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➢ Enquanto o Brasil esteve sob o domínio de Portugal, a economia foi de exportação, para
atender aos interesses do mercado externo.
➢ A primeira atividade econômica foi a extração do pau-brasil.
➢ Percebendo que a terra colonial era fértil e o clima favorável, os portugueses deram
início, no século XVI, à plantação de cana-de-açúcar.
➢ Engenhos foram construídos no litoral nordestino para a produção açucareira. Com o
fracasso na escravização da mão de obra indígena, a solução veio dos negros africanos. À
medida que se produzia açúcar utilizando-se do sistema plantation (latifúndios, monocultura,
escravismo, exportação), maior era o número de escravizados negros em solo brasileiro. O
tráfico negreiro se tornou uma atividade econômica altamente lucrativa.
➢ A crise do açúcar ocorreu em meados do século XVII, quando os holandeses foram
expulsos de Pernambuco.
➢ No século XVIII, bandeirantes que saíram de São Paulo para o sertão do Brasil
encontraram na região de Minas Gerais as primeiras minas de ouro. Logo que a notícia se
espalhou, milhares de pessoas se deslocaram para as regiões, dando origem às primeiras
cidades no interior brasileiro, como Ouro Preto, Mariana e Cidade de Goiás.
➢ Tal qual na produção açucareira, os metais preciosos foram levados para Portugal. Em
torno das minas de ouro, formou-se um comércio que atendia às demandas dos exploradores. A
mão de obra usada nas minas era a negra escravizada. Para aumentar o controle sobre a
produção do ouro, a Coroa portuguesa decidiu transferir a capital do Brasil de Salvador para o
Rio de Janeiro.
1.3. Tiradentes
➢ Tiradentes era um apelido pejorativo concedido ao alferes – apenas o primeiro posto
entre os oficiais militares – Joaquim José da Silva Xavier, que para complementar a renda
trabalhava como arrancador de dentes, uma espécie de cirurgião barbeiro dentista, profissão que
exigia grande esforço físico, mal vista e mal paga naquela época.
➢ Era o único que destoava entre os ilustres inconfidentes, mas seu descontentamento
nasceu pelo posto de observação que perdera e somou-se aos outros problemas que a região
das Minas, em especial, Vila Rica, sofria. Embora não fosse um homem das letras, sua retórica
impressionou os outros participantes e o alferes virou um dos principais propagandistas das
ideias do movimento.
➢ Os inconfidentes almejavam separa-se da metrópole e construir, ali em Vila Rica, um
estado independente e republicano, sustentado pela maior riqueza de sua região, o ouro que
era, em grande medida, extraído basicamente por escravizados. O movimento não tinha
pretensões de alterar a estrutura social existente, aliás, mantendo-se inclusive a escravidão.
Desejavam somente alterações de cunho político e econômico no que tangia à dominação
portuguesa.
2. Conjuração Baiana
➢ A Conjuração Baiana, que ocorreu no final do século XVIII, entre 1798 e 1799, na
Capitania da Bahia, também ficou conhecida como Revolta dos Alfaiates porque havia membros
importantes desse movimento que exerciam essa profissão.
➢ Em 1788 até 1801, quem governou a capitania da Bahia foi Fernando José de
Portugal e Castro, mas a população em geral não estava nem um pouco satisfeita com o governo
vigente, fervilhando com queixas, pois os preços das mercadorias básicas eram elevados todos
os dias.
➢ A população passou a realizar saques nos açougues, mercados e vendas no geral,
a fim de obter essas mercadorias essenciais.
➢ Cerca de dez anos antes ocorreu a chamada Inconfidência Mineira, as ideias
iluministas e republicanas das Treze Colônias Inglesas. Eles ficaram sabendo que a revolta das
Treze Colônias deu resultado e agora estavam livres da tirania de sua metrópole, a Inglaterra.
➢ Importante ressaltar que essas ideias revolucionárias eram, em sua maior parte,
difundidas pela elite cultural da Bahia, reunidas em associações como nas Lojas Maçônicas.
➢ Haviam seis principais motivos de revolta que a Conjuração Baiana adotou e
reivindicou que eram:
• a abolição da escravidão;
• a proclamação da República;
• a diminuição dos impostos;
• a abertura dos portos;
• o fim do preconceito;
• e o aumento salarial.
➢ Essa e outras ideias foram divulgadas em forma escrita por Luiz Gonzaga das
Virgens, que era soldado, e Cipriano Barata. Este último, que foi o principal líder da revolta e era
médico e filósofo, tinha grande influência da maçonaria e da própria população já que ele era um
conhecido médico dos pobres e estava sempre envolvido em todas as revoltas.
➢ Foi no dia 12 de agosto de 1798 que o movimento estourou. Os membros da revolta
estavam distribuindo panfletos sobre o movimentos em frente a igrejas e as ruas da capitania,
quando algumas autoridades prenderam essas pessoas.
➢ O movimento foi duramente reprimido.
➢ Centenas de pessoas foram denunciadas, entre eles militares, funcionários públicos,
pessoas da igreja como padres, sendo que quarenta e nove dessas foram presas. No ano
seguinte que algumas pessoas importantes do movimento foram enforcadas como o aprendiz de
alfaiate Manuel Faustino dos Santos Lira, o soldado Luís Gonzaga das Virgens e o mestre
alfaiate João de Deus Nascimento. Os seus restos mortais deles foram colocados em praças
públicas para servir como exemplo àqueles que lutavam contra a Coroa.