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nesse vídeo irei falar de uma forma geral sobre a colonização portuguesa françesa espanhola e
inglesa.
A colonização Portuguesa.
De 1500 até por volta de 1535, o Brasil ocupou uma posição secundária para a Coroa
portuguesa porque, nesse momento, a prioridade de Portugal era manter o comércio de
especiarias. Esse momento é conhecido como Período Pré-Colonial, uma vez que os
portugueses não tinham estabelecido ações de colonização consistentes no Brasil.
A presença portuguesa nesse período consistia em explorar o pau-brasil, árvore nativa que
tinha valor para os portugueses por causa de um corante extraído de sua madeira. A principal
mão de obra nesse tipo de exploração foram os índios, sobretudo quando a árvore começou a
ficar escassa no litoral.
Para explorar o pau-brasil, os portugueses mobilizavam os índios por meio do escambo, isto é,
pela troca. Os índios localizavam, extraíam e carregavam as toras até as feitorias construídas
pelos portugueses no litoral brasileiro, e, em troca, recebiam objetos variados, como
machados. A partir da década de 1530, essa atividade perdeu fôlego, assim como o comércio
de especiarias, e os portugueses decidiram estabelecer medidas mais efetivas de colonização.
Agora falando das capitanias hereditárias elas foram a primeira grande medida tomada pelos
portugueses para sistematizar a colonização da América Portuguesa. Entretanto, essa medida
funcionava basicamente como uma “terceirização” das obrigações, em que terceiros investiam
com seus próprios fundos no desenvolvimento da capitania.
As capitanias foram criadas, em 1534, por ordem do rei d. João III. Os portugueses decidiram
dividir o território brasileiro em 15 faixas de terra, sendo cada uma responsabilidade do
capitão-donatário, a autoridade máxima dessas capitanias. Os direitos e deveres dos
donatários constavam em documentos chamados Carta de Doação e Carta Foral. Os
donatários tinham a obrigação de garantir o desenvolvimento de suas capitanias, além de
defendê-las de indígenas e de estrangeiros.
Aqui no Brasil, os donatários recebiam uma sesmaria, um lote de terra para instalar-se. Após
mais de uma década desse sistema, os portugueses identificaram que ele não tinha
prosperado como se esperava, e só duas capitanias tiveram resultados significativos: São
Vicente e Pernambuco. Falta de recursos e inexperiência administrativa foram dois fatores que
contribuíram para o fracasso delas.
A partir de 1548, Portugal decidiu centralizar a administração da colônia, e para isso foi criado,
por d. João III, o governo-geral. Continuaram existindo algumas capitanias no Brasil, mas
outras foram retomadas pela Coroa (como a capitania de Baía de Todos os Santos). Ainda
assim, os donatários agora deveriam responder a uma autoridade central, nomeada por
Portugal.
Tomé de Sousa chegou ao Brasil em 1549, e, durante sua gestão, foi iniciada a construção da
primeira capital do Brasil: Salvador. Com Tomé de Sousa vieram os primeiros jesuítas para o
Brasil, e sua missão era pacificar e catequizar as populações indígenas. Os jesuítas
permaneceram no Brasil durante mais de dois séculos, sendo expulsos daqui em 1759, pelo
marquês de Pomba
A colonização Francesa.
A colonização francesa nas Américas, assim como a inglesa, foi retardatária se comparada às
expedições espanholas e portuguesas. Apesar do atraso, os franceses empreenderam
tentativas de colonização nas três Américas.
Como os franceses ficaram fora da divisão do Tratado de Tordesilhas, o rei francês Francisco I
havia ironizado o tratado, ao dizer que queria ver o testamento de Adão para saber se ele
havia destinado as terras do mundo apenas a Portugal e Espanha. Porém, o tratado não
impediu os franceses de tentar colonizar áreas do território americano e nem de tentar lucrar
com o comércio marítimo na região.
As práticas de pirataria foram estimuladas pela coroa francesa. Inúmeros navios corsários
passaram a navegar em águas americanas, com o objetivo de saquear navios e localidades
comerciais litorâneas. Com as ações de pirataria, os franceses conseguiram ganhos
econômicos consideráveis.
Havia também interesse na criação de colônias nos territórios americanos. Uma tentativa se
deu em meados do século XVI, na região da Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro. Em estreita
ligação com os indígenas da região, os franceses fundaram em 1555 a França Antártica, cujo
objetivo era criar um espaço de colonização no litoral brasileiro, buscando desenvolver
atividades econômicas, principalmente no extrativismo. A iniciativa teria fim alguns anos
depois, quando os portugueses e seus aliados indígenas derrotaram os Franceses.
Ainda no que conhecemos como litoral brasileiro, os franceses tentaram uma nova empresa
colonizadora, dessa vez na atual região do Maranhão. Nesse local, entre 1612 e 1615, os
franceses criaram a França Equinocial, cujo principal legado é a cidade de São Luís do
Maranhão. Mais uma vez os franceses não foram capazes de manter a colônia, sendo
novamente expulsos pelos portugueses.
Na América do Sul, os franceses teriam mais sorte na região das Guianas, onde até os dias
atuais há um território francês: a Guiana Francesa. Nela houve a produção de produtos
tropicais destinados à venda no mercado europeu.
Na região das Antilhas, os franceses conquistaram algumas ilhas, destacando-se parte da Ilha
de Santo Domingo, atual Haiti. Inicialmente a exploração agrícola dessa região era de produtos
como tabaco, café e cana-de-açúcar, trabalhados pelos chamados “engagés” (engajados),
criminosos e marginalizados na metrópole que iam para a colônia em troca de trabalho e
acesso a terra após três anos de serviços. Mas com o aumento da produção, essa mão de obra
foi substituída pelo trabalho de africanos escravizados. No século XVII, o ministro das Finanças
de Luís XIV mudou a política colonial e criou a Companhia das Índias Ocidentais, 1635, com
objetivo de administrar as colônias.
O Haiti tornou-se a principal colônia francesa, onde era produzida a maior parte do açúcar
fabricado no mundo. Entretanto, com a eclosão da Revolução Francesa, os ideais
revolucionários influenciaram a luta dos escravos, que aboliram a escravidão em 1794 e
conseguiram a independência em 1804.
Os territórios da América do Norte seriam perdidos após uma série de derrotas em guerras
travadas contra algumas potências europeias, principalmente a Inglaterra.
A colonização espanhola.
A colonização espanhola na América se caracterizou pela modificação da estrutura política,
econômica e religiosa das sociedades que habitavam naquele território.
Por sua parte, levaram uma série de produtos desconhecidos para Europa como a batata, o
milho e o chocolate. Além disso, as fronteiras do mundo conhecido se alargaram e se
modificaram para sempre.
Após a conquista era preciso ocupar o território americano. Afinal, os reis precisavam dominar
mais regiões e mercados para legitimar sua existência. Igualmente, se queria expandir a fé
católica.
O poder político garantia a difusão da fé, enquanto a Igreja Católica legalizava a apropriação
dos territórios. Por sua parte, a burguesia financiava a tomada dos bens alheios em nome do
rei.
A Capitulação era o instrumento que permitia a execução desses interesses. Neste documento,
ficava estabelecido os deveres de cada uma das partes que participavam na ocupação do novo
domínio .Assim, estava especificado detalhes como o capital a ser empregado, as condições
básicas da expedição e se definia o quanto de dinheiro seria aportado pela Coroa e pelos
particulares.
Colonização Inglesa.
A participação da Inglaterra na expansão marítima dos europeus para novas terras ocorreu
posteriormente às empreitadas realizadas por Portugal e Espanha, que desde o século XV
haviam se lançado às expedições no oceano Atlântico. Apesar da diferença temporal, a
colonização inglesa na América do Norte foi importantíssima para o desenvolvimento
econômico da Inglaterra e de suas colônias no norte do continente americano, conhecidas
como as Treze Colônias.
A primeira tentativa de ocupação da América do Norte pelos ingleses ocorreu com Walter
Raleigh, que organizou três expedições à região no fim do século XVI. Raleigh não conseguiu o
sucesso esperado com as expedições, em virtude dos constantes ataques dos povos indígenas
que habitavam o local. Mas por volta de 1607, Raleigh conseguiu constituir uma colônia na
América do Norte: a Virgínia, nome dado em homenagem à rainha Elisabeth I, que era solteira.
Um grande impulso a esse comércio foi conseguido com a aprovação, em 1651, dos Atos de
Navegação, que estipulavam que poderiam desembarcar nos portos ingleses apenas as
mercadorias dos navios britânicos ou da nacionalidade de origem das mercadorias.
Além das disputas políticas e religiosas, que em períodos diferentes levaram anglicanos e
puritanos à América, houve também a expulsão de grande parte da população camponesa dos
campos, principalmente com os Cercamentos. Esse processo de cercamento de terras por
grandes proprietários gerou um inchaço populacional urbano, contribuindo para que parte da
população emigrasse para a América do Norte.