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FOLHA

ANOI CRATO |CARIRI No


DE PIOUI
04- JUNHO JULHO DE 84
Cr$ 300,00

ESCOLAS REUNIDAS

q U E

NAQ

NASCRATERAS
ESTUD

SUcO
A

0 HONEM QUE
ESTUASOLE AO5
PINGAROS PA GLORIA
yDEPEDO GONCALVES CRATD CEARA BRASIL

SEMEC Pe. Agio Moreira Pg. 2


<Cariri, problemas ecológicos, numa regi Poesias Pg. 3
ão solução». Chico Anicete Meio Séculode
Os Dominadores, os Opressores, os Tira Música Pg. 4
nos, Em Busca de uma ldentidade
Cercaram os feudos, Cultural - Pg. 4
Cortaram a erva,
Deceparam as fiores,
mas, não deterão a primavera.
Ecologia Pg. 5
0 Nordeste e a Seca - Pg. 6
FILOSOFLA DO
A FACULDADE DE
CRATO, através dos seus departamentos
de Método de Alimentação Niemeyer - Pg. 7
Ciências Exatas e Biológicas e Geociëncias,
NUCLEO ECOLOGICO DO CARIRI, promove
eo
Noticias Pg 8
Cariri Aldeia de Todos Nós - Pg. 8
T
ram no período de 1° a 08 de junho deste, a
( I Semana Ecológica do Cariri). 0-
SEMEC levados a efeito, vá
portunidade em que foram gavelmente, em face de permitir a apresenta- cisco Cunha (NEC)
rios eventos, como sejam:
Faculdade de Fi. cão de propostas de ordem ecológica, possibi Acreditamos que necessário se faz uma
Exposição Ecológica da In-
losofia do Crato; Plantio de Mudas; Tarde dos itar o intercämbio de trabalhos, estimular o ação duradoura entre os intervalos das Sema
fantil Ecológica; Reunião Pró-Associação debate, reacender a chama ecológica na regi. nas Nacionais do Meio Ambiente e se co cami-
da a0, vecular opiniöes e idéia -- o Seminário, nho a pereorrer é longo, pelo menos temos
Biclogos do Cariri; S>minário; Reativaçc
da Natureza;
ASSOCÍação Para a Conservação gqueteve como conferencistaa: Prof. Flávio certeza que já começamos a dar os primeiros
de Filmes Torres (UFCE); Prof. Ricardo Braga (UF passos».
Gincana Ecológica; Apresentação PE); Prof. Plácido Cidade Nuvens (UECE)
Super 8 mm e «slides» e Pegas de Teatro. FRANCISco CUNHA
foí ine Amoacy Niemeyer (Nutrólogo) e Prof, Fran-
ponto alto das comemorações, - Biólogo
PAGINA UNHO/ JULAO DE 4
Falha de Piaui
fundar meus estudos teóric0s. Fiquei em Jun-
desejo de estender o ensino da Sociedade para
Pe. Agio Moreira outras áreas como a dança, o teatro, o cinema
e fotogTafia e, sentimos com ele, a certeza de
ralizaç o de todos Os projetos, Depois, saimos
diaí até 1937, 07 de jansiro, quando voltei pa-
ra o Nordeste, Fortaleza, Seminário da Prai
nha, onde completei os meus estudos de Filos
Um dia,
de (DEPOMENTO) da área em construção, atravessamos a pista fia e Teologia. De passagem pelo Crato, antes
povoado daqui dapassagem por Jamacanl, um
ngiio, impressiomaram-me
de asfalto e adentramos no mais funcional dos de seguir para ortaleza, o Padre David
08 espaços arquitetonicos (inimaginável por Nie- meu irmão que já era bom miisico me pre.
Camponeses
aO mesmo
que trabaihavam e cantavam enteou com um violino. Por coincidencia, e
tempo, imprimindo no trabalho o meyer) que abriga a atual escola-capela-salo
mesmo ritmo da melodia. Aquele canto, «um de star tava com ele um s«minarista da Prainha, a
canto de trabalho», de ensaios.bibliotecaalojamento-sala
da SLB. Acomodamo-nos e anotei o que ge quem me apresentou, que havia sido graduado
me deu a
o homem é
um ser certeza
naturalmente musical.de
que
gue músico pelo Conservatório de Berlin, Al ma
Fomos doze os filhos de Seu Augusto Mo nha Tomeio como profeseor em Portaleza o
Pe. Agio Moreira reira e Dona Raimunda todos batizados na : muito aprendi com a ajuda dele. Quando pas-
greja Católica Apostólica Romana. Meu pai foi sei para o seminário maior fui escolhido pelo
Publicamas neste nùmero a quem me passou os primeiros cOnhecimentos reitor para ser mestre de música dos alunos
te do depoimento, um testemunho,primeira par
do Pe. Agio musicais. Ele havia sido em sua juventude. to- do ge minário menor e organista oficial na litur
Moreira fundador e mentor da Sociedade cador de harmônio nas festas religiosas da I- gia católica e outraz solenidades no Seminário
Li
rica do Belmonte, um sábio que escolheu a múi greja de Assaré. Era compositor também. De da Prainha durante trës anos. SedimEntei os
siCa como instrumento pois aprendeu o oficio de farmacêutico práti-
evangelizador. co (manipulador de drogas), mas continuou
meus conhecimentos e adquiri o gosto pelo en-
sino da música. . )
valorizando a müsica e nos educou com ela. En Ordenado padre, vim servir na diccese do
Acreditando na importância da ARTE e, Assaré eu nasci. Passei minha infância em Ca
Bobretudo, no trabalho do artista cônscio de Crato como vigårio de uma de suas paroquias.
riús e Farias Brito. Nossa familia teve
que porém, o Mons. Kocha que era reitor do semi-
sua responsabilidade como agente de interfe sair de Assaré porque começou a sofrer p«rse nário São José, já me conhecia, conseguiu me
rencia no un+verso de idéais que determinam o guçoes. O meu pai era «rabelista>, não
comportamento de sua comunidade-vivencial, pactuou com as idéias politicas do Padre com
Cice Evar para ser professor do serninário. Foi en-
concebemas esta coluna ro Romo tão que, cOm o ¬stimulo e eztremado interesse
ARTE/COMUNIDA
DE- Depoimento, numa tentatva
Batista (os revoltosos). Em Carius, do Mons. Rocha, fundei e fui
de
demons
o meu
pai não pôde exercer, de imEdiato, a reg nte do 01
rar como a sensibilidade artistica atua: crian- fissão de farmacëutico porque j começavam a pro questra do Seminário São José durante os tre-
do. transformando, contestando (ou exigir diploma. Ele, j ze anos de sua
ezistência e que correspodeni ao
simplis casado e cOm filhcs, tempo n0 qual o Mons. Rocha permaneceu na
mente mantendo), os valores que o (diabólico) com
muito sacriñcio, foi prá Fortaleza
sistema capitalista nos impe. onde reitoria. (..)
conseguiu a formatura na terceira turma de
Farmácia da UFC. Em Quando
cando um camp0 maior seguida, que sabe bus orquestra
a foi
Escalamos as ladeiras que vão dar no Bel- cOm desativada, fiquei
alguns instrumentos musicais
monte Nenhuma novidade pelas ladeiras. para emprestar os seus que me Der
serviços, fomos para Farias Brito. teciame trouxe-os
Afi-
0al, subir e descer ladeiras faz parte do cotidi- Terezinha, das flhas comigo para a Vla Santa
Comum no nordeste era a famiia de Santa Teresa,
ano do cratense. 0 que diferente se os filhos à luz dos ensinamentos educar onde morei por
va ê que
apresenta religiosos e, algum
Belmonte. Eu me decidi tempo, atë vir para o
naquele momento éramos a equipe de quando podia o seminário e o
reportagem do Folha de Piqui, organizada e ras eramn o
convento de frei
melhor caminho para os filhos ado Belmonte- p:la paz quepor me
morar
aqui no
disposta, que eladeira acima. subia» paraen lescentes. (...) ar
puro, cheiro de mato, cantooferec
de
0 campo
trevistar o Padre Agio. Publicariamos no pró
Eu fui
despertado
gua nas nascentes. O campo e o pássaros, me å
Timo mimero
Combinamos que as nossas per minha vocação para para o sacerdócio -a transmitem essa paz. Existe entrecamponës
guntas seriam, no possivel, em torno de sua vi tinha 10 anos. Era servir a Deus quando a
comunidade do Belmonte nós- eu e
da no tempo anterior à coroinña da paróquia uma relação de
-

de Lirica do Belmonte- fundação


da Socieda Farias Brito, como tantos outros
de troea afetiva, m a simplicidade
SLB, isto cidade, quando por lá foi vigário o meninos
da (...) Eu fiz uma comunhada
riasamente, estávamos interessados porque,
cu- opço
em tomaar ter. O seu senso de Padre Sot bres. (. . .) pela 1gTeja dos po
eonhecimento das experiências e A atenço e organização me fascinava. A idéia de
aprendizado,
Os rocessos irTeversiveis, vivenciados pelo um
confiança que tinha
para comig0,
fundar
Surgiu quando, em 1964,uma escola de música
Padre Agio e que pirrallho, me fez desejar ser como a
Orquestra Sinfôni-
euiminaram ASSim, quis ir pro Seminário S. José ele
ca
com a eriação da era.
Henrique Jorge de Fortaleza veio fazer
SLB-Orquestra Pe. David Moreira. estudava o meu irmão David.. No onde já
apresentação no auditório da uma

Chegamos LA- O LUGAR. Domingo. 5


meu pai não tinha pudc. O ra do Cariri.
Eu e mais trës Rádio Educado
ente para manter condição financeira sufici bém residiam na Vila rapazes, que tam
da tarde. dois filhos no seminário
SOL no poente. Encontramos o Pe.
com a disposição que não deixa mostrar me convenceu,
lo na farmácia precisava de mim para ajudá-
e, polgamoS com o concrtoSanta Terezinha, nos em-
sibilidade de e
acreditamos na pos
os
seus.quase setentaanos de VIDA,
regando que havia monfao
Farias Brito até os 13 anos Fiquei em tir da criação de uma
mais ma de suas sementes que esta germi- quando, aos 07 de fundação de uma escolaorque stra a par
nando o novo edificio que comportará a nova dezembro de
diai, estado
1930, partí para a cidade de concretização da idéia se deu emde1967
música. AA
Escola Não precisamos nos apresentar de São Jun-
Paulo, onde iniciei o curso fundamos a Escola de quando
porque ginasial Escola Apostólica foi Música do Belmonte
de registrada
na c
aquí no Cariri e, mais ainda, no Crato, de al- vatorianos. (... dos Padres Sal em 1973
tendo
utilidade pública sido reconhecida
guma foma a gente se conhece- de vista, MEC, transformandose pelo
de nome, de já ouví falar, Recebeu-nos com
Os seminários
nos seus curriculos sempre tiveram a música
Serviço Social do
na Socicdade
sua calma e simplicidade enyolvedora. De escolares Belmonte. Lírica do
monstrou satisfação apontandoo alicerce im simultäneamente, desenvolve porque
a
a música,
sensibilidade-
pelo som e oferece aos alunos (a
platado, os espaços projetados sobre o piso de
disciplina pelo noções básicas seguir:
Belmonte).
A
Escola/Sociedade Lárica
amda no 0arro, a horta, as espigas verdes do
milho brotadas com o bom inverno, a idéia de panhamento naturalrítmo, além de ser
ao culto um acom do

adquirir o terreno vizinho para servir de roça seminário estudei música de divino. Então, no L. Carlos Salatiel
ca e,
assim, meu înteresse forma sistemáti-
pras meninos» (os alunos camponeses ) e do cOmecei a aumentou quando
praticar alguns instrumentos equipe de
Carlos Raphael, reportagem: Bola, Normando,
e
apro eL. Carlos Dedë, Geraldo Efe, F.
Salatiel. Cunha

Café ltaitera..
Exia do fornecedor CAFE WAITERK
seu o
O Caté Que a Gente Gosta
Gmpacotado a vúçno compensado.
FONÉ`: 321-131i1 E
521:2629, - Rendé mais e
tem sabor total
CRAT¬ CEA RA
olhd iie Piai JUNHO/ JULMO DE M
PAGINA3

D MADrUGADAN RCQUEM PARA, UM


KEVOLUCIONARIO

0 que faz
MONTO ONGF DM) COMBATV
8 madrugndas iguaa
A t que crente
não é o tom do tempo A hnguida Boma
nem o ailêncio nvordndo Cuspidn
don A nlhores mal dormidow crispada
vulcánícas
0 que faz Na: tuas hemoptincu
R8 madrugndas igunis
Nada imuthyel
nada mudou
é o cantar No chu 0 sol
catrelas
alvorecedor e anônimo Nun fardas as
solitária
dos galos românticos Naa mentes a
Algo certo
atóniton
Francis Vale Rolou dos teus pulmões
Com o $s3ngue
Lberto em combate
-000-» anístiadr
clandestino guhitamente
O Il
Como
A crença no incrível
MOVIMENTO DO MINOTAURO indizível
A pregação do
«A Antônio Conaelheiro» A palpação do ínescrutável
nada existe
A certeza que
nos céus do Muriti ao dobrar a esquina

nao se ouve mais ABHIm


o canto da e macia
a rua deve ser retilinea
Babiá a todos Os pés
somente 0s gemidos todos ahutrea
carniça deve fartar
a
dos taxilovers retinas
A luz ofuscar todas as
embassando os canaviais Buscastes por buscar
debaixo do Crato diante de ti
pulsa um oceano de águaa a definitiva

restauradoras nilista Verdade


que rasgará o solo
na noite do I fogo. eg envolto em xiquexiques
embalsamado em piquizeíro08
J.B.F.F. DECA buritia
Buscar por buscar
-000- é uma forma de encontra

coivara A ti que creste


aceiro na roça A Lânguida Rosa!
das palavras
queimo pestanas J. Flávio
na lauda
um hierogrifo
me encara.
-000-
CLAMOR
Tiago Araripe
clama o leigo
clama o clérico
-O00-» pela livre aurora que não quer chegar
«Uns tomam éter, outros cocaína
coSmo
- PRDMEIRO DE MELL ontem tomei a tristeza tonta a terra parece invocar ao
um dia de amor,
hoje tomo alegria». muitos são os puros tristes
vem vindo os novos Béculos
central.
do trabalho! que rodeiam crente o palácio
ouçam o tropel Hasteio bandeira, manuel rei repousa alegre
é maio e de todo lugar cego surdo e
falso o
a bem do mal.
estamos vendo num suspiro derradeiro de esperança
a rosa trocando de roupa, não! dispenso qualquer tempo
para o Us0 de narcoticos a gente tenta res1stir,
abre!
pelo olh0 que já Be sob qualquer efeito de emoção tal qual uma membrana fina e frágil
sim! pelo olhocole lanço-me em um poema; verbalizo como a que reveste a menina dos olhos.
cola com coletividade!
é outra coisa! verbo-aliso Clama a rua, a provincia, a aldeia, a beira-mar,
quem no quer paracolet? ali gertão, a planíce, o planalto, a terra, e o ar,
sim! é outra coisa
undumès mesmo
s6.. (que as vezes quase me falta) o errante,
maiomos ! salute, trabalhores! em tempo do verso explodir! o andante, o prudente e o amante,

Geraldo Efe- Célia Regina Abidoral Jamacaruu

CHURRA S CARIA DO PARQUE


Um Local Aprazível para Você e sua Famlia
os SABAD0s: FEIRINHA DE ARTESANATO, cOMIDAS TIPICAS E SERESTA P

NOVAADMINISTRAÃO: FERNANDOEADERBAL
PAGINA
JUNHO JULHO DE 84 olha de Piaui
dista. Impeto este que bem FRANCISCO LOURENÇC DA SILVA
vincia de Crato.
precisa nossa pro
VULGO CHIOO ANICETE
Analisando melhor a real situação da bur MEIO SECULO DE MOSICA
guesia, que paradoxalmente, retém em ma0s
0 meios de produção cultural, ver mos os equt- Nasceu
Agricultor, musico e artesão,
bem
vocos inerentes a esta socicdade que tão uma 1917, dia 21 de junho. Pai de 30 filhos, caso
duas. Permanece atualmer
radiuz a provincia. A burguesia, como trés vczes, viuvou
classe falida e decadente, não tem nenhuma le casado com
Dona
se Dasuana Rodrigues
tinha 18 anos, O filho mai
capacidade de fazer cultura, consumindo'se na Silva. Ao c a s a r ela
de vida. Faz 7
Sua ociosidade, ingerindo wisek's e promoven novo de seu
Chico tem 6 meses
do festinhas soçaitcs. E incapaz de fazer cul Dos 30
anos que cle casou-se pela ultima vez.
s o b r e v i v c r a m : 4 mulhcres e 6
tura, passa a explorar as classes populares e filhos, apenas 10
GCtruir os scus vabres culturais, pois bem sa homens. Todos agricultores, mas com d ns ar

b: da força dessa cultura enquanto mecanismo tísticos. Tocam viola, pite, pandeiro, etc. Mns
de combate a opressão. Neste processo de, com nenhum faz parte da
banda cabaçal tIr ão
bate ao opressor, de descolonizaçao r na busca Anicetcs), por cnquanto,
da identidade cultural. o homem simples quc mes
de outubro
Seu Chico todo
ano, do a

no
gr'al- um
cultiva sua roça ou quc pertence ao anonimaro
a dez. mbro, fica observando ceu
duma fabrica, mas que é também um artesão, de nevoeiro. Quando este
nevoeiro apar.c
um músico, um poeta, terá uma participaçao E ja faziam a anos quc Seu
sinal de invcrno.
dcisiva, colbcando sua arte a serviço da trans* quando o ne-
Chico nao o via. Ele afirmou que rmo
cedo, o invi também
formação0. VOcIro aparcce mais
E este ano o nevoeiro aare
E bom lc mbrar: não somos o que querem chega mais cecdo0, de fevE Te1.3, a: 0
não é nossa as realid - ceu de dezembro para inicio
0 países imperialistas, Idai» foi bastante àgua. Este
globais, mao somos um horas da tarde. «
des falsas dos emlatados fenomeno é denominado de «entrenorte>, pelo
tipo
pais desenvolvido e rejeitamos qualqucr banal conhece di sde quan-
modismo menos Seu Chico assim o
de catequização, colcnizaço e o do era menino.
com os
importado do sul. E preciso estarnos motivo «qualquer», Seu Chic não
KILO:- NORMANDO pes no chao c s:ntir que habitamos uma parte Por um
tem sus-
que
marginalizada do pais, a qual poeta o Patativa
plantou cste ano. Mas como ainda com
dois filhos, ele se pegou
chama de «Brasil de baix0». Temos a fome a tentar mulher e
Em busca de Uma miseria
a-dia. A
e a
seca
opressão como companheiras do
resse ca nosso ch o
dia
constante
sua velha arte
co manual de
de carpnteiro-artesao
no fabri-

violas. cavaquinhos, pifanos


de percussao (zabumba,
e

caixa,
mente e como isso não bastasse, sofremos a es instrumentos

ldenidade Cultural cravização de uma conhecida «indústria


da se
c a » - dirigidas por aqueles que se dizem re
pratos, etc.).

Seu Chico faz parte da Banda Cabaçal


vem desde seu

pai José
presentantes do povo, mas, que na verdade s u 50 anos. Esta banda
No Cariri sempre cxistiu ativos movimen gam ate a ultima gota do nosso sangue e exau Lourenço da Silva que anos
faleceu com 104
tos culturais. Na verdade esses movimentos de cada o pai morreu, a
banda ficou sob a
se traduzem em ciclos culturals, com um tem rem nossas forças, roubam nosso pao Depois que
responsabilidade de Seu Chico e 4 irm os seus
dia e matam nossos filhos.
po médio de 4 a 5 anos e com uma lacuna de e Cicero0.
Antönio, João, Raimundo
tempo entre eles. De 1967 para cá, identifica Não precisamos de shazans e super-ho- foi o Sr. Zezé Pinhei-
O apelido «Anicete»
mos tres ciclos culturais, começando pelo jor- mens, e de nenhum tipo de herói, pois «nfeliz ro que botou, pois foi numa noite chuvosa, que
nal «A VANGUARDA» até o jornal «FOLHA pais que precisa de herói»
e Brecht.
o como disse -

trovejava e relampejava muito,


e com o baru

DE PIQUI», passando pelo Grupo de Artes Mas, revendo nossa história de sangue Iho de Vinte e tantos pOrcos grandes, que
Seu
CARI-
cPOR EXEMPLO» e o jornal «NAÇÃO esuor veremos 0 exemplo de grandes homens, Zezë ficou meio assustado e ao
chamar por seu
RI. A importância desses movimentos jor que são exemplos de luta e resistência.
Todas José Lourenço, disse o no.
indiscutivel. Merecia uma análise pro as reverënci s à Antönio conselheiro 'e a sua
empregado, que era
nais
me Anicete.
funda e individual de cada um deles. Mas inde- Irmãos
utopia de dias melhores; ao Beato Jos Lou- Sabemos que a Banda Cabaçal dos
pendente desses ciclos (ou movimentos), exis renço e sua comunidade socialista ; Virguli Anicetes está entre as melhores do
Nordeste
te uma cultura constante, que está esquecida noFerreira (o Lampião) e sua vingança social estilo), mas envergonha-nos imaginar que
entre os «meios intele ctuais» (sic) da região. A Bárbara de Alencar e sua revolução <inútil»
(no maravlho
podemos perder esta importante
Mas mesmo assim jogada ao desprezo, resiste e precisa; A Patativa do Assaré e sua poesia sa banda. Ela que sempre lembra a cultura pe
bravamente e é a malor prova de luta contre
revolucionária; A Seu Jefresson e sua esperan pular autentica da regi0. Mas cuidado! Estão
cultural imposto pelas multima do
o colonialismo ça verde. Viva todos 0s artistas populares: querendo tirar esta maravilha folclórica
cionais do ramo. violeiros de «mei de fêra», poetas de cordel, Crato. Quem sabe? Eles podem a t aceitar es
Para se ter uma minima idéia do valor
Jesta cultura insubmissa, a chamada cultura xilogravuristas, mamulengueiros, artesos, em ta idéia, pois Ihes ofereceram todas as vanta
boladores, músicos de bandas cabaçais, rabe gens que o Crato sempre lhes negou.
popular ou cultura do povo, se faz necessário SALVE 0 POVO E SUA CULTURA deles é
dar evasão ao inconsciente, buscandoo a chama- queiros. A COndiçao para a permanencia
PARTICIPANTE E REBELDE.
Também se simples: eles imploram trabaiho e não esmola.
da identidade da cultura nacional. Agora vejam a inocência e a bondade que Seu
faz necessário ver as vanguardas compromct: CARLOS RAPHAEL
das com essa preocupaçao e que alcerçam suas
Chico tem para esta cidade to ingrata con
«descolo- seus artistas populares. Quando perguntei: por
propostas esteticas na luta por
uma
que o Senhor não aceitou a idéia de sair do
da nossa cultura». Encontraremos al,
nizaçao Crato? «Não aceitei porque SOU DO CRATO
sO para citar um exemplo, o cinema novo LEIA E ASSINE
MINHA MUSICA E CRATO, NÃO POSSO
do Glauber Rocha foi um dos
movimento qual
principais «consciëncias». Neste movimento ve- FOLHA DE PIQUI DETXAR ESTA TERRA TÃO BOA» - esta
foi a sua resposta.
remos o impeto de rompimento com a provin
ou terceiromun-
Jackson Bantim (Bola)
Cla-do regional ao universal

Festa de Santana: Um Amor de Festa


Prleitra Municial de Santana do Carii Cantadores: Patativa do Assaré, Pedro Bandeira, Raimundo Feirreira
Folclore: Pifeiros: Saturnin0, Cicero Rogério, Reizado
Teatro: Amo todas as Mulheres- Banda de Música
Lazer: Barracas, Rifa, Festas Dançantes, Forrós
-

ADM: PLACIDO CIDADE NUVENS Reza: Missas procissbes e Dovenas


Santana do Cariri -Ceará de 19 a 29 de Julho de 1984
-
Folha de Piaui JUNHO/ JULHO DE 84
PAGINA 5

u e n c i a do Desmatamento no Desequilibrio Ecologico


Afloresta é uma comunidade todos no meio
florctal.

equilibrada entre elementos da faunabiológica


c da flo e
nesta comunidade sio regidos por lels internas da floresta
indiseriminada
ra, existindo Delas lcis de comunidade
um certo ambiente natural. O A derrubada
de equili-
macro
ainda um equilibrio
fauna assim
entre microe quilibrio desta depende da inte
provoca rcalmente
um rompimento
Vivos c o m o
seu m e i o ,
como cntre o micro e r'ação entre uma Bérie de fatores, como; fat Os
todos Seres
croclima. Os componentes da fauna e da ma brio cntrc implantaçao mal
rCs climáticos e fatores cdáficos, interagindo derruba é causada pela
tiora, Esta monocultura de
da pecuarizagao,
plancjada uma
floresta é deg
ou maracujá. Quando frutos, ali-
Café, as flores, Os
desaparecem
não bast as

Noticias
LANÇAMENTO. Nesses próximos dias, o poc matada, ainda se
certos animais c natural.
ta Gênes de Alencar, de vasta militância artis mento dcroubado o refúgio
ou habitah

livro. Trata-%C Ihe é ou


(nt o
portanto, procuran fugir
st
1ica, cstará lançando mais um
de «PENSANDO», que traz pocmas C pens Os animais, prejudica o u
desaparcciment0,
morrem, e seu Ocorre,
alimentam.
SHOW. No Dia dos Trabalhadores, Folha re
mentos.
tros animais que
deles s
cau-
cadeia que pode
o
cm
alizou «-C00->
Praça da Sé, portanto, umaf areação
na o Show 1° de Mel, com s
inteiras.
u n a de regiõc
a prcscnça de L. C. Salaticl, Calé, Pachelly Ja-
ECOLOGIA. F'oi reativada no Dia Mundial doo sar o fim da

macaralo Lopes, Geraldo Efe, Carlitus, Mcio Ambiente (05/06), a Associação para dependem das
Luls Fidelis e Feo. Airton. Na ocasião foi lido Conservação da Natureza, ligada a Faculdatte Cumo se vë, o3 animais
estabele-
ambiente
tm mantesto de apoio aos trabalhadores do de Filosofia do Crato. Em reunião prelimina estas e seu m10
Por-
Brasil e do mundo, pedindo eleições livres e dircioria cla AsSCcisçär Clabirou um plano plantas interaçã0 de
influëncias.
di Cm uma total
Os micr0orga
retas jáe plena liberdade de organização sindi- de trabalho objetivando a integração entre a animais e
Faculdade de Filosofia e a comunidadc cariri tanto, as plantas, Os Quando
cal. De resto foi muito som. Salute trabalho-
mantém relaçõe3 r ciprOcas, núme-
nismos o
res indiscriminado,
ense, um
desmatamento
ve-
há espécie
depcnde de
uma
-000-» «-oC0- ro de animais que ate se tornar tad
considerada
cresce
SALA PATATIVA DO ASSARE. OCom a
pre MANH DE ARTE. Durante um mes, acon getal alimento se torna demasiadarnen
sença do poeta popular Antönio Gonçalves da teceu aos sábados, a Manh de Arte na Loja grande que o o rompimento d e
assim,
Silva (o Patativa do Assaré) foi Bolart. Entre os artístas que estiveram mos te e s c a s s O . Ocorre,
no dia 19 de junho a Sala
inaugurada trando seus talentos «in loco» destacamos as quilibrio ecológico.
Patativa do Assare, Cor-
destinada a perpetuar a memória do maior poe- presenças de Chico Anicete, Pintorzinho, numa flores
ta popular do mundo. A sala está situada ane reinha, Patativa do Assaré, Elói Teles, Danilo O processo de de s m a t a m e n t o
de consequen-
xa a Empresa de Promoções e Publicidades Bo Lopes, Paulinho Chagas, Salatiel e, Pacheny ta gera todo um
encadeamento

Cessa a próteç u
Aconteceu ainda a I Mostra de cordel e MOS ambicnte.
lart, sob a coordenação do companheiro Jack a0
cias drásticas incidência de luz, há ele
son Bola Bantim e está aberta à visitação pú tra de Artesanato Alagoano. do solo, o c o r r e grande de Oxida-
e os processos
blica. -000-» vaçao de temperatura muite. A
Saceleram
-000-» çao do cxtrato arbóriotanta a0 ora
A moçada de Farias é que voltar
VOZES DO QUIXAR. degração da flore sta
CORDEL. «0 Beato Zé Lourenço e o Boi Man- o
Brito nao deixa por menos, está organizando
antes torna-se duvidoso.

sinho ou A Chacina do Caldeirão» é o primeiro do Quixará» que deverá sair lo


cordel de Normando Rodrigues, Edições Folha jornal «Vozes voz cultural oposiçao
e de reflorestar
de Piqui, 1984. Neste cordel, a verdadeira his go 1ogo. E mais uma n a n o s s a reg1ao.
O homem pode posteriormente ¬Sp¬
à dominação t o frequente área devastada, entretanto, algumas,
tória do Caldeirão do Beato, em vers o popular, a
poderão ser
onde é colocado em püblico um fato que as au -000- Ciesque quase se extinguiram, poderão se e x
toridades cearenses querem apagar da mem0 conservadas, mas dificilmente reflorestamento
no
MUSEU DO CORONELISMO. Será lançado
em
pandir. Outro problema
ria do povo. de substituir
do Cariri, no sul do Ceará, o Museu consiste na maneira inadequada
-O00 Santana pois no fu-
o Professor nativas por plantas exoticas,
no Audi- do Coronelismo. O
autor
da idéia é de plantas
SHOW RECITAL. Marcou presença, Placido Cidade Nuvens, Prefeito
Santana
tura estas arvores de
madeira excelente tornar

torio do Panorama Hotel, o show recital reflorestamento, outro proble-


com Cidade
do Cariri. Segundo o sociólogo Plácido se-ão raras. No
Patativa do Assaré e Danilo. Lopes Apoio da Nuvens, o museu será unm centro de estudos ma é de ordem ecológica,
climática etc, que
Secretaria de Cultura e Turismo de Juazeiro Sobre o coronelismo, um sistema de dominação
não são respeitadas, pois
ocorre toda uma al-
do Norte e da Sala Patativa do Assaré. Den na região do Ca- pela preservação e
for-
tro em breve o show deverá acontecer no Crato, que por muitos anos perdurou teraçao no ecossistemamanutenção
riri. O Museu funcionará na Casa Grande, quue
mação de solos, pela de elenien-
pertenceu ao Coronel Felinto da' Cruz. Neves, tos básicos para a preservaçao de, habitat, pe-
«-000-» um dos mais famosos.do sertão do Ceará. Uma os di-
comissão de arquitetos e historiadores já es
la de alimentos e abrigo para
produção
versas cspécies arfimais.
LIVRO. 0 Grupo Cultural Raízes lançou no teve em Santana do Cariri para a elaboraç o
dia 30 de junho o livro «Múrmurios Poéticos».
co-autoria de Hermano Roldão e Cícero Jorge, do projeto. O: desmatamento contínuo das florestas,
O livro reúne poesias e é o segundo titulo do 000- principalmente florestas tropicais,torna'se
um

destruido
Selo Raízes. CENTEN DE SANTANA. Por ocasião perigo ao homem,, pois está sendo
nosso próprio habitat e o
reflorestamento näão
-o00- do Centenário de Santana do Cariri, a trans resolve o problema, porque a aquisiçao de mu

BAIRRO DO SEMIN O Parque Munici- correr no próximo ano, será langada uma An das nativas é excessa e a derruba anual exce

da I Mostra de Artes a se reaii- tologia de poesias caririense, cuja montagem de em muito o reflorestamento.
pal será pátio está a cargo do Professor Edmilson Félix. A
zar no dia 28 de julho com a presença de ar
tistas populares do Bairro do Seminário, pro- antologia vai compreender uma mostra de po
emas e um perfil de poetas caririenses. TEREZINHA BATISTA
Cultural Raizes.
moção do Grupo

SALA

BART
Rua Monsenher Assio Feitesa N° 669
Patativa do Assaré
CRATO-CEARA
UNIFRIO
UNIDADE TÊCNICA EM REERIGERAÇÃO LTDA.

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PAGINA6 JUNHO/ JULHO DE 84
olha de liaui
mais pra
o resto só queré
pouco. mas d i n h e i r o a gente
dc um deles que empresta
O NORDESTE Clcs. Tem

com jur0s
de 10 e 12%, compra
vender a
a safra
eles
da

mesmo
8en
e nóis tem que os olhos
tc barata, nóis sem

E A pra
da
poder pagar
cara, pra
e
vocë vë né?
termina

agricultura
deixar a

SECA E - Você tem


eviver de outro
vontade

ramo!
porque
de

é só o que sei fa
WILTON DEDE A-
No tenho não,
agricultor
mesmo.
Meu sitio
e
vida é ser
da mule
Já é assunto bastante discutido em todos 2er na tenho alem
coisa que eu se o go
Os meios, seja político, universitário, de pres- edos unica
a
mais eu digo ao sr. que
menino, f a z e n d o até agora eu
tação de serviços, o problema de estiagem ra vem
não eu deixo tudo ai
que
continuar e
região Nordeste. Plantações perdidas, aniiais verno de fome,
não vou
morrer
eles faz é só
morrendo sem pasto nem água, emigrações, rua. A politica que
na ver que quan
solos esturricados etc, tudo isso se repetindo vou morarnóis Ele devia
ano a ano sem uma providëncia séria por par pra botar pra traz. banco a gente se vira
dinheiro de
do não tem juros a eles
num paga
te dos orgäos competentes. e a gente
seja mal repre
Com
os agiotas, governo que pelo menos
Não ocorre que a região do porque não paga ao aos outros que d e
sentada diante dos altos cscalões politicos Se é de dar
temos além de ajuda a nação.
país; basta lembrarnos de que até presi
a ele né não?.
boa coisa? o
senadores, ministros e foi uma
deputados e E- A emergência não
e nada de con
dentes já tivemos no planalto desse plano?.
creto foi construido para que esse probIema a falta de ajuda aos que habitam essa regia0. que voce acha
acho que foi boa
coisa mas só
fosse amenizado. As cenas continuam se repe- A- Moço eu só podia
emergencia
venha Essa de ajuda provoca uma emigraça0
falta
ric0. Esse negócio de
se
num
tindo sem uma tomada de posição que maior a cada ano. A volta dessas pessoas e sem pros mesmo. Escute
esse povo alista até a muié dele.
a abalar o problema. Ele sempre acon A região está fican ser
bom pra
sequer pre menor em quantidade. começa daí que ele
que trabalhador
tece. da cada vez mai desértica. O governo sempre é, um
de
bocado
cer
Vários planos foram ativados, vários ór Com os seus planos «Tapa buracos>. No iunal Depois arranja açudes; faz suas
seus
á do precisa comer; cava nos sitios. impa
darem assistëncia
gãos foram criados paracriado de tudo o único prejudicado é o homem
curral, abre estrada
o «Plano de E
nossas
seus com as
foi ca tudo tá feito
região. Ultimamente säo feitas nu- campo. no seu lugar terra, e depois que de quer ve
calo
mergência». Temporáriamente
regiões e sub Para se prender o agTicultor mão, que nóis
fica é aheios fazer s e r v i
artificíais em diversas e preciso antes de tudo dar condições para que Manda a gente pagando é
cleações cons olhe as
minha...
0 mesm0 possa viver bem no seu lugar. Veja-
regioes do Nordeste, varios açudes são ço de animal, dizendo
que quem tá cur
tais planOs nao passam mos a seguir o que nos diz um agrieultor. leite ele tira no
truidos, mas veja bem, o governo.
Prá vocë ver,, o
al b o
buracos», e ha ate quem por 50,00;
dos chamados «tapa chamam-no de ENTREVISTANDO UM AGRICULTOR rai e vende a gente no curral
cidade e ven-
afirme ser jogo politico; os que e leva prá
sim, pois não chegam tais E - Entrevistador ta em cima dum carro Depcis fica fa
de de 300,00, como é que pode?
«Indústria de Seca»,
nada mais de 2 ou 3
anos
e mal agradec
planos a influir em
Subsequentemente ao de sua criaç o.
Agricultor lando que a gente é preguiçoso Eles
tem que agradecer.
Como é o seu nome, onde nasceu? do mas o que que nóis
Outros passos importantes foram dados peloss Eu nasci em Mis- tão no emergenca e
nois pas

-Pedro Tavares da Cruz. que num precisa


com área de ação até sa as humilhação que
eles não tem pena mesmo
orgãos do governo, mas c a s o do plano
de são Velha em 10.10.1940.
certo ponto resttrita. Veja o E - Vocêsempre foi agricultor? Quereme tirar o couro.
n o Ceará. Segundo fontes, E- Você tem alguma idéia que possa dar pra
perenização de rios de apenas areas eu tinha 5 anos
veio a solucionar o problema A-Fui sim, desde quando Antonio o govermo melhorar a situuaço,
ou seja, Uma
E o caso de dizer até hoje. Eu comecei com meu pai a política agir com relação
a
mais ribeirinhas desses ri0s. para
ou é, uma
re-
solução que Tavares Muniz. Ele é bem conhecido por aqu. opinião sua
mos que esta seria, maiores dos a agricultura?
do problema (e
uma peque E - Fale-me alguns problemas
solve apenas parte
importante; o
- Af tá ruim de eu lhe dizer, porque com
parte). Podemos citar como gricultores. essa ele já
na
desencandeado no governo maior é a sêca acabando com essa sêca verde miudinha que nem
Projeto Paliteiro»,
parte A- 0 problema tá dease jeito, negando por tudo o que prome
para se cavar poços grande em
tudo; nem banco nem governpuma ajuda, e oeuque alembra dum
passado Esta sim, seria uma
solu
a gente fazZ ne. Agora Cosa di teu aPorque
nóis. quem num se
do interior cearense, é que O GOVERNO GA
e que viria a resolver problema9 em
go certo, se ele
fizer assim quando chegar negócio de «PLANTE QUE de
pão viável
escolher inclusive as
podendo-se ele não arranja nada, que nós aqui
é RANTE> que saía nos rádio dia e de noite
vários locais, politica
qne sabe o que é sofrer nmesimo.
aí prá todo mundo; prá nós continuar na agri
nais carentes. acaba é des
meu ver, deveria ser feto um plano de
- M a s ele tem suaa maneiras de arranjar Cultura que ele garantia, quando bem que ele
Ao Bol ou com chuva, votos. Você não acha não? Be jeito. Cadë a garantia?. Eu sei
ação a longo praZ0, que c0m ficasse resol gosta é de voto.
tivesse continuidade até,
um dia, A- E. Ele tem mesmo muito jeito de arran
o esse dinheiro E - Mas você acha que ele devia fazer o quê
vido toda problemática da sca, ou, atë que jar. O que eu acho mesmo é que
tivesse condições de continuar na pra agriculturs pra ajudar mais?
agricultor gue era prá vim pro nordeste
terra e dar prosseguimento ele proprio ao pla um bocado dele ele ta guardando pra comprar A - Naão era nem dar dinheiro que isso até
de açudes voto nas eleições. E com0 é que nos outros a vicia. Era emprestar mesmo a nóis pelos bancd
no. Por exemplo: além de construç o
e nucleação artificial deveria o governo pcr nos tem verba prá tudo quanto
é de cidade e e cortar essa emergência, que só tá dando pra
em prática a eletri+cação rural, e paralelo a pro campo nada, e
desse jeito que nem canti quem é rico, os agricultor menor se tivesse emn
financiamento
isto abrir créditos agricolas e ga de perua, só
se num for mesmo isso que eu préstimo não era prá tá se sujeitando. Num
orientar com né?
de motor-bomba aos agricultores,
fazer irriga digo porque o que é que nós pode pensar
E-Nessa política do governo voce aaha que
digo que é ruim mas todo mundo hoje sé em
intensidade
mais etc.
como deveriam prega alistado que é pra pagar menos. Fica a
ções, Apenas uma idéla, mas que podera
ser desencandeado planos mais ou menos nes
existe preferencia? ou acha que resolve pelo confusão proque é cortado quem trabaiá sem
menos parte dos problemas. ser no serviço de emergência, eu acho que vai
ses termos. A - Há tem gim. Só é bom prá quem é gran tudo é terminar morrendo de fome mesmo.
de todos os sêca conti.
esforços, a de produtor. Eles tem muito gado, muita ter E-Quer dizer que vocë aaha melhor que a
Apesar
nosso pobre Nordeste. Os pre ra, muito dinheiro, tem carro, tem motor, aí emergêneia seja desativada?
nua a abalar o a cada ano e a naçao sOIre o ele arruma é tudo nos banco, tudo que quizer.
juizos anmentam A - É sim. Agora se aparecer condições de
vem e as Co1sas trabalhar. Porque é como eu disse: o dinheiro
peso da desgraça. Ano vai, ano Tem amigo politico tambem que arranja as col-
Se repetindo. Estiagém, gado morrendo. emi sas pros sitios deles né. Tudo deles é na frente da emergençia resolve mais nois ficá sujeito a
grações,'etc.;e com isso o nordeste, vai fica a gente fica toda vida depois,: todo mundo sabe
do cada vez mais sem braços para a sua agrl
tantapoisa sque numcompeñsa, Nóis tämo cu-
dessas coisas de política ou tem dinheiro ou mendo é regrado, sem poder
cultura, na parte do «Poligono das Secas». pagar o que deve
num tem nada. nem a banco se tiver
nem aos agiotas, e a agri
v u recehte èstudoi feito pela UFPE; 0 EFeses grandes produtores ajudamas pe culturayäcair; de prpdueo.eÓ qUem vai pa-
bra a-processo dedesertificacão na Nordeste.quenos em alguma coisd?
onde ali apontam além dos fatores climáticos. avai
r f DOIS mesmo.porgue guem_ tem as coisas
A-Alguns que a gente conta numa mão aju- terminar é tomando as terras da
gente
olhs de Piaui JUNHO/ JULHO DE A
PAGINA 7

CASA DE LITERATURA (N° 9 e 10)


LIPIDICOSe simultaneamente riquíseimon em

Metodo Niemeyer
(Preconizante da verdadeira mcdicina pro
Sais Minerais e Vitaminas e nas impreACindi
veis cscÓrcas.
mpossivel argume ntar contra
cia dos resultados alcançados.
a eviden
Editado por P, J. Ribeiro. Av. Júlio de Mesqui-
a, 615/111-Cambuí- Campinas/SP.
Muita
MURAL DE POESTAS (N° 17 a
poesia e informes. Rua
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verdade c uma grande descoberta. 58000.
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Livro de Poesias de
FA, ONIVORA, ACIDÓZICA Clside
HIPER PROTEICA Cientista, Fisiologista, Nutrólogo, Biólogo, Ra Wanderley Heraldo, Na aptcsentação,
Veronegi diz: «Entre o apuro da forma
voca

HIPER-LIPIDICA FOSFATADA IODICA dicado no Sítio Ribeiro Santana do Cariri-CE o poeta deiza fluir,
e a liberdade plena,
NORMO-GLICIDICA INTEGRAL bular ver.
livremente, a mensagem atrav s de si, em

HIPER MINERALIZADA B0 brancoa e seguindo uma ca


rimas ricas.
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naterial fibroso integral) que ativaro os mo- do Clube
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ativando os movimentos peristálticos.
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nico B e das vitaminas A sobre as demais vi


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De Xico Reginaldo de Sá, (Biblioteca Nacional)
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4°- Abstenção radical do Cloreto de sócio ons)


por ora, agita a de JJaneiro/RJ 20042.
que, Rio
.

Industrializado METAFORANSIA, 3 andar


(sal de cozinha) e do Agúcar vro
punhética da reciféia- -INSTITUTO MUNICIPAL DE
ARTE E
emarginalia poetica
e
5-Respeito às associações alimentares o CULTURA- IMAC (Projeto Centro de Cul
desvairada». Para algum toque, como pede
discordantes.
O Método Niemeyer apresenta como pro. Xico, escrevam para: Casa do
Estudante -

Ap. tura Alternativa) Rua Rum nia,


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101- Cidade Universitária- Recife/PE- jeiras Rio de Janeiro/RJ 22240.
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o Jó Louro. Rua CONSCIENCLA NE-
enças infecto-contagiosas, corriqueiras na fase por José Lourenço
da Silva, -

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Funcionários GRA- Carta de Willian Augusto participan
à cárie dentária Licota Maroja, 51-Cidade dos
pediatrica, imune à gripe, João Pessoa/PB- 58000. da programação dos festejos
ao Cen-
dentes), dotada de do-nos
(Sem nunca ter escovado os Rubnes ds
monolitica inquebrantável
as -PRESENÇA (n° 4)- Editado por tenário da Aboliçãoda, Escravatura, Negra
ma re SIstencia
50Ciada a um SiStema imunológico inexpugna Leite, traz mensagens cristas de paz e
amor.
Ceará. Rua Rio Solimões, 598 casa 32
60000.
vel, dotada de uma estrutura orgänica incon Caixa Postal 175 -Pindamonhagaba/SP Jardim Iracema Forteleza/CE -

cebível, haja visto que com apena_ 10 anos de 12400. - Everaldo Oliveira Santos. Cx. Postal 2456
LITERO-PESSIMISTA (n° 3 ) - 40000.
idada levantou inumeras vezes homens de 14
- JORNAL bem filosofia do jornal, que
Ag. Cidade Alta -Salvador/BA
(setentae quatro) e 78 (setenta e oito) quilos. O titulo já diz a Ailton (Edições Egua Solta) Travessa
Resultado este conquistado com uma alimen- com este nümero cncerra a sua curta carreira
1 8 - Coutos- Salvador/BA.
tação cientificamente idealizada e racionalmen escrita. Correspondëncia ainda que tardia pa Setubal,
Afranio Pires. Rua José Lourenço, 1300-
te administrada, após 20 anos de estudos em ra: Av. João de Barros, ap. 808- Blo
663-
L. Nova- Natal/RN 59000.
Edifício Garanhuns- Boa Vista Postal 52309- itaim
- -

cientificosde autoria de notáveis cien co B


Gomes-Cx.
vros
tistas e renomados pesquisadores, ambos repre-
-Claudio
Recife/PE
ARMAS & BAGAGENS - Poesias de De-
Paulista/SP - 08170.

sentantes mor da medicina ortodoxa.


baseados em me- nise Teixeira Viana. Lirica e real, sua poesia
E todos cstes anos foram de
ticulosíssimas observaçoes. questiona e instiga. Mirem-se no exemplo
O Método Niemeyer é preconizante da ali «consequëncia»: «O não pertubes / por favor/ FOLHA DE PIQUI
da proteinoterapia este sono brasileiro / que eu nasci dcformada».
mntação nitrogenada
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mal) e

estado cru.
LEIAMIGO (n° 4) - Intercâmbio cultural

E XPEDIENTtE
0 4 - Ano I -Junho/Julho de 1984
O Método Niemeyer é preconizante da au deste país pindorama. Editado por Dienise Tei-
e em todas xeira. EOUIPE ORGANIZADÖRA:
tofagia (do jejum) na fase inicial - BANCA NACIONAL DE LITERATURA
as vezes que este se fizer necessário. A alimen- Jackson Bantim, L. C. Salatiel, Normando
natural tornou se INDEPENDENTE - Iniciativa independcnte,
tação de ação imunológica Rodrigues, Fco. Cunha, Marcos Cunha, Car
uma incontestável realidade, que só poderá que pretende organizar umalivraria itineran los Raphael, Terezinha Batista, Dedê e Ca
ser alcançada com alimentos onívoros, apiró- te com a produção nacional. Cx. Postal 60029 - -

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os
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das pe
como
dita esperança,
teremos por
Nada há que me faça mais brilhar os olhos da estátua? As romarias, as procissõCs glgan James Hilton, quandoPerdido.
e delritar a visão, que avistar o belo vale, de tes, os passeios de bicicleta até o Barro Bran ripécias de nosso
Horizonte
descoberto
fim TADEU ALENCAR
cima. Descendo pela Serra de Santa Rita co Co, os papos em Dioclécio na Palmcirinha? A
vazio
mo quem vem do Jardim; esCorregando pclas bandonar o Juazeiro grande, comércio,
ladeiras da Batateira, vindo do Araripe; ou após as 22:00 hs. de 3 prédios altos de gente
scria possível. Noutra noir TRIBUTO ([n Memorian)
ainda, pela estrada atormentada de buracos amiga? Não, n o me

dos que chegam de Caririaçu, tudo é um enor t e - bons tempOsS cheguci com uma gran
na Praça P com
me tapete verde, mesclado aqui e ali das man- de amiga, assim pela madrugada, dedicado de coração
ao

chas brilhantes dos açudes chcios d'agua.


Cícero. A coluna da hora batia 2 horas Este jornal é SAVIO DE
ALENCAR

gente ficou falando da vida. Nunca vou esque FERNANDO da ar


Juazeiro des
panheiro foi vítima,
recentemente,

cer. Não vou deixar nunca meu MENDES, que


Imda mais agora, com as chuvas benfaze violència policial.
ta praça marcante, do bar de Moura- ponto bitrariedade e continuar
jas de março, quando as plantas se vestiam de não prometemos
da velha guarda- do pe ssoal novo que FERNANDO podem
um verde maluco. As manh s tornaranrse Jurandir, em A s a b e m o s que:
«Os poderosos
mais claras e transparentes, o ar de uma leve- tem ponto: bebe em Praxedes, em sua luta, jamais
flores, mas
za de pluma. Nas partes mais altas jâ se sen-
Chico, em D. Maria, no Santa Teresa- pouco matar uma,
duas ou até trés da primaveras,
em Al chegada
Conhecido, mas ótimo- em Joaquim,
deter a
te um friozinho gostoso, fazendo-nos desenter conscguirao
meidinha, em Ponciano, na calçada. Juazeiro
rar do prolongado descanso, nossas velhas man-
ainda da Beata Mocinha, do príncipe Ribamar, K-00-»
tas de láä. O que ae pode dizer, é que por aqui de Damião, do
a vida ficou suave, Vë-se um misto de emoção do velho Lunga, dos Coqueiros d0
colorido que vendia tabaco, de Ciça ARTE
e alegria nos rostos que contemplam admira velho no
barro cru, do dia 20 de preto, dos buracos
dos, as águas que caem milagrosamente. NOSSA ARTE)
SOBRE A
asfalto, da favela do matadouro.
. .

(REALISMO

O Cariri é dessas regiões por que a gente viver cem


Como deixar tudo isso? Como A arte de mendigar
apaixona de imediato. Não há como não. Crato de
saudades do Crato, do doce
se para a Arte
Suas aguas, seu clima anmeno nos pés de serra. eternas
Açúcar? Não me consola só matar as sauda E mendigar da Arte
seus lugares, seus costumes inauditos, uas vou
morena-«eu vou pro Crato, para mendigar.
crenças e lendas, sua gente exercem sobre des e ver a Quero ficar por a
quem as conhece um fascinio tal, ponto a de ja matar minha saudade...»suas ruas simpáticas Ou
p e r a m b u l a n d o pelas A arte de mendigar
esta região. E qu.
chamado de mágica,
terem a e limpas, nas suas praças de fontes luminosas arte
tanto ainda, que morrerei algum dia por aqui, no
E mendigar da
voando soltos. ladeiras,
Doce nas
entre amigos e águas puras, entre verde e con pombos tão sempre
ANTÓNIO EUSEBITO
no mato dos cheiro, na beleza noturna p'ros que
voltando do «Xerife». Quero ficar na graça,
tas multicoloridas encontrada me for da-
que se suas tantas
nossos
caminhos. Acredito no batismo de cada mergulho em
«-000-
sentir-me-ei m o r r e r . ama o
do ficar, nem
nascentes. Quem de nós não conhece e
ETERNO»
sexta-fei- tanquão, o Belmonte de Pe. Agio e sua orques «UM GRITo,
UM SONO
Não abrirei mão nunca, de numa
tra, o Batente, a Pedra Branca da serra
ra perdida, à tardinha e com alguns «bons a serra e
Quem aguma yez não já se meteu pela silêncio estendeu-se pelas pedras
migos», sair em paz inviolável do
busca da
Cal
se sentiu um bicho? O horizonte
E dele se fez um
abençoadas
das e ficar, só ficar, lá pelas águas A água do mar espumou
do Bom Jesus, neutralizadas em sua baixa tem-
Quero pelo Crato Saudoso da exposi
viver E em sal
transformou-se

b0a cachaça da Região. e de seu Almir, unido


peratura, por alguma são anmigos ção, boëmio do Alagoano Cra A flor do algodo abriuse
Os mais întimos sabem do Rocha, do seminário. Meu
de Tudinha, batucam no Bar do Paulo, sobem do pé-de-jambo, antigo E dela se fez pano
cafezinho quente com queijo, num Apareceu uma infância
lindo-e deixam to, de um com os olhos postos
no in
ad Cruzeiro- o madeira.mais E com ela a velhice chegou
visual
sábado de ressaca,
Os mais íntimos são
seus nomes na em noites e mais finito. Calazans Callou
Os que por ja tantas vezes,
pelos batentes dos ve
noites de lua e sem lua, ficaram
Crato velho, dos velhos carnavais,
da Igreja, deitados pelas ruas desertas e pelas Ihos festivais. «-o00-»
viol o.
calçadas, errantes
aos acordes lindos do
Não abrirei m o das fontes inimaginadas
co
me no vai ver ir em ESCRAVO BRANCO
Eh Cariri-Kariri que Jó 0
mo a Rita», comoláo uma
«Santa enterramos
«Riach0 do Amor»
vi bora. Cidades que
não hão de me ver pelas cos
garrafa de único
outro dia existem cidades. Mas um que?
«Prof. tas. Aliás não Escraviza Patrão, por
-

o
mara Por que me
nho daquela cascata onde morreu nosso. Lugar de por-de-Sóis eu trabalho
Leandro» e de todos os lugares poéticos e eter- lugar. Que é em todos os lu tanto que
das vilhosos, onde o verde explode onde as noites já não chega prá vocë?
de Barbalha. Aliás, Barbalha é uma gozo de gigante, Ou será que o patrão, quer me crucificar?|
nos
conheci. Seus gares como umb bados sonhadores
cidades mais simpáticas que já
de
são cheias de
e poetas, Me batendo de chicote até o sangue jorrar!
sobrados antigos, suas praças
antigas, seus ba apreciadores de vinho,
cem e loucos, de insones e maneira, de s u r r a vai me matar
res antigos, pessoas novas que pare
suas luar de agosto é o
mais lindo de.todo o Assim dessa
falar do Arajara
terra -

onde o Será que pelo ao menos,


«antigas». De resto, mundo. Você manda me enterrar?
das grutas misteriosas, das
das calçadas altas, do «Ve doces lembranças.
Cariri das nossasluta Com toda essa furtuna
sanfonas a f i a d a s -
e da Bulandeira,
Cariri da nossa tempos melhores.
por
Anto- a ganhar!
da Festa de Santo jovens e agora que eu ajudei
nha-Ver>, do Estrela, muitas
como
tardes, do cana- Palco da aventura
nossa
Derramando o meu suor
dos engenhos de da nossa responsabilidade Como homens.
nio, boni e sem merecer apanhar?
da_ mulheres as distâncias. as
vial t r e m u l a n t e m e n t e belo, Rompendo as barreiras, da Pois agora o senhor diga,
terminar nunca.
o medo mudança e o
tas seria não diferenças próprias, em que resposta vai usar?
uma enorme
abandonar Juazeiro Comodismo, vamOs torno de Por que me Escraviza Patrão, por que?
Não suportaria nunca clareira sem patrões,
seria abandonar meu fogueira, armada numa so
do Norte. Abandoná-lo da floresta do Araripe,
a Serra do nas terras livres João Clemente
próprioprojeto de vida. Abandonar solitário nhar sonho e viver a nossa mais recön
o nosso
seu jeito triste e
Horto com aquele

PANIFICAPORA E CONFEITARIA PRO0GRESSO


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