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Prova Final EF7 | História

Leia o texto abaixo para responder a questão 1:


Texto 1 (pra que numerar?)
“Na perspectiva mais geral, o Antigo Regime – mais rígido ou mais flexível de país para país –
representava o quadro institucional que permitiu a formação e cristalização da etapa mercantil
do capitalismo (capitalismo comercial); a dinâmica própria do desenvolvimento capitalista, por
seu turno, ao ampliar as áreas de ação, intensificar o ritmo de crescimento econômico, tende a
promover constantes reajustamentos.” (acho que podia simplificar o texto trocando palavras
como cristalização e reajustamentos)
(Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808), 1981.)

1- O texto acima faz uma referência aos Estados-Modernos europeus. Esse período ficou
marcado pelo sistema político:
a) Democrático
b) Republicano
c) Absolutista
d) Imperial

Texto 2 (pra que numerar?)

“Deus meu, não se cansando os hereges e os inimigos... de semear continuamente os seus


erros e heresias no campo da Cristandade, com tantos e tantos livros perniciosos que são
republicados a cada dia, é necessário que não se durma, mas que nos esforcemos para extirpá-
los ao menos nos lugares onde isso seja possível.” (acho que podia simplificar o texto trocando
palavras como perniciosos e extirpar)
(Cardeal Robert Bellarmino,1614.)

2- O texto 2 traz um relato de um importante jesuíta italiano que viveu no século XVII.
Nas palavras do cardeal, é possível compreender algumas das ações da
contrarreforma, como:
A) a criação do Índex
B) o fim do teocentrismo
C) a extinção de hierarquia
D) a tolerância com os hereges.
Imagem 1(pra que numerar?)
(Disponível em: https://www.sohistoria.com.br/ef2/culturaafro/p5.php. Acesso em 26 de
outubro de 2023)
3- O mapa acima apresenta as principais rotas comerciais de escravizados para o
território brasileiro, levando mais de 4 milhões de africanos privados de sua liberdade.
Os escravizados tiveram papel fundamental como:
A) missionários da fé católica no continente americano.
B) braço de trabalho apenas nos engenhos de açúcar.
C) mão de obra das mais variadas atividades econômicas.
D) implementadores do exclusivo colonial na América.

Texto 3(pra que numerar?)


“Os índios da terra, que parecem de maior facilidade, menos custo e maior número, como
andam metidos com os religiosos aos quais vivem sujeitos [...] de maravilha fazem serviço,
nem dão ajuda aos leigos, que seja de substância [...].”
(Diogo de Campos Moreno. Livro que dá razão do Estado do Brasil (1612). Apud INÁCIO, Inês da C.; DE
LUCA, Tânia R. Documentos do Brasil Colonial. São Paulo: Ática,1993. p. 63.)

4- O texto acima aponta para a atuação dos chamados “índios da terra”, que foram muitas
vezes aldeados para trabalhar de forma compulsória e ser catequizados. Esses
aldeamentos de grupos indígenas estavam relacionados: (poderia simplificar sem usar
palavras como aldeados e interatlântico)
a) Ao tráfico negreiro interatlântico
b) Às missões jesuíticas
c) Ao processo de abolição da escravidão
d) Ao trabalho servil dos feudos
Leia o texto abaixo para responder às questões 5 e 6
Texto 4(pra que numerar?)

“No Brasil colônia, o responsável pela produção açucareira – o senhor de engenho – tinha
enorme prestígio social. Era um tipo de “nobre da terra”, um membro da “açucarocracia”, que
produzia a partir de um modelo centrado nos princípios capitalistas de produção da época. A
agricultura assentava-se sobre o latifúndio monocultor, escravista e exportador.”

VAINFAS, Ronaldo (Dir.). Dicionário do Brasil colonial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000
(adaptado)

5- A introdução da cana de açúcar no Brasil estava relacionada:

a) ao fim do tráfico de escravizados intercontinental.

b) aos objetivos mercantilistas do Império português.

c) a disseminação das religiões calvinistas na América.

d) a necessidade alimentícia dos povos indígenas.

6- O texto 4 destaca a imagem do senhor de engenho, que poderia ser considerado um


“nobre da terra” e o líder da sociedade aristocrática açucareira. Essa figura se
relaciona com o conceito de patriarcalismo, pois representa:

a) o poder dos homens de família como centro da sociedade colonial.

b) a superioridade das mulheres no comando das casas coloniais.

c) a igualdade entre todos os homens dentro da sociedade colonial.

d) a permissão de posse de terras apenas para os padres jesuítas.

Texto 5(pra que numerar?)

“A sede insaciável do ouro estimulou a tantos deixarem suas terras e a meterem-se por
caminhos tão ásperos como são os das minas, que dificultosamente se poderá dar conta do
número das pessoas que atualmente lá estão. Contudo, os que assistiram nela nestes últimos
anos por largo tempo, e as correram todas, dizem que mais de trinta mil almas se ocupam,
umas a catar, e outras a mandar catar nos ribeiros do ouro, e outras a negociar, vendendo e
comprando o que se há mister não só para a vida, mas para o regalo […]”.

ANTONIL, André João, 1711, Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas. Lisboa: CNCDP, 2001,
p. 242.

7- O texto acima traz um retrato das primeiras décadas de mineração no Brasil. É possível
entender que o período foi marcado:

a) Por um esvaziamento da região mineradora


b) Pela migração em massa de colonos para a região
c) Pela facilidade no abastecimento das cidades mineradoras
d) Pela abolição dos engenhos de açúcar

Imagem 2(pra que numerar?)


(“Os doze profetas”. Disponível em:
https://umpouquinhodecadalugar.com/brasil/os-doze-profetas-do-aleijadinho/)

8- O autor da obra na imagem acima, Antônio Francisco Lisboa, conhecido por


Aleijadinho, foi o principal representante do estilo artístico Barroco, que se difundiu
em Minas Gerais no século XVIII. Um dos fatores para o desenvolvimento do Barroco
foi:

a) o fim do tráfico intercontinental de escravizados.

b) a proibição do uso de ouro nas obras de arte mineiras.

c) a ausência de religiosidade na população mineira.

d) o desenvolvimento econômico e urbano da região.

“A derrama era o imposto cobrado pela Coroa Portuguesa às capitanias (...) e arrecadado
entre seus habitantes. No século XVIII, a capitania de Minas Gerais deveria pagar
anualmente o imposto do quinto do ouro extraído, em um total de cem arrobas, o mais
importante dos tributos recolhidos pela monarquia portuguesa. Com a progressiva
decadência na arrecadação, cada habitante teria que entrar com uma cota extra para
completar o total exigido. Essa cobrança, em arrobas de ouro, extorsiva e excessiva
[ocorria] quando a arrecadação normal do quinto não dava para cobrir o montante do
imposto.”

AZEVEDO, Antônio Carlos do Amaral. Dicionário de Novos Termos e Conceitos Históricos. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1990.

9- O imposto descrito acima está diretamente relacionado:

a) à atividade bandeirante no interior.

b) à expulsão dos jesuítas do Brasil.

c) ao fim do tráfico de escravizados.

d) à eclosão da Inconfidência Mineira.


Imagem 3(pra que numerar?)

(Disponível em: https://www.todamateria.com.br/conjuracao-baiana/)

10- A Conjuração Baiana foi um importante movimento separatista organizado em 1798.


Essa revolta, surgida 9 anos após a Inconfidência Mineira, apresenta muitas diferenças
em suas propostas, objetivos e grupos envolvidos. Entre essas diferenças podem ser
destacadas: (o enunciado podia aproveitar mais a imagem, explicando o que tem nela)

a) o desejo de manter a escravidão no país e o caráter elitista dos revoltosos.

b) a luta pela independência do Brasil e pela proclamação da república.

c) a defesa da abolição da escravidão e o perfil popular de seus líderes.

d) a ausência de brasileiros entre os participantes desse movimento.

Gabarito
1) C (tinha colocado a letra D)
O texto faz referência ao Antigo Regime, consolidado pela estrutura absolutista a partir do
século XVI. O Estado centralizado faz parte de alterações políticas e econômicas da Europa
moderna
2) A. O cardeal aponta os perigos das crescentes heresias, de acordo com a visão da Igreja,
principalmente relacionadas à circulação e divulgação de livros proibidos. A sugestão é a
perseguição desses hereges, mas há menções a livros perniciosos, isto é, aqueles que deveriam
ser proibidos pela Igreja a partir do Índex.
3) C. Os escravizados eram responsáveis por sustentar a economia de plantation do período
colonial. Sendo a principal força de trabalho, os escravizados não ficavam restritos à produção
rural, sendo mão de obra presente em larga escala nos espaços urbanos.
4) B
Os aldeamentos de indígenas foram iniciados ainda no século XVI, com grupos do tronco
linguístico tupi. Esse modelo de exploração, controlado pelos Jesuítas, visava o uso da mão de
obra indígena, assim como sua catequização e adequação aos costumes europeus.
5) B. A introdução do açúcar, produto muito valorizado na Europa, foi a principal solução
encontrada por Portugal para garantir uma lucratividade em sua maior colônia. Para sustentar
o projeto marítimo mercantilista, a exploração do território colonial era indispensável para
manter o superávit.
6) A. O senhor de engenho é a representação máxima de uma sociedade que se estrutura,
desde os primeiros passos, em uma lógica patriarcal. Esse nobre da terra é quem tudo manda
e possui, sendo a sociedade açucareira estritamente ligada a ele.
7) B
Assim como apontado pelo relato do texto, a descoberta do ouro na região das Minas Gerais
marca um período de ampla migração de colonos interessados em enriquecer com a
mineração.
8) D. O barraco surge em um momento de crescimento da sociedade mineradora e alteração
da lógica açucareira. Antes restrita aos engenhos mais próximos ao litoral e com baixa
densidade demográfica, agora a colônia observa a criação de grandes centros urbanos e novas
movimentações econômicas. A sociedade mineradora permite a expansão e o financiamento
de artistas.
9) D. O aumento da fiscalização na região mineradora por parte da coroa portuguesa causa
grande insatisfação na população. As críticas eclodem em 1789, quando um grupo de
conspiradores organizam o esboço de um projeto de emancipação política.
10) C. Enquanto a Inconfidência Mineira teve em suas reuniões grupos da elite mineradora,
reivindicando o fim da tributação e emancipação da região de Minas Gerais, a Conjuração
Baiana tem participação de grupos populares e reivindicações também voltadas às camadas
mais baixas.

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