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Os ciclos econômicos do Brasil são marcados por produtos que

ganharam o status de principais propulsores da economia em


diferentes períodos. Houve diversos ciclos econômicos em nosso país
desde o descobrimento em 1500. Esses ciclos se referem às atividades
econômicas de destaque em períodos distintos, como ciclo do pau-
brasil, da cana-de-açúcar, do ouro, do algodão, do café e da borracha.

Conheça as atividades que tiveram destaque na história do país

Os ciclos econômicos do Brasil dizem respeito às atividades econômicas do país em


determinado intervalo de tempo. Desde a colonização pelos portugueses, riquezas naturais
foram exploradas e culturas agrícolas foram implementadas no país. Essas atividades foram
responsáveis pela economia brasileira em determinado período e região.

Os ciclos econômicos do Brasil estiveram, majoritariamente, localizados nos estados mais


litorâneos do país. Essa configuração está associada à não homogeneidade na povoação do
território nacional, às grandes diferenças climáticas existentes no país e à disponibilidade dos
recursos com valor comercial.

Principais ciclos econômicos do Brasil

Neste artigo, vamos detalhar os principais ciclos econômicos do Brasil, partindo da colonização
até o início do século XX. São eles os ciclos do pau-brasil, do ouro, da cana-de-açúcar, do café,
do algodão e da borracha. É importante mencionar que, ainda que estudados separadamente,
a delimitação dos períodos de início e término de cada ciclo tem finalidade pedagógica.

Isso significa dizer que algumas atividades econômicas continuaram a ser desenvolvidas
mesmo quando não eram determinantes para a economia do país. Logo, afirmar que um dos
ciclos econômicos do Brasil terminou em determinado ano não significa que tenha
desaparecido completamente do território nacional.

Os portugueses exploraram o Brasil da forma mais rentável


possível, primeiramente com o Pau-Brasil, passando para cana-de-
açúcar, ouro etc. Vale mencionar, que o ciclo econômico está
relacionado às atividades citadas, mas elas não eram exclusivas,
uma vez que o Império Português tinha como objetivo
principal a obtenção de lucro.

Logo, além desses ciclos, também foram exploradas outras


atividades, dentre as quais a pecuária bovina, o artesanato e a
manufatura. Apesar de ciclo dar a ideia de que ocorreu somente
durante um período histórico, essa afirmação está equivocada,
uma vez que, até os dias de hoje, o Brasil é referência quanto à
produção de café e cana-de-açúcar, por exemplo.

Conheça os principais ciclos econômicos do Brasil


Confira a seguir mais detalhes sobre os principais ciclos econômicos
do Brasil.

Ciclo do pau-brasil
O ciclo do pau-brasil perdurou entre os anos de 1500 e 1530, período
conhecido como pré-colonial. Os portugueses buscavam por metais
preciosos em territórios recém-descobertos, contudo, não demorou
para que descobrissem o alto valor da árvore utilizada para o
tingimento de tecidos. O pau-brasil tinha valores elevados de
comercialização no mercado europeu.

Inicialmente, os portugueses negociaram com os índios para que eles


realizassem o corte e transporte da madeira. O pagamento era feito a
partir do escambo, ou seja, a troca de objetos e armas pelo serviço.

No entanto, após algum tempo, os europeus passaram a escravizar os


índios visando aumentar seus lucros. O pau-brasil começou a dar
sinais de extinção devido à exploração desmedida, algo que levou ao
fim desse ciclo.
Ciclo do Pau-Brasil

O ciclo do pau-brasil tem seu período de duração estimado entre os anos de 1500 e 1530. O
início está associado com o chamado descobrimento do Brasil. Essa foi a primeira atividade de
exploração do território brasileiro realizada pelos portugueses, que chegaram no novo território
em busca de metais preciosos.

O pau-brasil era uma árvore abundante no território brasileiro. Trata-se de uma planta nativa
da Mata Atlântica que libera uma resina vermelha. Os portugueses identificaram o potencial
desse corante para tingir tecidos e o da madeira para construção de inúmeros objetos.

Para viabilizar a implementação da exploração do pau-brasil, os portugueses negociaram com


as populações indígenas o corte e transporte da madeira. O serviço era realizado
mediante escambo com objetos e armas desconhecidos pela população nativa. Contudo, tempos
depois, eles resolveram potencializar os lucros e tentaram escravizar as populações indígenas.

O declínio do ciclo do Pau-Brasil, que é o primeiro dos ciclos econômicos do Brasil, está
associado com os conflitos gerados com a tentativa de escravização dos indígenas, escassez da
madeira e valorização comercial de uma atividade agrícola que já era desenvolvida no país:
cultivo da cana-de-açúcar.

Ciclo do Pau-Brasil
Cultivado durante o período pré-colonial (1500-1530), o ciclo do pau-brasil foi o
primeiro a despontar no país, com a a chegada dos portugueses.

Na época, eles buscavam metais preciosos nas terras descobertas. No entanto, como não
o encontraram rapidamente, começaram a perceber a importância dessa planta nativa da
Mata Atlântica utilizada para o tingimento de tecidos e com grande valor no mercado
europeu.

Diante disso, os portugueses começaram a negociar com os índios utilizando o escambo,


ou seja, em troca do corte e do transporte da madeira, os portugueses lhes ofereciam
objetos e armas desconhecidas pelos índios. Mais tarde, escravizaram os índios para
enriquecer ainda mais.

Entretanto, a madeira que fora demasiadamente explorada começou a apresentar sinais


de extinção. Além disso, o açúcar já possuía grande valor no mercado europeu.

Assim, foi o fim do ciclo do pau-brasil para dar início ao ciclo da cana, que já era
cultivada por eles em outras regiões do mundo.
A exploração do Pau-Brasil

Durante as Grandes Navegações, Portugal buscava metais


preciosos. Esses, porém, não foram encontrados na costa atlântica
brasileira. Assim sendo, outra exploração econômica era
necessária. Até a primeira metade do século XVI, o pau-brasil foi
explorado no nosso país.

Devido à coloração avermelhada da madeira, a mesma era


utilizada para tingir os tecidos na Europa. Nessa ocasião, os
portugueses utilizavam a mão de obra indígena para cortar e
transportar a árvore e, em troca, recebiam algum artefato (prática
conhecida como escambo).

Esse foi um dos ciclos econômicos do brasil mais cursos, pois os


portugueses perceberam uma rentabilidade maior na plantação
de cana-de-açúcar. Isso sem falar que esse ciclo impossibilitava a
implantação de núcleos de povoamento.

Vale lembrar que, para alguns estudiosos, o ciclo do pau-brasil


não é considerado um ciclo econômico, uma vez que ocorreu em
um período conhecido como pré-colonial.

O ciclo da cana-de-açúcar

O segundo ciclo econômico foi o da cana-de-açúcar que durou


até o final do século XVIII. Entre os motivos que levaram os
portugueses a cultivarem essa cultura, podemos destacar: as
condições climáticas e pedológicas (solo) eram favoráveis à
germinação.

O Império Português já possuía técnicas de plantio, uma vez que


havia plantado em outros locais e, principalmente, o açúcar era
um produto de alto valor no mercado europeu. Cabe destacar que
o sistema de plantio utilizado foi o plantation:

 caracterizado pela monocultura, no caso, somente cana;


 pelo latifúndio (enormes áreas de terras);
 uso de mão de obra escrava proveniente da África;
 e plantação voltada para o mercado externo, especialmente
para Europa.

Esse ciclo entrou em crise graças à União Ibérica (domínio


espanhol sobre o português, inclusive das colônias), pois, dessa
forma, os espanhóis expulsaram os holandeses que plantavam
cana no Nordeste.

Assim, os holandeses foram plantar cana-de-açúcar na América


Central (na área insular – ilhas – conhecida como Antilhas ou
Caribe), passando a ter o controle sobre a distribuição e a
comercialização do açúcar.

O gado era utilizado para mover os equipamentos que moíam


cana-de-açúcar, bem como para provisão de alimento (leite e
carne) e vestuário (couro), porém, como o ciclo canavieiro estava
comprometido e os portugueses precisavam explorar a colônia de
alguma outra forma, optaram por marchar para o interior do país.

Dessa forma, após ter chegado ao Rio São Francisco, fazendas de


gado foram implantadas até Minas Gerais, estado que iniciou o
ciclo da mineração (ou do ouro). Portanto, podemos concluir que
a atividade econômica pecuarista foi a ponte entre o ciclo da
cana-de-açúcar e o ciclo do ouro.

Assim como na atividade canavieira, o ciclo do ouro também


utilizou mão de obra escrava africana. Além de Minas Gerais,
foram encontradas jazidas de ouro em Goiás e Mato Grosso. O
diamante também foi explorado, mas em uma escala muito
menor.

Esse período, do século XVII ao XVIII, foi o auge econômico da


metrópole (Portugal), pois ela se enriqueceu rapidamente. Como
consequência dos núcleos de povoamento, houve um aumento
considerável da natalidade, e as classes sociais ficaram mais
divididas, fazendo com que a economia dinamizasse na região
central do nosso país.

A influência da Inconfidência Mineira na economia do país

Outro ponto importante para ser relatado é a Inconfidência


Mineira (1792). Revoltados com os altos impostos, altas taxas,
punições e abusos de poder executados pela Coroa Portuguesa, a
população queria a independência.

Esse ciclo entrou em declínio por causa do “esgotamento das


minas”, entre aspas, pois, naquela época, não existia tecnologia
suficiente para fazer extrações em profundidades ainda maiores.

Considerando que a Revolução Industrial alavancou a produção


têxtil (tecido), a plantação de algodão cresceu de forma
significativa. Logo, temos o ciclo do algodão, para atender o
mercado europeu e estadunidense (devido à Guerra Civil).

A produção estava concentrada principalmente no Maranhão, mas


também em outros estados, dentre os quais: Bahia, Ceará,
Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro e Pará. Vale frisar que essa
cultura também estava ligada ao desenvolvimento industrial
dessas regiões.
Cultura do “ouro branco”

Entre os séculos XVIII e XIX, após a crise do ciclo do ouro, o


algodão era o principal produto exportado, assim sendo, essa
cultura ficou conhecida como “ouro branco”. Outro
acontecimento marcante desse período foi o “Renascimento
Agrícola”, uma vez que outros produtos tropicais foram plantados
no Brasil para suprir a demanda do mercado europeu.

Com o advento do ciclo do café, o algodão deixou de ser o


principal produto de exportação. No entanto, não podemos
esquecer que o Brasil ainda é um dos maiores produtores dessa
cultura.

Ciclo da cana-de-açúcar
O segundo dos principais ciclos econômicos do país foi o da cana-de-
açúcar, que se desenvolveu no período conhecido como Brasil
colonial. O açúcar, assim como o pau-brasil, também tinha grande
valor no mercado europeu.

Um fator facilitador foi que os portugueses já encontraram a planta


por aqui. Além disso, eles tinham conhecimentos de plantio, haja vista
que produziam cana-de-açúcar em outros territórios.

Nesse ciclo já era utilizada amplamente a mão de obra escrava


africana, pois os índios adoeciam com facilidade em contato com os
portugueses e se rebelavam intensamente contra a escravização. As
principais características desse ciclo eram ser uma monocultura, usar
mão de obra escrava e ter produção direcionada para o mercado
externo.
Ciclo da Cana-de-açúcar
O segundo dos ciclos econômicos do Brasil tem a cana-de-açúcar como principal produto de
aquecimento da economia da colônia portuguesa. A emergência desse ciclo no território
brasileiro está diretamente ligada com a valorização do açúcar no mercado europeu. As técnicas
de plantio da cana já eram dominadas pelos portugueses, que cultivavam o produto em outras
colônias.

O ciclo da cana-de-açúcar tem duração estimada entre o período que compreende a segunda
metade do século XVI e o final do século XVII. A atividade agrícola ficou concentrada
na região Nordeste do país, onde foram instalados os engenhos de cana-de-
açúcar. Bahia e Pernambuco foram os principais centros de produção e onde acontecia a vida
social, política e econômica da colônia.

Nesse período, a força de trabalho utilizada é a dos povos negros escravizados, vigorava
o sistema plantation com adoção da monocultura. A produção de açúcar realizada no Brasil
tinha como finalidade o mercado externo.

Ciclo da Cana-de-Açúcar
O ciclo da cana-de-açúcar foi o segundo ciclo econômico desenvolvido durante o Brasil
colonial. Era um produto valorizado no mercado europeu e os portugueses já plantavam
a cana em outros locais e, portanto, possuíam técnicas de plantio.

Cana-de-Açúcar

Nesse período, já era utilizada a mão-de obra escrava africana, posto que os índios
foram acometidos por diversas doenças e, os que sobreviviam a essa exploração,
tentavam fugir. Como conheciam bem melhor o território, os portugueses tinham
dificuldade de encontrá-los.

Foi assim, que começou o tráfico negreiro e o transporte dos escravos africanos. O
açúcar nesse momento, foi o principal produto de exportação. As principais
características do ciclo da cana são:

 Sistema Plantation
 Monocultura
 Latifúndios
 Uso de mão-de-obra-escrava
 Voltado para o mercado externo
Ciclo do ouro
No final do século XVII, os portugueses descobriram a existência de
diversas jazidas de ouro no Brasil, em especial no estado de Minas
Gerais. A partir de então, se deu início a uma intensa exploração das
jazidas de ouro em Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. O auge desse
ciclo ocorreu durante o século XVIII.

A grande concorrência mundial no mercado açucareiro fez com que os


portugueses investissem massivamente na extração de ouro, pois viam
essa exploração como a possibilidade de manter a estabilidade
econômica.

Esse ciclo foi o auge da economia colonial e todo o ouro era enviado à
Europa. Nessa fase, o Brasil apresentou um significativo crescimento
populacional. O ciclo chegou ao fim na segunda metade do século
XVIII devido ao esgotamento das minas de ouro.
Ciclo do Ouro

De acordo com historiadores, o ciclo do ouro representou o ápice da economia brasileira no


período colonial. A atividade de mineração no Brasil tem início no final do século XVII com a
descoberta das primeiras minas. Nesse período, o Nordeste perde a centralidade que tinha
durante o ciclo da cana-de-açúcar. Agora as atenções se voltam para a região Sudeste.

A exploração dos minérios de ouro acontece, principalmente, em Minas Gerais. Contudo, serão
encontradas jazidas em Goiás e Mato Grosso. Mais uma vez, todas as riquezas encontradas no
país são direcionadas para a Europa. O trabalho escravo ainda se constitui como a mão de obra
que viabiliza o desenvolvimento da atividade econômica.

O terceiro dos ciclos econômicos do Brasil gera riquezas não somente para os donos das minas,
mas também para a Coroa Portuguesa, que cobrava imposto sobre as riquezas encontradas.
Durante o ciclo do ouro acontece a Inconfidência Mineira. O declínio da mineração se deu
devido ao esgotamento das jazidas.

Ciclo do Ouro
O ciclo do ouro ou da mineração começa no final do século XVII quando os
portugueses encontram diversas jazidas do mineral. Isso ocorreu, sobretudo, na região
do estado de Minas Gerais, atingindo seu auge no século XVIII.
Além de Minas, as jazidas de ouro foram encontradas também nos estados de Goiás e
do Mato Grosso.

Ouro

Trata-se de um período de auge da economia colonial. Os portugueses, que já sofriam


com a concorrência mundial do açúcar, passaram a investir na extração do minério por
acreditar na estabilidade econômica.

Esse “boom” econômico gerou riquezas para a metrópole que enviava todo o ouro para
a Europa. Nessa fase, houve também um aumento considerável da população no país. O
ciclo do ouro termina em fins do século XVIII pelo esgotamento das minas no país.

A Inconfidência Mineira (1792) foi um dos importantes movimentos que ocorrera na


época do Ciclo do Ouro, que tinha como objetivo principal a libertação da colônia.

Ciclo do algodão
Após a crise do ciclo do ouro, o algodão se tornou o principal produto
exportado pelo Brasil. Nesse período, o algodão era conhecido como
ouro branco. A demanda por essa matéria-prima cresceu
exponencialmente durante a Revolução Industrial, em especial na
Inglaterra. A indústria têxtil necessitava amplamente de algodão, logo,
o produto se tornou de grande relevância para a economia brasileira.

Especialistas nomeiam esse ciclo também como o Renascimento


Agrícola, pois foi um momento em que, além do algodão, o Brasil se
dedicou à produção de outros produtos tropicais para atender as
necessidades da Europa. A explosão demográfica da população
europeia contribuiu para fortalecer esse ciclo, já que o consumo
europeu desses itens aumentou.
Ciclo do Algodão
Com o esgotamento das minas de ouro no país, o algodão (chamado de "ouro branco")
passa a ser um dos principais produtos de exportação a partir do século XVIII e início
do XIX.

Algodão
Com o advento da Revolução Industrial na Inglaterra e a necessidade de obter matéria
prima para a indústria têxtil, o algodão passou a ter um papel preponderante na
economia do país.

Essa fase é chamada de “Renascimento Agrícola” uma vez muitos produtos tropicais
começam a ser cultivados simultaneamente pelo país, com o intuito de suprir o mercado
externo europeu.

Um dos fatores determinantes foi o crescimento da população europeia nesse período e,


consequentemente, o aumento do consumo de produtos tropicais.

Ciclo do Algodão

A Revolução Industrial, em especial na Inglaterra, cria uma enorme demanda por matéria prima
para suprir a indústria têxtil. Nesse contexto, o algodão passa a ser considerado o ouro branco
e se torna o produto principal de mais um dos ciclos econômicos do Brasil. A produção
brasileira se concentra nos estados de Pernambuco, Bahia, São Paulo e Ceará.

Para alguns historiadores, o período que compreende o ciclo do algodão - XVIII até o começo
do XIX - é o chamado Renascimento Agrícola. Isso porque muitos produtos tropicais passam a
ter destaque na produção nacional. Isso acontece devido ao aumento da demanda da Europa.

O ciclo do café

O ciclo do café, além de ter contribuído com o desenvolvimento


econômico, principalmente do estado de São Paulo, fez com que
vários aspectos econômicos se desenvolvessem de uma forma
acelerada: a infraestrutura de transporte, no caso, as ferrovias; a
fundação das cidades; a indústria; o comércio; e os serviços.

O café é uma cultura de fácil cultivo, pois o Oeste Paulista e o Vale


do Paraíba, principalmente, possuem solo fértil, conhecido como
terra roxa. Além disso, há pouco desperdício e o transporte é mais
barato, sem falar que possui um alto valor no mercado europeu e
estadunidense.
Com base nessas vantagens, os barões do café enriqueceram
rapidamente, investindo parte de seus lucros na construção de
ferrovias e energia elétrica. Dessa forma, várias cidades foram
fundadas ao redor das estações ferroviárias.

Vale mencionar que a mão de obra utilizada a priori era escrava e


depois imigrante, com destaque para os italianos. A produção
entrou em decadência com a Crise de 1929. Apesar de o ciclo
compreender, para a maioria dos historiadores, o período entre os
séculos XVIII e XX, ainda hoje o Brasil é o maior exportador e o
segundo maior consumidor dessa cultura.

Ciclo do café
Após o ciclo do algodão, se desenvolveu o chamado ciclo do café,
momento em que o produto passou a ser conhecido como “ouro
negro”. Assim que as primeiras mudas chegaram ao país, em torno do
século XVIII, o café passou a ser o principal produto de exportação.
No entanto, o auge foi alcançado durante o século XIX.

O cultivo de café foi especialmente desenvolvido no oeste paulista e


região do Vale do Paraíba que tinha terra roxa, solo indicado para o
plantio. O começo desse ciclo se deu em paralelo ao ciclo do algodão,
momento em que a queda da exportação da cana-de-açúcar estava
afetando a economia.

Inicialmente, a mão de obra escrava foi amplamente utilizada para o


fortalecimento desse ciclo. Porém, isso mudou com a chegada de
inúmeros imigrantes, especialmente os italianos. No final do século
XIX, o Brasil era responsável por exportar mais da metade do que era
produzido para venda e consumo mundial.
Ciclo do Café

Se o algodão ficou conhecido como ouro branco, o café será o ouro negro. As primeiras mudas
da planta chegam ao Brasil ainda no final do século XVIII, mas o ápice do quinto dos ciclos
econômicos do Brasil se dá no século seguinte.

Uma vez que a planta não era nativa do Brasil foi preciso encontrar solo favorável para seu
cultivo. A terra roxa, que propiciou o plantio do café no país, foi encontrada no oeste paulista e
na região do Vale do Paraíba.

No final do século XIX, o Brasil chegou a ser responsável pela produção de metade do café
consumido a nível mundial. No início do ciclo do café, a mão de obra escrava era usada nas
lavouras. Contudo, é ainda durante esse ciclo econômico que acontece a abolição da
escravatura no Brasil e há estímulo para a vinda de imigrantes europeus para o país.

O ciclo da borracha foi bem curto, durou apenas 30 anos, de 1890


a 1920, pois Henry Wickham (botânico inglês) roubou sementes
da seringueira. Até então, a seringueira era uma árvore exclusiva
da Amazônia, mas ele conseguiu germinar sementes e as plantou-
a na Ásia.

Como o Sul desse continente tem um clima semelhante ao Norte


do nosso país, a plantação germinou. Iniciou-se a construção de
uma ferrovia para escoar a produção, mas, devido à concorrência
inglesa, ela entrou em decadência em 1930, e atualmente
encontra-se desativada.

Dessa árvore extrai-se o látex, matéria-prima para fabricação de


borracha, para abastecer os Estados Unidos e a Europa. Nos
primeiros anos de exploração, cerca da metade das exportações
brasileiras eram provenientes do látex.

Cabe ressaltar, que o ciclo da borracha contribuiu, sobremaneira,


com o desenvolvimento da Região Norte, especialmente das
cidades de Manaus, Belém e Porto Velho. Além desse fato, a
população nordestina migrou em massa para trabalhar nos
seringais.

Ciclo da borracha
Entre os anos de 1890 e 1920, o látex utilizado para a produção de
borracha era o principal produto de exportação. O ciclo da borracha
foi dividido em duas fases, a primeira, entre 1879 e 1912, e a segunda,
entre 1942 e 1945. As cidades em que o ciclo se desenvolveu mais
amplamente foram Manaus, Belém e Porto Velho.

O primeiro ciclo da borracha no Brasil foi impulsionado pela


Revolução Industrial inglesa. O produto, extraído da seringueira, era
produzido no Brasil e mais de 40% da exportação brasileira era
oriunda da Amazônia.

O segundo ciclo da borracha se desenvolveu durante a Segunda


Guerra Mundial. Os japoneses invadiram a Malásia em 1942, de
forma a tomar o controle dos seus seringais. Foi então que os Estados
Unidos repassaram mais de 100 milhões de dólares para o Brasil em
troca do fornecimento de artigos relevantes para a defesa nacional
como a borracha.
Ciclo da Borracha

O sexto dos ciclos econômicos do Brasil acontece entre o final do século XIX e início do XX.
Nesse período, a região amazônica grande centralidade na economia brasileira devido à extração
do látex que acontece, principalmente, nas cidades de Manaus (Amazonas), Porto
Velho (Roraima) e Belém (Pará).

Os historiadores dividem esse ciclo em dois períodos. O primeiro vai de 1879 a 1912 e o
segundo compreende os anos de 1942 a 1945. A produção brasileira tinha como finalidade o
mercado externo e os EUA e a Europa eram os principais consumidores.
Pecuária

A história da pecuária no Brasil tem início no século XVI, quando as primeiras


cabeças de gado chegaram no Nordeste, mais precisamente na capitania de
São Vicente.

Naquela época era pouco provável de se acreditar que a pecuária se tornaria


uma atividade essencial para a economia brasileira atual. No entanto, para
chegarmos aonde estamos hoje, foi preciso uma longa jornada de dedicação e
aprendizado.

Por isso, neste artigo contamos a história da pecuária no Brasil para que você
entenda como nos tornamos o maior produtor de carne do mundo. Continue a
leitura e confira!

História da pecuária no Brasil


Inicialmente, a criação de bovino tinha o único objetivo de obter animais para
tração nas fazendas, facilitando assim o plantio. Assim, somente a partir do
século XVII é que o gado passa a ser criado de forma independente, visando o
abate.

É importante destacar que a pecuária foi uma atividade fundamental para a


colonização do Brasil, uma vez que os rebanhos demandavam muito espaço
para pastar, sendo necessário expandir cada vez mais as áreas de criação.

Assim, a pecuária aumentou suas fronteiras em busca de mais pasto e a


criação de gado expandiu para a região Centro-Oeste do país, até então pouco
explorada.

Somente no século XVIII, é que a pecuária bovina chega ao Sul do país. Nessa
região, a atividade encontra um ambiente propício para prosperar, uma vez que
lá a água era encontrada em abundância. Rapidamente, a pecuária se torna
uma das principais atividades da região.

Da região sul, a atividade se popularizou em todo o restante do país e


pecuaristas buscaram cada vez mais aperfeiçoar suas técnicas e rebanhos.

A partir do século XX, a atividade pecuária começa a passar por uma


modernização. Esse movimento propulsionou a introdução gradual de
novas raças, estabeleceu padrões de qualidade e uma maior preocupação com
a saúde e alimentação dos animais, fatores que levaram o país a dar um salto
quantitativo e qualitativo na atividade.

Um novo patamar de qualidade na pecuária de corte se estabelece a partir da


década de 90 com o investimento no aprimoramento genético, o que levou o
Brasil ao ranking dos principais produtores e exportadores de carne e material
genético do mundo.

Pecuária brasileira nos dias de hoje


Atualmente, o Brasil contempla o maior rebanho bovino comercial do mundo,
com padrão internacional de qualidade, graças a toda evolução no
desempenho de qualidade mencionado ao longo deste texto.

O país se tornou referência em produção pecuária e a nossa carne


mundialmente reconhecida. Apesar do destaque para a produção de bovinos, a
pecuária brasileira ainda contempla a produção de aves, equinos, ovinos e
bubalinos.

Além do destaque para a criação de gado de corte, diversas regiões do país


despontam na produção leiteira.

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