Após a chegada de Pedro Alvares Cabral em 1500, os
portugueses não demonstraram muito interesse
pelo novo território, mesmo assim, nos anos seguintes ao descobrimento o governo português enviou algumas expedições de reconhecimento, de exploração e guarda-costas ao nosso terrritório. Nas primeiras décadas, Portugal começou a explorar o pau-brasil, e para armazená-los, construiu galpões rústicos chamados de feitorias Para a extração do pau-brasil era utilizada a mão de obra indígena, porém os índios não possuíam uma economia monetária, recebiam por seu trabalho espelhos, agulhas, facas e ferramentas, formando assim uma relação comercial caracterizada pela troca de produtos. Essa prática era chamada escambo pois não utilizava dinheiro. Com o declínio das rotas comerciais para as Índias e a presença de piratas, principalmente da França, Portugal mudou de perspectiva e em 1532 veio para o Brasil a primeira expedição colonizadora, a expedição de Martin Afonso de Souza, com o objetivo de expulsar os invasores, encontrar metais preciosos, povoar a região e explorar o litoral até o rio da prata. O primeiro projeto político e econômico da coroa portuguesa para a colonização de suas terras na América foi a criação de 15 lotes de terra chamados de capitanias hereditárias. Essas terras deveriam ser montadas com recursos privados e tinham o objetivo de garantir a soberania de Portuguesa. No entanto, o sistema de capitanias fracassou e das 15 capitanias apenas Pernambuco e São Vicente prosperaram. Foi então que o rei D. João III decidiu criar o governo geral em 1548 para centralizar a administração da colônia e melhor auxiliar as capitanias. Sendo essa uma medida complementar para efetivar a colonização. A capitania da Bahia, que abrigava o governo-geral, e a capitania de Pernambuco, incentivados pela Coroa, apostaram na plantação da cana-de-açúcar, produto caro e raro no século XVI, para desenvolver a colônia. Com a crescente produção do açúcar, o Brasil passou de uma colônia secundária, local de parada de navios, para a maior produtora de açúcar que, já no final do século XVI, era mais rentável que as especiarias e outros produtos negociados das Índias. o engenho o engenho A palavra engenho, inicialmente, caracterizava apenas uma simples engrenagem onde a cana de açúcar era moída, com o tempo esse termo passou a designar toda a unidade de produção açucareira, ou seja, as terras, construções, plantações e aparelhagens da qual também faziam parte os senhores de engenho e os escravos africanos. bandeiras ebandeirantes As expedições das bandeiras eram integradas por colonos aventureiros brancos e principalmente por mamelucos, que conheciam a floresta e a língua. Os bandeirantes são considerados hoje, os desbravadores do Brasil, tendo extendido os limites do território para muito além da divisão definida no Tratado de Tordesilhas. bandeiras e bandeirantes essas expedições oficiais que partiam do litoral como objetivo de explorar o interior eram chamadas de entradas e tinham como objetivo capturar índios e encontrar metais preciosos. Esse processo teve início logo após a crise do açúcar no século XVI, tanto a coroa portuguesa quanto particulares foram responsáveis pelas entradas. Mineração No ano de 1698, Os bandeirantes paulistas descobriram na região Ouro Preto, no atual estado de Minas Gerais, o “ouro de aluvião” (ouro encontrado no leito dos rios) e milhares de pessoas não diretamente ligadas a extração aurífera mudaram-se para a região das minas e isso favoreceu a expansão do tráfico de africanos escravizados. Tratados e fronteiras Após a guerra dos emboaboas, os bandeirantes foram expulsos da região de ouro preto, com isso, encontraram ouro na região de Goiás e Mato Grosso. A partir daí o Tratado de Tordesilhas não valia mais. Os portugueses haviam avançado muito pelas terras que teoricamente pertencia aos espanhóis. Tratados e fronteiras Lutas entre portugueses e espanhóis se sucederam por mais de 50 anos, até que os dois países decidiram resolver essas questões de forma diplomática. Os principais tratados assinados entre os dois países foram o tratado de Madri e o tratado de Santo Ildefonso, tratados que ajudaram a consolidar o território brasileiro.