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Neste artigo, vamos detalhar os principais ciclos econômicos do Brasil, partindo da colonização
até o início do século XX. São eles os ciclos do pau-brasil, do ouro, da cana-de-açúcar, do café,
do algodão e da borracha. É importante mencionar que, ainda que estudados separadamente,
a delimitação dos períodos de início e término de cada ciclo tem finalidade pedagógica.
Isso significa dizer que algumas atividades econômicas continuaram a ser desenvolvidas
mesmo quando não eram determinantes para a economia do país. Logo, afirmar que um dos
ciclos econômicos do Brasil terminou em determinado ano não significa que tenha
desaparecido completamente do território nacional.
Ciclo do pau-brasil
O ciclo do pau-brasil perdurou entre os anos de 1500 e 1530, período
conhecido como pré-colonial. Os portugueses buscavam por metais
preciosos em territórios recém-descobertos, contudo, não demorou
para que descobrissem o alto valor da árvore utilizada para o
tingimento de tecidos. O pau-brasil tinha valores elevados de
comercialização no mercado europeu.
O ciclo do pau-brasil tem seu período de duração estimado entre os anos de 1500 e 1530. O
início está associado com o chamado descobrimento do Brasil. Essa foi a primeira atividade de
exploração do território brasileiro realizada pelos portugueses, que chegaram no novo território
em busca de metais preciosos.
O pau-brasil era uma árvore abundante no território brasileiro. Trata-se de uma planta nativa
da Mata Atlântica que libera uma resina vermelha. Os portugueses identificaram o potencial
desse corante para tingir tecidos e o da madeira para construção de inúmeros objetos.
O declínio do ciclo do Pau-Brasil, que é o primeiro dos ciclos econômicos do Brasil, está
associado com os conflitos gerados com a tentativa de escravização dos indígenas, escassez da
madeira e valorização comercial de uma atividade agrícola que já era desenvolvida no país:
cultivo da cana-de-açúcar.
Ciclo do Pau-Brasil
Cultivado durante o período pré-colonial (1500-1530), o ciclo do pau-brasil foi o
primeiro a despontar no país, com a a chegada dos portugueses.
Na época, eles buscavam metais preciosos nas terras descobertas. No entanto, como não
o encontraram rapidamente, começaram a perceber a importância dessa planta nativa da
Mata Atlântica utilizada para o tingimento de tecidos e com grande valor no mercado
europeu.
Assim, foi o fim do ciclo do pau-brasil para dar início ao ciclo da cana, que já era
cultivada por eles em outras regiões do mundo.
A exploração do Pau-Brasil
O ciclo da cana-de-açúcar
Ciclo da cana-de-açúcar
O segundo dos principais ciclos econômicos do país foi o da cana-de-
açúcar, que se desenvolveu no período conhecido como Brasil
colonial. O açúcar, assim como o pau-brasil, também tinha grande
valor no mercado europeu.
O ciclo da cana-de-açúcar tem duração estimada entre o período que compreende a segunda
metade do século XVI e o final do século XVII. A atividade agrícola ficou concentrada
na região Nordeste do país, onde foram instalados os engenhos de cana-de-
açúcar. Bahia e Pernambuco foram os principais centros de produção e onde acontecia a vida
social, política e econômica da colônia.
Nesse período, a força de trabalho utilizada é a dos povos negros escravizados, vigorava
o sistema plantation com adoção da monocultura. A produção de açúcar realizada no Brasil
tinha como finalidade o mercado externo.
Ciclo da Cana-de-Açúcar
O ciclo da cana-de-açúcar foi o segundo ciclo econômico desenvolvido durante o Brasil
colonial. Era um produto valorizado no mercado europeu e os portugueses já plantavam
a cana em outros locais e, portanto, possuíam técnicas de plantio.
Cana-de-Açúcar
Nesse período, já era utilizada a mão-de obra escrava africana, posto que os índios
foram acometidos por diversas doenças e, os que sobreviviam a essa exploração,
tentavam fugir. Como conheciam bem melhor o território, os portugueses tinham
dificuldade de encontrá-los.
Foi assim, que começou o tráfico negreiro e o transporte dos escravos africanos. O
açúcar nesse momento, foi o principal produto de exportação. As principais
características do ciclo da cana são:
Sistema Plantation
Monocultura
Latifúndios
Uso de mão-de-obra-escrava
Voltado para o mercado externo
Ciclo do ouro
No final do século XVII, os portugueses descobriram a existência de
diversas jazidas de ouro no Brasil, em especial no estado de Minas
Gerais. A partir de então, se deu início a uma intensa exploração das
jazidas de ouro em Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. O auge desse
ciclo ocorreu durante o século XVIII.
Esse ciclo foi o auge da economia colonial e todo o ouro era enviado à
Europa. Nessa fase, o Brasil apresentou um significativo crescimento
populacional. O ciclo chegou ao fim na segunda metade do século
XVIII devido ao esgotamento das minas de ouro.
Ciclo do Ouro
A exploração dos minérios de ouro acontece, principalmente, em Minas Gerais. Contudo, serão
encontradas jazidas em Goiás e Mato Grosso. Mais uma vez, todas as riquezas encontradas no
país são direcionadas para a Europa. O trabalho escravo ainda se constitui como a mão de obra
que viabiliza o desenvolvimento da atividade econômica.
O terceiro dos ciclos econômicos do Brasil gera riquezas não somente para os donos das minas,
mas também para a Coroa Portuguesa, que cobrava imposto sobre as riquezas encontradas.
Durante o ciclo do ouro acontece a Inconfidência Mineira. O declínio da mineração se deu
devido ao esgotamento das jazidas.
Ciclo do Ouro
O ciclo do ouro ou da mineração começa no final do século XVII quando os
portugueses encontram diversas jazidas do mineral. Isso ocorreu, sobretudo, na região
do estado de Minas Gerais, atingindo seu auge no século XVIII.
Além de Minas, as jazidas de ouro foram encontradas também nos estados de Goiás e
do Mato Grosso.
Ouro
Esse “boom” econômico gerou riquezas para a metrópole que enviava todo o ouro para
a Europa. Nessa fase, houve também um aumento considerável da população no país. O
ciclo do ouro termina em fins do século XVIII pelo esgotamento das minas no país.
Ciclo do algodão
Após a crise do ciclo do ouro, o algodão se tornou o principal produto
exportado pelo Brasil. Nesse período, o algodão era conhecido como
ouro branco. A demanda por essa matéria-prima cresceu
exponencialmente durante a Revolução Industrial, em especial na
Inglaterra. A indústria têxtil necessitava amplamente de algodão, logo,
o produto se tornou de grande relevância para a economia brasileira.
Algodão
Com o advento da Revolução Industrial na Inglaterra e a necessidade de obter matéria
prima para a indústria têxtil, o algodão passou a ter um papel preponderante na
economia do país.
Essa fase é chamada de “Renascimento Agrícola” uma vez muitos produtos tropicais
começam a ser cultivados simultaneamente pelo país, com o intuito de suprir o mercado
externo europeu.
Ciclo do Algodão
A Revolução Industrial, em especial na Inglaterra, cria uma enorme demanda por matéria prima
para suprir a indústria têxtil. Nesse contexto, o algodão passa a ser considerado o ouro branco
e se torna o produto principal de mais um dos ciclos econômicos do Brasil. A produção
brasileira se concentra nos estados de Pernambuco, Bahia, São Paulo e Ceará.
Para alguns historiadores, o período que compreende o ciclo do algodão - XVIII até o começo
do XIX - é o chamado Renascimento Agrícola. Isso porque muitos produtos tropicais passam a
ter destaque na produção nacional. Isso acontece devido ao aumento da demanda da Europa.
O ciclo do café
Ciclo do café
Após o ciclo do algodão, se desenvolveu o chamado ciclo do café,
momento em que o produto passou a ser conhecido como “ouro
negro”. Assim que as primeiras mudas chegaram ao país, em torno do
século XVIII, o café passou a ser o principal produto de exportação.
No entanto, o auge foi alcançado durante o século XIX.
Se o algodão ficou conhecido como ouro branco, o café será o ouro negro. As primeiras mudas
da planta chegam ao Brasil ainda no final do século XVIII, mas o ápice do quinto dos ciclos
econômicos do Brasil se dá no século seguinte.
Uma vez que a planta não era nativa do Brasil foi preciso encontrar solo favorável para seu
cultivo. A terra roxa, que propiciou o plantio do café no país, foi encontrada no oeste paulista e
na região do Vale do Paraíba.
No final do século XIX, o Brasil chegou a ser responsável pela produção de metade do café
consumido a nível mundial. No início do ciclo do café, a mão de obra escrava era usada nas
lavouras. Contudo, é ainda durante esse ciclo econômico que acontece a abolição da
escravatura no Brasil e há estímulo para a vinda de imigrantes europeus para o país.
Ciclo da borracha
Entre os anos de 1890 e 1920, o látex utilizado para a produção de
borracha era o principal produto de exportação. O ciclo da borracha
foi dividido em duas fases, a primeira, entre 1879 e 1912, e a segunda,
entre 1942 e 1945. As cidades em que o ciclo se desenvolveu mais
amplamente foram Manaus, Belém e Porto Velho.
O sexto dos ciclos econômicos do Brasil acontece entre o final do século XIX e início do XX.
Nesse período, a região amazônica grande centralidade na economia brasileira devido à extração
do látex que acontece, principalmente, nas cidades de Manaus (Amazonas), Porto
Velho (Roraima) e Belém (Pará).
Os historiadores dividem esse ciclo em dois períodos. O primeiro vai de 1879 a 1912 e o
segundo compreende os anos de 1942 a 1945. A produção brasileira tinha como finalidade o
mercado externo e os EUA e a Europa eram os principais consumidores.
Pecuária
Por isso, neste artigo contamos a história da pecuária no Brasil para que você
entenda como nos tornamos o maior produtor de carne do mundo. Continue a
leitura e confira!
Somente no século XVIII, é que a pecuária bovina chega ao Sul do país. Nessa
região, a atividade encontra um ambiente propício para prosperar, uma vez que
lá a água era encontrada em abundância. Rapidamente, a pecuária se torna
uma das principais atividades da região.