil. Hidrelétricas gigantescas, indústria automobilística e estradas que cortavam o
país anunciavam um modelo de progresso que depositava na tecnologia as esperanças da
resolução dos males do país.
Invasão do capital estrangeiro: O Governo JK investiu com convicção na atração de capitais
externos para equipar as indústrias locais. Com medidas que privilegiavam esses empréstimos,
como a adoção de uma taxa cambial favorável e de facilidades na remessa de lucros para o
exterior, o Brasil assistiu a uma invasão veloz do capital estrangeiro em áreas estratégicas.
Efeitos da euforia desenvolvimentista
O alto preço dessa euforia começou a ser percebido durante o próprio Governo Kubitschek. A
dívida externa dobrou de valor, tornando-se um tema cada vez mais polêmico nas discussões
nacionais. A inflação atingiu níveis altíssimos e o déficit da balança comercial alcançou uma
proporção que se tornou preocupante para os credores internacionais. Eles já não acreditavam
que o país teria condições de pagar suas dívidas.
Governo Jânio Quadros
- Eleito com apoio da mídia e elite. Tinha como lema "Vou varrer deste país a corrupção"
- Governo de muita propaganda e pouca ação.
Comparável a Collor em vários aspectos (mídia, medidas estapafúrdias, pouca eficiência).
Principais medidas: Proibição das brigas de galo; Proibição do biquíni nos desfiles; reatamento de
relações diplomáticas com os países socialistas; condecoração de Che Guevara com a ordem do
Cruzeiro do Sul;
Tentativa do controle da remessa de lucros para o exterior; renúncia após sete meses de governo
(tentativa de golpe).
Governo de João Goulart
- Vice de Jânio Quadros – assume após sua renúncia;
- Governo populista – amplo apoio dos trabalhadores.
- instabilidade financeira > greves > passeatas >inflação.
País estava convulsionado por greves e passeatas
- Classe Média apoiava os militares.
Causas do Golpe Militar.
- Temor dos Estados Unidos de que o Brasil se tornasse uma nova Cuba
- Medo da classe média de perder seus bens
- Oposição das classes dominantes às reformas de base
- As ligas camponesas
- Temor pela quebra da hierarquia nas forças armadas
- Comício da Central do Brasil (estopim)
EXERCÍCIOS
1. (MACKENZIE) Considere a seguinte definição de nacional-desenvolvimentismo: (...) uma
política econômica que tratava de combinar o Estado, a empresa privada nacional e o capital
estrangeiro para promover o desenvolvimento, com ênfase na industrialização. Boris Fausto -
História do Brasil, p. 427. Analisando as políticas econômicas adotadas pelos governantes
brasileiros no século XX, a expressão em questão seria mais bem empregada se aplicada a:
a. Venceslau Brás (1914-1918).
b. Washington Luís (1926-1930).
c. Getúlio Vargas (1937-1945).
d. Juscelino Kubitschek (1956-1961).
e. João Goulart (1961-1964).
2. (UNIFESP) Aproximadamente entre o fim do Estado Novo (1945) e início do Regime Militar
(1964), um político ("rouba mas faz") e um partido ("de bacharéis") encarnaram no imaginário
cívico paulista e brasileiro duas atitudes opostas: a ausência e a exacerbação de moralismo, ou
de ética, na política. Trata-se, respectivamente, de:
a. Jânio Quadros e do Partido Socialista Brasileiro (PSB).
b. Jango Goulart e do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
c. Carlos Lacerda e do Partido Social Democrático (PSD).
d. Juscelino Kubitschek e do Partido Comunista Brasileiro (PCB).
e. Ademar de Barros e da União Democrática Nacional (UDN).
3. (PUC) "O suicídio de Vargas não interrompeu um possível golpe udenista, tanto que Café
Filho assumiu a Presidência da República e governou com um ministério conservador. A grande
derrota da direita, aí sim, foi em outubro de 1955, quando Juscelino Kubitschek venceu as
eleições presidenciais em aliança com João Goulart. A crise de 1961 acabou fortalecendo a
democracia como valor fundamental da República." VILLA, Marco Antonio. Jango. Um Perfil
(1945-1964) São Paulo, Globo, 2004, p.240. A partir dos vários episódios políticos relacionados
pelo texto e de seus conhecimentos sobre o período 1945-1964, pode-se afirmar que a:
a. disputa entre direita e esquerda se expressava no confronto que opunha militares e
políticos da UDN (União Democrática Nacional) a partidários do PSD (Partido Social
Democrático), as duas principais forças políticas da época .
b. morte de Getúlio Vargas, ao contrário do que a história oficial conta, foi provocada por uma
ação conservadora de políticos ligados ao PTB (Partido Trabalhista Brasileiro).
c. vitória eleitoral de Juscelino Kubitschek e João Goulart, políticos de esquerda, favoreceu a
imediata realização do golpe militar de direita que impediu a posse de JK e depôs Goulart da
Presidência em 1964.
d. renúncia de Jânio Quadros, em 1961, provocou uma profunda crise política e, apesar de
tentativas golpistas, negociações políticas asseguraram o respeito à Constituição e a posse do
Vice-Presidente João Goulart.
e. eleição presidencial de 1955 definiu o fim da influência varguista, dado o apoio que os
sindicatos e as centrais operárias deram à candidatura de João Goulart à Presidência da
República.
4. (MACKENZIE) Em 1961, num gesto inusitado para a vida político-diplomática brasileira, o
presidente Jânio Quadros condecorou com a Ordem do Cruzeiro do Sul o ministro cubano e líder
revolucionário Ernesto "Che" Guevara. Esse gesto do presidente deve ser interpretado como:
a. uma tentativa, de cunho demagógico, de apresentar a política externa brasileira como
"independente", ou seja, livre do alinhamento forçado a um dos dois blocos de poder da Guerra
Fria.
b. um recurso para forçar os EUA, através da diplomacia brasileira, a reconhecer a
legitimidade da Revolução Cubana e abandonar seus propósitos de invasão da ilha caribenha.
c. uma medida para estreitar as relações diplomáticas entre os dois países a fim de propiciar
um maior intercâmbio cultural e científico, visto que Cuba, após a Revolução, se havia
desenvolvido notavelmente em áreas como saúde pública e educação.
d. uma atitude do executivo federal para fortalecer sua ligação com os partidos políticos de
esquerda, que haviam constituído a base partidária da vitória na eleição presidencial daquele
ano.
e. uma manifestação da simpatia que Jânio Quadros sempre tivera pelo comunismo
revolucionário na América Latina, e que, então como presidente, podia transformar em orientação
de sua política externa.
5. (FGV) Nas campanhas eleitorais e mesmo em discursos, é bastante comum a referência,
por parte de candidatos, de parlamentares e até de presidentes a Juscelino Kubitschek. Tal
lembrança pode ser justificada pelo fato de que seu mandato (1956-1961).
a. caracterizou-se pela estabilidade política, graças à sua habilidade, à aproximação com os
militares e à aliança UDN-PTB, que garantiu maioria no Congresso.
b. correspondeu aos anos dourados da economia, devido aos aumentos salariais, à redução
da inflação, ao apoio do FMI e à implantação da indústria automobilística no Brasil.
c. atraiu o apoio da população rural, com a extensão da legislação trabalhista ao campo e
com a proposta de reforma agrária, objetivo principal do Plano de Metas.
d. foi um período de otimismo, marcado por grandes obras, pelo crescimento do PIB e pela
efervescência cultural, com o inicio da Bossa Nova e do Cinema Novo.
e. reatou relações diplomáticas com os países do bloco socialista e reconheceu o governo da
República Popular da China, desenvolvendo uma política externa inovadora.
6. (FUVEST) A inauguração de Brasília, depois de sua rápida construção durante o governo
de Juscelino Kubitschek (1956 - 1961), trouxe desdobramentos diversos para o país. Entre eles,
a. estímulo à navegação fluvial no Sul e saída de capitais estrangeiros.
b. incentivo à integração econômica nacional e aumento da inflação.
c. desenvolvimento das estradas de ferro no Centro-Sul e empobrecimento do Estado do Rio
de Janeiro.
d. estímulo à organização dos sindicatos e crescimento do poder dos militares.
e. transformação do Centro-Oeste em área industrial e crescente endividamento externo.
7. (FGV) (...) procurou implementar o Plano Trienal e reduzir as desigualdades regionais.
Elaborado (...) pelo economista Celso Furtado, o plano pretendia deter a inflação sem diminuir o
crescimento econômico. Para tal projeto, além de gastos públicos e das contenções temporárias
de salários, previa-se a adoção de reformas de base (estruturas agrária, tributária, administrativa,
bancária, eleitoral e educacional) que pudessem dinamizar a economia nacional. (Flavio de
Campos, Oficina de História do Brasil) O fragmento faz referência ao governo de:
a. João Goulart.
b. Getúlio Vargas.
c. Juscelino Kubitschek.
d. Jânio Quadros.
e. Eurico Gaspar Dutra.
8. (UNIRIO) O golpe que derrubou o Presidente João Goulart, em 1964, representou a
culminância de uma crise iniciada no final da década anterior. Assinale a opção que NÃO
apresenta um elemento dessa crise.
a. O apoio da maioria conservadora do Congresso Nacional ao programa de Reformas de
Base.
b. As resistências à posse de João Goulart, quando da renúncia de Jânio Quadros.
c. O agravamento do quadro econômico com a ascensão da inflação.
d. A politização crescente de vários movimentos sociais, como as Ligas Camponesas.
e. Os movimentos de indisciplina militar de marinheiros e sargentos.
9. (UNESP) No plano interno, o governo ocupava-se de coisas triviais como briga de galo e
jogo do bicho. Na política externa, o habitual alinhamento do Brasil em relação aos EUA era
rompido e nos aproximávamos do bloco neutralista do Terceiro Mundo. Isolado, criticado pela
UDN, sem apoio do Congresso, a 25 de agosto de 1961, o presidente surpreendia a nação
através:
a. da renúncia de seu mandato.
b. do golpe que introduziu o Estado Novo.
c. do pedido de licença.
d. da emenda parlamentarista.
e. da decretação de Atos Institucionais.
DITADURA MILITAR
Principais Características:
-Cassações
-Perseguições políticas,/ Censura moral e política
-Bipartidarismo (ARENA E MDB)
-Fechamento temporário do Congresso
-Eleições indiretas (Presidentes, governadores, prefeitos).
-Milagre econômico
-Tortura; Desaparecimentos,/ Ufanismo
-Obras faraônicas,/ "Anos Rebeldes"
-Protestos e passeatas contra o capitalismo
-Juventude: paz, liberdade e qualidade de vida
-Hippies: lema de "paz e amor"
- Músicas de protesto
Governos Militares:
Governo Castelo Branco (1964-1967)
- Bipartidarismo:
- Arena (Aliança Renovadora Nacional - direita)
- MDB (Movimento Democrático Brasileiro esquerda)
- INSS; Ibra; Banco Central; Cruzeiro Novo...
- Constituição de 1967
Governo Costa e Silva(1967-1969)
- Tentativa de formação da Frente Ampla Parlamentar
-O deputado Márcio Moreira Alves convoca a população a boicotar o desfile de 7 de setembro, o
que o presidente julga como um insulto. Não conseguindo licença para cassar o deputado, Costa
e Silva fecha o Congresso no dia 13 de dezembro e baixa o AI-S.
- Costa e Silva adoece e morre o AI 12 impede a posse do vice Pedro Aleixo (civil).
Governo Médici(1969-1974)
- Milagre brasileiro (a economia vai bem, o povo vai mal)
- Aumento no índice de terrorismo (guerrilha e repressão governamental)
- "Pra frente Brasil." (ufanismo, censura, tortura).
Governo Geisel(1974-1979)
- Reforma do Poder Judiciário
- Revogação do AI-S
No governo Geisel o Brasil dá os primeiros passos para a redemocratização
- Decadência do "Milagre Brasileiro"
- Cada vez mais manifestações
- Assassinato por tortura do Jornalista Wladimir Herzog e do operário Manoel Fiel Filho
- Senadores Biônicos
Governo Figueiredo (1974-1984)
- Processo de redemocratização "gradual"
- Anistia aos presos políticos e exilados
- Extinção do bipartidarismo, com surgimento de vários partidos.
- 1984: Movimento Diretas Já (Não conseguiu seu objetivo direto)
- Eleições indiretas entre 2 civis: Paulo Maluf X Tancredo Neves
- Tancredo vitorioso, mas falece antes de assumir o cargo.
- José Sarney como presidente.
EXERCÌCIOS
1. (UERJ) Em junho de 1968 foi organizada no Rio de Janeiro a Marcha dos Cem Mil,
reunindo estudantes, operários e intelectuais em protesto contra o regime autoritário. Em outubro,
o 30º Congresso da UNE em Ibiúna foi invadido por tropas da polícia militar. Esses fatos foram
agravados, em dezembro do mesmo ano, por medida o governo que instituiu:
a. a ampla anistia, visando reduzir os conflitos entre o movimento estudantil e o governo
militar.
b. o Ato Institucional nº 5, que concentrava os poderes em mãos do executivo, estabelecia
censura prévia nas universidades e escolas e o controle político e ideológico da imprensa.
c. a Abertura lenta e gradual, substituindo o AI-5 por "salvaguardas constitucionais".
d. o chamado "pacote de abril", cujo objetivo era conter o avanço oposicionista no Congresso.
e. a Lei Falcão, que proibia a propaganda eleitoral pelo rádio e televisão, impedindo o debate
político.
2. (UNESP) "Um povo que não sabe nem escovar os dentes não está preparado para votar."
João Batista Figueiredo. Apesar da "irreverência" do último presidente do Regime Militar, vários
episódios do seu governo foram sinais claros do esgotamento do regime e do aumento da
pressão pela volta da democracia. Aponte, entre as alternativas abaixo, aquela que NÃO fez
parte deste processo:
a. Aprovação da Emenda das Diretas.
b. Realização de uma reforma partidária limitada.
c. Assinatura da Lei de Anistia.
d. Eclosão de várias greves como as que ocorreram no ABC.
e. Agravamento da crise econômica.
3. (UNIRIO) Na noite do dia 13 de dezembro de 1968, o Brasil viveu uma de suas passagens
mais dramáticas com a divulgação do AI-5, consolidando o Estado militar no Brasil. Qual das
afirmações abaixo NÃO está relacionada ao período da ditadura militar no país?
a. Com o anúncio do AI-5 e de um novo Ato Suplementar, o Congresso foi fechado e os
direitos civis e constitucionais foram suspensos.
b. Durante o período, os programas de televisão que eram considerados pelos militares como
uma manifestação de oposição ao regime passaram a ser censurados.
c. O clima de insegurança tomou o país depois da instituição do AI-5. A imprensa diária foi
proibida e todos os jornais fechados, até a abertura política, no final da década de 70. Por outro
lado, as rádios só transmitiam os programas elaborados pelos próprios militares.
d. O exército criou dois organismos de operações especiais, voltados para investigar, prender
e conter os opositores do regime: o Destacamento de Operações e Informações (DOI) e o Centro
de Operações de Defesa Interna (Codi).
e. Entre os movimentos de oposição ao regime militar, destacou-se o trabalho das pastorais
organizadas por lideranças progressistas da Igreja Católica. Além disso, muitos padres
colocavam advogados à disposição das famílias de presos político.
4. Há soldados armados. Amados ou não. Quase todos perdidos. De armas na mão. Nos
quartéis Ihes ensinam. Uma antiga lição. Os versos acima pertencem a uma composição musical
que se celebrizou pela crítica mordaz ao regime político vigente em sua época. Sobre esse
regime, é INCORRETO afirmar:
a. O recurso à decretação de atos institucionais foi sistematicamente usado pelo Executivo
para controlar a situação política, permitindo ao presidente, por exemplo, fechar o Congresso
Nacional ou cassar políticos de oposição.
b. Os órgãos de informação, articulados aos grupos militares de repressão, desempenharam
importante papel no combate aos oponentes do regime que se haviam decidido pela luta armada.
c. Embora as Forças Armadas dessem, de fato, sustentação ao governo, a presidência da
República foi sucessivamente ocupada por políticos civis, o que garantia a representatividade dos
partidos nas eleições federais.
d. O bipartidarismo que se seguiu à extinção, por ato institucional, dos partidos políticos
existentes desde 1945 limitou severamente a força de uma efetiva oposição legal ao regime.
e. A repressão policial atingiu também o meio cultural do país, como o teatro e a música
popular, cujas correntes haviam, algumas delas, se tornado importantes canais de protesto contra
o governo.
5. (UFPE) No período da ditadura militar, o cenário político era dominado pelos seguintes
partidos:
a. ARENA e MDB
b. UDN, PSD e PTB
c. PCB, PSB e PMDB
d. PFL, MDB e UDN
e. PSD, PTB e PCB
6. (UFSCAR) Em 1968, o artista plástico Hélio Oiticica, acompanhado por outros artistas,
participou de uma manifestação no Largo General Osório, em Ipanema, no Rio de Janeiro,
apresentando um estandarte/bandeira com a foto de seu amigo morto, que dizia Seja Marginal
Seja Herói. A obra era uma homenagem a um ladrão e traficante do Rio, conhecido como "Cara-
de-cavalo", que foi assassinado violentamente pela polícia. Considerando que a obra expressa
um manifesto político, qual seu significado naquele contexto histórico?
a. O artista utilizou o slogan para criticar o apoio da imprensa às ações violentas da polícia do
Rio de Janeiro, que tinham ajuda do governo federal.
b. Uma homenagem aos marginais em geral, que podiam ser tanto ladrões e traficantes,
como estudantes, artistas e operários, presos e mortos pelo regime militar.
c. Um protesto do artista contra a população das favelas do Rio de Janeiro, que considerava
o traficante "Cara-de-cavalo" um herói.
d. Expressava a crise gerada pela mudança de paradigma na imagem do anti-herói brasileiro,
que se distanciava do personagem Macunaíma, de Mário de Andrade.
e. Versão barroca dos bandidos das favelas do Rio de Janeiro, transformados em objeto de
consumo da sociedade capitalista em expansão.
7. (FGV) O general Ernesto Geisel, candidato da Arena, venceu facilmente o representante
da oposição em janeiro de 1974. (...) o novo presidente iniciou o processo de flexibilização do
regime através da sua política de distensão que previa uma série de alterações parciais
(abrandamento da censura e de medidas repressivas, e negociações com setores
oposicionistas). Seu objetivo era atenuar as tensões decorrentes do exercício do poder sob
regras tão autoritárias e alargar a base de sustentação do governo através da cooperação de
setores da oposição. Apesar do anúncio de distensão política, durante esse governo ocorreram
retrocessos nesse processo, representados:
a. pela imposição do AI-5 e pela organização da OBAN.
b. pela criação da Escola Superior de Guerra e pela proibição da Frente Ampla.
c. pelo decreto da Lei de Segurança Nacional e pela outorga da ARENA e do MDB.
d. pelo adiamento das eleições de 1978 e pela criação do SNI.
e. pela imposição do Pacote de Abril e pela Lei Falcão.
8. (FATEC) O movimento denominado "Diretas já!", que começou reunindo poucos milhares
de pessoas nas principais cidades brasileiras, acabou ganhando a simpatia da maior parte da
população do país e tomou proporções gigantescas. Esse movimento exigia:
a. eleições diretas depois da renúncia de Jânio Quadros.
b. o fim do AI-5, a volta dos direitos políticos e o retorno das eleições pelo voto universal.
c. o fim das torturas e a aprovação da lei de anistia política.
d. a anistia política e o retorno dos exilados políticos para o Brasil.
e. o fim da ditadura militar e eleições diretas para presidente.
9. (UFPE) No final da década de 70 houve, na sociedade brasileira, mobilizações pela anistia
ampla, geral e irrestrita. Acerca desses acontecimentos estão corretas as afirmativas, à
EXCEÇÃO de:
a. Entre as mudanças que contemplaram reivindicações populares, destacou-se a concessão
de anistia a presos e exilados políticos.
b. A resposta do governo do General Geisel às mobilizações políticas e sociais correspondeu
à promoção de uma abertura lenta, gradual e segura.
c. Entre as mudanças políticas destacaram-se: a revogação do Ato Institucional nº 5 e o
restabelecimento do direito de habeas corpus.
d. O processo de anistia foi seletivo, não contemplando os militantes de esquerda contrários
ao golpe de 1964.
e. A abertura política caracterizou-se, entre outros aspectos, pelo fim do bipartidarismo e pelo
retorno do pluripartidarismo.
10. (UFPE) Em 1968, o Brasil foi surpreendido pelas greves operárias de Osasco e Contagem.
A esse respeito é correto afirmar:
a. As greves adicionaram um ingrediente a mais nesse ano de grande agitação política, que
culminaria no endurecimento do regime com a implementação do AI-5.
b. Lideradas pelo torneiro-mecânico Luís Inácio da Silva, constituíram a primeira grande
contestação política ao regime militar.
c. As movimentações operárias provocaram uma flexibilização do regime, que acabaram por
conduzir ao processo de abertura política.
d. As greves acabaram por provocar a destituição do ministro do Trabalho Jarbas Passarinho
e levaram ao reconhecimento das lideranças sindicais por parte do governo.
e. As greves provocaram uma reação em cadeia contra o regime militar, que culminou na
organização da greve geral de 1968.
11. (UEL) Em 1968, Augusto de Campos escreve: "Super bom gosto e super mau gosto, o fino
e o grosso, [...], berimbau e Beatles, bossa e bolero são inventariados e reinventados, na
compressão violenta desses discos-happenings onde até o redundante "coração materno" volta a
pulsar com os tiros de canhão da informação nova." Fonte: CAMPOS, A. Balanço da Bossa e
outras bossas, São Paulo; Perspectiva, 5a ed., 1993, p. 262. Com base no texto e nos
conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que o autor se refere:
a. À Jovem Guarda, movimento musical que incorporava ao seu universo as influências do
Rock, sobretudo dos Beatles, além da incorporação dos happenings, expressão artística que
aflorou no campo das artes nos anos sessenta.
b. À Bossa Nova, movimento musical que tinha como princípio resgatar o folclore regional
oriundo do nordeste brasileiro.
c. De modo geral, à música popular brasileira dos anos sessenta, cujo foco residia,
sobretudo, na contestação da política governamental daquele momento que adotou como lema a
canção 'É proibido proibir", um samba-rock.
d. Ao Tropicalismo, cuja canção "Tropicália", de Caetano Veloso, recebeu este título a partir
de uma instalação, com o mesmo nome, do artista Hélio Oiticica.
e. Às pesquisas musicais de Heitor Villa-Lobos, músico de formação erudita que assimilou
em sua música as transformações musicais da música jovem dos anos sessenta.
12. (FGV) (...) meu Brasil, Que sonha com a volta do irmão do Henfil, com tanta gente que
partiu num rabo de foguete: chora a nossa pátria-mãe gentil, choram Marias e Clarisses no solo
do Brasil. Mas sei, que uma dor assim pungente não há de ser inutilmente a esperança dança na
corda bamba de sombrinha e em cada passo dessa linha pode se machucar. (O bêbado e a
equilibrista). A referência histórica da música está relacionada, respectivamente,
a. à exaltação do nacionalismo e ao movimento das Diretas Já.
b. ao autoritarismo do governo e à campanha a favor da anistia.
c. à propaganda comunista e ao retorno dos exilados políticos.
d. ao fim da censura e à política favorável à redemocratização.
e. à outorga do Ato Institucional nº 5 e ao milagre econômico.
REPÚBLICA NOVA
Governo Sarney(1985-1989)
- Plano Cruzado: salários e preços congelados
- Fracasso e volta da inflação
- Constituição de 1988: respeito aos direitos dos cidadãos
- Eleições Diretas 1989
- Collor (PRN) x Lula (PT) - 2º turno
- Collor - "caçador de marajás"
- Lula: programa popular que assustou as elites e mídia
- "Baixarias" na campanha eleitoral e vitória de Collor
Governo Collor (1990-1992) A Decepção
-Congelamento de preços e salários.
-Confisco de saldos bancários
-Privatizações e abertura da economia
- Denúncias do irmão Pedra de corrupção e esquema PC
-CPI, "caras-pintadas", mobilização popular.
-O Impeachment de Collor: assume o vice Itamar Franco.
Governo Itamar Franco (1992-1994)
- Plano Real: ministro da Fazenda FHC
-Paridade do Real com o Dólar 1 R$ = 1 US$
-Crescimento das importações e aumento dos juros
-Queda e controle da inflação
Governo Fernando Henrique Cardoso FHC (1995-2002)
-Privatizações das estatais.
-Fim do controle de preços
-Fisiologismo (troca de favores)
-Especulação financeira
-Crise Energética (2001): o "apagão".
-Dependência do capital externo
-Pontos Positivos: queda na mortalidade Infantil e taxa de escolarização cresceu
Governo Luiz Inácio Lula da Silva (2003-)
-Programas de Desenvolvimento Social (Fome Zero, Bolsa Família, Luz para todos)
-Programas de desenvolvimento econômico (PAC)
- Crise do Mensalão
- Pagamento da Dívida com o FMI
- Grandes avanços na Política externa.
- Desenvolvimento de Energias alternativas: Biodiesel.
EXERCÍCIOS
1. (FUVEST) O final do governo Figueiredo e a posse de José Sarney marcaram o fim do
regime militar. Inicia-se uma nova fase na vida política brasileira, denominada Nova República.
(1) Jose Sarney
(2) Fernando Collor de Mello
(3) Itamar Franco
(4) Fernando Henrique Cardoso
(5) Luis Inácio Lula da Silva
(1) Anunciou a implantação de um plano para incrementar o crescimento do pais - o PAC Plano
de Aceleração do Crescimento.
(1) Implantou a Lei de Responsabilidade Fiscal que fixa limites para os gastos e endividamento
das três esferas do governo.
(1) Adotou medidas de impacto: mudança de moeda, confisco do dinheiro dos poupadores,
congelamento parcial e controle dos preços.
(1) Realizou o plebiscito que confirmou o regime republicano presidencialista e adotou o Plano
Real.
(1) Implantou um plano de combate à inflação que ficou conhecido como Plano Cruzado.
a. 3, 5, 4, 2, 1
b. 5, 4, 2, 3, 1
c. 5, 4, 1, 2, 3
d. 2, 1, 3, 5, 4
e. 4, 5, 3, 1, 2
2. (CEFET) O Ano de 1992 ficou conhecido em nossa história como o ano do "Brasil passado
a limpo". Nas alternativas abaixo, indique os fatos que justificaram essa definição.
a. A implementação do Plano Real que conteve o processo inflacionário.
b. A promulgação da nova constituição, vista como avançada por suas conquistas
trabalhistas, sociais e ecológicas.
c. A decretação pelo senado do "Impeachment" do Presidente Collor de Mello e a suspensão
de seus direitos políticos por oito anos, após vasta relação de denúncias de corrupção,
irregularidades e tráfico de influência.
d. A abertura do mercado, facilitando a importação e gerando déficit comercial.
e. O crescimento de falências, concordatas e desemprego, como resultado da economia
informacional e globalizante.
3. (FGV) Assinale a única alternativa que indica o modo pelo qual teve fim o primeiro governo
presidencial civil eleito por voto direto, depois da abertura do regime militar, na década de 1980,
em nosso país:
a. Com a renúncia do presidente e o conseqüente golpe militar.
b. Com a morte do presidente eleito, ainda antes de assumir o cargo, quando o vice-
presidente assumiu e governou durante todo o mandato.
c. Com a morte do presidente e a convocação imediata de novas eleições.
d. Com a renúncia do presidente, frente à impossibilidade de continuar governando, sendo
então convocadas novas eleições.
e. Com a renúncia do presidente e a conseqüente posse de seu vice, que concluiu o período
de governo.
4. (UEL) Depois de mais de duas décadas de governos militares (1964-1985), tomava posse
em 15 de março de 1985 o presidente José Sarney, inaugurando uma seqüência de governos
civis. A respeito do governo Sarney e das medidas econômicas tomadas em sua gestão, assinale
a alternativa correta.
a. O governo Sarney teve uma gestão conturbada no campo político e enfrentou, inclusive,
algumas revoltas nos quartéis por parte de generais insatisfeitos com o comando civil do país.
b. A inflação, que muito incomodou a gestão do presidente João Batista de Oliveira
Figueiredo, foi derrotada pelo governo Sarney com uma só medida.
c. O governo Sarney promoveu uma ampla mudança na economia brasileira ao
operacionalizar a nacionalização de um grande número de empresas estrangeiras que operavam
no Brasil.
d. O governo Sarney lançou o Plano Cruzado, que incluía congelamento de preços das
mercadorias e a substituição do cruzeiro pelo cruzado como moeda corrente.
e. A Constituição aprovada pelo Congresso Nacional durante o governo Sarney foi muito
liberal no campo econômico, mas fez pouco avanço no que se refere à liberdade política,
mantendo, inclusive, restrições à liberdade de imprensa
5. (UEL) "O governo Fernando Collor (1990-1992): o novo presidente, que tomou posse em
15 de março de 1990, prometia derrubar a inflação 'com um tiro só', acabar com a corrupção,
modernizar e inserir o Brasil no mundo globalizado." BARBEIRO, H. História. São Paulo:
Scipione, 2004. p. 465. A respeito da gestão do presidente Fernando Collor de Meio, assinale a
alternativa incorreta.
a. O pacote econômico apresentado pelo governo Fernando Collor de Meio ficou conhecido
como Milagre Econômico.
b. Fernando Collor de Meio foi o primeiro presidente eleito pelo voto popular depois de mais
de duas décadas sem o voto direto na escolha presidencial.
c. Dentre as medidas econômicas tomadas pelo governo Fernando Collor estava o
congelamento de preços e de salários.
d. Durante o governo do presidente Fernando Collor, houve privatização de empresas
estatais e retomada de negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
e. O governo do presidente Fernando Collor foi marcado por denúncias de corrupção que
resultaram em seu afastamento da Presidência da República e na cassação de seus direitos
políticos por oito anos.
INTRODUÇÃO À HISTÓRIA
CONCEITO DE HISTÓRIA:
A História estuda a vida humana através do tempo: estuda o que os homens fizeram, pensaram
ou sentiram enquanto seres sociais.
FONTES HISTÓRICAS:
Vestígios (documento) que permitem a reconstituição do passado.
Arqueológicos: restos de animais, utensílios, fósseis, ruínas de templos, palácios e túmulos,
esculturas, pinturas, etc.
Escritos: códigos, decretos, tratados, constituições, leis, editais, relatórios, registros civis,
memórias, crônicas, etc.
Orais: tradições, lendas, mitos, fábulas, narrações poéticas, canções populares, etc.
FATO HISTÓRICO:
O fato histórico é o objeto de estudo da História. É singular, irreversível e de repercussão social.
PERIODIZAÇÃO HISTÓRICA:
Pré-história: Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais.
História:
Idade Antiga: da invenção da escrita (4.000 a.C.) até a queda do império romano (476).
Idade Média: da queda do império romano até a tomada de Constantinopla (1453).
Idade Moderna: da tomada de Constantinopla até a Revolução Francesa (1789).
Idade Contemporânea: da Revolução Francesa até os dias atuais.
Nem todos os historiadores concordam com a periodização tradicional da História baseada na
história política. Existem outras propostas de divisões inspiradas, por exemplo, no enfoque
econômico (modo de produção), tecnológico-científico, etc.
EXERCICÍOS
1. Assinale a alternativa que apresenta algumas das características da história positivista,
filosofia da história que influenciou os historiadores brasileiros durante boa parte do Século XX.
a. o Positivismo aumenta a responsabilidade do historiador enquanto ser pensante e crítico,
uma vez que afirma ser a construção da História apenas a soma de diferentes interpretações do
passado.
b. produziam análise histórica que demonstra que, desde as sociedades mais remotas até a
atual, existe a exploração do homem pelo homem como forma essencial para explicar as relações
entre sujeitos
c. Os fatos históricos falam por si mesmos. O trabalho do historiador seria tão somente
resgatá-Ios através de documentos escritos e possibilitar sua divulgação. Mas nunca interpretá-
Ios.
d. toda história é escolha e está contaminada com as impressões e valores de quem escreve.
e. O historiador positivista sugere a utilização de diversos documentos: arqueológicos,
artísticos, numismáticos, etc.
2. A respeito do trabalho do historiador analise as seguintes proposições e depois assinale a
alternativa que apresenta a seqüência correta das mesmas.
I. A história não é a soma dos acontecimentos do passado, mas o resultado das várias
pesquisas feitas sobre esse passado.
II. O historiador necessita estudar documentos históricos, ou seja, as marcas da presença
dos homens que viveram no passado.
III. A ausência da escrita impossibilita os estudos sobre a organização dos povos ágrafos
(sem escrita).
IV. Os documentos históricos nos mostram que cada sociedade encontrou uma forma
diferente de contar o tempo, de acordo com o seu modo de vida.
V. A memória coletiva preservada pela oralidade tem sido trabalhada apenas pelos
historiadores positivistas, grandes incentivadores do resgate histórico das minorias.
Está (ão) correta(s)
a. Apenas a V
b. I, III e V
c. I, lI e V
d. II, III e IV
e. I, lI e IV
3. Sobre a temática dos "Retirantes", Portinari escreveu o seguinte poema: (...) Os retirantes
vêm vindo com trouxas e embrulhos Vêm das terras secas e escuras; pedregulhos Doloridos
como fagulhas de carvão aceso. Corpos disformes, uns panos sujos, Rasgados e sem cor,
dependurados. Homens de enorme ventre bojudo. Mulheres com trouxas caídas para o lado
Pançudas, carregando ao colo um garoto Choramingando, remelento (...). Análise as afirmações
a seguir e, assinale a única que apresenta uma informação incorreta.
a. O poema acima por explorar a subjetividade do autor jamais serviria como uma fonte
histórica, dado o caráter científico e o rigor dessa disciplina.
b. O poema de Portinari quando articulado com outras fontes e documentos escritos ajudam
a montar um panorama mais completo da saga dos retirantes.
c. O poema e os quadros do Portinari nos remetem a um dos objetivos da história que é dar
consciência aos homens do seu poder de transformar a realidade.
d. O poema e os quadros de Portinari se encaixam na corrente do Materialismo Histórico que
estuda as estruturas e suas relações e manifestações sociais (modo de produção e lutas de
classe).
e. O poema e os quadros de Portinari abordam uma visão marxista da história que explora
fontes ligadas à história das lutas por direitos dos grupos marginalizados.
4. Observe a periodização tradicional da História e, indique qual das alternativas apresenta
uma informação INCORRETA a respeito desse tema:
Idade Antiga: da invenção da escrita (4.000 a.C.) até a queda do império romano (476).
Idade Média: da queda do império romano até a tomada de Constantinopla (1453).
Idade Moderna: da tomada de Constantinopla até a Revolução Francesa (1789).
Idade Contemporânea: da Revolução Francesa até os dias atuais.
a. Nem todos os historiadores concordam com a periodização tradicional da História baseada
na história política. Existem outras propostas de divisões inspiradas, por exemplo, no enfoque
econômico (modo de produção)
b. A divisão tradicional da História é hoje bastante discutível porque uniformiza os vários
períodos quanto a sua importância, conduz à idéia de hierarquia nos vários acontecimentos e
leva em consideração apenas a civilização ocidental.
c. Ao analisarmos essa periodização temos que considerar que, para algumas culturas, nem
sempre o tempo cronológico corresponde ao tempo histórico.
d. Existe certa dose de preconceito nessa periodização, que coloca à margem da História
todos povos que não possuem escrita.
e. Para analisar os marcos que dividem a História em períodos o historiador tem que ser
neutro, imparcial e isolado de sua época. O mundo de hoje não contagia o trabalho do historiador.
5. Leia o fragmento a seguir: "As peripécias do historiador em arquivos e bibliotecas às vezes
se assemelham ao trabalho do detetive em busca de pistas para desvendar um mistério". Fonte:
DE DECCA, Edgar Salvadori. Território de Fronteira. "Revista de História da Biblioteca Nacional".
Rio de Janeiro: Ano II n. 13, outubro de 2006, p 98. A respeito da citação acima, considere as
seguintes afirmativas:
I. Ela sugere que o trabalho de pesquisa do historiador se revela um verdadeiro quebra
cabeças, na descoberta e elucidação de documentos.
II. Ela destaca que indícios e sinais também compõem as pistas seguidas pelo historiador no
trabalho de pesquisa histórica.
III. Ela insinua que o trabalho que o historiador realizava em arquivos e bibliotecas está
obsoleto, modernamente, o historiador desenvolve seu ofício como um detetive, entrevistando,
perguntando e ouvindo.
a. apenas I e II
b. apenas II e III
c. apenas I e III
d. I,II e III
e. apenas a I
PRÉ-HISTÓRIA
CONCEITO:
É o período que vai do surgimento do homem até a invenção da escrita.
Este conceito não leva em consideração que a pré-história não acabou nessa época (4.000a.C)
para todos os povos e que, ainda hoje, existem povos vivendo na pré-história. Ele é válido
apenas para a região do Oriente Médio (ou Oriente Próximo).
A ORIGEM DO HOMEM:
Criacionismo: Basea-se no livro de Gênesis, segundo o qual o homem foi criado por Deus.
Evolucionismo: Charles Darwin: seleção natural, segundo o qual o homem é um primata da
família dos hominídeos.
OS ANCESTRAIS DO HOMEM
Australopithecus. Homo Habilis. Pithecanthropus erectus (homem de Java). Homo
Neanderthalensis. Homo de Grimalde. Homo de Cro-Magnon.
PERÍODOS DA PRÉ-HISTÓRIA:
PALEOLÍTICO: Idade da Pedra Lascada
Regime de comunidade primitiva /- atividades econômicas: caça, pesca e coleta de frutos, raízes
e ovos.
Instrumentos rudimentares feitos de ossos, madeiras ou lascas de pedra (sílex): raspadores,
furadores.
Nomadismo - bandos - controle do fogo - habitação: cavernas, copa de árvores ou choças feitas
de galhos.
Propriedade coletiva das terras, águas e bosques.
Igualdade social. Divisão natural do trabalho (sexo e idade)
Ocupação da África à Europa, da Ásia à América e à Austrália.
Invenção do arco e da flecha. / - pintura rupestre. - sepultamento dos corpos.
NEOLÍTICO: Idade da Pedra Polida
Revolução Neolítica ou Agrícola! - Agricultura: cultivo de plantas.
Pecuária: criação (domesticação) de animais. importância da mulher.
Aldeias - sedentarização - aumento da população - cerâmica e tecelagem.
Dissolução das comunidades neolíticas - metalurgia: cobre, bronze e ferro.
Produção de excedente - aumento da população especialização do trabalho
Armas - desigualdade social - propriedade privada. Estado - escrita - Civilização: sociedades
baseadas no regime de servidão coletiva, de Estado absoluto (sociedades asiáticas: Egito e
Mesopotâmia); e sociedades escravistas (Grécia e Roma).
PRÉ-HISTÓRIA DA AMÉRICA: (A AMÉRICA PRÉCOLOMBIANA)
O POVOAMENTO DA AMÉRICA:
Os habitantes da América pré-colombiana não são naturais do continente, mais oriundos de
outras regiões.
Hipótese do povoamento da América: origem étnica
Autoctonismo: os primeiros habitantes da América seriam originários da própria América.
Florentino Ameghino: estudioso argentino.
Autoctonismo: os primeiros habitantes da América foram oriundos de outros continentes.
Corrente Australiana: Pacífico-América do Sul. Corrente Malaio-polinésia: Pacífico-América do
Sul.
Corrente Asiática: mediante migrações (pequenos grupos nômades paleolíticos a procura de
melhores caças) diversas atingiram a América através do Estreito de Bering. Bering (Ásia) Alasca
(América). Povoamento da América no sentido norte-sul.
PRÉ-HISTÓRIA AMERICANA
Cultivo de diversas plantas (algodão, abacate, pimenta, abóbora, feijão, milho, batata, mandioca,
etc.). Domesticação de vários animais (Ihama, peru, abelhas, etc.). Principalmente no México e
no Peru.
Paleolítico (50.000-7000 a.C):
Caça – pesca e coleta de alimentos.
Neolítico (7000 a.C. – 1492 d.C.):
Cultivo de diversas plantas (algodão, abacate, pimenta, abóboda, feijão, milho, batata, mandioca,
etc.).
Domesticação de vários animais (lhama, peru, abelhas, etc.). Principalmente no México e no
Peru.
Cerâmica. A evolução do paleolítico para o neolítico não ocorreu em todas as tribos.
População:
Irregularmente distribuída pelo continente e em diferentes estágios de desenvolvimento. Não
conhecia o ferro, o vidro e a pólvora.
Estágios Culturais:
Estrutura Primitiva (paleolítica):
Nômades e viviam da caça e pesca.
Os esquimós (América do Norte), os charruas (Uruguai), os tapuias, xavantes e timbira (Brasil).
Sedentários (neolíticos): vida sedentária: aldeias, agricultura.
Pueblos (América do Norte), os caribes e aruaques (Antilhas e norte da América do Sul), tupis-
guaranis (Brasil).
CIVILIZAÇÕES MAlA, ASTECA E INCA
Avançadas tecnologicamente. Sofisticada organização sociocultural.
Concentração populacional: crescimento demográfico. Agricultura neolítica. - urbanização -
divididas em classes sociais.
Estado estruturado e dominador, que impunha tributos. América Central (meso-américa/México,
Guatemala) maias e astecas - Andes (andina central/Peru): incas.
ANTIGUIDADE ORIENTAL
EGITO E MESOPOTÂMIA
POLÍTICA: Monarquia absoluta teocrática
(Egito) Constantes conflitos entre o poder central e os poderes locais.
(Mesopotâmia) sucessão de impérios
Estreita relação entre poder político e religião.
ECONOMIA: Modo de Produção Asiático.
Agricultura de regádio. Egito- rio Nilo/ Mesopotâmia - Tigre e Eufrates.
Economia sob controle do Estado.
O comércio e o artesanato se destinavam a suprir
Com artigos de luxo, os palácios e os templos.
Servidão Coletiva.
O Estado era proprietário das terras.
O Estado apropriava-se do excedente da produção, recrutava trabalhadores para as construções
públicas e cobrava impostos.
SOCIEDADE:
Desigual, estratificada e hierarquizada: cristalização das camadas sociais, tendo-se formado uma
poderosa burocracia estatal (administrativa e religiosa) que tornou seus cargos hereditários:
rígida divisão social. Os camponeses (felás - Egito) eram os responsáveis pela produção e pelas
construções.
A classe sacerdotal era a mais poderosa em virtude do papel da religião.
RELIGIÃO:
Politeísta:
Deuses antropomórficos,
Antropozoomórficos (Egito).
Crença na imortalidade da alma e no retorno desta ao corpo e mumificação (Egito).
Orientadora das instituições e da arte, além de embasamento social e cultural.
CULTURA: orientada pela religião
Egito
Escritas: Hieroglífica (decifrada por Champollion, que utilizou uma pedra - Pedra de Roseta -
encontrada pelas tropas napoleônicas), demótica e hierática - Facilitar a contabilidade dos
templos.
Artes: Arquitetura (templos - Karnac e Luxor -, palácios e pirâmides), Escultura (Escriba Sentado)
e Pintura (perfil). Ciências: Astronomia (calendário), Medicina (doenças do estômago, coração,
fraturas, intervenções cirúrgicas no crânio), Matemática (álgebra e geometria).
Literatura: Livro dos Mortos, Hino ao Sol.
Mesopotâmia:
Escrita: Cuneiforme
Literatura: "Epopéia de Gilgamesh" e o "Mito da Criação".
Arquitetura: arcos, zigurates (templos).
HEBREUS
Origens: A Bíblia é a referência para entendermos a história deste povo. De acordo com as
escrituras sagradas, por volta de 1800 a.C, Abraão recebeu um sinal de Deus para abandonar o
politeísmo e para viver em Canaã (atual Palestina). Isaque, filho de Abraão, tem um filho
chamado Jacó. Este luta, num certo dia, com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para
Israel. Os doze filhos de Jacó dão origem às doze tribos que formavam o povo hebreu. Por volta
de 1700 a.C, o povo hebreu migra para o Egito, porém são escravizados pelos faraós por
aproximadamente 400 anos. A libertação do povo hebreu ocorreu por volta de 1300 a.C.
ÊXODO: A fuga do Egito foi comandada por Moisés, que recebeu as tábuas dos Dez
Mandamentos no monte Sinai. Durante 40 anos ficaram peregrinando pelo deserto, até
receberem um sinal de Deus para voltarem para a terra prometida, Canaã.
MONARQUIA: Jerusalém é transformada num centro religioso pelo rei Davi. Após o reinado de
Salomão, filho de Davi, as tribos dividem-se em dois reinos: Reino de Israel e Reino de Judá.
Neste momento de separação, aparece a crença da vinda de um messias que iria juntar o povo
de Israel e restaurar o poder de Deus sobre o mundo.
Em 721 começa a diáspora judaica com a invasão babilônica. O imperador da Babilônia, após
invadir o reino de Israel, destrói o templo de Jerusalém e deporta grande parte da população
judaica.
DIÁSPORA: No século I, os romanos invadem a Palestina e destroem o templo de Jerusalém. No
século seguinte, destroem a cidade de Jerusalém, provocando a segunda diáspora judaica. Após
estes episódios, os hebreus espalham-se pelo mundo, mantendo a cultura e a religião. Em 1948,
o povo hebreu retoma o caráter de unidade após a criação do estado de Israel.
PERSAS
Os persas, importante povo da antiguidade oriental, ocuparam a região da Pérsia (atual Irã). Este
povo dedicou-se muito ao comércio, fazendo desta atividade sua principal fonte econômica. A
política era toda dominada e feita pelo imperador, soberano absoluto que mandava em tudo e em
todos. O rei era considerado' um deus, desta forma, o poder era de direito divino.
Ciro- Durante seu governo (560 a.C - 529 a.C), os persas conquistaram vários territórios, quase
sempre através de guerras. Em 539 a.C, conquistou a Babilônia, levando o império de
Helesponto até as fronteiras da índia.
Dário- Criou o dárico, estradas reais, o primeiro sistema de correios. Dividiu o Império em
províncias chamadas satrápias, governadas por sátrapas. Criou o cargo de “olhos e ouvidos do
rei", fiscais reais.
Religião Persa: era dualista e tinha o nome de Zoroastrismo ou Masdeísmo, criada em
homenagem a Zoroastro ou Zaratustra, o profeta e líder espiritual criador da religião.
FENÍCIOS:
Localização: A civilização fenícia desenvolveu-se na Fenícia, território do atual Líbano.
Economia: dedicou-se e obteve muito sucesso no comércio marítimo. Mantinha contatos
comerciais com vários povos da região do Oriente. As cidades fenícias que mais de
desenvolveram na antiguidade foram Biblos, Tiro e Sidon.
Religião Fenícia: era politeísta e antropomórfica, sendo que cada cidade possuía seu deus (baal
= senhor). Acreditavam que através do sacrifício de animais e de seres. Humanos podiam
diminuir a ira dos deuses. Por isso, praticavam esses rituais com certa freqüência, principalmente
antes de momentos importantes.
EXERCÍCIOS
1. (FEL) Como nascem mais indivíduos do que podem viver, deve existir, em cada caso, uma
luta pela existência, quer com outro indivíduo da mesma espécie, quer com indivíduos de
espécies diferentes, quer com as condições físicas da vida. (A origem das espécies). Qual o
nome que Darwin deu ao processo em que sobrevivem apenas os mais bem adaptados?
a. Uso e desuso
b. Evolução
c. Seleção natural
d. Criacionismo
e. Adaptação
2. (UFC) A Revolução técnica do período neolítico - a agricultura - trouxe conseqüências
fundamentais para a humanidade, destacando-se entre elas:
a. o uso das armadilhas para caça.
b. o aparecimento de alimentação variada como cervos, cabritos, aves e linces.
c. a invenção da roda.
d. a vida em aldeia que formavam verdadeiros clãs, cujo líder era o patriarca.
e. a utilização do fogo para afugentar os animais ferozes.
3. (FGV/SP) A transição do Paleolítico Superior para o Neolítico, foi acompanhada por
algumas mudanças básicas para a humanidade. Entre essas, poderíamos citar:
a. o aparecimento da linguagem falada
b. a domesticação de animais e plantas, isto é, o aparecimento da agricultura e do pastoreio
c. o aparecimento da magia e da arte
d. o povoamento de amplas áreas antes não povoadas, como a Europa Central e Ocidental
e. o aparecimento de novos instrumentos, como a agulha de osso, os arpões, os anzóis, a
machadinha , a lança e a faca
4. (FUVEST) Na Antiguidade, a civilização egípcia baseou a sua organização
socioeconômica de acordo com:
a. o modo de produção escravista, no qual um governo despótico controlava a construção de
obras hidráulicas, utilizando somente o trabalho escravo.
b. o modo de produção servil, resultante da imensa influência religiosa do faraó, o supremo
sacerdote, que deveria ser adorado e servido por todos os seus súditos.
c. o modo de produção asiático, baseado no Estado despótico onde predominava a servidão
coletiva, na qual o indivíduo trabalhava a terra como membro da comunidade e servia, dessa
maneira, ao Estado.
d. o sistema de servidão coletiva, sendo os membros da comunidade submetidos aos
trabalhos ligados à construção de sistemas hidráulicos, para a distribuição igualitária da produção
agrícola resultante.
e. o modo de produção escravista, sendo os povos capturados em guerra transformados em
escravos do faraó, proprietário das terras e cultuado como deus em todo o Egito.
5. (FUVEST) A partir do III milênio a.C. desenvolveram-se nos vales dos grandes rios do
Oriente Próximo , como o Nilo, o Tigre e o Eufrates, estados teocráticos, fortemente organizados
e centralizados e com extensa burocracia . Uma explicação para seu surgimento é:
a. a revolta dos camponeses e a insurreição dos artesãos nas cidades, que só puderam ser
contidas pela imposição de governos autoritários.
b. a influência das grandes civilizações do Extremo Oriente, que chegou ao Oriente Próximo
através das caravanas de seda.
c. a necessidade de coordenar o trabalho de grandes contingentes humanos, para realizar
obras de irrigação.
d. a expansão das religiões monoteístas, que fundamentavam o caráter divino da realeza e o
poder absoluto do monarca.
e. a introdução de instrumentos de ferro e a conseqüente revolução tecnológica que
transformou a agricultura dos vales e levou á centralização do poder.
6. (FUVEST) Os Estados teocráticos da Mesopotâmia e do Egito evoluíram acumulando
características comuns e peculiaridades culturais. Os egípcios desenvolveram a prática de
embalsamar o corpo humano, porque:
a. se opunham ao politeísmo dominante na época.
b. os seus deuses, sempre prontos para castigar os pecadores, desencadearam o dilúvio
c. construíram túmulos em forma de pirâmides truncadas, erigidos para a eternidade
d. os camponeses constituíram categoria social inferior.
e. depois da morte, a alma podia volta ao corpo mumificado.
7. (UNESP) Os clamores da revolta e da destruição de Nínive, registrados na Bíblia, devem-
se:
a. ao pacifismo do povo assírio.
b. às soluções arquitetônicas dos sumérios.
c. ao modo de produção asiático dos caldeus.
d. aos atos despóticos e militaristas dos assírios.
e. à religião politeísta dos mesopotâmicos.
8. (UNESP) É certo que as civilizações da Antiguidade legaram à posteridade um respeitável
acervo cultural. No entanto, para superar equívoco, assinale a alternativa INCORRETA:
a. A pintura egípcia revela belos exemplos de descrição de movimento, sendo a figura
humana representada com a cabeça e os pés de perfil.
b. Entre as Civilizações Mesopotâmicas que se desenvolveram no vale dos rios Tigre e
Eufrates, predominou, durante certo tempo, a forma asiática de produção.
c. No período denominado Homérico, houve a dissolução das comunidades gentílicas e a
formação gradativa das Cidades-Estado da Grécia.
d. A escrita egípcia era em caracteres cuneiformes.
e. O Direito Romano, sujeito a novas interpretações, tornou-se parte importante do Código de
Justiniano, influenciou juristas da Idade Média e até das fases históricas subseqüentes.
9. (UFC) Desejando reduzir a influência dos sacerdotes sobre a população, o faraó Amenófis
IV, no Novo Império, realizou uma reforma religiosa implantando:
a. o monoteísmo.
b. o antropozoomorfismo.
c. o politeísmo.
d. o culto a Zaratrusta.
e. o culto a Jeová.
10. (UFC) Leia com atenção as afirmativas a seguir sobre as condições sociais, políticas e
econômicas da Mesopotâmia.
I. As condições ecológicas explicam porque a agricultura de irrigação era praticada através
de uma organização individualista, marcada pela propriedade privada da terra.
II. Na economia da baixa Mesopotâmia, a fome e crises de subsistência eram freqüentes,
causadas pela irregularidade das cheias e também pelas guerras.
III. Na Suméria, os templos e zigurates foram construídos graças à riqueza que os sacerdotes
administravam à custa do trabalho de grande parte da população.
IV. A presença dos rios Tigre e Eufrates possibilitou o desenvolvimento da agricultura e da
pecuária e também a formação de um império duradouro e pacifista.
a. I e II são verdadeiras.
b. III e IV são verdadeiras.
c. I e IV são verdadeiras.
d. I e III são verdadeiras.
e. II e III são verdadeiras.
11. (UFSM) Cronologicamente, a Idade Antiga se estendeu desde as primeiras formas de
desenvolvimento das civilizações humanas (formação de classes sociais, Estado e divisão social
do trabalho), por volta de 4000 anos antes de Cristo, até o ano de 476 d.C., com a queda do
Império Romano do Ocidente. Sobre esse período é INCORRETO afirmar que:
a. no campo das ciências, os mesopotâmios desenvolveram a astronomia, elaborando cartas
astronômicas e estudando as diferenças entre estrelas e planetas.
b. o Zend-Avesta e o Livro dos Mortos foram textos considerados sagrados, respectivamente,
pelos persas egípcios.
c. os persas assimilaram muitos aspectos da cultura dos povos vencidos, uma vez que
usavam de tolerância para aumentar seu domínio sobre esses povos.
d. com a criação da democracia e da filosofia, os egípcios nos deram as principais bases do
pensamento científico, além dos mais importantes fundamentos da arte ocidental.
e. a civilização egípcia estruturou-se em bases agrícolas, constituindo um Estado
centralizado e teocrático.
12. (UFSM) "(...) E a situação sempre mais ou menos I Sempre uns com mais e outros com
menos I A cidade não pára, a cidade só cresce I O de cima sobe e o de baixo desce I (...)" Este
trecho da música do pernambucano Chico Science (1966-1997) e grupo Nação Zumbi nos remete
à vida em cidades, processo que passou a ser significativo na história, a partir do 4º. Milênio a.C.,
na Mesopotâmia. Sobre esse processo, é correto afirmar:
a. Com o surgimento e crescimento das cidades, houve um progressivo aumento da
especialização do trabalho e da igualdade social, enfraquecendo o poder político.
b. A diminuição da produção agrícola assegurou excedentes para a manutenção de
especialistas, desenvolvendo a urbanização em cidades-Estado socialmente desiguais.
c. Apesar da urbanização e das novas tecnologias de irrigação, mantém-se um Estado de
caráter exclusivamente político e que não intervém na economia, conservando a ordem social
hierarquizada.
d. A sedentarização do homem, o desenvolvimento de cidades, a especialização do trabalho
e uma sociedade socialmente desigual levaram à constituição de pólos de poder como o Templo
e o Palácio.
e. Mesmo se legitimando através de conquistas militares ou como mediadores entre o mundo
terreno e o mundo divino, os soberanos separaram a esfera política da religiosa no intuito de
conservar uma sociedade desigual.
13. O Império Babilônico dominou diferentes povos como os sumérios, os acádios e os
assírios. Para governar povos tão diferentes, o rei Hamurábi organizou o primeiro código de leis
escritas, o Código de Hamurábi. A respeito desse código é correto afirmar que:
a. As leis aplicavam-se somente aos homens livres e que possuíssem propriedades.
b. Estabeleceu o princípio que todos eram iguais perante a lei e por isso um escravo teria os
mesmos direitos que um homem livre.
c. O Código de Hamurábi representava os ideais democráticos do Império Babilônico.
d. O código tinha como princípio a "pena de talião" resumida na expressão "olho por olho,
dente por dente".
e. O Código considerava a mulher propriedade do homem e sem direitos.
14. (UEL) Das alternativas abaixo, a que melhor caracteriza a sociedade persa é:
a. A existência de um Estado centralizado e o monoteísmo;
b. O dualismo religioso, baseado no culto aos deuses Ahriman e Ahra Mazda;
c. Monoteísmo e a agricultura;
d. Comércio e o politeísmo;
e. As Cidades-estados e o monoteísmo.
15. Os fenícios eram um povo de origem semita que ocupavam uma estreita faixa de terra no
atual Líbano. À sua história podemos associar:
a. A formação de cidades-Estado autônomas como Biblos, Beritos (atual Beirute), Sidon e
Tiro.
b. Por meio da agricultura de regadio, os fenícios conseguiram estabelecer um Império
próspero e duradouro.
c. A sociedade fenícia, ao contrário do que ocorria no Oriente, possuíam uma religião
matriarcal baseado no culto à Deusa Mãe.
d. Os fenícios, para conseguiram vender seus produtos, adotaram todos os sistemas de
escrita dos povos com os quais comercializavam
e. A Fenícia desenvolveu uma forma de governo centralizada baseada na crença da
divindade dos seus governantes.
16. Analise as afirmações referentes aos fenícios e, assinale a alternativa que apresenta a
seqüencia correta das mesmas.
(F) A civilização fenícia tinha uma economia centrada no militarismo e saques de guerra.
(V) Os Fenícios chegaram à Espanha e ao Note da áfrica, fundando as colônias de como Cádiz e
Cartago.
(V) A frota naval fenícia era uma das mais poderosas do mundo antigo. Com a frota feita a base
de cedro, árvore típica da região, símbolo inclusive registrado na bandeira do Líbano.
(F) A escrita utilizada baseava-se nos caracteres cretenses, que inovava em relação a outros
sistemas de escrita da por basear-se em sinais representando idéias.
(V) O alfabeto fenício é ancestral de grande parte dos alfabetos usados no mundo (como o grego,
o latino, o árabe e o hebraico).
a. F, V, V, F ,V
b. F, F, V, V, V
c. V, V, F, F, V
d. F, V, V, F ,F
e. V, V, F,V, F
17. "Autoridades culturais americanas pensaram que poderiam ter satisfação mental
saqueando o passado histórico do Irã e insultando esta civilização", afirmou o conselheiro. Javad
Shamqadri, conselheiro cultural do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad. (Estadão). Com
base na análise crítica das informações acima é possível afirma que:
a. Na Antiguidade o Irã era habitado pelos Persas, povo intolerante que, costumava exigir dos
dominados a obediência às suas crenças e costumes. Tal fato influenciou corretamente a
construção da imagem dos persas no filme" 300 de Esparta".
b. No filme, persas e espartanos se enfrentam na Batalha de Termópilas, resultando na
vitória dos gregos. A versão cinematográfica dos fatos históricos está errada, uma vez que os
persas conquistaram toda a Grécia e unificaram, sob o seu governo, todas as pólis.
c. O governo iraniano demonstrou irritação com o filme "300 de Esparta" devido apenas ao
fato de que deturparam a figura do rei Xerxes (Rodrigo Santoro), mostrado no filme como um rei
fraco.
d. As autoridades iranianas acreditam que o filme tenta dizer às pessoas que o Irã, que agora
está no "Eixo do Mal" (na visão dos EUA) é a fonte do mal há muito tempo e os persas
(ancestrais dos iranianos) são selvagens feios e estúpidos como os mostrados em "300 de
Esparta."
e. O filme "300 de Esparta" revela apenas aquilo que os historiadores já sabiam. Os persas
foram os responsáveis pela destruição de boa parte da cultura grega, fato que se repete com
seus descendentes que tentam destruir a cultura cristã ocidental.
18. Relacione a corretamente as colunas abaixo, associando os traços da cultura religiosa
destacados ao povo correspondente.
(1) Egito
(2) Mesopotâmia
(3) Hebreus
(4) Fenícios
(5) Persas
(5) No Avesta constam os hinos e os ensinamentos de Zaratustra (ou Zoroastro), que prega a
sinceridade e a adoção do bem e da verdade, contra o mal e a mentira
(3) A religião era a base da cultura. O monoteísmo - crença em um só deus- acabou influenciando
o cristianismo e o islamismo.
(4) Para aplacar a ira dos deuses sacrificavam-se animais. E, às vezes, realizavam-se terríveis
sacrifícios humanos. Queimavam-se, inclusive, os próprios filhos.
(1) Como acreditavam na vida após a morte, mumificavam os cadáveres com o objetivo de
preservar o corpo para a vida eterna.
(2) No geral, eram povos politeístas, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. No
que se refere à política, seus reis representavam as divindades aqui na terra.
a. 4, 5, 3, 1, 2
b. 5, 3, 4, 2, 1
c. 4, 3, 5, 1, 2
d. 5, 3, 4, 1, 2
e. 5, 3, 1, 4, 2
ANTIGUIDADE CLÁSSICA
GRÉCIA:
INFLUÊNCIAS DO MEIO FÍSICO-GEOGRÁFICO:
Localização: Península Balcânica. Interior: solo árido e rochoso dificultava a agricultura. - Litoral:
recortado em penínsulas e portos naturais, facilitava a navegação, a pesca e comércio marítimo.
O relevo montanhoso dificultava a comunicação entre os núcleos populacionais e estimulava o
fracionamento político das cidades-estados (pólis).
PERÍODOS HISTÓRICOS DA GRÉCIA ANTIGA:
PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO:
Povoamento: povos indo-europeus Aqueus, Eólios, Jônios e Dórios.
PERÍODO HOMÉRICO:
Génos: pequenas comunidades agrárias, gentílicas, coletivistas e de membros aparentados
unidade econômica, política, social e religiosa. Fontes Históricas: os poemas lIíada e Odisséia de
Homero.
Páter: chefe patriarcal.
Desintegração dos génos: aumento da população e do consumo falta de terras férteis, produção
limitada e tecnologia rudimentar. Reflexos: conflitos por terras, propriedade privada, desigualdade
social (eupátridas, georgóis e thetas), 2ª - Diáspora grega.
PERÍODO ARCAÍCO:
Pólis: cidades-estados independentes e autônomas. Principais: Esparta e Atenas.
ESPARTA: Localizada na Península do Peloponeso.
Economia: agrícola e o Estado era o proprietário das terras férteis (cívicas) e dos escravos
(hilotas).
Sociedade: Estamental, rígida, militarista e conservadora.
Espartanos, esparciatas ou esparciatas: cidadãos (direitos políticos) usavam as terras cívicas,
descendentes dos dórios, controlavam o poder.
Periecos: pequenos proprietários (terras menos férteis da periferia), comerciantes, artesãos,
livres, sem direitos políticos.
Hilotas: escravos do estado.
Política: Oligarquia! Legislador: Licurgo.
Diarquia: dois reis (funções religiosas e guerreiras).
Eforato: cinco membros (funções executivas).
Gerúsia: 28 membros anciãos (funções legislativas) conselho.
Ápela: assembléia formada por cidadãos maiores de 30 anos.
Educação: rígida e militarista, formação do corpo, aos cuidados do Estado, xenofobia, laconismo
e kryptia.
ATENAS: Localização: Península Ática.
Fundação: Jônios/ união das quatro tribos jônicas (sinecismo).
Economia: no início, agricultura; depois, comércio marítimo.
Eupátridas proprietários das melhores terras, cidadãos.
Georgóis: pequenos proprietários, sem direitos políticos.
Thetas: Camponeses sem direitos políticos.
Demiurgos: Comerciantes – Lutas por direitos sociais.
Escravos: atuaram em todos os ofícios.
EVOLUÇÃO POLÍTICA:
Monarquia (basileu)
Oligarquia (arcontado)
Tirania (ditadores que usurparam o poder Psistrato) Democracia.
Legisladores: promotores de reformas que refletiam as lulas entre as classes sociais e o
crescimento da pólis e do comércio.
Drácon: leis escritas e extremamente severas manteve os privilégios dos eupátridas, mas
acabava o arbítrio.
Sólon: acabou com a escravidão por dívidas e dividiu a sociedade censitariamente.
Clístenes: implantou a democracia, direitos políticos para eupátridas, demiurgos, georgóis e
thetas. Ostracismo (banimento de todo aquele que ameaçasse a democracia por um período de
10 anos).
Péricles: consolidou a democracia, remuneração dos cargos públicos (participação de todos os
cidadãos nos negócios públicos), "século de ouro" (V a.C.), desenvolvimento econômico e
cultural, misthoy (soldo para os soldados do exército).
Democracia: participavam todos os cidadãos atenienses, adultos, filhos de pais e mães
atenienses: eram uma minoria. Era direta. Escravista. Excluía os estrangeiros, os escravos e as
mulheres.
PERÍODO CLÁSSICO:
Hegemonias: Imperialismo
AS GUERRAS MÉDICAS: Gregos x Persas
Motivos: O avanço do Imperialismo Persa.
Resultados: O imperialismo ateniense sobre as cidades participantes da Confederação de Delos
(que não foi dissolvida): beneficiou-se das riquezas.
A GUERRA DO PELOPONESO: Atenas (Confederação de Delos) X Esparta (Liga do
Peloponeso)
Motivos: o imperialismo ateniense e as diferenças políticas e culturais entre Atenas e Esparta.
Resultados: fim do imperialismo ateniense e da democracia e início do imperialismo espartano.
Esparta foi derrotada por Tebas na Batalha de Leutras: início do imperialismo tebano.
DECLÍNIO DA GRECIA.
Motivos: as constantes guerras entre as pólis e a falta de unidade grega.
PERÍODO HELENÍSTICO
Helenismo: Alexandre Magno: expansionismo militar e territorial e da cultura grega
(aprofundamento).
Incremento do comércio internacional.
Fundação de cidades de cultura grega:
Alexandria.
Helenismo: fusão da cultura grega com a cultura oriental.
Formação dos reinos helenísticos.
CULTURA:
Democracia: práticas republicanas e participativas de poder.
Influência sobre a civilização ocidental.
Concepções de beleza, equilíbrio e harmonia. Racionalismo, humanismo e antropocentrismo.
Produção teatral, filosófica e cientifica.
Religião politeísta e sem dogmas.
Estilos arquitetônicos: dórico, jônico e coríntio.
ROMA
MEIO FÍSICO-GEOGRÁFICO:
Localização: Península Itálica. Solo fértil e litoral pouco recortado.
ORIGEM:
Lendária: Rômulo e Remo (753 a.C.)
Histórica: Roma foi fundada como um forte (fortaleza) pelos latinos para se defenderem dos
ataques etruscos (1000 a.C.): região do Lácio.
EVOLUCÁO POLÍTICA DE ROMA:
Monarquia (753 a 509 a.C.)
República (509 a 27 a.C.)
Império (27 a.C. a 476 d.C.).
MONARQUIA ROMANA
Órgãos políticos: Realeza: Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio, Tarquínio Prisco
(o Antigo), Sérvio Túlio e Tarquínio (o Soberbo). “Conselho dos Anciãos ou Senado”. Assembléia
ou Cúria.
SOCIEDADE:
Patrícios: Cidadãos – aristocracia.
Plebeus: livres, sem direitos políticos, pequenos proprietários, artesãos e comerciantes que
representavam a maioria da população.
Clientes: plebeus que viviam agregados às famílias patrícias.
Escravos: prisioneiros de guerra, instrumentos de trabalho, nessa fase ainda não eram os
responsáveis pela produção do excedente.
O Golpe dos Patrícios (509 a.C.): Os patrícios, através do Senado, derrubaram o último rei de
Roma, o etrusco Tarquínio, o Soberbo.
Motivo: absolutismo real
Objetivo: Controlar diretamente o poder.
Conseqüências: deposição do rei, extinção da monarquia e implantação da República.
REPÚBLICA: Estrutura administrativa: Instituições Republicanas.
Senado: órgão máximo – controlava toda a administração, as finanças e decidida pela guerra ou
pela paz, órgão legislativo.
Magistratura: poder executivo.
Assembléias: patrícios e plebeus.
Assembléia Centurial: voto.
Assembléia Curial: assuntos religiosos. Assembléia Tribal: escolhia questores e edis.
Lutas Sociais: Conflitos entre Plebeus e Patrícios.
Motivo: Marginalização política dos plebeus.
Importância social: integravam o exército, pagavam impostos, garantiam a segurança de Roma,
participação na economia.
Protesto: greves e abandonaram Roma.
Conquistas da Plebe: Tribuno da Plebe (comício da plebe, plebiscito): vetar leis que
prejudicassem os plebeus, assembléia centuriata.
-Lei das Doze Tábuas: leis escritas limitaram as arbitrariedades.
-Lei Canuléia: casamento entre plebeus e patrícios.
Eleição dos magistrados plebeus: inclusive
-Lei Licínia-Sêxtia: proibição da escravidão por dívida (nexum): depois, a escravidão de romanos
foi proibida.
EXPANSIONISMO ROMANO:
Etapas:
Conquista da Península Itálica: obter alimentos e defesa.
Conquista do mediterrâneo ocidental.
Guerras Púnicas: Roma X Cartago (antiga colônia fenícia, agora uma potência marítima
comercial).
Motivos:
O avanço imperialista romano, a disputa pela Sicília e o controle comercial do Mediterrâneo.
Vitória de Roma: abriu as portas do Mediterrâneo a Roma.
Conquista do Mediterrâneo Oriental: Macedônia, Grécia, Egito, Ásia Menor, Síria.
Conseqüências:
Grande afluxo de riquezas. Formação de latifúndios e ruína dos pequenos proprietários.
Aumento da escravidão: modo de produção escravista. - Êxodo rural - Empobrecimento da plebe.
Formação de uma nova classe social: os cavaleiros (comerciantes).
Crise da República:
Instabilidade política e social.
Influência da cultura grega.
As Lutas Civis: As Reformas dos Irmãos Graco: em favor da plebe.
Tibério Graco: Tribuno da Plebe. Reforma agrária: no ager publicus. Foi assassinado.
Caio Graco: Tribuno da Plebe. Lei Frumentária: venda de trigo mais barato para a plebe. Reforma
agrária. Foi eliminado.
As propostas foram aprovadas pela Assembléia Popular e obstaculizadas pelo Senado.
As Ditaduras dos Generais Políticos: disputa entre facções do exército pelo controle do poder em
benefício próprio.
Mário (Cônsul): Governo popular: Instituição do soldo para os soldados (profissionalização do
exército).
Sila (Cônsul): Governo conservador. Governo violento, antipopular e agravamento da situação
social.
Os Triunviratos: acordos entre políticos e generais para controlar o poder (controle do Estado)?
Acentuaram a instabilidade política republicana.
1º Triunvirato: Pompeu, Júlio César e Crasso (Cônsules).
Crasso morre. Rivalidade entre os cônsules (triunviros). Pompeu é proclamado cônsul único"
destituindo Júlio César. Júlio César derrota Pompeu.
Ditadura de Júlio César: apoio do exército e da plebe. Oposição do Senado que não aceitava
nem o absolutismo nem a aproximação do rei com a plebe e temia a restauração da monarquia.
Foi assassinado por uma conspiração promovida pelo Senado, provocou uma revolta na
população.
2º Triunvirato: Marco Antônio, Otávio e Lépido (Cônsules).
Otávio afastou Lépido e declarou guerra a Marco Antônio, vencendo-o no Egito.
Otávio conquistou os soldados com presentes e o povo com distribuição de trigo.
Recebeu do Senado vários títulos: princeps (primeiro cidadão), imperador (o supremo) e
Augustus (o divino). Centralização do poder: mesmo assim, consentiu que as instituições
republicanas continuassem existindo.
O Principado de Otávio Augusto:
Obras públicas - Guarda pretoriana - Novo sistema de cobrança de impostos - Divisão censitária
da sociedade imperial: cidadãos (ordem senatorial, ordem eqüestre e ordem plebéia) e
provinciais.
Pax romana: período de paz (tranqüilidade) e prosperidade econômica e cultural- Política do pão
e circo: distribuição de trigo e promoção de diversão para as massas populares
Alienação da plebe.
IMPÉRIO
Alto Império Romano:
A perseguição aos cristãos (martírio):
Motivos: os cristãos não aceitavam o politeísmo nem o caráter divino do imperador. O caráter
pacifista e Universalista do cristianismo chocou-se com o militarismo e o escravismo do Império
romano- Nero iniciou as perseguições.
Baixo Império Romano: Início da crise do Império Romano. Tentativas de Reformas:
Diocleciano: Edito do Máximo: tabelava os preços máximos para produtos e salários. Não
funcionou.
Tetrarquia: dividiu o governo do império entre quatro pessoas para facilitar a administração.
Constantino: Fundação de Constantinopla: proteção do Oriente.
Edito de Milão: legalizou o cristianismo.
Lei do Colonato: obrigatoriedade de fixação do colono na terra (vila) que trabalhava.
Teodósio: Edito de Tessalônica: oficializou o cristianismo.
Divisão do Império Romano: Império Romano do Ocidente (capital Roma) e Império Romano de
Oriente (capital Constantinopla).
Decadência do Império Romano:
Fatores: o imperialismo romano, as guerras civis, a ascensão do cristianismo.
A crise econômica, a volta para uma economia rural de subsistência, anarquia militar, a crise do
escravismo, as invasões bárbaras.
Queda de Roma: em 476, os hérulos, invadiram a cidade de Roma e derrubaram o último
imperador romano, Rômulo Augusto.
CULTURA ROMANA:
O Direito Romano visava regulamentar a vida do cidadão romano estabelecendo seus direitos e
deveres diante do Estado. - práticas participativas de poder e instituições republicanas de
governo.
Literatura: Virgílio, Tito Lívio, Ovídio. - arquitetura: aquedutos, estradas e muralhas.
EXERCÍCIOS
1. (SANTA CASA/SP) A sociedade espartana caracterizou-se, entre outros aspectos, por:
a. Apresentar a prática do infanticídio e a realização da Kriptéia
b. Seguir a evolução natural das cidades-estados na Grécia, fixando-se na democracia
c. Estabelecer uma grande abertura em suas relações com as demais cidades-estados na
Grécia
d. Abolir o rígido sistema de classes que vigorou na maioria das cidades gregas
e. Basear-se numa classe média que procurou das às massas plena liberdade
2. (PUC/SP) No sentido contemporâneo do termo, sobretudo com implicações de unidade
política, a palavra império não pode ser aplicada à Grécia Antiga. Tanto assim que:
a. Prevaleciam padrões culturais diferenciados nas várias regiões.
b. as formas de governo foram únicas, mas guardavam total autonomia.
c. Não havia unidade de língua e religião entre as várias populações urbanas.
d. as cidades eram independentes nos assuntos de seu próprio interesse.
e. Predominavam as tendências à proibição de atividades econômicas semelhantes
3. (UEM) Assinale a alternativa incorreta sobre a história dos gregos na Antigüidade.
a. A Guerra de Tróia foi um longo e sangrento conflito travado no século 11 a.C por uma
confederação de cidades gregas contra o Império Persa para defender a democracia ateniense,
então ameaçada pelo despotismo oriental dos persas.
b. Com uma economia de perfil mais acentuadamente agrário, Esparta destacava-se pelo seu
espírito guerreiro, por hábitos e costumes austeros e por uma estratificação social mais rígida do
que a existente em Atenas.
c. Atenas desenvolveu uma economia mais diversificada, uma estrutura social mais aberta e
uma cultura cosmopolita que cultivava as belas artes, as letras e a filosofia.
d. a democracia foi um dos maiores legados da civilização grega para a sociedade ocidental.
e. Os gregos da Antigüidade Clássica praticavam o politeísmo antropomórfico.
4. (UNIFESP/2004) "Nunca temi homens que têm no centro de sua cidade um local para
reunirem-se e enganarem-se uns aos outros com juramentos. Com estas palavras, Ciro insultou
todos os gregos, pois eles têm suas ágoras [praças] onde se reúnem para comprar e vender; os
persas ignoram completamente o uso de ágoras e não têm lugar algum com essa finalidade".
(Heródoto, Histórias, séc. V a.C.) O texto expressa:
a. a inferioridade dos persas que, ao contrário dos gregos, não conheciam ainda a vida em
cidades.
b. a desigualdade entre gregos e persas, apesar do mesmo uso político que ambos faziam do
espaço urbano.
c. o caráter grego, fundamentado no uso específico do espaço cívico da ágora, construído
para o debate político.
d. a incapacidade do autor olhar com objetividade os persas e descrever seus costumes
superiores aos dos gregos.
e. a complacência dos persas para com os gregos, decorrente da superioridade de seu
poderio econômico e militar.
5. (MACKENZIE) "Mãe, ama, pai e professor competem entre si para o aperfeiçoamento da
criança, logo que está é capaz de entender o que lhe dizem... se obedece tudo está bem. Do
contrário, é corrigida à força de ameaças e pancadas, com um pedaço de madeira curvo ou
torcido. Protágoras. O fragmento do texto acima retrata a educação em Atenas que tinha entre os
seus objetivos:
a. Desenvolver nos cidadãos um conjunto, harmonioso e refinado, de qualidades da mente e
do corpo, visando a vida pública;
b. Incentivar os cidadãos a servir a diarquia como bons soldados, com uma cultura sumária,
que nutria grande desprezo pela riqueza;
c. a formação de boas mães e pais, leais e obedientes , privilegiando a formação física e
militar dos jovens de ambos os sexos;
d. Perpetuar a estrutura social e política existente, no meio do laconismo e da rígida
obediência à autoridade, resultantes da disciplina militar;
e. Desenvolver a cidadania, preparando todos os habitantes da cidade para o exercício do
poder nas instituições públicas;
6. (PUC) Atenas foi dividida por Clístenes, no ano 508 a.C., em distritos (demos). Neles:
a. as decisões eram tomadas pelo conjunto de habitantes, independentemente do fato de
serem ou não livres.
b. os cidadãos eram reconhecidos como iguais perante as leis, que derivavam de sua
vontade.
c. as guerras eram preparadas por meio de uma rigorosa organização militar, que envolvia
todos os moradores.
d. os estrangeiros eram plenamente aceitos e tinham direito a voz e a voto nas assembléias.
e. as divisões sociais eram estabelecidas de forma rígida e os plebeus eram excluídos das
tomadas de decisão.
7. (FATEC) Sabe-se que as mulheres cretenses desfrutaram de direitos e obrigações quase
desconhecidos em outras regiões na Antigüidade. Sobre elas afirma-se que:
I. possuíram uma importância que transparecia na religião, uma vez que a sua principal
divindade era uma deusa, a Grande-Mãe;
II. apesar de todos os direitos, elas estavam proibidas de participar das cerimônias religiosas
e das grandes festas.
III. muitas delas eram caçadoras,pugilistas, fiandeiras, sacerdotisas e até toureiras.
a. I
b. II
c. I e II
d. I e III
e. II e III
8. (PUC/SP 2005) A IIíada e a Odisséia são atribuídas a Homero e referem-se,
respectivamente, à Guerra de Tróia e à volta de Ulisses à sua ilha, Ìtaca, ao final dessa guerra.
Sobre essas duas obras, pode-se afirmar que:
a. defendem a superioridade étnica dos gregos sobre os troianos e alertam para os riscos
que os deuses e mitos representavam para os gregos.
b. caracterizam papéis masculino e feminino nas sociedades gregas antigas e representam a
interferência dos deuses nos assuntos dos mortais.
c. ridicularizam a falta de habilidade guerreira dos gregos e elogiam a ingenuidade política
dos troianos, que aceitaram o cavalo de madeira como presente.
d. simbolizam a luta dos gregos pela democracia e criticam a disposição teocrática e tirânica
dos legisladores e militares troianos.
e. associam os perigos enfrentados na viagem de volta à Grécia à necessidade de sofrer
para obter a redenção e a salvação perante os Deuses.
9. (UEM) "Nossa constituição é chamada de democracia porque o poder está nas mãos não
de uma minoria, mas de todo o povo. Quando se trata de resolver questões privadas, todos são
iguais perante a lei; quando se trata de colocar uma pessoa diante de outra em posições de
responsabilidade pública, o que vale não é o fato de pertencer a determinada classe, mas a
competência real que o homem possui."PÉRICLES. In: MOTA, Myriam Becho e BRAICK, Patrícia
Ramos. História das cavernas ao terceiro milênio. São Paulo: Moderna, 2000. O documento,
ainda que tenha grande influência na sociedade contemporânea, nos remete diretamente a:
a. Esparta, no período Helenístico.
b. Corinto, no período Homérico.
c. Grécia e sua democracia, no período Clássico, com a extinção do escravismo.
d. sociedade grega antiga, dos esparciatas, periecos e hilotas.
e. Atenas, no período Clássico.
10. (UNIFESP) Ao povo dei tantos privilégios quanto lhe bastam, à sua honra nada tirei nem
acrescentei; mas os que tinham poder e eram admirados pelas riquezas, também neles pensei,
que nada tivessem de infamante ... Entre uma e outra facção, a nenhuma permiti vencer
injustamente. (Sólon, século VI a.C.). No governo de Atenas, o autor procurou:
a. Restringir a participação política de ricos e pobres, para impedir que suas demandas
pusessem em perigo a realeza.
b. Impedir que o equilíbrio político existente, que beneficiava a aristocracia, fosse alterado no
sentido da democracia.
c. Permitir a participação dos cidadãos pobres na política, para derrubar o monopólio dos
grandes proprietários de terras.
d. Abolir a escravidão dos cidadãos que se endividavam, ao mesmo tempo em que mantinha
sua exclusão da vida política.
e. Disfarçar seu poder tirânico com concessões e encenações que davam aos cidadãos a
ilusão de que participavam da política.
11. (FGV) "Representando pequeno número em relação às outras classes, eles estavam
constantemente preparados para enfrentar quaisquer revoltas, daí a total dedicação à arte militar.
A agricultura, o comércio e o artesanato eram considerados indignos para o espartano, que
desde cedo se dedicava às armas (...). O militarismo espartano pode ser explicado a partir da
observação:
a. da forte influência da cultura cretense na formação da sociedade espartana.
b. da necessidade dos cidadãos manterem sob controle a maioria oprimida composta pelos
hilotas.
c. do meio físico-geográfico da península do Peloponeso que forçava o expansionismo
militarista.
d. dos constantes conflitos entre espartanos e atenienses que disputavam o domínio
comercial no Mediterrâneo.
e. da rivalidade entre espartanos e periecos detentores do poder político na polis espartana.
12. (FGV) A Guerra do Peloponeso (431-404 a.C.), que teve importância fundamental na
evolução histórica da Grécia antiga, resultou, entre outros fatores, de:
a. um confronto econômico entre as cidades que formavam a Confederação de Delos.
b. um esforço da Pérsia para acabar com a influência grega na Ásia Menor.
c. um conflito entre duas ideologias: Esparta, oligárquica, e Atenas, democrática.
d. uma manobra de Esparta para aumentar a sua hegemonia marítima no mar Egeu.
e. uma tentativa de Atenas para fracionar a Grécia em diversas cidades-estado.
13. (UEL) Sobre o lugar social da mulher no contexto do pensamento dos filósofos gregos
clássicos, é correto afirmar:
a. Na "Polis grega", as mulheres deveriam restringir-se à execução das tarefas domésticas,
cabendo aos cidadãos a atuação na vida política, jurídica e administrativa.
b. Pelo fato de as mulheres possuírem habilidades diferentes em relação aos homens, Platão
Ihes concede tarefas menos exigentes, tais como o cuidado do lar e o exercício da filosofia.
c. Para Aristóteles, a justiça como eqüidade, se aplica também à esfera doméstica, devendo
as mulheres receber tratamento baseado nos mesmos princípios válidos para os cidadãos.
d. Era consenso que a mulher deveria atuar, além da esfera privada, também na esfera
pública, tendo o direito de influenciar nas decisões políticas.
e. Entendia-se que a tarefa das mulheres, que assumiam postos de liderança na Polis, era a
de gerar filhos saudáveis para o Estado.
14. (UNESP) Dentre os legados dos gregos da Antigüidade Clássica que se mantêm na vida
contemporânea, podemos citar:
a. a concepção de do politeísmo ético e moral.
b. a promoção do espírito de confraternização por intermédio do esporte e de jogos.
c. a idealização e a valorização do trabalho manual em todas suas dimensões.
d. os valores artísticos como expressão do mundo religioso e cristão.
e. os planejamentos urbanísticos segundo padrões das cidades-acrópoles.
15. A respeito da organização socioeconômica dos povos germânicos que ocuparam a parte
ocidental do Império Romano podemos afirmar, exceto:
a. possuíam economia amonetária e natural.
b. viviam da caça, pesca saques, pastoreio, agricultura rudimentar.
c. sua noção de propriedade da terra era coletiva.
d. divididos em tribos.
e. direito escrito (baseado nos postulados filosóficos gregos).
16. (FGV) Sobre a história de Roma, na Antigüidade, assinale a alternativa incorreta.
a. De acordo com o poeta Virgílio, em sua obra Eneida, o povo romano descende do irmãos
Rômulo e Remo, fundadores da cidade de Roma.
b. A partir do século V a.C., a história romana é caracterizada, entre outras coisas, pela
eclosão de vários conflitos políticos entre a classe dos patrícios e a classe dos plebeus. Nessa
época, foi instituída a figura do Tribuno da Plebe, uma espécie de defensor dos direitos do povo.
c. Com a expansão romana na Antigüidade, ocorreu a romanização das culturas bárbaras
existentes em várias regiões da Europa. Derivam daí as línguas faladas e as culturas de países
de formação latina como França, Espanha, Portugal, Itália e Romênia.
d. O cristianismo surgiu na Palestina, região anexada ao Império Romano, pregando a crença
em um Deus único, em oposição às práticas religiosas dos romanos, que cultuavam vários
deuses.
e. Com a queda do Império Romano, a cultura latina foi totalmente apagada do continente
europeu, de maneira que a reorganização política, social e cultural dessa região ocorreu sob a
influência exclusiva da cultura dos povos bárbaros que destruíram o poderio romano.
17. (UFPB) Sobre a transição da Antigüidade para a Idade Média Ocidental (séc. III-VII), é
correto afirmar que se caracterizou pelo encontro cultural entre:
a. o Império Romano em declínio e as comunidades primitivas germânicas em desagregação;
b. o Islã em expansão e os cristãos descontentes com a perseguição do Império Romano;
c. o Cristianismo em ascensão no Império Romano e os budistas hegemônicos no Oriente
Médio;
d. o Classicismo Ocidental Romano e as correntes localistas pré-históricas dos celtas;
e. os bárbaros romanos e os civilizados eupátridas da Grécia.
ALTA IDADE MÉDIA
POVOS BÁRBAROS
ECONOMIA: semi-nomadismo, agricultura rudimentar, pecuária, caça, pesca e pilhagem,
comércio insignificante, produção de subsistência.
POLÍTICA: assembléias de guerreiros e rei (chefe militar), inexistência da noção de Estado.
SOCIEDADE: patriarcal, hierarquizada, existência do Comitatus
DIREITO: costumeiro (consuetudinário), wergeld (preço pago pelo valor do sangue de um
germano), ordálios (julgamentos).
RELAÇÃO ENTRE ROMANOS E GERMÂNICOS:
Contatos inicialmente pacíficos (a condição de federados e o serviço militar)
Contatos violentos (a pressão dos hunos e a migração em massa para dentro do Império em
busca de refúgio, terras e saques)
REINOS ROMANOS GERMANICOS:
CARACTERÍSTICAS: efemeridade e instabilidade, descentralização política, conflitos religiosos,
regime de personalidade das leis, ameaças constantes de povos estrangeiros, formação de
reinos medievais, imprecisão das fronteiras, crescente poderio da igreja cristã romana.
PRINCIPAIS REINOS:
FRANCOS: Gália
OSTROGODOS: Itália, Áustria e Iugoslávia
VISIGODOS: Espanha
VÂNDALOS: Norte da África
ANGLOS E SAXÕES: Bretanha
IMPÉRIO BIZANTINO
O IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE: Constantinopla: edificada no local da antiga colônia grega
de Bizâncio.
A manutenção do Império Romano do Oriente deve se à preservação de Constantinopla como
um dos terminais das rotas de caravanas provenientes da Ásia.
Privilegiada localização geográfica em termos de segurança e posição estratégica do ponto de
vista comercial.
ECONOMIA: Comércio marítimo.
Produção agrícola: latifúndios e trabalho de colonos livres ou escravos.
Economia sob o controle do Estado.
POLÍTICA: Monarquia despótica, centralizada e teocêntrica.
O imperador comandava o exército e a Igreja. Burocracia.
SOCIEDADE: Urbana.
Interesse por problemas religiosos.
GOVERNO DE JUSTINIANO
Expansionismo militar e territorial.
Conquista do Norte da África, da Península Itálica e da Península Ibérica.
Efêmeras devido à expansão árabe.
Arquitetura:
Igreja de Santa Sofia.
Monumentalidade: poder do Estado e força da Igreja
Cesaropapismo: A supremacia do imperador sobre a igreja.
Heresias:
Questionamento dos dogmas da doutrina cristã.
Monofisistas: Cristo teria apenas a natureza divina e negavam a Santíssima Trindade.
Iconoclastas: destruição de imagens religiosas.
Código do Direito Civil – Referência para o Direito Ocidental.
Cultura:
Mosaicos coloridos e cúpulas arredondadas. Propagação da cultura greco-romana.
Utilização das artes em geral para exaltar ideais religiosos.
Combinação de elementos culturais do Oriente e do Ocidente.
CONQUISTA:
A tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos em 1453, marcou o fim do Império Bizantino.
O IMPÉRIO ÁRABE
MEIO FÍSICO-GEOGRÁFICO: No litoral (regiões do Iêmen e Hêdjaz) Cidades: Meca e latreb.
Povos: Divididos em tribos: a fragmentação política deve-se, apesar da Caaba, da língua e da
cultura em comum, as constantes guerras entre as tribos.
Maomé: Elaboração de uma nova doutrina religiosa: o Islamismo. Pregação da nova doutrina em
Meca: condenava o politeísmo e a idolatria a Caaba, incomodou e ameaçou o domínio dos
coraixitas.
Hégira;
Fuga de Maomé de Meca para latreb (Medina) marca o início do calendário árabe. Conversão
dos parentes, dos habitantes de Medina e dos beduínos.
Conquista Meca em 630: Unificação política e religiosa, centralização política. Estado árabe
teocrático, califas, preservação da Caaba e da pedra negra e destruição das imagens dos
deuses.
ISLAMISMO:
Islão: submissão a Alá.
Livro sagrado: Alcorão: doutrina religiosa, código de moral e justiça, normas de comportamento
social.
Crença em um único Deus: Alá. Orar.
Peregrinação.
Jejuar: mês de Ramada (julho). Dar esmolas.
Guardar as sextas-feiras.
Jihad (Guerra Santa):
EXPANSÃO MUÇULMANA:
Fatores: Atendia aos comerciantes.
Pressão demográfica.
Falta de recursos do território árabe.
O ideal de guerra santa. o interesse no butim.
Dinastia Haxemita: parentes de Maomé controlam o poder após sua morte (632).
Conquista de territórios bizantinos e persas (oriente).
Dinastia Omíada: conquista do Norte da África, controle do Mediterrâneo e conquista da
Península Ibérica.
Capital: Damasco. Influências dos costumes persas na administração: vizir.
Dinastia Abássida: capital: Bagdá.
Avanço para o extremo oriente: Paquistão, índia.
Início da decadência.
Conflitos políticos e religiosos
Divisões: Califados independentes, Califado de Córdoba, Califado de Bagdá e Califado do Cairo.
SEITAS ISLÂMICAS:
Xiitas: Estado absoluto, chefe descendente de Maomé e Corão como fonte de ensinamento.
Fundamentalistas: Lei Islâmica (Sharia).
Sunitas: Chefe eleito pelos crentes e defendiam o suna. CONQUISTA: em 1258, os tártaros
mongóis conquistam Bagdá.
CULTURA:
Fusão de elementos culturais diversos, servindo como ponte de ligação entre o Oriente e o
Ocidente.
Cultura original.
Arquitetura: palácios e mesquitas, minaretes, arabescos.
Literatura: "O Livro dos Reis" (AI-Firdausi), "Rubayyat" (amar Khayyam), "As Mil e Uma Noites".
Matemática: os números indo-arábicos, trigonometria, álgebra.
Física: refração da luz e ótica.
Química: carbonato de sódio, nitrato de prata, ácido nítrico, ácido sulfúrico, álcool, destilação,
sublimação, filtração.
Medicina: tuberculose, sarampo, Avicena:
História: Ibn-Kaldun, importância dos fatores materiais no processo histórico.
Filosofia: preservação do pensamento aristotélico e platônico - Averróis.
Difusão da bússola, pólvora, papel: invenções chinesas.
Difusão dos algarismos hindu-arábicos: criação
Os árabes também podem ser chamados de mouros, sarracenos ou muçulmanos.
Capacidade de assimilação e sistematização de conhecimentos.
FEUDALISMO
CONCEITO
Modo de Produção que vigorou na Europa Ocidental durante a Idade Média e que se caracteriza
pelas relações servis de produção.
ORIGENS:
Romanas
Clientela: relação de dependência pessoal entre indivíduos.
Colonato: fixação do colono a terra.
Vilas: unidades econômicas (grandes propriedades agrárias).
Germânicas
Economia agropastoril.
Comitatus: relações de fidelidade entre o chefe e seus guerreiros.
Beneficium: concessões de terras em troca de fidelidade, descentralização política.
ECONOMIA
Agrária e rural, auto-suficiente. Feudo: unidade de produção, propriedade feudal ou senhorial.
Pouco uso de moeda. Comércio reduzido e local. Baixo nível técnico.
SOCIEDADE:
Clero: membros da Igreja, rezar, controlador da ideologia medieval.
Nobreza: posse territorial, combater, cavalaria (honra, desprendimento e destreza, lealdade e
heroísmo), controlava o poder feudal.
Servos: camponeses presos (vinculados, ligados) a terra, explorados, obrigados a prestar
serviços (trabalhar) e pagar impostos em troca do uso da terra e de proteção militar.
POLÍTICA:
Descentralização política: fragmentação do poder em função do parcelamento das terras.
Particularismos feudais: senhores feudais, o rei exercia pouca influência.
Guerras contínuas: invasões e disputas pelo poder.
Direito Consuetudinário.
DIVISÃO DO FEUDO:
Mansos ou reservas.
Manso senhorial (domínio): uso exclusivo do senhor feudal.
Manso servil: arrendada aos servos e dividida em tenências.
Manso comunal: terras comuns (pastos, bosques, florestas).
OBRIGAÇÕES SERVIS:
Relações servis.
Relações de exploração e dependência: senhores e servos.
Corvéia: dias de trabalho semanal gratuito dos servos no manso senhorial, a produção era do
senhor feudal.
Talha: divisão da produção servil no manso
Banalidades: taxas pagas pelos servos pela utilização das instalações do feudo (celeiro, moinho,
forno).
RELAÇÕES FEUDO-VASSÁLICAS:
Relações vassálicas.
Relações de dependência pessoal e de obrigações recíprocas.
Suserania e vassalagem: nobre e nobre.
IGREJA: Teocentrismo Cristão.
Maior instituição medieval. Poder e riqueza. Organização hierárquica.
Herança cultural greco-romana. Hegemonia
Ideológica. Cultura teocêntrica.
Justificava a ordem feudal.
BAIXA IDADE MÉDIA
Transformações na sociedade feudal: início da crise do feudalismo.
Início da superação das estruturas feudais. Progressiva estruturação de um novo modo de
produção, o capitalismo.
Surgimento de uma economia comercial: dinamismo comercial.
Surgimento de um novo grupo social, a burguesia. Centralização do poder real.
Declínio do modo de produção servil.
Desenvolvimento do trabalho livre (relações assalariadas).
Economia monetária.
Estruturação das monarquias nacionais feudais.
Produção de excedentes para serem comercializados.
Iniciaram-se as mudanças na Europa Ocidental que, a seguir, desencadearam o processo de
montagem do sistema capitalista.
A articulação entre as três "esferas" de poder (universal, da Igreja; local, dos senhores feudais; e,
nacional, dos reis) é um dos traços políticos distintivos da Baixa Idade Média. Em seu período
final, esta articulação se dará em prejuízo dos poderes locais e do poder universal do papa e em
benefício do poder do Estado Nação (rei).
CRUZADAS:
Foram expedições militares organizadas a partir de uma orientação da Igreja, através do Concílio
de Clermont, convocado pelo Papa Urbano II em 1095, tendo por objetivos:
Religiosos- libertar a Terra Santa Jerusalém do domínio dos infiéis (muçulmanos);
Econômicos- interesse dos mercadores italianos em restabelecer o comércio via Mediterrâneo;
A Igreja desejava dar vazão ao excedente populacional da Europa, uma vez que os
marginalizados ameaçavam a própria existência do sistema feudal e do poder dessa instituição,
que era grande detentora de terras;
Político- tentativa de restabelecer a unidade do cristianismo, que havia se quebrado com a
criação da Igreja Ortodoxa - Cisma do Oriente (ocorrido em 1054). As motivações religiosas e
políticas não se concretizaram, entretanto, foi possível restabelecer o comércio no Mediterrâneo
(que era dominado pelos muçulmanos), causando profundas alterações no sistema feudal.
EXERCÍCIOS
1. (UNESP) Durante a Alta Idade Média, que transcorreu entre o século V ao século XI,
devido, principalmente a instabilidade política, fruto das invasões bárbaras, a economia feudal
caracterizou-se:
a. pela auto-suficiência, ou seja, o feudo buscava produziu tudo que era necessário para a
manutenção da comunidade. A quase inexistência de comércio impedia que houvesse um
abastecimento externo ao feudo.
b. pelo progresso do comércio e das cidades e o pelo aparecimento da burguesia, grupo
social mais rico e poderoso.
c. pela intervenção do Estado na economia, uma vez que boa parte dos impostos vinha da
atividade mercantil.
d. pelo predomínio da atividade manufatureira, voltada para o mercado interno.
e. pela ausência de excedentes, visto que os senhores feudais, deixavam de lavrar a terra
para se dedicar aos torneios.
2. Os estudos recentes sobre a Idade Média avaliam esse período da história como um(a):
a. Período de dez séculos durante o qual houve intensa atividade industrial e comercial,
sendo a cultura intelectual exclusividade dos mosteiros e da Igreja.
b. Período de obscurantismo e atraso cultural - a longa noite de mil anos - em virtude do
desprezo dado à herança intelectual grega e romana da época precedente.
c. Época que pode ser chamada de "Idade das Trevas", em razão do predomínio da Igreja,
que, com sua ideologia, contribuiu para a estagnação cultural, a opressão política e o fanatismo
religioso.
d. Época que não se constitui uma unidade: em sua primeira fase, houve retrocesso cultural e
econômico, porém, posteriormente, ressurgiu a vida econômica e houve grande f1orescimento
cultural.
e. Período de revigoramento da cultura clássica, em especial da arquitetura e pintura de
caráter humanista.
3. Clóvis (481-511) destacou-se, não só por seus êxitos militares, mas também por ter sido o
primeiro chefe bárbaro a adotar o catolicismo, fazendo-se batizar, juntamente com três mil
guerreiros, em 496. Este fato facilitou muito o fortalecimento de seu poder. Até o século V, o povo
franco estava dividido em tribos que foram unificadas por Clóvis, dando início a uma dinastia que
recebeu o nome de:
a. Burgúndia.
b. Visigótica.
c. Merovíngia
d. Carolíngia.
e. Capetíngia.
4. (FAAP) Durante a Idade Média, na Europa Ocidental, predominava o sistema feudal, cujos
fundamentos eram:
a. O trabalho servil, a família patriarcal e o Estado Nacional.
b. O trabalho servil, a família patriarcal e a posse da terra pela nobreza.
c. O trabalho servil, a família igualitária e a posse da terra pela burguesia.
d. O trabalho livre, a família patriarcal e a posse da terra pelos nobres.
e. O trabalho escravo, a família patriarcal e a posse da terra pelos camponeses.
5. Foram características do Império Bizantino no âmbito da cultura, sociedade e política.
a. Cultura antropocêntrica, a família patriarcal e o predomínio da democracia.
b. Influência da cultura helenística, sociedade urbana e diversificada, predomínio do
Cesaropapismo.
c. o uso exclusivo do Latim como língua, a família igualitária e a tirania.
d. o teocêntrismo, a família patriarcal e a monarquia nacional.
e. a cultura laica, a família matriarcal e a descentralização política.
6. (UNESP) Os árabes, entre os Séculos VII e XI, ampliaram suas conquistas e forjaram
importante civilização. Sob a ação catalisadora do Islã, foi mantida a unidade política, enquanto
que o comércio destacou-se como elo do relacionamento tolerante com muitos povos. Além
disso, argumenta-se que os valores culturais da Antigüidade Clássica chegaram ao conhecimento
do Mundo Moderno Ocidental porque os árabes:
a. traduziram e difundiram entre os europeus importantes obras sobre o saber grego.
b. propagaram a obra 'Mil e uma Noites', mostrando que ela se baseia em lendas chinesas.
c. introduziram na Europa novas técnicas de cultivo e a habilidade na representação de
figuras humanas.
d. profetizavam o destino do homem através das estrelas.
e. desenvolveram uma ciência não submetida aos ensinamentos religiosos.
7. (PUC/CAMP) Entre os séculos VII e IX, os árabes realizaram uma grande expansão
territorial principalmente no Norte da África, na Península Ibérica e em muitas regiões do Oriente,
controlando, inclusive, o mar Mediterrâneo. Sobre essa expansão, é correto afirmar que:
a. se moveu exclusivamente por interesses religiosos, visando impor às regiões conquistadas
os princípios estabelecidos no "Corão", através das chamadas "guerras santas".
b. as lutas constantes entre árabes e cristãos impossibilitaram a estes adquirir os
conhecimentos que os árabes tinham, sobretudo os relacionados à navegação e às técnicas de
irrigação.
c. os árabes exerceram uma postura intolerante em relação aos valores culturais nas regiões
conquistadas, obrigando os povos a assimilarem seus conhecimentos científicos e religiosos.
d. a contra-ofensiva, desencadeada pelos cristãos, entre os séculos VIII e XI, possibilitou a
unificação da Igreja cristã que, através da guerra santa, conseguiu reconquistar a Península
Ibérica no século XI.
e. a guerra santa árabe consistiu num difusor dos princípios da mensagem de Alá,
contribuindo como elemento fundamental para a expansão islâmica, uma vez que conciliava
interesses materiais e espirituais.
8. (FUVEST) A respeito do mundo árabe, é INCORRETO afirmar que:
a. a Península Arábica pré-islâmica era dominada por povos pastores, nômades e politeístas,
que viviam em constantes conflitos tribais.
b. os conflitos em Meca obrigaram Maomé a partir para um novo local, que passou a ser
conhecido como Medina (Cidade do Profeta), em um processo de emigração chamado Hégíra.
c. a religião fundada por Maomé incorporou princípios de outras religiões, como o
Cristianismo e o Judaísmo.
d. Além de ser um importante líder religioso, Maomé desempenhou um papel político
significativo, que garantiu a unificação da Arábia.
e. após a morte de Maomé, houve separação entre os poderes político e religioso, o que foi
levado para as áreas conquistadas.
9. (UFPE) Com o fim das invasões bárbaras na Europa, entre os séculos XI e XIII, a
população européia experimentou um clima de maior segurança e, conseqüentemente, houve um
aumento quantitativo desta população. Com relação a este período, assinale a alternativa correta.
a. O aumento de nascimentos entre os nobres gerou problemas em relação às terras,
resultando em guerras entre os feudos.
b. As cruzadas também ocorreram nesse período e foram responsáveis pelo o aumento da
população.
c. Houve um desenvolvimento em todos os níveis devido ao aumento da produção e das
atividades comerciais, com o restabelecimento das rotas com o oriente e o crescimento das
cidades.
d. É um período marcado por grandes perdas na produção agrícola.
e. No final desse período, a Europa assiste a uma nova invasão dos chamados "povos
bárbaros".
10. (MACKENZIE) A peste negra, que dizimou cerca de um terço da população européia, as
revoltas camponesas ocasionadas pelo precário equilíbrio da produção agrícola, e a Guerra dos
Cem Anos, entre França e Inglaterra, foram responsáveis:
a. pela formação da sociedade feudo-clerical.
b. pela crise do mercantilismo econômico.
c. pelo fortalecimento da nobreza em detrimento do poder real.
d. pela aceleração da crise do absolutismo.
e. pela crise do feudalismo e consolidação do poder real.
11. (UNB) Na Baixa Idade Média iniciaram-se as mudanças na Europa Ocidental que, a seguir,
desencadearam o processo de montagem do sistema capitalista. Relativamente a essas
mudanças, julgue o item INCORRETO.
a. A atividade mercantil ganhou impulso, a monetarização das trocas fez-se presente e o
segmento social burguês foi conquistando espaço social e político.
b. Nos centros urbanos, as corporações de ofício regulavam a produção manufatureira e o
trabalho assalariado foi tornando-se comum.
c. A despeito da resistência da aristocracia feudal, os monarcas dispuseram-se a enfrentar a
fragmentação política então vigente.
d. A crise do século XIV reforçou os poderes dos senhores feudais, à medida que possibilitou
a migração de mão-de-obra das cidades para os campos.
e. Muitas Universidades surgiram para satisfazer as necessidades do novo grupo social
emergente, a burguesia.
IDADE MODERNA
EXPANSÃO MARÍTIMA
SÍNTESE MOTIVADORA DA EXPANSÃO:
FATORES ECONÔMICOS: Necessidade de superação das crises do final da Idade Média;
Necessidade de novos mercados; Necessidade de metais preciosos;
Necessidade de encontrar um novo caminho para as índias (especiarias)
FATORES POLÍTICOS: Centralização do poder político através da aliança entre reis e burguesia;
FATORES SOCIAIS: Ascensão da burguesia mercantil;
Renascimento urbano;
FATORES CULTURAIS: Renascimento Cultural e Científico
FATOR RELIGIOSO: Ideal cruzadista dos cristãos contra o avanço dos muçulmanos.
RAZÕES DO PIONEIRISMO PORTUGUÊS: Localização geográfica;
Escola de Sagres;
Centralização política precoce (Revolução de Avis 1383-1385);
Situação de paz interna e externa;
Forte burguesia mercantil aliada ao rei.
ETAPAS DA EXPANSÃO PORTUGUESA:
1415: Conquista de Ceuta;
1419: Conquista da Ilha da Madeira;
1434: Gil Eanes dobra o Cabo Boja
1488: Bartolomeu Dias dobra o Cabo da Boa Esperança;
1498: Vasco da Gama atinge Calicute nas Índias;
1500: Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil
EXPANSÃO ESPANHOLA:
Após a unificação política dos reinos de Castela e Aragão (Casamento dos Reis Fernando e
Isabel);
Expulsão do ultimo reduto dos Mouros (Granada -1492);
Escolha da rota ocidental, navegação à oeste;
1492: Cristovam Colombo chega a America;
1494: Tratado de Tordesilhas;
1519: Fernão de Magalhães faz a primeira viagem de circunavegação.
RESULTADO DAS GRANDES NAVEGAÇÕES:
Revolução comercial; Transferência do eixo econômico da Europa do Mediterrâneo para o
Atlântico;
O comércio passou a ser um negócio de nações e não de simples cidades; Formação de impérios
coloniais; Fortalecimento das Monarquias Nacionais; Desenvolvimento do tráfico negreiro;
Extermínio de tribos indígenas americanas;
Europeização das áreas conquistadas.
MERCATILISMO
CONCEITO: Política econômica adotada pelos estados absolutistas europeus durante a transição
do feudalismo para o capitalismo.
CARACTERÍSTICAS: Intervenção do Estado na economia.
Não constitui uma doutrina, mas um conjunto de medidas.
Cada Estado europeu aplicou as medidas que mais se adequavam a sua realidade.
OBJETIVOS: burguesia.
PRINCÍPIOS MERCANTILISTAS:
Metalismo: acumulação de metais preciosos.
Balança comercial favorável: exportar mais e importar menos.
Protecionismo: pesados impostos sobre produtos estrangeiros Com o objetivo de defender a
produção nacional.
Incentivo produção manufatureira.
Incentivo construção naval.
Colonialismo.
TIPOS DE MERCANTILISMO:
Metalismo ou Bulionismo: Espanha.
Estocagem de ouro e prata. Restrição das importações.
Colbertismo ou Industrialismo: França.
Estimula as manufaturas (artigos de luxo). Companhias de comércio.
Limitar as importações e aumentar o valor das exportações.
Ministro Colbert.
Comercialista ou industrialista: Inglaterra
Desenvolvimento da frota naval e da marinha mercante.
Incentivo à produção manufatureira.
Rígida política alfandegária.
Cameralismo: Holanda.
Protecionismo alfandegário.
Companhias de comércio.
ABSOLUTISMO
CONCEITO: Podemos definir o absolutismo como um sistema político e administrativo que
prevaleceu nos países da Europa, na época do Antigo Regime (séculos XV ao XVIII).
ORIGENS: No final da Idade Média (séculos XIV e XV), ocorreu uma forte centralização política
nas mãos dos reis. A burguesia comercial ajudou muito neste processo, pois interessa a ela um
governo forte e capaz de organizar a sociedade. Portanto, a burguesia forneceu apoio político e
financeiro aos reis que, em troca, criaram um sistema administrativo eficiente, unificando moedas
e impostos e melhorando a segurança dentro de seus reinos.
CARACTERÍSTICAS: Nesta época, o rei concentrava praticamente todos os poderes. Criava leis
sem autorização ou aprovação política da sociedade. Criava impostos, taxas e obrigações de
acordo com seus interesses econômicos. Agia em assuntos religiosos, chegando, até mesmo, a
controlar o clero em algumas regiões.
Todos os luxos e gastos da corte eram mantidos pelos impostos e taxas pagos, principalmente,
pela população mais pobre. Esta tinha pouco poder político para exigir ou negociar. Os reis
usavam a força e a violência de seus exércitos para reprimir, prender ou até mesmo matar
qualquer pessoa que fosse contrária aos interesses ou leis definidas pelos monarcas.
PRINCIPAIS REIS ABSOLUTISTAS:
Henrique VIII - Dinastia Tudor: governou a Inglaterra no século XVII
Elizabeth I - Dinastia Stuart - rainha da Inglaterra no século XVII
Luis XIV - Dinastia de Bourbon - conhecido como Rei Sol - governou a França entre 1643 e1715.
Fernando e Isabel – Governaram a Espanha no século XVI.
TEÓRICOS DO ABSOLUTISMO:
Jacques Bossuet: para este filósofo francês, o rei era o representante de Deus na Terra. Portanto,
todos deveriam obedecê-lo sem contestar suas atitudes.
Nicolau Maquiavel: Escreveu um livro, “O Príncipe”, onde defendia o poder dos reis. De acordo
com as idéias deste livro, o governante poderia fazer qualquer coisa em seu território para
conseguir a ordem. De acordo com o pensador, o rei poderia usar até mesmo a violência para
atingir seus objetivos. É deste teórico a famosa frase: Os fins justificam os meios."
Thomas Hobbes: Este pensador inglês, autor do livro" O Leviatã ", defendia a idéia de que o rei
salvou a civilização da barbárie e, portanto, através de um contrato social, a população deveria
ceder ao Estado todos os poderes.
RENASCIMENTO CULTURAL
CONCEITO: Movimento cultural, artístico, literário, filosófico e científico, que marcou a passagem
do medievo para o mundo moderno, caracterizado por uma nova mentalidade que se
contrapunha à mentalidade religiosa da Idade Média.
CARACTERÍSTICAS:
Novas idéias: invenção da imprensa de Gutenberg (século XV);
Classicismo, hedonismo, otimismo, individualismo, racionalismo;
O homem como centro do mundo- antropocentrismo - humanismo.
ITÁLIA – BERÇO DO RENASCIMENTO:
O poderio econômico de ricas cidades mercantis, a ação dos mecenas.
Os vestígios arquitetônicos da cultura clássica.
PRINCIPAIS ARTISTAS DO RENASCIMENTO:
Leonardo da Vinci – pintou a Monalisa, Última Ceia.
Michelangelo: pintou o teto da Capela Sistina, escultura de Davi.
Literatura: Shakespeare (autor de Romeu e Julieta)
RENASCIMENTO CIENTÍFICO:
Geocentrismo (defendido pela Igreja) - terra como centro do Universo.
Copérnico e Galileu defendem o heliocentrismo (Sol como centro).
DECADÊNCIA DO RENASCIMENTO: Perseguições da Igreja Católica: ação da Inquisição
REFORMA PROTESTANTE
Abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento
renascentista.
A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. Gastos com luxo
e preocupações materiais estavam tirando o objetivo católico dos trilhos.
A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada,
pois os clérigos católicos estavam condenando seu trabalho. O lucro e os juros, típicos de um
capitalismo emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos.
Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro, em
Roma, com a venda das indulgências (venda do perdão).
No campo político, os reis estavam descontentes com o papa, pois este interferia muito nos
comandos que eram próprios da realeza.
O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O homem
renascentista começava a ler mais e formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores
urbanos, com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo.
Um pensamento baseado na ciência e na busca da verdade através de experiências e da razão.
REFORMA LUTERANA
O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da
Igreja Católica. Afixou na porta da Igreja de Wittenberg as 95 teses que criticavam vários pontos
da doutrina católica.
As 95 teses de Martinho Lutero condenava à venda de indulgências e propunha a fundação do
luteranismo (religião luterana). De acordo com Lutero, a salvação do homem ocorria pelos atos
praticados em vida e pela fé. Embora tenha sido contrário ao comércio, teve grande apoio dos
reis e príncipes da época. Em suas teses, condenou o culto à imagens e revogou o celibato.
REFORMA CALVINISTA
Na Suíça, João Calvino começou a Reforma Luterana. De acordo com Calvino a salvação da
alma ocorria pelo trabalho justo e honesto. Essa idéia calvinista atraiu muitos burgueses e
banqueiros para o calvinismo. Muitos trabalhadores também viram nesta nova religião uma forma
de ficar em paz com sua religiosidade. Calvino também defendeu a idéia da predestinação.
REFORMA ANGLICANA
Na Inglaterra, o rei Henrique VIII rompeu com o papado, após este se recusar a cancelar o
casamento do rei. Henrique VIII funda o anglicanismo e aumenta seu poder e suas posses, já que
retirou da Igreja Católica uma grande quantidade de terras.
CONTRARREFORMA
Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-
se na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano de reação.
No Concílio de Trento ficou definido:
Catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos jesuítas;
Retomada do Tribunal do Santo Ofício
Inquisição: punir e condenar os acusados de heresias
Criação do Índex Librorium Proibitorium (índice de Livros Proibidos): evitar a propagação de
idéias contrárias à Igreja Católica.
INTOLERÂNCIA
Em muitos países europeus as minorias religiosas foram perseguidas e muitas guerras religiosas
ocorreram, frutos do radicalismo. A Guerra dos Trinta Anos (16181648), por exemplo, colocou
católicos e protestantes em guerra por motivos puramente religiosos. Na França, o rei mandou
assassinar milhares de calvinistas na chamada Noite de São Bartolomeu.
ILUMINISMO
ORIGENS
Este movimento surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da razão sobre a visão
teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade Média. Segundo os filósofos iluministas, esta
forma de pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade.
Os pensadores que defendiam estes ideais acreditavam que o pensamento racional deveria ser
levado adiante substituindo as crenças religiosas e o misticismo, que, segundo eles, bloqueavam
a evolução do homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar respostas para as
questões que, até então, eram justificadas somente pela fé.
O apogeu deste movimento foi atingido no século XVIII, e este passou a ser conhecido como o
Século das Luzes. O IIuminismo foi mais intenso na França, onde influenciou a Revolução
Francesa através de seu lema:
Liberdade, igualdade e fraternidade. Também teve influência em outros movimentos sociais como
na independência das colônias inglesas na América do Norte e na Inconfidência Mineira, ocorrida
no Brasil.
PRINCIPAIS IDÉIAS
Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom, porém era corrompido pela
sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma
sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada. Por esta razão,
eles eram contra as imposições de caráter religioso, contra as práticas mercantilistas, contrários
ao absolutismo do rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao clero.
GRUPO SOCIAL DE DESTAQUE:
Os burgueses foram os principais interessados nesta filosofia, pois, apesar do dinheiro que
possuíam, eles não tinham poder em questões políticas devido a sua forma participação limitada.
Naquele período, o Antigo Regime ainda vigorava na França, e, nesta forma de governo, o rei
detinha todos os poderes. Outra forma de impedimento aos burgueses eram as práticas
mercantilistas, onde o governo interferia ainda nas questões econômicas.
COMBATE AO ANTIGO REGIME:
Nesta época a sociedade era dividida da seguinte forma: em primeiro lugar vinha o clero, em
segundo a nobreza, em terceiro a burguesia e os trabalhadores da cidade e do campo. Com o fim
deste poder, os burgueses tiveram liberdade comercial para ampliar significativamente seus
negócios, uma vez que, com o fim do absolutismo, foram tirados não só os privilégios de poucos
(clero e nobreza), como também, as práticas mercantilistas que impediam a expansão comercial
para a classe burguesa.
PRINCIPAIS FILÓSOFOS ILUMINISTAS:
John Locke (1632-1704), ele acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do
tempo através do empirismo;
Voltaire (1694-1778), ele defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a
intolerância religiosa;
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), ele defendia a idéia de um estado democrático que
garanta igualdade para todos;
Montesquieu (1689-1755), ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e
Judiciário;
Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond d'Alembert (1717-1783), juntos organizaram uma
enciclopédia que reunia conhecimentos e pensamentos filosóficos da época.
LIBERALISMO ECONÔMICO:
Adam Smith (O Pai do Liberalismo Econômico)
Liberdade econômica total
Contra a participação do governo na economia; Riqueza do país deve vir da agricultura e
indústria;
"Lei" da oferta e da procura deve regular o mercado.
INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS
INTRODUÇÃO:
Antes da Independência, os EUA era formado por treze colônias controladas pela metrópole: a
Inglaterra. Dentro do contexto histórico do século XVIII, os ingleses usavam estas colônias para
obter lucros e recursos minerais e vegetais não disponíveis na Europa. Era também muito grande
a exploração metropolitana, com relação aos impostos e taxas cobrados dos colonos norte--
americanos.
COLONIZAÇÃO DOS EUA:
Para entendermos melhor o processo de independência norte-americano, é importante
conhecermos um pouco sobre a colonização deste território. Os ingleses começaram a colonizar
a região no século XVII. A colônia recebeu dois tipos de colonização com diferenças acentuadas:
Colônias do Norte: região colonizada por protestantes europeus, principalmente ingleses, que
fugiam das perseguições religiosas. Chegaram à América do Norte com o objetivo de transformar
a região num próspero lugar para a habitação de suas famílias. Também chamada de Nova
Inglaterra, a região sofreu uma colonização de povoamento com as seguintes características:
mão-de-obra livre, economia baseada no comércio, pequenas propriedades e produção para o
consumo do mercado interno.
Colônias do Sul: colônias como a Virginia, Carolina do Norte e do Sul e Geórgia sofreram uma
colonização de exploração. Eram exploradas pela Inglaterra e tinham que seguir o Pacto Colonial.
Eram baseadas no latifúndio, mão-de-obra escrava, produção para a exportação à metrópole e
monocultura.
FATORES:
Guerra dos Sete Anos
Esta guerra ocorreu entre a Inglaterra e a França entre os anos de 1756 e 1763. Foi uma guerra
pela posse de territórios na América do Norte, e a Inglaterra saiu vencedora. Mesmo assim, a
metrópole resolveu cobrar os prejuízos das batalhas dos colonos que habitavam, principalmente,
as colônias do norte. Com o aumento das taxas e impostos metropolitanos, os colonos fizeram
protestos e manifestações contra a Inglaterra.
Metrópole aumenta taxas e impostos
A Inglaterra resolveu aumentar vários impostos e taxas, além de criar novas leis que tiravam a
liberdade dos norte-americanos. Dentre estas leis podemos citar:
Lei do Chá: deu o monopólio do comércio de chá para uma companhia comercial inglesa.
Lei do Selo: todo produto que circulava na colônia deveria ter um"selo vendido pelos ingleses.
Lei do Açúcar: os colonos só podiam comprar açúcar vindo das Antilhas Inglesas.
Estas taxas e impostos geraram muita revolta nas colônias. Um dos acontecimentos de protesto
mais conhecidos foi a Festa do Chá de Boston. Vários colonos invadiram, à noite, um navio inglês
carregado de chá e, vestidos de índios, jogaram todo carregamento no mar. Este protesto gerou
uma forte reação da metrópole, que exigiu dos habitantes os prejuízos, além de colocar soldados
ingleses cercando a cidade.
O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
Primeiro Congresso da Filadélfia
Os colonos do norte resolveram promover, no ano de 1774, um congresso para tomarem
medidas diante de tudo que estava acontecendo. Este congresso não tinha caráter separatista,
pois pretendia apenas retomar a situação anterior. Queriam o fim das medidas restritivas
impostas pela metrópole e maior participação na vida política da colônia.
Porém, o rei inglês George III não aceitou as propostas do congresso, muito pelo contrário,
adotou mais medidas controladoras e restritivas como, por exemplo, as Leis Intoleráveis. Uma
destas leis, conhecida como Lei do Aquartelamento, dizia que todo colono norte- americano era
obrigado a fornecer moradia, alimento e transporte para os soldados ingleses. As Leis
Intoleráveis geraram muita revolta na colônia, influenciando diretamente no processo de
independência.
Segundo Congresso da Filadélfia
Em 1776, os colonos se reuniram no segundo congresso com o objetivo maior de conquistar a
independência. Durante o congresso, Thomas Jefferson redigiu a Declaração de Independência
dos Estados Unidos da América. Porém, a Inglaterra não aceitou a independência de suas
colônias e declarou guerra. A Guerra de Independência, que ocorreu entre 1776 e 1783, foi
vencida pelos Estados Unidos com o apoio da França e da Espanha.
Constituição dos EUA
Em 1787, ficou pronta a Constituição dos Estados Unidos com fortes características i1uministas.
Garantia a propriedade privada (interesse da burguesia), manteve a escravidão, optou pelo
sistema de república federativa e defendia os direitos e garantias individuais do cidadão.
EXERCICIOS
1. (PUC/PR) Os séculos XV e XVI constituíram uma fase de transição na História do Mundo
Ocidental. Terminara a Idade Média e transcorria a Idade Moderna. Nas transformações ocorridas
NÃO se inclui ou NÃO se incluem:
a. a Reforma, que quebrou a unidade de fé da Europa Ocidental.
b. a Revolução Industrial, que proporcionou a estandartização da produção.
c. o Renascimento, uma revolução nas artes, inspirada na Antigüidade Clássica.
d. a unificação de vários Estados Nacionais, com apoio da burguesia.
2. (PUC/MG) Oriundo da crise do feudalismo, o Estado Absolutista representou a
organização política dominante na sociedade européia entre os séculos XV e XVIII, podendo ser
caracterizado pela:
a. supressão dos monopólios comerciais,possibilitando o desenvolvimento das manufaturas
nacionais.
b. unificação de pesos, medidas, moedas e impostos, agilizando e integrando a economia
nacional.
c. abolição das formas de exploração das terras típicas do feudalismo, tornando a sociedade
mais dinâmica.
d. ascensão política do grupo burguês, que passa a gerir o Estado segundo seus interesses
particulares.
e. ausência efetiva de instrumento de controle, quer no plano moral ou temporal, sobre o
poder do rei.
3. (UNIFOR) Com base nos estudos das imagens símbolos e rituais que marcaram a
sociedade do Antigo Regime é correto afirmar que:
a. a etiqueta pode ser inserida numa estratégia política de dominação, no momento de
constituição das Cortes, as quais se ligam à formação do Estado Moderno, num longo processo
de concentração de poder e de um ritual de adoração ao rei ou príncipe.
b. Durante o Antigo Regime a etiqueta foi deixada um pouco de lado, devido à mobilidade
social e ao comportamento irreverente da burguesia.
c. a condição para ser cavaleiro, doutor ou sacerdote estava associada à riqueza material,
porque cada condição dependia do fato de se possuir muitos bens.
d. Todas as casas ganharam uma nova espacialização interna, com funções determinadas
para cada aposento como: dormir, comer, receber visitas.
e. a etiqueta foi um importante instrumento de ascensão social para a nascente nobreza, uma
vez que suas regras possibilitavam aos homens se aproximarem do luxo vivido pelo terceiro
Estado.
4. (VUNESP) O mar foi, durante muito tempo, o lugar de medo. Diz um ditado holandês do
início da Idade Moderna: "Mais vale estar na charneca com uma velha carroça do que no mar
num navio novo". Todas as alternativas contêm elementos relacionados com a Expansão
Marítima do início da Idade Moderna, exceto:
a. o descobrimento do Brasil foi parte do plano imperial da Coroa Portuguesa que, embora
não houvesse interesse específico de expansão para o Ocidente, a posse de terras no Atlântico
ocidental consolidava a hegemonia portuguesa neste Oceano.
b. com a expansão marítima, os países ibéricos desenvolveram a idéia de "império
ultramarino", significando a projeção da autoridade soberana e centralizadora das respectivas
coroas e sobre tudo e todos situados no interior desse "império".
c. foram fatores decisivos do pioneirismo português em termos expansionistas a presença de
uma nobreza fortalecida que, a partir dos impostos feudais, propiciou o capital necessário à
empreitada marítima.
d. indo em busca do "Oriente pelo Ocidente", os espanhóis puderam conquistar boa parte da
América e apropriar-se de imensos tesouros de regiões produtoras de metais preciosos.
e. o medo que o homem do início da Idade Moderna tinha do mar, pode ser explicado pela
convicção da existência de monstros marinhos e de enormes abismos, responsáveis pelos
constantes naufrágios.
5. (FCSF) As populações indígenas atuais, ao longo das Américas, lembram pouco aquela
encontrada pelos navegadores europeus durante as expansões marítimas do século XV e XVI.
Fruto de um projeto político e econômico, as Américas transformaram-se em colônias a serviço
de suas metrópoles européias. A respeito do expansionismo marítimo espanhol, assinale a
alternativa INCORRETA:
a. A conquista da América pelos espanhóis iniciou-se no final do século XV, a partir da
viagem de Colombo, a princípio sem obedecer a uma planificação da Terra.
b. A decadente nobreza estava interessada em obter vantagens e o interesse da Igreja
Católica que, na Espanha foi fortemente marcada pelo ideal de Guerra Santa devido a séculos de
luta contra os mouros.
c. O desejo de lucro dos europeus esbarrou na forte oposição dos indígenas, que
conseguiram evitar a dominação e atualmente as duas culturas convivem em harmonia.
d. A expansão marítima espanhola enquadra-se no processo de formação do capitalismo,
caracterizado naquele momento pelas práticas mercantilistas adotadas pelos Estados Modernos.
e. A riqueza acumulada pelas cidades italianas e o progresso do expansionismo português
acabaram por Estimular a expansão espanhola, no sentido de obter riquezas, a princípio com o
comércio de especiarias.
6. (UERJ) "Minhas composições me rendem muito, posso dizer que tenho mais encomendas
do que poderia atender. E, para cada coisa, tenho seis, sete editores e mais ainda se o coração
mo ditar, os mecenas não negociam mais comigo eu exijo e me pagam". Beethoven, em carta de
1801. A partir da interpretação do texto podemos deduzir que Beethoven foi um artista que:
a. ao se colocar sob a proteção dos mecenas, continuou a tradição dos antecessores.
b. ao vender suas obras no mercado, tornou-se independente dos mecenas.
c. ao se independizar dos mecenas, ficou arruinado tendo seu nome esquecido na arte
ocidental.
d. ao adaptar suas composições ao gosto popular, rompeu com a música erudita.
e. ao subordinar sua arte ao melhor preço, tornou se um músico venal e conformista
7. (FUVEST) "Remonta ao Século XVI a mensagem religiosa associado à idéia de que "no
mundo comercial e da concorrência, o êxito ou a bancarrota não dependem da atividade ou da
aptidão do indivíduo, mas de circunstâncias que remetem à vontade divina" (Friedrich Engels - Do
Socialismo Utópico ao Socialismo Científico). Assinale a alternativa abaixo que apresenta a
doutrina relacionada com as idéias do texto acima:
a. Luteranismo.
b. Catolicismo.
c. Socialismo Utópico.
d. Calvinismo.
e. Anarquismo.
8. (UFMG) Todas as alternativas apresentam fatores que permitiram o avanço do
Anglicanismo, EXCETO:
a. A fusão de dogmas protestantes ao formalismo dos ritos católicos.
b. O avanço das doutrinas protestantes entre as camadas populares.
c. O fortalecimento do internacionalismo do Papa a partir do Vaticano.
d. O interesse pelas propriedades da Igreja, especialmente pelas suas terras.
e. O objetivo do rei de fortalecer seu poder absolutista monárquico.
9. (UFAC) Martinho Lutero líder da chamada "reforma protestante” fez críticas a Igreja
Católica na Idade Média. Pode-se afirmar que as críticas principais foram:
a. Lutero criticou violentamente a posição da Igreja Católica em relação a predestinação
absoluta, a crenças dos anabatistas que só aceitavam o batismo feitos em adultos conscientes.
b. A Reforma Protestante foi apenas um acontecimento religioso, não influenciando nos
aspectos político, cultural e econômico da Idade Média.
c. Lutero por discordar das práticas religiosas da Igreja Católica criou sua própria Igreja que
foi posteriormente denominada de presbiteriana.
d. A venda de indulgências negou a autoridade do papa sob os cristãos, defendeu a
existência de apenas dois sacramentos, o batismo e a comunhão.
e. Apesar das críticas a Igreja Católica Romana, Lutero por ser monge católico, não foi
condenado e excomungado pelo papa Leão X, em 1520, mas apenas advertido severamente.
10. (FUVEST) O Estado Moderno criou uma política econômica conhecida como mercantilismo
que visava fundamentalmente:
a. promover a paz social com medidas de ordem interna.
b. promover a fé católica como forma de aumentar o poder do Estado.
c. fortalecer militarmente o Estado para sobrepujar a nobreza.
d. a não intervenção do Estado na economia.
e. promover a prosperidade nacional e aumentar o poder do Estado.
11. (PUC/CAMP) Dentre as instituições políticas do Estado Moderno, aquela que mais o
caracteriza é o:
a. absolutismo monárquico, nova forma política assumida cujos fundamentos estavam
expressos na SUMA TEOLÓGICA de Tomás de Aquino.
b. mercantilismo que serviam para justificar o enriquecimento da Igreja Católica, mas não
traduziam os interesses do monarca absolutista.
c. absolutismo monárquico que intervinha na vida econômica.
d. liberalismo praticado pelos Príncipes, mas limitado pela tradição e pelo equilíbrio entre as
classes sociais.
e. absolutismo monárquico que punha em prática uma política econômica de características
não intervencionistas, quase liberal.
12. (FUVEST) O processo de colonização européia da América, durante os séculos XVI, XVII e
XVIII está ligado à:
a. expansão comercial e marítima, ao fortalecimento das monarquias nacionais absolutas e à
política mercantilista.
b. disseminação do movimento cruzadista, ao crescimento do comércio com os povos
orientais e à política livre-cambista.
c. política imperialista, ao fracasso da ocupação agrícola das terras e ao crescimento do
comércio bilateral.
d. criação das companhias de comércio, ao desenvolvimento do modo feudal de produção e
à política liberal.
e. política industrial, ao surgimento de um mercado interno consumidor e ao excesso de mão-
de-obra livre.
13. (UFF) No ano de 1998 comemoraram-se os quinhentos anos da chegada de Vasco da
Gama às índias, fato considerado como um dos marcos das grandes, navegações e
descobrimentos que antecederam a descoberta e a colonização do "Novo Mundo", Assinale a
opção que revela uma característica da colonização espanhola na América.
a. Criação de Universidades por toda a área de colonização com o propósito de ilustrar os
grupos indígenas americanos para consolidar o domínio colonial.
b. Redirecionamento da política colonial no Novo Mundo tendo como fato determinante o
florescimento do comércio com as índias.
c. Exploração da mão-de-obra negra escrava por meio de instituições como a mita.
d. Divisão do território ocupado em sesmarias com o intuito de extrair maior volume de prata
e ouro do subsolo.
e. Fundação de uma rede de cidades estendida por toda a área ocupada, formando a
espinha dorsal do sistema administrativo e militar.
14. (FGV) O novo rei aceitou a "Declaração de Direitos" (Bill of Rights) e em 1689 assumiu a
Coroa, marcando o fim da crise política iniciada com a Dinastia Stuart. A Declaração de Direitos
de 1689 (Inglaterra) é o:
a. documento que legitima o poder absoluto da monarquia após a Revolução Gloriosa;
b. base jurídica da República Puritana do governo Cromwell;
c. estopim do conflito que leva a Inglaterra à guerra civil;
d. documento que instaura a subordinação do rei ao Parlamento;
e. documento fundador da curtíssima experiência republicana inglesa após a Revolução
Gloriosa.
15. (FGV) “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a forros. O que se crê senhor
dos demais, não deixa de ser mais escravo do que eles (...). A ordem social é um direito sagrado
que serve de base a todos os outros. Tal direito, no entanto, não se origina da natureza: funda-se,
portanto, em convenções" A respeito da citação, é correto afirmar:
a. Aproxima-se do pensamento absolutista, que atribuía aos reis o direito divino de manter a
ordem social.
b. Aproxima-se do pensamento iluminista, ao conceber a ordem social como um direito
sagrado que deve garantir a liberdade e a autonomia dos homens.
c. Filia-se ao pensamento cristão, por atribuir a todos os homens uma condição de
submissão semelhante à escravatura.
d. Filia-se ao pensamento abolicionista, por denunciar a escravidão praticada na América, ao
longo do século XIX.
e. Aproxima-se do pensamento anarquista, que estabelece que o Estado deve ser abolido e a
sociedade, governada por autogestão.
16. (UEM) Em oposição ao Mercantilismo, que se caracterizava pela intervenção do Estado na
economia por meio de monopólios, proibições e regulamentos, surgiu o chamado Liberalismo
Econômico. A respeito desse tema, assinale a alternativa incorreta.
a. A mais famosa formulação teórica que se opunha ao Mercantilismo foi o livro de Adam
Smith, publicado em 1776, A Riqueza das Nações.
b. Denominou-se Mercantilismo um conjunto de normas que regulavam as atividades
comerciais nos mais importantes países da Europa e sua aplicação foi mais efetiva durante os
séculos XVI, XVII e XVIII.
c. Os teóricos do Liberalismo Econômico afirmavam que a intervenção do Estado
obstaculizava o desenvolvimento das atividades econômicas.
d. O Liberalismo Econômico caracterizava-se pela defesa aberta da liberdade sexual e da
acumulação de riquezas pela nobreza
e. Os fisiocratas François Quesnay e Turgot foram alguns dos primeiros economistas a
combater de forma mais contundente o Mercantilismo.
17. (UEM) A respeito da Revolução Industrial, assinale a alternativa incorreta.
a. A Inglaterra foi o primeiro país que reuniu mais condições para desenvolver o sistema
fabril.
b. A produção de tecidos foi um dos primeiros setores a desenvolver a produção
industrializada.
c. O processo de desenvolvimento da Revolução Industrial promoveu a substituição do
trabalho artesanal pelo trabalho manufatureiro e com baixa produtividade.
d. A Revolução Industrial aumentou a produtividade de cada trabalhador, multiplicando a
oferta de mercadoria e, conseqüentemente, reduzindo o custo dos produtos.
e. A Revolução Industrial foi uma fórmula de organização da produção tão avassaladora que
produziu, inclusive, o movimento ludista, que consistia na quebra das máquinas.
18. (MACKENZIE) Assinale a alternativa em que aparecem as principais idéias de Jean
Jacques Rousseau em sua obra O CONTRATO SOCIAL.
a. Cada homem é inimigo do outro, está em guerra com o próximo e por esta razão cria o
Estado para sua própria defesa e proteção.
b. O Estado é uma realidade em si e é necessário conservá-Io, reforçá-Io e eventualmente
reformá-lo, reconhecendo uma única finalidade: sua prosperidade e grandeza.
c. O governante deve dar um bom exemplo para que os súditos o sigam. Através da
educação e de rituais, os homens de capacidade aprenderiam e transmitiriam os valores do
passado.
d. Que as classes dirigentes tremam ante a idéia de uma revolução! Os trabalhadores devem
proclamar abertamente que seu objetivo é a derrubada violenta da ordem social tradicional.
e. A única esperança de garantir os direitos de cada indivíduo é a organização da sociedade
civil, cedendo todos os direitos à comunidade, para que seja politicamente justo o que a maioria
decidir.
19. (FAAP) Os pensadores do liberalismo econômico, como Adam Smith, Malthus e outros,
defendiam:
a. liberdade para as atividades econômicas
b. o mercantilismo como política econômica nacional
c. socialização dos meios de produção
d. intervenção do Estado na economia
e. implantação do capitalismo de Estado
20. (PUC/CAMP) "No desenvolvimento das forças produtivas, ocorre um estágio em que
nascem forças produtivas e meios de circulação que só podem ser nefastos no quadro das
relações existentes e não são mais forças produtivas, mas sim forças destrutiva (a máquina e o
dinheiro) - e, em ligação com isso, nasce uma classe que suporta todos os ônus da sociedade, se
gozar das suas vantagens ..."
a. às causas sociais que explicam o surgimento da Revolução Industrial.
b. às transformações técnicas levadas a efeito pela Revolução Industrial.
c. aos efeitos sociais da Revolução Industrial, consubstanciados na diferença crescente entre
ricos e pobres.
d. ao mecanismo que levou a Revolução Industrial a responder pela concentração do capital
nas atividades mercantis.
e. ao desenvolvimento tecnológico da Revolução Industrial, que trouxe como conseqüência a
necessidade de modernização nas relações sociais.
21. (MACKENZIE) “Cremos, como verdades evidentes por si próprias, que todos os homens
nasceram iguais e que receberam do seu Criador alguns direitos inalienáveis [que seria injusto
retirar], como a vida, a liberdade e a busca da felicidade. Thomas Jefferson.” O fragmento de
texto acima integra um importante documento da História da humanidade, e inspirou muitos
combates pela liberdade na Europa e nas Américas. Esse documento é,
a. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
b. A Declaração das Nações Unidas.
c. A Doutrina Monroe.
d. A Declaração de Independência dos EUA
e. A Declaração de Libertação dos Escravos.
22. (PUC/SP) Sobre a independência dos Estados Unidos, podemos afirmar que:
a. envolveu um conflito armado entre Inglaterra e França, a Guerra dos Sete Anos (1756-
1763), e chegou ao fim com a conquista do Oeste, na metade do século XIX.
b. contou com mobilizações e ações armadas contra a cobrança de taxas e impostos, como a
"Festa do Chá de Boston" (1773), e completou se com a presidência de Abraham Lincoln.
c. iniciou-se sob influência da Revolução Francesa (1789) e das independências nas
Américas Portuguesa e Espanhola, lideradas, respectivamente, por D. Pedro I e Simón Bolívar.
d. resultou da união das colônias inglesas nos Congressos da Filadélfia (1774 e 1775) e da
influência das idéias de Maquiavel e de Hobbes, defensores do Estado republicano forte.
e. sofreu influência do pensamento iluminista francês e a declaração de independência
(1776), redigida por Thomas Jefferson, antecedeu a obtenção da autonomia, conquistada por via
militar.
23. (UFRJ) "As correntes radicais que se pudessem encontrar na revolução Americana foram,
na sua maioria, incapazes de surgir à superfície. O seu principal efeito foi o de promover a
unificação das colônias numa única unidade política e a separação dessa unidade da Inglaterra."
MOORE Jr, Barrington, "As origens sociais da ditadura e da Democracia". Lisboa, Martins Fontes,
1975. A insurreição das treze colônias americanas ao domínio britânico, em 1775, iniciou o
processo que culminaria na independência dos Estados Unidos. Dentre os fatores que
favoreceram a independência americana, estão:
a. a exploração do trabalho escravo nas plantations de algodão e a ausência de liberdade de
imprensa.
b. a interferência inglesa no comércio e na indústria e a cobrança de impostos considerados
injustos.
c. a proibição de abertura de indústrias e a proibição de ocupação das novas terras ao Norte
d. a imposição de taxas sobre a exportação do café e do tabaco e a interdição do livre
comércio.
e. o Imposto do Selo que incidia sobre os produtos importados e o bloqueio aos produtos da
colônia americana
IDADE CONTEMPORÂNEA
REVOLUÇÃO FRANCESA
CONTEXTO HISTÓRICO: A FRANÇA NO SÉCULO XVIII:
A situação da França no século XVIII era de extrema injustiça social na época do Antigo Regime.
O Terceiro Estado era formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia
comercial. Os impostos eram pagos somente por este segmento social com o objetivo de manter
os luxos da nobreza.
A França era um país absolutista nesta época. O rei governava com poderes absolutos,
controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos. Havia a falta de
democracia, pois os trabalhadores não podiam votar, nem mesmo dar opiniões na forma de
governo. Os oposicionistas eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou
condenados à guilhotina.
A sociedade francesa do século XVIII era estratificada e hierarquizada. No topo da pirâmide
social, estava o clero que também tinha o privilégio de não pagar impostos. Abaixo do clero,
estava a nobreza formada pelo rei, sua família, condes, duques, marqueses e outros nobres que
viviam de banquetes e muito luxo na corte. A base da sociedade era formada pelo terceiro estado
(trabalhadores, camponeses e burguesia) que, como já dissemos, sustentava toda a sociedade
com seu trabalho e com o pagamento de altos impostos. Pior era a condição de vida dos
desempregados que aumentavam em larga escala nas cidades francesas.
A vida dos trabalhadores e camponeses era de extrema miséria, portanto, desejavam melhorias
na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor,
desejava uma participação política maior e mais liberdade econômica em seu trabalho.
REVOLUÇÃO FRANCESA (14/07/1789)
A situação social era tão grave e o nível de insatisfação popular tão grande que o povo foi às ruas
com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo Rei Luis
XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789
marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia
francesa.
O lema dos revolucionários era “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, pois ele resumia muito
bem os desejos do terceiro estado francês.
Durante o processo revolucionário, grande parte da nobreza deixou a França, porém a família
real foi capturada enquanto tentava fugir do país. Presos, os integrantes da monarquia, entre eles
o rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não
saiu impune, pois os bens da Igreja foram confiscados durante a revolução.
No mês de agosto de 1789, a Assembléia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que
existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante
documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de
maior,participação política para o povo.
GIRONDINOS, JACOBINOS E REPUBLICANOS:
Após a revolução, o terceiro estado começa a se transformar e partidos começam a surgir com
opiniões diversificadas. Os girondinos, por exemplo, representavam a alta burguesia e queriam
evitar uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política. Enquanto os
jacobinos representavam a baixa burguesia e defendiam uma maior participação popular no
governo. Liderados por Robespierre, os republicanos eram radicais e defendiam profundas
mudanças na sociedade que beneficiassem os mais pobres.
A FASE DO TERROR:
Em 1792, os radicais liderados por Robespierre, Danton e Marat assumem o poder e organiza as
guardas nacionais. Estas recebem ordens dos líderes para matar qualquer oposicionista do novo
governo. Muitos integrantes da nobreza e outros franceses de oposição foram condenados a
morte neste período. A violência e a radicalização política são as marcas desta época.
A BURGUESIA NO PODER:
Em 1795, os girondinos assumem o poder e começam a instalar um governo burguês na França.
Uma nova Constituição é aprovada, garantindo o poder da burguesia e ampliando seus direitos
políticos e econômico. O general francês Napoleão Bonaparte é colocado no poder com o
objetivo de controlar a instabilidade social e implantar um governo burguês.
CONCLUSÃO:
A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização.
Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais
autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos
e rurais melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a
garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram
estabelecidas durante a revolução. A Revolução Francesa também influenciou, com seus ideais
iluministas a independência dos países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência
Mineira no Brasil.
A ERA NAPOLEÔNICA
GOLPE DO 18 BRUMÁRIO (09/11/1799):
Napoleão Bonaparte consolidou as conquistas revolucionárias burguesas, instituindo o governo
do Consulado, seguido do Império. As guerras napoleônicas ampliaram o domínio francês na
Europa, culminando no Bloqueio Continental contra a Inglaterra. A decadência de Napoleão
acelerou-se com o fracasso da campanha da Espanha, com a catastrófica campanha da Rússia
(1812). O último governo de Napoleão, chamado de Os Cem Dias, terminou na batalha de
Waterloo (1815).
O GOVERNO DE NAPOLEÂO:
O Consulado (1799-1804) e o Império (1804-1815)
Banco da França;
Código Civil;
Reformas (educacional, administrativa, etc.);
1806 - Decreto de Berlim (Bloqueio Continental);
1812 - Derrota na Rússia;
1814 - Exílio em Elba;
1815 - Os Cem Dias;
1815 - Waterloo e exílio para Santa Helena.
CONGRESSO DE VIENA:
Fundou-se no caráter conservador e reacionário sob a liderança de Metternich.
O objetivo básico era estabelecer um equilíbrio entre as grandes potências vencedoras de
Napoleão. Entre as suas decisões destacaram-se o princípio da legitimidade (Talleyrand) e a
criação da Santa Aliança.
Os ideais do Congresso de Viena se chocaram com o progresso do industrialismo capitalista,
provocando as revoluções liberais e nacionalistas na Europa e na América Latina.
Também os Estados Unidos, com a Doutrina Monroe, e a Inglaterra, com o Princípio de Não-
Intervenção, se opuseram ao Congresso de Viena
INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA.
A ocupação da Espanha por Bonaparte serviu de pretexto para o início da guerra de
independência na América Espanhola. Entre as principais lideranças criollas estavam Simon
Bolívar, que desejava a unidade americana sob o regime republicano e San Martín, a favor da
fragmentação e monarquia.
OS EUA NOS SÉCULO XIX
Expansionismo norte-americano na América após a independência foi acompanhado pelo
crescimento das divergências entre o norte e o sul.
Estavam centradas na questão da Abolição x Escravidão, Protecionismo x Liberalismo.
Na eleição de Lincoln teve início a Guerra de Secessão (1861-1865), com a conseqüente vitória
do norte industrial, resultando no progressismo capitalista dos Estados Unidos e expansionismo
imperialista.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
CONTEXTO HISTÓRICO
Necessidade de produzir cada vez mais
Inglaterra chegou à frente: ferro e carvão / mão-de-obra / navios / dinheiro
Desenvolvimento de máquinas a vapor
PIONEIRISMO INGLÊS
Fatores: A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a
principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas à vapor. Além da fonte
de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima
utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos
de Terras), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando
emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para
financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado
consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o
pioneirismo inglês.
MODERNIZAÇÃO E TECNOLOGIAS
Navios e trens a vapor.
Desenvolvimento da indústria têxtil;
Melhorias para poucos.
A FÁBRICA
Péssimas condições de trabalho;
Salários baixos e castigos físicos;
Trabalho infantil e feminino;
Carga horária elevada e ausência de direitos;
Barulho e poluição.
REAÇÕES DOS TRABALHADORES
O Ludismo e os quebradores de máquinas.
As Trade unions à origem dos sindicatos (luta por direitos).
O Cartismo da direitos políticos para os trabalhadores.
NEOCOLONIASLISMO
Europeus dividem a África e Ásia Violência e exploração;
Busca de matérias-primas e recursos vegetais.
DOUTRINAS SOCIAIS DO SÉCULO XIX: SOCIALISMO E ANARQUISMO
Século XVIII - trabalhadores X burgueses
CONTEXTO HISTÓRICO
Exploração;
Salários Baixos;
Ausência de direitos trabalhistas;
Greves e quebra de máquinas.
Socialismo: uma esperança de revolução - século XIX.
Karl Marx e Friedrich Engels: elaboradores da doutrina comunista.
A mais-valia como elemento de exploração Ataques ao capitalismo: explorador, injusto
Solução: revolução socialista levaria a: sociedade justa e igualitária / fábricas controladas pelos
operários e terras pelos camponeses.
O Anarquismo
Bakunin - defendia: fim do capitalismo
Organização comunitária e sem governo
Criticavam: polícia, prisões, escolas, partidos políticos e casamento.
Liberdade total
NACIONALISMO E UNIFICAÇÕES
A UNIFICAÇÃO ITALIANA
Após o Congresso de Viena, a Itália foi dividida e transformada numa simples "expressão
geográfica", motivando o Ressurgimento.
A liderança na luta pela unificação coube à Sardenha-Piemonte e a Cavour.
Foi na Guerra Franco-Prussiana (1870) que os italianos conquistaram Roma e completaram a
unificação.
A conquista da unidade deu origem à Questão Romana, Monarquia Italiana versus Papa, que só
foi resolvida com o Tratado de Latrão, com Mussolini, em 1929, quando foi criado o Estado do
Vaticano.
UNIFICAÇÃO ITALIANA
Após o Congresso de Viena a região alemã foi dividida, passando a pertencer à Confederação
Germânica sob o domínio do Império Austríaco.
Em 1834, foi criado o Zollverein - aliança aduaneira dos Estados alemães -, que representou o
primeiro passo para edificar a unidade política nacional alemã.
No processo de unificação destacou-se· a ação de Bismarck, ministro prussiano.
Na Guerra Franco-Prussiana completou-se a unidade política alemã em torno de um império
(Segundo Reich Alemão).
A partir da unidade, o novo Estado viveu um forte progressismo industrial e, pouco depois, a
disputa por áreas coloniais com um forte armamentismo.
IMPERIALISMO DO SÉCULO XIX
Ao contrário do colonialismo do século XVI que se dirigiu principalmente para a América,
buscando especiarias e metais preciosos, subordinando-se ao mercantilismo do capitalismo
comercial e fazendo uso da fé como justificativa para as conquistas (levar a fé aos infiéis), o
imperialismo do século XIX refletia a maturidade capitalista industrial.
NEOCOLONIALISMO
Centrou-se basicamente na África e Ásia, buscando mercados e contava com a justificativa da
missão civilizadora dos conquistadores.
Conflitos:
Guerra dos Bôeres (África do Sul), a Questão Marroquina, a Guerra dos Cipaios (Índia), a Guerra
do Ópio e dos Boxers (China) e as disputas na região balcânica.
RESULTADOS: A emersão do Japão, com a era Meiji e conseqüente expansão territorial sobre
áreas vizinhas.
O imperialismo e as disputas coloniais acirraram o armamentismo, os conflitos e sucessivos
impasses entre as potências, o que desembocaria na I Guerra Mundial.
A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918)
CAUSAS:
Partilha da África e Ásia (insatisfação da Itália e Alemanha);
Concorrência econômica e armamentista; Nacionalismos (pan-germanismo e pan-eslavismo).
Estopim: assassinato do príncipe do Império Austro Húngaro, Francisco Ferdinando.
A guerra espalha-se pelo mundo.
Formação de Alianças: Entente (Inglaterra, França e Rússia) x Aliança (Itália, Alemanha e Império
Austro Húngaro);
Brasil participa ao lado da Tríplice Entente Guerra de Trincheiras.
NOVIDADES DA GUERRA
A participação das Mulheres como operárias na indústria de armamentos.
O FIM DA GUERRA
1917: entrada dos EUA e derrota da Tríplice Aliança (Alemanha e Império Austro-Húngaro);
O Tratado de Versalhes: imposições aos derrotados;
Resultado da Guerra: 10 milhões de mortos / cidades destruídas / Campos arrasados.
REVOLUÇÃO RUSSA
Economia - atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada
no campo.
Desigualdade social- Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando
altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II.
Política- O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas
mãos, não abrindo espaço para a democracia.
O DOMINGO SANGRENTO: No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de
seu governo. No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de
manifestantes. Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.
RÚSSIA NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Faltavam alimentos na Rússia czarista, empregos para os trabalhadores, salários dignos e
democracia. Mesmo assim, Nicolau II jogou a Rússia numa guerra mundial. Os gastos com a
guerra e os prejuízos fizeram aumentar ainda mais a insatisfação popular com o czar.
Greves, manifestações e a queda da monarquia
As greves de trabalhadores urbanos e rurais espalham-se pelo território russo. Ocorriam muitas
vezes motins dentro do próprio exército russo. As manifestações populares pediam democracia,
mais empregos, melhores salários e o fim da monarquia czarista. Em 1917, o governo de Nicolau
11 foi retirado do poder e assumiria Kerenski (menchevique) como governo provisório.
A REVOLUÇÃO RUSSA DE 1917
Com Kerenski no poder pouca coisa havia mudado na Rússia. Os bolcheviques, liderados por
Lênin, organizaram uma nova revolução que ocorreu em outubro de 1917. Prometendo paz, terra,
pão, liberdade e trabalho, Lênin assumiu o governo da Rússia e implantou o socialismo. As terras
foram redistribuídas para os trabalhadores do campo, os bancos foram nacionalizados e as
fábricas passaram para as mãos dos trabalhadores. Lênin também retirou seu país da Primeira
Guerra Mundial no ano de 1918. Foi instalado o partido único: o PC ( Partido Comunista).
FORMAÇÃO DA URSS
Após a revolução, foi implantada a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Seguiu-
se um período de grande crescimento econômico, principalmente após a NEP (Nova Política
Econômica). A URSS tornou-se uma grande potência econômica e militar. Mais tarde rivalizaria
com os Estados Unidos na chamada Guerra Fria. Porém, após a revolução a situação da
população geral e dos trabalhadores pouco mudou no que diz respeito à democracia. O Partido
Comunista reprimia qualquer manifestação considerada contrária aos princípios socialistas. A
falta de democracia imperava na URSS.
PERÍODO ENTRE-GUERRAS
INTRODUÇÃO
Saldo (para a Europa) da Primeira Guerra Mundial: prejuízos, destruição, desemprego, crise.
Saldo para os EUA: crescimento econômico, "American Way of Life".
O Crack da Bolsa de Valores de New York (1929): crise de 1929 afeta o mundo.
Plano New Deal (Roosevelt) - fim da crise: investimento em obras públicas, empregos, controle
da produção.
Surgimento do Fascismo e do Nazismo.
Nazismo (Alemanha): líder Adolf Hitler;
Fascismo (Itália): líder Mussolini.
PRINCÍPIOS
- Totalitarismo
- Nacionalismo
- Militarismo
- Culto à força física
- Propaganda
- Culto ao chefe
- Anti-semitismo (nazismo)
- Corporativismo (fascismo)
- Anticomunismo
Fascismo na Itália
Itália: não recebeu territórios após a Primeira Guerra Mundial.
Crise: camponeses e operários.
Mussolini (Duce): prendeu e matou opositores, censurou a imprensa e tirou a Itália da crise.
Nazismo na Alemanha
Crise moral e econômica no pós Primeira Guerra Mundial.
1934: Hitler chega ao poder com a idéia de construir um império.
Propaganda nazista, controle da população, perseguição aos judeus, ciganos, opositores.
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
INTRODUÇÃO
O surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos
militaristas e expansionistas.
Nova corrida armamentista. Uma das soluções tomadas pelos governos fascistas destes países
foi à industrialização, principalmente na criação de indústrias de armamentos e equipamentos
bélicos (aviões de guerra, navios, tanques etc.).
Expansionismo italiano, alemão e japonês. Estes três países, com objetivos expansionistas,
uniram-se e formaram o Eixo. Um acordo com fortes características militares e com planos de
conquistas elaborados em comum acordo.
O INÍCIO
1939, quando o exército alemão invadiu a Polônia.
De imediato, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha. De acordo com a política de
alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos: Aliados (liderados por Inglaterra,
URSS, França e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão).
DESENVOLVIMENTO E FATOS HISTÓRICOS IMPORTANTES
O período de 1939 a 1941 foi marcado por vitórias do Eixo.
Em 1941, o Japão ataca a base militar norte-americana de Pearl Harbor, no Oceano Pacífico.
Após este fato, considerado uma traição pelos norte americanos, os Estados Unidos entraram no
conflito ao lado das forças aliadas.
De 1941 a 1945 ocorreram as derrotas do Eixo, iniciadas com as perdas sofridas pelos alemães
no rigoroso inverno russo. Neste período, ocorre uma regressão das forças do Eixo que sofrem
derrotas seguidas. Com a entrada dos EUA, os aliados ganharam força nas frentes de batalhas.
O Brasil participa diretamente, enviando para a Itália (região de Monte Cassino) os pracinhas da
FEB, Força Expedicionária Brasileira. Os cerca de 25 mil soldados brasileiros conquistam a
região, somando uma importante vitória ao lado dos Aliados.
FINAL E CONSEQUÊNCIAS
Em 1945, a rendição da Alemanha e Itália. O Japão, último país a assinar o tratado de rendição,
ainda sofreu um forte ataque dos Estados Unidos, que despejou bombas atômicas sobre as
cidades de Hiroshima e Nagazaki.
Os prejuízos foram enormes, principalmente para os países derrotados. Foram milhões de mortos
e feridos, cidades destruídas, indústrias e zonas rurais arrasadas e dívidas incalculáveis. O
racismo esteve presente e deixou uma ferida grave, principalmente na Alemanha, onde os
nazistas mandaram para campos de concentração e mataram aproximadamente seis milhões de
judeus.
Com o final do conflito, em 1945, foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas), cujo
objetivo principal seria a manutenção da paz entre as nações. Inicia-se também um período
conhecido como Guerra Fria, colocando agora, em lados opostos, Estados Unidos e União
Soviética. Uma disputa geopolítica entre o capitalismo norte-americano e o socialismo soviético,
onde ambos países buscavam ampliar suas áreas de influência sem entrar em conflitos armados.
GUERRA FRIA
INTRODUÇÃO
A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União
Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo.
Diferenças ideológicas: A URSS possuía um sistema socialista, baseado na economia
planificada, partido único(PC), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a
outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de
mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940
até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e
econômicos.
Conceito: A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no
campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e
URSS. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na
Coréia e no Vietnã.
Paz Armada: Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz
Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e
armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico
entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo.
Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares
dos países membros.
ELEMENTOS DA GUERRA FRIA
OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos
Estados Unidos.
Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países
socialistas.
CORRIDA ESPACIAL
Caça às Bruxas - O Macarthismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy,
perseguiu muitas pessoas nos EUA. Essa ideologia também chegava aos países aliados dos
EUA, como uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no planeta. CIA–
EUA KGB-URSS
Cortina de Ferro: após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação
entre os países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou
sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com
capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de
Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra:
URSS, EUA, França e Inglaterra. No final da década de 1940, é levantado o Muro de Berlim, para
dividir a cidade em duas partes: uma capitalista e outra socialista. É a vergonhosa "cortina de
ferro".
PLANO MARSHALL E COMECOM
As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países
membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o plano Marshall,
oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países
capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em
1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas.
Envolvimentos Indiretos: Guerra da Coréia e Guerra do Vietnã.
FIM DA GUERRA FRIA
A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por
acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989, cai o Muro de Berlim e as
duas Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União
Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com
reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se
enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O
capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.
EXERCÍCIOS
1. (UEL) No século XVIII, os homens de princípios liberais que dirigem o processo
revolucionário na França desejam, EXCETO:
a. destruir o absolutismo monárquico, instaurando um governo representativo e limitado.
b. abolir o direito à propriedade, assegurando o livre exercício da democracia popular.
c. romper os controles da política mercantilista, estabelecendo uma economia de livre
mercado.
d. acabar com as ordens sociais privilegiadas, reconhecendo a igualdade civil dos homens.
e. opor-se ao domínio do religioso na cultura, fundando uma sociedade baseada na
racionalidade.
2. (CESGRANRIO) As etapas do processo revolucionário francês, entre 1789 e 1799,
expressaram os conflitos sociais e os diferentes projetos políticos dos diversos grupos envolvidos
na Revolução. Assinale a opção que relaciona corretamente a atuação de um desses grupos com
uma etapa do processo revolucionário.
a. A reação armada do clero monarquista (refratário) contra os revolucionários determinou a
instituição da Constituição Civil do Clero, em 1790, que garantiu o pagamento de indenizações e
a devolução de suas propriedades confiscadas no início da Revolução.
b. A manutenção prolongada do Período do Terror, instituído pelos monarquistas, determinou
a derrota dos segmentos revolucionários liderados pelos "sans-culottes”.
c. A burguesia liberal com a promulgação da Primeira Constituição da França, em 1791,
instituiu uma monarquia constitucional baseada no sufrágio censitário e na divisão dos poderes
do Estado em executivo, legislativo e judiciário.
d. Os jacobinos extremistas, formados pela nobreza parisiense e provincial, retornaram ao
poder com a Convenção Termidoriana.
e. Os camponeses, representados pelo Partido Girondino, formavam uma poderosa facção,
cujo apoio popular permitiu que controlassem politicamente a Revolução durante a fase da
Convenção.
3. (CESGRANRIO) No contexto da Revolução Francesa, Girondinos e Jacobinos
representavam facções distintas, pois:
a. Tinham visões antagônicas sobre a participação das massas populares no processo
revolucionário;
b. a decisão sobre o guilhotinamento de Luis XVI afastou girondinos (favoráveis) e jacobinos
(contrários), que sempre estiveram em acordo em relação à radicalização do povo;
c. apesar de representarem a mesma classe social - a burguesia industrial -, diferenciavam-
se em pontos sobre a forma de governo: República, os primeiros, e Monarquia, os segundos;
d. os primeiros defendiam Robespierre, clamando pela radicalização e extensão dos direitos
sociais, enquanto os segundos buscavam rearticular as propriedades feudais em desagregação;
e. apesar de representarem a mesma classe social - a nobreza -, diferenciavam-se em
políticos sobre a participação da mulher no governo.
4. (PUC/PR) Durante o período napoleônico (17991815), dentre as medidas adotadas por
Bonaparte, assinale aquela que teve repercussões importantes nas relações comerciais do Brasil
com a Inglaterra:
a. Restauração financeira, com a conseqüente fundação do Banco da França, em 1800.
b. Decretação do Bloqueio Continental, em 1806, com o qual Napoleão visava arruinar a
indústria e o comércio ingleses.
c. Promulgação, em 1804, do Código Civil que incorporou definitivamente, na legislação
francesa, os princípios liberais burgueses.
d. Expansão territorial da França com a incorporação de várias regiões da Europa, formando
o chamado Império Napoleônico.
e. Criação do franco, como novo padrão monetário.
5. (FATEC) A obra política de Napoleão Bonaparte pode ser considerada como:
a. um complemento às realizações da Revolução, com o apoio da burguesia francesa.
b. uma tentativa de promover uma revolução industrial na França, seguindo o exemplo inglês;
suas bases estariam contidas no Código Civil francês.
c. uma obra de centralização administrativa, pelo fato de ter colocado seus irmãos como
chefes de governo em vários países da Europa.
d. uma política de alianças, após as vitórias militares contra os prussianos, os austríacos e os
russos, para conseguir o domínio absoluto de toda a Europa.
e. uma reação ao processo desenvolvido durante o período da Revolução Francesa, em
conseqüência da inflação, do período do Terror e da incapacidade administrativa.
6. (FUVEST) O Tratado de Viena, assinado em 1815 tinha por principal objetivo:
a. estabelecer uma paz duradoura na Europa, que impedisse as guerras e revoluções,
consolidando o princípio da legitimidade monárquica.
b. ratificada supremacia da Prússia, no contexto político da Europa ocidental, para garantir
triunfo de uma onda contra-revolucionária.
c. assegurar ao Império Austro-Húngaro o controle da Europa continental, assim como da
Inglaterra, a fim de impedir a expansão da Rússia.
d. impedir a ascensão da classe média ao poder, que iniciara uma série de revoluções em
vários países da Europa Ocidental.
e. criar um sistema repressivo capaz de conter as primeiras vagas do movimento socialista
na Europa, através da exclusão da influência da França.
7. (FGV) A reconstrução da Europa, após as guerras napoleônicas, foi direcionada pelo
Congresso de Viena. É incorreto afirmar que ele estabeleceu a:
a. criação de um pacto militar internacional (Santa Aliança) para intervir onde houvesse
manifestações revolucionárias;
b. devolução dos territórios conquistados pela França, desde a Revolução;
c. obrigação de pagamento de indenização pelos franceses por terem ocupado territórios de
outros países;
d. restauração da monarquia dos Bourbon na França;
e. Unificação da Itália e da Alemanha, divididas e submetidas à hegemonia húngara.
8. (UNESP) O século XIX viu surgir inúmeras jovens nações na América, cuja independência
apresentou alguns aspectos semelhantes. Sabendo disso, assinale a alternativa que traz um
elemento em comum entre a independência do Brasil e das colônias espanholas:
a. as propostas de eliminação do regime escravista imposto pela metrópole;
b. o caráter pacífico, uma vez que não ocorreu a fragmentação política do antigo bloco
colonial ibérico;
c. os efeitos do expansionismo napoleônico que, após invadir Portugal e Espanha,
desencadeou lutas pela independência em várias colônias na América;
d. o objetivo de manter o livre-comércio, como um primeiro passo para desenvolver a
industrialização na América e assegurar a melhoria na vida dos trabalhadores;
e. a efetiva participação popular, uma vez que as lideranças políticas coloniais defendiam a
criação de Estados democráticos na América.
9. (UNESP) Após a emancipação política e ao longo do Século XIX, a vida institucional, na
maioria dos países latino-americanos, foi marcada pelas seguintes características:
a. prolongada instabilidade política, predomínio político dos caudilhos e submissão das
massas pauperizadas.
b. velhas oligarquias em crise e o desenvolvimento da indústria pesada atrelada ao capital
multinacional.
c. predomínio do modo de produção capitalista que promovia a unificação política e a
integração econômica.
d. estabilidade política alicerçada em modelo parlamentarista de governo.
e. sujeição dos políticos às exigências dos grupos oprimidos.
10. (CESGRANRIO) No início do século XIX, a América hispânica, inspirada nas idéias liberais
do lIuminismo, travou sua guerra de independência vitoriosa contra o colonialismo espanhol.
Assinale UMA conseqüência importante dessa luta:
a. A unidade continental americana, sonhada por Bolívar em termos econômicos.
b. A manutenção do monopólio comercial, prática econômica vigente desde os tempos
coloniais.
c. A vitória dos movimentos de independência liderados pelos mestiços ligados ao pequeno
comércio e ao artesanato.
d. O desenvolvimento da idéia do liberalismo econômico favorecendo a industrialização e a
livre-concorrência.
e. A fragmentação política com governo de caudilhos militares e exclusão as camadas sócias
mais pobres.
11. (UFAL) Entre as causas políticas imediatas da eclosão das lutas pela independência das
colônias espanholas da América, podem-se apontar:
a. a vitória de Napoleão Bonaparte na Batalha de Waterloo;
b. a formação da Santa Aliança
c. a imposição de José Bonaparte no trono espanhol;
d. as decisões do Congresso do Panamá;
e. a invasão de Napoleão Bonaparte a Portugal e a coroação de D. João VI no Brasil.
12. (UNESP) A doutrina que serviu de pretexto para a intervenção militar norte-americana na
Guerra de Independência de Cuba contra a Espanha em 1889, e promoveu a anexação das
Filipinas no Oceano Pacífico, foi sintetizada no "Estado do bem-estar social", no qual a luta
política deveria ser orientada pela obtenção e pela expansão de um padrão de vida cada vez
mais elevado.
a. movimento pacífico de não-cooperação liderado por Gandhi e Nehru.
b. “Estado de bem estar social”, no qual a luta política deveria ser orientada pela obtenção e
expansão de um padrão de vida cada vez mais elevado.
c. lançamento, em Paris, do movimento de idéias chamado Negritude.
d. princípio básico que preconizava a intervenção das potências européias nos assuntos
internos do continente americano.
e. Doutrina Monroe, cujo lema era: "A América para os americanos".
13. (UECE). Ao longo do século XIX, os Estados Unidos da América viveram um grande
crescimento populacional e uma expansão territorial. Tais fatos conduziram a uma "marcha para
o Oeste", imortalizada no cinema pelos filmes de "faroeste". Sobre os Estados Unidos da América
no século XIX, assinale a alternativa incorreta.
a. As disputas entre o Norte, industrialista e protecionista, e o Sul, livre-cambista e escravista,
desencadearam conflitos que conduziram à Guerra de Secessão.
b. A distribuição de terra a estrangeiros, autorizada em 1862, acelerou a ocupação rumo ao
Pacífico e a conquista de terras indígenas.
c. Ao longo da segunda metade século XIX, os EUA viveram um grande crescimento
econômico. Entre os ramos industriais que mais cresceram, destacam-se as indústrias têxtil,
siderúrgica e metalúrgica.
d. A incorporação do Texas conduziu a uma guerra contra o México. Após a guerra, os EUA
anexaram Nevada, Califórnia, Utah, Arizona e Novo México.
e. A vitória da União (estados do Norte) sobre os Estados Confederados (Sul) colocou fim
aos conflitos raciais nos Estados Unidos e possibilitou a construção de uma "Democracia Racial"
na América.
14. (PUC/MG) Nos Estados Unidos, a Guerra de Secessão (1861-1865) teve como uma de
suas causas:
a. a abolição da escravatura em todos os estados.
b. a eleição de Abraham Lincoln para a Presidência.
c. a industrialização do Sul em prejuízo do Norte.
d. a adesão do Oeste aos estados sulistas.
e. a posição tomada pelo Congresso de apoio ao Sul.
15. (UFPE) Durante o século XIX, uma onda revolucionária varreu a Europa, ora a favor da
derrubada das monarquias, ora pela. Volta da aristocracia ao poder. Sobre estas mudanças,
identifique a proposição verdadeira.
a. Após a queda de Napoleão, a dinastia dos Bourbon retornou ao poder, na França, através
dos reinados de Luís XVIII e Carlos X.
b. Na região onde atualmente reconhecemos a Itália, a revolução de 1830 garantiu a
unificação de todos os Estados em um país independente.
c. Na Alemanha, a onda revolucionária provocou a cisão no Cristianismo, possibilitando o
aparecimento da Reforma.
d. A situação sócio-econômica européia, entre 1845 e 1848, foi de estabilidade econômica,
no entanto com isoladas crises políticas na região da França.
e. A burguesia urbana e o proletariado, durante esse período, realizaram alianças duradouras
e dessas alianças surgiram as idéias socialistas.
16. (FUVEST) Identifique a alternativa que apresenta os conceitos que traduzem o ideário
presente nas revoluções de 1830 e 1848 na Europa.
a. Anarquismo e mercantilismo.
b. Humanismo e liberalismo.
c. Liberalismo e nacionalismo.
d. Sindicalismo e anarquismo.
e. Socialismo e racionalismo.
17. (PUC/MG) A partir do ideário liberal defendido por Adam Smith, a palavra TRABALHO
perde seu conceito negativo associado à idéia de pobreza e sofrimento, adquirindo uma
conotação positiva de dignidade, por que:
a. o trabalho passa a ser exercido também pelas classes dominantes.
b. a campanha pela manutenção do trabalho escravo na América se intensifica.
c. os equipamentos das manufaturas exigem trabalhadores qualificados.
d. o trabalho é fonte de toda produtividade e riqueza material.
e. a doutrina calvinista justifica o trabalho como fonte de salvação.
18. (UEL) Desde 1857, o Japão iniciou um amplo programa de expansão econômica
denominado Revolução Meiji que teve como uma de suas características:
a. a manutenção da monarquia teocrática absolutista que funciona de acordo com o modelo
feudal da Europa da Idade Média
b. concessão de bolsas estudantis na Europa para formação e capacitação de jovens que
ajudariam na modernização do país e a venda de empresas estratégicas estatais (zaibatsu) ao
setor privado para controlar a inflação
c. reorganização à sombra da Inglaterra que não retirara do território japonês suas tropas de
ocupação.
d. embora a sociedade japonesa estivesse equilibrada com representantes socialistas,
conservadores e democratas.
e. manutenção do regime democrático-liberal, o Imperador Mitsuhito atende ao que dele
esperam seus súditos, que cultivam apego às tradições à figura dos samurais.
19. (FATEC) "Eles acham que se as forças do mercado agirem livremente a produção
aumentará, beneficiando a todos. São favoráveis, também, à privatização das empresas estatais,
da assistência médica, das escolas e da previdência social com o objetivo de acabar com os
gastos públicos excessivos. Acreditam ainda que, com a diminuição dos impostos, os
empresários terão mais recursos para investir e que a liberação das importações e a abertura
total da economia para o capital estrangeiro serão benéficas para a economia do país." O texto
retrata, em linhas gerais, o ideário herdeiro da postura dos:
a. liberais do século XIX
b. nacionalistas.
c. mercantilistas.
d. neocolonialistas.
e. socialistas.
20. (FUVEST) "... nunca certas previsões do marxismo pareceram mais verdadeiras do que
hoje: o que não deixa de ser o bastante irônico, se considerarmos que isso se dá no momento em
que o marxismo está desacreditado como filosofia social" (Quentin Skinner). O que permite ao
autor sustentar, respectivamente, a tese de descrédito e da validade do marxismo fundamenta-
se:
a. no fracasso das experiências socialistas em nosso século e no aumento extraordinário
tanto da riqueza quanto da pobreza do mundo;
b. no êxito do capitalismo em eliminar as crises financeiras periódicas e no seu fracasso em
fazer diminuir a população mundial;
c. na capacidade do capitalismo para controlar a pobreza e na sua dificuldade para
desenvolver tecnologias que resolvessem problemas ambientais;
d. no desaparecimento total da luta de classes e na redução da concorrência e do conflito
imperialista entre as potências capitalistas;
e. no êxito do capitalismo em globalizar a economia e na incapacidade do "Welfare State"
(Estado do Bem-Estar Social) para a humanizar o capitalismo.
21. (UFMG) Os falanstérios, idealizados por Charles Fourier no século XIX, pretendiam:
a. facilitar o acesso do trabalhador às unidades de trabalho, ao criar as vilas operárias.
b. organizar e racionalizar o espaço fabril, além de impor a divisão das tarefas.
c. reforçar o ideal de vida corporativa e socializada e unir as unidades produtivas rurais e
urbanas.
d. revolucionar o espaço produtivo e criar mecanismos de higienização e controle da
produção.
e. criar cooperativas rurais dirigidas por empresários que soubessem lidar com o mercado
externo.
22. (UERJ). A expansão imperialista do século XIX foi um novo passo no processo de
mundialização da ordem capitalista, depois das cruzadas, da expansão ultramarina, da
colonização, etc. As populações africanas e asiáticas foram tragadas e incorporadas a uma
ordem essencialmente européia. Considerando o texto acima, assinale a alternativa correta.
a. A busca por mercados consumidores de manufaturados e fornecedores de matérias primas
determinou que a dominação imperialista fosse realizada por meio de alianças com as elites
locais.
b. A doutrina científica conhecida como darwinismo social oferecia respaldo para a ocupação
dos novos territórios, apesar de os intelectuais europeus serem contrários a essa prática de
dominação.
c. Assim como no século XVI, defendia-se que era necessário levar a verdadeira fé cristã aos
infiéis, sendo as nações capitalistas responsáveis pela expansão espiritual, que efetivamente
ocorreu sem resistências.
d. Caberia ao homem branco europeu cumprir sua "missão civilizadora" e levar aos povos
primitivos os benefícios provenientes das sociedades industrializadas e detentoras de modernas
tecnologias.
e. As nações imperialistas afirmavam que os europeus estavam envolvidos em uma "missão
humanista", que consistiria em melhorar as condições de vida dos nativos, sem entrar em choque
com as culturas locais.
23. "Fizemos a Itália, agora temos que fazer os italianos". "Ao invés da Prússia se fundir na
Alemanha, a Alemanha se fundiu na Prússia". Estas frases, sobre as unificações italiana e alemã:
a. aludem às diferenças que as marcaram, pois, enquanto a alemã foi feita em benefício da
Prússia, a italiana, como demonstra a escolha de Roma para capital, contemplou todas as
regiões.
b. apontam para as suas semelhanças, isto é, para o caráter autoritário e incompleto de
ambas, decorrentes do passado fascista, no caso italiano, e nazista, no alemão.
c. chamam a atenção para o caráter unilateral e autoritário das duas unificações, imposta
pelo Reino de Piemonte, na Itália, e pela Prússia, na Alemanha.
d. escondem suas naturezas contrastantes, pois a alemã foi autoritária e aristocrática e a
italiana foi democrática e popular.
e. tratam da unificação da Itália e da Alemanha, mas nada sugerem quanto ao caráter
impositivo de processo liderado por Garibaldi, na Itália, e por Bismarck, na Alemanha.
24. (UEL) A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) teve como fatores geradores, exceto:
a. Alguns países estavam, extremamente descontentes com a partilha da Ásia e
da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora
no processo neocolonial.
b. No início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus,
principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos
de interesses entre as nações.
c. No período da Paz Armada vários países estavam empenhados numa rápida corrida
armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo
d. Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A
Alemanha havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Inglaterra. O
revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a
rica região perdida.
e. O pan-eslavismo influenciava e aumentava o estado de alerta na Europa. Havia uma forte
vontade nacionalista dos sérvios em unir, em apenas uma nação, todos os povos de origem
eslava.
25. (UFCE) A Primeira Guerra iniciou-se oficialmente em 28 de junho de 1914 com o ataque
da Áustria à Sérvia, que por sua vez contava com o apoio da Rússia. Podemos associar
corretamente a esse conflito:
a. Em 1917 ocorreu um fato histórico de extrema importância: a entrada dos Estados Unidos
no conflito. Os EUA entraram ao lado da Tríplice Entente, pois tinha acordos comerciais a
defender.
b. Os derrotados tiveram ainda que assinar os 14 Pontos de Wilson que impunha a estes
países fortes restrições e punições.
c. A Itália, como lutou do lado dos perdedores, teve seu exército reduzido, sua indústria
bélica controlada, além de ter que pagar os prejuízos da guerra dos países vencedores.
d. O Tratado de Versalhes teve repercussões na relação entre EUA e URSS, influenciando o
início da Guerra Fria.
e. A guerra gerou o crescimento da economia francesa e inglesa que, passaram a competir
com a indústria norte-americana gerando novas rivalidades.
26. (PUC/MG) Na segunda metade do século XIX surgiu o "socialismo científico", visto como
suporte ideológico que estimulou:
a. a eclosão da Primeira Guerra Mundial.
b. a instalação da Paz Armada
c. a tomada do poder pelos sovietes na Rússia em 1917.
d. a formação de alianças militares no final do século XIX
e. a criação da Liga das Nações
27. (UNIFOR) Em março de 1933, Roosevelt assume a presidência dos EUA, no apogeu da
crise econômico-social, o desemprego atingia mais de um quarto da população ativa... O novo
presidente, discursando em sua posse, disse: "O país pede ação, e ação imediata (...)
“Precisamos agir, e agir com rapidez". A solução encontrada denominou-se
a. New Deal, nova política governamental destinada a revitalizar e preservar o sistema
capitalista.
b. Fair Deal, política de estabilização dos preços agrícolas com subsídios aos produtos rurais.
c. Big Stick, desenvolvido pelo presidente, com o direito de intervenção na América Latina.
d. Política de Portas Abertas, na qual reivindicava a liberdade de comércio para todas as
nações.
e. NEP, um misto de princípios socialistas e capitalistas, que dava ao Estado o direito de
propriedade sobre os meios de produção.
28. (UFCE) O clima de euforia contaminou a economia e a população norte-americana durante
boa parte da década de 20. Um dos fatores responsáveis por essa situação era:
a. a incapacidade da União Soviética construir, na época, um modelo alternativo ao
capitalismo, sucumbindo a freqüentes crises econômicas.
b. a superação da crise do pós-1ª Guerra Mundial na Europa com a utilização do Plano
Marshall do qual os Estados Unidos eram o fiador.
c. a certeza da ocorrência de uma nova guerra mundial, o que criava condições próprias para
o crescimento econômico baseado no "esforço de guerra".
d. a impossibilidade de uma Europa controlada por regimes nazi-fascistas de fazer frente à
democracia norte-americana.
e. o crescimento contínuo da produção industrial americana durante quase toda a década,
impulsionado, em especial, pela indústria automobilística.
29. (UFSC) Adolf Hitler assumiu o título de Führer e anunciou ao mundo a fundação do 3º
Reich (3º Império) alemão. Começava uma longa série de crimes que a humanidade não pode
esquecer. Sobre esse fato, assinale a proposição incorreta:
a. A ideologia nazista pregava o mito da superioridade da raça ariana, encarnada pelo povo
alemão. A necessidade de preservação da "raça pura" justificou a perseguição e eliminação dos
judeus.
b. A ascensão do nazismo pode ser explicada, entre outros fatores, pela incapacidade do
governo em solucionar o colapso da economia alemã, provocado pela crise mundial de 1929.
c. As leis raciais na Alemanha limitavam a liberdade e proibiam os judeus de exercerem
atividades comerciais e industriais.
d. As idéias nazistas tiveram amplo apoio dos nacionalistas e comunistas. Viam-na, os
primeiros, na esperança de impedir a influência estrangeira; os segundos, uma forma de
combater a burguesia.
e. Durante a Segunda Guerra Mundial, as autoridades nazistas passaram a executar a
"solução final", isto é, o extermínio total dos judeus.
30. (CESGRANRIO) Entre Mussolini e Hitler, há em seus programas, pontos em comum, como
a:
a. mobilização contínua das massas através de apelos nacionalistas e a manutenção de uma
política de apoio aos socialistas.
b. Idéia de centralização administrativa e o fortalecimento dos mercados de troca,
principalmente ingleses.
c. organização militar da juventude e a intervenção do Estado na vida econômica e política.
d. necessidade de federalização do Estado e a adoção da democracia como base da
reestruturação das relações políticas.
e. produção de um ideal bélico que acentuasse o gênio militar dos fascistas e a incorporação
das minorias étnicas ao Estado com plena liberdade.
31. (FUVEST) A Guerra Civil Espanhola (1936-1939), em que perderam a vida mais de 1
milhão de pessoas, terminou com a subida ao poder de Francisco Franco, militar espanhol. O
Estado Espanhol, após a vitória de Franco, caracterizou-se como:
a. Democrático com tendências capitalistas.
b. Democrático com tendências socialistas.
c. Populista de esquerda.
d. Totalitário de direita.
e. Totalitário de esquerda.
32. (UERJ) Em março de 1938, ocorreu, o "Anschluss". Esse termo está ligado ao regime
nazista na Alemanha e refere-se:
a. ao rearmamento do exército alemão, contrariando as determinações do Tratado de
Versalhes.
b. à invasão da Polônia, onde foi aplicada, pela primeira vez, a tática da "Guerra Relâmpago".
c. à perseguição aos judeus e eslavos da Alemanha.
d. ao pacto germano-soviético, que visava à partilha da região dos Sudetos.
e. à anexação da Áustria, segundo o princípio do pan-germanismo.
33. (FUVEST) "Hoje sabemos que Stalin foi a principal vítima dessa falta de realismo,
recusando-se obstinada e sistematicamente a aceitar a acumulação de provas detalhadas e
absolutamente confiáveis do plano de Hitler de atacar a União Soviética, mesmo depois que os
alemães já haviam cruzado suas fronteiras." (Hobsbawm, Eric. Tempos Interessantes. São Paulo:
Cia das Letras, 2002. p. 186) . A "falta de realismo" de Stalin, a que se refere Hobsbawm, estava
ancorada:
a. Na existência de um pacto de não-agressão entre a Alemanha e a URSS, assinado em
1939.
b. Na crença de que os governos dos EUA e da Inglaterra não haviam atacado a URSS
porque esta se colocara ao lado dos nazistas no conflito.
c. Na crença que Stalin tinha na identificação entre as ideologias socialista e nazista,
d. Na certeza de que Hitler não arriscaria uma invasão à URSS devido à superioridade bélica
evidente do Exército Vermelho.
e. Na suposição de que o objetivo de Hitler era destruir as potências capitalistas para depois,
com a URSS, construir uma Europa socialista.
34. (UNITAU) O fato concreto que desencadeou a Segunda Guerra Mundial foi:
a. a saída dos invasores alemães do território dos Sudetos na Tchecoslováquia.
b. a tomada do "corredor polonês" que desembocava na cidade livre de Dantzig (atual
Gdansk) pelos italianos.
c. a invasão da Polônia por tropas nazistas e a ação da Inglaterra e da França em socorro
dos seus aliados, declarando guerra ao Terceiro Reich.
d. a efetivação de "Anschluss", que desmembrava a Áustria da Alemanha.
e. a invasão da Petrônia por tropas alemãs, quebrando o Pacto Germânico-Soviético.
35. (PUC/MG) Em seus discursos, Martin Luther King, o líder da causa da emancipação civil
dos negros estadunidenses, a partir da década de 50, costumava dizer que Cristo havia lhe dado
a mensagem e Gandhi, o método. Esse método de luta que Gandhi utilizou para libertar a índia
da dominação inglesa ficou conhecida como:
a. Apartheid.
b. Guerra de Guerrilhas.
c. Foquismo.
d. Não-violência.
e. Terrorismo.
36. (UFES) "Foi em 1968 que os Beatles cantaram a famosa música 'Revolution', fazendo
sucesso ao som de um instrumento hindu, a cítara, aliada à guitarra elétrica."
a. Foi marcado por diversas manifestações em defesa da descolonização de regiões no sul
da África.
b. Teve como ponto alto o fim da Guerra no Vietnã com a derrota dos EUA.
c. Foi um ano repleto de agitações, sobretudo, dos jovens da Guarda - vermelha que
desejavam o fim do governo maoísta na China.
d. Em Paris estudantes e operários se uniram contra a opressão do sistema e em defesa da
liberdade, da paz e do amor.
e. Nos EUA Martin Luther King unia-se aos Panteras Negras contra a segregação racial.
37. (MACKENZIE) A intervenção dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã causou a morte de
mais de 50 mil jovens americanos, deixando o Vietnã quase que completamente devastado, pela
ação dos bombardeiros norte-americanos ao longo da guerra. Sobre o conflito é incorreto afirmar:
a. os americanos jogaram mais bombas no Vietnã do que em toda a Segunda Guerra
Mundial, enviando um milhão e meio de soldados para a região.
b. apesar do uso maciço da mais sofisticada tecnologia bélica, os comunistas vietnamitas não
se renderam, obrigando o Governo dos EUA a negociar a sua retirada.
c. contrariando a opinião pública norte-americana, a guerra era feita em nome dos ideais de
democracia daquele país.
d. o governo norte-americano interveio no conflito para garantir que os comunistas não
tomariam o poder naquela parte do mundo.
e. o Presidente Ronald Reagan buscou debilitar as forças comunistas do Vietnã do Sul,
ordenando intensos bombardeios.
38. Relaciona-se a Revolução cultural na CHINA:
a. a incorporação de elementos da cultura ocidental;
b. o uso dos dazibaos;
c. a inspiração dos jovens no exemplo deixado pelos comunistas mais velhos;
d. a obediência ao controle político dos soviéticos;
e. A negação das doutrinas de Mão Tsé-Tung.
ATUALIDADES
DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA E DA ÁSIA
ORIGENS DA COLONIZAÇÃO:
Expansão imperialista do Século XIX.
CAUSAS:
Crise da supremacia mundial européia;
Ascensão do nacionalismo na Ásia e na África;
Emergência das superpotências (EUA e URSS);
CARACTERÍSTICAS:
Guerras de libertação nacional;
Independência por meios pacíficos.
DESCOLONIZAÇÃO DA ÁSIA:
Independência da Índia;
Independência da Indonésia;
Independência da Indochina.
DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA
Guerra da Argélia
Guerra do Congo
Fim do império colonial português
Independência da Namíbia
CONSEQUÊNCIAS
Emergência do chamado Terceiro Mundo
Neocolonialismo
Subdesenvolvimento
Desagregação dos blocos
A EXPANSÃO DO SOCIALISMO
UNIÃO SOVIÉTICA APÓS 1945
Organização: 15 repúblicas
4. ° e 5.° planos Qüinqüenais: fabricação de bens de produção;
Competição bélica
XX Congresso: denúncias
Kruschev: descentralização, prioridade para bens de consumo,
Abertura política, "degelo"
Brejnev e Gorbatchev
FORMAÇÃO DAS "DEMOCRACIAS POPULARES"
Albânia e Iugoslávia
Fim do comunismo na Europa
REVOLUÇÃO CHINESA
Partido Comunista: Mao Tse-Tung
Grande Marcha (1934-1935)
Implantação da República Popular: reforma agrária, Educação Obrigatória, abolição de
privilégios, bases para a Industrialização.
Grande salto para frente (1958-1961)
Revolução Cultural (1966-1976)
Desmaoização
Luta pela democracia
REVOLUÇÃO CUBANA
Ditadura de Batista
Guerrilha: Fidel e Che
Medidas da revolução: reforma agrária e expropriação de empresas norte-americanas
Isolamento político e econômico
A Hegemonia Norte-Americana Sobre os Países Capitalistas
GOVERNO TRUMAN (1945-1952)
Guerra Fria;
Plano Marshall;
OTAN;
Macarthismo.
GOVERNO EISENHOWER (1952-1960)
Aumento de desemprego
Fortalecimento da indústria bélica
GOVERNO KENNEDY (1961-1963)
Movimento Negro;
Aliança para o Progresso.
CRISE E RENOVAÇÃO DA HEGEMONIA
Guerra do Vietnã
Richard Nixon (1969-1974): Watergate;
Detente;
Colapso da URSS;
Reagan (l980-1988) e Bush (1988-1992): afirmação da hegemonia norte-americana;
Clinton (1993-2001): crescimento econômico;
George W. Bush (2001-2008): reafirmação do poderio norte-americano sobre órgãos
internacionais;
RECONSTRUÇÃO DA EUROPA
Ajuda econômica norte-americana (Plano Marshall);
Integração econômica européia (Benelux, Ceca, Euratom, União Européia).
RECONSTRUÇÃO DO JAPÃO
FATORES:
Ajuda econômica e ocupação militar norte-americana;
Importação de tecnologia;
Mão-de-obra barata;
Desenvolvimento econômico e tecnológico.
O Final do Século XX e a Virada do Milênio.
O MUNDO CAPITALISTA
Política de detente dos norte-americanos;
Revolução dos Cravos em Portugal (1974);
Queda dos coronéis na Grécia (1974);
Queda do franquismo na Espanha (1975);
Desenvolvimento econômico e integração européia.
O MUNDO SOCIALISTA
Hegemonia da União Soviética;
Levantes na Polônia e na Hungria;
Início do conflito sino-soviético (1960);
Primavera de Praga, na Tchecoslováquia (1968).
CRISE DO SOCIALISMO
Glasnost e Perestróica;
Ascensão de Yeltsin na União Soviética;
Comunidade dos Estados Independentes (CEI);
Queda do Muro de Berlim.
CHINA: CRESCIMENTO ECONÔMICO E DITADURA.
Abertura econômica;
Manifestações por mais liberdades;
Crescimento econômico de 200% entre1991 e 2001;
AMÉRICA LATINA
Ascensão das ditaduras Militares;
Governo da Unidade Popular (Chile);
Revolução Sandinista (Nicarágua);
Redemocratização.
ÀFRICA DO SUL.
Apartheid;
Nelson Mandela.
ORIENTE MÉDIO
Conflito àrabe-israelense;
Revolução Islâmica no Irã (1979);
Guerra Irã-Iraque;
Primeira Guerra do Golfo (1990-1991);
Segunda Guerra do Golfo (2003).
EXTREMO ORIENTE
Guerra do Camboja;
Tigres Asiáticos.
GLOBALIZAÇÃO
Econômica;
Política;
Cultural.
EXERCÍCIOS
1. (FUVEST/SP) A doutrina de Gandhi está sintetizada nestas palavras, dirigidas a um inglês:
“Para fazer triunfar a nossa causa, estamos dispostos a derramar o nosso sangue, não o vosso.”
a. Qual era a causa de Gandhi?
R: O principio da não-violência.

b. Quais os princípios fundamentais de sua doutrina?


R: A paz, o fim da 2ª Guerra, a verdade, a igualdade, nenhum uso de álcool ou drogas, unidade
hindu-muçulmano, a amizade e a igualdade para as mulheres.

2. (EEM/SP) Como se deu o processo de descolonização da África portuguesa e qual a


orientação política e econômica dos novos países?
R: As colônias portuguesas foram aquelas que mais tiveram de lutar pela sua independência,
uma vez que o regime salazarista de Portugal negava-se a qualquer diálogo no sentido de
autonomia das colônias. Somente após a queda do regime (1974), foram possíveis os
entendimentos para a independência de Moçambique (25 de junho de 1975) e de Angola (10 de
novembro de 1975). Um dos grandes problemas da África atual é a posição adotada pela
República Sul-Africana e pelo Zimbábue (antiga Rodésia). Enquanto, na maioria das colônias, o
branco praticamente se retirou, entregando o poder aos negros, naqueles dois países, a
independência foi feita pelos próprios brancos, que permaneceram no poder e não reconheceram
os direitos da maioria negra. Por essa razão, vêm sofrendo pressões da ONU e dos demais
países africanos.

3. (UFG/GO) Aponte dois fatores que explicam o processo de descolonização da Ásia e


África, iniciado após 1945.
R: Enfraquecimento das potências coloniais; areação nacional contra a dominação européia;
a influência da doutrina socialista nas áreas coloniais; confronto de interesses entre as
superpotências EUA x URSS na influência sobre as colônias.

4. Analise as afirmações polêmicas feitas por Kruschev no XX Congresso do Partido


Comunista.
R: denunciou arbitrariedades e erros de Stalin e abriu a URSS aos olhos do Ocidente,
estabelecendo o principio da coexistência pacifica.

5. Qual a situação da União Soviética após o stalinismo.


R: Nikita Khrushchev renegou todo o legado de Stalin, denunciou os crimes cometidos pelo ex
ditador nos anos em que este esteve no poder.
6. O que foi a Revolução Cultural na China?
R: Foi um período de transformações políticas e sociais que agitaram a China entre 1966 e 1976.
Quem a desencadeou foi Mao Tsé-tung, que liderava o país desde 1949, quando os comunistas
chegaram ao poder. Insatisfeito com os rumos do sistema que ele mesmo havia implantado, Mao
queria que a China fugisse do modelo soviético de comunismo, por considerá-lo falido e onde os
burocratas do governo viviam num mundo irreal, com mordomias que o resto da população não
tinha. Assim, numa reunião do Comitê Central do Partido Comunista Chinês, em agosto de 1966,
ele lançou formalmente a Revolução Cultural.
Para atingir esses objetivos, Mao se apoiou numa enorme mobilização da juventude urbana da
China, organizando grupos conhecidos como Guardas Vermelhos. Além de questionar os rumos
do comunismo chinês, a Revolução Cultural combateu o confucionismo, idéias baseadas no
pensamento do filósofo Confúcio, que durante milênios influenciaram a sociedade chinesa. Pelo
valor que davam à hierarquia e ao culto do passado, tais idéias passaram a ser encaradas como
reacionárias. "A Revolução Cultural foi a luta contra uma classe intelectual separada da massa",
diz o historiador Mário Bruno Sproviero, da USP. O problema é que, na prática, ela resultou em
escolas fechadas, no ataque a intelectuais e no culto exagerado à personalidade de Mao. A morte
do líder, em 1976, abriu caminho para a ascensão do político Deng Xiaoping. Com a mudança no
poder, em 1977, a Revolução Cultural foi oficialmente encerrada.

7. (FUVEST/SP) Em termos de política internacional, o que é a detente entre os Estados


Unidos e a União Soviética?
R: Détente é uma palavra francesa que significa distensão ou relaxamento.
Ela foi usada nas relações internacionais principalmente para designar a aproximação entre os
EUA e a União Soviética, a partir da década de 70.
Antes disso o mundo vivia em sobresalto, com receio de um confronto nuclear entre as duas
maiores potências da época.
Ela era vulnerável devido a instabilidade política que se seguiu na Rússia em relação aos países
que formavam a antiga União Soviética e seus satélites (Polônia, Iugoslávia, Romenia, etc), que
também entraram em convulsão política, na tentativa de se democratizarem.
A Détente evoluiu até a assinatura do Tratado de Não Proliferação nuclear e culminou com a
derrocada da União Soviética e o fim da chamada Guerra Fria.

8. (FUVEST/SP) Depois da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos conquistaram um


lugar hegemônico tanto no plano mais geral da América Latina quanto no plano mais específico
do Brasil. Isso ocorreu, também, na área cultural. Discorra sobre esta afirmativa, fundamentando
seus argumentos.
R: Após a Segunda Guerra Mundial, os EUA conquistaram na América Latina (inclusive no Brasil)
uma incontestável hegemonia não só política e econômica, mas também ideológica e cultural.
Essa hegemonia cultural estadunidense manifestou-se no estilo de vida nos hábitos de consumo,
na importância do idioma inglês, na música, no cinema, no radio e na TV. A difusão dessa cultura
é um poderoso instrumento de legitimação ideológica da liderança exercida pelos EUA não
apenas na América Latina, mas em todo o globo.

9. O que foi o macarthismo?


R: Macartismo é o termo que descreve um período de intensa patrulha anticomunista nos
Estados Unidos que durou do fim da década de 1940 até o fim da década de 1950. Foi uma
época em que o medo do Comunismo e da sua influência em instituições estadunidenses tornou-
se exacerbado, juntamente ao medo de ações de espionagem promovidas pela União Soviética.
Originalmente, o termo foi cunhado para criticar as ações do senador estadunidense Joseph
McCarthy, tendo depois sido usado para fazer referências a vários tipos de condutas, não
necessariamente ligadas às elaboradas por McCarthy.
Durante o Macartismo, muitos milhares de estadunidenses foram acusados de ser comunistas ou
filocomunistas, tornando-se objeto de investigações agressivas. A maior parte dos investigados
pertenciam ao serviço público, à indústria do espetáculo, educadores e sindicalistas. As suspeitas
eram freqüentemente dadas como certas mesmo com investigações baseadas em conclusões
parciais e questionáveis, além da magnificação do nível de ameaça que representavam os
investigados. Muitos perderam seus empregos, tiveram a carreira destruída e alguns foram até
mesmo presos. A maioria das punições foi posteriormente ilegitimada por veredictos dos judiciais.
O Macartismo realizou o que alguns denominaram "caça às bruxas" na área cultural, atingindo
atores, diretores e roteiristas que, durante a guerra, manifestam-se a favor da aliança com a
União Soviética e, depois, a favor de medidas para garantir a paz e evitar nova guerra. O caso
mais famoso nesta área foi Charlie Chaplin.
A "caça às bruxas" perdurou até que a própria opinião pública estadunidense ficasse indignada
com as flagrantes violações dos direitos individuais, graças em grande parte à atuação do
jornalista Edward R. Murrow na rede estadunidense de televisão CBS, o que levou McCarthy ao
ostracismo. Ele morreu em 1957, já totalmente desacreditado.

10. Em que medida o surgimento de líderes como Martin Luther King alavancou a luta pelos
direitos civis dos afro-americanos?
R: Lideres como ele falavam para e em nome das massas negras oprimidas pala segregação
racial.

11. (Mauá/SP) Indique as etapas mais importantes do processo atual da integração européia.
R: 1ª Etapa (1958-1968): é caracterizada pela negociação do Tratado de Roma e sua completa
implementação.
2ª Etapa (1968-1986): através de sucessivos avanços políticos em termos comunitários,
atribuição de fundos; de negociação de políticas comunitárias abrangentes; etc., e não obstante
as frustrações no campo da defesa e da construção de um espaço político demarcado e
independente, este foi um período de estável crescimento. Logo em 1970, o Relatório Werner
vem advogar a implementação de uma moeda comunitária única, o mais tardar até 1980.
3ª Etapa (1987-1992): o Ato Único Europeu consiste num documento que procura resolver o
grosso dos problemas económicos, fomentando novos processos de tomada de decisão, etc.
Este estabelece ainda o objectivo de se estabelecer um Mercado Comum até 1 de Janeiro de
1993, a célebre “Meta de 1993”, com todo um novo rol de países, que à data contava apenas com
uma dúzia. Dito isto, em 1987, o Acto Único Europeu entra em vigor.
4ª Etapa (1993-1998): perante novas realidades, as Comunidades Europeias tornadas Mercado
Comum enfrentaram necessidades políticas, especialmente com a queda do Muro de Berlim e o
surgimento de novos Estados na Europa de Leste. Revisões do Tratado de Roma prosseguem-se
em 1992, resultando no Tratado de Maastricht, negociado entre 1992 e 1993, convertendo as
Comunidades Europeias em União Europeia, com um âmbito claramente político.
5ª Etapa (1999-?): para a criação da moeda única, Jacques Delors, então Presidente da
Comissão Europeia, determina um caminho para a criação de um espaço visivelmente político,
enquanto que, simultaneamente, se retiram poderes aos Estados em prol dos da União. Já com o
Tratado de Nice de 2000, retira poderes aos Estados, com foi o caso da remoção da regra da
unanimidade para o do consenso. Em ambos, contudo, observamos uma transferência de
matérias para a Comunidade Europeia, centralizando matérias consideradas fundamentais à
União para discussão alargada.
E, em suma, encontram-se aqui referidas as cinco etapas que caracterizam todo o processo de
integração europeu, desde o Tratado de Roma até ao Tratado de Nice, faltando contudo referir a
importância do Tratado de Lisboa, que apenas a história irá reflectir sobre a sua real importância
no mesmo processo.

12. Descreva os principais aspectos do processo de reconstrução do Japão.


R: Depois de ter sido derrotado na Segunda Guerra Mundial, a reconstrução do Japão foi
favorecida por vários fatores: os Estados Unidos investiram capital na reconstrução japonesa com
medo da influência sino-soviética. A ajuda norte-americana recebeu o nome de Plano Colombo,
que correspondeu ao que o Plano Marshall significou para a reconstrução européia; mais uma
vez o Japão investiu maciçamente na educação da população e a presença dessa mão-de-obra
qualificada, numerosa e mais barata que a européia ou norte-americana facilitou a reestruturação
econômica e industrial do Japão; as indústrias bélicas transformaram-se em indústrias de alta
tecnologia; o governo privilegiou e incentivou as exportações de produtos industrializados; os
fatores culturais também contribuíram para essa ascensão; no início da retomada os
trabalhadores guardaram seus salários e foi essa poupança interna que permitiu novos
investimentos sociais e industriais direcionados pelo Estado. 

13. Identifique as principais divergências ideológicas entre chineses e soviéticos que levaram
ao cisma no bloco socialista.
R: As raízes do conflito entre os comunistas chineses e a União Soviética remontavam à época
em que Mao Tse-tung tinha tomado o poder no Partido Comunista Chinês contra as preferências
soviéticas. Até esse momento, o Partido Comunista Chinês esteve sob a tutela da União
Soviética através do Komintern ou Terceira Internacional, a organização financiada por
Moscou para promover o comunismo no mundo. Mao tinha marcado distâncias com o comunismo
soviético, desenvolvendo uma ideologia comunista própria, baseada mais nos camponeses do
que nos operários urbanos, contra a ortodoxia ideológica soviética. Na luta pelo poder que teve
lugar durante a Grande Marcha, Mao Tse-tung converter-se-ia num líder indiscutível do partido,
frente aos dirigentes de formação russa apoiados por Moscou,Bo Gu e Wang Ming. Apesar
destas diferenças e da antipatia pessoal entre os dois líderes, Mao e Stalin, a vitória comunista na
Guerra Civil Chinesa em1949 tinha feito necessária a aliança entre os dois regimes por
conveniência mútua. A República Popular da China, especialmente depois da Guerra da Coréia,
não podia recorrer à ajuda do Ocidente, e a União Soviética era a referência internacional do
movimento comunista que, sob Stalin, tinha conseguido converter-se numa das maiores
superpotências do mundo. Por sua vez, a União Soviética, no seu papel de líder do movimento
comunista, via a subida ao poder de um partido comunista, no país mais populoso do mundo,
como um passo de suma importância na expansão do seu sistema político e da sua influência
global.
14. Descreva sucintamente os conflitos em que o Iraque esteve envolvido nas últimas
décadas.
R: A Guerra de Independência em 1948 contra criação do Estado de Israel Israel; A Guerra
Irã/Iraque ocorrida entre os anos de 1980 e 88 para impedir que a revolução iraniana se
espalhasse pelo Iraque, onde 60% da população é xiita; A Guerra do Golfo, em 1991, onde o
Iraque invade o Kwait em agosto de 1990 alegando que este havia sido criado por interesses
colonialistas europeus.
15. Identifique as razões que levaram os Estados Unidos a invadirem o Iraque em 2003.
R: Se deu por causa do petróleo que há no subsolo iraquiano, que é a maior reserva do mundo. 
16. O que são os Tigres Asiáticos e como eles influenciam na nova ordem econômica
mundial?
R: Na Ásia, paralelamente à criação da CEE na Europa, o Japão, que saiu da guerra destruído,
adquiriu capacidade industrial, comercial e financeira e, na década de 70, ampliou sua influência
para a Coréia do Sul, Formosa, Cingapura e Hong Kong, os chamados Tigres Asiáticos (ou
Dragões Asiáticos). Mão-de-obra barata e incentivos às indústrias caracterizam os Tigres, que
ampliaram suas exportações mundialmente. Em qualquer loja é possível ver produtos  made in
Taiwan (feitos em Taiwan).

17. Aponte os pontos negativos e seus pontos positivos da globalização.


R: VANTAGENS: Permite usufruir do produto mais barato e serviço mais eficiente de cada país
(brinquedos da China, por exemplo); Garante maior troca de informações com o mundo todo,
permitindo as culturas evoluirem; Aumenta o fluxo comercial que, naturalmente, gera mais
riqueza; Tende a dificultar a vida dos regimes autoritários.
DESVANTAGENS: Cria mais desigualdade, muito embora tenda a melhorar o padrão de todos
em geral (mas não de forma uniforme); Não funciona bem para países que não são estruturados.
O Brasil mesmo, muitas vezes não está preparado para combater a concorrência externa; Invade
culturas de outros países sem respeito às mesmas; Tem sido muito monopolizada pelos EUA e
pela China e com pouca participação de outros países.

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