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Falha Téenica
o indiozinho pitu
caçou ele
TacoSU
dSVA
EMT PA
só perceberam
uaido a rainha da u i ç a
dos sapatos
Cláudio Gomes
XWO: STENIO DINIZ
São Paulo
CEE M A: Uma
opção que virou mania
Livrarias CEEMA
Tudo em material escolar, livros didáticos, paradidá-
EmCrato: Av. Duque de Caxias, 656- Tel. 521-1248
Juazairo: Rua Santa Luzia, 570-Tal. 51-1908
ticos e de divulgação. ATENDENDO AO PÚBLICO 11 HORAS POR DIA
PAGINA2 MARÇO/ABRIL DE 81
FORMAÇÃO DA COMUNIDADE
Por volta de 1939/60, o Pe. Frederico Nie
e, agora, eles não querem cair no mesmo erro.
A Cooperativa foi reorganizada quando foi cri.
ada a Associaç o Comunitária Pe. Frederico
(este é o seu nome juridico), De sete sõcios
Drama da seca
rhoetf um alemão que chegou ao Brasil em com uma taxa de cortina
passaram para trinta e um e
Abriuse a
grande
1939, fugindo da ordem de recrutamento do e Cry 3.000,0 para cada sÖcio, eles puderam re do teatro do nordeste
xéreito nazista, com uma verba doada pela
começar. apareceu a seca assassina
greja alem, construiu uma igrejinha e uma O sistema de trabalho no atendimento da e secou todo o campestre
cscola em um terreno de dois ha. que recebeu venda é de revezamento. Todo dia duas pesso
de José Viturino da Costa Vilar, Em troca o as diferentes são designadas pela diretoria de Relincha o cavalo com sede
Pe. Frederico reformou a casa de Viturino. e com fome muge o gado
No Associaço para o trabalho de balco, enqua
momento o Pe. Frederico não requereu o regis to os demais se dividem em outros afazeres. o homenm muda de nome
tro de posse da terra doada. Fato que majs Mensalmente há reunião da Associação, de forte para aflagelado
tarde criou um sério coflito entre a comunida- onde são debatidos os problemas e se colocam Chora criança com fome
de
e o proprictario que adquiru as terras que sugestoes para planos de trabalh0s, mas de a e o pal sem tin0 clama
perteciam a Viturino e sua esposa, a Sra. Ma cordo com os problemas surgidos as reuniões já tive nome de forte
ria Augusta Sicbra Vilar, podem ser semanalmente ou todo dia. mas hoje perdi a fama
O Nuclco foi cercado por arames farpa As principais reivindicações pedidas pelos
dos, dando-lhe um aspecto de «campo de con (só passa Morreu o belo cavalo
Cntraiio napAsta». C proprictário gge querin moradores são: transporte dliário um
Dele só resta a scla
tomar o terrcno, alegando ser o dono legal da
às/segunlas-fera) ; milhongrio pa os prp
fegsores que ganham, atualmemie, da Prefeitu morreu a galinha e os galos
terra, chegou ao cçmulo quando despejou dein- ra, a irrisória quantia de Cry 2.300,00 por e a minha vaca amarela
tro da Comunidadc, gado e
animais de cr1açao, mës; assistência médica poço profundo. Morreu o meu filho Pedrinho
tornando o nucleo em um curral. Nessa época Através das lutas, organizada_ pela Asso-
a Associação já havia sido criada e na luta que ciação, värias melhorias jä foram obtidas para isto é que me consome
depois de tão sabidinho
se
travou na justiça, a comunidade ganhou por
usocapiao, Ainda hoje existe a cerca em três
a comunidade. Foi conseguido energia cong eu vejo morrer de fome
trução de fossas e cacimbas, a causa na justi
los do terreno, dividindo a0 extremo a comu- ça e o terreno do Ministério da Agricultura. Só resta Paulo e Maria
nidade da propricdade do «corenel». A própria organização da Associação foi José também já morreu
O Pe. Frederico jamais chegou a interfc um trabaho lento, portanto podemos enumerar Levanta vamos Amélia
rir no processo de organização comunitária dos como uma vitória. Uma vitória construída sob Se não morre tu e eu
moradores do Núclco. Segundo D, Vilani, ele 0 alicerce de muita fraternidade e democracia,
nem sequcr participava das reuniões, pois n o E vão de estrada a fora
pois tudo em relação as decisões da Associa- SIem direção e sem destino
qucria, na posição de Assistente Religioso, to ção é decidido pelo voto da maioria. Dona Vila
mar poição paternalista. Limitava-se, nos ser- na mão um saco e uma cuia
ni citou exemplos e nas costas um menino
mões das missas que celebrava, a orientar o A n o passado a gente precisou de duas
povo a se organizar para melhor lutar pelos professoras e uma servente e quando se foi es É triste ver o nordestino
seus direitos. colher quem iria ocupar as vagas na escola, foi nesta situação
A Diocese, através de um setor da Funda- ouvido a opinão de todos os moradores so foi causa uma maldita
ção Pe. Ibiapina, auxiliou os moradores quando por de seca
escolhido quando houve a votação. viver sem lar e sem pão
cles começaram a e organi1zar e partiram para Esse ano a gente perdeu um beneficio : a
a vivência comunitária, mas Dona Vilani fri escola estava precisando de uma professora e Longe do torrão natal
sou que essa participação é atualmente indire o MOBRAL nos ofereceu uma que tinha vindo de voltar não tem esperança
ta, resumindo se em uma missa mensal e a aju- de um curso em Fortaleza. Quando consulta em um desprezo total
da particular do vigário que celebra ali. mos os associados eles disseram: nós queremos sem crédito e sem confiança
Os atuais moradores do Núcleo de Malha- uma professora da comunidade», e essa opinião
da eram rendeiros, meeiros e quarteiroS dos
Mas quando sabe a notícia
prevaleceu». que no Nordeste já choveu
grandes proprietários da região. Hoje grande A diretoria da Associação é formada pelo volta pela mesma trilha
parte deles estão alistados no Bolsão da Seca. presidente, vice, 1° e 2 tesoureiro, 1° e 2° se
Dona Vilani reclama, porém, da e esquece do que já sofreu
deseriminaçao cretário, diretor de terras e conselho fiscal. Do.
com as mulheres, pois naão são aceitas conmo na Vilani é a presidente já na segunda gestão. João Aquino Camponês de Aratama,
trabalhadoras na Frente de Emergência. Até distrito de Assaré/CE. Foi candidato a
final deste ano, eles ainda vão trabalhar c/ os PLANOS
prefeito pelo Partido do_ Trabalhadores
letifundiários, mas apartir daí eles vão eultivar Por ora está havendo, comunitariamente, PT no pleito de 82.
Precisamos Pensar
EDUCAÇÃO E CALAZANS CALLoU
.
Todas as pessoas são unânimes em afirmar des valores que sempre colocaram o nome desse
que a educação no Brasil está em crise, que nós cidade em diversas páginas publicadas, são
enfrentamos uma situação difícil na árca edu- marginalizados por uma minoria dominante
cacional, mas poucos tem realmente tentadoo que manda e desmanda que desfaze não faz.
visualizar a verdadeira dimensão da crise na e* Tai o cultura de nossa cidade. Taí o exemplo
ducação. Alguns responsabilizam o professor, belo e colorido dessas pessoas que julgam's
outros os alunos e, outros tantos, a lei 5692 DD autosuficientes; autosuficientes é a puta que
que implantou a reforma no Brasil com o en o pariu, isso sim.
sino profissionalizante. Atualmente em nossa cidade existem gru
pos com cabeças jovens que pensam em melho
Mas será que a crise educacional brasileira um pouco Os pontejros da cul.
está localizada ai? Será que ela não provém de rar ou consertar
uma crise maior, a crise econömica e política tura do Crato. Mas para que isso ocorra, infe
lizmente é preciso de dinheiro e isso é o mais
que entrentamos hoje? Para respondermosa
estas perguntas é necessário que verifiquemos
«dificil». E assim mesmo entre aspas, porque
dinheiro para cachaça, gasolina, mulheres, e s
que a educação no é um sistema, mas um sub- porte, existe. E porque para a cultura de uma
sistema que assume as características do siste- região que tem tradição nacional não existe es
ma social-econômico envolvente. se tal de dinheiro? Precisamos de uma resposS
Vivemos uma realidade conflitante. uma so ta ou não precisamos?
ciedade onde existem possuidores dos meios de O educador tem redimensionado seu papel, Outro absurdo que existe nessa nossa
produçao e não possuidores, onde, em função não mais como reprodutor dos valores burgue- «capital», é o caso das fontes naturais de água.
da apropríação destes meios, se dá a explora" des O Crato é rico em água, mas como hoje em nos-
ses, mas
como um elemento que participa e so paí_ tudo é política, nossas nascentes sao des
çao daqueles, que nao sendo proprietärios, ven-
dem sua força de trabalho e produzem, não a
nuda a realidade ao alunato, possibilitando, ao
viadas para irrigar as terras dos nobres bur
mesmo, uma conciëncia clara das contradições.
mas o que quer o gueses e o pov o que foda"se de sede. Temos
quilo que hes e necessário, Tornar o aluno coparticipante do processo edu-
capital. São obrigados, consequentemente, a as
cacional, é colocá-lo como participante conscl- um exemplo claro: é o caso do tanco localiza
sumir uma postura que os nega como pesso0as, ente e ativo do processo histórico, capaz de do no lameiro. Esse tanque tempos atrás era
que é acentuada através da separação entre transformar a realidade, que o astixia e sufo quem gerava energia elétrica para o Crato. Ho-
trabalho intelectual e trabalho produtivo. ca, numa realidade que o promova como pessoa, je poderia ser transformado num ponto turís
Essa negação se dá através do processo e mais um monumento histórico-cultu"
capaz de usufruir da riqueza que ele produz. tico, era
ducacional que é instituída pela classe dominan
0 cea a s a , qUem no1e vai
Estas mudanças são derivadas da organe
te, para exercer essa dominaçao, pols é atraves
O'n datua
encontrei
Desnuda, crua, multisensual
Breve amor de fim de semana
Folia das madrugadas
a estátua da liberdade Em noites claras, caladas.
de noite Folia de patamar
numa praia do caribe Depois da bebedeira.
deixou a américa de mansinho São quatro horas da manh
ponio em seu lugar uma imitação E o domingo já ameaça chegar.
GERALDo URANO l a . . . fösse eu um deus
erla sempre sabado.
XILO: STENIO DINIZz
-o00- Ha... fÖsse eu o sol
Seria sempre noite
-000- E eu te faria lua
Mesmo com a certeza
Que a noite seria sempre tua
já faz tempo.
ah! quanto tempo.
que a vida era um infeliz devorar LUCIDEZ WILTON (Dede)
de arroz
integral em tijelas de barro
e de comer de hatxis cortaranm os peitos das mães
(que os caretas chamavam de pauzinhos e ficam0s sem leite
chinêses). a s sombras das árvorès já não são -000-
já faz tempo. assim tão frias
ah! quanto tempo.
no olhar de revolta
que os dias eram diálogos relevantes entupiram ag nascentes da serra
ramakrshna. macrobiótica. d. juan. cogumelos. e estamos com a boca seca na suplica da paxao
(a natureza ainda é o maior barrato). -carne seca e rapadura não noss no desfeixo da vida
e dormir cedo prá o dia amanhecer feliz. satisfazem como antes no luar do sertãoo
corre o vento feliz
corre o cheiro de fome
p.s.: nem sempre o poema expressa exatamen" viramos nômades errantes corre a morte entre as m os
te a idéia do poeta. e desde então andamos feito
jumento
ORLANDO RAFAEL DIAS RAPHAEL ROSANGELA (Didi)
Beguinte forma: «Ora, se alguém já em 1858 pecanaridades locais e a Ecologia para o ho. selo «Nação Cariri Editora».
mem, (ou Ecologia pré-fabricada) como aque
assistia a um curso de Ecologia, é porque, obvi.
amente, não só a palavra existia, pelo menos u a n e n t a d a em uma visao antropocentri
Na ocasião foi também lançada a Revista
Nação Cariri, com uma amostra de desen hos
oito anos antes de sua supOsta criação por Hae VOada
bel prazer.
unica e exclusivamente para o seu
do plástico Römulo Melo, (Campina
artista
ckel, a própria disciplina Ecologia já tinha um Grande-PB) enriquecendo o evento.
desenvolvimento tal que permitia a realização
de um curso em seu ämbito». Necessário se faz combater a Ecologia Ro. -o00-
mantica, porque enquanto Romântica, camu
No entanto, embora que fundamental, não a tod0 um processo de dominaço e de opres-
são sustentácula desta Civilização Perdulária,
Também com livro na praça, opoeta Jer
pretendemos tratar de prioridade de publica- ferson Albuquerque. A obra, intitulada «sáti-
ção ou mesmo do academicismo Ecológico, mas que aí esta e embora n o consciente, mas com Karimai
as e
sonhos», e lustrada por Luis
tão somente apresentarmos pontos de vista, Varios atrativos artificosos leva a humanidade sobre ela assim tecemos o comentário: O autor
Ecologia Bngajado num reala um final apocalíptico. revela um lirismo e uma atenção á vida que se
quanto a uma
processo de desenvolvimento.
Mas com uma visão otmista, que julgamos consubstancia na própria estrutura do poema,
alegres do seu tempo de menino em Pacatuba,
a necessidade da Mi-
Entendemos que no basta, a constatação na0 ser ingenua, impõese dos tempos dos «coronéis» ou simplesmente
de uma natureza agredida e de uma civilização tancla Ecologica, que não se pretende perfei poemas íricos, em que diante da natureza o
desta to ta, mas como proposta real de desenvolvimen- poeta percebe o Homem e sua Luta.
agressora, mas o que o partejamento
mada de consciencia, leve os homens ao questi. to, sujeita a modificações, e mesmo a contes
efe. tação; mas que fundamentase em bases sól
onamento e em consequencia a uma açao -o0o-
iva e duradoura. No nosso modo de entendeer das.
a Ecologia antes de ser uma ciencia palavres Esta Ecologia Engajada, poderia vir mes- De Assaré recebemos a notícia da criaço
ca,verbOsa, que se perca na sonoridade da_ pa mo a defender a derrubada de árvores, desde do Centro de Cultura Popular Patativa do As
cons
lavras; precisa ser questionada, vindo a
abastecer e sa- incentivar arte
tituirse em uma Flosofia de Vida. que necessário se fizesse para sare, que tem como objetivo a
ciar a fome dos homens e vinhessea contestar aí. O Centro já está funcionando a todo vapor
o plantio de árvores, quando estes, mascaras e sua inauguraç o foi em Março, de 16 a 19,
sem uma estrutura de dominaçao como n o quando se comemorou também os 75 anos de
exemplo a seguir: «Qual a importäncia de plan Patativa. Intensos festejos foram programados,
tar árvores exóticas em palacetes e impedir o contando inclusive com a participação de gru
LITERARIA o cultivo da terra nos latifundios destes pro-
famin-
pos culturais de várias cidades cearenses.
prietarios de feudos, por uma população
ta e segregada do processo de desenvolvimento.
JIRICO (L. ARARIPE) -000
Nordeste O Centro de Estudos Supletivos está dan-
O escritor cratense Leonel Araripe prome Daí, porque entendemos que
precisa de uma Ecologia Emgajada, voltada pa-
o
DE LA PARA CÁ
Recebemos, Acusamos & Somos Gratos
oratos
LIVROS & REVISTAS
dos anos 70/80. O endcreço da Revista Cx.
Postal 140 38.100.
BOCA MALDITA (Edições Trote, 1982)- D'LIRA, n° 0 - «Revista de arte, politica,
literatura ctc». Com um cxelente nível cultural
Livro de poemas de Tanussi Cardoso, que Berna
tem costas uma grande militância que veni
nas eimportantes colaborações. Rua Brás
o grupo «Bandidos d» dino, 54/710 Juiz de Fora/MG-36.100.
desde quando integrava
no «Bazar dos Baratos», gru
do
-VIVA A POESIA, n° 9 - Revista e corres
grupo
Ceu». Hoje atua
po que apresenta shows artísticos
em vários homönimo de Joinvile/sc. Contatos
de Assuntos
estados do Brasil. Junto com Leila Miccolis, to pondëncia, aos cuidados do Dpto.
Trote. Seu endereço: Culturais da Furj Caixa Postal D120.
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