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Formação do

território
brasileiro
JÚLLIA SOUZA DE
FREITAS SILVA
7º B
COLONIZAÇÃO E EXPLORAÇÃO DO TERRITÓRIO
A colonização do Brasil foi o processo de chegada,
invasão, ocupação e exploração do território brasileiro
que foi realizado por Portugal entre os séculos XVI e
XIX. Os portugueses chegaram ao Brasil em 1500,
implantando as primeiras iniciativas mais consistentes
de ocupação e colonização a partir da década de 1530.
Esse processo teve três grandes ciclos econômicos: pau-
brasil, açúcar e ouro. O trabalho realizado era
majoritariamente por trabalhadores escravos indígenas
ou africanos. A escravização de indígenas foi proibida
em meados do século XVIII, e a de africanos, só no fim do
século XIX. Houve muita resistência à escravização
durante a colonização.

Engenho em Pernambuco, durante o período colonial.


TRATADO DE TORDESILHAS
O Tratado de Tordesilhas foi um acordo
firmado entre Portugal e Espanha, em 1494,
no intuito de demarcar os limites de
exploração dos dois reinos no Atlântico
Sul.
"A divisão se daria a partir de um
meridiano estabelecido a 370 léguas de
Cabo Verde. Nessa partição, as terras
descobertas a oeste da linha imaginária
pertenceriam aos espanhóis e as terras
descobertas a leste pertenceriam aos
portugueses. O fim do tratado se deu com a
formação da União Ibérica, quando os
reinos de Portugal e Espanha foram
unificados.
TRATADO DE MADRI
O Tratado de Madri foi um acordo realizado entre
Portugal e Espanha para resolver disputas de terras
travadas pelos colonos das duas nações na América.
"Esse acordo permitiu que o território sob o controle
de Portugal se expandisse consideravelmente e
consolidou boa parte das atuais fronteiras do Brasil.
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
As capitanias hereditárias foram implantadas a partir
da década de 1530, na divisão da América Portuguesa em
lotes de terra. Os portugueses chegaram ao Brasil por
meio da expedição de Cabral em 1500. Décadas depois, o
rei implantou capitanias hereditárias, visão do
território em 15 lotes, que foram distribuídos em 14
capitanias diferentes, cuja administração ficou sob
responsabilidade dos capitães-donatários.
CICLOS ECONÔMICOS
Houve diversos ciclos econômicos em nosso país
desde o descobrimento em 1500. Esses ciclos se
referem às atividades econômicas de destaque em
períodos distintos, como ciclo do pau-brasil, da
cana-de-açúcar, do ouro, do algodão, do café e da
borracha.
Os ciclos econômicos do Brasil estiveram,
majoritariamente, localizados nos estados mais
litorâneos do país. Essa configuração está
associada à não homogeneidade na povoação do
território nacional, às grandes diferenças
climáticas existentes no país e à disponibilidade
dos recursos com valor comercial.
PAU-BRASIL
O pau-brasil é muito conhecido, porque sua exploração foi
a primeira atividade econômica exercida pelos portugueses
na América Portuguesa durante o século XVI. A exploração
do pau-brasil foi muito intensa, principalmente em uma
fase conhecida como Período Pré-colonial, que se estendeu
até meados da década de 1530.
O interesse na extração e comercialização do pau-brasil
resultou de duas características principais inerentes a
esse vegetal: 1) as propriedades de tingimento de tecidos,
que vêm da sua coloração avermelhada; 2) sua madeira
resistente, que servia para a confecção de vários artigos,
desde instrumentos musicais até móveis.
CANA-DE-AÇÚCAR
O ciclo da cana de açúcar começou quando a matéria
prima, a cana de açúcar foi inserida ao mesmo tempo, em
três diferentes Capitanias Hereditárias: Bahia,
Pernambuco e São Vicente. No ano de 1549, Pernambuco
já tinha trinta engenhos-banguê, a Bahia tinha dezoito
engenhos-banguê e São Vicente tinha dois engenhos-
banguê.
O cultivo da cana-de-açúcar era feito em larga escala,
em grandes propriedades (latifúndios). Nessas terras,
eram plantadas apenas mudas de cana-de-açúcar, em um
sistema de monocultura. Todas essas características
buscavam a maior produtividade e lucratividade
possível para os senhores de engenho.
DROGAS DO SERTÃO
As chamadas drogas do sertão abarcavam uma série de
produtos como o guaraná, o anil, a salsa, o urucum, a noz
de pixurim, pau-cravo, gergelim, cacau, baunilha e
castanha-do-pará. Todas essas especiarias tinham alto
valor de revenda no Velho Continente e, com isso, logo o
contrabando apareceu nessas áreas.
Eram produtos extraídos da Floresta Amazônica e
comercializados na Europa. Os portugueses investiram
nesse comércio para ratificar sua presença na região
Norte do Brasil e afastar as ameaças de invasão vindas de
franceses, holandeses e ingleses. A mão de obra utilizada
nessa empreitada foi a indígena.
PECUÁRIA
Durante o período colonial, pecuária e povoamento do sertão
estiveram intimamente ligados. A partir dos engenhos de
cana-de-açúcar, que se localizavam principalmente no
litoral nordestino, foi possível aos colonos que aqui
habitavam conquistar o sertão da colônia e iniciar o
povoamento dessa região.
A pecuária desenvolveu-se inicialmente em torno dos
engenhos de cana-de-açúcar. O gado criado nesses locais,
bovino e muar, era utilizado na alimentação, na produção de
couro para utensílios de trabalho e domésticos, além da
tração animal nos trabalhos para a obtenção do açúcar.
CAFEICULTURA
O ciclo do café foi o período marcado pela produção e
exportação maciça de café, que se tornou o principal
impulsionador da economia nacional. Caracterizado pelo
modelo plantation, destacou-se pela ascensão dos "barões
do café" em grandes propriedades monocultoras,
impulsionados por vultosos investimentos e trabalho
escravo. Esse ciclo desempenhou um papel crucial na
industrialização brasileira, estimulando a construção
de ferrovias para o escoamento eficiente da produção e
promovendo o surgimento da "burguesia do café" no Oeste
Paulista.
ESCRAVIDÃO
A escravidão no Brasil iniciou-se por volta da década de
1530, quando os portugueses implantaram as bases para a
colonização da América portuguesa, para atender, mais
especificamente, à demanda dos portugueses por mão de obra
para o trabalho na lavoura. Tal processo deu-se,
primeiramente, com a escravização dos indígenas, e, ao
longo dos séculos XVI e XVII, essa foi sendo substituída
pela escravização dos africanos, trazidos por meio do
tráfico negreiro.
A escravidão no Brasil, mas não só aqui, mostrou-se uma
instituição perversa e cruel, e as suas consequências
ainda são sentidas atualmente, mais de 130 anos depois que
a Lei Áurea aboliu essa prática no país.
IMIGRAÇÃO
A imigração é um processo que marcou a história de formação
do Brasil. Diversas foram as causas que motivaram os
movimentos imigratórios no Brasil ao longo de sua história.
A principal delas foi a econômica, associada inicialmente
aos diferentes ciclos produtivos que se sucederam durante o
Brasil Colônia e posteriormente no Brasil Império.
a imigração europeia para o Brasil teve grande crescimento,
impulsionado especialmente pela crise econômica do
continente europeu, a unificação de Itália e Alemanha, a
expansão cafeeira, a necessidade de mão de obra e a forte
crise do escravismo no país.

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