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Olá eu sou Gabriela chaves aluna do curso técnico em meio ambiente estudante do ifpa, e

nesse vídeo irei falar de uma forma geral sobre a colonização portuguesa françesa espanhola e
inglesa.

A colonização Portuguesa.

A colonização do Brasil iniciou-se, em 1500, com a chegada dos portugueses ao nosso


território, A colonização do Brasil contou com três grandes ciclos econômicos, o do pau-brasil,
o do açúcar e o do ouro. A mão de obra majoritária foi a dos escravizados indígenas e
africanos, sendo que os primeiros eram obtidos por bandeirantes e os segundos eram trazidos
pelo tráfico negreiro.

De 1500 até por volta de 1535, o Brasil ocupou uma posição secundária para a Coroa
portuguesa porque, nesse momento, a prioridade de Portugal era manter o comércio de
especiarias. Esse momento é conhecido como Período Pré-Colonial, uma vez que os
portugueses não tinham estabelecido ações de colonização consistentes no Brasil.

A presença portuguesa nesse período consistia em explorar o pau-brasil, árvore nativa que
tinha valor para os portugueses por causa de um corante extraído de sua madeira. A principal
mão de obra nesse tipo de exploração foram os índios, sobretudo quando a árvore começou a
ficar escassa no litoral.

Para explorar o pau-brasil, os portugueses mobilizavam os índios por meio do escambo, isto é,
pela troca. Os índios localizavam, extraíam e carregavam as toras até as feitorias construídas
pelos portugueses no litoral brasileiro, e, em troca, recebiam objetos variados, como
machados. A partir da década de 1530, essa atividade perdeu fôlego, assim como o comércio
de especiarias, e os portugueses decidiram estabelecer medidas mais efetivas de colonização.

Agora falando das capitanias hereditárias elas foram a primeira grande medida tomada pelos
portugueses para sistematizar a colonização da América Portuguesa. Entretanto, essa medida
funcionava basicamente como uma “terceirização” das obrigações, em que terceiros investiam
com seus próprios fundos no desenvolvimento da capitania.

As capitanias foram criadas, em 1534, por ordem do rei d. João III. Os portugueses decidiram
dividir o território brasileiro em 15 faixas de terra, sendo cada uma responsabilidade do
capitão-donatário, a autoridade máxima dessas capitanias. Os direitos e deveres dos
donatários constavam em documentos chamados Carta de Doação e Carta Foral. Os
donatários tinham a obrigação de garantir o desenvolvimento de suas capitanias, além de
defendê-las de indígenas e de estrangeiros.

Aqui no Brasil, os donatários recebiam uma sesmaria, um lote de terra para instalar-se. Após
mais de uma década desse sistema, os portugueses identificaram que ele não tinha
prosperado como se esperava, e só duas capitanias tiveram resultados significativos: São
Vicente e Pernambuco. Falta de recursos e inexperiência administrativa foram dois fatores que
contribuíram para o fracasso delas.

A partir de 1548, Portugal decidiu centralizar a administração da colônia, e para isso foi criado,
por d. João III, o governo-geral. Continuaram existindo algumas capitanias no Brasil, mas
outras foram retomadas pela Coroa (como a capitania de Baía de Todos os Santos). Ainda
assim, os donatários agora deveriam responder a uma autoridade central, nomeada por
Portugal.

Essa nova autoridade ficou conhecida como governador-geral, e o primeiro governador-geral


do Brasil foi Tomé de Sousa. O governador-geral contava também com um grupo de
burocratas que o auxiliava na administração da colônia. Os primeiros cargos criados foram o de
ouvidor-mor (justiça), provedor-mor (finanças) e capitão-mor (segurança).

Tomé de Sousa chegou ao Brasil em 1549, e, durante sua gestão, foi iniciada a construção da
primeira capital do Brasil: Salvador. Com Tomé de Sousa vieram os primeiros jesuítas para o
Brasil, e sua missão era pacificar e catequizar as populações indígenas. Os jesuítas
permaneceram no Brasil durante mais de dois séculos, sendo expulsos daqui em 1759, pelo
marquês de Pomba

Tradicionalmente, os historiadores esquematizaram a economia colonial em três grandes


ciclos, que foram: ciclo do pau-brasil, ciclo do açúcar e ciclo do ouro. Uma importante
observação é que dizer que a colonização ficou marcada por esses três grandes ciclos não
significa que não houve nenhuma outra atividade econômica no Brasil.

Esses três ciclos corresponderam às principais atividades econômicas da colonização, no


entanto, a América Portuguesa tinha uma grande variedade de atividades econômicas. Era
praticada a pecuária, a agricultura, sobretudo voltada para a subsistência, e havia também
outros itens produzidos para exportação, como o fumo.

Havia também um pequeno comércio, exceção feita para o comércio de escravizados,


consideravelmente próspero. Apesar dessa diversificação, não havia nenhuma espécie de
manufatura no Brasil, uma vez que não era permitido por Portugal.

A colonização Francesa.

A colonização francesa nas Américas, assim como a inglesa, foi retardatária se comparada às
expedições espanholas e portuguesas. Apesar do atraso, os franceses empreenderam
tentativas de colonização nas três Américas.

Como os franceses ficaram fora da divisão do Tratado de Tordesilhas, o rei francês Francisco I
havia ironizado o tratado, ao dizer que queria ver o testamento de Adão para saber se ele
havia destinado as terras do mundo apenas a Portugal e Espanha. Porém, o tratado não
impediu os franceses de tentar colonizar áreas do território americano e nem de tentar lucrar
com o comércio marítimo na região.

As práticas de pirataria foram estimuladas pela coroa francesa. Inúmeros navios corsários
passaram a navegar em águas americanas, com o objetivo de saquear navios e localidades
comerciais litorâneas. Com as ações de pirataria, os franceses conseguiram ganhos
econômicos consideráveis.

Havia também interesse na criação de colônias nos territórios americanos. Uma tentativa se
deu em meados do século XVI, na região da Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro. Em estreita
ligação com os indígenas da região, os franceses fundaram em 1555 a França Antártica, cujo
objetivo era criar um espaço de colonização no litoral brasileiro, buscando desenvolver
atividades econômicas, principalmente no extrativismo. A iniciativa teria fim alguns anos
depois, quando os portugueses e seus aliados indígenas derrotaram os Franceses.

Ainda no que conhecemos como litoral brasileiro, os franceses tentaram uma nova empresa
colonizadora, dessa vez na atual região do Maranhão. Nesse local, entre 1612 e 1615, os
franceses criaram a França Equinocial, cujo principal legado é a cidade de São Luís do
Maranhão. Mais uma vez os franceses não foram capazes de manter a colônia, sendo
novamente expulsos pelos portugueses.

Na América do Sul, os franceses teriam mais sorte na região das Guianas, onde até os dias
atuais há um território francês: a Guiana Francesa. Nela houve a produção de produtos
tropicais destinados à venda no mercado europeu.

Na América do Norte, os franceses ocuparam inicialmente territórios onde hoje se localiza o


Canadá. O ponto de partida foi a formação de Quebec no início do século XVII. A partir daí os
franceses passaram a ocupar a região dos Grandes Lagos, onde conheceram a foz do rio
Mississipi. O rio auxiliou ainda os franceses a ocuparem a região central do continente norte-
americano, em uma faixa territorial que ia desde os Grandes Lagos até o Golfo do México, ao
sul. A região ficou conhecida como Louisiana, nome dado em homenagem ao rei Luís XIV.

Na região do Golfo do México, os franceses construíram a cidade de Nova Orleans, um


importante entreposto comercial, onde eram escoadas principalmente madeiras e peles, já
que não houve um incentivo à produção agrícola nos territórios franceses. Tal situação ocorreu
principalmente por não ter havido grande incentivo da coroa francesa na colonização, cabendo
a empresas privadas a exploração.

Na região das Antilhas, os franceses conquistaram algumas ilhas, destacando-se parte da Ilha
de Santo Domingo, atual Haiti. Inicialmente a exploração agrícola dessa região era de produtos
como tabaco, café e cana-de-açúcar, trabalhados pelos chamados “engagés” (engajados),
criminosos e marginalizados na metrópole que iam para a colônia em troca de trabalho e
acesso a terra após três anos de serviços. Mas com o aumento da produção, essa mão de obra
foi substituída pelo trabalho de africanos escravizados. No século XVII, o ministro das Finanças
de Luís XIV mudou a política colonial e criou a Companhia das Índias Ocidentais, 1635, com
objetivo de administrar as colônias.

O Haiti tornou-se a principal colônia francesa, onde era produzida a maior parte do açúcar
fabricado no mundo. Entretanto, com a eclosão da Revolução Francesa, os ideais
revolucionários influenciaram a luta dos escravos, que aboliram a escravidão em 1794 e
conseguiram a independência em 1804.

Os territórios da América do Norte seriam perdidos após uma série de derrotas em guerras
travadas contra algumas potências europeias, principalmente a Inglaterra.

A colonização espanhola.
A colonização espanhola na América se caracterizou pela modificação da estrutura política,
econômica e religiosa das sociedades que habitavam naquele território.

Os espanhóis introduziram no continente americano uma nova religião, idioma, organização


econômica e social.

Por sua parte, levaram uma série de produtos desconhecidos para Europa como a batata, o
milho e o chocolate. Além disso, as fronteiras do mundo conhecido se alargaram e se
modificaram para sempre.

Colonização Espanhola na América

Após a conquista era preciso ocupar o território americano. Afinal, os reis precisavam dominar
mais regiões e mercados para legitimar sua existência. Igualmente, se queria expandir a fé
católica.

O poder político garantia a difusão da fé, enquanto a Igreja Católica legalizava a apropriação
dos territórios. Por sua parte, a burguesia financiava a tomada dos bens alheios em nome do
rei.

A Capitulação era o instrumento que permitia a execução desses interesses. Neste documento,
ficava estabelecido os deveres de cada uma das partes que participavam na ocupação do novo
domínio .Assim, estava especificado detalhes como o capital a ser empregado, as condições
básicas da expedição e se definia o quanto de dinheiro seria aportado pela Coroa e pelos
particulares.

Colonização Inglesa.

A participação da Inglaterra na expansão marítima dos europeus para novas terras ocorreu
posteriormente às empreitadas realizadas por Portugal e Espanha, que desde o século XV
haviam se lançado às expedições no oceano Atlântico. Apesar da diferença temporal, a
colonização inglesa na América do Norte foi importantíssima para o desenvolvimento
econômico da Inglaterra e de suas colônias no norte do continente americano, conhecidas
como as Treze Colônias.

A primeira tentativa de ocupação da América do Norte pelos ingleses ocorreu com Walter
Raleigh, que organizou três expedições à região no fim do século XVI. Raleigh não conseguiu o
sucesso esperado com as expedições, em virtude dos constantes ataques dos povos indígenas
que habitavam o local. Mas por volta de 1607, Raleigh conseguiu constituir uma colônia na
América do Norte: a Virgínia, nome dado em homenagem à rainha Elisabeth I, que era solteira.

A intensificação do processo colonizador se daria apenas na metade final do século XVII em


decorrência das várias situações políticas e econômicas que ocorriam nas ilhas britânicas.
Após a vitória sobre a Invencível Armada, esquadra do rei espanhol Felipe II, comerciantes
ingleses em conjunto com o Estado passaram a formar companhias de comércio marítimo,
destacando-se a Companhia das Índias Orientais, o que intensificou os contatos com as terras
americanas. Outro estímulo da Coroa inglesa foi dado às ações de pirataria nas águas do
Atlântico.

Um grande impulso a esse comércio foi conseguido com a aprovação, em 1651, dos Atos de
Navegação, que estipulavam que poderiam desembarcar nos portos ingleses apenas as
mercadorias dos navios britânicos ou da nacionalidade de origem das mercadorias.

Paralelo a essa situação econômica, havia as disputas políticas e as questões sociais na


Inglaterra, principalmente em torno das sucessões dinásticas, das perseguições religiosas e do
despovoamento dos campos.

A perseguição religiosa aos puritanos, os calvinistas ingleses, principalmente depois da criação


do anglicanismo com Henrique VIII, levou-os a se deslocarem para a América. O objetivo era
criar espaços de vivência onde podiam exercer livremente seus preceitos religiosos. A primeira
expedição de puritanos para a América do Norte ocorreu em 1620, quando o navio Mayflower
atracou onde hoje se localiza o estado de Massachusetts. Nessa região, os puritanos criaram o
primeiro núcleo de colonização, conhecido como Plymouth.

Além das disputas políticas e religiosas, que em períodos diferentes levaram anglicanos e
puritanos à América, houve também a expulsão de grande parte da população camponesa dos
campos, principalmente com os Cercamentos. Esse processo de cercamento de terras por
grandes proprietários gerou um inchaço populacional urbano, contribuindo para que parte da
população emigrasse para a América do Norte.

A religião puritana contribuiu para a colonização inglesa, no sentido de que a religião


preconizava que através do trabalho se poderia alcançar a graça e a salvação divina. Os
preceitos religiosos serviram para consolidar uma ética do trabalho, contribuindo para a
prosperidade dos colonos e também conformando um rígido código de conduta social.

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