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PERÍODO COLONIAL

(1530-1822)
O Brasil Colônia é o período que compreende os anos de 1530 a 1822. Esse fato
histórico foi iniciado com a primeira expedição realizada por Martim Afonso de
Souza, no litoral brasileiro.
BRASIL PRÉ-COLONIAL

No período pré-colonial a economia


baseava-se na exploração do pau-brasil.
Essa atividade consistia na extração de
tinta da madeira para a pintura de
tecidos. Portanto, essa era a atividade
 Brasil Colônia: o começo econômica da época. Para cortar a
 De acordo com a história do Brasil, o marco inicial do Brasil madeira, os portugueses davam aos
índios objetos como: quinquilharias,
Colônia foi o momento em que D. João III encaminhou Martim
metais, espelhos, colares, entre outros.
Afonso de Souza, em 1530, para realizar uma expedição
Na história chama-se essa troca
colonizadora no litoral brasileiro. A finalidade foi estabelecer vilas e
de escambo.
dividir lotes de terras para os donatários (pessoa que administrava
terras que recebiam) explorarem metais preciosos e cultivassem a
cana-de-açúcar. O trabalho de expedição de Martim Afonso de
Souza estendeu-se do litoral de Pernambuco até o rio da Prata. Ele
fundou no litoral paulista a primeira vila do Brasil, em 1532,
denominada de Vila de São Vicente
AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
 A partir de então, Portugal adotou uma medida para estabelecer o processo de colonização do Brasil: as Capitanias Hereditárias.
Essa estratégia consistiu na divisão do país em 15 capitanias hereditárias, que eram faixas de terras que abrangia o litoral
brasileiro até o limite estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas. Esse era um documento que atestava o acordo entre Portugal e
Espanha sobre os limites das terras descoberta por ambos. Como foi dito, quem recebia os lotes eram denominados de donatários.
Já os documentos que atestavam o direito de posse das terras eram denominadas carta de doação e floral.

• Pará – João de Barros e Aires a Cunha


• Maranhão – Fernando Álvares de Andrade
• Piauí – Antônio Cardoso de Barros
• Rio Grande- João de Barros e Aires da Cunha
• Itamaracá – Pero Lopes de Souza
• Pernambuco- Duarte Coelho
• Baía de Todos os Santos – Francisco Pereira Coutinho
• Ilhéus – Jorge Pereira Coutinho
• Porto Seguro – Pero de Campo Tourinho
• Espírito Santo – Vasco Fernandes Coutinho
• São Tomé- Pero de Góis
• Rio de Janeiro - Martim Afonso de Souza
• Santo Amaro - Pero Lopes de Souza
• São Vicente – Martim Afonso de Souza
• Santana – Pero Lopes de Souza
MOTIVOS DE PORTUGAL PARA A COLONIZAÇÃO:
A TERRA RECÉM-DESCOBERTA DESPERTAVA O INTERESSE NÃO APENAS DE
PORTUGAL, MAS TAMBÉM DE OUTRAS NAÇÕES. OS LUSITANOS ENFRENTAVAM
AMEAÇAS DE NAVIOS ESTRANGEIROS QUE CERCAVAM O LITORAL BRASILEIRO.
COMO EXEMPLO, OS FRANCESES QUE HAVIAM FORTALECIDO RELAÇÕES COM OS
INDÍGENAS. ALÉM DISSO, ALGUNS PAÍSES NÃO RECONHECIAM O TRATADO DE
TORDESILHAS.
NÃO APENAS A AMEAÇA ESTRANGEIRA DE INSTALAR-SE NO BRASIL, MAS
TAMBÉM A BUSCA POR METAIS PRECIOSOS CONTRIBUÍRAM PARA A ESCOLHA DE
PORTUGAL EM COLONIZAR O PAÍS. A ESPANHA HAVIA DESCOBERTO OURO NA
AMÉRICA. COM ISSO, OS PORTUGUESES CRIARAM A EXPECTATIVA DE ENCONTRAR
O BRILHANTE DE COR AMARELA TAMBÉM EM SOLO BRASILEIRO.
GOVERNO GERAL
 O Governo Geral representou uma medida político-
administrativa adotada pela Coroa Portuguesa (Rei Dom
João III), em 1548, a fim de centralizar, administrar,
restabelecer o poder e reforçar a colonização no período do
Brasil Colônia, após o fracasso das capitanias hereditárias.
Logo, possibilitando assim a criação de novos cargos
políticos com o intuito de dividir as diversas tarefas: ouvidor-
mor (assuntos judiciais), provedor-mor (questões
financeiras), alcaide-mor (funções de organização,
administração e defesa militar) e capitão-mor (questões
jurídicas e de defesa).
 O governador geral, indicado pelo rei, seria responsável pelo
desenvolvimento econômico da colônia, desde criação de
engenhos, administração e proteção de terras, inserção dos
indígenas na população, dentre outros.
MOTIVOS PELO
QUAL ALGUMAS
CAPITANIAS NÃO
DERAM CERTO:
• Ausência de recursos financeiros;
• Ataque de índios;
• Amaça de estrangeiros;
• Distância em relação à Metrópole.
QUEM FORAM OS GOVERNADORES
GERAIS:
Para administrar a colônia e responder em nome do rei foi
escolhido um governador-geral. O três primeiros foram:

• Tomé de Souza: ele foi o primeiro governador-geral. Na
sua administração fundou a cidade de Salvador (1549), a
primeira capital da colônia. O governo de Tomé de Souza
durou de 1549 a 1553;
• Duarte da Costa: ele foi o segundo governador geral da
colônia. O governo dele durou de 1553 a 1558;
• Mem de Sá: o terceiro a assumir o governo geral. Na
administração de Mem de Sá os franceses foram expulsos
do Brasil. Ele também fundou a cidade de São Sebastião
do Rio de Janeiro e permaneceu no cargo de 1558 a 1572.
ECONOMIA DA ÉPOCA:
 Para estabelecer a política econômica no Brasil, Portugal adotou
algumas medidas, como a produção de cana-de-açúcar. Essa
escolha foi em razão das experiências bem-sucedidas de Portugal
em outras colônias como São Tomé, Ilhas de Madeira, Açores e
Cabo Verde.
 O comércio na colônia respeitava a medida do pacto colonial que
era o direito de exclusividade de comercialização entre colônia e
metrópole. Os portugueses utilizaram, a princípio, como mão de
obra escrava os índios. Estes, no entanto, resistiram e, além disso, a
prática era condenada pelos jesuítas. A partir de então, donos de
comércios escravizaram negros que vieram da África nos navios-
negreiros. Os jesuítas reagiram contra a prática de escravidão dos
índios. Porém concordavam com a escravidão dos negros.
INVASÃO HOLANDESA
A invasão holandesa foi um dos fatos que ameaçou o domínio
português sobre o Brasil. Em 1580 ocorreu a União Ibérica que foi a unificação
entre as coroas de Portugal e Espanha. A Holanda era parceira dos portugueses,
porém inimiga dos espanhóis.
Os holandeses haviam investido na produção de cana-de-açúcar no
Brasil. No entanto, eles foram afastados dos negócios. Com isso, em 1624
tentaram invadir a colônia, no estado da Bahia, permanecendo até 1625. Outra
tentativa de invasão foi em Pernambuco em 1630. A presença dos holandeses no
Brasil foi firmada a partir da chegada de Maurício de Nassau, em 1637 onde
ficou até 1644.
A DECADÊNCIA DO SISTEMA COLONIAL
O sistema colonial entrou em decadência, principalmente pelo desejo do povo de
quebrar vínculos com Portugal. Muitas revoltas ocorridas no Brasil foram reflexos dessa
insatisfação, como: Revolta de Beckman: (1684), Guerra dos Emboabas (1708-1709), Guerra
dos Mascates (1710), Rebelião de Vila Rica (1720). Além dessas revoltas ocorreram
movimentos separatistas como a Inconfidência Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1798).

A era do Brasil Colônia teve fim no dia 7 de setembro de 1822 quando D. Pedro declarou a
Independência do Brasil.
GUERRA DOS MASCATES (1710)
 A guerra entre colonos e holandeses em Pernambuco acabou em 1654. Depois de décadas de ocupação do
Nordeste brasileiro, os holandeses foram derrotados e expulsos do Brasil. O resultado do conflito foi
desastroso para os fazendeiros, pois as plantações de cana-de-açúcar foram destruídas em decorrência
da guerra.
 Enquanto isso, a Holanda investiu nas Antilhas e começou a plantação de cana. Isso fez com que a
concorrência contra a produção açucareira do Brasil fosse mais forte. Fazendo com que os fazendeiros se
endividassem para lidar com a crise que a concorrência trouxe.
 Os fazendeiros de Olinda foram os mais atingidos por essa crise. Ao contrário de Olinda, Recife não
dependia da agricultura. O comércio da região era dominado por portugueses.
 A solução foi recorrer aos comerciantes de Recife e pedir empréstimos para voltar a investir na agricultura.
Quem dominava o comércio recifense eram portugueses, que eram pejorativamente chamados de
“mascates”. A situação econômica de Olinda estava tão complicada que os empréstimos concedidos pelos
comerciantes não foram suficientes para reerguer a cidade após a expulsão dos holandeses.
 Nesse contexto, a Câmara Municipal da cidade decretou o aumento de impostos. Essa medida não atingiu
apenas os olindenses, mas também Recife. Era a vez de Recife reagir a essa imposição.
Os fazendeiros olindenses temiam que essa medida
motivasse os comerciantes de Recife a cobrarem os
empréstimos concedidos. Assim sendo, era necessário traçar
uma fronteira entre as duas cidades, limitando os domínios
de cada uma. A fronteira entre elas foi a causa da Guerra
dos Mascates.

A Guerra dos Mascates


Olinda não aceitou a autonomia de Recife e, em 1710,
invadiu a cidade vizinha, desencadeando a Guerra dos
Mascates. Essa invasão foi bem-sucedida, e os olindenses
conseguiram dominar a cidade. Porém, a reação militar de
Recife, que teve apoio de outras capitanias, conseguiu
desfazer as conquistas dos invasores. No ano seguinte, a
Coroa Portuguesa nomeou Félix José de Mendonça como
governador da Capitania de Pernambuco. O novo governador
da capitania ficou do lado dos portugueses comerciantes de
Recife, derrotando Olinda.
CONCLUSÕES DA GUERRA
 Com o fim da guerra, em 1711, os revoltosos foram presos e Recife foi elevada à condição de sede
administrativa da Capitania de Pernambuco no ano seguinte. Alguns participantes da Guerra dos
Mascates foram anistiados e os fazendeiros tiveram o perdão das dívidas adquiridas. Essa reconciliação
foi feita para evitar outro conflito na região.
Questão 1 – Leia os itens abaixo e assinale a Questão 2 – Uma das consequências da Guerra dos
alternativa correta. Mascates (1710) foi:

A) A Guerra dos Mascates foi o conflito A) a proclamação da República de Pernambuco.


envolvendo Pernambuco e a Bahia pela B) Olinda tornou-se capital pernambucana
independência do Brasil. C) a produção açucareira se fortaleceu após a guerra.
B) A Guerra dos Mascates envolveu fazendeiros D) Recife se tornou sede administrativa da Capitania de
de Olinda e comerciantes de Recife pelo domínio Pernambuco.
da Capitania de Pernambuco.
C) A invasão holandesa não tem nenhuma relação
com a Guerra dos Mascates.
D) O conflito entre olindenses e recifenses,
conhecido como Guerra dos Mascates, promoveu
a proclamação da República em Pernambuco.
INCONFIDÊNCIA MINEIRA (1789)
 Antecedentes
 A capitania de Minas Gerais era a mais rica do Brasil, em razão da extração de ouro e diamantes na
região. A exploração trouxe uma enorme riqueza e fez Minas Gerais prosperar e crescer. A atenção da
Coroa portuguesa sobre sua capitania mais importante era redobrada e, no século XVIII, a relação
entre os habitantes da capitania e a Coroa começou a demonstrar sinais de desgaste.

A partir da segunda metade do século XVIII, a política fiscal de Portugal em relação à colônia tornou-se mais rígida.
Portugal, governado pelo Marquês de Pombal, ordenou o aumento da cobrança de impostos no Brasil como forma de
financiar a reconstrução de Lisboa, destruída por um terremoto em 1755.
NA DÉCADA DE 1780, COMEÇA A SER
ORGANIZADA UMA CONSPIRAÇÃO.
 Organizada pela elite socioeconômica da capitania das Minas
Gerais;
 O grupo era composto também por pessoas dos mais diversos
ofícios, tais como poetas, cônegos, engenheiros, médicos,
militares, comerciantes;
 O Tiradentes era comandante da tropa que monitorava a estrada que
ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. Ele, por sua vez, foi um dos
membros mais participativos da conjuração;
 Inspirados pelas idéias iluministas, os conjurados mineiros defenderam a
liberdade do comércio e a independência da região das minas.
O que defendiam os inconfidentes?

As reivindicações feitas pelos inconfidentes eram variadas, mas, em geral, podem ser
resumidas nos seguintes pontos:

• Proclamação de uma república aos moldes dos Estados Unidos;


•Realização de eleições anuais;
•Incentivo à instalação de manufaturas como forma de diversificar a produção econômica das
Minas Gerais;
•Formação de uma milícia nacional composta pelos próprios cidadãos das Minas Gerais.
 O movimento não chegou nem ao ponto de ser deflagrado. Isso
porque, antes mesmo de sua deflagração, denúncias levaram ao
conhecimento da Coroa de que uma conspiração acontecia;
 Em 18 de maio de 1789, alguns dos inconfidentes foram
informados de que a conspiração contra Portugal tinha sido
descoberta.;
 O Visconde de Barbacena ordenou a suspensão da derrama e deu
início às prisões e interrogatórios;
 As condenações foram as mais diversas, mas a rainha perdoou
todo, menos Tiradentes, pois ele era o grande propagandista do
movimento;
 Tiradentes acabou sendo enforcado no dia 21 de abril de 1792, no
Rio de Janeiro. Foi esquartejado e partes do seu corpo foram
espalhadas pela estrada que ligava o Rio de Janeiro a Minas
Gerais. Sua cabeça foi colocada em exposição na praça central de
Vila Rica e lá permaneceria até apodrecer, mas acabou
desaparecendo e não se sabe o seu paradeiro até hoje.
Exercício 3: (Enem 2017)
O instituto popular, de acordo com o exame da razão, fez da figura do alferes Xavier o
principal dos inconfidentes, e colocou os seus parceiros a meia ração de glória.
Merecem, decerto, a nossa estima aqueles outros; eram patriotas. Mas o que se ofereceu
a carregar com os pecadores de Israel, o que chorou de alegria quando viu comutada a
pena de morte dos seus companheiros, pena que só ia ser executada nele, o enforcado, o
esquartejado, o decapitado, esse tem de receber o prêmio na proporção do martírio, e
ganhar por todos, visto que pagou por todos.
ASSIS, M. Gazeta de Notícias, n. 114, 24 abr. 1892.

No processo de transição para a República, a narrativa machadiana sobre a


Inconfidência Mineira associa:

A) redenção cristã e cultura cívica.

B) veneração aos santos e radicalismo militar.

C) apologia aos protestantes e culto ufanista.

D) tradição messiânica e tendência regionalista.

E) representação eclesiástica e dogmatismo ideológico


PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
 A Proclamação da República Brasileira aconteceu no dia 15 de novembro de 1889.
Resultado de um levante político-militar que deu inicio à República Federativa
Presidencialista. Fica marcada a figura de Marechal Deodoro da Fonseca como responsável
pela efetiva proclamação e como primeiro Presidente da República brasileira em um governo
provisório (1889-1891).
Marechal Deodoro da Fonseca foi herói na guerra do Paraguai (1864-1870), comandando um
dos Batalhões de Brigada Expedicionária. Sempre contrário ao movimento republicano e
defensor da Monarquia como deixa claro em cartas trocadas com seu sobrinho Clodoaldo da
Fonseca em 1888 afirmando que apesar de todos os seus problemas a Monarquia continuava
sendo o “único sustentáculo” do país, e a república sendo proclamada constituiria uma
“verdadeira desgraça” por não estarem, os brasileiros, preparados para ela.
Os problemas no Império estavam em várias instâncias que davam
base ao trono de Dom Pedro II:

A Igreja Católica: Descontentamento da Igreja Católica frente ao


Padroado exercido por D. Pedro II que interferia em demasia nas
decisões eclesiásticas.
O Exército: Descontentamento dos oficiais de baixo escalão do
Exército Brasileiro pela determinação de D. Pedro II que os impedia de
manifestar publicamente nos periódicos suas críticas à monarquia.
Os grandes proprietários: Após a Lei Áurea ascende entre os grandes
fazendeiros um clamor pela República, conhecidos como Republicanos
de 14 de maio, insatisfeitos pela decisão monárquica do fim da
escravidão se voltam contra o regime.
Os fazendeiros paulistas que já importavam mão de obra imigrante,
também estão contrários à monarquia, pois buscam maior participação
política e poder de decisão nas questões nacionais.
A classe média urbana: As classes urbanas em ascensão buscam maior
participação política e encontram no sistema imperial um empecilho
para alcançar maior liberdade de econômica e poder de decisão nas
questões políticas.
A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
 A República Federativa Brasileira nasce pelas mãos dos militares que se veriam a partir de
então como os defensores da Pátria brasileira. A República foi proclamada por um
monarquista. Deodoro da Fonseca assim como parte dos militares que participaram da
movimentação pelas ruas do Rio de Janeiro no dia 15 de Novembro pretendiam derrubar
apenas o gabinete do Visconde de Ouro Preto. No entanto, levado ao ato da proclamação,
mesmo doente, Deodoro age por acreditar que haveria represália do governo monárquico com
sua prisão e de Benjamin Constant, devido à insurgência dos militares.
 A população das camadas sociais mais humildes observam atônitos os dias posteriores ao
golpe republicano. A República não favorecia em nada aos mais pobres e também não contou
com a participação desses nação efetiva. O Império, principalmente após a
abolição da escravidão tem entre essas camadas uma simpatia e mesmo uma gratidão pela
libertação.
REPÚBLICA
VELHA(1889-1930)
REPÚBLICA VELHA
 República Velha, também conhecida como Primeira República, foi um período da história
brasileira que se estendeu de 1889 a 1930 e ficou marcado pela força das oligarquias;
 A República Velha iniciou-se em 1889, quando aconteceu a Proclamação da República, no dia
15 de novembro. Esse acontecimento iniciou-se pela manhã do dia citado quando os militares
liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca derrubaram o Visconde de Ouro Preto do
Gabinete Ministerial. Na sequência do dia, José do Patrocínio, vereador no Rio de Janeiro,
proclamou a República;
 Após a Proclamação da República, Deodoro da Fonseca foi escolhido como presidente
provisório.
Após a Proclamação da República, Deodoro da Fonseca foi escolhido como presidente
provisório. Em 1891, o marechal foi eleito presidente do Brasil para um mandato de quatro
anos, mas renunciou ao cargo e foi sucedido pelo seu vice, o marechal Floriano Peixoto,
que permaneceu no cargo até o ano de 1894. Esse período de 1889 a 1894, em que o país
foi governado por dois presidentes militares, é conhecido como República da Espada.

1. Deodoro da Fonseca (1889-1891);


2. Floriano Peixoto (1891-1894);
3. Prudente de Morais (1894-1898);
4. Campos Sales (1898-1902);
5. Rodrigues Alves (1902-1906);
6. Afonso Pena (1906-1909);
7. Nilo Peçanha (1909-1910)
8. Hermes da Fonseca (1910-1914);
9. Venceslau Brás (1914-1918);
10. Delfim Moreira (1918-1919);
11. Epitácio Pessoa (1919-1922);
12. Artur Bernardes (1922-1926);
13. Washington Luís (1926-1930).
A grande marca da República Velha e pela qual todos a conhece é o domínio que as oligarquias exerciam no
país. As oligarquias eram pequenos grupos (a maioria deles era associada com a agricultura e pecuária) que
detinham grande poderio econômico e político. O controle das oligarquias no Brasil dava-se por meio de
práticas conhecidas como mandonismo, coronelismo e clientelismo.

Mandonismo: é o nome que se dá para o controle exercido por determinadas


pessoas, sobre outras, por possuírem uma grande posse de terra.
Coronelismo: prática em que o coronel (grande proprietário de terra) exercia
seu domínio sobre as populações locais. A conquista do voto da população
local acontecia, por exemplo, por meio da distribuição de cargos públicos que
estavam sob controle do coronel ou também pela intimidação.
Clientelismo: é a troca de favores que é praticada entre dois atores
politicamente desiguais. Essa prática não precisa da figura do coronel para
acontecer, pois toda entidade politicamente superior que realiza um favor a
outra política inferior, em troca de um benefício, está praticando o
clientelismo.
REPÚBLICA
POPULISTA
A Quarta República, também conhecida como República Populista ou República de 46,
foi um período democrático da nossa história que se estendeu de 1946 a 1964.
 A Quarta República, também conhecida como República Populista, foi um período da história
brasileira iniciado em 1946, com a posse de Eurico Gaspar Dutra, e finalizado em 1964, com o
Golpe Civil-Militar que marcou o início da Ditadura Militar no Brasil. A República Populista
foi marcada por intensas tensões políticas e pela política desenvolvimentista do Brasil.

Getúlio Vargas (de óculos escuros) e Juscelino Kubistchek (no canto direito)
foram dois dos maiores nomes da política brasileira da Quarta República.
Presidentes da Quarta República (República Populista)

O Brasil possuiu uma série de presidentes ao longo do período da Quarta República, no qual aconteceram
quatro eleições presidenciais: em 1945, 1950, 1955 e 1960. Observe abaixo a lista dos presidentes desse
período:

Eurico Gaspar Dutra (1946-1951)


Getúlio Vargas (1951-1954)
Café Filho (1954-1955)
Carlos Luz (1955)
Nereu Ramos (1955-1956)
Juscelino Kubitschek (1956-1961)
Jânio Quadro (1961)
Ranieri Mazzilli (1961)
João Goulart (1961-1964)
TRANSIÇÃO PARA A
DEMOCRACIA
O início da Quarta República foi resultado direto do desgaste do regime ditatorial instalado por Vargas em
1937, o Estado Novo. Entre 1942 e 1943, a política de massas de Vargas começou a incomodar uma parcela
significativa do país. Além disso, começou-se a questionar o fato de vigorar internamente um Estado policial
que impunha a censura e centralizava o poder, enquanto que, externamente, tropas brasileiras eram enviadas
desde 1944 para a Europa para lutar contra o nazifascismo em defesa dos valores democráticos.
Esse quadro refletiu diretamente em parte da elite brasileira e nos meios militares. Assim, na virada de 1944
para 1945, ambos os grupos começaram a ampliar esforços para que acontecesse uma transição de poder para
um regime democrático. Em resposta a essa pretensão, Vargas anunciou o Ato Adicional para ter eleição.
Ao longo de 1945, o desgaste de Vargas no poder ampliou-se consideravelmente. Primeiramente, surgiu
o “Queremismo”, movimento que reivindicava a democratização do país sob a tutela de Vargas.

O estopim para a deposição presidencial aconteceu quando Vargas demitiu João Alberto, chefe da polícia
do Distrito Federal, substituindo-o por Benjamin Vargas, seu irmão. Essa ação desagradou profundamente aos
militares, que agiram e deram um ultimato ao presidente, obrigando-o a abandonar a presidência do Brasil.
ERA VARGAS
(1930-1945)
A Era Vargas corresponde ao período em que Getúlio Vargas (1882-1954) governou o Brasil em
três momentos:

Governo Provisório: 1930-1934


Governo Constitucional: 1934-1937
Estado Novo: 1937-1945

Governo Provisório (1930-1934)


O Governo Provisório caracterizou-se pelo início do processo de centralização do poder, pela
eliminação dos órgãos legislativos em níveis federal, estadual e municipal e ausência de eleições.

Também foram criados novos ministérios como o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o
Ministério da Educação e Saúde, ambos em 1930
 Após a Revolução Constitucionalista de 1932, Getúlio Vargas teve que promover eleições
legislativas e convocar a Assembleia Constituinte para elaborar uma nova Carta Magna em
1934.
 Nesta, havia importantes mudanças políticas, como o voto feminino, estabeleceu o ensino
primário gratuito e obrigatório, e criou a Justiça do Trabalho.

As diferentes fases do governo Vargas, segundo o cartunista Belmonte (Benedito Carneiro Bastos Barreto)
Governo Constitucional (1934-1937)

Durante o Governo Constitucional ocorre a Revolta Comunista, conhecida como Intentona, em


oposição ao governo.
O Partido Comunista Brasileiro estava ilegal desde 1927 e muitos de seus membros participaram da
ANL (Aliança Nacional Libertadora) . No entanto, esta também seria extinta e vários dos seus membros
foram perseguidos.
Alguns setores do PCB e da ANL tentam tomar o poder através das armas e então, tentam articular a
Intentona Comunista, de 1935, dirigida por Luís Carlos Prestes (1898-1990). O golpe não se concretiza
e a repressão foi feroz, incluindo torturas e prisões ilegais por parte da polícia política chefiada por
Filinto Müller (1900-1973).
Dois anos mais tarde, em 1937, Getúlio Vargas alega que existia outra tentativa de golpe comunista,
conhecida como Plano Cohen.
Estado Novo (1937-1945)
O Estado Novo é considerado o período mais repressivo e ditatorial da Era Vargas, quando é proclamada a
Constituição de 1937. Ao mesmo tempo é lembrado como uma época dourada onde os direitos trabalhistas
foram criados.
A nova Carta Magna extinguiu os partidos políticos, instituiu o regime corporativo e acabou com a
independência entre os três poderes.
Ademais, a partir de novembro de 1937, Vargas impôs a
censura aos meios de comunicação para impedir que a
mídia divulgasse qualquer crítica ao governo.

No plano econômico, a Era Vargas se caracteriza por


medidas de nacionalização, bem como levar a cabo sua
política trabalhista com a concepção da CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho).
No âmbito legislativo, estabeleceu o Código Penal e o
Código de Processo Penal.
FIM DA ERA VARGAS
 Vários intelectuais, associações de estudantes e mesmo parte dos militares, começam a
protestar abertamente contra o regime varguista.
 No dia 29 de outubro de 1945, Getúlio Vargas foi deposto por um golpe militar e pela U.DN.
(União Democrática Nacional), sendo conduzido ao desterro na sua cidade natal, São
Borja/RS.

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