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COLÉGIO ESTADUAL PAES DE CARVALHO

DIREÇÃO: Edmar Holanda


VICE DIREÇÃO: Betce Basile
DOCENTE: Lucila Pinho
DISCIPLINA: História
SERIE: 2° Ano
TURMA: M2MR06
DISCENTES:
- Antônio Marcos Andrade Trindade
- Guilherme Francisco Duarte Aguiar
- Joaquim Carlos Martins Pantoja
- Ryan Rodrigo Mendes Ribeiro
- José Christopher Victory argust cury
● Brasil Colonia
O Brasil Colonial, compreende o período de 1500, com a chegada dos portugueses, a 1815,
quando o Brasil foi elevado a reino unido com Portugal, ou seja, o Reino Unido de Portugal,
Brasil e Algarve. Durante os primeiros 300 anos da história colonial do Brasil, o
desenvolvimento econômico do território baseou-se, primeiramente, na extração do pau-
brasil (século XVI), que deu o nome ao território. Produção açucareira (séculos XVI-XVIII);
finalmente com mineração de ouro e diamante (século XVIII). Os escravos, principalmente
os trazidos da África, forneciam a maioria da força de trabalho para a economia exportadora
do Brasil após um breve período de escravidão indígena para retirada do pau-brasil.
Os ciclos econômicos de alta e baixa estavam ligados aos produtos de exportação. A era do
açúcar no Brasil, com o desenvolvimento da escravidão nas plantações, os comerciantes
servindo como intermediários entre os locais de produção, os portos brasileiros e a Europa
foi prejudicada pelo crescimento da indústria açucareira do Caribe nas ilhas que as
potências europeias tomaram da Espanha.
● Contato inicial europeu e história colonial inicial (1494-1530)
Portugal foi pioneiro no mapeamento europeu de rotas marítimas que foram os primeiros e
únicos canais de interação entre todos os continentes do mundo, iniciando assim o
processo de globalização. Para além da empreitada imperial e econômica de descoberta e
colonização de terras distantes da Europa, estes anos foram marcados por pronunciados
avanços na cartografia, na construção naval e nos instrumentos de navegação, dos quais
os exploradores portugueses tiraram partido.
Em 1494, os dois reinos da Península Ibérica dividiram o Novo Mundo entre si no Tratado
de Tordesilhas, e em 1500 o navegador Pedro Álvares Cabral desembarcou no que hoje é o
Brasil e reivindicou-o em nome do rei D. Portugal. Os portugueses identificaram o pau-
brasil como um corante vermelho valioso e um produto explorável e tentaram forçar os
grupos indígenas no Brasil a cortar as árvores.
● Estrutura da colonização
Como o Brasil não abrigava civilizações complexas como os astecas e os incas no
México e no Peru, os portugueses não podiam se situar em uma estrutura social
estabelecida. Isso, aliado ao fato de que a riqueza material tangível não foi
encontrada até o século XVIII, tornou a relação dos portugueses com a colônia
brasileira muito diferente da relação dos espanhóis com suas terras nas Américas.
Por exemplo, a colônia brasileira foi inicialmente pensada como um bem comercial
que facilitaria o comércio entre os portugueses e a Índia e não um lugar a ser
estabelecido para desenvolver uma sociedade. [11]O modelo social de conquista no
Brasil era mais voltado para o comércio e ideais empresariais do que para a
conquista, como era o caso do reino espanhol. Com o passar do tempo, a coroa
portuguesa descobriu que ter a colônia servindo como entreposto comercial não era
ideal para regular as reivindicações de terras nas Américas, então eles decidiram
que a melhor maneira de manter o controle de suas terras era colonizá-las. [12]
Assim, à terra foi dividida em quinze capitanias particulares, hereditárias, as mais
bem sucedidas Pernambuco e São Vicente. Pernambuco conseguiu plantar cana-
de-açúcar. São Vicente prosperou com o comércio de escravos indígenas. As outras
treze capitanias falharam, levando o rei a fazer da colonização um esforço real e
não privado. Em 1549, Tomé de Sousa embarcou para o Brasil para estabelecer
um governo central. De Sousa trouxe jesuítas, que estabeleceram missões,
salvaram muitos nativos da escravidão, estudaram línguas nativas e converteram
muitos nativos ao catolicismo romano. O trabalho dos jesuítas para pacificar uma
tribo hostil ajudou os portugueses a expulsar os franceses de uma colônia que
haviam estabelecido no atual Rio de Janeiro.
● A era do açúcar (1530-1570)
Como as tentativas iniciais de encontrar ouro e prata fracassaram, os colonos
portugueses adotaram uma economia baseada na produção de bens agrícolas que
deveriam ser exportados para a Europa. Foram produzidos tabaco, algodão e
alguns outros produtos agrícolas, mas o açúcar tornou-se, de longe, o produto
colonial brasileiro mais importante até o início do século XVIII. As primeiras
fazendas de cana-de-açúcar foram estabelecidas em meados do século XVI e foram
a chave para o sucesso das capitanias de São Vicente e Pernambuco, levando as
plantações de cana-de-açúcar a se espalharem rapidamente para outras áreas
litorâneas do Brasil colonial. Inicialmente, os portugueses tentaram utilizar escravos
índios para o cultivo de açúcar, mas mudaram para o uso de trabalhadores escravo
negra africana. Enquanto a disponibilidade de ameríndios diminuiu devido às
epidemias que afligem a população nativa costeira e à declaração da lei de 1570 do
rei Sebastião I que proclamou a liberdade dos nativos brasileiros, a escravização
dos indígenas aumentou após 1570. Um novo tráfico de escravos surgiu onde os
indígenas pessoas foram trazidas dos sertões ou “fronteiras sertanejas” por
mamelucos mestiços sob a brecha da lei de 1570 de que foram capturados em
guerras justas contra grupos indígenas que "costumeiramente" atacavam os
portugueses.
● Expansão interior: as entradas e as bandeiras
Desde o século XVI a exploração do interior brasileiro foi tentada várias vezes,
principalmente para tentar encontrar riquezas minerais como as minas de prata
encontradas em 1546 pelos espanhóis em Potosí (agora na Bolívia). Como
inicialmente não foram encontradas riquezas, a colonização se restringiu ao litoral,
onde o clima e o solo eram adequados para o plantio da cana-de-açúcar.
A chave para entender a expansão do interior no Brasil é entender a estrutura
econômica da colônia. O Brasil foi construído como uma colônia de exportação, e
menos como um lugar de colonização europeia permanente. Isso levou a uma
cultura de extração que era insustentável como usos da terra e do trabalho.
Nos canaviais do norte, à terra era trabalhada exaustivamente, sem a preocupação
de garantir sua produtividade a longo prazo. Assim que à terra se esgotava, os
proprietários de plantações simplesmente abandonavam seus lotes, transferindo a
fronteira açucareira para novos lotes, pois a oferta de terra parecia interminável para
eles. Incentivos econômicos para aumentar os lucros impulsionaram esse padrão de
plantio, enquanto as terras abandonadas raramente se recuperavam.
● Descobertas iniciais de ouro (século XVII)
Embora os primeiros grandes depósitos de ouro tenham sido descobertos no final
do século XVII, registros de ouro foram encontrados na área de San Vicente no final
do século XVI. Houve cerca de um século entre a primeira descoberta de ouro e as
primeiras grandes minas de ouro e não houve muita receita, mas dois importantes
padrões de interação com o ouro surgiram no Brasil. Primeiro, nas primeiras minas
e fundições de ouro administradas pela monarquia portuguesa, a família real forçou
os povos indígenas ao trabalho escravo. No final do século XVII, centenas de
milhares de pessoas foram enviadas da África para trabalhar nas minas, mas o
processo começou com a escravização de centenas de indígenas na indústria do
ouro, a primeira vez que o empreendimento de ouro da coroa no Brasil foi em um
século, algum tempo. Em segundo lugar, pessoas conhecidas como fascadores ou
garimpeiros garimpavam e extraíam ouro ilegalmente, fugindo dos impostos
portugueses sobre o metal precioso.
● O ciclo do ouro (seculo XVIII)
A descoberta do ouro foi recebida com grande entusiasmo por Portugal, que tinha
uma economia em desordem após anos de guerras contra a Espanha e a Holanda.
A corrida do ouro rapidamente se seguiu, com pessoas de outras partes da colônia
e de Portugal inundando a região na primeira metade do século XVIII.
A grande parte do interior brasileiro onde se extraía ouro ficou conhecida como
Minas Gerais. A mineração de ouro nesta área tornou-se a principal atividade
econômica do Brasil colonial durante o século XVIII. Em Portugal, o ouro foi usado
principalmente para pagar bens industrializados como têxteis e armas de outras
nações europeias (já que Portugal não tinha economia industrial) para,
especialmente durante o reinado de D.Edifícios barrocos como o Convento de
Mafra. Além do ouro, jazidas de diamantes também foram encontradas em 1729 ao
redor da vila de Tijuco, hoje Diamantina.
● Transformação colonial do meio ambiente brasileiro
As práticas coloniais destruíram grande parte da floresta brasileira. Isso foi possível
em parte pelas concepções coloniais do mundo natural como uma coleção
descartável de utilidades sem valor inerente. As práticas de mineração prejudicaram
significativamente à terra. Para facilitar a extração de ouro, em algumas regiões
foram queimadas grandes faixas de floresta ao longo das encostas. (Dean, 95)
4.000 quilômetros quadrados da região da Mata Atlântica foram desnudados para
mineração, deixando o terreno “calvo e deserto”. (Decano, 97). Essa destruição
maciça do ambiente natural foi consequência da cultura colonial do extrativismo e
da insustentabilidade. À medida que a corrida do ouro diminuiu, muitos colonos
portugueses abandonaram a mineração para a agricultura e a pecuária. As práticas
agrícolas estenderam a expansão para o interior da floresta brasileira. Os colonos
começaram a colocar em movimento o que se tornou uma tendência quase
imparável com profundos efeitos cumulativos. As decisões dos colonos portugueses
de seguir a estratégia econômica da agricultura e adotar práticas agrícolas
particulares transformaram significativamente o ambiente brasileiro. Os colonos
portugueses entendiam a agricultura como uma domesticação benéfica da fronteira,
incitando mestiços, mulatos e indígenas a abandonar a vida na floresta selvagem e
adotar a agricultura. As práticas agrícolas coloniais na floresta eram insustentáveis,
explorando muito à terra.
● A Corte Real no Brasil (1808–1821)
A invasão napoleônica da Península Ibérica desencadeou grandes mudanças ali e
nos impérios ultramarinos de Portugal e Espanha. Em 1807, as tropas francesas de
Napoleão Bonaparte invadiram o aliado da Grã-Bretanha, Portugal. O príncipe
regente João (futuro rei João VI), que governava desde 1792 em nome de sua mãe,
a rainha Maria I, ordenou a transferência da corte real portuguesa para o Brasil
antes que ele pudesse ser deposto pelo exército invasor. Em janeiro de 1808, o
príncipe João e sua corte chegaram a Salvador, onde assinaram um regulamento
comercial que abria o comércio entre o Brasil e nações amigas (Grã-Bretanha). Esta
importante lei quebrou o pacto colonial que, até então, permitia ao Brasil manter
relações comerciais diretas apenas com Portugal.
Em março de 1808, a corte chegou ao Rio de Janeiro. Em 1815, durante o
Congresso de Viena, o príncipe João criou o Reino Unido de Portugal, Brasil e
Algarves (Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves), elevando o Brasil à categoria
de Portugal e aumentando sua independência administrativa.
Em 1816, com a morte da rainha Maria, o príncipe João sucedeu como monarca, e
a cerimônia de sua aclamação foi realizada no Rio de Janeiro em fevereiro de 1818.
Entre as importantes medidas tomadas pelo príncipe João em seus anos no Brasil
estavam o incentivo ao comércio e à indústria, a permissão para imprimir jornais e
livros, a criação de duas faculdades de medicina, academias militares e o primeiro
Banco do Brasil (Banco do Brasil). No Rio de Janeiro também criou uma fábrica de
pólvora, um Jardim Botânico, uma academia de arte (Escola Nacional de Belas
Artes) e uma casa de ópera (Teatro São João).

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