Você está na página 1de 196

oc lecao

' CÉZAR DA
PAULO SÉR
SI
G
LV
IO
A
B

ED
NIOR • SEZAR
A Q U
CIZOTO • D
E SANCHES •
ÉB O R A
SASSON •

C R
SONELISE
IS TINA DE ASSIS
GODOY
AUXILIADORA

ANO
CIÊNCIAS DA NATUREZA
EU GOSTO − CIÊNCIAS
ENSINO FUNDAMENTAL − ANOS INICIAIS
oc lecao

'
ANO
CIÊNCIAS DA NATUREZA
EU GOSTO − CIÊNCIAS
ENSINO FUNDAMENTAL − ANOS INICIAIS

SSON
S ILVA JÚ N IO R • SEZAR SA MANUAL DO PROFESSOR
C É S A R DA B E DAQ U E S A
NCHES
PA U LO S É R G IO OTO
N E LI S E A U X ILIADORA CIZ ODOY
SO G
TINA DE ASSIS
DÉBORA CRIS

CÉSAR DA SILVA JÚNIOR


LICENCIADO EM HISTÓRIA NATURAL PELA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP)
PROFESSOR DE BIOLOGIA

SEZAR SASSON
LICENCIADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PELA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP)
PROFESSOR E AUTOR DE BIOLOGIA

PAULO SÉRGIO BEDAQUE SANCHES


BACHAREL E LICENCIADO EM FÍSICA PELA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP)
MESTRE EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PELA UNIVERSIDAD NACIONAL DE EDUCACIÓN A
DISTANCIA (UNED) – CÁTEDRA UNESCO, MADRI, ESPANHA

SONELISE AUXILIADORA CIZOTO


BACHAREL EM PEDAGOGIA PELO CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO
PÓS-GRADUADA EM EDUCAÇÃO PELA FACULDADE INTEGRADA METROPOLITANA DE
CAMPINAS (METROCAMP)
PROFESSORA DO ENSINO SUPERIOR

DÉBORA CRISTINA DE ASSIS GODOY


BACHAREL EM PEDAGOGIA E ESPECIALISTA EM ALFABETIZAÇÃO PELA UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP)
PROFESSORA E COORDENADORA DE ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PARTICULAR DE ENSINO

1a edição
São Paulo
2021
Coleção Eu Gosto: Ciências
Ensino Fundamental – Anos Iniciais
Todos os direitos reservados © 2021 Editora Praxis Ltda.

Direção Geral: Lauriane de Lourenzi Todos os direitos reservados:


Diretor Editorial: Sandro Aloisio Silva Editora Praxis Ltda – CNPJ no 35.414.225/0001-79
Coordenação Editorial: Rita Rodrigues Rua Piatã, 179, Conjunto 2, Vila Isolina Mazzei
Editora: Débora de Fátima Almeida São Paulo - SP, 02518-050
Assistência Editorial: Fernanda Herminio Reges Fone 55 11 3855-2100
Revisão de textos: Todotipo Editorial www.edicoespraxis.com.br
Editoração Eletrônica e Arte: HiDesign Estúdio fnde@edicoespraxis.com.br
Ilustradores: Eduardo Borges, Ilustra Cartoon,
Waldomiro Neto, Jotah ilustrações Impressão e acabamento
Cartografia: Allmaps Oceano Indústria Gráfica e Editora Ltda.
Projeto gráfico e Capa: HiDesign Estúdio Rua Osasco, 644 – Rod. Anhanguera, km 33
Coordenação de Iconografia e Licenciamento de CEP 07750-020 – Cajamar – SP
textos e imagens: Tempo Composto CNPJ: 67.795.906/0001-10
Foto Capa: Amorn Suriyan/Shutterstock Tel.: (11) 4446-7000
Montagem e Ilustrações: Fábio T. Corrêa
Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro
Produção gráfica foram produzidas com fibras obtidas de árvores de
Giliard Andrade florestas plantadas, com origem certificada.
Lais Dantas

1ª edição – São Paulo – 2021

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG)

E87 Eu gosto: Ciências: 4o ano / César da Silva Júnior... [et al.]. – São Paulo, SP:
Práxis, 2021. – (Eu Gosto. Ciências; v. 4)

Inclui bibliografia
ISBN 978-65-994030-8-8 (Aluno)
ISBN 978-65-994030-9-5 (Professor)

1. Ciências (Ensino fundamental – Estudo e ensino. I. Silva Júnior, César da. II.
Sasson, Sezar. III. Sanches, Paulo Sérgio Bedaque. IV. Cizoto, Sonelise Auxiliadora. V.
Godoy, Débora Cristina de Assis.

CDD 500.7

Elaborado por Maurício Amormino Júnior – CRB6/2422


Cara professora, caro professor,
Os autores desta obra são, como você, professores. Sempre
vivemos no ambiente escolar, em contato constante com os
estudantes e com nossos colegas. Essa vivência nos ajudou a
criar uma coleção didática de Ciências adequada para a faixa
etária a que se destina, tanto na linguagem como nos conteú-
dos e na metodologia.
O ensino de Ciências nos anos iniciais do Ensino Fundamen-
tal apresenta vários desafios: devemos instigar a curiosidade
de nossos estudantes, de maneira orientada e organizada; pre-
cisamos usar uma linguagem acessível, mantendo a precisão
dos conceitos; é ainda o momento de desenvolver o interesse
do estudante pela natureza. Tudo isso, sem dúvida, associado
ao processo de alfabetização, um objetivo fundamental nessa
etapa da escolarização.
O desenvolvimento da competência leitora colabora com a
formação de cidadãos reflexivos, críticos, capazes de entender
o mundo e interagir com ele, que sejam aptos a tomar decisões
em benefício de sua comunidade. No mundo contemporâneo,
pensar cientificamente e compreender como as tecnologias in-
fluenciam nossa vida são capacidades fundamentais a serem
desenvolvidas.
O livro didático é, sem dúvida, um importante recurso no
processo educacional; no entanto, é imprescindível ressaltar o
papel determinante do professor. O professor promove a mo-
tivação e o aprendizado significativo; ele é, certamente o me-
diador indispensável entre os estudantes e os conteúdos.
Professor, entre em contato conosco sempre que quiser para
dar sugestões, expressar críticas ou solicitar algum esclarecimen-
to. Tenha muito sucesso em seu ano letivo!
Os autores

III
Para cada unidade do Livro do
2. A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) não constitui um currículo nacional, mas foi elaborada
a fim de servir de referência para a reorganização dos currículos regionais da Educação Básica, isto é,

Estudante, há uma introdução com


desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Assim, ela orienta os docentes e os demais atores da
educação escolar nas escolhas relacionadas à aprendizagem dos estudantes.

UNIDADE 1 – A MATÉRIA E O PAPEL


TRANSFORMADOR DA ENERGIA
o tema abordado, os objetivos de
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo
que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os
estudantes devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica,
Apresentação dos temas, habilidades e pré-requisitos
de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimen-
Esta Unidade trabalha com a Unidade temática Matéria e Energia, da BNCC, com foco nos ob-
to, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). Este

aprendizagem, os pré‑requisitos
jetos de conhecimento: misturas e transformações reversíveis e não reversíveis. Ela tem 2 capítulos:
documento normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar, tal como a define o
§ 1o do Artigo 1o da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei no • Capítulo 1 - Misturas
9.394/1996), e está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à • Capítulo 2 – A energia transforma
formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusi-
O Capítulo 1 propõe atividades investigativas com procedimentos experimentais que possibili-
tam a verificação prática da formação e separação de misturas, além da identificação dos materiais

necessários e comentários sobre as


va, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN).
que compõem os objetos da vida cotidiana e conhecimento de como são utilizados (EF02CI01).
(BRASIL, 2018, p. 7.)
O Capítulo 2 explora o fato de que os materiais podem sofrer transformações e que, para isso
é necessário energia. Para tal, é necessário como pré-requisito a apropriação pelo estudante das
habilidades de identificar que os objetos são feitos de diferentes materiais (EF02CI01) e que os

atividades, além de orientações para o


materiais têm diferentes características (EF01CI01).
2.1 As Ciências da Natureza no contexto da BNCC Assim, desenvolve-se a ideia de que algumas transformações não alteram as propriedade dos
materiais, e outras são capazes de transformar as propriedades do material.
Documentos oficiais de educação como o Parecer CNE/CEB n. 11/2010 recomendam que, nos
dois primeiros anos do Ensino Fundamental, o processo de ensino-aprendizagem tenha como meta Destaca-se que o corpo humano também precisa da energia proveniente dos alimentos para

acompanhamento da aprendizagem.
a alfabetização, visando a aquisição do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao seu en- realizar suas atividade e que, além dos alimentos, existem outras fontes de energia, como o Sol.
volvimento em práticas diversificadas de letramento. Objetivos de aprendizagem
Em paralelo à necessidade de alfabetizar o estudante, os componentes curriculares dos Anos 1. Identificar algumas misturas do cotidiano e de que são compostas, diferenciando-as entre
Iniciais do Ensino Fundamental devem gradativamente ampliar experiências que proporcionem homogêneas e heterogêneas.
novas formas de o estudante relacionar-se com o mundo. No componente curricular de Ciências, 2. Identificar algumas técnicas de separação de misturas.
esse processo pode ocorrer por meio do desenvolvimento do letramento científico, que pode ser 3. Explicar o que são transformações, associando-as com energia.
definido como a capacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e tecnológico), 4. Reconhecer de onde vem a energia do nosso corpo.
mas também de transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais das ciências. 5. Identificar as fontes de energia ao nosso redor
Para isso, a área Ciências da Natureza deve contemplar possibilidades de ler, interpretar e de-
bater temas como: tecnologia digital, alimentos, medicamentos, combustíveis, resíduos sólidos, A presença da BNCC
transportes, comunicações, contracepção, saneamento, manutenção da vida na Terra etc. Essa A maior parte desses objetivos descritos estão sintonizados com a BNCC e possibilitam desen-
discussão deve pautar-se tanto por conhecimentos científicos, como também éticos, políticos e volver as habilidades e competências a seguir.
culturais, cumprindo assim o papel de desenvolvimento e formação integral dos estudantes. Competências gerais: 1, 2, 3, 9 e 10.
Competências específicas de Ciências da Natureza: 2, 3 e 8.
Habilidades de Ciências da Natureza: EF04CI01, EF04CI02 e EF04CI03.

VII XXV

As páginas iniciais apresentam algumas


concepções metodológicas da coleção
e informações sobre dois documentos
oficiais que a norteiam: a Base Nacional
9
Objetivos do Capítulo Elementos não
Orientações didáticas
proporcionais entre si.

O Sol e as estações
Após o trabalho com este Ca- Selecione quatro estudantes
pítulo, espera-se que os estudan- As estações do ano voluntários e peça que façam a

Comum Curricular (BNCC) e a Política

ILUSTRA CARTOON
tes sejam capazes de reconhecer
as quatro estações do ano e as do ano Ao longo de um ano, ocorrem
quatro estações: verão, outono, in-
leitura, em voz alta, do texto. Ao
final, explore com a turma a ima-
suas características. Além disso, gem do planeta Terra e a respecti-
NESTE CAPÍTULO VOCÊ VAI... verno e primavera. Costuma-se dizer
esperamos que compreendam va legenda. Apresente a linha do
• Reconhecer características das estações do ano e as mudanças que elas causam no clima. que o inverno é a estação do frio. A
que o movimento de translação Equador e explique o motivo pelo
• Compreender por que ocorrem as estações do ano. primavera costuma ser chamada de
e a inclinação do eixo de rotação qual quanto mais ao sul do Brasil,

Nacional da Alfabetização (PNA).


estação das flores e apresenta tem-
da Terra são os fatores que oca- • Compreender o movimento cíclico da Terra ao redor do Sol e de si mesma. mais evidentes são as diferenças
peraturas amenas. As estações verão
sionam a existência das diferentes • Reconhecer que os diferentes povos construíram diferentes calendários. entre as estações do ano.
estações durante o ano e quanto e outono também costumam ser as- Ressalte que o primeiro dia do
mais afastado estamos do Equa- sociadas a características específicas, verão corresponde ao dia de máxi-
dor terrestre, mais as estações do relacionadas a mudanças na paisagem ma duração da claridade e da noi-
ano são percebidas. e no clima. Equador é a linha imaginária que divide a Terra em te mais curta naquele hemisfério
duas partes: o hemisfério norte e o hemisfério sul. do planeta. Já no primeiro dia do
Observe a imagem e converse com seus colegas: inverno ocorre o contrário: o dia
Na BNCC Essas mudanças são mais perceptíveis quanto mais distante do Equador esti-
BLICKWINKEL/SCHMIDBAUER/ ALAMY/ FOTOARENA

mais curto do ano e a noite mais


ver a região. longa. Lembramos que, quando se
• EF04CI11 – Associar os mo- inicia o verão no hemisfério norte,
Localize o Brasil na ilustração acima. Observe que a maior parte do território
vimentos cíclicos da Lua e se inicia o inverno no hemisfério
brasileiro está no hemisfério sul. As regiões Norte e Nordeste do país estão mais
da Terra a períodos de tem- sul, e vice-versa.
próximas da linha do Equador que as demais regiões. Por esse motivo, as diferenças
po regulares e ao uso desse
entre as estações do ano nessas regiões do país não são tão perceptíveis.
conhecimento para a cons-
trução de calendários em di- Na região Sul e em parte da região Sudeste, podemos perceber as estações do Atividade complementar
ferentes culturas. ano de forma mais definida, com épocas mais quentes e outras mais frias.
Mostre, em um globo terrestre,
Primavera a localização do Equador. Embora
Orientações didáticas ele seja uma linha imaginária, po-
A primavera apresenta uma carac-
LEANDRO FERREIRA

der visualizá-lo no globo traz uma


O objetivo das questões ini- Montagem com quatro terística importante: durante essa esta- concretude importante aos estu-
ciais e da imagem de abertura é imagens da mesma ção, os dias e as noites têm durações dantes dessa faixa etária.
despertar a curiosidade para o árvore. muito próximas. Em regiões onde as Em seguida, faça a leitura dia-
tema que será desenvolvido. Inicie estações são bem definidas, o primeiro logada do trecho sobre a primave-
a aula fazendo a leitura da ima- 1 A imagem acima é uma montagem feita com partes de quatro fotografias de dia da primavera tem 12 horas de luz e ra e informe aos estudantes que,
gem com os estudantes. Peça que uma mesma árvore, cada uma delas tirada em uma estação do ano. Qual é a 12 horas de escuridão. no dia de início da primavera, o dia
observem atentamente as quatro estação do ano que corresponde a cada parte da montagem? Explique. e a noite têm a mesma duração, o
Ao longo da estação, a duração do
imagens, que por meio de uma que é conhecido como equinócio
fotomontagem compõem a ima- 2 É possível tirar fotografias como essas de uma árvore em alguma região do Brasil? Para comemorar a chegada da primavera,
dia vai aumentando e a duração da noi-
te vai diminuindo. Mas isso vale apenas de primavera.
gem de abertura, orientando-os a algumas cidades promovem festas das flores,
3 Você consegue perceber, na cidade em que mora, as mudanças de paisagem como essa na cidade de Holambra, São Paulo, para as regiões do planeta onde as es- Comente que o mesmo acon-
relatar as diferenças e semelhan- nas diferentes estações? Respostas pessoais. tece no dia em que se inicia o ou-
em 2019. tações são bem definidas.
ças que identificam. tono, dia este chamado de equinó-
Em seguida, faça a pergunta 146 147 cio de outono: o dia tem a mesma
da atividade 1. É possível que duração da noite. Aliás, a palavra
os estudantes associem com cer- “equinócio” vem do latim e sig-
ta facilidade a imagem superior Já a associação do verão com a imagem su- do ano são visíveis ou demarcadas, e a res- PNA neste Capítulo nifica exatamente isso: dia igual
esquerda, com flores visíveis, à perior direita, com abundância de folhas verdes, posta dependerá da região do Brasil em que a noite.
primavera; e a imagem inferior e do outono com a imagem inferior esquerda, vivem, como será reforçado na atividade 3. • Desenvolvimento de vocabulário É importante que os estudan-
direita, sem folhas ou flores, ao com folhas amarelas, talvez não seja tão fácil Os estudantes moradores das regiões Nor- tes identifiquem as características
inverno, ainda que não seja aquilo • Fluência em leitura oral das estações do ano no lugar em
para os estudantes. Porém, nesse momento, te e Nordeste dificilmente terão a percepção
que observam na região em que o importante é que percebam apenas que as da diferença entre as estações do ano, exce- • Compreensão de textos que vivem e saibam que não é des-
moram. A mídia frequentemente estações do ano são diferentes e que essa di- to por algumas mudanças climáticas, como sa forma em todos os lugares.
mostra esses estereótipos das es- • Produção de escrita
ferença implica em mudanças na vegetação. chuvas e regimes de cheias nos rios. Já os
tações do ano, que nem sempre A atividade 2 foi elaborada com o in- moradores da região Sul poderão perceber
correspondem ao que os estudan- tuito de fazer os estudantes refletirem que as diferenças entre as estações do ano com
tes vivenciam. nem sempre as diferenças entre as estações maior facilidade.
7.2 Plano de Desenvolvimento Anual do volume do 4o ano
Capítulo
Unidade

Número
de aulas
Semana

Elaboramos uma sugestão de distribuição dos conteúdos deste livro no decorrer do ano letivo, Conteúdos
de acordo com a carga horária mínima estipulada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Na- 146 147
cional (LDB), ou seja, 800 horas para o Ensino Fundamental (BRASIL, 1996, p. 1). Abertura de Unidade: apresentação dos temas, avaliação diagnóstica e atividades
Optamos por distribuir essas 800 horas em 40 semanas e quatro bimestres; adotamos a quanti- preparatórias.
dade de duas aulas por semana, a partir de pesquisa sobre os currículos da maioria das secretarias
3 – Ecossistemas e energia para a vida

10 2 Abertura do Capítulo 3: Objetivos, apresentação e questões iniciais.


estaduais. Como os contextos de cada estado e município são específicos, você poderá adaptar Tópicos: O que é ecossistema? Como os seres vivos obtêm energia?
esse planejamento para o períodos trimestral, semestral ou anual. Agora é sua vez: Atividades 1 a 5.
O Tema Contemporâneo Transversal para este ano é Ciência e Tecnologia. Tópicos: Energia do Sol e energia do alimento. Fluxo de energia e ciclo da matéria.
11 2
Agora é sua vez: Atividades 1 a 4.
2. Energia para os seres vivos e saúde humana
Capítulo
Unidade

Número
de aulas
Semana

1 É hora de investigar: O que ocorre com restos de alimentos enterrados em um jardim?


Conteúdos
Tópicos: Teias alimentares.
13 e 14 2 Agora é sua vez: Atividades 1 a 5.
Apresentação do curso de Ciências, dos temas de estudo para o ano letivo e dos
Início do

Você sabia? Educação ambiental.


4o ano

2o BIMESTRE

1 2 espaços da escola em que as aulas ocorrerão.


1 Ampliando o conhecimento: Quem serve de alimento para quem?
Mostre o que você já sabe: avaliação diagnóstica.
Encerramento do Capítulo 3 e autoavaliação.
Abertura de Unidade: apresentação dos temas, avaliação diagnóstica e atividades 15 1
Aqui tem mais: para ler, para acessar.

O Livro do Estudante é
1 preparatórias.
2 Abertura do Capítulo 4: Objetivos, apresentação e questões iniciais.
Abertura do Capítulo 1: Objetivos, discussão inicial e avaliação diagnóstica. 15 1
Tópicos: Os microrganismos. As bactérias.
1 Tópico: Quase tudo é mistura.
Agora é sua vez: Atividades 1 a 3.
4 – Seres microscópicos

1 É hora de investigar: Fazendo misturas. 16 e 17 4


3 Tópicos: Os fungos. Os vírus. As vacinas. Covid‑19: a pandemia do século XXI.
1 Agora é sua vez: Atividades 1 a 4.
1 – Misturas

reproduzido com redução e são


É hora de investigar: Vacinas, uma maneira de prevenção.
e saúde

Tópico: Separando as misturas. Agora é sua vez: Atividades 1 a 6.


1
4 Você sabia? Cooperativas de reciclagem.
1. A matéria e o papel transformador da energia

18 e 19 3 Tópico: Os protozoários.
1 É hora de investigar: Que cores tem a cor? Você sabia? Doenças negligenciadas.
Ampliando o conhecimento: Fazendo arte com mistura de cores. Agora é sua vez: Atividades 1 a 3.
1

apresentadas orientações sobre o


5 Você sabia? A arte abstrata. Encerramento do Capítulo 4 e autoavaliação.
1 Agora é sua vez: Atividades 1 a 3. 19 1
Aqui tem mais: para ler, para acessar.
1o BIMESTRE

Encerramento do Capítulo 1 e autoavaliação. Abertura de Unidade: apresentação dos temas, avaliação diagnóstica e atividades
1
Aqui tem mais: para ler, para acessar. preparatórias.
5 – Biomas brasileiros – Parte 1

6 20 2
Abertura do Capítulo 2: Objetivos, apresentação e questões iniciais. Abertura do Capítulo 5: Objetivos, apresentação e questões iniciais.
3. Os ambientes no Brasil

encaminhamento dos conteúdos


1
Tópico: O que são transformações? Tópicos: Bioma: uma reunião de ecossistemas; Floresta Amazônica; Mata Atlântica.
3o BIMESTRE

É hora de investigar: O que acontece com o cubo de gelo? É hora de investigar: Como fica o solo quando a vegetação é retirada?
7 1 21 1
Agora é sua vez: Atividades 1 e 2.
2 – A energia transforma

Agora é sua vez: Atividades 1 e 2.


Tópicos: Muitas transformações precisam de energia. Nosso corpo também precisa de Tópicos: Cerrado; Caatinga.
22 2

nos espaços lateral e inferior.


7e8 2 energia. A energia em nosso dia a dia. Agora é sua vez: Atividades 1 a 3.
Você sabia? Queimadas. O veículo elétrico e a redução do aquecimento global. Encerramento do Capítulo 5 e autoavaliação.
Ampliando o conhecimento: Cartas de energia. 1
23 Aqui tem mais: para ler, para acessar.
8e9 2 Agora é sua vez: Atividade 1.
1 Conectando conhecimento: Tudo ao mesmo tempo agora!
Encerramento do Capítulo 2 e autoavaliação.

Aqui tem mais: para ler, para acessar.


9 1
Conectando os Conhecimentos: O lixo que não é lixo!

XXII XXIII

Há uma sugestão de planejamento


anual com a distribuição dos
conteúdos do Livro do Estudante
ao longo das semanas.
ORIENTAÇÕES GERAIS .................................................................................................................. VI

1. BASES NORTEADORAS E METODOLOGIAS ..............................................................................VI


2. A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) ................................................................ VII
2.1 AS CIÊNCIAS DA NATUREZA NO CONTEXTO DA BNCC ................................................ VII
2.2 AS COMPETÊNCIAS DA BNCC ........................................................................................ VIII
2.3 DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES E A BNCC .......................................................... IX
2.4 A INVESTIGAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA ......................................... XI

2.5 TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS (TCT) ...................................................... XII


3. A POLÍTICA NACIONAL DE ALFABETIZAÇÃO (PNA) .............................................................. XIII

4. TEMAS DO ENSINO E APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS DA NATUREZA ................................. XIV


4.1 O PROFESSOR NOS TEMPOS ATUAIS............................................................................ XIV
4.2 ENSINO CONTEXTUALIZADO ......................................................................................... XIV
4.3 O TRABALHO COM A DIVERSIDADE ÉTNICA ................................................................ XV

4.4 O TRABALHO COM ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA FÍSICA ....................................... XV

5. A AVALIAÇÃO DO APRENDIZADO ........................................................................................ XVI


5.1 AVALIAÇÃO FORMATIVA ............................................................................................. XVII

5.2 MODELOS DE QUADRO PARA AVALIAÇÃO ............................................................... XVIII

6. REFERÊNCIAS COMENTADAS ................................................................................................ XIX

7. O PLANEJAMENTO DAS AULAS ............................................................................................ XXI


7.1 ROTEIRO DE AULA ........................................................................................................ XXI
7.2 PLANO DE DESENVOLVIMENTO ANUAL DO VOLUME DO 4o ANO ........................... XXII

ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS PARA ESTE VOLUME .................................................................. XXV


1. BASES NORTEADORAS E METODOLOGIAS
Esta coleção foi elaborada para oferecer ao professor um recurso didático que possibilita o tra-
balho pedagógico voltado ao ensino e à aprendizagem de Ciências da Natureza para estudantes
dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
O mundo contemporâneo teve grandes avanços em Ciências e Tecnologia, e precisamos estar
sempre prontos para novas aprendizados, conectando as Ciências da Natureza às diversas áreas do
conhecimento. Se fosse para resumir nosso discurso em algumas expressões ou palavras-chave que
expressem os objetivos desta coleção, poderíamos mencionar: contextualização, conteúdos significa-
tivos, problematização, orientação didática, interdisciplinaridade, autoavaliação, trabalho colaborativo,
investigação, domínio de linguagens, convívio social, cidadania, inclusão científica, entre outras. Esse
conjunto é certamente significativo para a aprendizagem das Ciências da Natureza, contendo as bases
que nos direcionaram na elaboração desses livros.
Ao longo dos anos, aulas expositivas como única estratégia pedagógica revelaram-se insufi-
cientes para formar o cidadão contemporâneo. Isso tornou necessárias várias outras estratégias
que envolvessem os estudantes, garantindo a efetividade da ação pedagógica. Nesse sentido, foi
adotada por nós uma abordagem que chamaremos de “pluralista”, que abre espaço tanto para a
leitura de textos informativos, acompanhados da exposição comentada pelo professor, como pela
proposição de metodologias ativas e atividades variadas que desenvolvem conteúdos conceituais,
procedimentais e atitudinais.
Em vários momentos, é principalmente o estudante quem trabalha, sob a orientação do professor.
Ele é colocado como protagonista de sua aprendizagem, e isso deverá capacitá-lo, aos poucos, a pla-
nejar seu projeto de vida, com a criação de metas e objetivos, durante sua passagem pela escola.
Assim, esta coleção permite a utilização de estratégias diversificadas, propostas tanto no livro
do estudante quanto neste Manual. Há vários argumentos a favor dessa multiplicidade de recur-
sos. Um deles se apoia no fato de que nem todos os estudantes aprendem da mesma maneira e a
diversificação cria oportunidades para que todos aprendam, de uma forma ou de outra (LABURÚ,
ARRUDA e NARDI, 2002).
Nesse cenário, temos a convicção de que o equilíbrio e a dosagem adequada entre as diversas
estratégias possibilitadas pela obra – nenhuma delas suficiente por si só –, tais como a exposição
por parte do professor, as atividades de leitura e reflexão, pesquisas, investigações e procedimen-
tos práticos, tanto individuais quanto em duplas e grupos, bem como o compartilhamento das
aprendizagens com as famílias, deverão resultar em aprendizados significativos, tanto de conteú-
dos, quanto de procedimentos e atitudes.

VI
2. A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) não constitui um currículo nacional, mas foi elaborada
a fim de servir de referência para a reorganização dos currículos regionais da Educação Básica, isto é,
desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Assim, ela orienta os docentes e os demais atores da
educação escolar nas escolhas relacionadas à aprendizagem dos estudantes.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo


que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os
estudantes devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica,
de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimen-
to, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). Este
documento normativo aplica-se exclusivamente à educação escolar, tal como a define o
§1o do Artigo 1o da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei no
9.394/1996), e está orientado pelos princípios éticos, políticos e estéticos que visam à
formação humana integral e à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusi-
va, como fundamentado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica (DCN).

(BRASIL, 2018, p. 7.)

2.1 As Ciências da Natureza no contexto da BNCC


Documentos oficiais de educação como o Parecer CNE/CEB n. 11/2010 recomendam que, nos
dois primeiros anos do Ensino Fundamental, o processo de ensino-aprendizagem tenha como meta
a alfabetização, visando a aquisição do sistema de escrita alfabética de modo articulado ao seu en-
volvimento em práticas diversificadas de letramento.
Em paralelo à necessidade de alfabetizar o estudante, os componentes curriculares dos Anos
Iniciais do Ensino Fundamental devem gradativamente ampliar experiências que proporcionem
novas formas de o estudante relacionar-se com o mundo. No componente curricular de Ciências,
esse processo pode ocorrer por meio do desenvolvimento do letramento científico, que pode ser
definido não só como a capacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e tec-
nológico), mas também de transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais das ciências.
Para isso, a área Ciências da Natureza deve contemplar possibilidades de ler, interpretar e de-
bater temas como: tecnologia digital, alimentos, medicamentos, combustíveis, resíduos sólidos,
transportes, comunicações, contracepção, saneamento, manutenção da vida na Terra etc. Essa
discussão deve pautar-se tanto por conhecimentos científicos, como também éticos, políticos e
culturais, cumprindo assim o papel de desenvolvimento e formação integral dos estudantes.

VII
2.2 As competências da BNCC
A BNCC reúne as aprendizagens essenciais aos estudantes brasileiros, da Educação Infantil ao Ensi-
no Médio, dispostas em competências gerais, competências específicas e habilidades (BRASIL, 2018).

Competências gerais da Educação Básica


1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social,
cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a inves-
tigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elabo-
rar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com
base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também
participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal,
visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e cien-
tífica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes
contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comu-
nicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer
protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experi-
ências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas
alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, cons-
ciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defen-
der ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos,
a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com
posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na
diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capaci-
dade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar
e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da
diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potenciali-
dades, sem preconceitos de qualquer natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.

VIII
Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental
1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento
científico como provisório, cultural e histórico.
2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem
como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sen-
tir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo
do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.
3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo
natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabele-
cem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar solu-
ções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza.
4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tec-
nologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles
relativos ao mundo do trabalho.
5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e
defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a
si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais,
sem preconceitos de qualquer natureza.
6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se co-
municar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das
Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética.
7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversida-
de humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das
Ciências da Natureza e às suas tecnologias.
8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resi-
liência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar
decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde
individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

2.3 Desenvolvimento de habilidades e a BNCC


Na BNCC, as competências específicas de cada área do conhecimento seguem uma orientação
comum desde os anos iniciais até os anos finais do Ensino Fundamental.
Para garantir o desenvolvimento das competências específicas, cada área do conhecimento
divide-se em Unidades temáticas, que apresentam seus respectivos objetos de conhecimento e
desenvolvem diferentes habilidades.
De acordo com a BNCC, entende-se que as habilidades expressam as aprendizagens essenciais
que devem ser asseguradas aos estudantes nos diferentes contextos escolares.

IX
As habilidades são identificadas por códigos alfanuméricos, que são assim explicados:

[...] o uso de numeração sequencial para identificar as habilidades de cada ano ou


bloco de anos não representa uma ordem ou hierarquia esperada das aprendizagens. A
progressão das aprendizagens, que se explicita na comparação entre os quadros relati-
vos a cada ano (ou bloco de anos), pode tanto estar relacionada aos processos cognitivos
em jogo – sendo expressa por verbos que indicam processos cada vez mais ativos ou
exigentes – quanto aos objetos de conhecimento – que podem apresentar crescente so-
fisticação ou complexidade –, ou, ainda, aos modificadores – que, por exemplo, podem
fazer referência a contextos mais familiares aos estudantes e, aos poucos, expandir-se
para contextos mais amplos.
(BRASIL, 2018, p. 31.)

No caso da área Ciências da Natureza, a BNCC adotou três unidades temáticas que se repetem
em todos os anos do Ensino Fundamental. São elas:

1. Matéria e Energia 2. Vida e Evolução 3. Terra e Universo

A manutenção dessas três Unidades temáticas ao longo de todo o Ensino Fundamental objetiva
a continuidade das aprendizagens e da integração dos objetos de conhecimento nos nove anos de
escolarização, sendo de extrema importância que elas se desenvolvam de forma integrada.
Além do trabalho anual com as três unidades temáticas, observa-se a progressão no desenvolvi-
mento das habilidades de um ano para o outro. Por exemplo, considere o objeto de conhecimento
"Material", trabalhado no eixo temático Matéria e energia, e compare as habilidades propostas
pela BNCC nos 1o, 2o, 4o e 5o anos. Observe que cada uma das habilidades apresenta um verbo
diferente que define um procedimento comum da ciência ou uma etapa específica do processo in-
vestigativo. Esses verbos são de certa forma propostos em níveis de complexidade crescente, com
relação à sua execução, compatíveis com as faixas etárias dos estudantes daquele ano.
• EF01CI01 [1o ano] Comparar características de diferentes materiais presentes em objetos de
uso cotidiano, discutindo sua origem, os modos como são descartados e como podem ser
usados de forma mais consciente.
• EF02CI01 [2o ano] Identificar de que materiais (metais, madeira, vidro etc.) são feitos os objetos
que fazem parte da vida cotidiana, como esses objetos são utilizados e com quais materiais
eram produzidos no passado.
• EF02CI02 [3o ano] Propor o uso de diferentes materiais para a construção de objetos de uso cotidiano,
tendo em vista algumas propriedades desses materiais (flexibilidade, dureza, transparência etc.).
• EF04CI02 [4o ano] Testar e relatar transformações nos materiais do dia a dia quando expostos
a diferentes condições (aquecimento, resfriamento, luz e umidade).
• EF05CI01 [5o ano] Explorar fenômenos da vida cotidiana que evidenciem propriedades físicas
dos materiais – como densidade, condutibilidade térmica e elétrica, respostas a forças magné-
ticas, solubilidade, respostas a forças mecânicas (dureza, elasticidade etc.) entre outras.

X
Esse mesmo raciocínio pode ser realizado para outros objetos de conhecimento da área de Ci-
ências da Natureza a fim de reconhecer a progressão das habilidades ao longo dos anos. Caberá
ao professor reconhecer a melhor maneira de trabalhar as habilidades previstas dentro de cada
ano do Ensino Fundamental, garantindo o desenvolvimento das competências específicas e o pre-
paro para a retomada desses objetos nos anos finais desse segmento.

2.4 A investigação no ensino de Ciências da Natureza


Para garantir o cumprimento desses compromissos, a área de Ciências da Natureza deve pos-
sibilitar acesso aos inúmeros conhecimentos científicos produzidos ao longo da história e explicar
como eles se articulam na construção dos saberes das demais áreas do conhecimento. Além disso,
o aprendizado teórico deve se mesclar com o prático, incluindo a realização gradativa dos principais
processos e procedimentos da investigação científica, por meio de situações desafiadoras, estimu-
lantes e que despertem a curiosidade dos estudantes. O trabalho prático de investigação científica
não deve se limitar somente a realizar manipulação de objetos ou realização de experimentos em
laboratório, que seguem uma “receita”, ou seja, uma sequência de atividades preestabelecidas e
orientadas. Esse trabalho de investigação é muito mais amplo do que isso. Ele deve ser considerado
um elemento central na formação do estudante, possibilitando que seja capaz, aos poucos, de ques-
tionar seus próprios conhecimentos, reformulando gradualmente a sua compreensão do mundo.
Uma estratégia para atingir esses propósitos é incentivar o estudante a pensar sobre problemas de
seu interesse e que façam parte de sua própria realidade. Essa tomada de consciência do problema é
o ponto de partida para que ele analise como pode resolvê-los, seguindo as etapas de levantamento,
análise e representação; comunicação; e intervenção.
Vamos exemplificar uma situação na qual o estudante possa percorrer essas três etapas de ação
na resolução de um problema. Consideremos, assim, a problemática da coleta seletiva de resíduos
sólidos em uma residência; iremos apresentar como poderia ocorrer o desenvolvimento de algumas
etapas dessa investigação. Observe o diagrama ao lado:
Levantamento, análise e representação
• Classificar os residuos em úmidos ou sólidos.
• Descartar os resíduos úmidos para a coleta normal e organizar
os resíduos sólidos em recipientes apropriados. Levantamento,
análise e
• Selecionar dentre os resíduos sólidos aqueles que podem
representação
ser reciclados.
• Separar os resíduos recicláveis em categorias: papel, Como
vidro, metal e plástico; organizá-los em recipientes implementar
individuais. Certificar-se de que esses resíduos es- coleta seletiva
tão limpos antes de armazená-los, evitando as- de resíduos
sim atrair insetos e ratos. em casa
Intervenção Comunicação

XI
Comunicação
• Conversar com pais ou responsáveis sobre as vantagens de se implementar a coleta seletiva.
• Estabelecer com pais ou responsáveis datas para descartar os resíduos recicláveis, preferen-
cialmente em um ponto de coleta do bairro, ou o mais próximo possível. Se houver coleta
seletiva na cidade, basta disponibilizar a coleta no dia em que passam para recolhê-las.
Intervenção
• Redução do volume de resíduos descartados para a lixeira comum.
• Descarte correto, que provê renda para coletores de resíduos recicláveis.
Nesse exemplo, o processo de investigação científica avaliou um problema presente em todas
as moradias do Brasil e do mundo: o descarte de resíduos. A critério do professor e de acordo
com o nível de compreensão dos estudantes, essa análise pode ser ampliada de modo a avançar
em questões éticas, políticas e culturais, referentes a esse tema, atendendo assim ao propósito
descrito na função dessa disciplina, — o letramento científico — que possibilite “compreender e
interpretar o mundo (natural, social e tecnológico), mas também de transformá-lo com base nos
aportes teóricos e processuais das ciências” (BRASIL, 2018).

2.5 Temas Contemporâneos Transversais (TCT)


Os Temas Contemporâneos Transversais (TCT) são regidos por marcos legais e constituem uma
estratégia de articulação dos componentes curriculares visando à contextualização do ensino, apro-
ximando a escola do mundo que vivemos em sociedade. Trata-se de questões sociais e ambientais
relevantes que possibilitam diversas problematizações e por isso são temas importantes para a
formação dos estudantes.
No total, 15 TCT compõem seis macroáreas temáticas, conforme quadro abaixo (BRASIL, 2019).

Macroáreas Exemplos de Tema Contemporâneo Transversal


Vida familiar e social; Educação para o trânsito, Educação em
Cidadania e civismo Direitos Humanos, Direitos da Criança e do Adolescente,
Respeito e valorização do idoso
Ciência e Tecnologia Ciência e Tecnologia
Meio ambiente Educação ambiental, Educação para o consumo
Economia Trabalho, Educação financeira, Educação fiscal
Muticulturalismo Diversidade cultural, Educação para valorizar o multiculturalismo
Saúde Saúde, Educação alimentar e nutricional
(BRASIL, 2019.)

XII
3. A POLÍTICA NACIONAL DE ALFABETIZAÇÃO (PNA)
Mesmo com seu foco no ensino de Ciências da Natureza e no desenvolvimento de habilidades
da BNCC, essa coleção está empenhada em contribuir com a alfabetização e a sistematização da
alfabetização dos estudantes.
A leitura, compreensão, interpretação e produção de textos são ferramentas imprescindíveis para
o acesso, produção e disseminação do conhecimento. O conhecimento científico está nessa trama,
indissociável com a linguagem. Portanto, professor, ao trabalhar com os diversos capítulos propostos
no transcorrer desta obra, o estudante vai se deparar, de forma organizada, sistemática e constante,
com textos nas mais variadas formas e linguagens. Será chamado a ampliar a fluência oral, a ler, dis-
cutir com os demais o que compreendeu, a interpretar e a produzir diversas formas de texto.
Pontualmente, esta obra apresenta dois momentos de trabalho com a PNA: nos anos iniciais da
alfabetização; e também com os anos em que a alfabetização se consolida.
Nos volumes dos 1o e 2o anos busca-se desenvolver importantes habilidades de literacia emer-
gente, que se relacionam a práticas de literacia, para que o estudante desenvolva a consciência
fonêmica. A literacia refere-se ao conjutno de conhecimentos, habilidades e práticas voltados à
leitura e à escrita. A consciência fonêmica possibilita compreender que a palavra falada compõe-se
de uma sequência de fonemas, habilidade essencial para a compreensão do princípio alfabético,
segundo o qual os fonemas associam-se a grafemas, ou seja, as letras representam os sons da fala.
Nos volumes dos 3o, 4o e 5o anos, ampliam-se as atividades que desenvolvem fluência em leitura
oral, desenvolvimento de vocabulário, compreensão de textos e produção de escrita.
A literacia familiar tem como grande objetivo estabelecer uma ponte ainda mais intensa e ro-
tineira entre a família e a criança. O pavimento que recobre tal ponte é o conteúdo abordado em
cada capítulo, fazendo o estudante levar para casa textos das mais variadas linguagens, apresentá-
-los à família, conversar sobre as questões propostas e produzir algo com um adulto que é seu cui-
dador. Ao retornar para a escola, a produção será compartilhada com todos os colegas, ampliando
assim o arsenal de contribuição das famílias. Como uma boa ponte, a mão dupla é fundamental
para o sucesso do vínculo família-escola, escola-família.
É possível que o estudante não conte com um adulto alfabetizado em casa, o que poderá dificul-
tar a realização das atividades desta seção, principalmente nos anos iniciais do Ensino Fundamen-
tal, quando as crianças ainda não se encontram alfabetizadas, precisando de um leitor para fazer o
trabalho. Avalie sempre, caro professor, a possibilidade de orientar pontualmente tais estudantes,
lendo previamente os textos, direcionando-os de forma ainda mais concreta.
Outro trabalho realizado é com a literacia numérica, a numeracia, desenvolvendo habilidades de
matemática que permitem resolver problemas da vida cotidiana e lidar com informações matemáticas.
Ao longo do livro do professor (MPU), apresentamos sistematicamente orientações a respeito da
PNA, em que lugar do capítulo está presente e como deve ser trabalhada.
Em todo o livro, é fundamental que o estudante compreenda o significado das palavras, seja
com a ajuda do professor, seja consultando o dicionário. Termos pouco conhecidos mereceram, no
próprio texto, uma explicação, que deverá facilitar a leitura, tornando-a mais fluente.
Caso os estudantes, ao longo do ano letivo, venham a elaborar um “dicionário da turma”, con-
sidere a possibilidade de incluir as palavras do glossário nesse dicionário construído por todos.

XIII
4. TEMAS DO ENSINO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA
4.1 O professor nos tempos atuais
Sob vários aspectos, nascemos muito menos “prontos” do que os demais mamíferos. Logo após o
nascimento, somos incapazes de sobreviver sem ajuda. A maturação do sistema nervoso, incompleto
ao nascer, continua nos primeiros anos de vida e aos poucos a criança se mantém em pé, dá os primei-
ros passos e compreende as primeiras palavras. Subindo mais um degrau em complexidade, ela desen-
volve a capacidade de articular palavras, o que potencializa sua comunicação com o mundo a seu redor.
Somos seres sociais, e nossa inserção na sociedade é um processo único, individual, que depende
da cultura de nosso meio, do momento histórico e de nossas vivências pessoais. Os primeiros contatos
sociais acontecem no ambiente familiar/social e, geralmente, em seguida, no escolar. Há um longo ca-
minho a percorrer desde que o indivíduo nasce, ouvindo determinada língua, vivendo certas emoções,
absorvendo certas normas, até inserir-se em sua cultura e desempenhar um papel na sociedade. Nesse
caminho, a escola tem um papel importante, pois se caracteriza como um meio social que facilita e poten-
cializa a entrada da criança no mundo adulto e na sociedade, ou seja, favorece a construção da cidadania.
O professor deve estar consciente que o aprendizado não ocorre somente na sala de aula. Nós,
no ambiente escolar, precisamos estar abertos ao que ocorre fora de nossos portões. As crianças
aprendem quando ouvem o canto de um passarinho no parque, ao conversar com um amigo,
quando observam uma trilha de formigas. Aprendem quando vão ao supermercado, escutam músi-
ca, admiram um desenho, assistem à televisão ou leem histórias em quadrinhos. Um de nossos pa-
peis, como professores, é ligar esse aprendizado não formal aos conteúdos trabalhados na escola.
Em termos históricos, a concepção do trabalho do professor passou por mudanças radicais nos
últimos anos. No passado, o “bom professor” era aquele que dominava o conteúdo de sua disciplina
e o "transmitia" de forma clara. O professor era o agente principal, a “estrela” do evento aula. Hoje,
muito mais do que dominar sua especialidade, o professor é um facilitador do aprendizado, um me-
diador, um motivador, que leva o estudante a adotar uma postura ativa no seu aprendizado.
Facilitar o aprendizado consiste em orientar o estudante a pesquisar informações em fontes
diversificadas, que lhe permita avançar no conhecimento. Implica o professor propor experimen-
tos, trabalhos de campo, visitas a museus, pesquisas na internet ou em bibliotecas. Relaciona-se
à realização de trabalhos coletivos, em que o estudante colabora, discute, defende suas opiniões
e aprende a aceitar a dos colegas. Facilitar o aprendizado está ligado, ainda, à capacidade de o
professor organizar o conhecimento, recolhendo os resultados das pesquisas e dos experimentos,
promovendo discussões, orientando as conclusões.

4.2 Ensino contextualizado


Hoje a palavra “contextualização” faz parte do vocabulário da maioria dos professores brasileiros
que buscam maior aproximação com o mundo do estudante e com conteúdos significativos.
Ensinar de forma contextualizada equivale, de fato, a trabalhar com aquilo que faz sentido para
o estudante, aquilo que vê no noticiário da televisão e na internet, que vivencia em seu cotidiano,
no seu bairro, na sua família etc. Ao contrário, quando os conteúdos são apresentados sem um con-
texto, perde-se a oportunidade de envolver os estudantes de forma relevante e com sentido. Nes-
tes casos, estaríamos favorecendo neles uma atitude passiva e de memorização. Ensinar de modo

XIV
contextualizado é favorecer o desenvolvimento dos recursos cognitivos do estudante, muito além da
simples memorização, formando uma rede de ações que levem ao aprendizado significativo.
Sempre que possível, é desejável problematizar o assunto, convidando à reflexão. Perguntas
bem colocadas, sem dúvida, promovem o interesse do estudante, que se sente desafiado a mo-
bilizar seus conhecimentos para responder. Esse enfoque é bastante favorecido pelas atividades
experimentais, que dão oportunidade aos estudantes de levantarem suposições, experimentarem,
observarem fatos e fenômenos e chegarem a conclusões.

4.3 O trabalho com a diversidade étnica


A formação do povo brasileiro tem como característica marcante a diversidade étnica, manifes-
tada na diversidade cultural. O patrimônio cultural nacional tem suas raízes no encontro de três
povos oriundos de três continentes geográfica, cultural e historicamente muito diversos, a saber:
o autóctone indígena, o europeu colonizador e o africano em condições de escravidão. Sabe-se
que esse encontro intercontinental é limitado inicialmente aos indígenas habitantes do litoral da
terra recém-descoberta pelos portugueses, responsáveis por trazer durante três séculos ao novo
continente representantes de povos do continente africano na condição de escravos.
A prática didática, no passado, negligenciou as contribuições dos povos indígenas e africanos na
formação social e cultural da sociedade brasileira. Há que se corrigir esse desequilíbrio. Trata-se de
reconhecer que essas etnias são intrínsecas à formação social brasileira. Nossa formação acadêmica
pode não ter nos instrumentalizado para essa abordagem, mas é necessário empenho, estudo e cria-
tividade para que nós, professores, trabalhemos no sentido de alterarmos as rotas de nossa prática.
A abordagem da diversidade étnica e cultural na prática pedagógica é necessária para a cons-
trução de uma sociedade democrática e tolerante.

4.4 O trabalho com estudantes com deficiência física


O esforço pela inclusão é o esforço de levar para a escola estudantes com deficiências visuais,
auditivas ou motoras. Trata-se de lidar com o diferente, com superdotados, com aqueles que tem
comprometimento cognitivo, com cadeirantes, com cegos, enfim, com todas as minorias que tra-
zem algum tipo de discriminação e abandono.
Ao prever que estudantes com deficiência estarão presentes na escolas, estas precisarão orga-
nizar, compor e sistematizar um grande conjunto de práticas pedagógicas para atendê-los. Você
encontrará recursos, ideias e alternativas para o trabalho diário de forma a trazer ganhos e cresci-
mento para todos os estudantes, sem distinção. Na internet, em sites educacionais, em portais do
governo, há propostas para ampliar o trabalho pedagógico atendendo a todos. Muitas vezes, ao
seu redor, há outros professores, familiares ou centros sociais que podem apoiar seu trabalho.
Ao trabalhar temas que envolvem a percepção visual, considere que poderá haver, entre seus
estudantes, crianças com baixa visão ou cegas. Essa condição não impede que tais crianças sejam
envolvidas na compreensão do conteúdo que está sendo discutido, na participação e na execução
das atividades e em demais propostas ou situações que venham a surgir na turma. O mesmo vale
para outras deficiências físicas, como a surdez ou dificuldades de locomoção.
Assim, o estudante com deficiência poderá ser valorizado, quando solicitado a trabalhar com
uma gama enorme de habilidades e competências. Os demais estudantes também aprenderão a
conviver com as diferenças.

XV
5. A AVALIAÇÃO DO APRENDIZADO
A avaliação está presente em nosso cotidiano: avaliamos se faz frio ou calor, a qualidade e os
preços dos produtos no supermercado, se fomos bem atendidos em um posto de saúde ou em
uma agência bancária, que roupa vamos usar, que profissão queremos seguir, etc. Evidentemente,
as intenções das várias avaliações que fazemos são diferentes. Escolher a roupa não tem a mesma
consequência de escolher uma profissão ou de aceitar um emprego. Ainda assim, é uma avaliação.
Na escola, avaliamos o processo educacional para obter dados sobre sua eficácia e desencadear
as ações necessárias para correções. Neste sentido, é também um processo de retroalimentação:
perceber problemas de aprendizado nos leva a repensar nossas ações, a replanejar, de forma a
atingir a meta original que havíamos proposto. A importância do papel do professor como avalia-
dor deve ser objeto de constante reflexão e, caso necessário, levar a mudança de rumos.

A avaliação é um processo que deve considerar tanto o desenvolvimento do estu-


dante, como indivíduo, quanto o percurso do grupo como um todo, coletivamente. Isso
auxiliará o professor a compreender o processo de aprendizagem e possibilitará ajustes
no trajeto, de forma a contemplar as necessidades dos estudantes, proporcionando as-
sim um aprendizado mais significativo.
Por se tratar de um processo dinâmico, até hoje são discutidas as melhores maneiras
de avaliar os estudantes. Será que as notas (processo quantitativo) dão conta de revelar
quanto eles aprenderam, e nos fornecem o feedback necessário para possíveis altera-
ções em nosso planejamento? Será que uma avaliação apenas qualitativa tem precisão
suficiente para nos apontar resultados?

Um importante cuidado que temos de tomar quando se trata de avaliação é evitar que ela se
transforme na preocupação principal dos estudantes. Estamos nos referindo à ansiedade dos estu-
dantes nos dias marcados para avaliações (dias de provas). Uma das formas de minimizar o proble-
ma é fazer avaliações mais frequentes e evitar a todo custo dar a elas um caráter punitivo. É preciso
deixar claro para os estudantes que as avaliações servem, sobretudo, para a melhoria do processo
de ensino-aprendizagem.
Tão importante quanto a avaliação do professor, é aquela que o estudante faz de sua própria
aprendizagem. É preciso que ele perceba o que aprendeu, o que não aprendeu e ainda aquilo
sobre o que tem dúvidas. Ressaltamos que o processo para realizar uma autoavaliação também é
aprendido, e pode ser incorporado pelos nossos estudantes.
Incluir o estudante em seu próprio processo de aprendizagem é acreditar nele como protago-
nista de seu saber. Autoavaliar-se, de forma reflexiva, é provavelmente um dos passos necessários
para a formação de um cidadão crítico e atuante em prol de uma sociedade melhor, mais justa e
igualitária. Para esta atividade, ao final de cada capítulo, dedicamos uma seção especial.

XVI
5.1 Avaliação formativa
De certa forma, todos os pontos discutidos acima e por nós defendidos se encaixam no que se
convencionou chamar de avaliação formativa. Nessa forma de avaliação, reconhecem-se alguns
pontos fundamentais:
• Considera as mais variadas formas de avaliar a progressão individual do estudante e do grupo
como um todo.
• Envolve o estudante no processo avaliativo; ele assume, assim, o papel de coautor da aprendi-
zagem. O papel de protagonista desempenhado pelo estudante se dá graças às orientações
pontuais do professor durante o processo ensino-aprendizagem e também através da reali-
zação da autoavaliação.
• Propicia ao professor realizar as melhores escolhas para reorientar o processo ao verificar a
necessidade de retomada de qualquer conteúdo.
• Compõe uma via de mão dupla: envolve também os estudantes que precisam apontar ao
professor o que tem sido eficiente, eficaz e pertinente quanto ao ensino e o que pode ser
aprimorado, alterado em busca de aprendizagens mais significativas, pertinentes, duradouras
e contextualizadas. 
Suas observações e registros constantes da aprendizagem são necessários para instrumentalizar
este tipo de avaliação. Com a finalidade de acompanhamento da avaliação formativa, é recomen-
dável que você tenha uma pasta para cada estudante, física ou virtual, para acumular os registros
de avaliação e encaminhar o processo.
Ao longo da coleção, você encontrará as categorias de avaliação descritas a seguir.
Avaliação diagnóstica
Em cada volume há, logo nas páginas iniciais, uma avaliação diagnóstica. Trata-se de uma avalia-
ção organizada com o objetivo de fornecer a você, professor, diversas informações sobre a “pron-
tidão” dos estudantes, ao iniciarem o ano letivo.
Ao analisar as respostas a essas questões, montadas sobre as habilidades dos anos anteriores e
que dialogam com as habilidades do ano que se inicia, sua profundidade e consistência, você terá
um mapa, um diagnóstico que revelará o ponto no qual o estudante se encontra, e como dissemos
antes, sua “prontidão” para o trabalho no ano que começa.
Poderá assim, professor, traçar uma rota inicial para cada aluno e para o grupo todo, planejar um
percurso rumo aos desafios do ano, levando em conta o alicerce que cada estudante possui. Trata-
-se de uma avaliação que analisa a presença dos pré-requisitos no aprendizado dos estudantes.
Avaliação processual
Como o próprio nome diz, a avaliação processual busca avaliar constantemente, durante todo o
processo de ensino-aprendizagem. No decorrer de cada capítulo, você encontrará pontos previa-
mente indicados, nos quais a avaliação processual poderá ser realizada.
A avaliação processual nos fornece vários “instantâneos”, várias imagens fixas da trajetória do
aluno, num certo momento. Esta sucessão de “fotos” permite montar uma sequência de cenas
que, lado a lado, constituirão o “filme” da trajetória do estudante.
Ao realizar essa avaliação processual, você estará de posse de vários “momentos” distintos, de
várias “fotografias” que abrangem atividades variadas e cujo conjunto dará a noção da evolução do

XVII
processo de aprendizado. Com a vantagem, é claro, de que esses pequenos diagnósticos, a cada
momento, permitirão detectar, de forma pontual, o que precisa ser revisto ou retomado, antes de
seguir em frente.
Avaliação de resultados
Ao final do ano letivo, uma avaliação de resultados será aplicada para revelar conteúdos impor-
tantes que seus estudantes aprenderam durante o ano. Para isso, ao final de cada volume, você
encontrará questões elaboradas com abordagens diversificadas acerca do conhecimento do con-
teúdo e de atitudes trabalhados durante o ano.
Procure acrescentar outras questões, focando em conteúdos sobre os quais os estudantes tenham
demonstrado dúvidas mais persistentes no decorrer do ano, detectadas pela avaliação processual.
A somatória das avaliações individuais fornece indícios para a avaliação do grupo, também asso-
ciada a seu próprio trabalho pedagógico no ano. Assim, constituirá referencial para o planejamento
do ano letivo seguinte.

5.2 Modelos de quadro para avaliação


O modelo abaixo pode ser utilizado individualmente, ou seja, uma ficha para cada estudante.

Sugestão de rubricas por objetivo de aprendizagem (por estudante)


Indicadores de aprendizagem
Plenamente
Suficiente Parcial Não desenvolvida
satisfatória
Objetivo de O resultado da Pesquisou
aprendizagem A pesquisa foi feita Não fez a pesquisa
pesquisa extrapolou a corretamente e
parcialmente ou ou apresentou
informação solicitada as informações
trouxe informações informações
e o texto foi claro e solicitadas foram
incorretas. incorretas.
objetivo. adequadas.

De posse dos quadros com os registros da avaliação de todos os estudantes, é possível construir
um gráfico de setores em uma planilha eletrônica. Ele indicará a avaliação de aprendizagem da
turma para cada objetivo de aprendizagem. Esse gráfico poderá ajudar no planejamento de estra-
tégias didáticas, na conversa com os estudantes e em reunião com os país.
É preciso diferenciar a avaliação individual da coletiva, pois se a maioria dos estudantes não teve
desempenho suficiente, a investigação dos fatores poderá ser diferente do caso em que a maioria
da turma teve desempenho satisfatório e alguns estudantes não obtiveram. Considere que, se a
maioria dos estudantes tem desempenho insatisfatório é preciso repensar o processo e introduzir
novas estratégias para a aprendizagem.
Turma:
Data:
Item avaliado: Reconhecer alguns instrumentos de medida de tempo e comprimento.
Estudante Compreendeu Tem dúvidas Atividade de intervenção

XVIII
6. REFERÊNCIAS COMENTADAS
BRASIL. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência
da República, [1996]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 24 abr. 2021.
Lei que determinou os princípios e fins da educação no Brasil, assim como os direitos e deveres do cidadão e do
Estado, respectivamente, acerca do tema.
BRASIL. Lei n. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Brasília. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que [...]. DF:
Presidência da República, 2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm.
Acesso em: 24 nov. 2020.
Altera alguns aspectos das Diretrizes e Bases da Educação Nacional; uma dessas mudanças é reconhecer legalmente
a ampliação da carga horária do Ensino Médio.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 23 jul. 2021.
Documento normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais para a Educação Básica.
BR ASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Temas contemporâneos transversais
na BNCC: propostas de práticas de implementação. Brasília, DF: MEC: SEB, 2019. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/guia_pratico_temas_contemporaneos.pdf. Acesso
em: 28 nov. 2020.
Discorre sobre temas atuais indicados para a composição do currículo escolar.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. Renabe: Relatório Nacional de Alfabetização Baseada em
Evidências. Brasília, DF: MEC, 2021. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/media/acesso_informacacao/pdf/
RENABE_web.pdf. Acesso em: 23 jul. 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira. 2 ed. Brasília, 2014. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf. Acesso em: 23 jul. 2021.
Documento que, tendo por base a promoção da alimentação saudável e adequada, divulga os princípios e as
recomendações para o consumo alimentar no país, apoiando as ações de educação alimentar e nutricional no SUS
e em outros setores da saúde.
Relatório abrangente que apresenta práticas pedagógicas associadas à alfabetização adotada por diversos países.
Desse modo, sugere estratégias específicas para a alfabetização fundamentada em evidências.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa et al. Ciências no Ensino Fundamental: o conhecimento físico. São Paulo: Scipione, 1998.
Discute possibilidades e metodologias para o trabalho do professor na aprendizagem de Ciências.
GUYTON, Arthur C. Fisiologia humana e mecanismos das doenças. Rio de Janeiro: Interamericana, 1984.
Livro clássico para a Biologia e a Medicina, com informações e imagens sobre o funcionamento do organismo humano;.
HADJI, Charles. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001.
A autora analisa o processo de avaliação como um meio para a formação do estudante e a melhoria da aprendizagem.
HAWKING, Stephen; HAWKING, Lucy. George e o segredo do Universo. São Paulo: Ediouro, 2007.
O personagem aborda as principais noções científicas sobre o Universo e os planetas, além de explicar as revolucionárias
ideias de Hawking sobre o Universo.
LABORATÓRIO de Pesquisa em Epidemiologia e Determinação Social da Saúde/Instituto Nacional de Infectologia Evandro
Chagas/Fiocruz. Cuidar em tempos da covid-19 (novo coronavírus). Fiocruz: Rio de Janeiro, abr. 2020. Disponível em:
http://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/41236/2/Material%20Educativo%20Plataforma%20de%20Saberes%20
-%20COVID-19.pdf. Acesso em: 25 jul. 2021.

XIX
Cartilha com informações essenciais sobre a covid-19 que pode ser estendida para outras doenças infecciosas.
LABURÚ, Carlos Eduardo; ARRUDA, Sérgio de Mello; NARDI, Roberto. Pluralismo metodológico no ensino de Ciências. In:
Ciência e Educação, v. 9, n. 2, 2003, p. 250. Disponível em: www.scielo.br/pdf/ciedu/v9n2/07.pdf. Acesso em: 7 jul. 2021.
LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática, 2007.
O livro aborda alguns conhecimentos básicos sobre a língua que são fundamentais para o trabalho nas classes de
alfabetização, sendo útil para o professor alfabetizador; tem relevância social por analisar criticamente os preconceitos
com a linguagem popular que dificultam a alfabetização.
MACHADO, Nílson José. Formação do professor. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2016.
Trata de temas importantes para a formação do professor, como escola, matéria, metodologia, tecnologia,
pessoalidade, imaginação, ética e política.
OLIVEIRA, Carla Marques Alvarenga de; CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Escrevendo em aulas de Ciências. Ciência
e Educação, n. 11. Bauru, dez 2005.
O artigo produzido em aulas de experimentação de Ciências com alunos de 3o ano do ensino fundamental que
busca mostrar um panorama de como são feitos os registros dos tipos de explicações que atribuem aos fenômenos
trabalhados, entre outros aspectos.
PAVÃO, Antonio CarloS; FREITAS, Denise de. (Coords.). Quanta ciência há no ensino de Ciências. São Carlos: Edufscar, 2008.
Livro sobre o ensino de Ciências que contempla diferentes perspectivas metodológicas, apresentando pluralidade de
ideias sobre o ensino de Ciências e prática docente no Ensino Básico.
SANTOMÉ, Jurjo T. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artmed, 1997.
Oferece numerosas sugestões práticas para facilitar a elaboração de propostas de trabalho interdisciplinar sob uma
perspectiva reflexiva.
SASSERON, Lucia H. Práticas constituintes de investigação planejada por estudantes em aula de Ciências: análise de uma
situação. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, [Belo Horizonte], v. 23, 2021.
O artigo possibilita ampliar práticas de ensino investigativo, e pode ser usado como referencial teórico para aplicação
de aulas práticas no ensino de Ciências da Natureza.
STORER, Tracy I. et al. Zoologia geral. São Paulo: Ibep, 2000.
Apresenta princípios gerais da biologia animal, passando pela reprodução, hereditariedade, distribuição geográfica
e evolução.
TEIXEIRA, Wilson et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007.
Uma abordagem ampla da Geologia com temas como clima, solo, ciclo hidrológico e recursos minerais, entre outros.
TOWNSEND, C. R.; BEGON, M.; HARPER, J. L. Fundamentos em Ecologia. 3. ed. Porto Alegre:Artmed, 2010.
Livro referência em princípios de Ecologia, com exemplos baseados na Ecologia Evolutiva.
VILLAS BOAS, Benigna M. de Freitas (org.) Avaliação: interações com o trabalho pedagógico. Campinas: Papirus, 2017.
Obra que trata de temas do cotidiano docente, como a avaliação planejada no contexto escolar, incluindo a avaliação
informal realizada nas escolas, como organizar o trabalho pedagógico na educação integral, entre outros.
VICKERY, Anitra. Aprendizagem ativa nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. São Paulo: Penso, 2016.
Apresenta teoria e prática da aprendizagem ativa, com estudos de caso que inspirarão professores a criar e a explorar
estratégias para desenvolver a própria abordagem de ensino.
ZABALA A.; ARNAU, L. Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre: Artmed, 2010.
Para discorrer sobre a possibilidade de ensinar a aprender na perspectiva das competências, o autor foca as capacidades
cognitivas para pensar a formação considerando as possibilidades práticas. Além disso, o autor acredita que essas
ações devem ser orientadas considerando a função social do ensino e as concepções de processos de aprendizagem.

XX
7. O PLANEJAMENTO DAS AULAS
7.1 Roteiro de aula
Apresentamos a seguir um modelo de roteiro de aula. Ele foi montado com base em um dos
conteúdos do livro, reforçando as orientações didáticas propostas no chamado “Manual em U”, no
sentido de ampliar a eficácia do trabalho com nossos estudantes.
Plano de aula sobre o tema: Energia para os seres vivos
Duração: 45 minutos
Local de realização: na sala de aula.
Objetivo da aula: Introduzir pré-requisitos necessários para a aprendizagem das cadeias alimentares: o uso da energia pelos
seres vivos e o papel do Sol como fonte primária de energia.
Localização no Livro do Estudante: Unidade 2, capítulo 3, tópico “Como os seres vivos obtêm energia?”, páginas 50 a 53.
Trabalho com a BNCC: Competência geral 1, competência específica de Ciências da Natureza 3 e habilidade EF04CI04 (Analisar
e construir cadeias alimentares simples, reconhecendo a posição ocupada pelos seres vivos nessas cadeias e o papel do Sol como
fonte primária de energia na produção de alimentos.), em desenvolvimento parcial.
Material:
• livro do Estudante e, se possível, projetor;
• caderno e lápis, para registro dos estudantes.

Início (cerca de 5 minutos)


Apresente o tema da aula e levante os conhecimentos prévios para o estudo da cadeia alimentar.
Para isso, disponha os estudantes em círculo e pergunte a eles:
• Qual é a importância de os seres vivos obterem energia? Para que a utilizam?
• Como os seres vivos, plantas e animais, obtêm energia?
Incentive a participação de todos e anote na lousa um resumo das ideias que manifestarem.

Desenvolvimento (cerca de 25 minutos)


Passe para a leitura dialogada do texto da página 50 e consulte as orientações didáticas no manual desta página. É
importante dar uma atenção especial à fotossíntese, que estamos trabalhando de maneira formal pela primeira vez.
Ao final da leitura, encaminhe a atividade oral e promova uma conversa, orientando para que percebam que, na ausência
de luz, as plantas utilizam o alimento produzido durante o dia.
Após a conclusão das respostas, deixe claro que, sem alimento, os seres vivos não se desenvolvem nem se mantêm vivos.
Qualquer atividade vital, seja em animais ou vegetais, sempre consome energia. Pode ser discutida nesse momento a de-
pendência dos animais em relação às plantas, já que apenas elas conseguem produzir o próprio alimento; ressalte e coloque
o fato de os animais dependerem das plantas, direta ou indiretamente.
Em seguida, prossiga para a leitura do texto da página 51. Peça que um estudante voluntário leia cada parágrafo e oriente
a observação das imagens e a leitura das legendas.
Por fim, discuta o fato de o ser humano ser classificado como onívoro, quanto a seus hábitos alimentares. Comente ainda
que, por motivos culturais ou pessoais, algumas pessoas são vegetarianas (não consomem carne) ou veganas (não conso-
mem alimentos de origem animal).

Encerramento (cerca de 15 minutos)


As atividades possibilitam a aplicação do conhecimento desenvolvido na aula, bem como que essa aprendizagem seja
avaliada processualmente, como parte do corpo de avaliação formativa da obra.
Peça que, em grupos, façam as atividades 1, 2 e 4. Caminhe pela sala e verifique se estão com dúvidas. Esclarecê-las na
hora ou anotá-las para retomar nas aulas seguintes dependerá do tempo do tempo disponível e de seu planejamento.
Oriente os estudantes para que façam em casa as atividades 3 e 5, lendo os textos, discutindo as questões com as pes-
soas com quem estudam e anotando as respostas no caderno. Faça a verificação na aula seguinte.

XXI
7.2 Plano de Desenvolvimento Anual do volume do 4o ano
Elaboramos uma sugestão de distribuição dos conteúdos deste livro no decorrer do ano letivo,
de acordo com a carga horária mínima estipulada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Na-
cional (LDB), ou seja, 800 horas para o Ensino Fundamental (BRASIL, 1996, p. 1).
Optamos por distribuir essas 800 horas em 40 semanas e quatro bimestres; adotamos a quanti-
dade de duas aulas por semana, a partir de pesquisa sobre os currículos da maioria das secretarias
estaduais. Como os contextos de cada estado e município são específicos, você poderá adaptar
esse planejamento para o períodos trimestral, semestral ou anual.
O Tema Contemporâneo Transversal para este ano é Ciência e Tecnologia.
Capítulo
Unidade

Número
de aulas
Semana

Conteúdos

Apresentação do curso de Ciências, dos temas de estudo para o ano letivo e dos
Início do
4o ano

1 2 espaços da escola em que as aulas ocorrerão.


Mostre o que você já sabe: avaliação diagnóstica.
Abertura de Unidade: apresentação dos temas, avaliação diagnóstica e atividades
1 preparatórias.
2
Abertura do Capítulo 1: Objetivos, discussão inicial e avaliação diagnóstica.
1 Tópico: Quase tudo é mistura.
1 É hora de investigar: Fazendo misturas.
3
1 Agora é sua vez: Atividades 1 a 4.
1 – Misturas

Tópico: Separando as misturas.


1
4 Você sabia? Cooperativas de reciclagem.
1. A matéria e o papel transformador da energia

1 É hora de investigar: Que cores tem a cor?


Ampliando o conhecimento: Fazendo arte com mistura de cores.
1
5 Você sabia? A arte abstrata.
1 Agora é sua vez: Atividades 1 a 3.
1o BIMESTRE

Encerramento do Capítulo 1 e autoavaliação.


1
Aqui tem mais: para ler, para acessar.
6
Abertura do Capítulo 2: Objetivos, apresentação e questões iniciais.
1
Tópico: O que são transformações?
É hora de investigar: O que acontece com o cubo de gelo?
7 1
Agora é sua vez: Atividades 1 e 2.
2 – A energia transforma

Tópicos: Muitas transformações precisam de energia. Nosso corpo também precisa de


7e8 2 energia. A energia em nosso dia a dia.
Você sabia? Queimadas. O veículo elétrico e a redução do aquecimento global.
Ampliando o conhecimento: Cartas de energia.
8e9 2 Agora é sua vez: Atividade 1.
Encerramento do Capítulo 2 e autoavaliação.

Aqui tem mais: para ler, para acessar.


9 1
Conectando os Conhecimentos: O lixo que não é lixo!

XXII
Capítulo
Unidade

Número
de aulas
Semana
Conteúdos

Abertura de Unidade: apresentação dos temas, avaliação diagnóstica e atividades


preparatórias.
3 – Ecossistemas e energia para a vida

10 2 Abertura do Capítulo 3: Objetivos, apresentação e questões iniciais.


Tópicos: O que é ecossistema? Como os seres vivos obtêm energia?
Agora é sua vez: Atividades 1 a 5.
Tópicos: Energia do Sol e energia do alimento. Fluxo de energia e ciclo da matéria.
11 2
Agora é sua vez: Atividades 1 a 4.
2. Energia para os seres vivos e saúde humana

1 É hora de investigar: O que ocorre com restos de alimentos enterrados em um jardim?


Tópicos: Teias alimentares.
13 e 14 2 Agora é sua vez: Atividades 1 a 5.
Você sabia? Educação ambiental.
2o BIMESTRE

1 Ampliando o conhecimento: Quem serve de alimento para quem?


Encerramento do Capítulo 3 e autoavaliação.
15 1
Aqui tem mais: para ler, para acessar.
Abertura do Capítulo 4: Objetivos, apresentação e questões iniciais.
15 1
Tópicos: Os microrganismos. As bactérias.
Agora é sua vez: Atividades 1 a 3.
4 – Seres microscópicos

16 e 17 4
Tópicos: Os fungos. Os vírus. As vacinas. Covid-19: a pandemia do século XXI.
É hora de investigar: Vacinas, uma maneira de prevenção.
e saúde

Agora é sua vez: Atividades 1 a 6.


18 e 19 3 Tópico: Os protozoários.
Você sabia? Doenças negligenciadas.
Agora é sua vez: Atividades 1 a 3.
Encerramento do Capítulo 4 e autoavaliação.
19 1
Aqui tem mais: para ler, para acessar.
Abertura de Unidade: apresentação dos temas, avaliação diagnóstica e atividades
preparatórias.
5 – Biomas brasileiros – Parte 1

20 2
Abertura do Capítulo 5: Objetivos, apresentação e questões iniciais.
3. Os ambientes no Brasil

Tópicos: Bioma: uma reunião de ecossistemas; Floresta Amazônica; Mata Atlântica.


3o BIMESTRE

É hora de investigar: Como fica o solo quando a vegetação é retirada?


21 1
Agora é sua vez: Atividades 1 e 2.
Tópicos: Cerrado; Caatinga.
22 2
Agora é sua vez: Atividades 1 a 3.
Encerramento do Capítulo 5 e autoavaliação.
23 1 Aqui tem mais: para ler, para acessar.
Conectando conhecimento: Tudo ao mesmo tempo agora!

XXIII
Capítulo
Unidade

Número
de aulas
Semana
Conteúdos

Abertura do Capítulo 6: Objetivos, apresentação e questões iniciais.


6 – Biomas brasileiros – Parte 2

24 2
Tópicos: Pampas; Manguezal.
3. Os ambientes no Brasil

1 Agora é sua vez: Atividades 1 a 4.


25
3o BIMESTRE

1 Tópicos: Pantanal.
É hora de investigar: Conhecendo mais dos biomas brasileiros.
26 2
Agora é sua vez: Atividades 1 a 3.
1 É hora de investigar: Animais ameaçados de extinção
27 Encerramento do Capítulo 6 e autoavaliação.
1
Aqui tem mais: para ler, para acessar.
Abertura de Unidade: apresentação dos temas, avaliação diagnóstica e atividades
28 1 preparatórias.
7 – Tempo, distância e velocidade

Abertura do Capítulo 7: Objetivos, apresentação e questões iniciais.


Tópicos: Intervalo de tempo e distância. Velocidade.
Você sabia? Placas de trânsito.
28 e 29 3
Agora é sua vez: Atividades 1 e 2.
Tópico: Meios de transporte.
4. A velocidade dos objetos e os movimentos do Sol e da Terra

Aplicando o conhecimento: Os meios de transporte e minha família.


30 e 31 3
Agora é sua vez: Atividades 1 a 5.

31 1 Aplicando o conhecimento: O jogo da carta “surpresa”.


Encerramento do Capítulo 7 e autoavaliação.
1
Aqui tem mais: para ler, para acessar.
32
4o BIMESTRE

Abertura do Capítulo 8: Objetivos, apresentação e questões iniciais.


1
8 – O Sol como referência de tempo

Tópico: A passagem do tempo ao longo do dia.


Agora é sua vez: Atividades 1 a 6.
33 2
Aplicando o conhecimento: Que tal construir uma ampulheta?
e de localização

Tópico: O movimento do Sol e a contagem do tempo.


34 2 Você sabia? Relógio de Sol.
É hora de investigar: Medindo o tempo com a sombra de uma vareta.
Tópico: O Sol e os pontos cardeais.
35 2 É hora de investigar: A sombra de uma vareta e os pontos cardeais.
Agora é sua vez: Atividades 1 a 4.
Encerramento do Capítulo 8 e autoavaliação.
1
Aqui tem mais: para ler, para acessar.
36
Abertura do Capítulo 9: Objetivos, apresentação e questões iniciais.
9 – O Sol e as

1
estações do

Tópico: As estações do ano. Por que ocorrem as estações do ano?


ano

Você sabia? O rio Nilo.


37 2 Agora é sua vez: Atividades 1 a 4.
Você sabia? Calendários.
Encerramento do Capítulo 9 e autoavaliação.
38 2
Encerramento

Aqui tem mais: para ler, para acessar.


4o ano

1 Conectando conhecimentos: Quanto tempo o tempo dura?


39
1 Mostre o que aprendeu: avaliação de resultado.
40 2 Eventos da comunidade escolar.

XXIV
UNIDADE 1 – A MATÉRIA E O PAPEL
TRANSFORMADOR DA ENERGIA
Apresentação dos temas, habilidades e pré-requisitos
Esta Unidade trabalha com a Unidade temática Matéria e Energia, da BNCC, com foco nos ob-
jetos de conhecimento: misturas e transformações reversíveis e não reversíveis. Ela tem 2 capítulos:
• Capítulo 1 - Misturas
• Capítulo 2 – A energia transforma
O Capítulo 1 propõe atividades investigativas com procedimentos experimentais que possibili-
tam a verificação prática da formação e separação de misturas, além da identificação dos materiais
que compõem os objetos da vida cotidiana e conhecimento de como são utilizados EF02CI01.
O Capítulo 2 explora o fato de que os materiais podem sofrer transformações e que, para isso
é necessário energia. Para tal, é necessário como pré-requisito a apropriação pelo estudante das
habilidades de identificar que os objetos são feitos de diferentes materiais EF02CI01 e que os
materiais têm diferentes características EF01CI01.
Assim, desenvolve-se a ideia de que algumas transformações não alteram as propriedade dos
materiais, e outras são capazes de transformar as propriedades do material.
Destaca-se que o corpo humano também precisa da energia proveniente dos alimentos para
realizar suas atividade e que, além dos alimentos, existem outras fontes de energia, como o Sol.

Objetivos de aprendizagem
1. Identificar algumas misturas do cotidiano e de que são compostas, diferenciando-as entre
homogêneas e heterogêneas.
2. Identificar algumas técnicas de separação de misturas.
3. Explicar o que são transformações, associando-as com energia.
4. Reconhecer de onde vem a energia do nosso corpo.
5. Identificar as fontes de energia ao nosso redor.
A presença da BNCC
A maior parte desses objetivos descritos estão sintonizados com a BNCC e possibilitam desen-
volver as habilidades e competências a seguir.
Competências gerais: 1, 2, 3, 9 e 10.
Competências específicas de Ciências da Natureza: 2, 3 e 8.
Habilidades de Ciências da Natureza: EF04CI01, EF04CI02 e EF04CI03.

XXV
A presença da PNA
Diversas atividades propostas contribuem para a alfabetização, especialmente quantos aos com-
ponentes a seguir, e a literacia e a numeracia familiar. Seguem alguns exemplos.
O vocabulário é ampliado em muitas leituras e atividades. Nas leituras em sala, incentive os es-
tudantes a sublinharem e comentarem as palavras que desconhecem. Já nas indicações de leituras
para casa, incentive-os a procurar os significados dos vocábulos de forma autônoma.
A compreensão de textos é um processo intencional e ativo mediante aplicação de estratégias
de compreensão. Assim, a leitura das regras do jogo “Cartas da energia” (página 40), por exemplo,
busca a interpretação de informações e inferências diretas.
A produção de escrita é desenvolvida, por exemplo, através da criação de legendas da atividade
1 (página 27) e das cartas do jogo (página 40), bem como nas seções “Você sabia?” (páginas 38 e 39).

A avaliação da aprendizagem
Com a finalidade de monitorar a aprendizagem dos estudantes, são propostos momentos de
avaliação formativa. Ainda, o final de cada capítulo apresenta o momento de autoavaliação para
os estudantes refletirem sobre seu progresso.
A avaliação diagnóstica permite que você, professor, observe e analise a situação de cada alu-
no. Utilize as questões da seção Conte o que você já sabe (páginas 8 e 9), as da abertura desta
Unidade e dos capítulos que a compõem como ponto de partida do processo pedagógico.
No decorrer dos dois capítulos, há textos teóricos intercalados com propostas de atividades que
possibilitam realizar a avaliação processual através do acompanhamento da aprendizagem indivi-
dual e coletivo. Observe e registre o desempenho dos estudantes nos momentos fundamentais do
processo de avaliação, por exemplo, nas atividades finais dos capítulos. O resultado das avaliações
indicará a necessidade de retomar o conteúdo para alguns estudantes ou para a turma toda.

Sugestão de rubricas
Os critérios de avaliação ou níveis de desempenho dependerão da pergunta a ser respondida.
No entanto, alguns níveis simples e objetivos são:
• Ótimo desempenho • Bom desempenho • Desempenho regular • Precisa melhorar

Para cada objetivo de aprendizagem, elabore uma ou duas perguntas que foquem na parte
con­ceitual ou procedimental. Veja exemplos a seguir.
1. Consegue identificar algumas misturas do cotidiano, reconhecendo as substâncias que as compõem?
2. Identifica algumas técnicas de separação de misturas?
3. Consegue relacionar as transformações com energia?
4. É capaz de reconhecer os alimentos como fonte de energia para o corpo humano?
5. Consegue identificar diferentes fontes de energia?
Faça o mapeamento da avaliação por meio de registros, como o sugerido a seguir.

Estudante: Bimestre:
Objetivo Habilidade Avaliação diagnóstica Avaliação processual
Identifica algumas misturas do cotidiano, Atividade 1 e 2 Atividade 1
EF04CI01
reconhecendo as substâncias que as compõem (página 12) (página 27)

XXVI
UNIDADE 2 - ENERGIA PARA OS SERES VIVOS E
SAÚDE HUMANA
Apresentação de temas, competências, habilidades e pré-requisitos
Esta Unidade aborda a Unidade temática Vida e Evolução, da BNCC, com foco nos objetos de
conhecimento: cadeias alimentares e microrganismos.
Ela é composta de 2 capítulos:
• Capítulo 3 - Ecossistemas e energia para a vida
• Capítulo 4 - Seres microscópicos e saúde
O Capítulo 3 associa o conceito de energia às atividades metabólicas. Discorre sobre como os
seres vivos obtêm energia, bem como identifica que a energia necessária aos seres vivos sempre
provém do Sol. Com esse alicerce conceitual, será abordada a cadeia alimentar por meio da inter-
pretação do ciclo de matéria e do fluxo de energia.
O capítulo 4, por sua vez, parte das características de microrganismos para levar o estudante a rela-
cioná-los à produção de alimentos, combustíveis e medicamentos, bem como à transmissão de doenças
por alguns deles. Serão apresentados as bactérias, os fungos, os vírus e os protozoários. Nesse contexto,
destaca-se o papel das vacinas e dos antibióticos e trabalha-se a pandemia causada pela covid-19.

Objetivos de aprendizagem
1. Analisar e construir cadeias e teias alimentares simples.
2. Descrever o ciclo da matéria e o fluxo de energia entre os componentes vivos e não vivos.
3. Associar a decomposição com os fungos e bactérias.
4. Relacionar alguns microrganismos à transmissão de doenças, propondo medidas para prevenção.
5. V
 erificar a participação de microrganismos na produção de alimentos, medicamentos e
combustíveis.

A presença da BNCC
A maior parte desses objetivos descritos estão sintonizados com a BNCC e possibilitam desen-
volver as habilidades e competências a seguir.
Competências gerais: 1, 2, 4, 5, 7, 8, 9 e 10.
Competências específicas de Ciências da Natureza: 1, 2, 3, 5, 7 e 8.
Habilidades de Ciências da Natureza: EF04CI04, EF04CI05, EF04CI06, EF04CI07 e EF04CI08.

A presença da PNA
Diversas atividades propostas contribuem para a alfabetização e a literacia familiar, por exemplo,
na seção Aplicando o conhecimento (página 68) e a leitura dos versos da atividade 3 (página 84).
O vocabulário é ampliado durante as abordagens. Incentive a busca dos significados dos vocá-
bulos de forma autônoma. Reforce a abordagem dos glossários (páginas 53 e 80).
A fluência em leitura oral é desenvolvida através do incentivo à prática da leitura de atividades
e textos em voz alta, individual ou coletivamente.

XXVII
A compreensão de textos pode ser feita na interpretação de texto, localização de informações
e inferências diretas, por exemplo, na atividade 3 (página 73), na atividade 3 da página 53 e na
história em quadrinhos da página 58.
Incentive a produção escrita por meio da elaboração de legendas na atividade 1 (página 57) e
na escrita do relatório pedido na página 60.

Avaliação da aprendizagem
Com a finalidade de monitorar a aprendizagem dos estudantes, são propostos dois momentos
de avaliação: diagnóstica e processual. Ainda, o final de cada Capítulo apresenta o momento de
autoavaliação para os estudantes refletirem sobre seu progresso.
São propostas também atividades para realizar a avaliação processual através do acompanha-
mento da aprendizagem individual e coletivo. A atividade 3 (página 59) do Capítulo 3, por exem-
plo, apresenta a oportunidade de verificar a aprendizagem dos conteúdo sobre fluxo de energia e
ciclo da matéria.

Sugestão de rubricas
Os critérios de avaliação ou níveis de desempenho dependerão da pergunta a ser respondida.
No entanto, alguns níveis simples e objetivos são:
• Ótimo desempenho • Desempenho regular
• Bom desempenho • Precisa melhorar
Para cada objetivo de aprendizagem, elabore uma ou duas perguntas que foquem na parte
con­ceitual ou procedimental. Veja exemplos a seguir.
1. Sabe analisar e construir cadeias e teias alimentares simples?
2. Sabe descrever o ciclo da matéria e o fluxo de energia entre os componentes vivos e não vivos?
3. Consegue associar o processo da decomposição com fungos e bactérias?
4. Relaciona alguns microrganismos à transmissão de doenças, propondo medidas para prevenção?
5. Entende o que são vacinas e antibióticos?
Faça o mapeamento da avaliação por meio de registros, como o sugerido a seguir.

Estudante: Bimestre:
Objetivo Habilidade Avaliação diagnóstica Avaliação processual
Sabe analisar e construir cadeias e teias Atividade 3 Atividade 2
EF04CI01
alimentares simples (página 59) (página 61)

XXVIII
UNIDADE 3 - OS AMBIENTES NO BRASIL
Apresentação de temas, habilidades e pré-requisitos
Esta unidade apresenta conteúdo adicional, não relacionado diretamente, às habilidades da BNCC,
mas que favorece o trabalho com a Unidade temática Vida e evolução trabalhada anteriormente.
Ela é composta de 2 capítulos:
• Capítulo 5 – Biomas brasileiros – Parte 1
• Capítulo 6 – Biomas brasileiros – Parte 2
Este estudo parte das habilidades de identificar as características do modo de vida de animais
comuns EF03CI04 e de descrever as mudanças pelos quais os animais passam ao longo do tempo
de vida EF03CI05 como pré-requisitos para desenvolver a habilidade EF04CI0, de analisar e cons-
truir cadeias alimentares simples, reconhecendo a posição ocupada pelos seres vivos, desenvolvida
no Capítulo 3.
Inicialmente, são introduzidas as noções de biodiversidade e biomas. Em seguida, abordam-se
as características dos principais biomas questões socioambientais relacionadas a eles.
O Capítulo 5 volta-se às características da Floresta Amazônica, da Mata Atlântica, do Cerrado
e da Caatinga.
O Capítulo 6, por sua vez, aborda características do Pampas e do Pantanal, além, de encaminhar
a caracterização do ecossistema manguezal, considerado o berçário do mar.

Objetivos de aprendizagem
1. Conhecer e valorizar conceitos de biomas e de biodiversidade.
2. Identificar características da Floresta Amazônica, da Mata Atlântica, do Cerrado e da Caatinga.
3. Relacionar a cobertura vegetal com a proteção do solo, posicionando-se de maneira respon-
sável sobre desmatamento.
4. Identificar características dos biomas Pampas e Pantanal e do ecossistema manguezal.
5. Identificar algumas cadeias alimentares nos biomas estudados.

A presença da BNCC
A maior parte desses objetivos descritos estão sintonizados com a BNCC e possibilitam desen-
volver as habilidades e competências a seguir.
Competências gerais: 1, 6, 7, 9 e 10.
Competências específicas de Ciêncas da Natureza: 4, 6, 7 e 8.
Habilidades de Ciências da Natureza: EF04CI04.

A presença da PNA
O vocabulário é ampliado nas atividades gerais de leitura e nas conversas. Reforce as explica-
ções dos glossários, convidando os estudantes a expressarem o que entenderam através da leitura.
A leitura em voz alta dos tópicos “Caatinga”, “Pantanal” e da seção Conectando o conheci-
mento (páginas 100, 111 e 104, respectivamente) desenvolvem fluência em leitura oral.

XXIX
Atividades como essas são ricas para trabalhar também a compreensão de texto através da
interpretação, localização e sistematização de informações. Ao solicitar um resumo, o aluno ainda
exerce a prática de escrita.

A avaliação da aprendizagem
Com a finalidade de monitorar a aprendizagem dos estudantes, são propostos momentos de
avaliação formativa. Ao final de cada capítulo, propõe-se uma autoavaliação para os estudantes
refletirem sobre seu progresso no aprendizado.
A avaliação diagnóstica permite que você, professor, observe e analise a situação de cada alu-
no. Utilize a seção inicial do livro com ponto de partida para o planejamento pedagógico e adapte-
-o às necessidades identificadas.
No decorrer dos dois capítulos que compõem esta unidade, há atividades que possibilitam a
avaliação processual.
No Capítulo 5 (página 94), há uma ótima oportunidade para avaliação dos estudantes quanto
ao objetivo 3. Nesta atividade experimental, você possibilitará a comparação da quantidade e da
cor da água que atravessam três sistemas elaborados em garrafas PET.

Sugestão de rubricas
Os critérios de avaliação ou níveis de desempenho dependerão da pergunta a ser respondida.
No entanto, alguns níveis simples e objetivos são:
• Ótimo desempenho • Desempenho regular
• Bom desempenho • Precisa melhorar

Para cada objetivo de aprendizagem, elabore uma ou duas perguntas que foquem na parte
con­ceitual ou procedimental. Veja exemplos a seguir.
1. Apropriou-se dos conceitos de biomas e de biodiversidade, valorizando-os?
2. Identificar algumas características da Floresta Amazônica, da Mata Atlântica, do Cerrado e da
Caatinga?
3. Relaciona a cobertura vegetal com a proteção do solo, posicionando-se de maneira respon-
sável sobre desmatamento?
4. Identifica as principais características dos biomas Pampas e Pantanal e do ecossistema man-
guezal?
5. Identificar algumas cadeias alimentares nos biomas estudados?

Faça o mapeamento da avaliação por meio de registros, como o sugerido a seguir.


Estudante: Bimestre:
Objetivo Habilidade Avaliação diagnóstica Avaliação processual
Sabe analisar e construir cadeias e teias Atividade oral Atividade 3
EF04CI01
alimentares simples (página 93) (página 102)

XXX
UNIDADE 4 - A VELOCIDADE DOS OBJETOS E O
MOVIMENTO DO SOL E DA TERRA
Apresentação dos temas, habilidades e pré-requisitos
Esta Unidade trabalha com a temática Terra e Universo, da BNCC, com foco nos objetos de co-
nhecimento: pontos cardeais, calendários, fenômenos cíclicos e cultura. Ela é composta de 3 capítulos:
• Capítulo 7 - Tempo, distância e velocidade.
• Capítulo 8 - O Sol, referência de tempo e localização.
• Capítulo 9 - O Sol e as estações do ano.
Os capítulos 8 e 9 exploram os fenômenos naturais, como o movimento de rotação da Terra e
suas consequências, o conhecimento científico que a humanidade constrói com base neles e como
o aplica para organizar suas atividades; desse modo, valoriza a ciência e sua aplicação.

Objetivos de aprendizagem
1. Relaciona a noção de velocidade a partir das medidas de tempo e espaço.
2. Identifica características, incluindo vantagens e desvantagens, de alguns meios de transportes.
3. Comparar diferentes posições do Sol em diferentes horas do dia, relacionando-as com os pe-
ríodos do dia e à marcação do tempo, bem como ao movimento de rotação da Terra.
4. Identificar os pontos cardeais com base na sombra de um gnômon e comparar as posições
desses pontos cardeais com os pontos cardeais indicados pela bússola.
5. Reconhecer as estações do ano como fenômeno cíclico relacionada ao movimento de trans-
lação da Terra e à inclinação de seu eixo em aproximadamente 23,5°.

A presença da BNCC
A maior parte desses objetivos descritos estão sintonizados com a BNCC e possibilitam desen-
volver as habilidades e competências a seguir.
Competências gerais: 1, 2, 6, 7, 9 e 10.
Competências específicas de Ciêncas da Natureza: 2, 3, 4, 5, 7 e 8.
Habilidades de Ciências da Natureza: EF04CI09, EF04CI10 e EF04CI11.

A presença da PNA
As atividades propostas contribuem para a numeracia familiar e a alfabetização, especialmente
quantos aos componentes essenciais.
O vocabulário é ampliado ao longo da leitura do livro didático. É importante incentivar que os estudan-
tes anotem e comentem as palavras que desconhecem para discorrer seu significado de forma coletiva.
A fluência em leitura oral é desenvolvida no incentivo à prática da leitura de atividades e textos
em voz alta, individual ou coletivamente.
A compreensão de textos é um processo intencional e ativo mediante aplicação de estratégias.
Desta forma o boxe “Você sabia?” (página 151) busca a interpretação de informações, além de
inferências diretas.

XXXI
A produção escrita é feita, por exemplo,na atividade 4 (Agora é sua vez, página 153) desenvolve
a produção escrita pela elaboração de um cartaz com informações pesquisadas pelos estudantes.

A presença da transversalidade
O livro desenvolve, por meio desta Unidade 4, conteúdos abrangidos pelos temas contemporâ-
neos transversais (TCT), especialmente Ciência e Tecnologia. Entre outras situações, a abertura da
unidade 4 explora a o evento do pouso da sonda Perseverance, da Nasa, na superfície de Marte,
em 18 de fevereiro de 2021.

A avaliação da aprendizagem
Com a finalidade de monitorar a aprendizagem dos estudantes, são propostos momentos de
avaliação: diagnóstica e processual. Ainda, o final de cada capítulo apresenta o momento de au-
toavaliação para os estudantes refletirem sobre seu progresso. A avaliação diagnóstica permite
que você, professor, observe e analise a situação de cada aluno. Utilize o início do livro, na seção
de avaliação diagnóstica, como ponto de partida do processo pedagógico e adapte-o às necessi-
dades identificadas.

Sugestão de rubricas
Consulte os quadros para a organização das informações de avaliação por estudante ou para o
conjunto deles nas páginas iniciais deste Manual. Os critérios de avaliação ou níveis de desempe-
nho dependerão da pergunta a ser respondida. No entanto, alguns níveis simples e objetivos são:
• Ótimo desempenho • Bom desempenho • Desempenho regular • Precisa melhorar

Para cada objetivo de aprendizagem, elabore uma ou duas perguntas que foquem na parte
conceitual ou procedimental. Veja exemplos a seguir.
a) Consegue relacionar a noção de velocidade a partir das medidas de tempo e espaço?
b) É capaz de identificar características, incluindo vantagens e desvantagens, entre alguns meios
de transportes?
c) Relaciona diferentes posições do Sol às diferentes horas do dia e à forma da sombra formada?
d) Consegue relacionar o movimento do Sol no céu ao movimento de rotação da Terra?
e) Realizou a determinação dos pontos cardeais com uso do gnômon corretamente?
g) Consegue explicar por que as estações do ano ocorrem e por que são fenômeno cíclico?
h) É capaz de comparar o calendário que usamos com o da cultura (uma que tenha no livro)?
Faça o mapeamento da avaliação por meio de registros, como o sugerido a seguir.

Estudante: Bimestre:
Objetivo Habilidade Avaliação diagnóstica Avaliação processual
Sabe analisar e construir cadeias e teias Atividade 2 • Atividade 1, 2 (página 125)
-
alimentares simples (página 120) • Jogo (página 132)

XXXII
oc lecao

'
ANO
CIÊNCIAS DA NATUREZA
EU GOSTO − CIÊNCIAS
ENSINO FUNDAMENTAL − ANOS INICIAIS
SASSON
D A SI LV A JÚ NIOR • SEZAR
CÉSAR BEDAQUE SA
NCHES
PAULO SÉRGIO IADORA CIZOTO
XIL
SONELISE AU NA DE ASSIS GODOY
C R IS TI
DÉBORA

CÉSAR DA SILVA JÚNIOR


LICENCIADO EM HISTÓRIA NATURAL PELA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP)
PROFESSOR DE BIOLOGIA DA REDE PARTICULAR DE ENSINO DE SÃO PAULO

SEZAR SASSON
LICENCIADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PELA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP)
PROFESSOR E AUTOR DE BIOLOGIA

PAULO SÉRGIO BEDAQUE SANCHES


BACHAREL E LICENCIADO EM FÍSICA PELA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP)
MESTRE EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA PELA UNIVERSIDAD NACIONAL DE EDUCACIÓN A
DISTANCIA (UNED) – CÁTEDRA UNESCO, MADRI, ESPANHA

SONELISE AUXILIADORA CIZOTO


BACHAREL EM PEDAGOGIA PELO CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO
PÓS-GRADUADA EM EDUCAÇÃO PELA FACULDADE INTEGRADA METROPOLITANA DE
CAMPINAS (METROCAMP)
PROFESSORA DO ENSINO SUPERIOR

DÉBORA CRISTINA DE ASSIS GODOY


BACHAREL EM PEDAGOGIA E ESPECIALISTA EM ALFABETIZAÇÃO PELA UNIVERSIDADE
ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP)
PROFESSORA E COORDENADORA DE ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE PARTICULAR DE ENSINO

1a edição
São Paulo
2021
Coleção Eu Gosto: Ciências
Ensino Fundamental – Anos Iniciais
Todos os direitos reservados © 2021 Editora Praxis Ltda.

Direção Geral: Lauriane de Lourenzi Todos os direitos reservados:


Diretor Editorial: Sandro Aloisio Silva Editora Praxis Ltda – CNPJ nº 35.414.225/0001-79
Coordenação Editorial: Rita Rodrigues Rua Piatã, 179, Conjunto 2, Vila Isolina Mazzei
Editora: Débora de Fátima Almeida São Paulo - SP, 02518-050
Assistência Editorial: Fernanda Herminio Reges Fone 55 11 3855-2100
Revisão de textos: Todotipo Editorial www.edicoespraxis.com.br
Editoração Eletrônica e Arte: HiDesign Estúdio fnde@edicoespraxis.com.br
Ilustradores: Eduardo Borges, Ilustra Cartoon,
Waldomiro Neto, Jotah ilustrações Impressão e acabamento
Cartografia: Allmaps Oceano Indústria Gráfica e Editora Ltda.
Projeto gráfico e Capa: HiDesign Estúdio Rua Osasco, 644 – Rod. Anhanguera, km 33
Coordenação de Iconografia e Licenciamento de CEP 07750-020 – Cajamar – SP
textos e imagens: Tempo Composto CNPJ: 67.795.906/0001-10
Foto Capa: Amorn Suriyan/Shutterstock Tel.: (11) 4446-7000
Montagem e Ilustrações: Fábio T. Corrêa
Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro
Produção gráfica foram produzidas com fibras obtidas de árvores de
Giliard Andrade florestas plantadas, com origem certificada.
Lais Dantas

1ª edição – São Paulo – 2021

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG)

E87 Eu gosto: Ciências: 4º ano / César da Silva Júnior... [et al.]. – São Paulo, SP:
Práxis, 2021. – (Eu Gosto. Ciências; v. 4)

Inclui bibliografia
ISBN 978-65-994030-8-8 (Aluno)
ISBN 978-65-994030-9-5 (Professor)

1. Ciências (Ensino fundamental – Estudo e ensino. I. Silva Júnior, César da. II.
Sasson, Sezar. III. Sanches, Paulo Sérgio Bedaque. IV. Cizoto, Sonelise Auxiliadora. V.
Godoy, Débora Cristina de Assis.

CDD 500.7

Elaborado por Maurício Amormino Júnior – CRB6/2422


Caro(a) estudante!
O mundo em que vivemos é muito interessante! Nele,
acontecem muitas coisas que nos deixam curiosos.
Quando você observa o mundo e pensa sobre ele
começa a fazer perguntas. Esse é o momento para investigar,
experimentar, testar e fazer novas perguntas…
Fazer isso é fazer ciência!
Quando você compreende melhor o mundo, pode agir
nele com mais consciência. Assim, vai respeitar mais você
mesmo, os outros e a natureza.
Estude com dedicação. Siga as orientações do professor
e respeite os colegas. Compartilhe com as pessoas da família
tudo o que está aprendendo.
Com tudo isso, suas decisões serão mais acertadas, e
você poderá viver melhor neste mundo tão incrível!
Seja bem-vindo!
Os autores
RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGENS

RICARDO AZOURY/PULSAR IMAGENS


1 O Pantanal é um dos lugares do mundo

CRO MAGNON/ALAMY/FOTOARENA
mais procurados pelos turistas. Com mais
de 600 espécies de aves, esse bioma é um
santuário para quem tem interesse em ver

GURKAN OZTURK/SHUTTERSTOCK
e fotografar a beleza das aves pantanei-
ras. Você acha que esse tipo de atividade
turística é benéfica para a preservação do
Energia para os seres bioma? Resposta pessoal.
Área de extração de minério de ferro no Área da barragem onde ocorre extração

vivos e saúde humana 2 No Pantanal existem várias cadeias alimen-


tares formadas pelos animais e plantas típicos desse bioma. Sabe-se que, em
município de Congonhas, Minas Gerais, 2016. de bauxita para produção de alumínio em
Barcarena, Pará, 2019.

MAXAR/GLOBALGEO GEOTECNOLOGIAS

MAXAR/GLOBALGEO GEOTECNOLOGIAS
uma delas, os predadores da ariranha são as onças-pintadas. Responda em
seu caderno, escolhendo qual das cadeias abaixo é a correta; depois, faça um
desenho para ilustrar essa cadeia.
I. peixe  onça-pintada  ariranha  planta aquática.
II. peixe  ariranha  onça-pintada  planta aquática.
Nesta Unidade você vai estudar III. onça-pintada  ariranha  peixe  planta aquática.
Onça-pintada atacando jacaré. Cenas como essa são comuns no Pantanal, ambiente de nosso país IV. planta aquática  peixe  ariranha  onça-pintada. Resposta IV.
Capítulo 3 - Ecossistemas e energia para vida com muita biodiversidade.
Capítulo 4 - Seres microscópicos e saúde 3 A mineração é uma atividade essencial para a obtenção de matérias-primas Vista aérea do distrito Bento Rodrigues antes da
Vista aérea do distrito Bento Rodrigues após a
barragem de Fundão se romper.
Observe a imagem e converse com seus colegas: para as indústrias; desse modo, ela contribui para a geração de empregos e barragem de Fundão se romper.
de renda para o país. Porém, dependendo da forma como é feita, pode pro-
A onça-pintada, o jacaré
1 Que seres vivos você consegue visualizar na fotografia? e as plantas da margem. vocar grandes impactos ao ambiente, inclusive às pessoas que ali vivem. As A lama atingiu o rio Doce, contaminando-o e destruindo grande quantidade
imagens da página a seguir mostram áreas exploradas para a retirada de mi- de animais e de plantas. As águas do rio Doce abastecem 229 municípios.
2 Quais componentes sem vida do ambiente são mostrados na imagem? nérios como ferro, manganês, bauxita e outros, usados na fabricação de pro-
A água do rio e o solo da margem. Observe as imagens áreas de Bento Rodrigues, antes e depois do rompimento
3 Na foto, a onça se alimenta do jacaré. E os jacarés, o que comem? dutos que consumimos no dia a dia.
e responda as atividades.
Entre outros alimentos, os peixes do rio. Em 2019, ocorreu um grave desastre ambiental no município de Brumadinho, a) Como era a paisagem do ambiente antes do rompimento?
4 Que interações pode haver entre as plantas do rio, os peixes, os jacarés e em Minas Gerais, quando a barragem do Feijão se rompeu, matando 270 pes-
as onças-pintadas? b) Como ficou após o rompimento?
soas e contaminando o rio Paraopeba, que abastece 48 municípios.
Resposta pessoal. O objetivo da questão é introduzir noções básicas para o estudo da c) Com a contaminação dos rios Doce e Paraopeba por resíduos tóxicos, quais
cadeia alimentar. O mesmo tipo de desastre ambiental já havia ocorrido em 5 de novembro de
você acha que foram as consequências para o meio ambiente (rios, solo,
2015, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, também em Minas Gerais.
vegetação, animais)?
Na ocasião, a barragem do Fundão se rompeu e toneladas de lama e de re-
síduos tóxicos de mineração degradaram o ambiente e provocaram a morte d) Quais devem ter sido as consequências para a vida e a saúde das pesso-
de 19 pessoas. as que moravam em Bento Rodrigues, em Brumadinho e nos municípios
abastecidos por esses rios?

114 115

Abertura da Unidade
Aqui você encontrará uma imagem e
algumas questões que introduzem o tema Agora é sua vez
a ser estudado na Unidade. Você irá trocar Atividades que possibilitarão a
ideias com os colegas e se preparar para você fixar, reforçar ou avaliar seus
aprender ainda mais sobre o mundo. conhecimentos e viver situações
interessantes com os colegas.

Aplicando o conhecimento
de 49%
do mais

Aqui, você poderá usar tudo o que aprendeu


a sil, ocupan eta, em
ter-
ma do Bra
Amazônic maior bio biodiversidades
do plan
Floresta forma o iores
Amazônica a das ma ais. favorece
m
A Floresta país. Possui um e de anim con stantes
s de plan
tas vas árvores,
io do
do territór ero de espécie o o ano
e as chu grandes iras,
tod nica, há ade

sobre Ciências para resolver situações,


núm ant e Am azô s, trep
mos de solar dur Na Floresta raná, samam
baia o
radiação plantas. de coloraçã
A intensa ento das heira-do-pará –,
gua largas e
o crescim de folhas
bastante ngueira e a cas
tan
tas menores,
seri cem plan IMAGENS
como a solo, cres ISOLI/PULSAR
ximas ao
não
Elementosis entre si. EDSON
GRAND

cipós. Pró

compartilhar saberes com os colegas e


proporciona
scu ra.
verde-e FOTÓG RAFO
ERVO DO
BINI/AC
FABIO COLOM

também para se divertir!


ente
ca parcialm
aos rios fi as.
o próxima época das chuv
vegetaçã na
em A berta pela água
zônica, exist enco
Floresta Amainundadas.
mas regiões da tem ente
algu r-
Em
ficam perm
anen
uma gra
nde ofe GLOSSÁRIO
áreas que é
apresenta o bioma
Amazônica m da madeira, e água. natural:
elemento
A Floresta urais. Alé as, peixes abriga Recurso reza e
rsos nat castanh do na natu ado
ta de recu racha, minérios, a, que encontra
se biom aído e utiliz
bor falta nes que é extr ano.
rico em é o que não ndo . ser hum Os meios de transporte e minha família
s, do mu ente pelo conjunto
Água, aliá e hidrográfica l, pres ográfica:
ior red a riqu eza cultura Rede hidr s rios e por seus Se você não mora perto da escola, é provável que não vá para a aula a pé.
a ma ta aind m. pelo
A região
apresen que ali vive animais
formado O mesmo deve acontecer com as pessoas da sua família, quando saem para ir ao
icionais .
unid ades trad das espécies
se
afluentes trabalho, às compras, ao médico etc.
nas com nas 30% Vivem nes
que ape hecidas. nga, o Que meios de transporte cada um usa com mais frequência? Para descobrir,
Estima-se sejam con , a araraca
Amazônica ermelha entreviste pelo menos três pessoas da sua família ou vizinhos conhecidos.
da Floresta exemplo, a rã-v e o pirarucu.
por ica
bioma, a jaguatir
pintado, Como fazer
lagarto
1. Para coletar os dados, copie a tabela a seguir em seu caderno, escreva o
nome de cada pessoa em uma linha e marque um X no meio de transporte
90 mais usado por ela.
Meio de transporte
Pessoa
Ônibus Trem Metrô Automóvel Motocicleta Bicicleta Cavalo Barco A pé

Glossário
2. Forme um grupo com três colegas, copiem a tabela a seguir em seus ca-
dernos e registrem a soma dos resultados do grupo.

Ônibus Trem Metrô Automóvel Motocicleta Bicicleta Cavalo Barco A pé

Conheça o significado de
Total

Tanto o ônibus como o carro particular utilizam combustíveis


Conclusão poluidores, mas no transporte coletivo a quantidade de poluentes
produzida é menor por pessoa transportada.
1 Qual foi o meio de transporte mais utilizado pelas pessoas entrevistadas?

palavras importantes para a 2


3
Resposta pessoal.
Na sua opinião, qual é o motivo de ser esse o transporte mais usado?
Resposta pessoal.
Esse resultado pode ser considerado válido para a maioria das pessoas? Justifique.
Resposta pessoal.

compreensão dos textos. 4


5
Qual transporte individual e qual coletivo foram os mais escolhidos?
Resposta pessoal.
Entre os transportes individuais citados, quais causam menos poluição atmos-
férica? E entre os coletivos? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal.
6 Tanto o automóvel como o ônibus utilizam combustíveis como álcool, gasoli-
na ou diesel. Ainda assim, considera-se que o ônibus polui menos o ambiente
do que o carro particular. Você sabe dizer o motivo?

129
O Sol e os pontos cardeais
Existem quatro pontos básicos que

ILUSTRA CARTOON
Medindo o tempo com a sombra de uma vareta orientam nossa localização: norte, sul,
leste e oeste. São os chamados pontos
Os relógios de sol indicam o horário do dia de acordo com a sombra que é
cardeais.
projetada, que funciona como o ponteiro de um relógio. Que tal construirmos um
relógio de sol simplificado e observarmos o seu funcionamento? A observação da posição do Sol no
céu também pode ajudar a determinar
Levantando hipótese ATENÇÃO! nossa localização. Ao observar o lado em
Não se exponha demais
• Se, ao longo de uma manhã, observarmos que o Sol nasce e o lado em que ele se

É hora de
ao sol. Fique abrigado em
a sombra de uma vareta fincada no chão, alguma sombra e se aproxime põe todos os dias, o ser humano perce-
podemos saber quando o horário se do relógio para observar o beu que poderia utilizar essas posições
aproxima do meio-dia? Resposta pessoal. experimento a cada 10 minutos. também como referência de localização.
Material: O Sol nasce no lado leste e se põe no lado oeste. Assim, para localizar a posi-

ILUSTRA CARTOON
investigar
ção dos quatro pontos cardeais em qualquer lugar, você só precisa esticar o braço
• um local plano com chão de terra (com ilumina-
direito para o lado em que o Sol nasce, e você estará apontando para o lado les-
ção direta do Sol);
te. O lado esquerdo, onde o Sol se põe, é o lado oeste. À sua frente estará o lado
• uma vareta de madeira; norte e atrás de você estará o lado sul.

Você irá realizar


• celulares ou câmeras fotográficas (se disponível);

VITOR MARIGO / TYBA


A Mapa político do Brasil
• palitos de sorvete.

BANCO DE IMAGENS/ARQUIVO DA EDITORA


Como fazer B

Comece a atividade por volta das 10 horas da manhã. Enterre parcialmente a

experimentos ou
vareta deixando que ela fique na posição vertical. A vareta, em nosso relógio sim-
plificado, faz a função do gnômon no relógio de sol.

Coleta de dados

outras atividades de
1. Observe a sombra da vareta no solo e finque um palito de sorvete para
marcar a ponta da sombra. Anote o horário dessa observação.
2. Aguarde intervalos de cerca de 10 minutos e verifique novamente a posição
da sombra. Observe se a sombra se movimentou e se o comprimento dela

práticas de Ciências.
mudou. Finque outro palito de sorvete na ponta da sombra para marcar 0 600 1 200

sua posição e anote o horário. Se possível, fotografe as diversas posições.


IBGE. ATLAS GEOGRÁFICO ESCOLAR. 7 ED. RIO DE JANEIRO, 2016. P. 94.
3. Observe todos os palitos de sorvete e veja qual indica o menor comprimen-
to atingido pela sombra. Verifique em que horário isso aconteceu. (A) A figura no chão que indica os pontos cardeais é chamada de rosa dos ventos e pode ser encontrada

Assim, exercitará sua


em alguns locais como praças ou edifícios. (B) A rosa dos ventos também aparece em mapas.

Conclusão
• Suas hipóteses foram confirmadas com o experimento? É possível dizer se • Identifique no mapa do Brasil o estado que fica mais ao sul do país.
estamos perto do meio-dia apenas utilizando uma vareta ao sol? Explique. É o estado do Rio Grande do Sul.

curiosidade sobre os 140


Resposta pessoal, mas sim, é possível. O meio-dia corresponde ao instante da
sombra de menor comprimento. 141

fenômenos naturais.

Agora é
hor
deste Cap a de pensar sob
desenho ítulo. Em seu cad re o que você
do ícon experim
e que me erno, copie as ent
lhor rep frases aba ou e aprendeu
resenta
seu desemixo. Após cada no estudo
penho. um
Minha par Veja a legea, faça o
aprendizagticipação e nda:
em fora O desem
satisfat m penho poderia
1. Compre órias. sido me
lhor.
ter Des
empenho
endo o que insatisfa
2. Consigo são mistura tório.
entender s e consigo
3. Diferen que a águ identific
cio as mis a que beb á-la s
4. Conheç turas hom emos é no dia a
o alguma ogêneas um dia.
s maneir das hetero a mistura.
as de sep gêneas.
arar as os
compon
entes de
uma mis
tura.
AQUI TEM MAI
S

Aqui tem mais Para ler


Cores, de
O que acon
Patrick Geo
rge. Edit

Esta seção apresenta


tece qua ora Caro
você pod ndo a gent chinha.
e brincar e mistura
você vai com as

HINHA
descobri cores. Com duas cores? Com
inusitad ro o as pági esse livro
as. Em vez mundo lúdico

ORA CAROC
nas são
de usar das de acetato, ,
tintas, uma cores em figuras
página faz divertida

sugestões de livros,
se

O/EDIT
as misturas
Par a acessa de cores!

REPRODUÇÃ
De ond
r
e vem o
Disponív sal?, da
el em: http TV Esco
la.

vídeos, músicas e sites.


Nessa anim s://memo
ação, a men ria.ebc.c
sal. Acesso om.br/inf
antil/gale
em: 5 abr. ina Kika descobre ria/video
2021. de um mod s/2012/0
o divertido 8/de-ond
e-vem-o
como é -sal.
feita a prod
ução de

29

ÍCONES Tudo ao mesmo tempo agora!


Cada uma dessas relações é importante para a
garantia da vida, não só no ambiente florestal, mas
também no planeta como um todo.
Imagine como seria o mundo sem árvores! Ou
GLOSSÁRIO

Polinização: transporte
de grãos de pólen da parte
sem abelhas! Você sabia que as abelhas são responsá-
Combine com o professor como você e seus colegas de grupo lerão o texto masculina de uma planta até

Atividade oral
veis pela polinização de até 90% da população vegetal a parte feminina de outra
em voz alta. Na vez de ler o seu trecho, preste atenção na pronúncia das palavras
e que sem elas a quantidade de vegetais cairia muito, planta da mesma espécie.
e na pontuação. Respire e leia calmamente.
fazendo com que faltasse alimento para os animais Isso pode levar à fecundação
Cheiro de mato, sombra fresca, diversos tons de verde e marrom, árvores, flo- herbívoros, que poderiam morrer, diminuindo a oferta e ao nascimento de novas
res, sons de insetos e aves. Você sabe que lugar é esse? Uma floresta! de alimento aos carnívoros e atingindo um número plantas.
À primeira vista, a floresta pode parecer um lugar calmo e tranquilo, onde cada vez maior de espécies até chegar ao ser humano?
pouca coisa acontece. Apenas os sons, aqui e acolá, parecem sinalizar algum tipo As abelhas também contribuem bastante para a manutenção das florestas. Se
de atividade. elas forem extintas, a reprodução de plantas silvestres ficará comprometida, porque
Mas, se ficarmos quietos por alguns instantes e aguçarmos nossa observação, mais de 90% das espécies de vegetação tropical com flores e cerca de 78% das

Em dupla em pouco tempo veremos que a floresta está longe de ser um lugar parado. Na
realidade, ela está fervilhando de vida!
Isso porque as florestas são habitadas por diversas espécies de seres vivos: ve-
espécies de zonas temperadas dependem da polinização desses insetos.
Fonte de consulta: Greenpeace Brasil . Disponível em: https://www.greenpeace.
org/brasil/blog/s-o-s-as-abelhas-pedem-socorro/?utm_term=sobre%20
abelhas&utm_campaign=%5BMAIO/20%25. Acesso em: 27 fev. 2021.
getais, animais e seres microscópicos que interagem não só entre si, mas também
com outras espécies. São tantos seres vivos e tantas interações entre eles que mes- Depois da leitura, discutam as questões a seguir.
mo os estudiosos e conhecedores têm dificuldade em identificá-los.
1 Ao observar a imagem, que impressão você teve? Por quê? Resposta pessoal.
Se pudéssemos enxergar todas as atividades e relações que ocorrem em uma
floresta, veríamos que elas acontecem “todas ao mesmo tempo agora”, como no 2 A sua ideia sobre floresta mudou depois de ver a imagem? Se sim, como

Em grupo
esquema ilustrado a seguir. Os tamanhos dos seres vivos representados
ela era? Resposta pessoal.
na imagem não estão proporcionais entre si;
foram usadas cores artificiais
3 Imagine que ocorra um desmatamento e as árvores da floresta da imagem
CRÉDITO

sejam todas cortadas. O que aconteceria com as relações?

4 Quando pensamos em um órgão, como o estômago, por exemplo, não con-


seguimos imaginá-lo separado ou fora do nosso corpo. Da mesma maneira,
quando vemos um passarinho, uma árvore ou outro ser vivo habitante de uma
floresta, não podemos considerá-los vivendo fora dela. Você concorda com
essa comparação? Justifique. Resposta pessoal.

Não escreva no livro


Esquema simplificado de uma floresta representada com um conjunto de relações.

Numeracia familiar 104 105

Conectando
Literacia familiar conhecimentos
Para compreender o mundo,
Para fazer em casa você precisa conectar diferentes
conhecimentos!
Leitura em voz alta
Mostre o que você já sabe .....................8
Unidade 2
Energia para os seres vivos
Unidade 1 e saúde humana ..................... 46
A matéria e o papel
transformador da energia ..........10 Capítulo 3 – Ecossistemas
e energia para a vida ............ 48
Capítulo 1– Misturas ............. 12 O que é ecossistema? .....................49
Quase tudo é mistura .....................13 Como os seres vivos
obtêm energia? ...............................50
Tipos de mistura ..................................14
Energia do Sol
Fases de uma mistura ...........................15 e energia do alimento ...................54
É hora de investigar A cadeia alimentar ...............................54
Fazendo misturas .................................16 Fluxo de energia e ciclo da matéria ....56
Separando as misturas ...................20 É hora de investigar
O que ocorre com restos de alimentos
Tipos de separação ..............................20
enterrados em um jardim? ...................60
É hora de investigar Teias alimentares ..................................62
Que cores tem a cor? ...........................23 Aplicando o conhecimento
Aplicando o conhecimento Quem serve de alimento
para quem? .........................................68
Fazendo arte com mistura de cores .......25
Capítulo 4 – Seres microscópicos
Capítulo 2 – A energia e saúde ................................... 70
transforma ............................. 30 Os microrganismos .........................71
O que são transformações? ...........31 As bactérias .....................................72
Os antibióticos ......................................72
É hora de investigar ...........................
Os fungos ........................................74
O que acontece com o cubo de gelo? ... 33
Os vírus ............................................75
Muitas transformações precisam As vacinas ........................................76
de energia........................................35 Covid-19: a pandemia do século XXI ....77
Nosso corpo também Por que o nome covid-19
e como age o vírus? ..............................77
precisa de energia ...........................36
Os sintomas da doença
A energia em nosso dia a dia ........37 e seu tratamento ..................................77
Fogo, uma importante fonte de energia ..38 Como evitar a transmissão ...................78
Aplicando o conhecimento O “estresse” sobre os sistemas
de saúde ................................................78
Cartas da energia ..................................40
É hora de investigar
Conectando conhecimentos Vacinas, uma maneira de prevenção .....79
O lixo que não é lixo! ............................44 Os protozoários ..............................82
Aplicando o conhecimento
Unidade 3
Os meios de transporte
Os ambientes do Brasil... ...........86
e minha família ..................................129

Capítulo 5 – Biomas Aplicando o conhecimento


brasileiros: Parte 1 ................. 88 Jogo da carta “surpresa” ...................132
Bioma: uma reunião
de ecossistemas ..............................89
Capítulo 8 – O Sol como
Floresta Amazônica ..............................90 referência de tempo
Mata Atlântica .....................................92
É hora de investigar e de localização ................... 134
Como fica o solo quando a vegetação A passagem do tempo
é retirada? ...........................................94
Cerrado ...............................................98 ao longo do dia ............................135
Caatinga ............................................100 Aplicando o conhecimento
Conectando conhecimentos Que tal construir uma ampulheta? .....137
Tudo ao mesmo tempo agora! ............104
O movimento do Sol e
Capítulo 6 – Biomas a contagem do tempo .................139
brasileiros: Parte 2 .............. 106 É hora de investigar
Biomas............................................107
Medindo o tempo com
Pampas ..............................................107
Manguezal .........................................108 a sombra de uma vareta .....................140
Pantanal .............................................111 O Sol e os pontos cardeais ...........141
É hora de investigar
É hora de investigar
Conhecendo mais
dos biomas brasileiros ........................113 A sombra de uma vareta
É hora de investigar e os pontos cardeais ...........................142
Animais ameaçados de extinção ............116
Capítulo 9 – O Sol e as
Unidade 4
estações do ano .................. 146
A velocidade dos objetos e os movi-
mentos do Sol e da Terra .............118 As estações do ano .......................147
Primavera ...........................................147
Capítulo 7 – Tempo, Verão .................................................148
distância e velocidade ........ 120 Outono ..............................................148
Intervalo de tempo e distância ....121
Inverno ..............................................148
Velocidade ....................................123
Meios de transporte .....................126 Por que ocorrem as
Metrô ................................................126 estações do ano? .........................149
Ônibus urbano ...................................126
Conectando conhecimentos
Automóvel .........................................127
Bicicleta .............................................127 Quanto tempo o tempo dura? ...........156
Motocicleta ........................................128 Mostre o que você
Caminhão ..........................................128
aprendeu ......................................158
Trem urbano de transporte
de passageiros ...................................128 Referências comentadas ...............160
Orientações didáticas
Neste início do livro são pro-
postas atividades a serem aplicadas
como avaliação diagnóstica, com o
1 Observe, ao lado, a imagem de um copo com água e

IMAGEDB.COM/SHUTTERSTOCK.COM
propósito de aferir os conhecimen-
tos necessários que constituem a óleo. Depois, responda.
base para as aprendizagens pro- a) O vidro é feito, principalmente, de areia pura derretida.
gramadas para este ano. Olhando o copo, é possível ver areia nele?
Espera-se que os estudantes respondam que não, que não é possível ver a areia que foi utilizada para fabricar
o vidro.
b) É possível separar a água do óleo? Como isso pode
Atividade 1
ser feito? Sim, é possível separar a água do óleo. Os estudantes podem propor
que se colha o óleo com um conta gotas, ou que se use uma colher
Objeto do conhecimento: Mistu- ou ainda que se absorva o óleo usando um papel absorvente. Mistura de água e óleo
ras homogêneas e heterogêneas. 2 Leia atentamente as questões e responda.
Habilidade do ano: EF04CI01
a) Quando aquecemos o milho de pipoca no fogo ou no micro-ondas o
Pré-requisitos: EF02CI01 e
EF02CI02 que acontece com ele? Espera-se que os estudantes respondam que o milho muda de
formato, ela se torna pipoca ao ser aquecido no fogo ou no micro-ondas.
Objetivo da questão: Identificar os b) O que acontece com a pipoca ao esfriar? Ela volta a ser milho como
materiais de que alguns objetos são
feitos, e que podem estar mistura-
antes? Espera-se que os estudantes respondam que, ao esfriar, a pipoca continua sendo
pipoca, que ela não volta a ser milho.

dos e podem ser separados. c) Isso acontece quando aquecemos e derretemos chocolate?
Intervenção: Em caso de neces- Espera-se que os estudantes respondam que, ao aquecer, o chocolate, ele muda apenas de formato, derrete, e ao esfriar e
solidificar, continua sendo chocolate.
sidade, como estratégia de reme-
diação, encaminhe os conteúdos 3 Copie e complete as frases no caderno, classificando cada animal de
que desenvolveram as habilidades acordo com sua dieta alimentar em: carnívoro, onívoro ou herbívoro.
EF02CI01 e EF02CI02. a) Os coelhos são mamíferos que se alimentam de vegetais, como frutas,
verduras e feno. Quanto à alimentação, eles são __________.
herbívoro

Atividade 2 b) Os jabutis se alimentam de folhas, frutas variadas, insetos e minhocas.


Objeto do conhecimento: Trans- Quanto à alimentação, eles são animais __________.
onívoro

formações reversíveis e irreversíveis. c) O louva-a-deus é um inseto que come outros insetos, anfíbios e até
Habilidades do ano: EF04CI02 pássaros pequenos. Quanto à alimentação, ele é um animal ________.
carnívoro
e EF04CI03
Pré-requisito: EF02CI08 4 De que os hábitos de higiene a seguir nos protegem?
Objetivo da questão: Descrever Nos protege de ter cáries nos dentes, pois microrganismos existentes na boca atuam nos
corretamente o que acontece com a) Escovar os dentes. restos de alimentos para obter energia, e nessa transformação surgem as cáries.
o milho de pipoca quando aque- b) Lavar frutas e verduras antes de consumi-las. Alimentos higienizados não contêm
microrganismos prejudiciais à saúde.
cido, como um exemplo de trans-
formação irreversível, o que não 5 Durante os anos de 2020 e 2021, o mundo passou pela pandemia da
ocorre com o chocolate quando é
covid-19, uma doença causada por um vírus, e teve que enfrentar suas
simplesmente derretido.
Intervenção: Se julgar necessá- consequências sobre a população do planeta. Imagine que você fosse
rio, trabalhe outros exemplos rela- o responsável por ajudar no combate a essa doença. Para isso, elabore
cionados ao cotidiano. Aproveite um pequeno cartaz que mostre pelo menos duas formas possíveis de
este momento após a retomada prevenção à doença. Espera-se que os estudantes elaborem um cartaz com duas das seguintes sugestões: lavar as
mãos, usar máscara, fazer o distanciamento social, não tocar olhos, nariz ou boca, cobrir o
nariz e boca com um lenço ao tossir ou espirrar, tomar vacina.
para reavaliar os estudantes.
8

Atividade 3
é conceitual ou de compreensão leitora. Se Objetivo da questão: Identificar os hábi-
Objeto do conhecimento: Ani- necessário retome os conceitos e dê exemplos tos de higiene como uma medida adequada
mais herbívoros, carnívoros e oní- de animais, fornecendo aos estudantes in- para prevenção de doenças associadas à mi-
voros. formações do que eles se alimentam e como crorganismos.
Habilidade do ano: EF04CI04 classificá-los. Intervenção: Caso os estudantes apresente
Pré-requisito: EF03CI04 alguma dificuldade em responde às questões,
Objetivo da questão: Classificar retome os conteúdos trabalhado no 1o ano.
os animais quanto ao tipo de ali- Atividade 4 Apresente outros exemplos para que eles pos-
mento que consomem. sam ser reavaliados.
Objeto do conhecimento: Medidas de pre-
Intervenção: Caso os estudantes
venção de doenças
tenham dificuldade em completar
Habilidade do ano: EF04CI08
as frases, verifique se o problema
Pré-requisito: EF01CI03

8
Intervenção: Neste caso, discu-
ta com os estudantes o tema, em
6 Responda às questões a seguir.
uma roda de conversa em que
a) Que astro não é visível à noite? Espera-se
ver o Sol.
que os estudantes respondam que à noite não podemos
cada um pode contar a sua própria
Espera-se que
b) Qual astro é possível visualizar durante o dia, todos os dias? os estudantes experiência de observação do céu.
respondam: Sol.
c) Se você olhar para o relógio e ler 7 horas da manhã, para que lado o
Sol estará, no céu? Arelação
resposta vai depender da posição do estudante, mas verifique se ele estabelece
entre o período da manhã e o Sol localizado no lado do leste.
Atividade 7
d) Além da Lua, o que mais podemos observar no céu noturno? Objeto do conhecimento: Mo-
Espera-se que os estudantes respondam que podemos observar alguns planetas, estrelas, meteoros e, eventualmente, outros eventos. vimento diurno do Sol
e) A Lua pode ser vista durante o dia? Quando? Espera-se que os estudantes respondam que Habilidades do ano: EF04CI09
a Lua pode ser vista durante o dia quando
está próxima ou na fase de lua nova. e EF04CI10
7 Observe, na imagem, as posições das sombras da árvore em momentos Pré-requisito: EF02CI07 e
diferentes do dia. No caderno, indique o número que corresponde à EF03CI08
posição aproximada do Sol nesses momentos. Objetivo da questão: Identificar
as posições aproximadas do Sol
no céu para produzir as sombras

ILSUTRA CARTOON
2 2 2 indicadas nas figuras.
1 3 1 3 1 3 Intervenção: Como estratégia de
remediação, pode-se realizar ex-
perimentos usando uma garrafa
PET cheia de areia, deixada em al-
gum local estratégico da escola, e
observar a sua sombra com os es-
tudantes em diferentes horários.
a b c
a) 3 b) 2 c) 1
Atividade 8
8 Copie e complete as frases no caderno usando as palavras do quadro:
Objeto do conhecimento: For-
ma e representações da Terra
Habilidade a ser desenvolvida:
continentes – esférico – Terra – globo – Lua – noites EF04CI11
Pré-requisito diagnosticado:
EF03CI07
a) Em algumas ______
noites do mês é possível visualizar a Lua. Objetivo da questão: Verificar
se os estudantes são capazes de
b) A Terra e a ____
Lua possuem formato aproximadamente ______.
esférico
completar corretamente as frases.
c) É possível representar a ______
Terra por meio de mapas e de ______.
globo Intervenção: Como estratégia
d) Em fotografias da Terra feitas do espaço, é possível identificar os de remediação, retome os con-
____________
continentes teúdos que desenvolveram a ha-
bilidade EF03CI07 e, em seguida,
faça novos questionamentos para
reavaliá-los.
9

Atividade 5 servir como preparação para a discussão so-


bre a prevenção de viroses e outras doenças
Objeto do conhecimento: Medidas de pre- infecciosas.
venção de doenças
Habilidade do ano: EF04CI08
Pré-requisito: EF01CI03 Atividade 6
Objetivo da questão: Identificar atitudes Objeto do conhecimento: Visibilidade de
e medidas adequadas para a prevenção de astros no céu durante o dia e durante a noite
doenças causadas por vírus. Habilidade do ano: EF04CI09
Intervenção: Embora o tema ainda não te- Pré-requisitos: EF02CI07 e EF03CI08
nha sido discutido formalmente, converse Objetivo da questão: Verificar se os estudan-
com os estudantes sobre este assunto, tão tes identificam quais os astros que podem ser
divulgado nesses últimos anos. Isso poderá vistos no céu nos diferentes períodos do dia.

9
Orientações didáticas
Para iniciar a apresentação da
Unidade 1, converse com os es-
tudantes sobre a presença da ciên-
cia e da tecnologia em nossas vi-
das. Ressalte que saber mais sobre
os materiais, os recursos naturais e
fontes de energia melhora bastan-
te a vida das pessoas. Abra espaço
para que falem sobre o assunto.
Em seguida, pergunte se já ti-
nham visto estruturas como as da
imagem e para que servem, ava-
liando assim os conhecimentos da
turma. Solicite que reflitam acer-
ca de como é a paisagem retra-
tada: quais seres vivos podem ser
encontrados nela, qual é o som
A matéria e o papel
nesse ambiente etc.
Proponha que voluntários fa-
transformador da energia
çam a leitura em voz alta das ati-
vidades da página. Oriente para
que falem alto, pronunciando
bem as palavras e aplicando a
entonação característica das per-
guntas. Desse modo, estarão de-
senvolvendo a fluência oral. Nesta Unidade você vai estudar
Chame a atenção para a pai-
sagem e o tamanho das pás que Capítulo 1 - Misturas
compõem os aerogeradores. De-
pois, solicite que os estudantes
Capítulo 2 - A energia transforma
respondam as questões propos-
tas e que cada um respeite o mo-
mento do colega falar e ouça com
atenção.
Nesse momento, não se espe-
ram respostas corretas ou comple-
tas, mas que os estudantes se moti-
vem a aprender mais e se admirem
com o que poderão aprender.

10

10
Atividade complementar
Sugerimos que, para abrir esta
aula, seja construído um cata-ven-
to com a turma.
Permita que eles brinquem
com o cata-vento, que o asso-
prem, que corram com ele na mão
em um espaço seguro da escola.
Desafie a turma a pensar: “O que
move a pá do meu cata-vento?”.

LUIS SALVATORE/PULSAR IMAGENS


Construir um cata-vento
Material:
• papel colorido dupla face
15 cm × 15 cm;
• palito de churrasco;
• tachinha ou alfinete;
• pedaço de borracha;
• régua, cola e tesoura com
pontas arredondadas.

Como fazer
1. Com a régua, faça 4 linhas
tracejadas das pontas do pa-
Aerogeradores de energia elétrica, semelhantes a enormes cataventos do Parque Eólico Rei
dos Ventos. Galinhos, Rio Grande do Norte, 2020. pel em direção ao centro, sem
que os traços se encontrem no
Um parque eólico serve para transformar energia mecânica em elétrica, usando
a força dos ventos. Quando o vento move as pás de um gerador eólico, há centro do quadrado.
transformação de energia mecânica, energia de movimento em energia elétrica. 2. Verifique se os tamanhos das
Observe a imagem e converse com seus colegas sobre as questões a seguir. linhas são iguais e corte o pa-
pel sobre elas.
1 Você já viu um parque eólico como esse da fotografia? Se viu, onde foi? 3. Pegue as 4 pontas cortadas e
Resposta pessoal. leve-as até o centro sem do-
2 É preciso haver muito vento em uma região para que os geradores eólicos brar o papel. Cole as pontas
funcionem. Por quê? Porque sem vento as pás não giram. Se houver vento fraco no centro.
ou pouco vento, as pás podem nem chegar a se mover.
3 4. Peça a um adulto que fixe o
Para que serve um parque eólico?
catavento no palito de chur-
4 A energia que movimenta as pás de um ventilador doméstico é a mesma rasco usando uma tachinha.
energia que movimenta as pás dos aerogeradores eólicos? Explique.
O motor do ventilador recebe energia elétrica das tomadas e a transforma em energia
mecânica (energia de movimento). No caso dos geradores eólicos, ocorre o contrário:
eles recebem energia de movimento dos ventos e a transformam em energia elétrica. 11

ORGANIZE-SE!
As atividades das páginas a seguir requerem preparativos.
• Página 16, 25 e 40 - Requerem material escolar comum.
• Página 23 - Certifique-se de que não há risco de acidentes no espaço onde o experi-
mento será realizado, já que haverá uso de álcool. Corte previamente as garrafas PET.
• Página 33 - Antes da atividade, pergunte aos responsáveis pelos estudantes se eles
têm alergia a corantes. Caso tenham, providencie outra atividade paralela.

11
1
Objetivo do Capítulo
Neste Capítulo, espera-se que
os estudantes compreendam o Misturas
que é uma mistura, consigam
identificá-la com base nas proprie-
dades observáveis e sejam capa-
zes de relacioná-las ao cotidiano, NESTE CAPÍTULO VOCÊ VAI...
identificando exemplos com os • Identificar algumas misturas no seu dia a dia e de que são compostas.
quais temos contato diariamente. • Diferenciar misturas homogêneas de heterogêneas.
• Conhecer algumas maneiras de separar as misturas.

PNA neste Capítulo


• Fluência em leitura oral
• Ampliação de vocabulário
• Compreensão de texto O bolo é um alimento muito apreciado pelas pessoas, mesmo aqueles de re-
ceita simples, sem recheio ou cobertura. Veja na fotografia alguns ingredientes que
• Produção de escrita
misturamos para fazê-lo.

GREENART/SHUTTERSTOCK.COM
Orientações didáticas
As perguntas de abertura deste
Capítulo visam um levantamento
do conhecimento prévio dos estu-
dantes a respeito das misturas. O
exemplo chama a atenção à pre-
sença de misturas no cotidiano.
Faça uso da imagem para moti-
vá-los e fomentar uma discussão
inicial sobre o tema. Verifique as
Ingredientes e utensílios usados para fazer um bolo.
respostas para as atividades da
Resposta pessoal. Exemplos:
abertura. Manteiga, ovo, farinha, leite,
A atividade 1 se refere aos in- 1 Que ingredientes você reconhece na fotografia? fermento, açúcar, canela,
gredientes, que são materiais iden- castanha, anis estrelado.
tificados por suas propriedades 2 O que a pessoa está fazendo com os ingredientes?
A pessoa está preparando a massa com uma mistura de ingredientes.
observáveis, como a cor, a consis- 3 Ao observar a massa pronta, mas ainda antes de levá-la ao forno, é possível
tência, o estado físico, entre outras.
reconhecer os ingredientes utilizados na preparação da mistura? Explique.
A atividade 2 possibilita aos Resposta pessoal. Ver comentários no Manual do Professor. Sugestão: Em geral, não é
estudantes recordar como ocorre possível reconhecer os ingredientes que foram utilizados porque são partículas muito
a mistura dos materiais para fazer pequenas e líquidos que se misturam; alguns ingredientes inclusive se dissolvem.
a massa do bolo. Aproveite e per-
gunte em que outras situações eles 12
misturam materiais. Na ativida-
de 3, espera-se que os estudantes
Considere a possibilidade de envolver a família dos estudantes, convidando-a a fazer o
percebam que, apenas observando
bolo com a turma. Há muitos ganhos aqui: compartilhar aprendizagens durante a execu-
a massa, é difícil identificar os in-
ção da receita, ampliar e reforçar as noções de higiene na cozinha, estreitar vínculos entre
gredientes utilizados. Explique que
a escola e as famílias. Em cada parte do processo, lembre-se de se ater ao tema: misturas.
ao entrar no forno essa mistura irá
passar por transformação, mudan-
do de aspecto e de estrutura de- Habilidades da BNCC neste Capítulo
pois de assado.
Se achar pertinente, e se a es- • EF04CI01 – Identificar misturas na vida diária, com base em suas propriedades físicas ob-
cola dispuser de uma cozinha, você serváveis, reconhecendo sua composição.
poderá preparar um bolo com a
turma e conduzir, durante o pre-
paro, a discussão aqui proposta.

12
Quase tudo é mistura Atividade preliminar
Ao observar a mistura dos ingredientes da massa de bolo, mesmo bem de
A bolha que não sobe
perto, é difícil identificar cada um deles.
nem desce
Assim como o bolo, praticamente tudo ao nosso redor é formado por diferen-
tes materiais misturados, constituindo o que chamamos de mistura. Você vai precisar de dois copos
As misturas são formadas por dois ou mais componentes. O bolo é uma mistura de vidro transparentes; uma co-
lher de café; um conta-gotas; um
e até mesmo muitos de seus ingredientes também são misturas. O leite, a farinha
pouco de água; álcool 70% GL
e os ovos são misturas, pois cada um é formado por diferentes materiais.
e algumas gotas de azeite. Este
Quase sempre estamos juntando e combinando misturas para formar novas produto, que chamamos de álcool
misturas. É raro encontrarmos objetos ou componentes do ambiente feitos de ape- 70, contém, em volume, 70% de
nas um tipo de material, sejam eles naturais ou não. Os tamanhos das imagens
álcool e 30% de água.
desta página não estão
proporcionais entre si.
Pergunte aos estudantes: “O
que acontece se colocarmos o azei-
te na água. Eles se misturam?”. Es-
ANDREY_KUZMIN/SHUTTERSTOCK

cute as hipóteses e depois execute


o experimento. Para isso, coloque
água até a metade de um dos co-
pos e, com delicadeza, coloque uma
colher de café cheia de azeite um
pouco abaixo da superfície da água.
Nesse momento, repita a pergun-
ta e o experimento, agora usando
álcool. Como resultado, azeite flu-
tua na água, mas afunda no álcool.
Não é preciso informar aos es-
tudantes, mas o álcool puro tem
densidade aproximada de 0,8 g/
Suco, água mineral e leite são exemplos de misturas. cm3 (já o álcool 70% tem um pou-
co mais), a água tem densidade
KRISTI BLOKHIN/SHUTTERSTOCK

XIXINXING/SHUTTERSTOCK

1,0 g/cm3 e o azeite, cerca de 0,9


g/cm3. Por isso o azeite afunda em
um e flutua no outro. Líquidos não
miscíveis se comportam assim, o
mais denso vai para o fundo.
Faça o seguinte questiona-
mento: “O que acontece se jun-
tarmos água e álcool? Eles se mis-
turam?”. Como o álcool 70% já
A rocha de granito usada em bancadas de O ar que respiramos é uma mistura de traz um pouco de água, para este
cozinha é uma mistura de sólidos. vários gases. experimento, use um pouco mais
de álcool do que água, não use
13 partes iguais. Pode ser 3 partes de
álcool para 2 partes de água. Para
facilitar a visualização dos estu-
Orientações didáticas dantes, acrescente um pouco de
corante. Eles se misturam e for-
Comente que para fazer o bolo precisamos de vários ingredientes que irão compor a mam uma substância de densida-
massa: leite, açúcar, farinha, ovos, manteiga etc. Proponha aos estudantes a leitura do tex- de próxima de 0,9 g/cm3.
to e das legendas das imagens. É possível que os estudantes tenham dificuldade em com- Assim, o azeite, quando co-
preender que a água é uma mistura. Se isso acontecer, chame a atenção para a mistura de locado nesta mistura, no meio
minerais existente nela e caso julgue necessário, providencie algumas garrafas de água mi- do líquido, com conta-gotas, fica
neral para que os estudantes analisem o rótulo. por ali mesmo, sem subir e nem
Pode ser que, no primeiro momento, a existência de misturas gasosas cause estranheza
descer. Neste caso, ele toma uma
aos estudantes. Apresente alguns exemplos: o ar que respiramos é uma mistura composta
curiosa forma esférica. É comum
principalmente de gás oxigênio e gás nitrogênio. Nesse momento, mencione que o gás que
que se formem várias esferas,
usamos para cozinhar é composto de uma mistura de diferentes gases.
maiores e menores.

13
Orientações didáticas Tipos de mistura
Oriente os estudantes a fazer As imagens ao lado mostram duas
a leitura do texto, que pode ser misturas: uma limonada e uma mistura
de forma individual ou compar- de água e óleo. Observe-as e responda:
tilhada.

IMAGEDB.COM/SHUTTERSTOCK.COM
O que você percebe de diferente nessas

AFRICA STUDIO/SHUTTERSTOCK
Incentive-os a manifestar ob- duas misturas?
servações, hipóteses, ideias e con-
Além da coloração, podemos per-
jecturas a partir da observação
ceber que na limonada não é possível
das fotografias presentes na pá-
gina. Pergunte se conhecem ou-
distinguir o sumo do limão, a água ou o
tras misturas além das que foram açúcar, diferentemente do que ocorre na
apresentadas e se conhecem mis- outra mistura, em que é possível dife- Limonada. Água e óleo.
turas nas quais as partes se dissol- renciar a água do óleo.
vem e outras cujos componentes As misturas podem ter um aspecto visual unifor-
se mantêm visivelmente separa- me (ou homogêneo), como é o caso da limonada. GLOSSÁRIO
dos. Deixe-os à vontade para que Nesse tipo de mistura, não conseguimos reconhecer
exponham suas experiências. seus diferentes componentes a olho nu. Olho nu: visão obtida
A partir da observação das fo- Água potável, gasolina e soro caseiro também por meio do olho, sem a
tografias do copo com limonada e ajuda de lentes ou outros
são exemplos de misturas com aspecto homogêneo.
do copo com água e óleo, os estu- instrumentos.
Isso ocorre também com as misturas de gases, como
dantes vão comparar os tipos de
o ar atmosférico.
misturas: homogênea e heterogê-
nea. Pode ser que eles queiram re- 1 Em sua casa, leia em voz alta este poema para uma pessoa que more com você.
correr ao dicionário para consultar Depois, conversem sobre os instrumentos mostrados e sobre esta questão:
o significado dessas duas palavras.
Peça que compartilhem as • O que queremos dizer quando falamos olho nu?
descobertas. Em seguida, incen-
tive-os a buscar outros exemplos
VECTORSHOW/SHUTTERSTOCK

Olho nu
de misturas homogêneas e hete-
rogêneas, fomentando um mo- Prepare-se para descobrir mais um bocado

VECTORSHOW/SHUTTERSTOCK
mento para explanações e deba- será que olho nu é um olho pelado?
tes envolvendo a turma. Por acaso você já viu algum olho vestido?
Proponha a leitura compar- Com roupas ficará super bonito!
VECTORSHOW/SHUTTERSTOCK

tilhada do poema. Oriente-os a


realizar a atividade de leitura em Para ver bem próximas as estrelas
casa com a discussão a partir da Para enxergar coisas muito pequenas
questão proposta. Se considerar A olho nu não conseguimos ver
conveniente, solicite que ilustrem Mas com ajuda de aparelhos, tudo pode acontecer!
alguma parte do poema em casa. Texto dos autores desta obra.
Compartilhar leituras com um
adulto, conversar a respeito do Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes respondam que “olho nu”
que foi lido, produzir desenhos quer dizer que a visão foi obtida sem auxílio de instrumento que a amplie,
14 como microscópio, lupa ou telescópio, por exemplo.
inspirados em textos e apresentá-
-los a esse adulto, contribuem for-
temente para a sistematização da
alfabetização, para ampliar tan-
to a competência leitora quanto
a competência de interpretação.
No retorno à sala de aula, convide
os estudantes a compartilhar as
experiências vivenciadas em casa.

14
Fases de uma mistura Orientações didáticas
Algumas misturas podem apresentar aspecto desigual (ou heterogêneo),
como a mistura de água e óleo. Nesse caso, é possível reconhecer partes ou pontos É importante enfatizar a di-
de diferentes aspectos na mistura, que são chamados de fases. ferença entre misturas homogê-
neas e heterogêneas. Nas mistu-
ras homogêneas (como sal e água

AFRICA STUDIO/SHUTTERSTOCK
Os tamanhos dos
elementos das imagens não
estão proporcionais entre si. ou ouro 18k, em que 75% corres-
DOTTA 2/SHUTTERSTOCK

pondem ao ouro e 25% a outros


metais, ou mesmo na mistura de
gases da atmosfera), não é possí-
vel distinguir os componentes sem
auxílio de instrumentos, ou seja,
elas apresentam um aspecto visual
A mistura de óleo, uniforme. Já no caso das misturas
água e areia e a mistura heterogêneas (como o granito) é
de gelo com água são possível distinguir os componentes
exemplos de misturas a olho nu, ou seja, elas apresentam
heterogêneas. A primeira
aspecto visual desigual, mostrando
é formada por três fases
e a segunda, por duas. a presença de várias fases.
Aproveite para abordar o caso
Há misturas que são homogêneas quando vistas a olho nu, mas heterogêneas de misturas que são homogêneas
quando vistas ao microscópio. O leite e o sangue, por exemplo, têm aspecto visual a olho nu, mas se observadas ao
uniforme a olho nu, mas, se olharmos essas misturas ao microscópio, veremos as microscópio apresentam fases e
seguintes imagens: podem ser classificadas como he-
terogêneas. Assim, a classificação
SCIENCE PHOTO LIBRARY/SPL DC/LATINSTOCK

NATIONAL CANCER INSTITUTE/SPL/LATINSTOCK

de homogêneo e de heterogêneo
depende de como a mistura é ob-
servada por nós.
A análise de imagens obtidas
por meio de aumento de micros-
cópio relaciona-se ao tema Ciência
e Tecnologia. Aproveite para res-
saltar o uso da tecnologia, explican-
do que a Ciência não poderia ter se
desenvolvido sem conhecer mais da
estrutura dos materiais. No caso, a
Imagens do leite de vaca (à esquerda), com ampliação aproximada de 2 800 vezes, e
descoberta da composição do san-
de sangue humano (à direita), com ampliação aproximada de 2 610 vezes, obtidas por
microscópio. As cores são artificiais. gue foi um marco na Medicina e
permitiu o desenvolvimento de exa-
Com base nas imagens, o que você diria sobre essas misturas? mes específicos e o conhecimento
Resposta pessoal. de doenças como a anemia (baixa
quantidade de glóbulos vermelhos).
15 Em seguida, explique que a amplia-
ção presente nas imagens feitas em
microscópio significa quantas vezes
o tamanho real foi aumentado.
A habilidade EF04CI01 é mo-
bilizada ao pedir aos estudantes
que analisem a composição das
roupas e dos alimentos, verifican-
do as etiquetas e os rótulos des-
ses produtos.

15
Orientações didáticas
Neste experimento, os estu-
dantes poderão verificar diferentes
misturas, observar os aspectos e Fazendo misturas
propor argumentos que expliquem
Uma pitada de sal para preparar arroz, um fio de óleo para refogar alho e uma
porque um material se dissolve ou
porção de pó de café para juntar com água e fazer o café.
não na água e se a mistura é ho-
mogênea ou heterogênea. Rela- Sal, óleo, água e pó de café são ingredientes comuns usados no dia a dia para
cione os tipos de mistura com o formar misturas. E se misturássemos todos eles, o que aconteceria?
fato de vermos ou não os compo- Que tal usarmos esses ingredientes para saber mais sobre misturas?
nentes. Envolva os estudantes na
execução do experimento e incen- Levantando hipóteses
tive-os a levantar hipóteses acerca
do que vai acontecer. Solicite que O professor vai disponibilizar água e outros materiais (sal, açúcar, óleo, pó de
façam anotações das observações café, farinha etc.) para a classe. Observe-os.
em seus cadernos para posterior- • Se você colocar uma pitada de sal na água e mexer bem, o resultado será
mente compartilhar com a turma. uma mistura homogênea ou heterogênea?
Outra opção é realizar essas • E se, em vez do sal, você colocar na água, separadamente, um pouco de
atividades de forma coletiva, in- cada um dos outros materiais que o professor disponibilizou?
centivando a participação dos es-
tudantes e promovendo a troca • O que você acha que vai acontecer se colocar bastante sal na água?
de ideias e experiências, compar-
tilhando formas diferentes de res- Material:
ponder a determinada pergunta. • cinco copos; • sal;
Anote algumas opções de respos-
• uma colher de café; • pó de café;
ta na lousa para que possam am-
pliar as possibilidades do texto. • água; • óleo de cozinha;
Essas posturas, além de enrique- • papel absorvente; • farinha de trigo;
cerem as discussões, propiciam a
• açúcar; • etiquetas.
vivência em grupo, o acolhimen-
to e a valorização da diversidade
dos indivíduos. Como fazer
Ressalte e discuta com a tur- Nos procedimentos a seguir, limpem a colher sempre que forem pegar outro
ma a importância dos aspectos de material.
controle científico do experimen- 1. Formem grupos de 3 ou 4 participantes.
to. Espera-se que o exercício de
2. Identifiquem os cinco copos com etiquetas.
técnicas experimentais formem
estudantes críticos e que com- 3. No copo I, coloquem uma colher rasa de sal. Limpem a colher.
preendam melhor os processos 4. No copo II, coloquem uma colher rasa de pó de café.
de construção do conhecimento
científico.
16

16
5. No copo III, coloquem três colheres rasas de óleo. Orientações didáticas
6. No copo IV, coloquem uma colher rasa de farinha de trigo. As respostas a serem dadas
7. No copo V, coloquem uma colher rasa de açúcar. na atividade 1 do item Registro
das observações dependerão da
8. Coloquem água em todos os copos, devagar, sem enchê-los totalmente. percepção visual dos estudantes
Para isso, observem o nível da água na imagem a seguir. sobre os materiais. Auxilie-os a
9. Com a colher, misturem bem os materiais de cada copo. Limpem a colher atentar aos detalhes, a rever o ex-
antes de passar para o copo seguinte. perimento, a repensar hipóteses,
ou seja, contribua para a forma-

ILUSTRA CARTOON
ção da prática científica.
Na atividade 2, é importan-
te que os estudantes entendam
que quando um componente se
dissolve em água ou em outro sol-
vente, ele se mistura formando
um sistema de aspecto homogê-
neo. Esse não é o caso das mistu-
Os materiais que não se dissolvem na água não apresentam ras de café com água e óleo com
mudança de comportamento da mistura se uma quantidade água: ambas são heterogêneas,
Registro das observações a mais deles for adicionada à água. Já uma colher a mais de uma vez que são formadas por
sal, ou de açúcar, pode deixar restos no fundo do recipiente,
sem se dissolver. duas fases.
1 Siga estas etapas para registrar suas observações. Em relação à atividade 3,
a) Em seu caderno, coloque o título da atividade: Fazendo misturas. somente para sua informação,
b) Desenhe e numere os cinco copos de acordo com as misturas feitas. convém saber: quanto maior a
quantidade de material dissolvi-
c) Use lápis de cor para representar como as misturas ficaram.
do na água, maior a concentra-
d) Elabore uma legenda informando os materiais da mistura de cada copo ção. Soluções muito concentradas
abaixo do desenho do copo. são aquelas que contêm grande
e) Escreva um texto contando o que você observou em cada mistura. quantidade de soluto. A solução
se chama saturada quando se adi-
2 Em que casos é possível identificar mais de uma fase na mistura? ciona um pouco mais de soluto
Nas misturas de água com café, com farinha e com óleo. e ele não se dissolve. Uma solu-
3 Adicione mais uma colher de cada material em cada copo e misture bem (limpe a ção saturada de água e açúcar,
colher antes de adicionar cada material). Anote em seu caderno o que observou. por exemplo, é aquela que tem
Resposta pessoal. açúcar no fundo. É importante sa-
4 Compartilhe seus desenhos com seus colegas. Vocês podem criar um mural lientar que a saturação varia com
ou varal na sala separando as misturas homogêneas e as heterogêneas. a temperatura. Se aquecermos
uma solução saturada de açúcar,
Conclusão pode ser que o soluto excedente
• Suas hipóteses foram confirmadas pelo experimento? Explique. se dissolva. Esses não são aspec-
Resposta pessoal. tos a serem discutidos com os es-
17 tudantes, mas são informações re-
levantes para o desenvolvimento
desta atividade.
Na atividade 4 sugerimos ela-
borar um mural com os desenhos
Resposta
da turma, separando as misturas
1. e) Copo I - O sal se dissolve na água. Copo II - O café se dissolve parcialmente, deixando homogêneas e as heterogêneas
a água escura. Depois de alguns minutos, forma-se uma camada de pó de café na su- que eles observaram nesse ex-
perfície da água. Copo III - O óleo separa-se da água, ficando na superfície. perimento. Se julgar convenien-
te, proponha que pesquisem ou-
Copo IV - A farinha não se mistura com a água e flutua. Pode formar bolinhas sobre
tras misturas comuns no cotidiano
a água e algum componente pode se dissolver na água, deixando-a um pouco turva.
para adicionar ao mural.
Copo V - O açúcar se dissolve na água.

17
Orientações didáticas
Na atividade 1 há a oportuni-
dade de trabalhar os conceitos e As misturas B, D e E. Nelas, observa-se uma superfície de separação entre as fases porque
a areia não se dissolve na água, a areia não se dissolve no sal e o óleo não se dissolve na
as dúvidas que possam ter surgido
1 Observe as misturas representadas nas ilustrações. água.
ao longo do processo. Se os estu-
dantes tiverem alguma dificulda-
de em responder essa atividade,

ILUSTRA CARTOON
apresente outras formas de fazer
esses questionamentos. Se, mes-
mo assim, as dúvidas persistirem,
retome os conceitos relacionados.
Na atividade 2, pergunte se os
estudantes já vivenciaram alguma si-
tuação semelhante a essa. Peça que
contem e expliquem o que levou a
pessoa a confundir os ingredientes.

Atividade complementar a) Quais dessas misturas são heterogêneas quando observadas a olho nu?
Por quê?
Material:
• 2 xícaras de óleo; 1 ovo; 1 co- b) Quais misturas são homogêneas quando observadas a olho nu? Por quê?
lher de vinagre; duas vasilhas; c) Qual das misturas homogêneas pode se tornar uma mistura heterogênea
batedor de ovos; a olho nu? Como isso pode acontecer? A mistura A (água e sal). Se for acrescentado
Como fazer mais sal à água até o líquido não mais dissolver o sal, e este se acumular no fundo do recipiente.
d) Considerando os materiais utilizados no experimento da ilustração, é pos-
1. Coloque ½ xícara de óleo em
sível formar uma mistura com 3 fases? Se sim, como?
uma vasilha e junte uma colher Sim. Misturando areia, água e óleo.
de chá de vinagre. Utilize o ba-
tedor de ovos para mexer bem; 2 Abel foi almoçar na casa de seu amigo. Para sua surpresa, a limonada estava
2. Em outra vasilha, ½ xícara de
salgada.
óleo, 1 colher de vinagre e a) Apenas olhando a limonada, eles conseguiriam saber que estava salgada?
uma gema de ovo. Mexa bem; Por quê?
3. Observe o que acontece em b) Quantas fases se formaram na limonada?
cada uma das vasilhas; Apenas uma fase.
c) No almoço de Abel e seu amigo havia várias misturas. Classifique-as em
4. Deixe as misturas em repouso homogêneas e heterogêneas. As misturas A e C, porque as misturas
por alguns minutos e observe apresentam o mesmo aspecto em toda
novamente; • Arroz e feijão. Heterogênea. a sua extensão, ou seja, nelas não se
percebe superfície de separação entre os
Agora, responda à questão: • Limonada. Homogênea. componentes, como nas demais misturas.
• O que aconteceu com as • Salada de tomate, alface e agrião. Heterogênea.
duas misturas depois de me-
xer bem? E depois que elas fi- • Goiabada. Homogênea.
Não, porque o sal se dissolve na água, assim como o açúcar. Por engano, quem fez a limonada
caram em repouso? 18 colocou sal em vez de açúcar. Por isso é importante colocar rótulos nos recipientes com alimentos.
Ao colocar o vinagre junto com
o óleo, o vinagre foi para o fundo
da vasilha – mistura heterogênea.
Depois de mexer bem, o óleo se de ovo contém lecitina. As moléculas de leci- Caso os estudantes não respondam sa-
“quebra” em pequenas gotas, o tina “cercam” as gotículas de óleo, evitando tisfatoriamente, retome o experimento das
que faz a solução parecer mistura que se juntem, o que mantém a mistura ho- páginas 16 e 17. Oriente-os a consultar as
homogênea. Passado algum tem- mogênea por mais tempo. anotações e os desenhos desenvolvidos nas
po, as pequenas gotas de óleo vol- atividades propostas. Outra possibilidade é
tam a se juntar e formam gotas
Avaliação fazer as misturas em sala de aula, para que
cada vez maiores, e o vinagre e o
os estudantes possam observá-las. Aproveite
óleo se separam novamente.
Na outra vasilha, ao adicionar Se julgar conveniente, utilize as ativida- esse momento para avaliar os conceitos que
a gema de ovo à mistura de óleo e des 1 e 2 como avaliação de aprendizagem não foram compreendidos.
vinagre, depois de mexer bem elas sobre a identificação das misturas na vida diá-
se misturam e se mantêm dessa ria, com base nas suas propriedades físicas, de
forma. Isso ocorre porque a gema acordo com a habilidade EF04CI01.
18
Orientações didáticas
3 Antônio só bebe água mineral. Ele diz que a água mineral é pura e não uma
mistura. Antônio está certo ao fazer essa afirmação? Leia o rótulo abaixo, com Na atividade 3, leia com os
a composição de um tipo de água mineral, e responda às questões a seguir. estudantes o rótulo de água mi-
neral representado na imagem.
É importante que percebam que

CÉSAR CRUZ/ FOTOARENA


a água que ingerimos é uma mis-
tura de muitos componentes e
por isso não devemos classificá-
-la como pura. Vale informar que
alguns dos componentes presen-
tes na água mineral são conhe-
cidos como sais minerais, e são
importantes para os seres vivos.
A atividade 4 objetiva a con-
solidação dos conhecimentos dos
estudantes. Você pode juntar al-
Rótulo de uma garrafa de água mineral informando sua composição química.
gumas respostas que se comple-
a) A avó de Antônio sempre diz a ele que não bebemos a água pura, mas tam e anotá-las na lousa para que
uma mistura que tem bastante água com outros materiais, que são sais mi- todos tenham uma compreensão
nerais, dissolvidos nela. Analisando esse rótulo, como você explicaria para mais abrangente das respostas.
Antônio que a afirmação da avó está correta?
O rótulo traz a composição com a presença de sais minerais presentes na mistura.
b) Quando uma substância é dissolvida na água, ela desaparece? Use as in- Resposta
formações do rótulo e outras situações em que você sente o cheiro ou o
gosto dos alimentos para justificar a resposta. 3. b) O rótulo informa sobre ma-
teriais que não vemos, mas es-
c) Como as pessoas geralmente não bebem água mineral, mas sim a água tão presentes na água. Nossos
que chega às residências pelo encanamento, que outros materiais pode sentidos de paladar e olfato
haver na água que a tornam poluída? ajudam a perceber a presen-
A água que chega pelo encanamento ou retirada de fontes e poços pode conter partículas
de solo ou de metais, além de outros resíduos, e até mesmo microrganismos. ça de outros materiais, como
4 Leia as afirmações a seguir e reescreva no caderno aquelas que estão incorre- o sal, o açúcar, o limão etc.
tas, corrigindo-as.
a) Praticamente tudo o que está ao nosso redor é mistura. É raro encontrar-
mos algo formado por apenas um componente.
b) Visto ao microscópio, o leite é uma mistura homogênea.
Visto ao microscópio, o leite é uma mistura heterogênea.
c) As misturas heterogêneas são sempre formadas por duas fases.
As misturas heterogêneas são formadas por duas ou mais fases.
d) A olho nu uma mistura de sal e açúcar é uma mistura homogênea porque
o aspecto da mistura é uniforme: não são observadas fases diferentes.
e) As misturas são sempre formadas por líquidos.
As misturas podem ser formadas de líquidos com líquidos, de líquidos com sólidos, de
sólidos com sólidos, de gases com gases, de líquidos com gases e de sólidos com gases.
19

Avaliação
Se julgar conveniente, utilize a atividade 4 de forma diferente. Se, mesmo assim, as dú- mento, deixe-os à vontade para
como avaliação de aprendizagem sobre a iden- vidas persistirem, solicite que façam a leitura fazer perguntas e tirar dúvidas.
tificação das misturas na vida diária, com base individual das páginas 14 a 17 e retomem as A participação da turma facilita-
nas suas propriedades físicas, de acordo com anotações da seção É hora de investigar. rá a identificação das dificulda-
a habilidade EF04CI01. Depois, retorne à atividade 4 com a des na compreensão dos obje-
Essa atividade aborda de maneira resumi- turma, fazendo a leitura pausada de cada tos de conhecimento que estão
da os conceitos sobre misturas homogêneas e item. Chame a atenção para cada item que sendo desenvolvidos.
heterogêneas trabalhados até este Capítulo. está incorreto nas afirmações e dê exem-
Caso os estudantes não respondam satisfato- plos comuns do cotidiano para exempli-
riamente, faça os mesmos questionamentos ficar cada uma das situações. Nesse mo-
19
Orientações didáticas Separando as misturas
A consolidação da aprendiza- Ao longo do tempo, desenvolvemos métodos para facilitar e aprimorar os pro-
gem conceitual pelos estudantes cessos de separação de misturas, já que praticamente tudo a nossa volta é formado
até esse momento será importan- por diversos componentes misturados.
te para que entendam alguns mé-
Vamos conhecer alguns deles.
todos de separação de misturas.
Você pode iniciar a aula lis-
tando exemplos de separações
Tipos de separação
praticadas no cotidiano como De acordo com as características das misturas, usamos métodos diferentes
forma de avaliar os conhecimen- para fazer a separação.
tos prévios dos estudantes. Além Para as misturas heterogêneas formadas por componentes sólidos, pode-se
dos exemplos do livro, você pode
usar a catação. Nesse método, os sólidos de aspecto diferente são separados com
acrescentar mais alguns, como a
a mão ou algum instrumento, como uma pinça.
separação dos lápis de cor, das ca-
netas hidrográficas e do giz. Esses

FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM


exemplos serão usados como uma
preparação para o próximo item,
quando apresentaremos alguns
Anita peneirou para
métodos de separação de mistu- separar os cristais de
ras. É importante ressaltar que, açúcar menores. Sim,
muitas vezes, métodos de separa- podemos dizer que
ção de misturas são aplicados em ela usou um método
de separação de
situações do dia a dia dos estu- misturas, que se
dantes, como quando os adultos baseia no tamanho
separam os grãos bons dos feijões Quando separamos os feijões estragados dos que estão dos grãos para
dos ruins antes de cozinhá-los. bons, realizamos a catação. separá-los, utilizando
uma peneira.
Lembramos que a própria pro-
• Anita fez um bolo e, ao colocar o açúcar de confeiteiro para decorar,
dução de derivados de petróleo –
peneirou esse ingrediente. Por que ela fez isso? Podemos dizer que ela
como gasolina, diesel, nafta, que-
usou um método de separação de misturas?
rosene, óleos lubrificantes etc. – é
resultado de um processo de se-
paração de misturas. A obtenção
ILUSTRA CARTOON

do sal marinho, de metais que es-


tão “presos” nos minérios, a fa-
bricação de ligas metálicas (bron-
ze, aço, latão, ouro de joias etc.)
são assuntos aderentes ao tema
misturas. Elas estão muito mais
próximas de nós do que nos da-
mos conta.

20

20
Você sabe como o pó de café é separado da Orientações didáticas

SANNEBERG/SHUTTERSTOCK
água quente quando fazemos café? Usando um pro-
Acompanhe os estudantes du-
cesso chamado filtração, ideal para separar líquídos
rante a leitura do texto, incluindo
de sólidos. A mistura de água quente com pó de café
as legendas das imagens. Saliente
é colocada em um filtro, em geral de papel ou pano,
que os processos de separação de
que segura o pó. O filtro deixa passar apenas a água
misturas surgem em nossas ativi-
quente com partículas bem pequenas de café, ou dades cotidianas e em processos
seja, o café pronto para beber. industriais.
FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM

E como separar a água da


areia? A areia afunda na água. Se
esperarmos tempo suficiente, sem Atividade complementar
mexer na mistura, a maior parte da Material:
areia vai para o fundo do recipien-
• duas colheres de café de sal
te. Podemos então recolher a água
de cozinha;
separada da areia. Esse processo
chama-se decantação. Decantar • uma xícara de café e um pires;
quer dizer ir ao fundo, baixar. • uma xícara de café de água;
• etiqueta e caneta para iden-
O processo de filtração tificação.
também é usado para purificar Quando coamos café, estamos
a água que bebemos. realizando uma filtração. Como fazer
Em algumas misturas de líquidos com sólidos dissolvidos, pode-se usar a eva- I. Faça uma mistura de água e
poração. Nessa técnica, a mistura é aquecida e deixada em repouso, parada, até sal na xícara.
que o líquido evapore. É isso o que ocorre nas salinas, terrenos planos onde con- II. Mexa até o sal desaparecer.
seguimos obter o sal marinho quando a água do mar evapora. III. Coloque a mistura no pires e
Existem outras formas de separação de misturas, conforme cada caso. Mas identifique a data em que foi
esses que vimos são os principais. feita.
IV. Escolha um local da sala de au-
TALES AZZI/PULSAR IMAGENS

LUCIANA WHITAKER/PULSAR IMAGENS

las em que ninguém mexa e


mantenha-o lá até a água secar.

Agora, responda às questões.


1. O que aconteceu com o sal?
Trabalhador recolhendo o sal para 2. O que aconteceu com a água?
posterior purificação.
3. É possível reutilizar o sal e a
Salinas Diamante Branco. Galinhos, água a partir desse método?
Rio Grande do Norte, 2017. 4. Você conseguiria reproduzir
esse experimento usando a
21 água do mar?

Espera-se que os estudantes,


ao realizar essa atividade, com-
preendam como ocorre a sepa-
ração da mistura de sal e água,
reproduzindo o que acontece em
uma usina de sal marinho.
Ao realizar a Atividade Com-
plementar, os estudantes desen-
volverão a habilidade EF04CI01,
uma vez que, para selecionar o
método de separação ideal, eles
precisam primeiro identificar o
tipo de mistura.
21
Orientações didáticas
VOCÊ SABIA?
O texto da seção Você sabia?
aborda a utilização de métodos de
Cooperativas de reciclagem
separação de misturas em proces- O tratamento que é dado ao lixo nas cooperativas de reciclagem envolve
sos de reciclagem. um processo de separação de misturas. Veja como funciona.
Peça aos estudantes que cada
um leia um trecho em voz alta. Es-
clareça que as cooperativas de re- Coleta: nela, os catadores coletam o lixo reciclável, como alumínio,
ciclagem aplicam a catação para papel, plástico e vidro, e entregam à cooperativa. Essas empresas
separar os materiais de acordo com contam com o trabalho dos catadores ou até mesmo funcionários
sua categoria (plástico, papel, alu- dessas próprias empresas.
mínio etc.), dessa forma o resíduo Triagem: quando o material chega às cooperativas, ele precisa
pode ser destinado ao processo de ser separado para que nas empresas recicladoras sejam tratados
reciclagem adequado. e reciclados, portanto, devem ser colocados em seus respectivos
Além disso, as cooperativas de latões, de acordo com o tipo de cada material.
reciclagem assumem um caráter Prensa: o material já separado é prensado e para que isso aconteça
social ao gerar renda para muitas é preciso de grandes prensas que compactam material [...]
famílias. Elas também apresentam Venda: nessa etapa, todo o material é transportado e vendido
caráter ecológico, uma vez que o para empresas recicladoras que fazem o processo de reciclagem,
material que chega para ser reci- transformando esses materiais em matéria-prima. [...]
clado deixa de ser descartado de

LUCAS LACAZ RUIZ/FOTOARENA


forma incorreta e a matéria-prima
pode ser reutilizada em novos obje-
tos. Um exemplo é o alumínio, que
é obtido principalmente a partir da
bauxita (minério de alumínio); esta,
por sua vez, é extraída da nature-
za, em um processo de exploração
mineral que pode causar dano ao Saiba como funciona uma cooperativa de reciclagem. Pensamento verde. 24 jan.
meio ambiente, além do processo 2014. Disponível em: www.pensamentoverde.com.br/reciclagem/saiba-funciona-
cooperativa-reciclagem. Acesso em: 8 fev. 2021.
de extração do metal ter um alto
custo de energia elétrica.
As atividades desta página
permitem o desenvolvimento da 1 Procure em um dicionário o significado de “triagem”.
interpretação de textos, a locali-
zação e a coleta de informações
2 Das etapas citadas no texto, em quais delas é feita a separação de mistura?
Na coleta e na triagem.
explícitas de textos. Oriente os 3 Em que etapa do processo o material é compactado e como?
estudantes a fazer anotações no
caderno dos termos apresenta- 4 Por que cooperativas de reciclagem têm importância social e ambiental?
dos no texto para posteriormen-
te consultar. Esse tipo de atividade Na etapa da prensa. Para que ele ocupe um menor volume durante o
propicia a interpretação do que 22 armazenamento e o transporte.
está lendo e relacionar as ideias e
as informações.
Respostas
1. Espera-se que os estudantes encontrem no dicionário que triagem significa separação,
seleção, escolha. Caso eles não conheçam alguma outra palavra, auxilie-os na busca do
significado no dicionário.
4. A reciclagem colabora para a preservação ambiental porque diminui o uso de recursos na-
turais para a fabricação de novas embalagens e evita que muitos materiais que poderiam
ser reaproveitados vão parar nos lixões. Além disso, as cooperativas geram empregos.

22
Orientações didáticas
O método de separação de
misturas homogêneas dessa ati-
Que cores tem a cor? vidade prática visa isolar e iden-
tificar os componentes por meio
Imagine como seria o mundo se tudo fosse preto e branco. As cores tornam o
da movimentação diferenciada de
mundo muito mais bonito, não é mesmo? Vermelho, amarelo, verde, azul, laranja,
diferentes pigmentos.
roxo... São muitas as cores que podemos usar para pintar um desenho. Mas você
Incentive os estudantes a le-
já se perguntou como as diferentes cores são obtidas? É isso que vamos investigar.
vantar hipóteses e compartilhar
com os demais. Envolva a turma
Levantando hipóteses na execução do experimento.
• Será que a caneta hidrográfica vermelha é feita só com tinta vermelha ou Manuseie o álcool você mesmo,
há outras cores misturadas na tinta? E a caneta azul? E a verde? professor.
O objetivo principal é que ve-
Material: jam, na prática, como ocorre a
separação dos componentes de
• régua;
ATENÇÃO! uma mistura por meio da técnica
• fita adesiva; Somente o professor de cromatografia em papel. Esta
• tesoura de pontas arredondadas; pode mexer com álcool. é uma atividade rápida, que per-
mite aos estudantes interagir e re-
• recipiente de plástico transparente;
fletir sobre o método da croma-
• papel de filtro (utilizado para coar café); tografia – usado para separar e
• álcool comum; identificar substâncias químicas,
mesmo em misturas contendo
• canetas hidrográficas de cores diferentes.
centenas de compostos.
Ao conhecer a técnica de cro-
Como fazer matografia, os estudantes são
1. Formem grupos de três estudantes. apresentados as misturas presen-
ILUSTRA CARTOON tes no cotidiano que podem ser
2. Recortem tiras de papel de filtro –
uma para cada cor de caneta – com separadas por ela, com base nas
cerca de 2 cm de largura e 15 cm de propriedades físicas observáveis,
comprimento. mobilizando desta maneira a ha-
bilidade EF04CI01.
3. Na parte inferior de cada tira (mais
ou menos a uns três centímetros da
borda), façam um ponto com uma
das canetas hidrográficas.
4. Usando a fita adesiva, fixem as tiras
de papel de filtro em uma régua.

23

Recursos para o professor


O processo de separação por cromatografia é muito importante nos laboratórios de aná-
lise e está longe de ser uma mera curiosidade. Para mais informações, acesse:
• CHERIYEDATH, S. Vista geral da cromatografia. News Medical Life Sciencis. Disponível
em: www.news-medical.net/life-sciences/Chromatography-Overview-(Portuguese).aspx.
• SALATINO, M. L. F. Técnicas Básicas de Cromatografia. E-disciplinas USP. Disponível em:
edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1842690/mod_resource/content/1/Aula%202%20-%20
T%C3%A9cnicas%20de%20cromatografia.pdf.
Acessos em: 21 abr. 2021.

23
Orientações didáticas 5. Peçam a um adulto que coloque um

ILUSTRA CARTOON
Na atividade 1 do item Ob- pouco de álcool no recipiente de
servação, espera-se que os es- plástico.
tudantes observem que os com- 6. Pendurem a régua de modo que a
ponentes de diferentes cores são ponta das tiras de papel encostem
separados. Quando o álcool (fase
no álcool, mas sem mergulhar os
móvel) passa pela tinta e se deslo-
ca de maneira ascendente sobre o pontos coloridos.
papel, as substâncias também se 7. Aguardem alguns minutos, até que
deslocam, sendo separadas, con- o líquido suba por todo o papel;
forme as propriedades de mobili- então retirem a régua e deixem as
dade das moléculas.
tiras secarem.
Na atividade 2, espera-se
que os estudantes reconheçam Porque o álcool foi sendo absorvido pelo papel de filtro, carregando
que a tinta da caneta hidrográfi- Observação consigo os componentes da tinta, sendo que alguns se movem mais
ca é uma mistura de corantes de que outros.
cores distintas. Esse não é o mo- 1 O que aconteceu com as marcas de tinta das canetas após alguns minutos?
mento para trabalhar conceitos Após alguns minutos, componentes de diferentes cores foram se espalhando pelo papel.
da Química, como as interações 2 Por que isso aconteceu com as marcas de tinta colorida?
intermoleculares, mas é importan-
te que os estudantes identifiquem 3 Quais foram as cores observadas após as tiras secarem? Resposta pessoal.
que se trata de um processo de Depende da tinta das
separação de misturas. Pensando sobre os resultados canetas utilizadas.
Na cromatografia, os com-
Repita o experimento colocando em uma mesma tira as cores azul, amarela e
ponentes de uma mistura são
identificados pela cor. Colocan- verde. Observe o que acontece e converse com seus colegas sobre os resultados.
do uma tira de papel pintada em
um frasco contendo álcool, é pos-
sível identificar os componentes
ILUSTRA CARTOON

da mistura, desde que a tinta seja


solúvel em álcool. As tintas são
uma mistura de diferentes subs-
tâncias. Quando, por meio de in-
terações intermoleculares, algu- A cor aparece como vermelha, mas se houve a separação, é porque ela continha
mas das substâncias sobem pelo Conclusão um pouco de outras cores. Se usarmos uma tinta vermelha “pura” (um único
filtro, o fazem de modo distinto: tipo de corante), não haverá separação entre outras cores.
umas mais e outras menos. Assim, 1 Por que, quando olhamos uma caneta de cor vermelha, vemos apenas essa
o rastro da passagem do álcool no cor e no papel, durante o experimento, apareceu mais de uma cor?
papel evidencia as várias cores dos
componentes de cada tinta. 2 O que vocês fizeram foi um método de separação? Por quê?
Na atividade 3, dependendo
Sim, porque o método permitiu que os componentes (corantes) que formam a tinta
da cor da tinta usada, diferentes fossem separados. A mistura (tinta) tem aspecto visual uniforme e é composta por
resultados poderão ser obtidos. componentes sólidos dissolvidos no líquido. A mistura era homogênea.
Algumas tintas apresentam um
único corante, mas as cores ge-
ralmente são formadas por dois 24
ou mais deles.
No item Conclusão, os estu-
dantes devem comparar as hipó-
teses iniciais com o que obser-
varam durante o experimento.
Resposta
Devem surgir vários corantes com
diferentes cores. Eles devem con- Pensando sobre os resultados
cluir que, apesar de enxergarmos Tudo dependerá das canetas hidrográficas que se usar. O verde poderá ser decomposto
apenas uma cor, há vários com- em azul e amarelo, além de outras cores que podem estar presentes. O mesmo pode acon-
ponentes (corantes) misturados tecer com o azul e o amarelo; eles tanto podem continuar sendo apenas azul e amarelo,
que dão origem àquela determi- como podem trazer traços de outras cores.
nada cor. Esse é um bom momen-
to para todos eles compartilharem
e compararem os resultados.

24
Orientações didáticas
A atividade compreende a
criação de uma pintura abstrata
Fazendo arte com mistura de cores com mistura de cores.
Os materiais para esse trabalho
Você pode criar obras de arte com mistura de cores!
são simples, fáceis de serem obti-
Com os desenhos que fizerem, você e seus colegas montarão um mural na dos. Pode ser que alguma caneta
sala de aula ou na escola para todos admirarem. Pensem em um título para ele. hidrográfica produza melhor resul-
tado na mistura de cores do que
Material: outra. Nesse caso, oriente os es-
• canetas hidrográficas de cores • pincel; tudantes a compartilhar os mate-
diferentes; riais colaborando com os colegas.
• pedaço de plástico transparente; Peça aos estudantes que façam
• papel sulfite; • um copo de plástico com um a leitura compartilhada da propos-
• fita adesiva; pouco de água. ta da atividade e também do glos-
sário. Converse com eles sobre o
Como fazer conteúdo do glossário (página se-
1. Formem grupos de três alunos. Cada um trabalhará na sua própria folha. guinte) e os instigue a verificar as
produções de toda a turma ao fi-
2. Com a fita adesiva, fixem as pontas da folha sulfite na mesa. nal: “Como será que ficarão nos-
3. Peguem o pedaço de plástico transparente e façam pinturas usando as ca- sas pinturas abstratas?”.
netas hidrográficas com cores diferentes. Comecem o desenho no centro
do plástico e depois desenhem em direção às bordas.
4. A caneta hidrográfica não pinta totalmente o

EDUARDO BORGES
plástico, por isso, não se preocupem em dar
uma forma ao desenho; será mais fácil fazer
uma pintura abstrata.
5. Preencham bem os espaços do desenho com
cores próximas umas das outras (por exemplo,
azul e verde; laranja e vermelha) para favorecer
as misturas.
6. Depois de pronto, reservem o plástico.
EDUARDO BORGES

7. Molhem o pincel na água e passem sobre o pa-


pel sulfite. Deixem a folha levemente úmida.
8. Coloquem delicadamente o pedaço de plástico
transparente com a parte da pintura virada para
o papel, como se fosse um carimbo.

25

25
Orientações didáticas 9. Passem a mão sobre o plástico com cuidado e observem como as cores vão
se misturando e passando para a folha de papel sulfite.
Aproveite essa atividade lúdica
para trabalhar a literacia familiar. 10. Finalmente, retirem o plástico e aguardem a folha secar para então reti-
Atividades que unem os estudan- rar as fitas adesivas que estão nas pontas. Assinem suas obras de arte.
tes aos familiares ou responsáveis
são fundamentais para o desen- 1 Em sua casa, leia para um familiar o significado
volvimento de um indivíduo. Ao de pintura abstrata que está no glossário. Depois, GLOSSÁRIO
realizar atividades em ambiente mostre a arte que você produziu.
familiar, eles estreitam vínculos Pintura abstrata:
com os responsáveis e comparti- 2 Converse com essa pessoa. Respostas pessoais. a cor e a forma são
lham conhecimentos, corroboran- a) Você gostou da minha pintura? Por quê? usadas livremente e não
do para a prática do reconto do representam com precisão
b) Minha pintura está de acordo com a definição as coisas do mundo real.
que foi aprendido em sala de aula, de pintura abstrata?
análise e interpretação de infor-
mações e apresentação de ideias. c) Será que nós já vimos outras pinturas abstratas? Onde?
Em sala de aula, após a ativi-
dade em casa, incentive os estu- 3 Agora, criem juntos uma pintura abstrata utilizando lápis de cor, giz de cera
dantes a compartilhar como foi ou canetinhas. Leve-a para a escola e compartilhe com seus colegas.
realizar a atividade com os fami-
liares e responsáveis. Pergunte a VOCÊ SABIA?
eles se os responsáveis já tinham
visto uma pintura abstrata antes,
A arte abstrata
e o que acharam dos desenhos A arte abstrata teve início por volta

V. PIROZZI/DE AGOSTINI/ALBUM/FOTOARENA
feitos por eles. de 1910, quando alguns artistas deixaram
Agora é um momento opor- de desenhar os objetos, as pessoas e a natu-
tuno para levantarem sugestões reza com suas formas reais. Na pintura deles,
para o título a ser colocado no predominavam os sentimentos e as emoções,
mural no qual as obras serão ex- e não a representação precisa do que é visto.
postas. Os estudantes podem co- O que importava eram as cores e as formas
laborar na montagem desse mu- livres, sem os limites do mundo real.
ral. Será mais um momento para
Muitos historiadores consideram que um
vivenciarem experiências cole-
dos primeiros pintores de quadros abstratos
tivas, mais oportunidades para
foi o russo Wassily Kandinsky (1866-1944).
exercitar o falar, o ouvir, as ne-
gociações, o respeito mútuo etc. 1 Há vários pintores de arte abstrata im-
Se julgar conveniente, comen-
portantes no Brasil. Com seus colegas,
te com os estudantes que a Arte
pesquisem a biografia e algumas telas Improvisação (1910), de Wassily
abstrata surgiu no início do século
mais famosas de um deles. Kandinsky. 131 cm x 97 cm.
XX e causou bastante estranheza
Resposta pessoal.
ao público. Mas que a proposta
aos poucos foi ganhando o gos-
to pela população por causa da 26
liberdade criativa que ela propor-
cionava. No Brasil, essa arte foi
destaque na Bienal de São Paulo
em 1951. Entre os principais ar-
Na BNCC
tistas brasileiros de arte abstrata
estão Antônio Bandeira, Ivan Ser- A atividade possibilita ao estudante conhecer mais sobre as obras de arte, pela fruição de
pa, Lygia Clark, entre outros. Uma uma obra ou pela pesquisa sobre artistas brasileiros. Desse modo, mobiliza a competência
possibilidade interessante é pro- geral 3
por uma atividade transdisciplinar
com História e Arte sobre o abs-
tracionismo no Brasil.

26
Orientações didáticas
As atividades da seção Ago-
ra é sua vez objetivam consoli-
dar e aprimorar os conhecimen-
1 No lanche da tarde, Bia gosta de suco de maracujá. Juca prefere salada de
tos dos alunos.
frutas. Observe as imagens e responda às questões. Na atividade 1, item c, os es-
tudantes vão desenhar e produzir

PAULO VILELA/SHUTTERSTOCK
Os tamanhos dos elementos das imagens
desta página não estão proporcionais entre si.
legendas relacionadas a exemplos
de refeições que são misturas. No

AFRICA STUDIO/SHUTTERSTOCK
momento de socializar essas pro-
duções, dê destaque para a ali-
mentação saudável. Aproveite
para ampliar a aprendizagem so-
bre a produção e a leitura de le-
gendas. Trata-se de uma forma de
texto que os estudantes podem
aprender com exemplos – o pró-
prio livro de Ciências traz muitas
Maracujá cortado e copo com Tigela com salada de frutas.
suco de maracujá. legendas em situações diversas
– e também ao produzirem esse
a) Como você classificaria cada uma dessas misturas: homogênea ou hetero- tipo de texto, como é o caso des-
gênea? Salada de frutas: mistura heterogênea. Suco de maracujá: mistura ta atividade em especial.
heterogênea.
b) Juca observou algumas sementes de laranja na salada de frutas. Que proces- Ainda sobre o item c, uma for-
so ele pode usar para separá-las? Quais instrumentos ele pode utilizar para ma de compartilhar os trabalhos
fazer isso? O processo para separar as sementes é o de catação. Ele pode fazer isso de todos é solicitando que man-
com uma colher ou um garfo, por exemplo. tenham os cadernos abertos nas
c) Em seu caderno, desenhe dois exemplos de alimentos que são mistu- mesas e se desloquem lentamen-
ras: uma homogênea quando observada a olho nu e outra heterogênea. te pela sala de aula observando
Registre junto a cada desenho a legenda adequada: mistura homogênea o caderno de alguns colegas. Ca-
ou mistura heterogênea. Mostre seu trabalho aos colegas e conheça o minhe com eles, seja um modelo
que eles produziram. Resposta pessoal. para a turma tecendo comentá-
rios construtivos, incentivando-
2 Esta atividade você pode fazer em casa. Por dois dias, observe os alimentos -os a seguir produzindo trabalhos
que consumir e preencha o nome deles em um quadro – como o do modelo com dedicação, demonstrando
a seguir – que você fará no caderno. Resposta pessoal. empenho e criatividade.
Na atividade 2, aproveite
Alimento É mistura? Componentes para conversar com os estudan-
tes sobre o consumo de alimentos
água mineral Sim água e sais minerais saudáveis. Como o tema principal
arroz com feijão Sim arroz e feijão é mistura, sempre que possível,
explore este aspecto, para cada
27 um dos alimentos da lista.

27
Orientações didáticas
3 Observe a pintura a seguir. Ela mostra diferentes tarefas executadas na colhei-
Na atividade 3, informe aos ta do café. Enquanto as mulheres do fundo fazem a apanha, a do centro está
estudantes que, na infância, Can- separando folhas e pedacinhos de galho dos grãos de café.
dido Portinari, artista brasileiro
que pintou “Colheita de café”

REPRODUÇÃO/COLEÇÃO PARTICULAR
utilizada na atividade, produziu
muitas obras que têm como tema
a agricultura e outros aspectos so-
ciais do Brasil.
Solicite aos estudantes que ob-
servem a pintura e pergunte: “O
que essa pintura mostra?”; “O que
a mulher do centro está fazendo
com a peneira?”; “Para que ela
faz isso?”; “Quem já viu alguém
usando uma peneira para separar
uma mistura?”; “O que as outras
pessoas estão fazendo?”. Explore
a imagem com eles, pedindo que
observem as tarefas realizadas na
colheita de café (apanha, limpeza,
ensacamento), quem faz essas ati-
vidades (homens e mulheres), bem
como as roupas e os instrumentos Colheita de café (1958), de Candido Portinari. Óleo sobre madeira, 60 x 73 cm.
de trabalho usados por eles.
a) A mistura do café com folhas e outras impurezas é homogênea ou hete-
rogênea? A mistura de grãos de café com folhas e outras impurezas é uma mistura
heterogênea, mesmo quando observada a olho nu.
b) Como essas impurezas são separadas dos grãos de café utilizando a técni-
ca representada na pintura? As folhas e outras impurezas são separadas dos grãos
de café pelo vento, pois são deslocadas pelo ar em movimento, enquanto o café, não.
c) A mulher que está no centro da pintura utiliza uma peneira para separar
o café das impurezas. Cite outras misturas que podem ser separadas por
meio de peneiras.
d) Em casa, qual é o processo de separação que utilizamos para separar o pó
de café da água quente? Filtração.
e) Quando o café está pronto na garrafa térmica e adoçado, ele é uma mis-
tura homogênea ou heterogênea? Por quê?
Homogênea, porque possui aspecto uniforme.
f) Ao adicionarmos o leite no café e mexermos com uma colher, o tipo de
mistura muda? Quantas fases podemos observar? Não. Apenas uma fase.
Resposta pessoal. De modo geral, a peneiração pode ser utilizada para separar
misturas heterogêneas, tais como: areia e pequenas pedras, polpa de frutas e sementes,
28 separação de grãos de tamanhos diferentes, por exemplo, arroz e grão de bico etc.

28
Orientações didáticas
O objetivo desta seção é reto-
mar os pontos principais do Capí-
Agora é hora de pensar sobre o que você experimentou e aprendeu no estudo tulo, permitindo aos estudantes
deste Capítulo. Em seu caderno, copie as frases abaixo. Após cada uma, faça o perceber a evolução do conheci-
desenho do ícone que melhor representa seu desempenho. Veja a legenda: mento. Se necessário, incentive-os
a consultar o texto do Capítulo,
tire possíveis dúvidas e se certi-
Minha participação e O desempenho poderia ter Desempenho insatisfatório. fique de que todos conseguiram
aprendizagem foram sido melhor. compreender os temas abordados.
satisfatórias. Retome as respostas dos es-
1. Compreendo o que são misturas e consigo identificá-las no dia a dia. tudantes às questões iniciais, ve-
rificando se as ideias levantadas
2. Diferencio as misturas homogêneas das heterogêneas.
inicialmente por eles se confir-
3. Conheço algumas maneiras de separar os componentes de uma mistura. maram ou não. Mostre o quanto
aprenderam neste Capítulo.

Avaliação
AQUI TEM MAIS A autoavaliação é um mo-
mento importante do percurso
de aprendizagem. A avaliação

REPRODUÇÃO/EDITORA CAROCHINHA
Para ler de si mesmo possibilita o au-
Cores, de Patrick George. Editora Carochinha. toconhecimento e a metacog-
O que acontece quando a gente mistura duas cores? Com esse livro, nição, pois os estudantes vão
você pode brincar com as cores. Como as páginas são de acetato, compreendendo os métodos de
você vai descobrir o mundo lúdico das cores em figuras divertidas e aprendizagem mais efetivos para
inusitadas. Em vez de usar tintas, uma página faz as misturas de cores! ele. É preciso respeitar a autoa-
valiação e valorizá-la.

Para acessar
De onde vem o sal?, da TV Escola.
Disponível em: https://memoria.ebc.com.br/infantil/galeria/videos/2012/08/de-onde-vem-o-sal.
Nessa animação, a menina Kika descobre de um modo divertido como é feita a produção de
sal. Acesso em: 5 abr. 2021.

29

Recursos para o professor


Proposta de aula sobre misturas que traz experimentos e conceitos sobre soluções e mis-
turas de substâncias, promovendo a aprendizagem por meio de atividades práticas.
• BARDY, Lívia Raposo. A mágica das misturas. Portal do MEC. Disponível em:
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=3611. Acesso em: 21
abr. 2021.

29
2
Objetivos do Capítulo
Ao término deste Capítulo, es-
pera-se que os estudantes com- A energia transforma
preendam que podem ocorrer
transformações nos materiais e que
muitas delas envolvem transferência
de energia. NESTE CAPÍTULO VOCÊ VAI...
Além disso, esperamos que en- • Entender o que são transformações.
tendam que o corpo humano utili- • Compreender que existe energia envolvida nas transformações.
za energia e que os alimentos são
• Reconhecer de onde vem a energia do nosso corpo.
a fonte dela. Por fim, eles devem
identificar outras fontes de energia, • Identificar as fontes de energia ao nosso redor.
como Sol, vento e fogo.

PNA neste Capítulo


• Ampliação de vocabulário
RAWPIXEL.COM/SHUTTERSTOCK.COM

• Compreensão de texto
• Produção de escrita

Orientações didáticas
A imagem de abertura mostra
crianças tomando sorvetes que es-
tão derretendo. É possível também
notar o Sol sobre as crianças. Pode-
-se discutir com os estudantes que
a energia do Sol aquece o ambien-
te e, então, faz o sorvete derreter.
Caso seja citada em sala a ener-
gia elétrica, diga, de forma simpli-
Crianças tomando sorvete.
ficada, adequada à faixa etária dos
estudantes, que a maior parte da Observe a imagem e converse com seus colegas:
energia elétrica que utilizamos em
nosso país é gerada a partir da ener- 1 Se você demorar para tomar um sorvete em um dia quente, o que acontecerá?
gia do movimento da água. Esse O sorvete derreterá.
será assunto de capítulo futuro. 2 A textura do sorvete derretido é igual à textura do sorvete gelado? Não, a textura
muda.
Na atividade 2, a textura do 3 Você sabe por que o sorvete passa por essa transformação? Resposta pessoal.
sorvete derretido é líquida ou bem
pastosa, enquanto a do sorvete ge- 30
lado é mais firme, sólida.
Na atividade 3, a ideia é que os
estudantes observem que o sorve- e a energia envolvida nessas transformações. • EF04CI03 – Concluir que algumas mudan-
te passou por uma transformação. Apresentaremos algumas formas de ener- ças causadas por aquecimento ou resfria-
Aqui está ocorrendo uma mudança gia para, em seguida, apresentarmos algumas mento são reversíveis (como as mudan-
de estado, do sólido para o líquido. fontes de energia. ças de estado físico da água) e outras não
Este Capítulo trata de transfor- (como o cozimento do ovo, a queima do
mações da matéria de modo in- papel etc.).
trodutório. Assim serão abordadas Habilidades da BNCC neste
mudanças nas propriedades de um Capítulo
objeto e nas propriedades do mate-
rial de que um objeto é feito. Abor- • EF04CI02 – Testar e relatar transforma-
daremos o conceito por meio da ções nos materiais do dia a dia quando
observação de transformações pre- expostos a diferentes condições (aque-
sentes no cotidiano dos estudantes, cimento, resfriamento, luz e umidade).
30
Orientações didáticas
O que são transformações?
É esperado que os estudan-
Você já viu que os objetos são feitos de diferentes materiais e que esses mate- tes percebam que o ferro do pre-
riais têm diferentes propriedades. Alguns são transparentes, outros são coloridos, go passou por uma transforma-
uns brilham, outros não, e assim por diante. ção que alterou as propriedades
Pense sobre isso. do material, assim como aconte-
ceu com a queima do papel. Am-
• Será que os materiais mantêm suas propriedades para sempre?
bos são exemplos de fenômeno
• Será que um objeto brilhante brilhará para sempre? químico, mas não nomearemos
• Será que uma folha de papel será para sempre uma folha de papel, sempre as transformações neste momen-
com a mesma cor? to, pois o importante agora é que
eles compreendam o que é uma
Observe as imagens:
transformação do material de um
TIRACHARD KUMTANOM/SHUTTERSTOCK

FREEBIRDPHOTOS/SHUTTERSTOCK
Antes de ser queimado, o objeto é feito.
papel era branco e liso. Para que os estudantes com-
preendam melhor o que são
transformações dos materiais,
apresente alguns outros exem-
plos, como: acender uma vela,
Depois, a parte queimada
acender um fósforo, o amadure-
ficou escura e retorcida.
cimento de uma fruta e o cozi-
A alteração que ocorreu com o papel ao ser queimado é uma transformação. mento de um bolo. Procure citar
Veja a seguir pregos feitos de ferro. Um deles está novo e brilhante, como exemplos simples com os quais
foi fabricado. eles tenham contato, para facilitar
a compreensão e instigar a curio-
Agora, observe a segunda foto. Ocorreu uma transformação do material de sidade deles a respeito do que es-
que é feito o prego? Que transformação foi essa? Resposta pessoal. tão aprendendo.
OSIPOVFOTO/SHUTTERSTOCK
JIRI HERA/SHUTTERSTOCK

Os tamanhos dos
elementos das
imagens não seguem
a proporção real.

Pregos de ferro. Pregos de ferro enferrujados.


FERNANDO FAVORETTO/
CRIAR IMAGEM

As transformações também podem alterar as pro-


priedades dos alimentos. É o que acontece, por exem-
plo, quando cozinhamos um ovo.
As propriedades do ovo cozido são diferentes das propriedades do ovo cru.

31

31
Orientações didáticas Existem também algumas transformações que não alteram as propriedades
dos materiais.
Vamos apresentar aos estu-
dantes algumas transformações

GIRAPHICS/SHUTTERSTOCK
físicas e químicas, mas sem no-
meá-las. Ainda que não preten-
damos discutir com eles neste
momento, o que são esses tipos
de transformação, mostraremos
por meio de exemplos, que algu-
mas transformações ocorrem ape-
nas na forma ou no estado físi-
co, como o corte do papel ou o Uma folha de papel pode ser
amassar da lata (transformações cortada em vários pedaços.
físicas), e que outras alteram as Essa é uma transformação que
propriedades do material, como não altera as propriedades do
material de que o papel é feito.
é o caso do cozimento do ovo
e o amadurecimento da banana As imagens abaixo mostram outros exemplos de transformações que não al-
(transformações químicas). teram as propriedades dos materiais. Os tamanhos dos elementos
As mudanças de estado são das imagens não estão
proporcionais entre si.
também fenômenos físicos, ainda

LUDMILAFOTO/SHUTTERSTOCK

SEBASTIAN CROCKER/SHUTTERSTOCK
que os aspectos mudem comple-
tamente. Se olharmos para a água
líquida e para o gelo, não dá para
dizer que não houve algum tipo
de transformação. Houve sim,
mas a substância envolvida con-
tinua sendo água, seja no estado A cerâmica do prato e o metal da lata continuam tendo as mesmas propriedades após
líquido, seja no estado sólido. sofrerem as transformações acima: o prato foi quebrado e a lata foi amassada.
Ao apresentar aos estudantes
que algumas mudanças causadas
por aquecimento ou resfriamento
GALAPAGOSPHOTO/SHUTTERSTOCK

GALAPAGOSPHOTO/SHUTTERSTOCK
são reversíveis e outras não, como
a formação de gelo e o cozimen-
to do ovo, respectivamente, es-
tamos trabalhando a habillidade
EF04CI03.

Ao ser cortada, a banana sofre uma transformação, mas a matéria de que é feita continua com as
mesmas propriedades. Já ao amadurecer, alguns dos materiais que formam a banana mudam.

32

32
Na atividade 1, espera-se que
os estudantes reconheçam que os
cubos de gelo mudaram de esta-
do físico: de sólido, passou para
O que acontece com o cubo de gelo? líquido. A água sólida e a água
líquida são o mesmo material, a
Para refrescar uma bebida, às vezes colocamos cubos de gelo no copo.
mesma substância (H2O).
Na atividade 2, os estudantes
Levantando hipóteses
devem entender o processo como
• O que ocorre com um cubo de gelo quando o colocamos em um copo com reversível, ou seja, é possível obter
água líquida? E o acontece com o nível de água no copo? Resposta pessoal. gelo novamente colocando a água
em formas de gelo no congelador.
Material: Na atividade 3, espera-se que
os estudantes respondam que,
• três cubos de gelo;
por meio do aquecimento e do
• três copos de plástico transparente com água à temperatura ambiente; resfriamento, pode-se submeter
• régua e caneta hidrográfica. a água a transformações de esta-
do físico, no caso, de sólido para
Como fazer líquido e vice-versa.
1. Coloque um cubo de gelo em cada copo.
2. No caderno, desenhe os três copos e registre o nível da água em centíme- Atividade complementar
tros (cm) em cada um deles. Marque, com uma canetinha, na superfície
1 Imagine um iceberg flutuando
externa do copo, o nível de água com gelo em cada caso.
em alto-mar. Se ele derreter,
3. Aguarde algum tempo e observe o que acontece com os cubos de gelo. vai haver algum aumento do
Anote o resultado em seu caderno. nível do mar?
4. Faça um último desenho com o resultado final e represente como ficou Espera-se que os estudantes
cada copo. Anote ao lado a medida do nível da água em centímetros (cm). respondam que o nível do mar
O que ocorreu com a marca de caneta feita diretamente no copo? não se altera, como ocorreu com
o nível do copo de água no ex-
Eles derretem - transformação reversível - , não desapareceram.
Conclusão Ocorreu uma transformação sem alteração da composição do perimento quando o gelo derre-
material: a água passou do estado sólido para o estado líquido. teu. De modo geral, 1 L de água,
1 Após um tempo, o que aconteceu com os cubos de gelo nos copos? quando congela, fornece 1,1 L de
gelo. Há uma expansão de 10%
2 Imagine agora que você quisesse obter os cubos de gelo de volta. Isso seria da água na passagem do estado
possível? Se sim, de que maneira? Sim, seria possível se colocássemos a água líquido para o sólido (solidificação).
líquida em formas de gelo para congelar. Isso pode ser facilmente observa-
3 Sua hipótese estava correta? Explique. Resposta pessoal. do quando se coloca, por exem-
plo, água em uma garrafa PET para
congelar. Se ela estiver cheia, po-
de-se observar o extravasamento
de gelo ou até uma deformação
33
da garrafa. Quando o gelo derrete,
o volume volta a ser de 1 L. Ocor-
re que o gelo flutua na água com
Orientações didáticas esses 10% para fora e quando ele
derrete essa diferença desaparece.
Prepare com antecedência os cubos de gelo. Para a execução desta atividade, será ne-
Algumas pessoas acreditam que
cessário dispor de cerca de 10 minutos no começo da aula e algum tempo ao final para a
icebergs soltos no mar devem au-
verificação dos resultados.
mentar o nível dos mares se der-
Incentive os estudantes a registrar as hipóteses. Neste momento, os registros devem ser
reterem, mas isso não é verdade.
individuais.
Durante o procedimento, o registro de desenhos com anotações, legendas, setas indica-
tivas, resumos etc. é uma habilidade que eles podem aprender e otimizar ao longo do pro-
cesso de aprendizagem de Ciências.
Abra uma discussão com a turma para que compartilhem o resultado final.

33
Orientações didáticas Os tamanhos dos
elementos representados
Na atividade 1, a massa de nas imagens não segue a
proporção real.
bolo se transformou em bolo assa-
do, e as propriedades físicas e quí-
micas foram modificadas no proces- 1 Em quais das situações a seguir ocorreram transformações que alteraram as
so, ainda que não estejamos usando propriedades dos materiais? Nas situações 1, 2 e 4.
essas expressões com os estudan-

NINIKAS/SHUTTERSTOCK

NINIKAS/SHUTTERSTOCK
tes. A maçã apodreceu depois de 1
alguns dias na fruteira, e essa trans-
formação alterou as suas proprie-
dades (transformações irreversíveis).
Isso pode ser verificado pelo aspec-
to da fruta, que se torna diferente.
O copo quebrou em pedaços me-
nores, mas essa transformação não
altera as propriedades do vidro do
qual é feito. O cozimento alterou
as propriedades (transformações ir-

RATMANER/SHUTTERSTOCK

AKSENOVA NATALYA/SHUTTERSTOCK
reversíveis) da carne: a textura e a 2 3
cor são diferentes (transformações
irreversível).
Na atividade 2, os estudantes
podem citar exemplos de transfor-
mações que alteram as proprieda-
des do material relacionadas ao co-
zimento ou ao apodrecimento de
alimentos, por exemplo, e as trans-
formações que não alteram as pro-
priedades do material, como o des-

ARI N/SHUTTERSTOCK
ARI N/SHUTTERSTOCK
gaste da borracha e do lápis, um 4
brinquedo que quebra etc.

2 Descreva duas transformações que fazem parte do seu dia a dia. Cite uma que
altera as propriedades do material e outra que não altera. Resposta pessoal.

34

Avaliação
Utilize a atividade 2 como avaliação de aprendizagem das transformações dos materiais co-
muns do cotidiano que alteram as propriedades dos materiais, referente à habilidade EF04CI02.
Para responder à atividade os estudantes precisarão refletir a respeito dos materiais presentes
no dia a dia que sofrem transformações por aquecimento, resfriamento, luz ou umidade. Verifi-
que as respostas. Caso eles não respondam satisfatoriamente, faça a retomada dos conteúdos
das páginas 31 e 32.
Promova uma revisão dialogada com a turma e faça com que reflitam acerca das atividades
rotineiras, como esquecer uma fruta na lancheira, fritar um ovo, quebrar um copo etc. Posterior-
mente, aplique novamente a atividade e verifique se eles conseguiram compreender e responder
satisfatoriamente. Se necessário, utilize outras formas de avaliar os estudantes.

34
Muitas transformações precisam de energia Orientações didáticas
O papel queimou, o bolo assou, o gelo derreteu, a lata amassou. Você sabe o Espera-se que os estudantes
que causou essas transformações? percebam que o calor (energia
térmica) é necessário para assar
Lucas colocou uma massa de bolo para assar no forno. Se o forno não for
o bolo e a pizza. Em um forno, a
aceso, você acha que a massa crua vai se transformar no bolo assado?
Resposta pessoal. gás ou a lenha, o fogo fornece a
energia para que essa transforma-

EFIRED/SHUTTERSTOCK
ção ocorra. O objetivo aqui é que
eles associem algumas transfor-
mações à transferência de ener-
gia. Essa abordagem procura tor-
nar um pouco mais perceptível o
conceito de energia, trabalhado
neste Capítulo.
Ao apresentar aos estudantes
as transformações que acontecem
ao assar o bolo ou a pizza, esta-
mos desenvolvendo a habilidade
EF04CI03.

Recurso para o
professor
Os tamanhos dos
elementos das imagens não O texto discute o que é ener-
seguem a proporção real.
gia e a sua importância na história
da humanidade.
É necessário acender o forno para o bolo assar?
• O que é energia? Empresa
Muitas transformações que vimos até LIK STUDIO/SHUTTERSTOCK de Pesquisa Energética (EPE).
agora precisam de energia para acontecer. Disponível em: www.epe.gov.
Energia é aquilo que provoca uma br/pt/abcdenergia/o-que-e-
energia. Acesso em: 21 abr.
transformação ou um movimento. Um
2021.
bolo precisa de energia para assar, um
prato precisa de energia para ser quebra-
do e um cubo de gelo precisa de energia
para derreter.
Você sabia que também precisa de
energia para crescer, para movimentar-se O fogo fornece a energia necessária para assar
e até para pensar? a pizza.

35

35
Orientações didáticas Nosso corpo também precisa de energia
Neste momento, mencione Para que o seu corpo funcione bem e você consiga correr, estudar, brincar e
aos estudantes que o nosso corpo realizar todas as suas atividades diárias, é necessário que seu corpo consiga ener-
também precisa de energia para gia de alguma forma. Mas de onde vem essa energia? Ela vem da alimentação: os
realizar as atividades do dia a dia. alimentos são nossa fonte de energia.
Para avaliar o que eles sabem a
A maioria dos alimentos que comemos podem ser fonte de energia para nos-
respeito desse tema, verifique os
conhecimentos prévios. so corpo. Mas não retiramos apenas energia dos alimentos. Alguns deles forne-
Já falamos, nos anos anterio- cem material para formar os ossos ou os músculos, outros fornecem substâncias
res, sobre como os alimentos são importantes para o funcionamento das

MONKEY BUSINESS IMAGES/SHUTTERSTOCK


importantes para movimentar o células. Cada alimento é fonte de di-
nosso corpo. Portanto, neste mo- ferentes vitaminas e sais mineirais. Por
mento, explore um pouco mais o isso, é importante termos uma alimen-
tema da alimentação saudável. tação equilibrada, com frutas, legumes,
É interessante frisar que uma ali- carnes, massas etc.
mentação rica em nutrientes e Sem uma boa alimentação não con-
controlada em gordura e açúcar seguimos a energia e as substâncias ne-
favorece o bom desenvolvimen- cessárias para crescer, para brincar, para Os outros animais também precisam se alimentar
to do corpo, além de fornecer a estudar e para fazer muitas outras coisas. para ter energia para se movimentar.
energia necessária para realizar
as atividades cotidianas.

RICHARD CHAFF/SHUTTERSTOCK
Vale a pena também conversar
com os estudantes que a alimen-
tação é parte de uma vida saudá-
vel. Há outras importantes coisas
que eles devem fazer, como beber
água, dormir bem, praticar ativi-
dades físicas, cuidar da higiene do
corpo. Tais aspectos foram traba-
lhados nos anos anteriores, mas
aqui é um momento propício para
retomar e frisar esses hábitos.

A energia utilizada para correr vem da alimentação.

36

36
A energia em nosso dia a dia Orientações didáticas
Márcia é uma garota preocupada com o meio ambiente e sempre realiza Questione os estudantes:
ações para preservá-lo, como recolher lixo espalhado, economizar água e amassar “Conseguimos obter energia do
latinhas para enviá-las para reciclagem. vento? E do Sol?”. Conduza a dis-
cussão e fale, brevemente, que a
A energia que Márcia usa para tudo isso vem dos alimentos que ela ingere.
energia do vento, que move ve-
Mas de onde será que vem a energia que movimenta um barco a vela? Ou a leiros, também pode ser trans-
energia que derrete um sorvete? formada em energia elétrica. O
Veja nas fotos abaixo alguns exemplos de transformações ou de movimentos mesmo acontece com a energia
e a energia que os provocou. do Sol, que pode ser transforma-
Os tamanhos dos elementos das
imagens não seguem a proporção real. da em energia elétrica ou térmi-
ca, podendo ser aproveitada para
esquentar água nos aquecedores
solares convencionais.
A energia de movimento do
vento, abordada na abertura da
Unidade 1, está relacionada ao
movimento de grandes massas de
ar que circulam pela atmosfera, al-

IGOR PLOTNIKOV/SHUTTERSTOCK
SERGEY NOVIKOV/SHUTTERSTOCK

terando o tempo e o clima. Essa


energia pode causar grandes ven-
davais, tornados e furacões, fenô-
menos pouco frequentes no Bra-
sil, mas fortes na América Central
e do Norte e em outros locais do
A energia do nosso corpo movimenta a bicicleta. A energia do vento movimenta o barco.
mundo. Além disso, o vento impul-
siona as velas de barco e foi mui-

JABOO2FOTO/SHUTTERSTOCK
JANIS SMITS/SHUTTERSTOCK

to utilizada na época das Grandes


Navegações. Movimenta também
cata-ventos de moinhos e os enor-
mes e modernos geradores eóli-
cos. Hoje, a maior parte da energia
elétrica gerada no nordeste brasi-
leiro vem de parques eólicos. Se
julgar conveniente, retorne à aber-
tura da Unidade 1 e analise no-
vamente a imagem e as atividades
propostas.
O Sol é a nossa principal fon-
A energia do Sol derrete o sorvete. A energia do fogo assa a carne. te de energia, sem ele não have-
ria vida na Terra. Dele vem o calor
37 que aquece os oceanos e a atmos-
fera e provoca os ventos. Além de
fornecer a energia usada na fotos-
síntese das plantas, processo que
gera a glicose, substância ener-
Recursos para o professor gética que as alimenta. Quando
Página da Empresa de Pesquisa Energética, voltada à divulgação e educação, exploran- secos, os troncos e galhos podem
do a origem de nossa energia. ser queimados e fornecer calor.
Veja que, sem o Sol, isso não seria
• Fontes de energia. Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Disponível em: www.epe.
possível. Nós comemos plantas e/
gov.br/pt/abcdenergia/fontes-de-energia.
ou animais, que por sua vez, em
Saiba qual a importância do calor que vem do Sol para os seres vivos. última instância, obtiveram ener-
• O que é Energia. Eletrobras. Disponível em: www.eletronuclear.gov.br/Sociedade-e-Meio- gia vinda do Sol. Assim, toda a
Ambiente/Espaco-do-Conhecimento/Paginas/O-que-e-Energia.aspx nossa energia, como seres vivos,
Acessos em: 21 abr. 2021. está também fortemente ligada
ao Sol.

37
Orientações didáticas Fogo, uma importante fonte de energia
Relate aos estudantes que, em O fogo é uma importante fonte de energia. Os seres humanos são os únicos
um passado distante, nós não sa- animais que sabem como produzir e controlar o fogo. Os tamanhos dos elementos das
imagens não seguem a proporção real.
bíamos como produzir fogo; por

ILUSTRA CARTOON

ILUSTRA CARTOON
esse motivo consumíamos os ali-
mentos crus. Com a descoberta
do fogo, passamos a cozinhar os
alimentos, nos aquecer usando fo-
gueiras, iluminar os acampamen-
tos e espantar animais selvagens. Há muito tempo, os seres humanos usam o fogo As fogueiras aqueciam as pessoas, iluminavam o
Com o passar dos anos, o do- para assar e cozinhar os alimentos. ambiente e afastavam os animais.
mínio do fogo foi aumentando Hoje, o fogo ainda é usado no cozimento dos alimentos e também em diversas
e nós passamos a utilizá-lo em atividades industriais, como na produção de vidros, cerâmicas e metais.
meios de locomoção (como os

ROBERT WALKLEY/ALAMY/FOTOARENA

PHATTHANUN KAEWSUWAN/SHUTTERSTOCK
trens conhecidos como maria-fu-
maça e barcos movidos a vapor).
Além disso, o domínio do fogo,
abriu caminho para a produção de
objetos de vidro, cerâmica (muitas
vezes usadas para fazer as louças
que temos em casa) e metal.
Na seção Você sabia? con- Antigamente, os trens movidos a lenha eram um Muitos processos industriais utilizam o fogo.
duza a discussão proposta incen- importante meio de transporte.
tivando os estudantes a buscar
Como seria sua vida hoje sem o fogo? Resposta
as consequências negativas das pessoal.
queimadas. Eles podem dizer que
VOCÊ SABIA?
as queimadas deixam o solo po-
bre em nutrientes, causam des- Queimadas
matamento de floresta nativa e a
O fogo pode ser perigoso se não utilizado cor-
poluição do ar, além de afugentar
retamente. Um dos perigos ao meio ambiente são as GLOSSÁRIO
animais ou, muitas vezes, matá-
queimadas causadas pelo ser humano para remover
-los. Nesse momento, mencione
a vegetação original de uma área e dar lugar a uma Queimada: incêndio
que as queimadas em larga esca- de parte de uma floresta
plantação ou a um pasto, para a criação de gado.
la podem até alterar o microclima ou de um campo.
da região. • Faça uma pesquisa na internet com a ajuda
Na atividade de literacia fami- da pessoa que orienta seus estudos em casa.
liar, os estudantes devem pesqui- Identifiquem dois prejuízos trazidos pelas queimadas. Então escreva
sar as consequências das queima- um resumo das informações em seu caderno. Quando terminar, leia o
das e produzir um resumo escrito resumo para a sua família.
em seus cadernos. Essa ativida-
de trabalha habilidades ligadas à
produção de texto, que será lido 38
em seguida para a família dos
estudantes. Esse é um modo de
envolver as famílias, não só no
crescimento escolar do estudan-
te, como de oferecer a oportuni-
dade de discutirem um assunto
atual e importante. Peça aos es-
tudantes que colham argumen-
tos a favor e contra. Incentive-os
a compartilhar os resultados e a
discussão acerca desse assunto
com os colegas de turma.

38
A fonte de energia do carro elétrico é a bateria e a do carro comum Orientações didáticas
VOCÊ SABIA? são os combustíveis como a gasolina e o álcool.
Proponha a leitura comparti-
O veículo elétrico e a redução do aquecimento global lhada do texto. Após os estudan-
tes responderem às questões, faça
a correção de forma oral. Ao final
[...] Os veículos “verdes” começaram a ser produzidos em 1997 no Japão da atividade converse a respeito
e podem ser de dois tipos: movidos exclusivamente por eletricidade ou por da importância de reduzir a emis-
sistemas híbridos, que misturam combustíveis tradicionais e eletricidade. [...] são de gás carbônico. Esse gás é
Os veículos híbridos funcionam com um motor de combustão um dos responsáveis pelo aumen-
to do efeito estufa e, consequen-
convencional, alimentado por gasolina, mas que não serve para
temente, do aquecimento global.
movimentar o veículo, apenas para carregar a bateria elétrica. [...]
Os automóveis são uma das prin-
Uma das principais vantagens dos automóveis elétricos é a redução cipais fontes de emissão desse gás,
da emissão de gás carbônico, um dos responsáveis pelo aquecimento principalmente aqueles movidos a
global. [...] combustíveis fósseis, derivados do
Mas é claro que o carro elétrico não é só vantagens. Uma das primeiras petróleo (gasolina e diesel).
barreiras para que ele se torne acessível a toda a população é o preço. [...] Neste momento, amplie a dis-
cussão dizendo que o carro movi-
SATO, Paula. Como funcionam os carros elétricos? Revista Nova Escola, 1º maio
2019. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1088/como-funcionam-os- do a eletricidade não polui direta-
carros-eletricos. Acesso em: 8 fev. 2021. mente. No entanto, esse tipo de
carro utiliza energia elétrica para
se mover, parte da qual é gerada
1 Qual é a fonte de energia do carro elétrico? E a do carro comum? no Brasil por usinas termoelétri-
cas, (usinas que funcionam quei-
2 Pensando na poluição do ambiente, qual é a vantagem do carro elétrico mando algum tipo de combustível
em relação ao carro comum? O carro elétrico polui menos que o carro comum, fóssil) consideradas muito poluen-
pois não lança gases nocivos na atmosfera.
tes, já que lançam na atmosfera
3 Hoje nos preocupamos em não prejudicar o ambiente com nossas ações. compostos de carbono.
Mas antigamente não sabíamos dos danos que várias atividades causam ao A atividade 3 traz um texto
ambiente. Veja este exemplo: um dos primeiros meios de transporte moder- sobre a locomotiva a vapor. Pro-
no utilizado por nós para transportar mercadorias e pessoas foi a locomotiva ponha uma leitura compartilhada
a vapor, também conhecida por
SIDNEY DE ALMEIDA/SHUTTERSTOCK.COM

com a turma. Em seguida, solicite


“maria-fumaça”, que poluía o ar. que observem a fotografia e que
Pesquisem qual era a fonte de leiam também a legenda. Orien-
energia que essa máquina utili- te-os no desenvolvimento dessa
zava e as prejuízos que ela trazia pesquisa, sobre o acesso a sites
para o ambiente. Resumam, ano- confiáveis e, se possível, a utili-
tem e compartilhem as informa- zarem inclusive outras formas de
ções que encontraram. obter as respostas, tais como li-
vros e entrevistas. O foco está em
dois aspectos: a fonte de energia
39 que a “maria-fumaça” utilizava e
as consequências para o ambien-
te. Lenha e carvão lançam, na
Resposta atmosfera, compostos de carbo-
no que, como dissemos, aumen-
3. Resposta pessoal. Espera-se que os alunos identifiquem que as locomotivas utilizavam le- tam o efeito estufa. Com as pro-
nha ou carvão mineral, que eram queimados para aquecer um compartimento com água duções finalizadas, organize uma
e gerar o vapor de água utilizado para movimentar a maria-fumaça. Como o nome já forma de todos apresentarem e
diz, essa máquina eliminava uma densa nuvem de fuligem que poluía muito o ambiente. discutirem o resultado obtido.
Ainda hoje existem algumas locomotivas como essa em funcionamento, mas, em geral,
apenas para passeios turísticos.

39
Avaliação
Sugerimos que esta ativida-
de seja usada como avaliação de
aprendizagem das habilidades
EF04CI02 e EF04CI03. Em espe- Cartas da energia
cial, pedimos aos estudantes que
apontem os tipos de energia que Material:
estão sendo usadas em cada caso.
Eles devem também indicar que • lápis de cor, canetas hidrográficas, giz de cera, tinta guache (você pode usar
transformação está ocorrendo. Es- apenas um desses itens para colorir as cartas);
pera-se que eles não tenham difi- • 11 cartões de 10 cm × 10 cm, cortados em papel firme, como papel-car-
culdade durante a resolução, po- tão, cartolina ou papelão;
rém, caso surja alguma dúvida,
oriente-os a voltar ao texto para • dois dados;
saná-la, ou ainda direcione os estu- • tesoura com pontas arredondadas;
dantes à resposta correta questio- ATENÇÃO!
nando-os quanto às imagens. Por • régua. Peça a ajuda de
exemplo: “Se a roda do moinho um adulto
está girando, vocês conseguem Como fazer
ver o que está fazendo ela girar?”. 1. Recortem os 11 cartões; eles serão as cartas do jogo.
Aproveite para enfatizar que a
atividade de soltar pipas deve ser 2. Cada cartão terá um lado numerado de 2 a 12.
realizada somente em locais afas- 3. No outro lado de cada cartão, escrevam uma questão e quatro alternativas
tados da rede elétrica, em campos de resposta.
abertos ou parques e SEMPRE a
supervisão de um adulto. 4. Vocês podem elaborar as questões necessárias para o jogo seguindo as
orientações do professor.
Orientações didáticas
Seguem outras 7 questões Vejam a seguir quatro exemplos de questões que vocês podem escrever nas cartas.
para completar as 11 cartas pro-
postas na atividade. Se julgar con- 1 Qual das alternativas abaixo representa a transformação da energia elétrica
veniente, em vez de usar as suges- basicamente em calor? Alternativa b.
tões, proponha que os estudantes a) Ventilador. c) Lâmpada de LED.
as elaborem. b) Ferro de passar roupas. d) Celular.
1. Um tipo de energia sempre
pode se transformar em outro
2 Dentre os eletrodomésticos abaixo, qual deles transforma energia elétrica em
tipo. Um exemplo disso é:
energia de movimento? Alternativa a.
a) O chuveiro elétrico, que trans- a) Ventilador. c) Lâmpada de LED.
forma energia elétrica em calor.
b) A batedeira de bolos, que b) Ferro de passar roupas. d) Celular.
transforma calor em energia
de movimento.
c) As lâmpadas em geral, que
transformam luz em energia
elétrica. 40
d) O ventilador, que transforma
energia elétrica em luz.
Alternativa a. 3. Uma folha de papel foi cortada em peda- b) Não provocam poluição sonora, já que
2. Quando é que um prego sofre ços. Essa transformação alterou as pro- são bem silenciosos.
uma transformação na maté- priedades do papel? c) Transformam o calor da explosão dos
ria de que é feito? a) Sim, porque ele virou cartolina. combustíveis em energia de movimento.
a) Quando enferruja. d) Transformam a energia de movimento
b) Não, porque o papel continuou a ser papel.
b) Quando seu aspecto era bri- em calor.
c) Sim, porque sua cor muda. Alternativa c.
lhante e de cor prateada e
continuou assim. d) Não, porque ele ficou mais fino. 5. Sobre as queimadas feitas em áreas de
Alternativa b. floresta, pode-se dizer que:
c) Quando é cortado ao meio por
4. Sobre os carros a gasolina ou a álcool po- a) Não trazem prejuízo algum, pois a floresta
um alicate.
demos afirmar que: cresce novamente.
d) Quando é martelado em uma b) São altamente prejudiciais, além de destruí-
a) São preferíveis aos carros elétricos, porque
tábua. rem a mata nativa, poluem a atmosfera com
não poluem a atmosfera.
Alternativa a. fumaça.
40
Orientações didáticas
3 Sobre os motores elétricos, é corretor afirmar que: Alternativa d.
a) Utilizam energia elétrica para fornecer calor. O resultado mais provável de
ser obter no dado é o número 7.
b) Transformam energia de movimento em elétrica.
Isso ocorre porque existe somen-
c) Geram movimento graças ao calor que recebem de alguma fonte. te uma possibilidade de obter 2
d) Recebem a energia elétrica e fornecem energia de movimento. (número 1 em cada dado) ou 12
(número 6 em cada dado). Há
4 De onde vem a energia do nosso corpo? Alternativa c. duas possibilidades de se obter o
a) Do ar que respiramos. número 3: são (1, 2) e (2, 1). Já
para se conseguir a soma de 7, te-
b) Totalmente da água que bebemos. mos muitos pares possíveis: (1, 6),
c) Dos alimentos que ingerimos. (6, 1), (2, 5), (5, 2), (3, 4) e (4, 3),
sendo ao todo 6 possibilidades.
d) Dos exercícios físicos que fazemos.
Apesar de ser uma atividade
lúdica, ela tem um claro compo-
Como jogar nente pedagógico, já que leva
1. Um dos alunos fica com o gabarito das respostas e fica fora do jogo. Ele os estudantes a responder testes
indicará, para cada resposta dada por um colega, se ele acertou ou não. com quatro alternativas. Se quiser
Ele pode ser chamado de juiz do jogo. sofisticar a atividade, use 3 dados
2. As cartas do jogo devem estar juntas e com as perguntas voltadas para baixo. e aumente o número de cartas.
Nesse caso, novas questões com
3. Decidam uma regra para definir quem será o primeiro jogador. alternativas deverão ser criadas.
4. O primeiro jogador deve lançar os dois dados juntos e somar os valores São muitas perguntas, muitas
para estabelecer o total dos pontos. alternativas e muitas respostas que
podem ser dadas pelos estudantes.
5. O número resultante da soma dos dados indicará qual carta o jogador terá
Aproveite a atividade para sanar
que responder.
dúvidas, aprimorar a leitura e fir-
6. O aluno juiz fica responsável por ler a pergunta e as alternativas em voz alta. mar os objetos de conhecimentos
7. O jogador da vez responde. Se acertar, o jogador marca um ponto no seu trabalhados.
placar. Se errar, não marcará ponto. As atividades lúdicas são uma
ferramenta útil para o desenvolvi-
8. A carta sorteada deve ser colocada à parte, pois não mais será usada. mento dos estudantes, além de fa-
9. Depois, será a vez do próximo jogador. Se a soma dos dados resultar em nú- cilitar a compreensão e o uso dos
mero cuja carta já foi retirada, ele poderá escolher entre o número imediata- objetos de conhecimentos que fo-
mente maior ou menor. Exemplo: se a soma dos dados for 7 e esta carta já ram aprendidos. Ao propor esse
estiver fora do jogo, escolha entre as de número 6 ou 8. E assim por diante. tipo de atividade, eles farão reto-
madas de todo o conteúdo para
10. Vence o jogador que, ao final, obtiver o maior número de pontos.
conseguir jogar, exercitando sua
Por que nunca teremos o valor 1 na jogada com os dados? compreensão textual, interpre-
Quando usamos dois dados, o mínimo que pode acontecer na soma dos resultados é tação de informações, relacio-
o número 2, o que ocorre quando os dois dados mostram o número 1.
namento de ideias, produção de
41 escrita e raciocínio matemático -
cálculos de adição.

c) São permitidas, pois vão virar pasto para d) Sempre está presente algum tipo de energia.
gado. Alternativa d.
d) Não há problema com isso, porque a área 7. Quando colocamos água líquida no con-
será usada para plantio. gelador, podemos dizer que:
Alternativa b. a) Ela se transforma em gelo e esse processo
6. Sobre as transformações que ocorrem no é irreversível.
Universo: b) Ela se transforma em gelo e esse processo
a) Em alguns casos, elas necessitam de al- é reversível.
gum tipo de energia. Em outros, não. c) Ela se transforma em gelo e deixa de ser
b) Elas ocorrem naturalmente, sem necessi- água.
dade de algum tipo de energia. d) Ela não se transforma, pois continua a ser
c) Elas acontecem por causa do calor do Sol. água. Alternativa b.
41
Orientações didáticas
Sobre as transformações que
estão ocorrendo, há muito o que
conversar. Se considerar perti-
nente, faça juntamente com a
1 Observe as imagens a seguir e escreva em seu caderno que tipo de energia
turma o item A da atividade 1. está sendo utilizada em cada situação. Escreva também para qual outro tipo
No item A, por exemplo, o de energia ela está sendo transformada. As dimensões dos elementos das imagens
não estão proporcionais entre si.

conteúdo da panela recebe ca-

ANDRES BARRIONUEVO LOPEZ/SHUTTERSTOCK.COM


LILIYA KULIANIONAK/SHUTTERSTOCK
A C
lor. Não sabemos o que há den-
tro dela. Se for água, pode ser
que ela ferva e, nesse caso, te-
mos uma mudança de estado da
água, do estado líquido para o ga-
soso (vaporização), sem transfor-
mação do material de que o corpo
é feito. Se for algo como carne,
ou outro cozido, haverá sim trans-
formação do material de que eles ... cozinha os alimentos. ... movimenta o corpo.
são feitos. A primeira transforma-

PECOLD/SHUTTERSTOCK

ANN STRYZHEKIN/SHUTTERSTOCK.COM
B D
ção é reversível (a água pode se
condensar e voltar ao estado lí-
quido); a segunda, não.
No item B, a roda d’água
transforma energia de movimen-
to da água em energia de movi-
mento da roda, que pode passar a
produzir algum trabalho, alguma
tarefa. No item C, a criança con-
segue jogar e realizar muitos ou- ... movimenta o moinho. ... derrete o gelo.
tros movimentos e tarefas, graças

BENEMALE/SHUTTERSTOCK
E
à transformação da energia que
há nos alimentos (energia quími-
ca) e em energia de movimento.
Essas transformações também
são irreversíveis, os alimentos nos
dão energia para nos movimentar,
mas não podemos simplesmente
parar e conseguir o alimento de
volta. Trata-se de uma transfor-
mação irreversível. ... movimenta a pipa.
No item D, o gelo derrete ao
receber o calor do Sol. Se a água 42
resultante for colocada no conge-
lador, volta a ser gelo; logo, é uma
transformação reversível.
A pipa do item E voa graças
à força do vento. Aqui a energia
de movimento do vento se trans-
forma em energia de movimento
da pipa. Como ela está presa a
uma linha, ela não se perde. Caso
a linha se rompa, ela será levada
pelo vento.

42
Orientações didáticas
Leia com os estudantes os tí-
Agora é hora de pensar sobre o que você experimentou e aprendeu no estudo tulos e os comentários sobre os
deste Capítulo. Em seu caderno, copie as frases abaixo. Após cada uma, faça o livros sugeridos.
desenho do ícone que melhor representa seu desempenho. Veja a legenda: Se possível, providencie um ou
mais exemplares, com os gestores
da escola, dos recursos indicados
ou outros livros paradidáticos so-
Minha participação e O desempenho poderia ter Desempenho insatisfatório.
bre o tema da Unidade.
aprendizagem foram sido melhor.
satisfatórias. Se a escola tiver uma bibliote-
ca, leve os estudantes até lá para
1. Entendo o que são transformações.
explorarem o acervo.
2. Compreendo que todas as transformações envolvem algum tipo de transferência A seção Aqui tem mais con-
de energia. tribui para o desenvolvimento da
3. Reconheço de onde vem a energia do nosso corpo. literacia, que abrange conheci-
4. Identifico as principais fontes de energia ao nosso redor. mentos, habilidades e atitudes
associadas a atividades de leitura
e escrita. Aproveite para compar-
AQUI TEM MAIS tilhar com as famílias, ou cuida-
dores dos estudantes, os recursos
aqui sugeridos e incentivá-los a

REPRODUÇÃO/COMPANHIA
EDITORA NACIONAL
Para ler promover atividades de leitura em
O fogo, de Silvio Costta. Companhia Editora Nacional. casa e solicitar que os estudantes
O homenzinho da caverna, personagem dessa história, sempre façam a leitura oral e depois con-
está atento aos sons. Você vai descobrir como é que os sons tem o que leram. Essa aprendiza-
podem ajudá-lo a viver. E o fogo tem som? gem da alfabetização em casa, na
convivência afetiva ou lúdica, por
REPRODUÇÃO/CALLIS

O livro do fogo, de Hye Sook Sung. Editora Callis. meio da interações em forma de
O livro apresenta os mistérios do fogo, as formas de utilização e conversa, contribui para o desen-
ensina até como apagar um incêndio! volvimento cogntivo das crianças,
incluindo habilidades necessárias
Para acessar para o aprendizado escolar.
Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Para saber mais, leia o docu-
http://queimadas.dgi.inpe.br/queimadas/portal-static/situacao-atual. mento Conta para mim do Mi-
Você poderá acompanhar o monitoramento de queimadas no Brasil e na América do nistério da Educação. Disponível
Sul, por município, por bioma e muito mais! em: http://alfabetizacao.mec.gov.
Acesso em: 13 fev. 2021. br/images/conta-pra-mim/conta-
-pra-mim-literacia.pdf. Acesso
em: 23 jul. 2021.

43

Avaliação
O objetivo desta seção é retomar os pontos principais do Capítulo permitindo aos estu-
dantes perceber a evolução do conhecimento. Se necessário, incentive-os a consultar o texto
do Capítulo, tire possíveis dúvidas e se certifique de que todos conseguiram compreender os
temas abordados.
Retome as respostas das questões iniciais, verificando se as ideias levantadas por eles
se confirmaram ou não. Mostre através delas quanto aprenderam neste Capítulo.
Trata-se de um momento importante para o desenvolvimento da metacognição e
para a valorização do conhecimento, contribuindo para que o estudante aproprie-se da
competência geral 1 da BNCC.

43
Orientações didáticas
É interessante conversar com
os estudantes sobre as dificul-
dades relacionadas a quaisquer
mudanças de comportamento de O lixo que não é lixo!
valores, como a ideia de tratar Imagine se por uma semana você separasse cascas e
os resíduos orgânicos na própria restos de frutas, legumes e verduras, cascas de ovos, grãos
residência. Esse novo comporta- e sementes, ou seja, o resíduo orgânico, do restante do
mento envolve (principalmente lixo de sua casa, a quantidade seria grande? Experimente
no início) força de vontade, esfor- fazer isso em casa, talvez você se surpreenda com o re-
ço e dedicação para que se torne sultado...
um hábito.
Se sua família produz quatro sacos de lixo por sema-
É interessante refletir a respei-
na, é provável que dois deles, ao menos, sejam de resíduo
to da motivação que leva as pes-
orgânico!
soas a adotarem uma compostei-
ra doméstica: a sensação de estar O que você acha que vai acontecer se você enterrar
contribuindo para a preservação esse resíduo orgânico com terra? É provável que, em duas
do ambiente, o prazer de mexer semanas, você encontre apenas alguns restos de cascas
com a terra, a curiosidade de en- no meio de uma terra preta e úmida, cheia de minhocas.
tender os processos de decompo- Isso acontece porque o resíduo orgânico serve de
sição, a possibilidade de produzir alimento para microrganismos como fungos, bactérias e
o próprio adubo etc. minhocas e se transforma em adubo, que pode ser utili-
zado pelas plantas.
Foi pensando nisso que muitas pessoas começaram
a usar composteiras domésticas.
As composteiras domésticas são um sistema de cai-
xas ou baldes onde são colocados restos de alimentos
produzidos em casa, junto com materiais vegetais secos,
como folhas, papel e serragem. As minhocas se alimentam
desse material e o transformam em adubo. Com essa ini-
ciativa simples, é possível contribuir com o meio ambiente
e ainda produzir um adubo de excelente qualidade para Esquema simplificado de
uma composteira doméstica.
embelezar as plantas de casa. E aí, vamos compostar?

Converse com os colegas.

1 Você já conhecia a composteira doméstica? Se sim, o que acha dela?


Resposta pessoal.
2 Você acha que é possível instalar uma composteira em sua casa? Por quê?
Resposta pessoal.

44

44
Os tamanhos dos elementos Orientações didáticas

ILUSTRA CARTOON
da imagem não seguem a
proporção real; cores-fantasia.
Na atividade 3, espera-se que
os estudantes respondam que a
reciclagem de lixo e o uso de com-
Fase 1 posteiras domésticas contribuem
Colocar resíduos orgânicos
para diminuir a geração de lixo.
misturados e cobrindo
completamente com matéria
Já os aterros sanitários não têm
vegetal seca, até encher o recipiente essa função, uma vez que são lo-
(cerca de 1 mês). cais de deposição de resíduos só-
lidos. Os aterros são importantes,
pois nem todo o resíduo produzi-
do pelo ser humano pode ser re-
ciclado ou compostado.
Fase 2 Na atividade 4, espera-se que
Deixar descansar por pelo os estudantes respondam que os
menos 1 mês, período em que locais em que se servem refeições,
a compostagem acontece e as
como escolas, empresas, restau-
minhocas transformam os resíduos
orgânicos em húmus. rantes etc., podem ter um siste-
ma para tratar resíduos orgânicos.

Ao longo de todo o processo, os


resíduos orgânicos liberam um
líquido rico em nutrientes que, se
diluído em água, é um excelente
fertilizante natural para as plantas.

3 Se você fosse responsável por administrar o lixo da sua cidade e tivesse que
pensar em soluções para diminuir a produção de lixo, que medidas você ado-
taria: construiria mais aterros sanitários ou investiria em ações como recicla-
gem de lixo e uso de composteira doméstica? Por quê? Resposta pessoal.

4 Além das residências, em que outros locais também é interessante ter um sis-
tema de tratamento de resíduo orgânico?
Resposta pessoal. Em locais onde as pessoas cozinhem, façam refeições, tais como
escolas, fábricas etc.
45

45
Orientações didáticas
Solicite aos estudantes que
analisem a imagem de abertura.
Observe se eles conseguem iden-
tificar a presença de seres vivos.
Esse conhecimento será pré-requi-
sito importante para a aprendiza-
gem sobre ecossistemas.
A atividade 1 refere-se aos
seres vivos e a atividade 2,
aos componentes não vivos, como
a água do rio e o solo da margem.
Na atividade 3, espera-se que
os estudantes respondam que os
jacarés se alimentam de peixes e
de outros animais, como aves.
As atividades 3 e 4 têm o
intuito de fazer os estudantes
Energia para os seres
identificarem algumas relações
alimentares no ambiente observa-
vivos e saúde humana
do. Essa reflexão introduz a ideia
fundamental que caracteriza os
ecossistemas: as interações que
neles ocorrem. Introduza essa pa-
lavra aos estudantes, explicando
que se trata de relações mútuas,
de um organismo sobre o outro. Nesta Unidade você vai estudar
O tema Ciência e Tecnologia
marca presença nesta Unidade. Na Capítulo 3 - Ecossistemas e energia para vida
abordagem dos microrganismos, é
possível introduzir a discussão so-
Capítulo 4 - Seres microscópicos e saúde
bre biotecnologia: as antigas téc-
nicas de fermentação, a utilização
de microrganismos na produção
de antibióticos e até tecnologias
mais recentes, como o uso de mi-
crorganismos recombinantes para
a produção de insulina, hormônio
necessário para o tratamento de
diabéticos.

46

46
Orientações didáticas
Proponha que um voluntário
faça a leitura em voz alta da legen-
da da fotografia. Chame a atenção
para a palavra “biodiversidade”.
Escreva a palavra na lousa e,
depois, separe a palavra em dois
termos: “bio” e “diversidade”.
Em seguida, explique que a pa-
lavra “biodiversidade” foi criada
para se falar da “diversidade bio-
lógica”.
Atividades que desenvolvem

GURKAN OZTURK/SHUTTERSTOCK
a curiosidade sobre a origem das
palavras promovem o desenvolvi-
mento de vocabulário e facilitam
a compreensão do texto.

Recursos para o professor


Uma definição de biodiversida-
de foi apresentada na Convenção
da Diversidade Biológica durante a
Conferência Rio 92, na qual:
“Diversidade biológica significa
a variabilidade de organismos vivos
de todas as origens, compreen-
Onça-pintada atacando jacaré. Cenas como essa são comuns no Pantanal, ambiente de nosso país dendo, dentre outros, os ecossis-
com muita biodiversidade. temas terrestres, marinhos e ou-
tros ecossistemas aquáticos e os
Observe a imagem e converse com seus colegas: complexos ecológicos de que fa-
zem parte; compreendendo ainda
A onça-pintada, o jacaré
1 Que seres vivos você consegue visualizar na fotografia? e as plantas da margem. a diversidade dentro de espécies,
entre espécies e de ecossistemas.”
2 Quais componentes sem vida do ambiente são mostrados na imagem?
A água do rio e o solo da margem. CONVENÇÃO Sobre Diversidade Biológica.
3 Na foto, a onça se alimenta do jacaré. E os jacarés, o que comem? In: Ministério sobre Meio ambiente.
Brasília, [s. n]. Disponível em: https://antigo.
Entre outros alimentos, os peixes do rio. mma.gov.br/biodiversidade/convencao-da-
4 Que interações pode haver entre as plantas do rio, os peixes, os jacarés e diversidade-biologica.html.
as onças-pintadas? Acesso em: 26 jul. 2021.
Resposta pessoal. O objetivo da questão é introduzir noções básicas para o estudo da
cadeia alimentar.
47

ORGANIZE-SE!
• Página 60 - Antes de iniciar a atividade, instrua os estudantes a não colocar no reci-
piente alimentos de origem animal, pois exalam mau cheiro quando decompostos.
• Página 68 - A atividade requer material escolar comum.
• Página 79 - Nesse dia, peça que os estudantes tragam à sala as cadernetas de va-
cinação deles.

47
3
Objetivos do Capítulo
Com o encaminhamento des- Ecossistemas e energia
te Capítulo, espera-se que os es-
tudantes compreendam que a para a vida
energia necessária aos seres vivos
provém do Sol, e que essa ener-
gia pode ser obtida diretamente, NESTE CAPÍTULO VOCÊ VAI...
como ocorre com as plantas, ou • Identificar interações entre os componentes vivos e os sem vida de um ecossistema.
indiretamente, pela alimentação,
• Reconhecer a importância do Sol como fonte de energia para a produção de alimentos.
no caso dos animais. Eles irão co-
nhecer o que são cadeias e teias • Analisar e construir cadeias e teias alimentares.
alimentares e como elas contri- • Reconhecer, descrever e apontar semelhanças e diferenças entre as transferências da
buem para o ciclo da matéria e o energia e da matéria ao longo das cadeias alimentares.
fluxo de energia, e perceberão a
importância dos microrganismos
decompositores.

Habilidade da BNCC Observe a imagem e converse com seus colegas:


neste Capítulo
WAVEBREAKMEDIA/SHUTTERSTOCK

• EF04CI04 – Analisar e cons-


truir cadeias alimentares sim-
ples, reconhecendo a posição
ocupada pelos seres vivos nes-
sas cadeias e o papel do Sol
como fonte primária de ener-
gia na produção de alimentos.
• EF04CI05 – Descrever e desta-
car semelhanças e diferenças
entre o ciclo da matéria e o
fluxo de energia entre os com-
ponentes vivos e não vivos de Sim, é preciso ter
um ecossistema. 1 O que as crianças estão fazendo? Resposta pessoal. energia para realizar
qualquer atividade,
• EF04CI06 – Relacionar a parti- 2 Elas precisam de energia para realizar essas atividades? incluindo as intelectuais.
cipação de fungos e bactérias
no processo de decomposição, 3 Qual atividade você faz que precisa de energia?
reconhecendo a importância Resposta pessoal.
ambiental desse processo.
4 O que você faz para obter energia e poder realizar as suas atividades?
Resposta pessoal.

48
PNA neste Capítulo
• Fluência em leitura oral
Orientações didáticas mente, conforme solicitado na questão 3.
• Ampliação de vocabulário Ressalte que consumimos energia quan-
Inicie a aula fazendo a leitura da imagem. do nosso coração bate, quando digerimos,
• Compreensão de texto
Peça que observem e relatem o que as crian- pensamos, dormimos e também para nos-
• Produção de escrita ças estão fazendo. so crescimento.
Em seguida, retorne à atividade 2. É Na atividade 4, espera-se que os estu-
esperado que a resposta seja afirmativa; se dantes respondam que obtêm energia por
necessário, explique que todos os seres vivos meio da alimentação. Caso isso não ocorra,
precisam de energia para realizar qualquer direcione-os fazendo perguntas como: “Vo-
atividade, depois peça que citem algumas cês se alimentam todos os dias?”; “Qual a
que eles mesmos desempenham regular- importância de se alimentar?”.

48
Orientações didáticas
O que é ecossistema? Estipule um tempo para que
os estudantes analisem a imagem
Pense numa lagoa, com todos seus componentes. Nela, existem elementos
e depois peça que citem todos os
não vivos, como a luz solar, a água, que pode ser clara ou turva e ter temperatu-
seres vivos que conseguem ver ou
ra mais alta ou mais baixa, o ar misturado nela, a lama e as pedrinhas do fundo.
imaginar que existam nela.
Existem também os seres vivos, como as aves da margem, os peixes de di- Anote na lousa os nomes cita-
ferentes tamanhos, os caramujos, as algas, os diferentes tipos de plantas que es- dos. A seguir, faça o mesmo para
tão no fundo ou na margem da lagoa, além de seres microscópicos, tanto na água os componentes não vivos.
como na lama do fundo. Depois, encaminhe a leitura dia-
logada do texto e destaque na lousa
os nomes que forem mencionados.

EDUARDO BORGES
Num segundo momento, soli-
cite que relacionem os seres vivos,
entre si e com os componentes não
vivos, apontando a influência que
garça uns podem ter sobre os outros.
A seguir, abra a discussão. Li-
gue os componentes com setas na
peixes planta
lousa, representando as interações
citadas. Essa atividade demonstra-
caramujo rá a complexidade das interações,
Representação de ecossistema de lagoa e suas margens. e permitirá que se defina ecossis-
tema não apenas como uma soma
dos seres vivos e não vivos, mas
Então, um ecossistema é formado por elementos vivos e não vivos, mas ape- considerando também as intera-
ções entre eles.
nas a presença deles no ambiente não basta. É preciso que esses elementos se re-
Durante a leitura dialogada do
lacionem entre si. Em outras palavras, dizemos que esses elementos interagem.
texto, faça pausas e peça aos es-
Ao receberem luz, as plantas dessa lagoa produzem oxigênio. Quanto mais tudantes que compartilhem o que
clara for a água, mais luz as plantas e algas da lagoa receberão, e isso fará com entenderam da leitura de cada
que produzam mais oxigênio. O gás oxigênio misturado à água possibilita a respi- parágrafo.
ração dos peixes, dos caramujos e de outros seres vivos. Os peixes menores comem
plantinhas e caramujos, e as pedras do fundo podem servir de esconderijo para
eles não serem devorados por peixes maiores. As aves da margem se alimentam
de peixes, grandes ou pequenos.
Assim, de forma simplificada, um ecossistema é o conjunto de elementos
vivos e de elementos não vivos de um certo ambiente, que interagem entre si.
Há ecossistemas muito pequenos, como uma simples poça de água, ou muito
grandes, como, uma grande área de floresta.

49

Recurso para o professor


Artigo que discute a compreensão das concepções de estudantes e professores do Ensino
Fundamental II sobre o termo biodiversidade e propõe o desenvolvimento de ações educativas
com a elaboração de um material didático voltado para a Educação Ambiental.
• MARTINS, C.; de OLIVEIRA, H. T. Biodiversidade no contexto escolar: concepções e
práticas em uma perspectiva de Educação Ambiental crítica. Revista Brasileira de
Educação Ambiental. v. 10, n.01, 2010. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/
index.php/revbea/article/view/1912. Acesso em: 21 abr. 2021.

49
Orientações didáticas Como os seres vivos obtêm energia?
Para explorar a pergunta: Para que um carro funcione, é necessário que seja abastecido com combustí-
“Como os seres vivos obtêm vel, como gasolina ou álcool. Comparando o nosso corpo com um carro, qual seria
energia?”, peça aos estudantes o nosso “combustível”?
que façam a leitura individual dos
Todos os seres vivos precisam de energia para se manterem vivos. Essa energia
três primeiros parágrafos do tex-
to. Depois, amplie a discussão, re- vem dos alimentos, que são o “combustível”.
tomando a analogia entre o fun- Nos seres vivos, a função dos alimentos é fornecer energia. As plantas utili-
cionamento de um automóvel e zam essa energia para crescer e produzir flores, frutos e sementes, por exemplo. As
do corpo dos seres vivos. Expli- plantas são capazes de produzir o próprio alimento, pelo processo da fotossíntese.
que que, da mesma maneira que Vamos ver, de maneira simplificada, como ocorre esse processo.
o carro precisa de combustível, o
corpo também precisa de alimen-

EDUARDO BORGES
tos, que contêm energia. gás luz
Pergunte aos estudantes: oxigênio solar
“Mas como as plantas obtêm
energia? Elas são seres vivos e açúcar Os tamanhos dos elementos representados
nas imagens não estão proporcionais entre si;

precisam de energia.” produzido foram usadas cores artificiais.

Escute atentamente as respos-


tas e anote na lousa as principais gás
ideias da turma. Depois, explique carbônico
o processo de fotossíntese.
Em seguida, faça a leitura do
esquema com eles, reforçando o O açúcar produzido
fato de que, além da água, as raí- água é transferido Representação
zes também absorvem sais mine-
para toda a planta. simplificada da
rais, que não participam dire- fotossíntese.
tamente da fotossíntese, mas
que são componentes importan-
tes para o desenvolvimento das A planta retira do solo água pelas suas raízes. Essa água é levada às folhas,
plantas. que absorvem o ar gás carbônico do ar e captam a luz do Sol.
Na questão proposta, acolha Com esses três fatores, a planta fabrica seu alimento, a glicose, um tipo de
as respostas e conduza a discus-
açúcar. Esse alimento é distribuído pela planta toda: raízes, caule, flores, frutos e
são de maneira que percebam
sementes. Ele possibilita que a planta sobreviva.
que, na ausência de luz, as plan-
tas utilizam como fonte de ener- Além da glicose, nesse processo é produzido também o gás oxigênio, que é
gia o alimento produzido duran- liberado para o ar ou, no caso de plantas aquáticas, para a água.
te o dia e armazenado por elas. O nome desse processo é fotossíntese.
Se julgar conveniente, propo-
• À noite, na ausência de luz, a planta não produz seu alimento. Na sua opi-
nha aos estudantes que pesquisem
nião, de que maneira a planta obtém a energia de que precisa nesse período?
a origem da palavra “fotossínte- Resposta pessoal.
se”. Ela é composta por foto = luz,
50
síntese = fabricação. Assim, o ter-
mo pode ser traduzido de manei-
ra simplificada como “fabricação
do alimento em presença de luz”.
Recursos para o estudante
Utilize o vídeo a seguir como recurso audiovisual a respeito do processo da fotossíntese.
• A fotossíntese. Prefeitura de Goiânia. Disponível em: https://sme.goiania.go.gov.br/co-
nexaoescola/eaja/a-fotossintese/.
Acesso em: 21 abr. 2021.

50
Nos animais, parte da energia é usada para que fujam de inimigos, procurem Orientações didáticas
seu alimento e se reproduzam. A energia fornecida pelos alimentos que ingerimos
Nesse momento, apresente os
nos permite brincar, estudar, ler e realizar várias outras atividades.
Os tamanhos dos animais não animais e sua classificação, usan-
estão proporcionais entre si;
as cores são artificiais. do como critério os tipos de ali-
mentos que consomem. Sejam
ANDREY E. DONNIKOV/SHUTTERSTOCK.COM

CESAR DINIZ/PULSAR IMAGENS


eles carnívoros, herbívoros, oní-
voros ou detritívoros, a fonte de
energia é sempre a alimentação.
A retomada dessa classificação
também será importante quan-
do forem abordadas as cadeias e
as teias alimentares mais adiante
nesta Unidade.
As antas se alimentam principalmente de
plantas. Elas medem cerca de 1,70 m de
comprimento.
Na BNCC
A leitura e compreensão do
JABOTICABA IMAGES/SHUTTERSTOCK.COM

texto contribuem para que os es-


tudantes reconheçam o papel do
Sol como fonte primária de ener­
gia na produção de alimentos, de-
senvolvendo parcialmente habili-
dade EF04CI04.

Os porcos-espinhos medem cerca de 25 cm de


Os tamanduás comem formigas, por isso comprimento quando adultos, se alimentam de raízes,
são animais carnívoros. Eles medem cerca de frutos e de restos de outros animais. Rio de Janeiro,
de 2 m de comprimento. RJ, 2016.

Os animais se alimentam de outros seres vivos e podem ser classificados de-


pendendo do que consomem.
Animais que comem somente plantas são chamados de herbívoros.
Os que comem outros animais são carnívoros.
Os animais que se alimentam tanto de plantas como de outros animais são
onívoros.
Os detritívoros são aqueles que se alimentam de restos de plantas e animais
mortos ou de fezes de outros animais. Alguns exemplos são o urubú e insetos,
como algumas moscas e alguns besouros.

51

Recurso para o professor


Para saber mais sobre biodiversidade, leia:
• THIEMANN, F. T.; de OLIVEIRA, H. T. Biodiversidade: abordagem de conceitos organiza-
dos em esferas que contemplam aspectos de conteúdos científicos, valores e atuação,
na perspectiva de uma educação ambiental crítica. VII EPEA - Encontro Pesquisa em Edu-
cação Ambiental. Rio Claro, 2013. Disponível em: http://www.epea.tmp.br/epea2013_
anais/ pdfs/plenary/0017-1.pdf. Acesso em: 21 abr. 2021.

51
Avaliação
As atividades da seção Agora
é sua vez foram elaboradas com
o objetivo de permitir aos estu- 1 Você aprendeu que as plantas produzem seu alimento utilizando a luz do Sol.
dantes que relembrem e sistema-
Na sua opinião, plantas podem crescer dentro de casa, mesmo com pouca
tizem a classificação dos animais
luz? Sua resposta serve para qualquer tipo de planta? Compartilhe, com seus
em herbívoros, carnívoros, onívo-
colegas de grupo, suas experiências pessoais. Resposta pessoal.
ros e detritívoros.
Se necessário, retome o tex- 2 Observe as fotografias a seguir. Indique em seu caderno se o animal destaca-
to e peça que indiquem outros do em cada uma delas é herbívoro, carnívoro, onívoro ou detritívoro.
exemplos de animais de cada gru-
Os tamanhos dos animais não estão proporcionais entre si.
po até que todos se apropriem da
classificação, pois esse conheci-

SLOWMOTIONGLI/SHUTTERSTOCK.COM

BOGDANHODA/SHUTTERSTOCK.COM
mento é importante para o de-
senvolvimento dos conceitos de
cadeias alimentares.

Orientações didáticas
Na atividade 1, é necessário
que citem plantas que não preci-
sam de muita luz para se desen-
volver. Você poderá citar alguns
exemplos como a espada-de-são- Serpentes alimentam-se de ratos , como na foto, A galinha se alimenta de grãos e de minhocas.
-jorge (Sansevieria trifasciata), su- e de outros pequenos animais. Carnívoro. Sua altura média é de 35 cm. Onívoro.
culentas, bambu etc. Se julgar con-
FABIO COLOMBINI

TACIO PHILIP SANSONOVSKI/SHUTTERSTOCK.COM


veniente, leve alguns exemplares e
apresente-os aos estudantes.
Na atividade 2, oriente os es-
tudantes a fazer a leitura da legen-
da das imagens. Espera-se que eles
relacionem os hábitos alimentares
com a classificação.
Chame a atenção para a ima-
gem do besouro “rola-bosta”
(Digitonthophagus gazella), que
se alimenta de fezes de gado. In-
forme que ele enterra pelotas de Capivaras são animais que se alimentam de O besouro conhecido popularmente como “rola-
gramíneas e até mesmo de plantas aquáticas. Seu bosta” se alimenta de fezes de bovinos. Tem cerca
fezes em que coloca os ovos, con- comprimento médio é de 1,3 m. Herbívoro. de 1 cm de comprimento. Detritívoro.
tribuindo para fertilizar o pasto.
Este animal é detritívoro, mais es-
pecificamente classificado como 52
coprófago (do grego “copros” =
fezes, e “fago” = comer).
Esse besouro é utilizado como
controle biológico de pestes Os ovos da mosca-dos-chifres também se desenvolvem nas fezes do gado. Ao enterrar
como a mosca-dos-chifres, inseto as pelotas de fezes do gado, o besouro contribui para diminuir a velocidade de reprodução
que pica o gado centenas de vezes da mosca-dos-chifres. Assim, esse besouro pode ser introduzido no pasto pelos pecuaristas
ao dia, alimentando-se do sangue com essa finalidade.
deles e prejudicando os animais. Essa discussão deve despertar o interesse dos estudantes, além de gerar aprofundamen-
to de conteúdos introduzindo o termo “controle biológico”. Em vez de usar inseticida para
eliminar a mosca-dos-chifres, a introdução do “rola-bosta” acabará por controlar a popula-
ção, por competição pelo alimento comum aos dois, sem que o solo ou outros vegetais se-
jam envenenados com o inseticida.

52
Sim. Porque ambos se alimentam de carne, provenientes de Orientações didáticas
animais, e de partes de plantas.

HIMANSHU1 RANA/SHUTTERSTOCK.COM
3 O urso-pardo, além de pescar, caça outros Dando sequência à seção
animais e também coleta mel e frutos. Agora é sua vez, na atividade
Responda em seu caderno. 3, espera-se que os estudantes
a) Podemos afirmar que o urso-pardo comparem a alimentação consi-
tem a mesma classificação de um ser derada padrão para o ser humano
humano quanto aos hábitos alimen- e a alimentação dos ursos-pardos,
tares? Por quê? e concluam que ambos são classi-
ficados da mesma maneira quan-
b) Que classificação é essa? Onívoro.
to a isso. Caso apresentem dificul-
Urso-pardo. O comprimento médio do dades, peça que relatem alguns
4 A menina está comendo um sanduíche animal é de cerca de 2,5 m.
alimentos que costumam ingerir
de carne com alface, tomate e queijo.
e os comparem com os alimentos

ILUSTRA CARTOON
Responda, em seu caderno, em que ca-
listados na atividade como parte
tegoria poderíamos classificá-la se ela co-
da alimentação dos ursos-pardos.
messe apenas os alimentos mencionados A atividade 4 demonstra que
nos itens abaixo. a menina é onívora. Lembre os es-
a) O pão e a alface. Herbívora. tudantes de que certas pessoas,
b) A carne. Carnívora. por motivos variados, podem não
consumir carne, e são ditos vege-
c) O sanduíche inteiro. Onívora.
tarianos. No entanto, a espécie
humana, como um todo, é onívo-
5 Leia o texto e depois responda à questão.
ra, por ter capacidade de se nu-
A joaninha é um tipo de inseto, predador voraz GLOSSÁRIO trir tanto de alimentos de origem
de pulgões, um animal que ocorre em planta- vegetal como animal.
ções. Algumas espécies de joaninhas se alimen- Predador: ser vivo que caça e Na atividade 5, a leitura aten-
tam de folhas, pólen e néctar. se alimenta de outro ser vivo. ta deverá ressaltar que existem di-
O louva-a-deus usa suas patas dianteiras para cap- Presa: ser vivo que é caçado ferentes espécies de joaninhas. A
e serve de alimento para maioria das espécies come pul-
turar suas presas, que geralmente são moscas,
seu predador. gões e é carnívora. No entanto,
gafanhotos, mariposas e até pequenos pássaros.
há outras que se alimentam de
folhas, pólen e néctar, de origem
CHERRYYBLOSSOM/
SHUTTERSTOCK.COM

KAREL BARTIK/
SHUTTERSTOCK.COM

As joaninhas são Louva-a-deus


insetos comuns em um galho vegetal, ou seja, são herbívoras.
em jardins. O de árvore. O Portanto, é incorreto classificar
comprimento comprimento todas as espécies de joaninhas
médio do animal é médio do animal é como onívoras.
de cerca de 0,8 mm. de cerca de 12 cm.

a) De acordo com o texto, é possível classificar as joaninhas como animais


onívoros? Não. Algumas espécies de joaninhas são carnívoras, e outras são herbívoras.
b) Como você classificaria os louva-a-deus? Os louva-a-deus são carnívoros.

53

53
Orientações didáticas Energia do Sol e energia do alimento
Convide três estudantes e so- A luz do Sol fornece a energia necessária
licite que cada um deles leia um para a planta produzir seu alimento. Nesse
parágrafo do texto “Energia do processo, a energia luminosa do Sol é transformada
Sol e energia do alimento”. e guardada no alimento que a planta produziu.
Depois, pergunte à turma o Uma lagarta, por exemplo, se alimenta da
que entenderam do texto. Por se folha de uma planta. Ela aproveita o alimento que
tratar de um texto com muitas in- a folha produziu. Esse alimento contém energia
formações novas, é possível que que provém,indiretamente, da energia do Sol.
eles tenham alguma dificuldade.
Se um pássaro comer essa lagarta, também
Se necessário, repita a leitu-
estará aproveitando, indiretamente, a energia da
ra de forma dialogada e certifi-
luz do Sol, que a planta armazenou em seu alimento,
que-se de que todos compreen-
deram a ideia principal do texto,
que foi transferida para a lagarta, e dela para
ou seja, que o Sol é a fonte pri- o pássaro.
mária de energia de todos os seres
vivos, que essa energia é “guar- A cadeia alimentar
dada” no alimento que a planta Cadeias alimentares são esquemas
produz, e que é transferida para que representam as relações alimentares
os animais que comem a planta e na natureza.
também para os predadores des-
ses animais.
Em cada etapa, é transferido não só o alimento,
Ressalte que, em última aná- mas também a energia que ele contém.
lise, a energia contida em qual- Toda cadeia alimentar começa com um vegetal, que
quer alimento provém, direta ou serve de alimento para um animal. Este, por sua vez, poderá
indiretamente, do Sol. Dessa for- servir de alimento para outro animal ou para os seres
ma, sem o Sol, a vida na Terra não decompositores.
seria possível. A cadeia alimentar é representada por um esquema
Em seguida, faça a leitura dia- que indica, por meio de setas, o sentido de transmissão do
logada do texto sobre as cadeias alimento e da energia.
alimentares e elucide qualquer
dúvida que os estudantes possam Veja um exemplo na página seguinte. As setas verdes
apresentar, inclusive em relação vão do organismo que serve de alimento para aquele que
ao significado das palavras. Caso o usa como alimento.
julgue adequado, incentive-os a
ILUSTRA CARTOON

procurar os termos desconheci-


dos no dicionário. Isso os ajudará
no desenvolvimento do vocabu-
lário, dando-lhes maior repertó-
rio científico.
O uso de atividades que incenti-
vam a leitura em voz alta e a busca
54
no dicionário contribui diretamente
para o desenvolvimento da fluência
em leitura oral. Se julgar convenien-
te, proponha que, após a leitura, os
estudantes recontem o que foi lido
Na BNCC
e compartilhem as ideias principais Ao compreender que a energia contida em qualquer alimento provém direta ou indire-
do texto com os colegas. tamente do Sol, a habilidade EF04CI04 está sendo desenvolvida.

54
Os tamanhos dos elementos

Sol
representados nas imagens não
estão proporcionais entre si; Orientações didáticas
foram usadas cores artificiais.

Faça a leitura dialogada do es-


produtor consumidor quema da cadeia alimentar, expli-
primário (I)

EDUARDO BORGES
cando que as setas sempre partem
do organismo que serve de alimen-
sais to e chegam ao organismo que uti-
minerais decomposição liza esse alimento.
consumidor
secundário (II) Assim, a leitura do esquema é
feita da seguinte maneira: a plan-
ta é alimento para a capivara, que
decompositores decomposição é alimento para a onça, que serve
(fungos e bactérias
do solo)
de alimento para os decomposito-
res (bactérias e fungos), que irão
Esquema simplificado da cadeia alimentar. A seta vai para as plantas, indicando que o gás carbônico e decompor a matéria e disponibili-
os sais minerais da decomposição são utilizados por elas. zar os produtos da decomposição
(gás carbônico, sais minerais, entre
A relação alimentar entre os seres vivos é chamada de cadeia alimentar. outros) para as plantas, mantendo
Numa cadeia alimentar, como a que você vê nesse esquema, a planta é chamada o ciclo da matéria.
de produtor, por ser capaz de fabricar o alimento de que precisa, pela fotossíntese. Ressalte que os decomposi-
Os animais herbívoros, como a anta, são os consumidores primários. tores também se alimentam das
plantas e das capivaras, quando
Os carnívoros, animais que se alimentam de herbívoros, são os consumidores estas morrem ou produzem resí-
secundários, e assim por diante. duos (folhas secas, urina e fezes).
Nesse esquema, aparece um tipo de ser vivo que não é planta nem animal e As setas verdes indicam o ciclo
está sempre presente em qualquer cadeia alimentar: são os seres decomposito- da matéria que alimenta a capiva-
res, representados pelas bactérias e também pelos fungos (bolores e cogumelos). ra, a onça e os decompositores.
Esses seres vivos alimentam-se de restos de seres vivos quando morrem, de urina A seta laranja indica que os ma-
e fezes. Ao serem digeridos pelos decompositores, os restos apodrecem e voltam teriais resultantes da decomposi-
ao ambiente o gás carbônico e os sais minerais que estavam neles (seta laranja). ção são absorvidos pelas plantas.
Esse processo é chamado de decomposição. Alguns estudantes podem consi-
derar que o sentido correto das
• Observe o esquema da cadeia alimentar e responda em seu caderno.
setas é o contrário, da onça para
1 O que as setas da cadeia alimentar representam? As setas indicam o sentido da a capivara, por entenderem que a
transferência do alimento. onça caça a capivara. Se isso ocor-
2 De onde vêm as setas que chegam aos decompositores? O que elas indicam? rer, ressalte as setas indicam o ca-
minho do alimento, assim a ma-
3 Para onde vai a seta que sai dos decompositores? O que isso indica? téria vai da capivara para a onça.
Quando os consumidores pri-
4 A cadeia alimentar acima ocorre em ambiente terrestre. Pesquise, como lição
mários comem plantas, incorpo-
de casa, um exemplo de cadeia alimentar aquática. Depois, desenhe a cadeia
ram a matéria na construção do
alimentar em seu caderno e mostre-a aos colegas. As setas vêm dos vegetais, da
capivara e da onça. As setas indicam que os restos desses seres vivos ou a urina e as fezes são próprio corpo e assim por diante
transformados pelos decompositores em gás carbônico e em sais minerais. de um consumidor para o outro.
55
Explique que os nutrientes produ-
zidos pelas plantas também são
utilizados por elas mesmas na
construção de raízes, caules, fo-
Orientações didáticas lhas, frutos e sementes. Ao final
Sugerimos, se julgar adequado, adiantar aos estudantes alguns detalhes sobre os orga- do ciclo, a matéria volta ao solo na
nismos decompositores: os fungos e as bactérias. As bactérias são organismos microscópi- forma de sais minerais, pela ação
cos, que não podem ser vistos a olho nu, existentes no ar, no solo e na água. Algumas bac- dos decompositores, e ao ar sob
térias causam doenças em animais e vegetais, outras desempenham papéis importantes na a forma de gás carbônico.
natureza, como a decomposição. Já os fungos podem ser microscópicos ou visíveis a olho
nu, como cogumelos e orelhas-de-pau.

55
Orientações didáticas Fluxo de energia e ciclo da matéria
Recomendamos especial aten- Toda a energia necessária à vida provém do Sol. A luz solar entra nas cadeias
ção ao trabalho com esse con- alimentares pelos produtores, é transformada por eles e armazenada no alimen-
teúdo, contribuindo para os es- to. Essa energia é depois transferida aos consumidores primários, que a fornecem
tudantes compreenderem o ciclo aos consumidores secundários, e assim por diante, até chegar aos decompositores.
da matéria e o fluxo de energia, Dizemos que a energia flui em uma só direção, dos produtores para os decompo-
em como reconhecer que os dois sitores. Fala-se em fluxo de energia.
ocorrem simultaneamente no am-
biente. Afinal, a energia de que Por sua vez, o caminho das substâncias que fazem parte do corpo dos seres
estamos falando está contida na vivos é um ciclo fechado. Entenda o porquê: elas são transferidas dos produtores
matéria, ou seja, a acompanha. aos consumidores primários, destes para os secundários, e assim por diante, até
Faça a leitura dialogada do chegarem aos decompositores. Estes, ao realizarem a decomposição, liberam nu-
esquema, diferenciando as setas trientes no ambiente (sais minerais e outras substâncias, como o gás carbônico), que
azuis das setas vermelhas. As se- são finalmente absorvidos pelos produtores. Assim, a matéria (ou as substâncias)
tas vermelhas indicam o fluxo de que sai dos produtores retorna a eles. Por isso dizemos que, a matéria é constan-
energia (fluxo unidirecional) e as temente reciclada na natureza.
setas azuis indicam o caminho da
matéria (ciclo fechado).
Os tamanhos dos animais não
Em relação ao fluxo de ener- estão proporcionais entre si;
as cores são artificiais.
gia, a quantidade de energia que
é transferida de um ser vivo para o produtor
outro diminui ao longo da cadeia, Sol
pois durante o processo parte da
EDUARDO BORGES

consumidor
energia é perdida sob a forma de primário (I)
calor. Ao final do fluxo, admite-se
que a energia recebida pelos de-
compositores não volta aos orga- decomposição
nismos, ou seja, toda a energia foi consumidor
secundário (II)
dissipada para o ambiente. É como decompositores
se a energia, absorvida do Sol pela (fungos e
bactérias do solo)
fotossíntese, após várias passagens,
“acabasse” nos decompositores. energia
A energia não se acaba, parte substâncias
dela se dissipa no ambiente, sob a
forma de calor. Mas, para as fina-
lidades dos ecossistemas, é como Esquema simplificado representando a transferência da energia e de matéria em uma cadeia
se ela tivesse chegado a um ponto alimentar. Repare, pela direção das setas, que a energia flui a partir do Sol e é transmitida pela cadeia,
chegando aos seres decompositores, mas não volta aos produtores. A matéria, no entanto, caminha
final. Por esse motivo, o fluxo de
num ciclo fechado, sendo novamente absorvida pelas raízes das plantas; portanto, ela está sempre
energia é dito unidirecional. circulando nos ecossistemas.
Contrariamente, a matéria
passa por um ciclo fechado, ou
seja, toda a matéria que “saiu”
56
dos produtores, no início do ci-
clo, volta a eles ao final do ciclo.
Assim, toda essa matéria é recicla-
da pelos decompositores, ficando
Na BNCC
disponível para reutilização pelos A habilidade EF04CI05 é desenvolvida na leitura do texto e análise do esquema que mos-
organismos clorofilados. tra as diferenças entre o ciclo da matéria, (ciclo fechado) do fluxo de energia (unidirecional).
Na leitura do esquema, o estudante desenvolve a competência geral 4.

56
O desenho deve ter setas no sentido: Sol  pé de couve  pulgão  joaninha  pardal 
gavião. A partir da planta e dos animais, devem partir setas que apontam diretamente para a Respostas
palavra “decompositores”. Sim, pois ela se alimenta de um animal
herbívoro, que se alimentou de uma planta 1. b)  C
 ouve - produtor; pulgão -
que produziu seu próprio alimento pela consumidor primário; joa-
fotossíntese, que utiliza a luz do Sol.
ninha - consumidor secun-
1 Observe o esquema abaixo, em que estão representados alguns seres vivos: dário; pardal - consumidor
um pé de couve, um pulgão, uma joaninha, um pardal e um gavião. terciário; gavião - consu-
midor quaternário.

EDUARDO BORGES
Os tamanhos dos animais não estão proporcionais entre si;
f)  N
 o primeiro caso, a maté-
ria circula constantemente
no ecossistema. No segun-
do, a energia é absorvida
pelos produtores, transfe-
Esquema simplificado de cadeia alimentar. rida a todos os elementos
da cadeia, e “termina” nos
a) Os seres vivos acima representados podem formar uma cadeia alimentar.
decompositores.
O pulgão se alimenta da couve, a joaninha come o pulgão. O pardal usa a
joaninha como alimento e o gavião ataca o pardal para comê-lo. Desenhe
essa cadeia no caderno, usando setas para mostrar o caminho do alimento. Avaliação
Escreva também a palavra “decompositores” e mostre, por meio de setas,
a transferência de matéria e de energia para eles, a partir dos outros seres Todas as atividades da seção
vivos. Agora é sua vez dispostas nas
b) Classifique cada organismo de seu ATENÇÃO! páginas 57 a 59 foram elabora-
das com o objetivo de avaliar uma
esquema com uma das palavras
produtor; consumidor primário; parte do processo de aprendizado
do quadro ao lado, com base na consumidor secundário, consumidor no Capítulo. Elas abrangem as ha-
posição que ele ocupa na cadeia. terciário; consumidor quaternário bilidades EF04CI04 e EF04CI05.
Escreva a palavra no esquema, so-
Na atividade 1, os estudantes
bre cada organismo.
deverão organizar os seres vivos
c) Para sobreviver, a onça depende na ordem correta e ligá-los por
de alguma maneira da luz do Sol? meio de setas diferentes, que re-
d) Por meio da fotossíntese as plantas produzem a glicose de que necessitam presentem a transferência de ma-
téria e a de energia. Deverão clas-
para sobreviver. Para isso, precisam de luz do Sol, de água e de um gás,
sificar cada organismo na cadeia
presente na atmosfera e produzido pelos decompositores. Que gás é esse?
(produtor, consumidor etc.).
Gás carbônico.
e) Qual é a importância dos decompositores na natureza? Para a avaliação, considere se
f) Quanto ao caminho percorrido, que diferença há entre o ciclo da matéria e os estudantes posicionaram e in-
o fluxo de energia nos ecossistemas? Converse com seus colegas a respeito dicaram corretamente os orga-
disso e cheguem a uma conclusão, quer deverá ser levada ao seu professor. nismos e os termos “produtor”,
Orientações no Manual do Professor. “consumidor primário” etc. O
A decomposição é o processo que promove a liberação da matéria que compõe os seres sentido das setas também é um
vivos de volta ao ambiente, como o gás carbônico e os sais minerais, possibilitando que requisito importante para a ava-
sejam reutilizados pelos produtores.
liação. As setas devem ir do ali-
57
mento para quem recebe este ali-
mento. Avalie se esta convenção
foi assimilada pelos estudantes.
Verifique se os estudantes identificam que toda a energia de uma cadeia alimentar provém
do Sol, sendo primeiro absorvida pelas plantas no processo de fotossíntese e armazenada na
matéria que a planta constrói. Parte dessa matéria, com a energia que contém, é transferida
aos herbívoros (consumidores de primeira ordem), depois para os carnívoros (consumidores
de várias ordens), e por fim para os decompositores.
Essa atividade avalia processualmente a aprendizagem dos estudantes, dando ainda a
oportunidade de correções de rumo, seja retomando conceitos, seja mudando as estraté-
gias de ensino.

57
Avaliação
2 Leia a história em quadrinhos.
Na atividade 2, peça aos es-
tudantes que leiam individual-

© MAURICIO DE SOUSA/MAURICIO DE SOUSA EDITORA LTDA.


mente a história em quadrinhos
(HQ). Depois, questione-os so-
bre o que entenderam. Ajude-os
a compreender a importância da
leitura do cenário e das expres-
sões das personagens, como com-
plemento dos textos.
Após a leitura, pergunte a eles
qual é o tema central da história.
Espera-se que eles percebam que
se trata de parte de uma cadeia
alimentar (gatos alimentam-se de
ratos). Depois que identificarem a
razão de o plano não ter dado cer-
to, pergunte que outro animal os
meninos poderiam ter colocado na
caixa para que seu plano obtives-
se sucesso. A ideia é que os estu-
dantes indiquem um animal que
não seja uma presa para o gato,
ou seja, um animal do qual o gato
não se alimenta.
Ao final, reforce aos estudan-
tes o fato de se tratar de uma his-
tória fictícia e que animais devem
ser respeitados e não devem ser
utilizados em brincadeiras nem
colocados em caixas fechadas.
Caso eles não respondam satis-
fatoriamente, retome a leitura da
HQ para verificar se não houve di-
ficuldade na interpretação do texto
ou da imagem. Dê um tempo para MAURÍCIO DE SOUZA EDITORA.

que eles analisem a história quadro a) Cebolinha e Cascão queriam assustar Mônica e Magali. Por que o plano
a quadro, observando os desenhos não deu certo? Gatos comem ratos. Cebolinha e Cascão não imaginavam que o
e as expressões de cada persona- presente de Mônica para Magali fosse um gato.
b) Os ratos geralmente se alimentam de grãos. Sabendo disso, qual é a posi-
gem. Depois, comente que gatos
ção do rato e do gato na cadeia alimentar do quadrinho?
se alimentam de ratos. Pergunte à
O rato é consumidor primário e o gato é consumidor secundário.
turma se alguém tem um exemplo
58
para contar sobre esse assunto e
deixe que os estudantes compar-
tilhem suas experiências.
Orientações didáticas
Essa atividade promove o desenvolvimento da compreensão de textos de história em qua-
drinhos. Se julgar conveniente, depois da leitura proponha aos estudantes que encenem em
sala de aula a história da HQ recontando o que foi lido. Essa é uma atividade lúdica que pro-
move a localização das ideias principais de um texto e o compartilhamento de informações.

58
Ambos os esquemas mostram que nas cadeias alimentares existe a transferência de energia e
de matéria quando um ser vivo se alimenta do outro. No entanto, a transferência de energia Avaliação
ocorre em uma direção e tem um início (luz solar) e um fim (decompositores), enquanto a
3 Observe os dois esquemas a seguir. transferência de substâncias é cíclica. Na atividade 3, pretendemos
que os estudantes identifiquem

ILUSTRA CARTOON
qual dos esquemas (A ou B) repre-
senta o ciclo da matéria e qual de-
les representa o fluxo de energia.
Se necessário, reforce que na
cadeia alimentar o fluxo de ener-
gia ocorre em um único sentido –
do Sol até os decompositores. Já a
a) Qual deles melhor representa o movimento da energia em uma cadeia ali-
matéria é transferida na cadeia em
mentar? Qual representa o da matéria? O esquema A representa o ciclo da
matéria e o esquema B, o fluxo de energia um ciclo fechado, voltando aos pro-
b) Quais são as diferenças e semelhanças entre eles? em uma cadeia alimentar. dutores.
c) Relacione os números que fazem parte dos esquemas aos seguintes ele- Na atividade 4, os estudan-
mentos: produtores, herbívoros, carnívoros e decompositores. tes deverão identificar não só a or-
1: produtores, 2: herbívoros, 3: carnívoros e 4: decompositores. dem correta, como também o pa-
4 O professor entregou a três alunos cartões com imagens de sapo, capim, bo- pel essencial das setas ao indicarem
a transferência de energia de um
lor e gafanhoto para que formassem uma cadeia alimentar.
ser para outro.
Observe as ilustrações que os alunos fizeram em seus cadernos: Caso os estudantes não respon-
dam satisfatoriamente, verifique a

SUPHAKIT73/SHUTTERSTOCK.COM; TAWIN BUNKOED/SHUTTERSTOCK.COM; ALEXANDER


SVIRIDOV/SHUTTERSTOCK.COM
A conveniência de trabalhar com eles
o vídeo sugerido na seção Recurso
para o professor.

• Qual delas está correta? Quais são os erros que você percebe nas duas outras?
A cadeia B está correta. Na cadeia A, as setas deveriam ir do alimento ao organismo que o
consome. Na cadeia C, o erro está no fato de que gafanhotos não comem sapos.

59

Recurso para o professor


Vídeo com muitos desenhos e explicação sobre como energia e matéria fluem nas ca-
deias e teias alimentares.
• Fluxo de energia e matéria através dos ecossistemas. Khan Academy Brasil. Disponível em:
www.youtube.com/watch?v=qj6RWzK7cYI. Acesso em: 8 ago. 2021.

59
Orientações didáticas
A ação dos decompositores é
fácil de ser percebida no dia a dia.
Nesta atividade, além de pão O que ocorre com restos de alimentos enterrados em um jardim?
e mamão, outros vegetais podem
ser colocados no recipiente, como Levantamento de hipóteses
maçã ou uma folha de hortaliça, • O que você acha que aconteceria com pedaços de pão e de mamão se eles
sempre próximos à parede do re- fossem enterrados? Descreva com algumas palavras o que poderia aconte-
cipiente, de forma a facilitar a ob- cer com o aspecto deles com o passar do tempo. Registre em seu caderno.
servação ao longo dos dias. Resposta pessoal.
As observações deverão ser Material:
feitas de modo regular pelos estu-
dantes. Ao final, deverão confron- • uma garrafa plástica (tipo PET) transparente, sem o gargalo, que deve ser
tar os resultados com as hipóteses cortada por um adulto;
iniciais, tendo a oportunidade de • terra vegetal distribuída pelo professor (use luvar plásticas para manusear a terra);
aceitá-las ou refutá-las.
• pedaços de pão e de mamão;
Na atividade 1 do item Pen-
sando sobre os resultados, no • plástico para cobrir, elástico, uma colher e água.
item b, os estudantes serão in-
ATENÇÃO!
Como fazer Faça com a ajuda de
centivados a refletir a respeito de
um adulto.
maneiras de conservar os alimen- 1. Com a colher, coloque um pouco de terra na
tos, ou seja, de evitar a ação de garrafa.
fungos e bactérias nos alimentos.
2. Coloque pedaços de pão e de mamão junto à parede da garrafa, para po-
Uma possibilidade é que os estu-
der enxergá-los, e acrescente terra. Depois, coloque mais pão, mamão e
dantes desenhem uma geladeira,
terra.
onde a baixa temperatura retar-
da a ação desses agentes decom- 3. Umedeça a terra, tampe a garrafa com plástico e amarre.
positores. Caso sugiram cobrir os
alimentos, explique que isso pode Observação dos resultados
não ser eficaz, já que fungos mi-
• Observe por 10 dias os pedaços de pão e de mamão.

FERNANDO FAVORETTO/CRIAR IMAGEM


croscópicos e bactérias estão no ar
e contaminariam facilmente os ali- • Descreva os resultados observados em seu caderno. Se
mentos. Já a fervura dos alimentos quiser, poderá fotografar as modificações observadas até
e sua conservação em recipientes o final do experimento, anotando o dia em que a fotogra-
tampados, ao abrigo do ar, seria fia foi obtida.
uma forma eficaz. • Ao final do experimento, descarte, se possível em uma área
Para encerrar a atividade, dis- de jardim, o material utilizado no experimento. Use luvas
cuta a noção de que alguns mate-
plásticas para evitar contaminação. Lave a garrafa PET e
riais não se decompõem, ou se de-
coloque-a no lixo reciclável.
compõem muito lentamente, o que
traz um problema ambiental grave,
já que se acumulam na natureza.
60
Uma observação: os metais,
como é o caso dos parafusos, so-
frem oxidação de forma muito len-
ta, ou seja, podem “enferrujar”.
Isso não é decomposição, por não
Atividade complementar garrafa PET) após um prazo de 15 dias?”.
Os estudantes já dispõem de conhecimentos
ser causado pela ação de seres vi- Reproduza o experimento com outros ma- prévios, o que os habilitará a levantar hipó-
vos; trata-se apenas da reação do teriais, como tampa plástica de garrafa PET, teses. Eles sabem, por exemplo, que existem
metal com o gás oxigênio do ar. um parafuso grande e um pedaço de saco de decompositores no solo e, possivelmente, já
plástico. Oriente os estudantes a organizar ouviram falar dos problemas causados pelo
esses materiais de forma que fiquem visíveis acúmulo de resíduos sólidos, como garrafas
através do plástico da garrafa. plásticas e latas de refrigerantes, no ambien-
Depois, peça que levantem hipóteses te, agravados pelo tempo que eles demoram
sobre o seguinte problema: “O que deve- para se decompor. Porém, não adiante a in-
rá acontecer com cada um desses materiais formação aos estudantes, para não influen-
(pão, mamão, plástico, parafuso, tampa da ciar na elaboração das hipóteses.
60
Aqui, os alunos podem, por exemplo, sugerir que os alimentos sejam conservados em temperaturas
baixas, na geladeira, congelados ou até mesmo cozidos, já que o cozimento retarda a decomposição. Outra
possibilidade seria a produção de conservas com bastante açúcar. Respostas
Conclusão
1. Suas hipóteses iniciais se confirmaram ou foram rejeitadas? Justifique sua 1. a)  E
 les ficaram visivelmente
resposta. Resposta pessoal. embolorados, ou seja, estão
servindo de alimento para
2. Se houve mudanças no aspecto dos alimentos, como você as explicaria? fungos. Bactérias decompo-
Os fungos e as bactérias se alimentaram deles e os decompuseram. sitoras (microscópicas) tam-
Pensando sobre os resultados bém devem estar agindo.

1 João esqueceu uma laranja em sua lancheira. Dias depois, veja como esse ali-
mento estava: Orientações didáticas
Na atividade 2, apresenta-
mos uma alternativa para a con-
FOTOSR52/SHUTTERSTOCK.COM

servação dos alimentos: as com-


potas. O processo de fervura com
água e uma grande quantidade
Ela ficou visivelmente de açúcar diminui o número de
embolorada, ou seja, esta
servindo de alimento microrganismos nos alimentos.
para fungos. Bactérias Esse processo, adicionado ao
Laranja após ser esquecida dentro da lancheira por alguns dias. decompositoras acondicionamento em potes de
(microscópicas) também vidro fechados, garante o aumen-
a) O que aconteceu com a laranja? devem estar agindo.
to do tempo de vida útil desses
b) Faça um desenho simples, em seu caderno, mostrando duas maneiras para alimentos.
evitar que os alimentos estraguem. Na verdade, tanto grandes
concentrações de açúcar como
2 Domingos e Daniela fizeram compotas de frutas em setembro, para presen- de sal inibem o crescimento de
tear vários parentes em dezembro. microrganismos, por deixá-los de-
a) Você acha que em dezembro as compotas estarão estragadas, com fungos sidratados em razão de um pro-
e bactérias? Por quê? cesso físico chamado osmose. Isso
Não, pois a fervura mata a maioria faz com que carne salgada, baca-
JOÃO PRUDENTE/PULSAR IMAGENS

das bactérias e fungos. Tampar os lhau, ou ainda doces em compo-


vidros hermeticamente também
contribui para que microrganismos ta, possam se manter sem estra-
não sejam trazidos pelo ar. Além gar por muito tempo.
disso, a grande quantidade de
açúcar dificulta o desenvolvimento
desses organismos.
Compotas de abacaxi
e de outras frutas. As
compotas são feitas com
frutas fervidas em água
com açúcar, guardadas em
recipientes bem fechados.

61

Avaliação Na BNCC
É hora de investigar A elaboração do relatório pro-
posta para finalizar esse experi-
O objetivo desta atividade experimental é tornar concreta, para os estudantes, a noção da mento, contribui para o desen-
presença dos “decompositores” na natureza, por exemplo, no solo, além da oportunidade de volvimento das competências
verificar sua ação, por meio de observação. Além disso, o acompanhamento das observações, gerais 2 e 4 da BNCC.
resultados e conclusões tiradas pelos estudantes permitirá a avaliação de aprendizagem da ha-
bilidade: EF04CI06.
Caso os estudantes não respondam satisfatoriamente, promova uma roda de conversa e faça
retomadas usando outros exemplos e questionamentos. Deixe-os à vontade para compartilhar
suas experiências. Posteriormente, retome a proposta do experimento e peça que compartilhem
o que observaram, relacionando os decompositores do solo com a decomposição de alimentos.
61
Orientações didáticas Teias alimentares
Comece o trabalho com o Observe o esquema abaixo. Quantas cadeias alimentares você consegue en-
tema das teias alimentares fazen- contrar nele?
do a interpretação do esquema
apresentado com os estudantes.
Teia alimentar (sem representação dos decompositores)
Comece pelo produtor (vegeta-
ção) e pergunte quais herbívo-
ros se alimentam dele. Continue Sol Os tamanhos dos animais não
estão proporcionais entre si;
as cores são artificiais.
a interpretação do esquema, se-

EDUARDO BORGES
guindo cada cadeia que compõe
a teia alimentar, sempre começan- gafanhoto perereca
do pelo herbívoro e orientando-os
a seguirem as setas. Explique que,
se os decompositores (fungos e
bactérias) estivessem representa-
capim
dos na ilustração, teríamos de tra-
çar setas saindo de todos os orga-
nismos da teia em direção a eles.
É importante evidenciar o en-
trelaçamento das várias cadeias
alimentares que formam a teia jiboia
alimentar.
As cadeias da teia são:
• capim – capivara – onça sabiá
capivara
• capim – capivara – harpia
• capim – capivara – jiboia –
harpia
• capim – gafanhoto – sabiá –
harpia
harpia
• capim – gafanhoto – perereca onça
– jiboia – harpia

Esquema simplificado de uma teia alimentar.

Nos ambientes naturais, várias cadeias alimentares se cruzam, pois é muito


difícil que um ser vivo de uma cadeia alimentar não faça parte de outras cadeias.
O conjunto de várias cadeias alimentares interligadas forma uma teia alimentar.

62

62
Orientações didáticas
Na atividade 1 da seção
Agora é sua vez, há uma histó-
Responda às atividades a seguir em seu caderno.
ria em quadrinhos que apresenta
1 Leia a história em quadrinhos e responda às questões. de maneira lúdica uma cadeia ali-
mentar. Apresentamos aqui mais
uma oportunidade de trabalho
© MAURICIO DE SOUSA/MAURICIO DE SOUSA EDITORA LTDA.

com componentes essenciais da


alfabetização e a promoção da
literacia. Os estudantes gostam
de histórias em quadrinhos por-
que são divertidas e fáceis de ler.
Aproveite a oportunidade para
verificar se eles compreenderam
a história.
No item a, espera-se que os
estudantes percebam que, ao fi-
nal da história, o peixe alaranjado
notou que também poderia ser
comido por um peixe maior que
ele, ou seja, que poderia virar ali-
mento de outro ser vivo.
Já no item b, é esperado
que os estudantes percebam que
Horácio é um consumidor primá-
rio, o peixe alaranjado um consu-
midor secundário e o peixe verde
um consumidor terciário. Caso eles
tenham dificuldade em classificar
esse último consumidor, ajude-os
a encontrar a resposta.
Ao final, reforce que se tra-
ta de uma história fictícia e que,
na natureza, as relações entre os
seres vivos não se dão de forma
linear, mas sim em um esquema
MAURICIO DE SOUSA EDITORA de teia.
a) Por que Horácio não foi devorado pelo animal cor de laranja? O animal que Caso eles não conheçam
comeria Horácio percebeu que ele também poderia ser comido por outro animal, maior que ele. Horácio, personagem de Mauri-
b) Se você considerar os personagens da tirinha como componentes de uma cio de Sousa, explique que ele re-
cadeia alimentar, que papel você daria a cada um deles? presenta um filhote de tiranossau-
Horácio: consumidor primário. Animal cor de laranja: consumidor secundário.
Animal verde: consumidor terciário. ro, espécie já extinta.
63

63
Resposta à pergunta 4
2 Observe a teia alimentar representada a seguir. Imagens sem escala.
4. Fungos que comemos: cogu-
melos, como o shiitake. Pães,

1: KOVALEVA_KA/
SHUTTERTSOCK.COM
2: PAKHNYUSHCHY/
SHUTTERSTOCK.COM
3: DWI PUTRA STOCK/
SHUTTERSTOCK.COM
4: RICHARD G SMITH/
SHUTTERSTOCK.COM
5: WARAT42/
SHUTTERSTOCK.COM
4
massas de pizza, cervejas e vi- 2
nhos são produzidos com a 1 3
ajuda de fungos. A levedura
de cerveja, ou fermento de 5
Esquema simplificado de uma teia alimentar.
padaria, é um composto que
contém fungos que fermen- Escreva as frases em seu caderno e complete-as com as palavras do quadro.
tam a massa de pão ou de
pizza. gavião – serpente – produtor – jacaré
produtor
a) Nessa teia alimentar, o milho é o _____________.
Orientações didáticas serpente
b) O consumidor secundário dessa teia é a _____________ .
jacaré .
gavião e o _________
c) Os consumidores terciários dessa teia são o _________
A atividade 2 retoma o que
foi trabalhado no Capítulo, por d) “Na natureza, os gaviões dependem da luz do Sol para sua sobrevivência”.
isso é provável que os estudantes Você concorda com essa afirmação ou discorda dela? Por quê?
não tenham dificuldade em res- e) Os cientistas afirmam que, em uma teia como essa, o número de serpentes
ponder às questões. do ambiente depende do número de gaviões. Converse com seus colegas
Se achar oportuno, informe-os
e tentem justificar essa afirmação. Pelo fato de os gaviões se alimentarem de
de que não devemos intervir nas serpentes, quanto mais gaviões, maior será o consumo de serpentes, o que influi no
cadeias alimentares, pois elas man- número de serpentes no ambiente.
3 Desenhe numa folha de papel uma teia alimentar da qual você faz parte.
têm o equilíbrio do ambiente e dê
Depois, prenda seu desenho em um mural ou varal da sala para que os cole-
como exemplo a cadeia alimentar
gas apreciem os desenhos uns dos outros. Após as apreciações, comentem o
da atividade. Se acabássemos com
que aprenderam sobre de onde obtemos os alimentos. Resposta pessoal.
as serpentes, por exemplo, tería-
mos aumento na população de ra- 4 Os fungos são seres vivos decompositores. O bolor é um tipo de fungo, que
tos, diminuição da população do podemos encontrar nos alimentos que esquecemos no armário, na lancheira
milharal e, possivelmente, desa- e até mesmo na geladeira, e concluímos que esses alimentos estão apodre-
parecimento ou diminuição de ja-
cendo. Mas nem todo alimento que tem fungo está estragado; alguns são fa-
carés e gaviões.
bricados pelo ser humano com a ajuda
Na atividade 3, os estudantes

GRAFVISION/SHUTTERSTOCK.COM
da ação de fungos ou bactérias. Você já
deverão desenhar cadeias alimenta-
provou o queijo tipo gorgonzola? Ele é
res com a presença do ser humano,
um tipo de queijo produzido com leite
demonstrando que nós também
de vaca e fungos Penicillium. O fungo é
somos seres vivos e pertencemos a
cadeias e teias alimentares. o responsável pelo sabor característico
Na atividade 4 apresentamos desse queijo. Você conhece fungos que
uma reflexão importante para que comemos ou alimentos que são produ-
os estudantes entendam que nem zidos com a ajuda de fungos? Quais? Pedaços de queijo.
Concordo. Qualquer consumidor de uma cadeia alimentar depende direta ou indiretamente
tudo que tem fungo está estraga- dos produtores, que fabricam seu alimento utilizando a energia da luz do Sol.
do, mostrando que alguns alimen- 64
tos produzidos pelo ser humano
podem ter fungos ou bactérias
no processo de fabricação. Lem-
bre-se de mencionar que o fun- Sugestão para os estudantes
go microscópico, Saccharomyces O livro explica às crianças os conceitos de ecologia, motivando a formação da consciên-
cerevisiae, ou levedura de cerve- cia ecológica.
ja, é utilizado na fermentação da
• Uma cadeia alimentar, de Suzana Facchini Granato e Neide Simões de Mattos. Edito-
massa de pão ou de pizza. Como
ra FTD.
o nome indica, é também usado
na produção de cervejas e outras
bebidas alcoólicas.

64
Orientações didáticas
5 Observe a cadeia alimentar a seguir. Depois, em seu caderno, classifique cada
um dos animais, dizendo que tipo de consumidor ele é: primário, secundário, A atividade 5 consolida o
terciário ou quaternário. conceito de cadeia alimentar, soli-
Imagens sem escala.
citando aos estudantes que identi-

ILUSTRA CARTOON
fiquem os consumidores em uma
cadeia alimentar.
O texto da seção Você sa-
bia? retoma o assunto do equi-
líbrio das teias alimentares, cha-
mando a atenção dos estudantes
para questões que envolvem o de-
sequilíbrio causado pela caça pre-
datória. Explique que o tamanho
Esquema simplificado de uma cadeia alimentar. da população, ou seja, a quanti-
dade de indivíduos da espécie no
VOCÊ SABIA? ambiente, é determinada pelo elo
anterior da cadeia alimentar.
Educação ambiental Se julgar conveniente, solici-
Interferir em um dos elos de uma cadeia alimentar pode ter conse- te que elaborem um cartaz di-
quências graves. Na região do Pantanal, no estado de Mato Grosso, os jaca- gital, explicando o desequilíbrio
rés começaram a ser caçados de forma exagerada, caracterizando a chamada ambiental causado pela caça pre-
caça predatória. datória. A proposta de organizar
as informações em um cartaz di-

FABIO COLOMBINI/ACERVO DO FOTÓGRAFO


Como resultado, aumentou gital tem o intuito de instigá-los
muito o número de piranhas, e os a elaborar um produto de visual
fazendeiros da região, que trans- agradável e que exponha as prin-
portam gado pelas áreas inundadas, cipais informações obtidas na pes-
passaram a observar muitos casos de quisa. Converse com a direção da
ataque de piranhas a seus animais. escola e verifique a possibilidade
• Pesquise outros desequi- de publicá-lo no site ou nas redes
líbrios causados pela caça sociais da escala.
predatória na natureza.
Jacaré se alimentando de uma piranha no Pantanal,
• Reflita sobre como poderia Mato Grosso do Sul, 2008. Atividade complementar
conscientizar a população
sobre os perigos de desequilíbrio ambiental da caça predatória. Que tal Questione os estudantes so-
pesquisar na internet, em livros ou em jornais, outros exemplos de de- bre outras maneiras pelas quais o
sequilíbrio ambiental causado pela intervenção humana, e produzir car- ser humano interfere no equilíbrio
tazes ou um texto de divulgação para o jornal da escola? Converse com das teias alimentares.
seu professor e combine a forma de trabalhar. A eliminação de organismos
considerado pragas em
monoculturas e as queimadas que
65 causam a migração de espécies para
outros habitats são importantes
exemplos.
Resposta
5.

Tipo de consumidor Nome do animal


Primário Caramujos
Secundário Lambaris
Terciário Peixes maiores
Quaternário Aves

65
Orientações didáticas Cada povo indígena tem suas histórias. Que tal conhecer a de um macaco
que enganou uma onça, contada pelos povos Kadiwéu, que moram no Mato
O trabalho com a literacia
Grosso do Sul?
familiar deve ser encaminhado
como tarefa de casa. No retor- • Em sua casa, leia a história para um adulto e depois responda às pergun-
no, indague os estudantes sobre tas propostas.
como foi a leitura dramatizada em
casa. Monte um painel com foto-
grafias ou desenhos compartilha-
dos por eles.
Aqui também há oportunidade
de trabalho com a valorização da
cultura indígena, que guarda as
tradições orais históricas, trans-
mitidas a cada geração e, nesse

EDUARDO BORGES
caso, foi registrada pelo indígena
Daniel Munduruku.

Representação artística da onça-pintada, do macado e da veadinha.

A onça ia casar com a veadinha do mato. Então o macaco disse que


queria casar com aquela veadinha também. Ela falou que não, porque já
era noiva da onça, então o macaco falou:
— Onça! Onça é meu cavalo — e foi embora.
Quando a onça chegou, a veadinha contou o que o macaco tinha falado.
Ela ficou muito brava e foi logo dizendo que depois mostraria ao macaco
quem era cavalo.
O macaco era tocador de viola e, no dia do casamento, a onça queria
tirar a limpo aquela história na casa da veadinha. Chegou à casa do
macaco e disse:

66

66
Orientações didáticas
— Ô, macaco, vamos lá na festa, eu vou casar hoje.
Em sala de aula, verifique as
O macaco respondeu que não podia ir, estava doente, não podia andar.
respostas da atividade de literacia
A onça pediu para ele ir assim mesmo. Então o macaco falou:
familiar. As atividades propostas
— Eu não tenho montada, onça, só se você quiser me levar no lombo, têm o intuito de praticar localiza-
vou montado às suas costas até chegar perto, depois eu desço. ção de informações, interpreta-
A onça respondeu: ção de texto e produção de escri-
— Está bem, macaco, pode montar. ta, bem como de propor pesquisas
O macaco montou e quando andaram um pedaço, ele caiu no chão. a respeito do hábito alimentar de
A onça perguntou: animais brasileiros para compor
— O que foi? cadeias e teias alimentares, revi-
Eu não sei montar sem arreio e assim eu caio no chão, não posso ir — sando os conceitos aprendidos no
respondeu o macaco, sorrindo. Capítulo.
A onça falou que podia trazer o arreio, quando chegasse perto da festa, Em sala de aula, peça aos es-
tirava. tudantes que compartilhem as
[...] Quando chegou perto da casa da veadinha, a onça falou: respostas para as atividades. Ve-
— Agora desce, macaco, a festa é bem ali. rifique se eles conseguiram loca-
[...] Quando chegou bem perto, o macaco apertou a espora com força, lizar corretamente as informações
a onça pulou e foi cair longe. Aí o macaco meteu o laço na cabeça e no do texto. Nas atividades de pes-
lombo da onça e gritou: quisa, verifique se conseguiram
— Eu não disse, veadinha, que onça é meu cavalo?! buscar informações sobre hábi-
O macaco amarrou bem a onça num pau e foi à festa. tos alimentares de animais bra-
Fonte: Munduruku. Vozes Ancestrais – dez contos indígenas. São Paulo: Editora FTD, 2016. pp. 58 e 59.
sileiros e se conseguiram montar
corretamente cadeias e teias ali-
mentares. Chame a atenção deles
para a posição dos seres vivos nas
1 Quais são os personagens dessa história? Veadinha, macaco e onça-pintada. cadeias e teias.
Depois, peça que comparti-
2 Na natureza, esses animais fazem parte de cadeias alimentares. Pesquise na lhem as histórias indígenas que
internet que tipo de alimentos esses animais comem e monte uma cadeia ali- encontraram e a história que cria-
mentar com os três personagens da história. Resposta pessoal. ram. Se julgar conveniente, mon-
te um mural com as histórias para
3 A onça-pintada é um grande predador brasileiro. Nas histórias indígenas, os expor na escola.
outros animais sempre usam a esperteza e a ousadia para poder enfrentá-la.
Segundo o texto, como o macaco conseguiu enfrentar a onça?

4 Com a ajuda de um adulto, pesquise outra história indígena brasileira. Copie


a história em seu caderno e depois leia para sua turma. Resposta pessoal.
O macaco enganou a onça dizendo que estava doente para poder usá-la como
montaria e desmoralizá-la perante para a veadinha.

67

67
Orientações didáticas
A seção Aplicando o conhe-
cimento traz a oportunidade de
finalizar o Capítulo de maneira lú-
dica com um jogo. Essa atividade Quem serve de alimento para quem?
permite verificar a capacidade dos
estudantes de perceberem as ca- Material:
deias alimentares formadas atra- • lápis de cor e canetas hidrográficas;
vés do jogo.
Peça aos estudantes que leiam • 30 cartões de papel-cartão branco com dimensão de 6 cm × 10 cm.
individualmente as instruções do
jogo. Depois chame alguns alunos Como fazer
para explicar o que entenderam. 1. Organizem-se em grupos de 2 a 4 alunos.
Assim terá a oportunidade de ava- 2. Em cada grupo, os participantes desenharão, nos cartões que o professor
liar a compreensão de texto. fornecer, os seres vivos indicados no quadro a seguir.

Respostas banana – macaco – gavião – capim – veado – onça-pintada


– capivara – jacaré – aguapé – bolor – formiga – tamanduá –
Algumas possibilidades de res- folhas de amora – lagarta – passarinho – coquinho – coelho
postas são: – raposa – plantas aquáticas – peixe – garça – milho – rato –
• banana – macaco – gavião cobra – trigo – gafanhoto – sapo

• capim – veado – onça-pintada 3. Cada grupo deverá formar sequências de cartões para responder à per-
• capim – capivara – jacaré gunta feita no título.

• aguapé – peixe (pacu) – jacaré 4. O professor fará a validação dessas sequências.

• bolor – formiga – tamanduá 5. Os grupos poderão colar as sequências em cartazes e exibi-los para os
demais grupos. Se possível, deixem os cartazes expostos na sala de aula
• folhas de amora – lagarta – durante o estudo das cadeias alimentares. Não se esqueçam de colocar o
passarinho título.
• coquinho – macaco – gavião
• capim – coelho – raposa Como jogar
1. Embaralhem as cartas e distribuam entre os jogadores.
• plantas aquáticas – peixe –
garça 2. Cada jogador deve montar as cadeias alimentares com as cartas que receber.

• milho – rato – cobra 3. Depois, irão segurar nas mãos as cartas que sobram. Cada jogador, nas sua
vez, irá retirar uma carta do jogar à direita para formar nova cadeia.
• trigo – gafanhoto – sapo
4. Quem conseguir montar mais cadeias será o campeão.

68

68
Avaliação
O objetivo desta seção é reto-
Agora é hora de pensar sobre o que você experimentou e aprendeu no estudo
mar os pontos principais do Ca-
deste Capítulo. Em seu caderno, copie as frases abaixo. Após cada uma, faça o
pítulo, permitindo aos estudantes
desenho do ícone que melhor representa seu desempenho. Veja a legenda:
perceber a evolução de seu conhe-
cimento. Se necessário, incentive-
-os a consultar o texto do Capítulo,
Minha participação e O desempenho poderia ter Desempenho insatisfatório. tire possíveis dúvidas e se certifique
aprendizagem foram sido melhor. de que todos conseguiram com-
satisfatórias.
preender os temas abordados.
1. Compreendi a noção de ecossistema. Retome também as respostas
2. Sei como ocorre a interação entre seus elementos vivos e não vivos. dos estudantes às questões iniciais,
3. Reconheço a importância do Sol como fonte de energia para os seres vivos. verificando se as ideias levantadas
4. Compreendo o que são cadeias e teias alimentares. por eles se confirmaram ou não.
5. Consigo descrever como ocorre o fluxo de energia e a transferência de matéria na Mostre através delas o quanto
aprenderam nesta Unidade.
cadeia alimentar, reconhecendo diferenças e semelhanças entre eles.

AQUI TEM MAIS

Para ler
A história da cadeia alimentar, de Matthew Lilly e Jacqui Bailey.
Editora DCL.

EDITORA DCL
Descubra por que os seres vivos estão ligados pelo que comem e
por que todos os animais dependem das plantas. EDITORA DCL

Comilança, de Fernando Vilela. Editora DCL.


Conheça a cadeia alimentar de alguns dos animais que vivem na
Amazônia, como minhoca, arara, onça-pintada, jacaré e outros.

Para acessar
Por dentro das cadeias alimentares. Ciências Hoje das Crianças,
9 jul. 1998. Disponível em: http://chc.org.br/por-dentro-das-
cadeias-alimentares/.
Saiba como as espécies que vivem em um mesmo ambiente estão ligadas entre si.
Acesso em: 8 fev. 2021.

69

69
4
Objetivos do Capítulo
Após o trabalho com este Ca-
pítulo, esperamos que os estudan-
Seres microscópicos
tes reconheçam a existência de mi- e saúde
crorganismos, que compreendam
seu papel na manutenção da vida
e na causa de doenças que afetam NESTE CAPÍTULO VOCÊ VAI...
a saúde humana. • Conhecer alguns microrganismos e sua importância para a vida na Terra.
É importante que os estudantes • Relacionar alguns microrganismos à transmissão de doenças.
conheçam medidas de prevenção • Conhecer medidas para prevenção de algumas doenças.
de doenças causadas por microrga-
• Entender o que são vacinas e antibióticos.
nismos, como vacinas e antibióticos.
• Verificar a participação de microrganismos na produção de alimentos.
Este Capítulo trabalha conteú-
dos do tema Ciência e Tecnolo-
gia ao abordar a observação dos
microrganismos por meio de mi-
croscópios e o desenvolvimento de
antibióticos e vacinas. Discutimos
DAVID TADEVOSIAN/SHUTTERSTOCK.COM

a pandemia causada pela covid-19


e algumas medidas de prevenção
e controle de disseminação adota-
das para essa e outras doenças con-
tagiosas.

Habilidades da BNCC
neste Capítulo
• EF04CI06 – Relacionar a parti-
cipação de fungos e bactérias
no processo de decomposição, Profissionais trabalhando em cozinha comercial.
reconhecendo a importância
Observe a imagem e converse com seus colegas.
ambiental desse processo.
• EF04CI07 – Verificar a partici- 1 Que ambiente a imagem está mostrando? Como você chegou a essa conclusão?
pação de microrganismos na Resposta pessoal.
produção de alimentos, com- 2 Na atividade realizada nesse ambiente, medidas de higiene e limpeza são im-
bustíveis, medicamentos, en- portantes. Por quê? Resposta pessoal.
tre outros.
3 Você ou as pessoas com quem você mora realizam alguma dessas medidas? Quais?
• EF04CI08 – Propor, a partir do Resposta pessoal.
conhecimento das formas de 4 Como a atividade mostrada na imagem está relacionada com a nossa saúde?
Resposta pessoal.
transmissão de alguns micror-
ganismos (vírus, bactérias e 70
protozoários), atitudes e medi-
das adequadas para prevenção
de doenças a eles associadas.
Orientações didáticas
A imagem de uma cozinha industrial tem a intenção de auxiliar os estudantes a relacio-
PNA neste capítulo
nar determinadas práticas de higiene no preparo de alimentos aos microrganismos, como o
uso de avental, touca e um ambiente limpo e organizado.
• Ampliação de vocabulário
A atividade 1 trabalha de uma cozinha profissional, talvez de um restaurante. Na ati-
• Compreensão de texto vidade 2, identifica-se a limpeza como medida tomada para evitar a contaminação dos ali-
• Produção de escrita mentos. Na atividade 3, o objetivo é que os estudantes percebam que, independentemente
do ambiente, várias medidas de higiene sempre devem ser seguidas.
Para finalizar, na atividade 4, o preparo adequado dos alimentos está relacionado com
a saúde e à preveção de doenças.

70
Orientações didáticas
Os microrganismos
Faça a leitura dialogada do tex-
Lavar as mãos e os alimentos são medidas de higie-

GORODENKOFF/SHUTTERSTOCK.COM
to e, caso os estudantes tenham
ne que tomamos ao preparar uma refeição. Fazemos isso dúvidas em relação ao significado
porque em todo lugar há organismos muito pequenos de alguns termos, elucide-os ou in-
que podem contaminar os alimentos. São os microrga- centive-os a consultar o dicionário.
nismos, seres que não podem ser vistos a “olho nu”. Certifique-se de que todos
Os microrganismos podem ser encontrados em to- compreenderam o que são mi-
dos os ambientes, inclusive no corpo humano. Apesar crorganismos e que, para conse-
de ser comum relacioná-los às doenças, muitos deles guirmos vê-los, precisamos do au-
são necessários para a manutenção da vida na Terra por xílio de um microscópio. Explore
realizarem, entre outras coisas, a decomposição. Eles as fotografias e as legendas para
transformam restos de seres mortos em nutrientes (sais Para vermos os complementar as informações do
minerais e outros materiais, como o gás carbônico) que microrganismos, precisamos texto. Ressaltamos que as amplia-
de um microscópio, ções indicadas nas legendas se re-
podem ser reaproveitados pelos produtores, fechando
instrumento que amplia a ferem ao tamanho das imagens
assim o ciclo da matéria na natureza. imagem dos objetos centenas
reproduzidas no Livro do Estudan-
Os microrganismos incluem as bactérias, os fungos, ou até milhares de vezes. te, e não na reprodução reduzida
os vírus e os protozoários. Eles podem apresentar dife- inserida no Manual do Professor.
rentes formatos, como mostram as imagens a seguir. É importante deixar claro aos
estudantes que nem todos os mi-
1, 3 E 4: KATERYNA KON/SHUTTERSTOCK;
2: PEERADACHRATTANAKOSES/SHUTTERSTOCK

1 2 crorganismos são causadores de


As cores são artificiais. doenças. Alguns deles são bené-
ficos à saúde, como certas bac-
térias do intestino humano (po-
1: Bactérias. Ilustração pularmente chamada de flora
com aumento de 3 600
vezes. intestinal), algumas das quais par-
2: Vírus. Ilustração com ticipam na produção de vitaminas.
3 4 aumento de 225 000 Outros microrganismos, os de-
vezes. compositores, discutidos no Ca-
3: Fungos. Ilustração pítulo 3, reciclam a matéria, de-
com aumento de 1 200
volvendo ao ambiente nutrientes,
vezes.
4: Protozoários. que serão utilizados pelos produ-
Ilustração com tores nas cadeias alimentares.
aumento de 3 000 vezes.

Atividade complementar
Existem microrganismos que vivem em nosso intestino e são importantes para
a saúde. Eles participam da digestão e protegem o corpo contra doenças. Se julgar conveniente, ao tra-
Os microrganismos também são importantes na produção de alimentos, de balhar o tema de aumento da
remédios e de combustíveis. visualização com o auxílio de
microscópio, aproveite a oportu-
71 nidade para trabalhar a Ciência
e Tecnologia. Proponha que os
estudantes pesquisem quem criou
o primeiro microscópio e qual foi
a história deste invento. Proponha
Recursos para o professor que, em grupos, elaborem carta-
Para saber como foi a invenção do microscópio, leia: zes com as informações e as ima-
gens pesquisadas para exporem
• Antony van Leeuwenhoek – inventor do microscópio. J Bras Patol Med Lab. v. 45, n. 2, na sala. Combine uma data para
2009. Disponível em: www.scielo.br/pdf/jbpml/v45n2/v45n2a01.pdf. apresentação e verifique a postura
Acesso em: 21 abr. 2021. e a fala dos grupos, e se os inte-
grantes do grupo conseguiram in-
terpretar e recontar corretamente
as informações pesquisadas.

71
Orientações didáticas As bactérias

SCIENCE PHOTO LIBRARY - SPL / FOTOARENA


O texto desta página apresenta As bactérias são microrganismos que podem ser encon-
muitos conceitos novos aos estu- trados em diferentes ambientes, desde o topo das mais altas
dantes. Por isso, faça a leitura dia- montanhas até o fundo dos oceanos. Também vivem no cor-
logada do texto com a turma. Du- po de animais, na superfície de lagos ou mesmo em rochas
rante a leitura, explique os termos congeladas na Antártida.
novos e ressalte as ideias principais
do texto. Explore as fotografias e
A maioria das bactérias é benéfica ou não causa nenhum
as legendas para complementar mal aos seres humanos.
e enriquecer as informações. Algumas delas podem ser usadas para a produção de
Explique aos estudantes que as alimentos. Por exemplo, o “lactobacilo” é uma bactéria que
bactérias podem ser causadoras de azeda o leite e é utilizada na produção de coalhada. Certos tipos de bactérias
doenças (patogênicas) ou podem, podem se agrupar
No entanto, existem bactérias parasitas que podem causar formando camadas
ainda, desempenhar papéis funda- inflamações de garganta e de orelha e doenças mais graves, verdes visíveis em lagos,
mentais, não só no corpo dos seres como tuberculose, pneumonia, cólera, sífilis, tétano, entre ou- além de produzirem
vivos, mas também no ambiente, tras. A transmissão dessas bactérias pode ocorrer de diferentes substâncias que
como a decomposição. prejudicam a vida
maneiras, como pelo consumo de água ou de alimento conta- aquática.
É importante ressaltar o fato
minado ou pelo ar, com o espirro ou a tosse.
de que as bactérias patogênicas
podem ser eliminadas com o uso Quando o corpo não consegue combater as bactérias, elas se multiplicam, se
de antibióticos, porém o uso indis- espalham e infectam diferentes órgãos, o que pode afetar seriamente a saúde de
criminado desses medicamentos uma pessoa. Nesses casos, o tratamento é feito com o uso de antibióticos.
pode favorecer o aparecimento de

STEVE GSCHMEISSNER/SCIENCE
PHOTO LIBRARY /FOTOARENA
bactérias resistentes aos antibióti- Os antibióticos
cos disponíveis no mercado (as su-
Os antibióticos são medicamentos muito eficazes contra
perbactérias).
doenças bacterianas. Eles atuam destruindo bactérias ou impe-
Chame a atenção dos estudan-
dindo sua reprodução. No entanto, quando tomados sem ne-
tes para os cuidados necessários
cessidade ou de maneira inadequada, podem levar as bactérias
na utilização de antibióticos. Expli-
a desenvolverem resistência aos antibióticos, as capacitando A bactéria
que que é imprescindível procurar
a resistir aos efeitos do medicamento. Staphylococcus aureus
ajuda médica, pois somente esse está entre as bactérias
profissional poderá orientar sobre Atualmente, a resistência aos antibióticos está crescendo mais disseminadas
o tipo de antibiótico, o tempo de e é uma grande preocupação mundial. Segundo a Organização no mundo, tanto
tratamento e a dosagem adequa- Mundial da Saúde, é urgente o desenvolvimento de novos an- no ambiente
da para cada caso. Portanto, anti- tibióticos para combater as “superbactérias”, que são aquelas hospitalar quanto
fora dele. Foto de
bióticos só devem ser comercializa- resistentes até aos antibióticos mais modernos.
micrografia eletrônica
dos com receita e de acordo com
Desde 2011, é proibido vender antibióticos sem receita de varredura, com
a orientação médica.
médica nas farmácias brasileiras. Qual é o objetivo dessa aumento aproximado
A atividade oral que encerra a de 6 mil vezes. As cores
medida e o que você acha dela? Resposta pessoal. são artificiais.
página foi proposta com o objeti-
vo de fazer os estudantes refletirem
a respeito dessa medida de saúde
72
pública que visa controlar o uso dos
antibióticos e, assim, evitar o apa-
recimento de bactérias resistentes.
Se julgar conveniente, co-
mente que em rações destinadas
Na BNCC Recursos para o professor
a animais, como as aves, há a adi- Ao reconhecer que os microrganismos po- O site apresenta informações a respeito
ção de antibióticos para prevenir dem ser causadores de doenças ou podem de diversas doenças.
doenças e, dessa forma, aumen- desempenhar papéis importantes no corpo • https://portal.fiocruz.br.
tar a produtividade. Segundo es- humano (microbiota intestinal) ou no ambien- Acesso em: 21 abr. 2021.
tudos, isso tem um preço, já que te (decompistores), os estudantes estarão de-
contribui para aumentar a resis- senvolvendo a habilidade EF04CI06.
tência aos antibióticos e pode pre- Além disso, desenvolvem a competência
judicar o tratamento de indivíduos geral 8 e as competências específicas 3 e
da espécie humana. 7 de Ciências da Natureza.

72
Porque a geladeira é um ambiente de baixa temperatura, ou seja, desfavorável para a
multiplicação das bactérias. Orientações didáticas
Os tamanhos dos animais não
estão proporcionais entre si;
As atividades da seção Ago-
as cores são artificiais. ra é sua vez visam ajudar na sis-
Responda às atividades a seguir em seu caderno. tematização dos conhecimentos.

EDUARDO BORGES
Na atividade 1, espera-se que
1 Observe a ilustração, que mostra uma folha de alface sen- os estudantes respondam que os
do lavada e alguns microrganismos sobre ela que pode- microrganismos não podem ser
riam ser vistos ao microscópio. Escreva o que você sabe vistos a “olho nu”, mas podem
sobre o tamanho dos microrganismos e onde eles podem ser visualizados com o auxílio de
ser encontrados. Resposta pessoal. um microscópio. Os microrga-
nismos estão em toda parte, na

EDUARDO BORGES
2 Antes de iniciar a aula sobre microrganismos, o professor água, no solo, no ar e até mesmo
pediu aos alunos um desenho que retratasse a imagem nos alimentos.
que tinham desses organismos. Veja o que um dos alu- No item a da atividade 2,
nos desenhou. espera-se que os estudantes res-
a) Você acha que a imagem que o aluno tem dos micror- pondam que a imagem retrata-
ganismos é positiva ou negativa? Por quê? Resposta pessoal. da dos microrganismos é nega-
tiva, pois eles foram desenhados
b) Você concorda com ele? Justifique. Resposta pessoal.
como “monstros”, “seres assus-
tadores” que parecem causar mal.
3 Leia a seguir um trecho retirado de um guia publicado pela Agência Nacional
No item b, espera-se que os estu-
de Vigilância Sanitária (Anvisa). As bactérias crescem e se reproduzem rapidamente em dantes não concordem, pois nem
condições favoráveis de temperatura e de umidade.
todos os microrganismos são pre-
[...] Em certos tipos de alimento, os microrganismos encontram os judiciais ao contrário, alguns deles
nutrientes ideais para crescer e se multiplicar. Eles se multiplicam são benéficos e essenciais à ma-
rapidamente se, além dos nutrientes, encontrarem também condições nutenção da vida na Terra. Como
favoráveis de umidade e temperatura. A temperatura ideal para isso varia de exemplo, você pode voltar ao con-
um microrganismo para outro, mas a maioria se desenvolve bem a 37 ºC ceito de decomposição, estudado
(temperatura do corpo humano). [...] na Unidade anterior.
Guia de alimentos e vigilância sanitária. Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov. Na atividade 3, peça que os
br/images/pdf/2018/janeiro/17/Guia-de-Alimentos-e-Vigilancia-Sanitaria.pdf. alunos façam a leitura individual
Acesso em: 09 mar. 2021.
do texto, destacando as informa-
ções importantes. A compreensão
a) O texto cita características de ambientes que possibilitam a adaptação das de texto é uma das habilidades a
bactérias. Que características são essas? serem desenvolvida nos estudan-
tes. É possível que, em um pri-
b) Por que uma das formas de conservar os alimentos é colocá-los na geladeira?
meiro momento, eles digam que
c) Qual outra forma de conservar alimentos você conhece? todas as informações são impor-
Resposta pessoal. Algumas possibilidades são congelar alimentos, salgá-los, tantes; caso isso ocorra, trabalhe
cozinhá-los e fechá-los em seguida hermeticamente, entre outros.
com eles a interpretação de texto
ajudando-os a levantar as princi-
pais ideias. Em seguida, oriente-
73
-os a responder às atividades e a
socializar as respostas. A oralida-
de e a socialização também são
habilidades a desenvolver.

73
Orientações didáticas Os fungos
Faça a leitura dialogada do Os fungos formam um grupo de organismos muito importante para o meio
texto com os estudantes. Orien- ambiente, pois, assim como certas bactérias, algumas de suas espécies desempe-
te-os a anotar as palavras que não nham o papel de decompositores na natureza. Dessa forma, eles reciclam nutrien-
conhecem para que as consultem tes na natureza, necessários à sobrevivência das plantas.
no dicionário. Depois, proponha
Muitos fungos são visíveis a “olho nu”, como os cogumelos, outros são
que observem as imagens e leiam
microscópicos, como os usados na fabricação do queijo gorgonzola. Dos fungos
as legendas.
foi extraída a penicilina, o primeiro antibiótico natural descoberto, usado para o
Pergunte se eles já viram fun-
gos, como orelha-de-pau e co- tratamento de diversas infecções bacterianas.
gumelos. Em seguida, informe- Outro tipo de fungo microscópico importante são as leveduras. Elas são for-
-os que nem todas as espécies madas por uma única célula e estão presentes no fermento biológico comprado em
de cogumelos são comestíveis. mercados e padarias. Esse grupo de fungos é usado na produção de pães, cervejas,
Ressalte ainda a importância dos vinhos e álcool combustível (etanol).
Os tamanhos dos elementos não estão
fungos em algumas fermenta- proporcionais entre si; as cores são artificiais.

ções, como na produção de pão, FABIO COLOMBINI

STEVE GSCHMEISSNER/ SCIENCE PHOTO LIBRARY/ FOTOARENA


de massa de pizza, de bebidas al-
coólicas e de combustíveis para
automóveis. Em todos os casos
são utilizadas cepas do Saccha-
romyces cerevisiae, a levedura da
cerveja. Mencione também as in-
fecções causadas por fungos em
algumas doenças comuns, como
as micoses.

O fungo chamado Saccharomyces cerevisiae


Atividade complementar Orelhas-de-pau são fungos que medem cerca é utilizado na produção de pães e de etanol.
de 8 cm e realizam a decomposição de troncos Imagem ao microscópio eletrônico, com
Proponha um experimento de madeira. aumento de aproximadamente 1 500 vezes.
simples para ressaltar a utilização
REBECCAFONDREN/SHUTTERSTOCK

IGOR NORMANN/SHUTTERSTOCK

de fungos na produção de alimen-

IGOR NORMANN/SHUTTERSTOCK
tos, comtemplando a habilidade
EF04CI07. Para isso, prepare duas
porções de massa de pão, uma
que leve fermento biológico e ou-
tra sem fermento. Depois, propo-
nha que os estudantes verifiquem No queijo gorgonzola,
o que ocorre com o tamanho das os fungos microscópicos
O fermento biológico é composto
massas depois de algum tempo. estão localizados nas
de fungos microscópicos vivos.
Exemplos de fungos usados na culinária. partes verde-azuladas.
A massa com o fermento cresce,
o que a torna menos densa que
a outra. Isso porque o fermento 74
contém leveduras vivas que, na
presença da farinha da massa,
produzem gás carbônico durante massa fermentada irá subir, enquanto a outra irá afundar. Leve também um pedaço de pão
a fermentação. Demonstre a di- pronto para a sala e mostre os “buraquinhos” que existem no miolo, explicando que cada
ferença de densidade das massas um deles foi ocupado, antes de ser assado, por uma bolha de gás carbônico. O fato de o
colocando uma bolinha de cada pão ser “fofinho” se deve à estrutura da massa, que durante a fermentação forma uma rede
massa em um copo de água: a repleta de gás carbônico.

74
Os vírus Orientações didáticas
Todos os vírus, sem exceção, são parasitas de outros seres. Eles não tem es- Selecione cinco estudantes e
trutura celular própria e só podem viver e se multiplicar no interior das células de peça que cada um deles faça a lei-
tura de um parágrafo do texto em
animais, de plantas, de fungos e de bactérias. Além de serem microscópicos, estão
voz alta. O texto traz informações
entre os menores seres conhecidos e somente podem ser vistos ao microscópio ele- a respeito dos vírus, que são me-
trônico, que tem um grande poder de ampliação. nores que as bactérias, acelulares
Quando estão fora da célula que parasitam, os vírus não conseguem se repro- e parasitas intracelulares obriga-
duzir; no entanto, ao infectar novamente uma célula, voltam a se multiplicar. Por tórios. Isto é, para sobreviverem e
se reproduzirem precisam obriga-
causa dessa característica, alguns cientistas não os consideram seres vivos.
toriamente células de outros orga-
Os vírus causam doenças conhecidas como viroses, que têm grande capacidade nismos, como animais, vegetais,
de transmissão. A transmissão pode ser feita pelo ar, pela água, pelo contato com fungos ou até mesmo bactérias.
pessoas doentes ou com objetos contaminados. O vírus da gripe, por exemplo, é Eles só são visíveis ao microscópio
transmitido pelo ar e pelo contato com pessoas ou com objetos contaminados. Por eletrônico – que tem capacidade
isso, uma maneira de prevenção é evitar o contato com pessoas infectadas. de ampliação maior do que o mi-
croscópio óptico.
As viroses também podem ser transmitidas por meio de picadas de insetos. Muitos vírus são agentes pa-
Dengue, zika e chikungunya são doenças transmitidas pela picada do mosquito tógenos e a prevenção das doen-
Aedes aegypti infectado pelos vírus. ças que alguns deles causam é por
meio da vacinação, no combate
Os vírus são responsáveis por outras doenças como: sarampo, caxumba, cata-
aos vetores, como os mosquitos,
pora, herpes, aids, hepatite, febre amarela, rubéola, poliomielite (paralisia infantil), e em bons hábitos de higiene.
hidrofobia (raiva), entre outras. Para muitas delas, existem vacinas que protegem Chame a atenção dos estudan-
nosso corpo contra a infecção. tes para a importância do combate
Os tamanhos dos elementos
não estão proporcionais entre si; a alguns mosquitos que transmitem
as cores são artificiais.
vírus, como é o caso do vírus da den-
gue. Esses mosquitos dependem de
PULSAR IMAGENS - PULSARIMAGENS.COM.BR

EXTENDER_01/SHUTTERSTOCK
água parada para sua reprodução,
pois é nela que se desenvolvem as
larvas.
A prevenção de doenças como
Ilustração de um vírus a dengue é muito importante,
bacteriófago, que pois, embora já exista uma vaci-
parasita bactérias. na contra a doença, seu uso ain-
da não está generalizado. Assim,
impedir a proliferação de mosqui-
TACIO PHILIP SANSONOVSKI/
SHUTTERSTOCK

tos é por enquanto a melhor so-


lução para prevenir a transmissão
da doença.
Aedes aegypti, mosquito
que transmite diversas
A vacina contra poliomielite deve ser tomada por crianças entre seis viroses. Tamanho: cerca
meses e cinco anos. de 1 cm.

75

Recurso para o professor Na BNCC


• Os vírus que melhoram a sua saú- A habilidade EF04CI08 é mobilizada ao
de. El país. Disponível em: https://bra- apresentar atitudes e medidas de prevenção
sil.elpais.com/brasil/2016/09/02/cien- adequadas para doenças associadas aos mi-
cia/1472831727_077167.html. crorganismos.
A leitura e discussão de texto deste tópi-
Acesso em: 22 abr. 2021.
co e das páginas seguintes sobre as doenças
Apresenta resultado de estudo de 2016
e as vacinas mobiliza as competências ge-
sobre vírus benéficos para a saúde humana.
rais 1, 8 e 10 e as competências específi-
cas 7 e 8 de Ciências da Natureza.

75
Orientações didáticas As vacinas
Como atividade preparatória As vacinas previnem doenças, ou seja, evitam que elas se instalem, mas não
sobre vacinas, sugerimos apresentar curam uma doença já instalada.
para os estudantes o livro Como
Para a prevenção de algumas viroses existem vários tipos de vacina, que pre-
funciona uma vacina, produzido
param o corpo para combater os vírus invasores. Existem também vacinas contra
pelo Instituto Butantan. Disponível
doenças causadas por bactérias, como a tuberculose e o tétano.
em: publicacoeseducativas.
butantan.gov.br. Acesso em: 22 As vacinas começam a ser aplicadas no primeiro mês de vida do bebê. Cada
abr. 2021. aplicação é anotada na caderneta de vacinação. Os adultos também tomam vacinas,
O contato com esse material por exemplo, quando viajam para lugares onde há maior risco de contraírem alguma
incentivará os estudantes a apren- doença contagiosa ou quando há surtos de viroses na população.
der mais sobre vacinas e sobre a

DALMEIDA
covid-19. Nele, é explicado o que
são anticorpos, como uma vacina
é feita, além de apresentar uma
série de atividades lúdicas sobre
o assunto.

Orientações didáticas
Proponha a leitura dialogada
do texto e da imagem que apre-
senta uma carteira de vacinação.
Explore com os estudantes os no-
mes das vacinas, a quantidade de
doses e os intervalos entre elas. É
importante que compreendam a
importância da caderneta de vaci-
nação, já que ela concentra todas
Toda criança deve ter sua caderneta de vacinação. Nela, estão os nomes das vacinas,
as informações a respeito da vaci- as doses e a data de aplicação de cada uma.
nação de cada indivíduo. Aprovei-
te a oportunidade para informá-los
de que as vacinas indicadas na ca- Quando tomamos vacina, o nosso corpo reage produzindo substâncias que
derneta são as mesmas em todo o nos protegem. Isso quer dizer que, a partir desse momento, ficamos praticamente
território nacional. livres de adquirir as doenças contra as quais tomamos vacinas. Geralmente, cada
A atividade oral proposta re- vacina só age contra um tipo de microrganismo, mas há exceções.
toma a questão da prevenção das • Para algumas doenças causadas por vírus, como a zika, transmitidas por
doenças causadas por vírus para um mosquito, ainda não existem vacinas. Nesses casos, quais medidas você
as quais ainda não foram desen- acha que o governo e a população devem tomar? Resposta pessoal.
volvidas vacinas. Espera-se que os
estudantes respondam que se deve
investir na prevenção, adotando-se 76
medidas de combate às formas de
contágio. No caso da zika, comba-
ter o mosquito transmissor. Assim,
cabe ao governo promover campa- Em relação à covid-19. Aborde o tema com respeito às experiências dos estudantes, pois
nhas de esclarecimento e educa- muito poder ter perdido familiares em decorrência dela.
ção para a população, e esta, por Ressalte que, para muitas doenças, desenvolver uma vacina é uma questão de dinheiro e de
sua vez, deve colaborar adotando tempo. No caso da covid-19, após um ano do reconhecimento da doença, mais de 70 vacinas
as medidas de combate às formas já estavam em estudo no mundo, sendo que 7 tinham sido aprovadas para o uso emergencial.
de contágio.

76
Covid-19: a pandemia do século XXI Orientações didáticas
A palavra pandemia indica uma doença contagiosa que se espalha pelo A discussão acerca da covid-19
mundo todo. No passado, foi o caso da gripe espanhola, que causou a morte é um tema obrigatório no ensino
de cerca de 500 milhões de pessoas entre 1918 e 1920. Mais recentemente, de de Ciências. Esse texto está sen-
março de 2020 a julho de 2021, em pouco mais de um ano, a covid-19, causada do produzido em um momento
por um vírus, foi a causa de morte de quase 530.000 pessoas no Brasil. em que a pandemia está ativa em
nosso país, em março de 2021.
• Pesquise, em dicionários ou na internet, o significado das palavras epide- A esperança é que, quando ele
mia e endemia. Diferencie essas palavras do termo pandemia e encontre for lido por vocês, já tenhamos
alguns exemplos para cada uma delas. superado essa fase aflitiva para
todos nós. Tentamos utilizar uma
Por que o nome covid-19 e como age o vírus?

MSTANLEY/SHUTTERSTOCK.COM
linguagem simples, contudo con-
O vírus que causa essa doença é chamado de coronaví- tamos com a sua ajuda para atua-
rus. O nome é fácil de entender: ele tem o aspecto de uma es- lizar e diminuir as dúvidas dos es-
fera com uma “coroa” e alguns “espinhos” na superfície. Já o tudantes.
nome da doença – covid-19 – é uma abreviação, em inglês, de Verifique se os estudantes di-
“coronavirus disease”, ou seja, “doença do coronavírus”, e o ferenciam corretamente cada um
número 19 é por causa do ano de 2019, quando a doença co- dos termos: epidemia, endemia e
Ilustração 3D do pandemia. Organize, em seguida,
meçou a se espalhar pelo mundo. coronavírus, causador proponha que realizem a leitura
Esse vírus pode se espalhar no ambiente por meio do conta- da covid-19. Os
pequenos elementos individual da figura e o texto so-
to com superfícies ou pessoas contaminadas através de saliva, de bre o coronavírus. Organize uma
que formam sua
secreções respiratórias, de gotículas expelidas quando uma pes- “coroa” estão roda de discussão com a turma
soa fala, tosse ou espirra. Ele contamina as pessoas em contato relacionados com para compartilhar as informações
com boca, nariz e olhos. Neste caso, se reproduz rapidamente e a entrada do vírus do texto, e reforce a explicação do
causa graves consequências, uma das quais é atingir os pulmões, em nossas células.
porquê do nome do vírus.
prejudicando a oxigenação do sangue, o que pode levar à morte. Ampliação aproximada
de 50 000 vezes. Como curiosidade, apenas as
aparentes “espículas” ao redor do
Os sintomas da doença e seu tratamento ALEXLMX/SHUTTERSTOCK.COM vírus são moléculas de uma pro-
No início, os sintomas lembram os de uma gripe comum, teína chamada de “proteína S”,
como febre, cansaço e tosse seca. Pode ocorrer, às vezes, dor ou “proteína Spike”, que está di-
de garganta, dor de cabeça e atrás dos olhos, perda de olfato retamente relacionada à penetra-
e de paladar. Depois da recuperação, alguns desses sintomas, ção do vírus na célula. Tanto é que
inclusive o cansaço, podem se manter durante meses. muitas vacinas promovem, direta
ou indiretamente, anticorpos ape-
Se a pessoa não for tratada logo, a gravidade do caso au- nas contra a proteína S do vírus,
menta. Aparece a falta de ar, o que indica que os pulmões foram visando impedir a entrada dele
provavelmente atacados pelo vírus. Nesses casos, o paciente Um ventilador nas células humanas.
recebe gás oxigênio ou precisa ser internado e usar máquinas mecânico utilizado em Uma característica interessan-
para facilitar a respiração. Além disso, os médicos também pacientes com covid-19. te é a preferência do vírus pelo
aparelho respiratório, o que ex-
plica os danos causados aos pul-
77
mões dos doentes e a dificuldade
de respiração. Se puder, leve um
daqueles oxímetros de dedo por-
resfriado. Em pessoas com comprometimento respiratório, causado ou não pela covid–19, táteis para a classe e faça uma de-
a porcentagem pode ficar abaixo dos 90%. monstração aos estudantes, mos-
A seguir, discuta os sintomas, que podem variar um pouco de uma pessoa para a outra trando como se mede a taxa de
e que se assemelham bastante, no início, aos de uma gripe. A falta de ar constante pode ser oxigenação do sangue. Em pes-
considerada um sinal de alerta sério e pode requerer hospitalização. Lá, é fornecido oxigê- soas normais, a taxa fica ao re-
nio ao paciente, nos casos mais graves, por ventilação mecânica. dor de 95%, ou um pouco me-
nos, caso haja uma gripe ou um

77
Orientações didáticas utilizam antibióticos para evitar outras infecções respi-

SWEETLEMONTEA/SHUTTERSTOCK
ratórias e outros medicamentos para tentar controlar as
Até o momento, não existe re-
consequências da doença no corpo do paciente.
médio eficaz e específico contra a
covid-19. Quanto aos antibióticos Até meados de 2021, não havia tratamento especí-
que o texto cita, esclareça aos estu- fico para essa doença.
dantes que eles nunca agem contra
vírus. Os antibióticos são ministra- Como evitar a transmissão?
dos, na verdade, para evitar infec- O coronavírus pode ser lançado ao ar através da fala,
ções oportunistas, ou seja, evitar da tosse e do espirro. Ele fica no interior de gotas micros-
que alguma bactéria “se aprovei- Fotografia obtida com
cópicas de líquido, eliminadas por uma pessoa contami- câmera especial, mostrando
te” da situação de debilidade do nada. Veja abaixo e ao lado algumas atitudes que evitam a nuvem de gotículas que
corpo para se desenvolver.
a contaminação. ocorre durante o espirro.
Após a leitura da imagem da

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE, MG.


nuvem de partículas do espirro,
mencione que, em pessoas conta-
minadas, essas partículas carregam
o vírus, que também sai da boca
quando falamos e tossimos. Nesse
momento, explique que até no ar
que sai do nariz pode haver vírus.
Ressalte que essa é a razão da
importância do uso de máscara,
utilizada de forma correta, e do iso-
lamento ou distanciamento so-
cial. Outra medida de higiene im-
prescindível é a lavagem frequente
das mãos com sabão, que destrói o
“envelope” do vírus constituído por
lipídios (gorduras). Comente tam- Algumas medidas para evitar a contaminação pelo coronavírus.
bém sobre as medidas extremas
que são tomadas quando a situa- O “estresse” sobre os sistemas de saúde

ISMAR INGBER/PULSAR IMAGENS


ção do país, estado ou município Repare em um detalhe muito importante:
está grave, que incluem o fecha- quanto mais pessoas contaminadas existirem em
mento de restaurantes, de escolas,
uma população, maiores são as chances de elas
proibição de festas e de aglomera-
contaminarem mais pessoas. Em situações em que
ções. Muitos países têm controlado
o número de pessoas contaminadas aumenta sem
a disseminação da doença por me-
freios, o sistema de saúde chega ao limite de
didas drásticas desse tipo.
sua capacidade de atender e, como consequ- Pessoa sendo vacinada contra a
Se julgar conveniente, pergun-
ência, aumenta o número de mortes que pode- covid-19. Museu da República, Rio de
te aos estudantes: “Quais são os
problemas trazidos por essa pan-
riam ser evitadas. Janeiro (RJ), 2021.
demia, quando ela se espalha de
78
forma incontrolável?” Essa é uma
excelente oportunidade de levar
uma rica discussão para a classe.

Na BNCC
A leitura do texto e prática Atividade complementar
das atividades das páginas 76 a
Sugira uma pesquisa em grupo a respeito de algumas “doenças infantis”, comuns no
79 contribuem para o desenvolvi-
passado, mas que hoje estão sendo erradicadas por meio de vacinas.
mento das competências gerais
Solicite também que pesquisem a respeito do sarampo, da caxumba e da paralisia infantil: os
1, 4, 8 e 10, bem como das com-
sintomas das doenças e as possíveis consequências para a pessoa contaminada. No caso espe-
petências específicas 3, 5, 7 e 8
cífico do sarampo, peça a eles que pesquisem notícias recentes a respeito da doença, já que em
de Ciências da Natureza.
2018 reapareceram casos, pois muita gente deixou de se vacinar em decorrência das notícias de
erradicação da doença e do movimento antivacina, que difunde umainformações falsas. Se jul-
gar conveniente peça aos estudantes que pesquisem a respeito disso.

78
Orientações didáticas
Na atividade 1, oriente os es-
tudantes na elaboração da tabe-
Vacinas, uma maneira de prevenção la no caderno. Desenhe um mo-
delo na lousa e depois oriente-os
1 Você se lembra de ter ido ao posto de saúde tomar alguma vacina? Peça sua na consulta de suas cadernetas
caderneta de vacinação aos seus pais ou responsáveis e descubra quais vaci- de vacinação.
nas você já tomou desde que nasceu. Na atividade 2, oriente-os
Com o auxílio de seu professor, reproduza uma tabela em seu caderno com a coletar informações em sites e
uma coluna para os nomes das vacinas que você já tomou e ao lado o nome fontes confiáveis e a compartilhá-
das doenças que elas previnem. -las com a turma.
A quantidade de dados cole-

REPRODUÇÃO/MINISTÉRIO DA
SAÚDE/GOVERNO FEDERAL
tados pela turma será grande, por
2 O professor irá organizar a classe em grupos de isso, recolha a atividade e sistema-
4 a 5 alunos. Vocês irão investigar a situação tize as informações para auxiliar
da vacinação contra a covid-19 no sistema de na discussão.
saúde da região de sua escola. Esse é um momento para a
Com base nas informações obtidas, respondam conscientização dos vários cui-
às questões a seguir, que orientarão a pesquisa, dados a serem tomados em uma
além de outros tópicos que seu professor indicar. pandemia dessa proporção.
a) Houve ou está ocorrendo campanha de vaci-
nação contra a covid-19 em postos de saúde Resposta
de sua região?
b) No início da vacinação contra a covid-19 no 1. As vacinas recomendadas
Brasil em 2021, quais pessoas foram as primeiras a receber vacina? Por quê? pelo Ministério da Saúde para
crianças de até 4 anos de idade
c) O sistema de saúde de sua região tem dificuldade para o atendimento? podem ser obtidas no site do
d) O sistema teve essa dificuldade no ano de 2021? Ministério da Saúde, em links
como: https://portalarquivos.
e) Faltou algum material nos hospitais, como seringas, oxigênio, medicamen-
saude.gov.br/campanhas/.
tos, máscaras etc.? Faltaram leitos hospitalares (vagas para os pacientes)?
Acesso em 26 jul. 2021.
Procure essa informação para a data presente e para o ano de 2021.

3 Com base em suas pesquisas e na leitura do capítulo, responda às atividades a seguir. 3. a)  É esperado que os estu-
a) No caso de doenças transmitidas da mesma forma que a covid-19, que dantes apontem para o
medidas preventivas você recomendaria às pessoas no dia a dia? uso de máscaras, já que a
Resposta pessoal. doença é transmitida pela
b) Pedro e Amélia tinham opiniões diferentes sobre como funcionam as va- fala, pela tosse ou pelo es-
cinas. Segundo Pedro, vacinas são importantes porque permitem curar as pirro; evitar contato próxi-
doenças. Amélia acha que a vacina tem que ser tomada antes de a doença mo, lavar as mãos de for-
aparecer. Você concorda com Pedro ou com Amélia? Explique. ma frequente para evitar
Resposta pessoal. a contaminação.
79
b) Espera-se que os estu-
dantes concordem com
Amélia. Alguns estudantes
poderão citar que tomar a
Avaliação vacina permite que nosso
Utilize a atividade 3 como forma de avaliação de aprendizagem da habilidade EF04CI08. corpo produza anticor-
Verifique se os estudantes respondem satisfatoriamente às atividades identificando as me- pos, que nos protegerão
didas adequadas de prevenção da covid-19, como o uso de máscaras e a vacinação. Caso no caso de contato com o
contrário, retome o conteúdo referente a pandemia. Outra possibilidade interessante é apre- microrganismo.
sentar aos estudantes folders do Ministério da Saúde sobre a prevenção e discutir com eles
as informações que estão sendo divulgadas.

79
Desenvolvimento da aula
As atividades da seção Agora é
sua vez visam sistematizar o con-
teúdo trabalhado até o momento.
1 Os fungos, assim como as bactérias, têm dois importantes papéis. Escreva no
caderno o que sabe sobre eles.
Avaliação • Um deles ocorre na natureza, sendo obrigatórios em qualquer ecossistema.
A atividade 1 dessa série é
uma boa oportunidade de reali- • Outra função é econômica, ou seja, são importantes em algumas atividades
zar essa avaliação, verificando se da espécie humana ligadas à fabricação de produtos.
conseguimos desenvolver as ha-
bilidades EF04CI06 e EF04CI07. 2 Leia os textos de cada alternativa e observe as ilustrações. Depois, junte-se a
Nesta atividade, os estudantes dois colegas e conversem para responder às questões.
devem identificar os papéis dos
microrganismos tanto para a de-
composição e ciclagem de nutrien- ILUSTRA CARTOON

tes, como na fabricação de pão


e de pizzas, por fermentação da
massa, na fabricação de bebidas
alcoólicas, como vinhos e cervejas,
para a fabricação de álcool com-
bustível para os automóveis e ain-
da na fabricação de antibióticos.
Os estudantes também pode-
rão citar a produção de coalhadas, a) João está com os sintomas da gripe. O que
com a ajuda da bactéria lactoba- ele pode estar sentindo? Febre, dor de cabeça, GLOSSÁRIO
cilo, que azeda o leite. Avalie as dor no corpo, congestão nasal.
b) João espirrou e expeliu gotas de saliva pela
respostas de cada um. No primei- Sintoma: sinal que indica
boca e muco pelo nariz. Que microrganismos
ro caso, os estudantes deverão ci- uma doença.
provavelmente contaminaram o ar?
tar a decomposição e reconhecer o Os vírus que causam a gripe. Muco: líquido gelatinoso e
seu papel na natureza. No segundo c) Pedro estava perto de João. Será que ele vai pegajoso produzido no nariz.
caso, será suficiente que eles deem ficar gripado? Pode ser que sim, se ele não tiver
resistência ao vírus dessa gripe.
um ou dois exemplos da utilização, d) João ofereceu seu copo de suco para Pedro, mas o amigo recusou. Você
seja de fungos, seja de bactérias acha que Pedro fez bem ao recusar o suco? Por quê? Fez bem, porque pode
para produtos feitos pela espécie ter saliva de João com vírus da gripe na borda do copo e no canudo.
humana. Se eles não responde- e) Quando você está gripado, que cuidados toma para não contaminar as
rem satisfatoriamente, promova pessoas com os vírus que estão no seu corpo? Resposta pessoal.
um momento de discussão com
toda a turma.
Vá até a lousa e, com a ajuda
dos estudantes, construa um mapa
conceitual retomando os objetos de 80
conhecimentos desenvolvidos des-
de o começo da Unidade 2. Per-
gunte sobre: os hábitos alimentares
dos seres vivos; como funcionam to maior a participação dos estudantes na dis- respondam: febre, dor de cabeça, de gar-
as cadeias e teias alimentares; qual cussão, mais informações são compartilhadas ganta e no corpo. Explique que, no caso dos
é o papel dos decompositores nas e apresentadas, promovendo o aprendizado resfriados, os sintomas não incluem febre e
cadeias e teias e exemplos de de- do grupo como um todo. dor no corpo.
compositores. Depois que a turma No item e da atividade 2, espera- se que
conseguir relacionar esses pontos, os estudantes respondam que devem prote-
pergunte qual é o papel dos mi- Orientações didáticas ger a boca e o nariz ao tossir e espirrar. De-
crorganismos para a saúde huma- Durante o trabalho com a atividade 2, re- vem, também, evitar fazer uso compartilhado
na, tanto os benefícios como os comende a leitura do livro Quem ficou doen- de copos, talheres e demais objetos pessoais.
malefícios que eles podem causar. te?, indicado no fim da Unidade.
Nesse tipo de atividade, quan- No item a, espera-se que os estudantes

80
Orientações didáticas
f) Agora escreva, com os colegas de seu grupo, uma breve história para contar
Como resposta da atividade
a situação pela qual João passou. Depois, leiam em voz alta para a turma
3, é possível que os estudantes
toda e ouçam com atenção as histórias que os outros grupos criaram. As
citem os agentes e as doenças a
histórias têm semelhanças e diferenças? Quais? Resposta pessoal.
seguir.

3 Desde que nasceu, você já foi vacinado contra várias doenças. Cite três delas • Bactérias: tuberculose, pneu-
monia, difteria, tétano, coque-
causadas por bactérias e outras três causadas por vírus. Resposta pessoal.
luche, meningite tipo C (outros
4 Além dos vírus que se propagam pelo ar, existem aqueles que são transmiti- tipos de meningite também
dos por mosquitos. Quais são os métodos de prevenção que você deve tomar podem ser causados por vírus
em seu dia a dia para não se contaminar? e mais raramente por fungos).
• Vírus: hepatite A, B e C, po-
5 Os antibióticos são medicamentos muito importantes para o combate às in-
liomielite, influenza B, diarreia
fecções causadas por bactérias. Pesquise:
causada por rotavírus, febre
a) qual foi o primeiro antibiótico utilizado;
amarela, sarampo, rubéola e
b) como ele foi encontrado; caxumba.
c) quais doenças ele possibilita tratar, que antes podiam até levar à morte? • Uma observação: influenza é
sinônimo de gripe. As letras
Escreva em seu caderno as principais informações de sua pesquisa e depois
que acompanham o termo se
compartilhe-as com seus colegas. É esperado que os alunos discutam sobre
Alexander Fleming e sua descoberta acidental da penicilina, ao deixar uma cultura de referem ao tipo de vírus de gri-
bactérias se contaminar com fungos presentes no ar. pe em questão.
6 A cárie é causada por bactérias. O que podemos fazer para evitá-la? Por sua vez, a atividade 4 se
refere a vírus transmitidos por mos-
quitos, e os métodos para preven-

TREETREE2016/SHUTTERSTOCK.COM
ção. Se julgar conveniente, amplie
a atividade perguntando aos estu-
dantes: “Você já ouviu falar dessas
doenças em nossa região?”. Escu-
te atentamente as respostas e veri-
fique se eles conseguem assimilar
e relacionar os conteúdos traba-
lhados no Capítulo ao cotidiano.
Na atividade 5, é esperado
que os alunos discutam sobre Ale-
xander Fleming e sua descoberta
da penicilina, ao deixar uma cultu-
ra de bactérias se contaminar com
Criança com dentes cariados. fungos presentes no ar.
Uso de repelentes, utilização de telas em janelas e mosquiteiros nas camas, e acabar com os A atividade 6 visa ampliar o
locais que contêm água parada e podem ser criadouros de mosquitos. conhecimento dos estudantes,
81 mostrando que a escovação dos
dentes também é um hábito de
higiene que previne doenças cau-
Resposta sadas por microrganismos pato-
gênicos.
6. Escovar os dentes depois das refeições; dessa forma, eliminamos os resíduos de alimen-
tos que ficam nos dentes, tornando-os assim, um ambiente desfavorável à multiplicação
de bactérias.

81
Orientações didáticas Os protozoários
Faça a leitura dialogada do Os protozoários são microrganismos formados por uma só célula e, em sua
texto e explique aos estudantes maioria, vivem em ambientes aquáticos. Alguns vivem em terra úmida ou na lama
que, embora muitas espécies de e outros são parasitas, provocando doenças em animais, inclusive no ser humano.
protozoários sejam de vida livre,
Entre as principais doenças na espécie humana causadas pelos protozoá-
isto é, não sejam parasitas e não
rios, temos a amebíase e a giardíase, cujo contágio ocorre principalmente de-
causem doenças, as doenças cau-
vido a más condições de higiene e de alimentação e à falta de redes de esgoto
sadas pela minoria patógena po-
e de água tratada.
dem trazer complicações graves
ao organismo. O protozoário que causa a amebíase pode estar presente na água ou em frutas
Algumas dessas doenças po- e verduras contaminadas. Ao ser ingerido, ele parasita o intestino humano, causan-
dem ser curadas quando subme- do diarreias com sangue. Outro protozoário que pode ser adquirido dessa forma é
tidas a tratamento adequado, o que causa a giardíase – doença com sintomas como diarreia e dor no abdômen
como é o caso da giardíase e da do paciente infectado.
amebíase. A própria malária, com Para prevenir essas duas parasitoses, além do saneamento básico, são neces-
o tratamento adequado, pode le- sários hábitos de higiene, como lavar bem as mãos e os alimentos consumidos crus.
var à eliminação do parasita do
corpo humano. No entanto, a A doença de Chagas e a malária também são doenças causadas por protozoá-
pessoa pode contraí-la novamen- rios. Esses parasitas são transmitidos aos seres humanos por insetos infectados.
te, sobretudo em regiões onde o
Os tamanhos dos animais não estão proporcionais entre si;
mosquito é abundante.
Já a doença de Chagas, por
AFRICA STUDIO/SHUTTERSTOCK

SCHLYX/SHUTTERSTOCK

KLETR/SHUTTERSTOCK
enquanto, não tem cura, sendo
tratada apenas com medidas pa-
liativas para diminuir ou retardar
os sintomas.
É importante reforçar a neces-
O barbeiro é o inseto O mosquito-prego,
sidade de ter bons hábitos de hi- que transmite a ou anófeles, é o
giene, de usar repelentes e de ter doença de Chagas, por transmissor da malária,
telas em janelas sempre que pos- meio de suas fezes. por meio da picada.
sível, especialmente em áreas ru- As frutas devem ser bem lavadas antes do Ele mede cerca de 3 Ele mede cerca de
rais, para prevenir o contágio des- consumo. centímetros. 1 centímetro.
sas doenças.
A melhor forma de prevenção contra essas parasitoses é o combate ao inseto
transmissor. Isso pode ser feito por meio de medidas individuais, como aplicação
de repelentes, utilização de telas em janelas e mosquiteiros nas camas. Medidas
coletivas, no caso da doença de Chagas, incluem o melhoramento de moradias,
com paredes rebocadas, evitando assim as frestas nas paredes em que o barbeiro
se esconde. No caso do anófeles, evitar coleções de água parada, que favorecem
a reprodução do mosquito.

82

82
Orientações didáticas
VOCÊ SABIA?
Escolha três estudantes e solicite
Doenças negligenciadas que cada um deles leia um parágra-
Você já ouviu falar em “doenças negligenciadas”? Muitas pessoas, no fo do texto da seção Você sabia?
Brasil e no resto do mundo, vivem em condições de pobreza, sem moradias Depois, pergunte à turma o que en-
seguras, sem instalações sanitárias (banheiro), sem saneamento básico e em tenderam do texto e complemen-
constante contato com ambientes sem higiene. te as respostas com as informações
que julgar pertinentes.
Essas condições favorecem, nas populações mais pobres, o surgimento e a
As doenças negligenciadas
transmissão de diversas doenças mencionadas nessa Unidade, como a doença
são aquelas consideradas endê-
de Chagas e a malária. Tais doenças, entre outras, são consideradas um pro-
micas, ou seja, que ocorrem fre-
blema global de saúde pública, pois causam anualmente a morte de 500 mil quentemente e em determinadas
a 1 milhão de pessoas. regiões. Normalmente, ocorrem
Na realidade, a prevenção de algumas dessas doenças é relativamente sim- na população de baixa renda e
ples, como você já viu nesta Unidade ao estudar os protozoários. No entanto, tais são transmitidas por parasitas ou
doenças permanecem negligenciadas por fatores como a falta de interesse dos agentes infecciosos. Podemos ci-
governos em usar recursos públicos para o saneamento básico e a falta de interes- tar, como exemplos dessas doen-
se dos fabricantes de medicamentos em atender aos consumidores mais pobres. ças, a dengue, a tuberculose, a
malária, a esquistossomose e a
doença de Chagas.
1 Com a orientação do professor, procure em um dicionário o significado da Essas doenças são responsá-
palavra “negligenciar”. Depois, em seu caderno, elabore uma explicação para veis pela infecção ou morte de
milhões de pessoas e a erradica-
essas doenças serem chamadas de “negligenciadas”.
ção requer investimentos tanto do
2 O professor dividirá a classe em grupos. Cada grupo ficará responsável por governo, no que diz respeito às
investigar, em livros, em revistas ou na Internet, uma das seguintes doenças políticas de saneamento básico,
negligenciadas: quanto da indústria farmacêuti-
ca, nos setores de pesquisas e de-
Doença de Chagas, Malária, Tuberculose, senvolvimento de medicamentos.
Dengue, Esquistossomose e Leishmaniose. Caso os estudantes apresen-
tem dificuldade de compreender o
• Pesquisem o microrganismo causador da doença, a maneira como ele significado de algum termo, orien-
é transmitido, os sintomas, as regiões do corpo que ela afeta e de que te-os a utilizar o dicionário. Se pos-
forma ela pode ser prevenida, inclusive se isso depende de ações dos sível, tenha consigo alguns exem-
governos. plares para distribuir durante as
aulas – esses exemplares podem
• Organizem esses dados, coletando fotografias e imagens que possam ser obtidos por empréstimo na bi-
servir para ilustrar uma apresentação que farão para a classe. O professor blioteca da escola ou na biblioteca
orientará os detalhes para essa apresentação. municipal. No contexto apresenta-
do no Livro do Estudante, o termo
negligenciar relaciona-se a deslei-
xo; descuido; menosprezo.
83
Há, também, uma sugestão
no Livro do Estudante, em que
cada grupo poderá investigar
Recursos para o professor uma das doenças citadas. Com-
Acesse os links a seguir e conheça o projeto Todos juntos contra as doenças negli- bine uma data para a apresenta-
genciadas, da Fiocruz. É possível assistir a várias animações musicais sobre diversas doen- ção oral das conclusões de cada
ças negligenciadas. grupo, podendo ser usadas ima-
gens, fotografias e até uma apre-
• Malária. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/en/node/78257.
sentação multimídia, caso a es-
• Chagas. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/video/chagas. cola disponha do equipamento.
• Dengue. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/video/dengue.
• Leishmaniose (calazar). Disponível em: https://portal.fiocruz.br/video/calazar.
• Tuberculose. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/video/todos-juntos-contra-tuberculose.
Acessos em: 22 abr. 2021.

83
Pé de atleta ou frieira, infecção que afeta os pés causada por fungos.
Orientações didáticas
As atividades desta página
consolidam os conhecimentos que
os estudantes adquiriram durante
1 Leia o texto a seguir e responda às questões.
o trabalho com este Capítulo.
Solicite que leiam, individual- Bater com a perna em um móvel, queimar um dedo no fogão, quebrar um
mente, o texto da atividade 1 e braço jogando futebol, ou ter um dente com cárie, tudo isso pode causar dor.
respondam às questões subse- Situações de dor são desagradáveis.
quentes. Em seguida, peça que a) Embora desagradável, a dor é um aviso importante. Do que a dor pode
socializem as respostas e, se jul- nos avisar? A dor pode nos avisar de que algo não vai bem com uma parte de
nosso corpo.
gar pertinente, explique que, para b) Considerando que uma pessoa está com amebíase, em qual parte do cor-
uma doença ser diagnosticada, po ela provavelmente sentirá dor? Sentirá uma dor no abdômen, ou seja,
não basta apenas identificar um na barriga.
único sintoma, pois, por exemplo, c) Dor em determinada parte do corpo pode ser um aviso de mais de um tipo
sentir dor no abdômen pode ser de doença? Justifique. Uma dor de barriga, por exemplo, pode ser sintoma da
amebíase ou de outras doenças, como uma infecção alimentar, ou de uma indigestão.
um sintoma de várias doenças. O
diagnóstico dever ser feito por um 2 Observe as ilustrações a seguir e responda.
médico. ILUSTRA CARTOON
Aproveite o trabalho com a
atividade 2 para reforçar a im-
portância de se ter hábitos sau-
dáveis de higiene. Lembre-os de
que bactérias e vírus estão presen-
tes em todos os lugares: no solo
em que brincam, na maçaneta de a) As ilustrações indicam formas de prevenção contra doenças? Explique.
uma porta, no ar, nos alimentos Sim. Medidas de higiene podem prevenir doenças como a amebíase e a giardíase.
b) Cite duas parasitoses causadas por protozoários que podem ser prevenidas.
mal lavados e mal preparados, na Amebíase e giardíase.
água não filtrada etc.
Propomos aos estudantes, ain-
3 Leia o poema para uma pessoa de casa e conversem sobre as questões a seguir.
a) O que é a coceirinha na
da na atividade 3, um pequeno
ponta do pé a que o autor Hoje eu senti uma coceirinha
poema, bem engraçado, que po-
derão declamar em casa, para pes- se refere no texto? Entre os dedos do meu pé
soas com quem moram, e sugeri- b) Procure no dicionário o signi- O que será que é?
mos algumas perguntas sobre as ficado das palavras “inquie- Essa inquietação indiscreta
quais poderão refletir e conversar tação” e “indiscreta”. Na sua Será a doença do atleta?
com os familiares. suposição, sobre o que o au- Ou uma pulguinha que picou o meu pé?
tor está falando quando usa Texto escrito especialmente para esta obra.
essas palavras?
Inquietação é o estado de agitação de uma pessoa. Indiscreta pode ser a pessoa ou coisa que
se intromete na vida dos outros ou que é intrometida. Provavelmente o autor está se referindo
à coceira que se intrometeu em sua vida e o deixa agitado.
84

84
Avaliação
O objetivo desta seção é reto-
mar os pontos principais do Ca-
Agora é hora de pensar sobre o que você experimentou e aprendeu no estudo pítulo, permitindo aos estudantes
deste Capítulo. Em seu caderno, copie as frases abaixo. Após cada uma, faça o perceber a evolução do conheci-
desenho do ícone que melhor representa seu desempenho. Veja a legenda: mento. Se necessário, incentive-
-os a consultar o texto da Unida-
de, esclareça possíveis dúvidas e
Minha participação e O desempenho poderia ter Desempenho insatisfatório. se certifique de que todos con-
aprendizagem foram sido melhor. seguiram compreender os temas
satisfatórias. abordados na Unidade.
1. Conheço alguns microrganismos e sua importância para a vida na Terra. Retome também as respostas
2. Relaciono alguns microrganismos à transmissão de doenças. dos estudantes às questões iniciais,
3. Conheço medidas para prevenção de algumas doenças. verificando se as ideias levantadas
por eles se confirmaram ou não.
4. Entendo o que são vacinas e antibióticos.
Mostre através delas o quanto
aprenderam nessa Unidade.

AQUI TEM MAIS

Para ler
Quem ficou doente?, de Kes Gray e Mary McQuillan. Editora
Globo.
Nessa história, todos os bichos estão doentes. Leia e descubra
EDITORA GLOBO
como todo mundo sarou depressa.

Para acessar
Portal do Ministério da Saúde. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br.
Nesse site há informações sobre vacinação e combate a doenças transmissíveis causadas
por microrganismos, como dengue e febre amarela. Acesso em: 8 fev. 2021.

85

85
Orientações didáticas
Esta Unidade é formada por
dois capítulos com um conteúdo
adicional a respeito dos biomas,
o que favorece o trabalho com o
tema Vida e Evolução, além de
evidenciar a riqueza em biodiver-
sidade de nosso país.
Um estudo científico extensi-
vo dos biomas e da complexida-
de dos ecossistemas está longe
de ser completado. Além disso,
um manejo inteligente e sustentá-
vel desses ambientes tem tomado
uma importância cada vez maior
ao longo dos últimos anos. Assim,
os temas que serão desenvolvidos
nesta Unidade também se rela-
Os ambientes
cionam com o tema transversal
Ciência e Tecnologia.
no Brasil
Sugerimos que inicie a Unidade
com a exploração da imagem de
abertura. Se possível, acesse com
os estudantes o mapa do Brasil em:
https://educa.ibge.gov.br/jovens/
conheca-o-brasil/territorio/18307-
biomas-brasileiros.html. Acesso Nesta Unidade você vai estudar
em: 22 abr. 2021.
Informe aos estudantes que Capítulo 5 – Biomas brasileiros – Parte 1
o mapa considera a extensão
dos biomas na época da che- Capítulo 6 – Biomas brasileiros – Parte 2
gada dos portugueses ao Brasil,
quando ainda não havia grandes
áreas desmatadas.

86

Recursos para o professor


Para ampliar seu conhecimento sobre a leitura de mapas, importante para o encaminha-
mento do conteúdo desta unidade, o site do Instituto Nacional de Pesquisas Energética dis-
ponibiliza conteúdos em links como este a seguir.
• http://www2.dgi.inpe.br/catalogo/explore;
• http://terrabrasilis.dpi.inpe.br.
Acessos em: 8 ago. 2021.

86
Orientações didáticas
Após a exploração dos mapas,
converse com os estudantes acerca
da atividade 1. Ajude-os a localizar
a região do país onde moram para
que possam identificar o bioma
em que ela está inserida. Se julgar
oportuno, explore um pouco mais
o assunto. Sugerimos perguntar se
reconhecem, no local onde vivem,
características típicas de vegetação
nativa predominante.
Durante o trabalho com a ati-

ILUSTRA CARTOON
vidade 2, é o momento de aferir
o conhecimento prévio dos estu-
dantes sobre biomas brasileiros,
como a Floresta Amazônica, o
Cerrado ou o Pantanal. Incenti-
ve-os a compartilhar os conheci-
mentos com os colegas.

Recurso para o professor


A matéria descreve o bioma
da Caatinga e apresenta diversas
fotografias de fauna e flora.
• BIOMA Caatinga. Associação
Caatinga. Disponível em:
www.acaatinga.org.br/sobre-
Fonte do mapa: Atlas geográfico escolar. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2014.
a-caatinga/?gclid=Cj0KCQjwm
IuDBhDXARIsAFITC_41eDyknB
Fh-Iqo6XoCbcyH-NzDNKI7JF-
O mapa mostra os principais biomas brasileiros. Biomas, são grandes cI3aZZFocknWcsNUWgA8
ambientes constituídos por uma reunião de ecossistemas; eles têm aAvZOEALw_wcB.
vegetação característica.

1 Identifique no mapa a localização aproximada de onde você vive. Esta re-


gião está localizada em que bioma? Resposta pessoal.

2 Você sabe alguma coisa sobre biomas? Conte para a turma.


Resposta pessoal.
87

ORGANIZE-SE!
A atividade proposta da seção É hora de investigar, da página 94, requer que
os estudantes cultivem plantas em uma garrafa PET para posteriormente continuar o
experimento proposto. Plante previamente as sementes de alpiste. Para melhor orga-
nização, verifique as orientações da atividade antecipadamente e oriente os alunos.

87
5
Objetivos do capítulo
Com o encaminhamento des-
te Capítulo, espera-se que os es- Biomas brasileiros –
tudantes conheçam algumas ca-
racterísticas dos biomas: Floresta Parte 1
Amazônica, Mata Atlântica, Cer-
rado e Caatinga, além Além de
NESTE CAPÍTULO VOCÊ VAI...
desenvolverem a valorização da
• Entender o que são biomas.
biodiversidade e a responsabilida-
de da conservação ambiental de • Conhecer algumas características da Floresta Amazônica, da Mata Atlântica, do
cada bioma. Cerrado e da Caatinga.
• Reconhecer a riqueza em espécies, ou biodiversidade, desses biomas.

Orientações didáticas
Faça a leitura dialogada da ima-
gem apresentada na abertura do
Capítulo, explorando oralmente as Observe esta fotografia. Ela mostra a vista aérea parcial de um bioma.
atividades apresentadas. Como a

PARALAXIS/SHUTTERSTOCK.COM
Floresta Amazônica é sempre as-
sunto de notícias na televisão e nas
mídias sociais, acreditamos que os
estudantes não terão dificuldade
de identificá-la.
Em seguida, faça um levanta-
mento de tudo os que eles sabem
a respeito desse bioma: tipo de
vegetação, animais que vivem por
lá, rios, população, moradias etc.
Na atividade 2, é provável
que a palavra “desmatamento”
seja conhecida dos estudantes, Vista aérea do Parque Indígena do Xingu, norte do Mato Grosso, 2019. A fotografia mostra
que poderão usá-la para carac- uma região de mata
densa. Poderia ser a
terizar o que a fotografia mostra. 1 Você saberia dizer que tipo de bioma a fotografia mostra? Floresta Amazônica
A atividade 3 pede aos estu- ou a Mata Atlântica.
dantes que se posicionem a res- 2 Uma parte da vegetação desse bioma foi retirada. Que nome se usa para de-
peito da retirada da floresta. Não signar essa retirada? A retirada da vegetação é chamada de desmatamento.
devemos esperar nenhuma colo-
cação muito madura ou aprofun-
3 Converse com seus colegas de grupo. Quais são suas opiniões a respeito da
dada por parte deles nesse mo- retirada da vegetação? Levem essas opiniões para o professor. Resposta pessoal.
mento. No entanto, é bom fazer
a prospecção das opiniões iniciais
deles a respeito da transformação 88
desse ecossistema. Neste momen-
to, é importante deixar os estu-
dantes livres para expressarem Habilidades da BNCC neste Capítulo
suas opiniões.
• EF04CI04 – Ao conhecer a fauna e a flora que constituem os biomas brasileiros, os estu-
dantes reforçam sua capacidade de análise e de elaboração de cadeias alimentares sim-
PNA neste Capítulo ples, desenvolvendo dessa maneira, parcialmente, aspectos da habilidade.

• Fluência em leitura oral


• Ampliação de vocabulário
• Compreensão de texto
• Produção de escrita

88
Bioma: uma reunião de ecossistemas Orientações didáticas
O Brasil é um país de muitas belezas naturais. De norte a sul, em qualquer região Faça a leitura dialogada do
que você vá, é possível encontrar paisagens de tirar o fôlego: praias, montanhas, texto e procure despertar o inte-
campos, florestas, manguezais. Nesses resse dos estudantes pelo tema,
ambientes, componentes ambientais vi- motivando-os a conhecer mais so-

PHOTOCRITICAL/SHUTTERSTOCK
vos, como plantas, animais, microrganis- bre as riquezas naturais do Brasil.
mos, e componentes não vivos, como ro- Peça que voluntários leiam
chas, solo, vento, chuva, se relacionam cada parágrafo e, ao final, de um
tempo para que anotem nos ca-
entre si. Esse conjunto, que se inter-rela-
dernos as ideias que consideram
ciona, é chamado de ecossistema.
mais importantes. O objetivo é co-
A forma como os componentes se re- locá-los diante do desafio de lo-
lacionam no ambiente caracteriza um tipo calizar informações relevantes
de ecossistema. Existem ecossistemas ter- explícitas no texto. Essa etapa
restres e aquáticos, ecossistemas naturais Os aquários são ecossistemas aquáticos artificiais, visa à construção da autonomia,
e artificiais, grandes como uma floresta ou que permitem a observação das espécies.
para que futuramente realizem
Aquário da cidade de Monterey, Califórnia,
pequenos como uma poça-d’água. Há ain- Estados Unidos. Foto de 2016. esse procedimento de forma in-
da ecossistemas dentro de ecossistemas, dependente e assertiva.
como um rio dentro de uma floresta. Depois, retome a leitura de
Já um bioma é o agrupamento de vários ecossistemas, de acordo com carac- cada parágrafo, discutindo as dú-
terísticas da vegetação, do relevo e do clima. São grandes áreas de vida formadas vidas que os estudantes tiveram.
por um complexo de ecossistemas que interagem entre si. Essa atividade visa instrumentali-
zá-los a utilizar, de forma eficaz,

ANDRE DIB/PULSAR IMAGENS


as técnicas de leitura, tanto na es-
cola como fora dela.
Além disso, poderão se fami-
liarizar com a linguagem da dis-
ciplina, desenvolvendo o vocabu-
lário específico desse conteúdo e
a habilidade de compreensão de
texto. Esses procedimentos aju-
darão também a sistematizar as
ideias trabalhadas. Caso seja pos-
sível, construa um mapa concei-
tual com as ideias que foram ano-
tadas por eles.

Sugestão para
O bioma da Floresta Amazônica é caracterizado pela imensa floresta, pelo clima quente e úmido e estudantes
pela localização geográfica. Rio Guariba, Novo Aripuanã, Amazonas, 2020.
O site apresenta informações
89 importantes sobre diferentes bio-
mas brasileiros
• https://antigo.mma.gov.br/
Orientações didáticas biomas.
O conceito de ecossistema foi trabalhado no Capítulo 3. Neste capítulo, há um exemplo de ecos- Acesso em: 21 abr. 2021.
sistema aquático artificial, um grande aquário em uma cidade da Califórnia. Forneça mais exem-
plos, em especial da localidade da escola, além de ecossistemas naturais, como os recifes de corais.
Ressalte que cada bioma é uma reunião de ecossistemas menores que coexistem nele. Ou
seja, na Floresta Amazônica, o ecossistema pode ser bem amplo, como o rio de uma região,
ou ainda tão pequeno como aquele que existe entre as folhas de uma bromélia, que retêm um
pouco de água da chuva, na qual encontramos larvas de insetos, pererecas, microrganismos etc.
Chame a atenção para o fato de que biomas são reuniões de ecossistemas, dessa forma
são constituídos pela fauna e pela flora, e não apenas pela “paisagem vegetal”.

89
Orientações didáticas Floresta Amazônica
Faça a leitura dialogada do A Floresta Amazônica é o maior bioma do Brasil, ocupando mais de 49% do
texto e, em seguida, incentive os território do país. Possui uma das maiores biodiversidades do planeta, em termos
estudantes a compartilhar expe- de número de espécies de plantas e de animais.
riências pessoais que envolvam as
A intensa radiação solar durante todo o ano e as chuvas constantes favorecem
florestas. É possível que alguns te-
bastante o crescimento das plantas. Na Floresta Amazônica, há grandes árvores, como a
nham tido a oportunidade de vi-
seringueira e a castanheira-do-pará, guaraná, samambaias, trepadeiras, cipós. Próximas
sitar a Floresta Amazônica, ou a
ao solo, crescem plantas menores, de folhas largas e de coloração verde-escura.
Mata Atlântica, que têm caracte-
rísticas em comum, ou ainda que

FABIO COLOMBINI/ACERVO DO FOTÓGRAFO


tenham visto imagens, fotogra-
fias, quadros ou vídeos a respeito
desse assunto.
Caso a escola fique em uma re-
gião próxima a um trecho de Flores-
ta Amazônica, incentive-os a contar
as vivências que tiveram ao entrar
em contato com esse bioma. Inclua
perguntas como: “Você conhece
esse bioma? Já o viu em filmes ou
fotografias? De que forma quem
mora distante da Floresta Amazô-
nica pode ajudar a preservá-la?”.
Depois, retorne ao mapa da
página 87 e localize a Floresta
Amazônica no território brasilei- Em algumas regiões da Floresta Amazônica, existem áreas que ficam permanentemente inundadas. Local de
ro, ressaltando o fato de que esse Manaus, Amazonas.
bioma abrange vários países da
América do Sul. Se julgar interes- A Floresta Amazônica apresenta uma grande
sante, mostre também um ma- quantidade de recursos naturais. Além da madeira, o GLOSSÁRIO
pa-múndi, um planisfério ou um bioma é rico em borracha, minérios, castanhas, peixes
mapa da América do Sul para que e água. Água, aliás, é o que não falta nesse bioma, que Recurso natural: elemento
visualizem a extensão da Floresta. abriga a maior rede hidrográfica do mundo. encontrado na natureza e
Mencione também que, ao que é extraído e utilizado
A região apresenta ainda muita riqueza cultural, pelo ser humano.
contrário do que se imagina, em nas comunidades tradicionais que ali vivem.
2012 apenas 5% dos solos da Rede hidrográfica: conjunto
Estima-se que apenas 30% das espécies animais formado pelos rios e por seus
região amazônica tinham boa
da Floresta Amazônica sejam conhecidas. Vivem nesse afluentes.
fertilidade natural. O restante é
constituído por solos de baixa fer- bioma, por exemplo, a rã-vermelha, a araracanga, o
tilidade, ou seja, com pequena lagarto pintado, a jaguatirica e o pirarucu.
quantidade de nutrientes. Após
apresentar essas informações, le-
90
vante a questão: “Se o solo tem
baixa fertilidade, como a mata
nessa região é tão densa?”.
Deixe-os à vontade para ex-
Orientações didáticas
porem as hipóteses. Em seguida, Explore as imagens das páginas 90 e 94 e peça aos estudantes que façam a leitura das
explique que o que torna esse am- legendas. Em seguida, pergunte se eles já viram esses animais, seja por outras imagens, fil-
biente tão rico em vegetação é a mes, ou pessoalmente.
ciclagem constante de nutrientes O tamanho médio de cada um deles está mencionado nas legendas. Esse conteúdo con-
entre as plantas e o solo, com a tribui para a ampliação do vocabulário do estudante.
maior parte dos nutrientes loca-
lizados na própria biomassa, ou
seja, nos vegetais e nos animais
da floresta.

90
Orientações didáticas

PORING STUDIO/SHUTTERSTOCK.COM
Solicite aos estudantes que fa-
Os tamanhos dos animais não
estão proporcionais entre si.
çam a leitura em silêncio. Em segui-
da, explore as imagens apresentadas.
A jequitiranaboia (Fulgora laternaria)
é um inseto típico da Floresta Ama-
zônica, que mede cerca de 6 a 7 cm
Pirarucu. Tem em média de 2,5 m de comprimento. de comprimento, com o dobro de
envergadura, ou seja, o tamanho da

MACIEJ CZEKAJEWSKI/SHUTTERSTOCK.COM
ARTUR KEUNECKE/PULSAR IMAGENS
ponta de uma asa à ponta da outra,

DIRK ERCKEN/SHUTTERSTOCK.COM
quando abertas. Pergunte aos es-
tudantes se eles já tinham visto ou
ouvido falar desse animal. É prová-
vel que muitos deles desconheçam
sua existência. Se julgar interessan-
te, mencione algumas curiosidades
Rã-vermelha. Mede cerca
Araracanga. Tem em a respeito desse inseto, como o fato
Jaguatirica. Tem comprimento médio de 80 cm. de 3 cm de comprimento. de ser chamado de “cobra que voa”
média 90 cm de altura.
GUENTERMANAUS/SHUTTERSTOCK.COM ou “jacaré que voa”.
O número de espécies de inverte- As demais imagens apresen-
brados na Floresta Amazônica é extraor- tam dois produtos obtidos da
dinário, e há ainda muito a ser estudado Floresta Amazônica: o látex e a
para entender, com detalhes, seus papéis castanha-do-pará, ou castanha-
no ecossistema. -do-brasil. Explore com os estu-
RHJPHTOTOANDILUSTRATION/SHUTTERSTOCK.COM dantes a grande importância eco-
nômica desses produtos para a
A jequitiranaboia é um inseto típico da região. Em seguida, comente que
Floresta Amazônica. Ele mede de 6 a 7 cm a castanha-do-pará é um alimen-
de comprimento. to rico em nutrientes, além de
TALES AZZI/PULSAR IMAGENS possuir propriedades medicinais.
O látex é uma matéria-prima
cuja importância pode ser evidencia-
da aos estudantes por meio de per-
guntas como: “Vocês sabem quais
produtos são feitos com a borracha,
Fruto da castanheira-do-pará. que é obtida pelo tratamento do lá-
tex?”; “Vocês já viram ou utilizaram
A extração do látex da seringueira
produtos feitos de borracha?”.
para fazer borracha e do fruto da casta-
Extração de látex por meio de incisão no tronco nheira-do-pará garante a renda de mui-
da seringueira. tas comunidades locais. Atividade complementar
91 1. Pesquise a respeito da extra-
ção do látex e o tratamento
até a obtenção da borracha,
Recursos ao professor bem como a ampla gama de
produtos produzidos com
O portal apresenta um mapa dos biomas brasileiros. esse material.
• BIOMAS brasileiros. WWF. Disponível em: www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ Resposta: São esperadas informa-
ambientais/biomas/. ções sobre o processo de incisões
Texto didático simples sobre as principais características dos biomas brasileiros. na casca da seringueira, a sangria.
• BIOMAS do Brasil. Embrapa. Disponível em: www.embrapa.br/contando-ciencia/biomas- Produtos feitos de borracha natural
do-brasil. são luvas, elástico, pneus; há tam-
bém a borracha sintética, de que
Acessos em: 22 abr. 2021.
são feitos os pisos e os tapetes.

91
Orientações didáticas Mata Atlântica
Iniciamos, neste momento, o Antes da chegada dos portugueses, a Mata Atlântica cobria todo o litoral
estudo do bioma Mata Atlântica. brasileiro, de norte a sul do país. Foi por essa região que se iniciou a retirada da
Se possível, retorne ao mapa da mata, inclusive a extração do pau-brasil, árvore de madeira valiosa que deu origem
página 87 e mostre aos estudan- ao nome do país. Além do litoral, a Mata Atlântica cobria regiões montanhosas
tes a localização desse bioma no do interior. Desde então, esse bioma passou por inúmeros ciclos de exploração
território brasileiro. que o destruíram progressivamente. Hoje, resta menos que uma décima parte da
Selecione dois estudantes para floresta original.
a leitura do texto em voz alta.
Após a leitura, pergunte o que Apesar do pouco que restou, a Mata Atlântica ainda é uma das áreas mais
compreenderam. Caso surjam ricas do mundo em biodiversidade. São mais de 20 mil espécies de plantas e 2 mil
dúvidas, elucide-as e prossiga fa- de vertebrados, sem contar os insetos e outros invertebrados. Além de abrigar mi-
zendo a exploração das imagens. lhares de espécies, esse bioma é fonte de alimentos e plantas medicinais e contribui
Em seguida, sugerimos que para a regulação do clima e a proteção do solo e das nascentes.
estabeleça uma comparação en- Veja alguns animais nativos da Mata Atlântica. Os tamanhos dos animais não
estão proporcionais entre si.
tre a Mata Atlântica e a Floresta
Amazônica: ambas têm árvores DANIEL AUGUSTO JR./PULSAR IMAGENS CELSO MARGRAF/SHUTTERSTOCK.COM
altas, muitos rios e uma vasta bio-
diversidade. Nos dois biomas, as
temperaturas são elevadas, com
alta umidade do ar e frequente
ocorrência de chuvas.
Além disso, comente que a
Mata Atlântica é o bioma com
a maior diversidade de espécies
endêmicas, ou seja, que são en- O Tiê-sangue come frutos, come frutos preferindo
contradas apenas em determina- os da embaúba. Alimenta-se também de insetos e O mico-leão-da-cara-preta alimenta-se de insetos e
da região, como é o caso do mi- vermes. Tamanho: cerca de 18 cm de altura. frutos. Tamanho: cerca de 38 cm de comprimento.
co-leão-dourado. KEVIN SCHAFER/ALAMY/FOTOARENA DAMSEA/SHUTTERSTOCK.COM

Outra possibilidade é fazer


uma aula invertida, utilizando
a metodologia ativa. Peça que
os estudantes leiam o texto em
casa, anotem em seus cadernos as
ideias principais e procurem curio-
sidades que possam ser compar-
tilhadas com a turma. Em sala,
peça que eles expliquem o que Os sapinhos-pingo-de-ouro vivem embaixo das A preguiça-de-três-dedos alimenta-se de folhas,
entenderam e solucione dúvidas. folhas caídas no solo, e comem animais ainda frutos e brotos das árvores. Tamanho: cerca de
Em seguida, oriente-os a compar- menores, como ácaros. Tamanho: cerca de 65 cm de comprimento.
1,25 cm de comprimento.
tilhar as curiosidades encontra-
das. Essa metodologia ativa valo-
92
riza a autonomia dos estudantes,
uma vez que são convidados a ter
o primeiro contato com o conteú-
do à distância da sala de aula.
Sugestões para os estudantes
Para finalizar, peça que os estu- Conheça a Fundação SOS Mata Atlântica, órgão que se dedica à preservação da Mata
dantes reflitam sobre como o des- Atlântica.
matamento pode ameaçar espécies Disponível em: https://www.sosma.org.br/. Acesso em: 13 ago. 2021.
como as exemplificadas na página. Conheça mais sobre a Mata Atlântica, uma das florestas mais ameaçadas do Brasil.
• Por dentro da Mata Atlântica, de Nilson Moulin. São Paulo: Studio Nobel, 2000.

92
Na região mais próxima ao litoral, o clima é quente e bem úmido; já nas mon- Orientações didáticas
tanhas, o clima é mais fresco. Por causa da diferença de clima e de relevo, a vege-
Solicite aos estudantes que fa-
tação é bem variada, como mostram as imagens a seguir.
çam a leitura individual do texto.
Em seguida, realize com eles a lei-

EDSON GRANDISOLI/PULSAR IMAGENS


LUCIANA WHITAKER/PULSAR IMAGENS
tura das imagens e das legendas.
Entre as folhas das bromélias,
pode haver retenção de água da
chuva e a presença de um minie-
cossistema. Comente com os es-
tudantes que o abacaxi é da mes-
ma família à qual pertencem as
bromélias (bromeliáceas).
O tronco oco da embaúba é
colonizado por uma certa espécie
de formiga. Essas formigas defen-
dem a embaúba contra o ataque
de predadores, como outros inse-
tos que se alimentam de suas fo-
As bromélias são muito abundantes nos troncos das As embaúbas são árvores típicas da lhas. Trata-se, portanto, de uma
árvores da Mata Atlântica. Sua largura varia, em média, de Mata Atlântica. Podem atingir 15 m associação em que os dois orga-
30 a 90 cm de largura. Juquitiba, São Paulo. Imagens
de altura. Bertioga, São Paulo, 2019. nismos (embaúba e formiga) são
sem escala.
beneficiados. Frutos e folhas de
embaúba têm algumas proprieda-

GERSON GERLOFF/PULSAR IMAGENS


des medicinais, que também po-
deriam ser assuntos de pesquisa.

A Mata Atlântica apresenta árvores de grande e de médio porte e arbustos. Santa Maria, Rio Grande
do Sul, 2016.

• Se as árvores de embaúbas forem queimadas, qual poderia ser a consequ-


ência para animais que dela se alimentam, como a preguiça-de-três-dedos
e o tiê-sangue? Eles ficarão sem alimento e poderão ser extintos.

93

Atividade complementar
Sugira aos estudantes uma pesquisa em casa, feita na internet ou em livros, a respeito
dessa associação entre as formigas e a embaúba, ou de outras associações. Peça que tragam
para a sala de aula e compartihem com os colegas.

93
Atividade preparatória
De preferência, leve as garra-
fas já cortadas. Isso evita aciden-
tes, como ferimentos, na sala de Como fica o solo quando a vegetação é retirada?
aula. Como avisamos anterior-
mente, é conveniente efetuar o Levantando hipóteses
plantio de forma antecipada. Su- O que você supõe que pode acontecer com o solo da Floresta Amazônica e
gerimos montar o experimento da Mata Atântica, em caso de chuva, se a vegetação for retirada? Converse com
em sala de aula para que os es- seus colegas de grupo e anote sua hipótese no caderno. O!
ATENÇÃ
tudantes consigam acompanhar
o desenvolvimento do alpiste. So- Faça com a ajuda de
Material: um adulto.
mente depois disso é que o ex-
• 6 garrafas PET de 2 litros;
perimento poderá ser realizado
como demonstração. • folhas secas, galhos, cascas, raízes mortas;
• sementes de crescimento rápido,

EDUARDO BORGES
Orientações didáticas como alpiste;
• tesoura de pontas arredondadas; A B
Um dos maiores problemas
• solo ou terra de jardim (cerca de
dos dois biomas estudados até
aqui é o desmatamento, que leva 3 kg);
à desertificação, desfigurando os • regador com água. C D
ecossistemas. Dessa forma, o ob-
jetivo desse experimento é de- Como fazer
monstrar a importância da cober- 1. Peça a ajuda de um adulto para cortar as seis garrafas PET. As três primeiras
tura vegetal para a proteção do devem ser destampadas e cortadas verticalmente para formar 3 vasos (A).
solo contra a erosão. É importante
que os estudantes, inicialmente, 2. Peça que o adulto corte as outras três garrafas ao meio e depois faça dois fu-
analisem a proposta e anotem as ros na extremidade dessas partes (B).
hipóteses nos cadernos. 3. Na primeira garrafa, coloque terra e espalhe várias sementes de alpiste.
No primeiro copo, que contém Cubra com uma camada de terra, pressionando um pouco. Regue e espe-
os alpistes, deverá escorrer água re o crescimento das plantas, expondo-as à luz do Sol. Espere até que as
mais limpa, portanto com menos plantas tenham se desenvolvido bem para prosseguir.
solo. Essa água ficará mais escura,
4. Na segunda garrafa, coloque a terra e, por cima dela, galhos, cascas e folhas.
progressivamente, no segundo e
no terceiro copinhos, evidencian- 5. Na terceira garrafa, coloque apenas terra.
do o fato de que o solo é carre- 6. Passe um cordão nos furos de cada meia-garrafa e pendure esses “copos”
gado mais facilmente quando não nos gargalos das garrafas deitadas. Eles recolherão a água em excesso.
há vegetação, ou seja, a erosão
fica mais intensa. 7. Regue as três garrafas, uma por vez, com a mesma quantidade de água
Explique que a água coletada (2 ou 3 copos) e observe a água que escoa para os copos pendurados.
nas garrafas carregará as partícu-
las de solo, mas também muitos 94
elementos não visíveis a olho nu,
tais como poluentes, nutrientes,
pesticidas, entre outros. Essa investigação possibilitará que os estudantes percebam a necessidade de cobertura
Proponha que comparem a do solo para evitar a erosão, bem com a sua relação dela com os deslizamentos e desmoro-
cor e a quantidade de água co- namentos de casas que acontecem em regiões íngremes, sem cobertura vegetal, causando
letada em cada tratamento. A prejuízos e mortes.
cor da água é influenciada pela Por fim, peça que reavaliem as hipóteses iniciais, verificando se, por meio dos resultados
quantidade de partículas que fo- experimentais, foram aceitas ou refutadas.
ram perdidas pelo solo.

94
Anotando os resultados e concluindo: Atividade complementar
1. Anote em seu caderno a cor da água em cada uma das garrafas penduradas. 1. Peçam que no caderno res-
2. Como você explica as diferenças na água obtida em cada copinho? pondam à questão: Em um
bosque ou em um horto-flo-
3. Volte à hipótese que anotou em seu caderno. Você a rejeita ou a aceita?
Respostas pessoais. restal, as árvores ficam muitas
Para as duas perguntas seguintes, converse com seus colegas de grupo sobre vezes bem próximas umas das
o que foi pedido, anotem as respostas e levem-nas ao professor. outras, e provavelmente as raí-
zes se encontram debaixo do
1 Chuvas muito fortes às vezes causam deslizamento em regiões de morro. O solo. Em um local desses, é
solo que desce pelas encostas pode carregar casas e até causar a morte de mais fácil ou mais difícil ocor-
pessoas. Você enxerga alguma relação entre o experimento realizado e essas rer um deslizamento de solo?
graves ocorrências? Por quê?
É esperado que estudantes res-
pondam que a ocorrência de des-
Cultura caiçara mistura tradições de índios, moronamentos está relacionada
portugueses e negros à erosão. Caso julgue necessário,
A cultura caiçara surge no país da troca de saberes entre índios volte à seção “É hora de investi-
e colonizadores portugueses e, mais tardiamente, africanos que gar” e discuta com eles novamen-
ocuparam as áreas próximas do litoral sul do atual estado do Rio de te os resultados do experimento.
Janeiro, todo o litoral paulista e paranaense. Foi, inclusive, graças Em seguida, mencione que
a essa troca de conhecimento que estrangeiros menos favorecidos outro problema de um solo des-
conseguiram sobreviver nas matas litorâneas. protegido é o fato de que a água
Como fruto desse encontro, surgiu o povo caiçara, que guarda de chuvas fortes acaba arrastando
costumes e tradições, transmitindo-os de geração para geração os sais minerais, levando-os para
através dos séculos. [...] o lençol freático. Isso torna o solo
Em pequenas comunidades, esses grupos caiçaras guardam infértil e é um passo para o fenô-
habilidades de caça e pesca sem uso de pólvora, do uso de recursos meno da desertificação.
naturais da mata para alimentação, saúde ou como matéria-prima
para construção de casas, redes e canoas. São heranças dos Orientações didáticas
Tupinambás e Carijós. Isso além da manufatura de instrumentos de
trabalho e para o uso doméstico e recreativo. Nosso país é muito rico em
Disponível em: http://redeglobo.globo.com/acao/noticia/2013/06/cultura-caicara- culturas diferenciadas; o texto da
mistura-tradicoes-de-indios-portugueses-e-negros.html. Acesso em: 8 fev. 2021. atividade 1 aborda esse assunto.
a) Você acha que ser caiçara é sinônimo de nascer no litoral? Oriente os estudantes a fazer a lei-
tura para um familiar, parágrafo
b) O que as pessoas que moram nas cidades poderiam fazer por parágrafo, parando para ex-
para conservar os ambientes naturais, como as florestas? plicar o que entenderam.
Dê exemplos. Respostas pessoais. Como resposta, espera-se que
os estudantes digam que não, pois
para ser caiçara não basta apenas
ter nascido na região litorânea,
95 mas ser de uma cultura fruto da
mistura de diferentes povos, que
guarda costumes e tradições trans-
Avaliação mitidos de geração para geração.
No item b), espera-se que os
Utilize essa atividade como avaliação de aprendizagem e verifique se os estudantes as-
estudantes respondam que sim,
similaram que a cobertura vegetal protege o solo, impedindo a erosão exagerada, iden-
pois elas podem apoiar proje-
tificando as consequências do desmatamento de ambientes naturais. Essa concepção será
tos de preservação das florestas,
usada na discussão proposta no 5º ano sobre a importância da cobertura do solo.
adotar o consumo consciente de
produtos e bens, combatendo o
comércio ilegal de produtos re-
lacionados à degradação do am-
biente, como palmitos juçara, ma-
deira ilegal, animais silvestres etc.

95
Resposta
1. As atividades mostradas são:
andar de canoa, provavel-
Responda às questões a seguir em seu caderno.
mente para pescar, artesana-
to com fibras naturais, banho 1 Na Floresta Amazônica vivem vários povos indígenas. Esses habitantes são os
de rio e dança. Todas essas maiores conhecedores dos animais e das plantas da região. Nas fotografias a
atividades estão intimamente
seguir, de 2010, você pode observar um pouco da vida dos indígenas da tribo
ligadas e, sem os elementos
Sateré-Maué, que vivem na zona rural da cidade de Manaus, no Amazonas.
naturais, essas atividades não

FOTOS: FABIO COLOMBINI/ACERVO DO FOTÓGRAFO

FOTOS: FABIO COLOMBINI/ACERVO DO FOTÓGRAFO


seriam possíveis.

Orientações didáticas
Converse sobre as imagens
apresentadas na atividade 1. As
observações feitas pelos estudan-
tes podem contribuir muito para
a elaboração da resposta. Obser-
ve que quatro tópicos devem ser

FOTOS: FABIO COLOMBINI/ACERVO DO FOTÓGRAFO


abordados: como esses indíge-
nas pescam, tecem peneiras ar-
tesanais, se divertem e tomam
banho. Pergunte se eles já viram
ou possuem utensílios fabricados
por indígenas e peça que con-
tem para os colegas como são
e, se possível, que os levem para
a sala de aula para apresentar à
turma. Se julgar oportuno, pro-
mova uma exposição dos obje-
tos, incrementando-a com foto- • Quais são as atividades

FOTOS: FABIO COLOMBINI/ACERVO DO FOTÓGRAFO


grafias. mostradas nas fotografias?
Como resposta, espera-se De que maneira elas
que os estudantes escrevam que mostram a relação dos
as fotografias mostram as se- indígenas com a natureza?
guintes atividades: andar de ca-
noa/caçar ou pescar, fazer artesa-
nato, banhar-se no rio e brincar/
dançar. Todas as atividades ocor-
rem ao ar livre, em contato com a
natureza; além disso, as imagens
da canoa, do banho e do arte- 96
sanato mostram atividades que
dependem diretamente dos re-
cursos naturais, como o rio para Sugestão para os estudantes
navegar e tomar banho e as plan-
tas para fazer o artesanato. O site Povos Indígenas no Brasil Mirim apresenta a diversidade dos povos indígenas brasilei-
ros, as características e a riqueza cultural em uma linguagem acessível ao público infantojuvenil.
Se possível, apresente os vídeos mostrados no site. Eles elucidam muito da história indí-
gena e sua relação com a floresta.
• https://mirim.org/pt-br
Acesso em: 22 abr. 2021.

96
Resposta
2 O mico-leão-dourado estava desaparecendo da Mata Atlântica. Calcula-se que,
2. a) Em 1987, nasceram mais
na década de 1970, havia somente 200 deles na natureza. Por isso, vários pro-
micos-leões-dourados em
gramas de proteção a esses animais foram criados. Hoje, estima-se que haja,
cativeiro. Em 1995, nasce-
aproximadamente, 3 000 desses animais.
ram mais na natureza.
Em um certo programa, esses animais começaram a ser criados em cativeiro
para depois serem soltos na mata. O gráfico a seguir mostra o que aconteceu
com a população de micos-leões-dourados durante dez anos do programa. Orientações didáticas
A atividade apresentada possi-
Evolução da população de micos-leões-dourados
bilita um trabalho com numeracia.

ILUSTRA CARTOON
Nela, estamos discutindo apenas
um dos métodos usados para re-
cuperar as populações de micos-
Evolução da população de micos-leões-dourados -leões-dourados em um determi-
nado intervalo de tempo.
Auxilie os estudantes na inter-
pretação do gráfico apresentado
na atividade 2. Mencione que o
eixo vertical representa o número
de animais nascidos na natureza,
em verde-claro, e em cativeiro, em
verde-escuro. No eixo horizontal
aparece cada ano do programa.
Observando cada barra, os estu-
dantes podem consultar a quan-
PRIMACK, R. B.; RODRIGUES, E. Biologia da conservação. Londrina: Planta, 2001. tidade de micos-leões-dourados
nascidos na natureza e em cati-
veiro naquele ano. Incentive-os a
Converse com os colegas e o professor e responda. mostrar o gráfico para as pessoas
com quem moram e a explicar
a) Em 1987, nasceram mais micos-leões-dourados em cativeiro ou na natu-
como ele pode ser interpretado.
reza? E em 1995?
No item b, espera-se que os
b) Você acha que o programa ajudou a aumentar o número desses animais estudantes respondam que sim,
na Mata Atlântica? De que maneira? Resposta pessoal. na medida em que os animais
c) Na sua opinião, vale a pena investir dinheiro e ocupar pessoas na recupe- nascidos em cativeiro e soltos na
ração de uma espécie ameaçada de extinção? Resposta pessoal. natureza se reproduziram. Isso
fica evidente pela observação do
aumento de filhotes nascidos na
natureza ao longo do tempo.

97

Orientações didáticas
No debate do item c, foque em três argu- • Quanto maior a biodiversidade, maiores Usando uma analogia, deixar
mentos que justificam os esforços para salvar as chances de os ecossistemas se mante- uma espécie se extinguir na natu-
uma espécie da extinção. São eles: rem em equilíbrio. reza corresponde a queimar um
• Uma espécie que é completamente extin- Muitas espécies são valiosas, no sentido exemplar único de um livro pre-
ta nunca mais será recuperada e as novas de que seu estudo genético pode fornecer cioso, e que ainda não foi lido.
gerações não a conhecerão. indicações preciosas a respeito da evolu-
ção e como elas respondem a agressões do
• A extinção de uma espécie pode provocar ambiente. Espécies vegetais, por exemplo,
a extinção de outras, interligadas a ela na são muitas vezes fontes de remédios para
teia alimentar. doenças da espécie humana.

97
Orientações didáticas Cerrado
Faça a leitura dialogada do O Cerrado está localizado no Brasil central e ocu-
texto e, em seguida, solicite aos pa cerca de 22% do território brasileiro. Compõe, jun- GLOSSÁRIO
estudantes que observem as ima- to com a Caatinga, as chamadas “savanas brasileiras”.
gens e leiam as legendas que as Savana: região plana coberta
Esse bioma é bastante rico em número de espé-
acompanham. por vegetação de arbustos,
cies. O Cerrado brasileiro é considerado a savana com gramíneas e árvores de
Converse com eles, pergun-
maior biodiversidade do mundo, com mais de 11 mil pequeno porte.
tando: “Alguém conhece essas
espécies de plantas e milhares de espécies animais,
paisagens?”; “Que impressões
além de um grande número de espécies exclusivas.
você tem das paisagens nas foto-
grafias?”. Caso sua escola este-

DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS


ja inserida na região do Cerrado,
promova – se possível, é claro –,
um estudo do meio para inves-
tigar a região, estudando o tipo
de vegetação e a ocorrência de
animais, entre outros como o cli-
ma e o solo.
Prossiga o trabalho com o
tema fazendo a leitura comparti-
lhada e explorando as imagens e
as legendas. Empenhe-se em des-
pertar o interesse dos estudantes
para a diversidade da fauna da Paisagem de Cerrado em São Roque de Minas, Minas Gerais, 2017.
região do Cerrado, evidenciando
O lobo-guará, a arara-vermelha e a ema são animais típicos do Cerrado.
que essa é apenas parte das rique-
zas naturais encontradas no Brasil.
ZOLTAN MAJOR/SHUTTERSTOCK.COM

GIEDRIIUS/SHUTTERSTOCK.COM

FABIO COLOMBINI/
ACERVO DO FOTÓGRAFO
Se julgar necessário, enriqueça a
aula apresentando outros animais
nativos do Cerrado, como a capi-
vara, o tamanduá-bandeira, a anta
e a ariranha.

O lobo-guará pode atingir até As araras-vermelhas medem A ema é a maior ave das
1 m de altura. cerca de 90 cm de comprimento Américas. Atinge até 1,70 m
e vivem em bandos. de comprimento; não voa,
Imagens sem escala.
mas é veloz ao correr.

Na época das chuvas, o Cerrado se cobre de pequenas e delicadas flores de


muitas cores. O clima é seco de abril a setembro. As chuvas são moderadas nos
demais meses, com temperaturas elevadas.

98

Recursos para os estudantes


Para saber mais acerca desse bioma, aces- • #CerradoVivo – Você conhece o Cerrado?
ses os sites a seguir. WWF Brasil. Disponível em: www.youtube.
com/watch?v=orGhCBbK4Iw.
• De pé o Cerrado vale mais. Salve o
Cerrado! WWF. Disponível em: www. Acessos em: 22 abr. 2021.
wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_ • Nina no Cerrado, de Nina Nazario. São
prioritarias/cerrado/salveocerrado/. Paulo: Oficina de Textos, 2006.
Através de versos de cordel, de lindas ima-
gens de animais e de paisagens típicas, você
será transportado para o ambiente do Cerrado.

98
Na época das secas, é comum a ocorrência de queimadas, muitas vezes de Orientações didáticas
forma natural, por conta de raios. No entanto, muitas das queimadas atualmente
Prossiga a leitura dialogada do
são provocadas pelo ser humano e, quando fogem do controle, podem prejudicar
texto. Com a imagem, ressalte o
tanto a fauna como a flora e ameaçar o bioma. fato de as queimadas não con-
troladas representarem um sério

ANDRE DIB/PULSAR IMAGENS


problema para o ambiente, por
destruir parte do bioma, às vezes
de forma irreversível.
Nesse sentido, a conscienti-
zação do ser humano para evitar
ações que podem gerar pontos
de queimadas é de suma impor-
tância.

Todo ano, na época da seca, muitas queimadas fogem do controle como esta na Chapada dos
Veadeiros. Elas constituem uma ameaça ao Cerrado. Colinas do Sul, Goiás, 2020.

Algumas espécies de plantas do Cerrado são utilizadas na produção de cortiça,


de óleos, de fibras, na culinária e como medicamentos, por muitas populações locais.
Apesar de sua importância ambiental e social, depois da Mata Atlântica, o
Cerrado é o bioma que sofreu mais alterações com as ocupações humanas e o que
possui menor porcentagem de áreas sob proteção.

99

99
Orientações didáticas Caatinga
Selecione dois estudantes para Apesar de ser o único bioma exclusivo do Brasil, a Caatinga talvez seja o me-
fazer, em voz alta, a leitura do tex- nos conhecido pelos brasileiros, e por isso é pouco valorizado. Ela cobre cerca de
to. Faça os procedimentos de leitu- 11% do território nacional e, ao contrário do que pode aparentar, apresenta grande
ra indicados no início desse capítu- quantidade de espécies animais e vegetais, como pode ser observado nas imagens
lo, como a identificação das ideias desta página e da página seguinte.
principais, a anotação no caderno
Na seca, a paisagem da Caatinga, com árvores baixas, retorcidas e caules es-
do estudante etc. Em seguida, ex-
pinhosos, é cinza-clara e, na época das chuvas, torna-se verdejante com as plantas
plore com a turma as imagens e as
que brotam. Bromélias, palmeiras, cactos e plantas frutíferas e medicinais também
respectivas legendas.
Discuta as informações do tex-
são encontrados nesse bioma.
to com os estudantes. Ressalte o Imagens sem escala.

fato de que, ao contrário da Flo-

ANDRE DIB/PULSAR IMAGENS

ARTUR KEUNECKE/PULSAR IMAGENS


resta Amazônica, a Caatinga é um
bioma 100% brasileiro, que cobre
cerca de 11% do território nacio-
nal. Explique que, apesar da im-
portância desse bioma, ele vem
sendo desmatado, especialmente
pela exploração ilegal da madeira
para obtenção de lenha.
Um dos grandes problemas
do desmatamento da Caatinga é
sua desertificação, que já cita-
mos anteriormente. Em regiões
quentes, de baixa precipitação,
a remoção da vegetação torna Flores de caroá. Tamanho: cerca de 25 cm de
Cacto mandacaru com carneiro próximo a ele.
o solo muito mais exposto, pro- comprimento.
Essa planta chega a atingir até 5 m de altura.
penso não apenas a maior eva- Afrânio, Pernambuco.
poração – portanto desidratação LEONARDO HENCK/ ALAMY/ FOTOARENA

MARCOS AMEND/PULSAR IMAGENS


– como também à maior erosão.
O solo se empobrece, pela perda
de sais minerais, e fica semelhan-
te ao solo de um deserto.

Bando de macacos saguis. Tamanho: cerca de Corujinha-do-mato. Tamanho: cerca de 22 cm de


19 cm de altura. comprimento. Lagoa Santa, Minas Gerais, 2018.

100

100
Imagens sem escala.
Orientações didáticas

LEONARDO MERCON/SHUTTERSTOCK.COM
Oriente os estudantes a fa-

MARCOS AMEND/PULSAR IMAGENS


zer a leitura individual da página,
com atenção especial às imagens
e às legendas. Em seguida, res-
salte que, nesse tipo de bioma,
a seca pode durar até um ano e,
que, as árvores que compõem a
paisagem da Caatinga são baixas,
espinhosas e com caules grossos
e retorcidos.
Para finalizar, faça uma reto-
mada dos dois últimos biomas es-
tudados, Cerrado e Caatinga, e
Suçuarana. Tamanho: cerca de 1 m de Tatupeba. Tamanho: cerca de 40 cm de promova a discussão proposta na
comprimento. comprimento. atividade oral.
Finalize com uma mapa con-
As chuvas ocorrem durante três a quatro meses do ano. O período de chuvas ceitual coletivo de cada um des-
é chamado de inverno. Em algumas regiões de Caatinga, a seca pode durar até ses biomas. Isso ajudará os es-
mais de um ano, com temperaturas elevadas e baixa umidade do ar, fazendo o solo tudantes a se envolverem na
secar e rachar, e tornando difícil a vida das populações que ali vivem. sistematização do que foi estu-
dado até o momento.
LUCIANO QUEIROZ/PULSAR IMAGENS

DELFIM MARTINS/PULSAR IMAGENS

Caatinga seca após longo período sem chuva, Caatinga na época das chuvas, em Buíque,
em Potiretama, Ceará, 2017. Pernambuco, 2013.

Povos e comunidades tradicionais, como os quilombolas e indígenas, apre-


sentam grande riqueza cultural, formada também a partir da sobrevivência nas
condições áridas da Caatinga. Apenas cerca de 8,4% da Caatinga está protegida,
e dados mais recentes indicam que mais de 45% do bioma já foram desmatados.
• De que informação você mais gostou ou qual mais chamou a sua atenção
sobre o Cerrado e a Caatinga? Resposta pessoal.

101

101
Orientações didáticas
Os estudantes são convidados,
na atividade 1, a observar duas
características de árvores do Cer- 1 No Cerrado, há árvores pequenas, de tronco retorcido e casca grossa formada
rado: as raízes e o tronco. por uma camada de cortiça. São as corticeiras. Outras árvores têm raízes que
É possível que eles tenham di- chegam a 15 m de profundidade.
ficuldade em responder ao item a
dessa atividade. Oriente a resposta,

FRANCISCO CARAVANA/SHUTTERSTOCK.COM

DAWIDSON FRANÇA/ARQUIVO DA EDITORA


lembrando-os de que, no Cerrado,
é comum a ocorrência de queima-
das e que a presença de cascas es-
pessas representa uma adaptação
dos vegetais da região, favorecen-
do sua sobrevivência nesse bioma.
Atenção ao conceito de adapta-
ção, item importante quando se
estuda a evolução dos seres vivos.
Deixe claro aos estudantes que as
árvores não desenvolvem cas-
cas grossas como resposta ao Corticeira, árvore com camada de cortiça no tronco. Barbatimão, árvore de pequeno
fogo, mas que apenas espécies porte, mas de raízes profundas.
cujas árvores têm casca grossa
conseguem sobreviver em um a) Na sua opinião, há alguma vantagem para as árvores terem cortiça no tronco?
meio em que há queimadas. Resposta pessoal.
b) Há alguma vantagem para as árvores terem raízes profundas?
Quaisquer outras espécies teriam Resposta pessoal.
sido eliminadas.
No item b, espera-se que os es-
2 Na língua dos povos indígenas Tupi, a palavra caatinga quer dizer “mata bran-
tudantes respondam que a vanta- ca” (caa, mata; e tinga, branca). Por que os indígenas deram esse nome para
gem das longas raízes é alcançar o bioma? Ele recebeu esse nome porque, na seca, as plantas ficam cinzentas, esbranquiçadas.
os depósitos subterrâneos de água, 3 Neste capítulo, você aprendeu bastante sobre os biomas Floresta Amazônica,
que estão em grande profundida-
Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. Agora, em grupos, escolham um dos bio-
de. O solo do Cerrado é rico em
mas para pesquisar e conhecer ainda mais.
ferro e alumínio, tem cor vermelho-
-amarelada, é arenoso e permeável. Organizem depois com o professor uma apresentação de cartazes ou de ar-
Apesar de a superfície ter pouca ca- quivos digitais que tenham imagens e um resumo de todas as informações
pacidade de reter água, abaixo des- que coletaram. Não se esqueçam de citar as fontes dos textos e das imagens
se solo de formação antiga, há uma que utilizarem. Convidem seus familiares ou responsáveis para visitar a expo-
grande reserva de água. sição da turma. Resposta pessoal.
Explique aos estudantes que,
na imagem do barbatimão, foi uti-
lizado um recurso chamado visão
em corte, para permitir a visualiza-
102
ção das raízes na camada profun-
da do solo.
Na atividade 3, organize os estudantes em 4 grupos e oriente as pesquisas. Além das
imagens, é possível trabalhar com desenhos dos ambientes desses biomas, em interdiscipli-
naridade com Arte. Se for adotada a ideia de abrir a exposição para os grupos familiares,
prepare a turma, selecionando o que constará na exposição, orientando como deverão aco-
lher os visitantes, quais informações fornecerão, etc.
Ressalte a importância das regras do bom convívio durante as apresentações. Orien-
te-os a iniciar a apresentação cumprimentando o público, a responder as perguntas e a
agradecer ao final.

102
Atividade complementar
Agora é hora de pensar sobre o que você experimentou e aprendeu no estudo 1. Os cactos acumulam água no
deste Capítulo. Em seu caderno, copie as frases abaixo. Após cada uma, faça o caule e têm mecanismos que
desenho do ícone que melhor representa seu desempenho. Veja a legenda: minimizam a perda de água.
Explique o porquê de os cac-
tos serem considerados plantas
Minha participação e O desempenho poderia ter Desempenho insatisfatório. adaptadas a viver em ambientes
aprendizagem foram sido melhor. muitos secos. Para responder isso,
satisfatórias. considere os dados a seguir.
1. Entendo o que são biomas. • Grande parte da água é perdi-
2. Conheço algumas características da Floresta Amazônica, da Mata Atlântica, do da pelos organismos terrestres
Cerrado e da Caatinga. por meio da transpiração, ou
seja, pela evaporação da água
3. Reconheço a riqueza em espécies (biodiversidade) desses biomas.
na superfície do corpo.

REPRODUÇÃO/OFICINA DE TEXTOS
• Quanto maior for a superfície
AQUI TEM MAIS exposta ao ambiente, maior a
transpiração.

Para ler • A maior parte das plantas


transpira, principalmente, pe-
Nina no Cerrado, de Nina Nazario. Editora Oficina de Textos. Por meio de

REPRODUÇÃO/STUDIO NOBEL
versos de cordel, de lindas imagens de animais e de paisagens típicas, você será
las folhas.
transportado para o ambiente do Cerrado. • Nos cactos, as folhas são
Por dentro da Mata Atlântica, de Nilson Moulin. Editora Studio Nobel. transformadas em espinhos.
Conheça melhor a Mata Atlântica, uma das florestas mais ameaçadas do Brasil.
Resposta possível: dado que as fo-
A Caatinga, de Rubens Matuck. Editora Biruta. Conheça lhas dos cactos são transformadas
animais, histórias e festas típicas da Caatinga.
REPRODUÇÃO/EDITORA BIRUTA

em espinhos, sua superfície fica


Amazônia: Quem ama Respeita!, de Fernando Carraro. Editora FTD. muito menor. Portanto, a transpi-
Quatro amigos ganham um concurso e fazem uma viagem pela
REPRODUÇÃO/EDITORA FTD ração pelos espinhos, é menor do
Amazônia. A experiência marca suas vidas para sempre. Eles se
que nas plantas em geral.
encantam com a exuberância natural da região e, também, se
decepcionam com as desigualdades sociais e com a degradação
ambiental de algumas áreas. A conexão entre as informa-
ções fornecidas deverão levar o
Para acessar estudante à resposta.
Folhas de superfície menor
https://mirim.org/pt-br. O site Povos Indígenas no Brasil Mirim apresenta a
diversidade dos povos indígenas brasileiros, suas características e sua riqueza cultural.
(espinhos, no caso) perdem me-
nos água por transpiração do que
https://www.sosma.org.br. Conheça a Fundação SOS Mata Atlântica, órgão que se
dedica à preservação da Mata Atlântica. Acessos em: 13 ago. 2021.
folhas normais. Isso torna o cac-
to adaptado a um ambiente sem
água. Os cactos, por terem folhas
modificadas, conseguem assim vi-
103 ver em ambientes secos.

Avaliação
O objetivo desta seção é retomar os pontos principais do Capítulo, permitindo ao es-
tudante perceber a evolução de seu conhecimento. Se necessário, incentive-os a consultar
o texto do Capítulo, esclareça possíveis dúvidas e certifique-se de que todos conseguiram
compreender os temas trabalhados.
Retome também as respostas dos estudantes às questões iniciais, verificando se as ideias
levantadas por eles se confirmaram ou não. Mostre por meio delas o quanto aprenderam
nesse Capítulo.

103
Orientações didáticas
O trabalho com a seção
Conectando conhecimentos
deve ser descontraído e divertido. Tudo ao mesmo tempo agora!
Após a leitura do texto, prossiga Combine com o professor como você e seus colegas de grupo lerão o texto
explorando a imagem, fazendo o em voz alta. Na vez de ler o seu trecho, preste atenção na pronúncia das palavras
levantamento de todos os elemen-
e na pontuação. Respire e leia calmamente.
tos que a compõem e analisando
como se relacionam uns com os ou- Cheiro de mato, sombra fresca, diversos tons de verde e marrom, árvores, flo-
tros. É importante que eles perce- res, sons de insetos e aves. Você sabe que lugar é esse? Uma floresta!
bam a dependência entre os seres À primeira vista, a floresta pode parecer um lugar calmo e tranquilo, onde
vivos e os elementos não vivos para pouca coisa acontece. Apenas os sons, aqui e acolá, parecem sinalizar algum tipo
a manutenção de um ambiente na- de atividade.
tural como o conhecemos.
Mas, se ficarmos quietos por alguns instantes e aguçarmos nossa observação,
Se achar interessante, apro-
em pouco tempo veremos que a floresta está longe de ser um lugar parado. Na
funde a análise da imagem à luz
realidade, ela está fervilhando de vida!
do que foi visto na Unidade 2.
A imagem possibilita a reflexão Isso porque as florestas são habitadas por diversas espécies de seres vivos: ve-
acerca dos conceitos de cadeias getais, animais e seres microscópicos que interagem não só entre si, mas também
e teias alimentares, do Sol como com outras espécies. São tantos seres vivos e tantas interações entre eles que mes-
fonte principal de energia, do ci- mo os estudiosos e conhecedores têm dificuldade em identificá-los.
clo da matéria e do fluxo de ener- Cada uma dessas relações é importante para a
gia, da importância dos micror- garantia da vida, não só no ambiente florestal, mas GLOSSÁRIO
ganismos decompositores e das também no planeta como um todo.
características dos biomas como Polinização: transporte
Imagine como seria o mundo sem árvores! Ou
a Floresta Amazônica e a Mata de grãos de pólen da parte
sem abelhas! Você sabia que as abelhas são respon-
Atlântica. masculina de uma planta até
sáveis pela polinização de até 90% da população ve- a parte feminina de outra
getal e que sem elas a quantidade de vegetais cairia planta da mesma espécie.
muito, fazendo com que faltasse alimento para os Isso pode levar à fecundação
animais herbívoros, que poderiam morrer? e ao nascimento de novas
plantas.
Os animais herbívoros se alimentam de plantas, mas
eles servem de alimento a outros animais, os carnívoros.
Assim, a morte deles diminuiria a oferta de alimentos aos carnívoros. Isso atingiria um
número cada vez maior de espécies, e o ser humano também seria prejudicado.
As abelhas também contribuem bastante para a manutenção das florestas. Se
elas forem extintas, a reprodução de plantas silvestres ficará comprometida, porque
mais de 90% das espécies de vegetação tropical com flores e cerca de 78% das
espécies de zonas temperadas dependem da polinização desses insetos.

104

104
Se pudéssemos enxergar todas as atividades e relações que ocorrem em uma Resposta
floresta, veríamos que elas acontecem “todas ao mesmo tempo agora”, como no
3. As relações/interações pre-
esquema ilustrado a seguir. sentes na floresta diminuiriam
Fonte de consulta: Greenpeace Brasil . Disponível em: https://www.greenpeace. muito, já que grande parte de-
org/brasil/blog/s-o-s-as-abelhas-pedem-socorro/?utm_term=sobre%20
abelhas&utm_campaign=%5BMAIO/20%25. Acesso em: 27 fev. 2021.
las é estabelecida com as ár-
vores.
Os tamanhos dos seres vivos representados
na imagem não estão proporcionais entre si;
foram usadas cores artificiais
ILUSTRA CARTOON

Orientações didáticas
Explore as atividades 1 e 2,
deixando que os estudantes ex-
pressem as suas opiniões a res-
peito da imagem e o seu enten-
dimento a respeito do que ela
representa. Esse é o momento de
trabalhar a expressão oral. Enco-
raje-os a falar, fazendo com que
se sintam seguros para expressar
suas opiniões.
Em seguida, faça a ativida-
de 3, cujo objetivo é sistematizar
Esquema simplificado de uma floresta representada com um conjunto de relações. o assunto, que será ampliado na
atividade 4. Nela, espera-se que
os estudantes concordem com a
Depois da leitura, discutam as questões a seguir.
analogia, uma vez que a flores-
ta não pode ser vista como uma
1 Ao observar a imagem, que impressão você teve? Por quê? Resposta pessoal.
coleção de animais e de plantas,
2 A sua ideia sobre floresta mudou depois de ver a imagem? Se sim, como mas sim como um organismo
ela era? Resposta pessoal. complexo em que as partes do
todo se relacionam entre si. Esse
3 Imagine que ocorra um desmatamento e as árvores da floresta da imagem “organismo” é o próprio ecossis-
sejam todas cortadas. O que aconteceria com as interações neste ambiente? tema, com todas as suas inter-re-
lações entre animais, vegetais e a
4 Quando pensamos em um órgão, como o estômago, por exemplo, não con- parte não viva.
seguimos imaginá-lo separado ou fora do nosso corpo. Da mesma maneira,
quando vemos um passarinho, uma árvore ou outro ser vivo habitante de uma
floresta, não podemos considerá-los vivendo fora dela. Você concorda com
essa comparação? Justifique. Resposta pessoal.

105

Orientações didáticas
A atividade de leitura e discussão de texto contribui para a alfabetização dos estudantes em
aspectos como a ampliação do vocabulário, a localização de informações e a inferência direta.
A análise proposta das interações entre os organismos e entre eles e os componentes
ambientais sem vida, para identificar padrões e posteriormente integrar os conhecimentos,
possibilita entender a complexidade do todo e contribui para desenvolver o pensamento
computacional.

105
6
Objetivo do capítulo
Após o trabalho com este
Capítulo, esperamos que os es-
Biomas brasileiros –
tudantes sejam capazes de reco-
nhecer as principais características
Parte 2
dos biomas Pampas e Pantanal,
bem como as características do NESTE CAPÍTULO VOCÊ VAI...
ecossistema manguezal, conside- • Conhecer as principais características dos biomas Pampas e Pantanal e do ecossis-
rado o berçário do mar. tema manguezal.
Esperamos também que co- • Reconhecer problemas enfrentados por esses biomas, tais como queimadas e poluição.
nheçam alguns problemas enfren- • Compreender a necessidade de agir com responsabilidade para enfrentar proble-
tados por esses biomas, tais como mas ambientais.
queimadas e poluição, e que pos- • Reconhecer algumas cadeias alimentares simples nos biomas estudados.
sam reconhecer cadeias alimenta-
res simples nesses biomas.

Orientações didáticas
Observe as imagens e converse com seus colegas.
Comece o trabalho fazendo
a leitura da imagem e da legen-
1 A imagem mostra animais pastando em ambiente de um bioma brasileiro.
da com os estudantes. A imagem
Você sabe identificar que bioma é esse? Que informações ajudaram você a
mostra um dos dois biomas que
responder à pergunta? Resposta pessoal.
discutiremos nesta Unidade, apre-
sentando uma paisagem dos Pam- 2 Você já visitou ou mora em ambiente semelhante? Resposta pessoal.
pas, bastante típica, pelo aspecto
de planície que se vê na fotografia.

MAURICIO SIMONETTI/PULSAR IMAGENS


Em seguida, oriente os estu-
dantes a responderem às ativi-
dades propostas. Ainda que não
saibam o nome do bioma, a inten-
ção é que reflitam a respeito da
paisagem e das atividades retrata-
das nas imagens. Deixe-os à von-
tade para compartilhar as concep-
ções prévias. Escute atentamente
as respostas e solicite que anotem
em seus cadernos as principais in-
formações destacadas nessa dis-
cussão para depois retomarem as
respostas dadas agora. Ovelhas e gado pastando, em Rosário do Sul, Rio Grande do Sul, 2020.

106
PNA neste Capítulo
• Ampliação de vocabulário
Habilidades da BNCC neste Capítulo
• Compreensão de texto
Nesta Unidade é apresentado um conteúdo adicional não vinculado diretamente a habili-
• Produção de escrita dades da BNCC, mas que favorece o trabalho com a Unidade temática Vida e evolução. Ele
contribui para o desenvolvimento de uma habilidade já trabalhada no Capítulo 3 deste livro.
• EF04CI04 – Analisar e construir cadeias alimentares simples, reconhecendo a posição
ocupada pelos seres vivos nessas cadeias e o papel do Sol como fonte primária de ener-
gia na produção de alimentos.

106
Biomas Atividade complementar
Esta atividade trabalha uma
Pampas metodologia ativa. Caso você
opte por essa abordagem, peça
O bioma dos Pampas localiza-se no estado do Rio Grande do Sul, na fronteira
que os estudantes leiam em casa
com a Argentina e o Uruguai, e ocupa cerca de 2% do território brasileiro. A pala-
o texto do livro e respondam às
vra pampa é de origem indígena e quer dizer “região plana”.
perguntas em seus cadernos.
De fato, esse bioma apresenta grandes extensões de campos planos cobertos 1. Leia o texto Pampas, e res-
por uma grande variedade de gramíneas. Mas há também matas, banhados e ou- ponda às questões a seguir.
tras formações.
a) Onde se localiza o bioma
Tanto a flora como a fauna apresentam grande diversidade. Além da variedade dos Pampas? Qual a área
de gramíneas, destacam-se as leguminosas, os arbustos e as árvores de grande porte, que ele ocupa?
como o angico, o cedro e a acácia. Entre os animais, são cerca de 500 espécies de Resposta: O bioma dos Pampas
aves, como a ema, o perdigão e o quero-quero, e mais de 100 espécies de mamífe- localiza-se no estado do Rio Gran-
ros, como o tatu, o zorrilho, o veado-campeiro e o furão. de do Sul, na fronteira com a Ar-
gentina e o Uruguai e ocupa cerca
FLPA/ALAMY/FOTOARENA

ROGERIO REIS/TYBA

ALE RUARO/PULSAR IMAGENS


de 2% do território brasileiro.
b) Descreva brevemente a ve-
getação desse bioma.
Resposta: Grandes extensões
de campos planos cobertos por
uma grande variedade de gramí-
neas. Há também leguminosas,
arbustos e árvores de grande
Tuco-tuco é uma espécie Paisagem dos Pampas na qual Brinco-de-princesa, porte como o angico, o cedro e
de roedor típico dos predominam campos nativos. São flor símbolo do Rio a acácia.
Pampas. Alimenta-se de Francisco de Paula, Rio Grande do Grande do Sul. A flor c) Cite alguns animais encon-
gramíneas e pequenas Sul, 2017. tem cerca de 5 cm de
raízes. Tamanho: cerca de
Os tamanhos dos elementos
representados nas imagens não comprimento. trados nos Pampas.
25 cm de comprimento.
estão proporcionais entre si. Resposta: A ema, o perdigão e
o quero-quero. O tatu, o veado-
A criação de gado, também chamada pecuária, é
GLOSSÁRIO -campeiro e o furão.
uma atividade muito antiga, introduzida pelos primei-
d) Faça um resumo das ativi-
ros imigrantes que ocuparam a região. Atualmente,
Monocultura: cultivo de um
dades econômicas desen-
o cultivo de trigo, soja, milho e uva também são im-
só tipo de produto agrícola. volvidas nesse bioma.
portantes atividades econômicas. No entanto, as áreas Resposta: A criação de gado, ou
remanescentes desse bioma também sofrem pressão pecuária. O cultivo de trigo, soja,
pela expansão das monoculturas e das pastagens de espécies não nativas, que es- milho e uva.
tão levando a uma rápida degradação das paisagens naturais e à perda da biodi-
versidade. Apenas cerca de 3% da área do bioma está protegida em unidades de
conservação, restando apenas cerca de 36% de vegetação nativa. Orientações didáticas
O objetivo da proposta é tra-
107 balhar a competência leitora,
desenvolvendo a habilidade de
compreensão de texto. Quan-
Recurso para o professor do voltarem com a tarefa feita, a
aula ficará mais dinâmica, permi-
Documentário Bioma Pampa – RS Biodiversidade. Rio Grande Rural.
tindo que sejam protagonistas na
• Disponível em: https://youtu.be/QxG-zMl3IVI. discussão e “construam” o tema
Acesso em: 22 abr. 2021. junto com você.

107
Orientações didáticas Manguezal
Avalie se o vídeo “Série Man- O manguezal ocupa grande extensão do litoral brasileiro, desde o Amapá até
guezais brasileiro”, sugerido na Santa Catarina. Ele não é considerado um bioma, e sim um ecossistema. O man-
seção Recursos para o profes- guezal forma, junto a outros ecossistemas, como a restinga, o costão rochoso, as
sor, é conveniente para trabalhar dunas, as baías, as praias, etc., a zona costeira brasileira.
em sala com a turma. Se for o
Nesse bioma, são comuns ambientes em que a água doce de um rio se en-
caso, reproduza o vídeo até o mi-
contra com o mar. A água do mar avança e recua diariamente no manguezal por
nuto 8’41”, que apresenta uma
reportagem acerca do mangue-
causa dos movimentos das marés e provoca a mistura da água doce do rio com a
zal. O vídeo aborda o ecossiste- água salgada do mar.
ma Manguezal, tanto nas carac- O solo é lamacento, geralmente escuro, e as plantas que crescem nessas con-
terísticas da vegetação como dos dições apresentam características especiais que podem ser encontradas em man-
animais que lá vivem. guezais de todo o mundo.
Caso não seja possível passar Uma dessas características são as estruturas de sustentação das plantas, no
o vídeo, selecione um estudante terreno instável do manguezal. A planta mangue-vermelho, por exemplo, apre-
para fazer a leitura, em voz alta, senta estruturas que saem de várias alturas do caule e se ramificam no solo. Outra
do texto do livro. Em seguida, espécie, o mangue-preto, tem como característica ramificações verticais das raízes,
peça que relatem o que entende-
que saem do solo e possuem orifícios que servem para as trocas de gases com o
ram da leitura, faça a exploração
ambiente, já que o solo é pouco aerado.
das imagens, a leitura da legenda
e elucide eventuais dúvidas. Um Os tamanhos dos elementos
TALES AZZI/PULSAR IMAGENS

detalhe interessante a respeito da representados nas imagens não


estão proporcionais entre si.
ave guará-vermelho, de cor espe-
tacular, é que por se alimentar de

EDSON GRANDISOLI/PULSAR IMAGENS


caranguejos, ricos em pigmentos
carotenóides, suas penas adqui-
rem essa cor.

Vista de Mangue na margem do Rio Parnaíba, em A espécie mangue-preto tem ramos verticais
área de proteção ambiental. Parnaíba, Piauí, 2020. de raízes, que saem do solo. Os orifícios desses
A espécie mangue-vermelho tem estruturas que ramos permitem trocas gasosas entre a planta
escoram a planta. e o ambiente. Baía de Camamu, litoral sul da
Bahia, 2016.

108

Recursos para o professor


• O ecossistema manguezal. Portal Ecologia Aquática. Disponível em: http://ecologia.
ib.usp.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=70&Itemid=409.
O artigo a seguir aborda por meio de linguagem acessível e articulada conhecimentos e
experiências sobre as diferentes áreas relacionadas aos manguezais, incluindo temas como
meio ambiente, ecologia, biologia, geografia, educação, pedagogia, cultura, socioeconomia,
políticas públicas, legislação, mitos e crenças etc.
• PINHEIRO, M. A.A.; TALAMONI, A.C. Educação Ambiental sobre os Manguezais. São
Vicente: Campus do Litoral Paulista – Instituto de Biociências, 2018. 165p. Disponível
em: www.clp.unesp.br/Home/publicacoes/educacao-ambiental-sobre-manguezais.pdf.
Acessos em: 22 abr. 2021.
108
Por estar em uma zona de transição, ou seja, entre ecossistemas terrestres e Orientações didáticas
aquáticos, os manguezais servem de berçário para diversas espécies que procuram
O trabalho com a seção Agora
suas águas calmas para se reproduzirem.
é sua vez visa sistematizar o co-
Muitas espécies de peixes e invertebrados, como crustáceos, moluscos e ver- nhecimento dos estudantes. As-
mes, se reproduzem nos manguezais e permanecem lá até a fase adulta. sim, na atividade 1, exploramos
algumas características do man-

MARCOS AMEND/PULSAR IMAGENS

JOÃO PRUDENTE/PULSAR IMAGENS


guezal e de sua vegetação. In-
forme-os de que a salinidade da
água do manguezal varia confor-
me o momento do dia. Quando a
maré for alta, a salinidade é maior,
pelo predomínio da água do mar;
na maré baixa, predomina a água
O caranguejo é um dos animais que habitam o do rio, e a salinidade diminui. Co-
manguezal. Durante a maré baixa, ele procura mente com os estudantes, que os
abrigo em galerias escavadas no solo e, na maré Guará-vermelho se alimentando em manguezal, organismos do manguezal estão
alta, nos troncos das árvores. Tem cerca de 25 no Rio Guamá. Ele tem cerca de 55 centímetros adaptados a essa mudança na con-
cm de envergadura. Camocim, Ceará, 2015. de altura. Belém, Pará, 2015.
centração de sal e têm mecanis-
mos que lhes permitem sobreviver.
Retome o texto da página 108
e reforce o fato de que algumas
1 Observe as fotografias de um manguezal. plantas possuem raízes que cres-
cem para fora do solo, e com ori-
TALES AZZI/PULSAR IMAGENS

EDSON GRANDISOLI/PULSAR IMAGENS


A B fícios que permitem a retirada di-
reta de gás oxigênio do ar. Essas
raízes respiratórias são ditas pneu-
matóforos e crescem verticalmen-
te para fora do solo encharcado e
pobre em oxigênio onde a planta
vive, característica comentada no
item b da atividade 1.
No item a da atividade 1,
você pode sugerir aos estudan-
tes que procurem no dicionário o
significado da palavra “escorar”
(amparar para não cair) para au-
a) A imagem A mostra uma adaptação das plantas de manguezais ao terreno xiliar o entendimento da função
em que vivem. Que adaptação é essa? dos caules-escoras, característicos
da espécie mostrada na fotogra-
b) A imagem B mostra raízes de plantas que podem ser chamadas, também,
fia A (mangue-vermelho). Isso os
de raízes respiratórias. Você consegue justificar esse nome?
ajudará no desenvolvimento de
seu vocabulário, dando maior
109
repertório aos estudantes.

Respostas
1. a) É possível observar estruturas que dão sustentação à planta.
b) Essas raízes crescem para fora e têm pequenos orifícios que permitem as trocas gaso-
sas entre a planta e o ambiente. Por isso, o nome “respiratórias”.

109
Peça aos estudantes que ana-
lisem a tirinha apresentada na 2 Leia a tirinha.
atividade 2 e respondam indivi-
dualmente às questões. No item

TIRA TURMA DO MANGUE 


INSTITUTO CARANGUEJO
b, espera-se que eles respondam
que não, pois os caranguejos es-
tão “namorando”, ou seja, estão
no período reprodutivo, por isso
não seria adequado coletá-los nes-
se momento se quisermos garantir
a reprodução desses animais.

a) Como você interpreta o trecho “temporada de caranguejos”?


Avaliação
b) A “história” que a tirinha conta sugere um “namoro” entre caranguejos, e
A atividade pode ser uma se passa, assim, no período de reprodução desses animais. Você acha que
boa oportunidade para uma ava- a “temporada de caranguejos” deveria acontecer nessa mesma época?
liação de aprendizagem referen- Resposta pessoal.
te à habilidade EF04CI04. Dessa 3 Entre outros animais, os guarás-vermelhos comem pequenos peixes, muitos
forma, retomamos uma atividade deles consumidores primários que se alimentam de plantas da região. Por ou-
de cadeia alimentar, utilizando os tro lado, os guarás-vermelhos podem servir de alimento também aos gaviões.
animais do Pampa. São propos- a) Construa, em seu caderno, uma cadeia alimentar com os seres citados
tos alguns animais, como o gua- no texto.Resposta: plantas do mangue  pequenos peixes  guarás-vermelhos  gaviões.
rá-vermelho. Solicita-se aos estu-
b) Que tipo de consumidor é o guará-vermelho, na cadeia acima?
dantes que construam em seus
cadernos uma cadeia alimentar,
sem a necessidade de mostrar os
4 Observe ao lado uma tela pintada em homenagem ao Pampa rio-grandense.
Glauco Rodrigues, artista nascido em Bagé, Rio Grande do Sul, sempre valori-
decompositores. Por fim, há per-
zou a população gaúcha, o

REPRODUÇÃO MUSEU DE ARTE DO RIO


GRANDE DO SUL, PORTO ALEGRE/RS
guntas que pedem para classificar
o guará-vermelho naquela cadeia povo do Rio Grande do Sul,
alimentar e depois em uma outra tendo retratado muitas ce-
cadeia proposta alternativamente. nas de vaqueiros com seu
chimarrão de erva-mate e
sua roupa típica de criador
Orientações didáticas de gado.
Na atividade 4, os estudantes • Os gaúchos retratados
farão a leitura do quadro O tempo na pintura se dedicam
e o vento, de Glauco Rodrigues. à agricultura ou à
Aqui há mais uma oportunidade pecuária?
para desenvolver a competência À pecuária; são criadores
de gado. Na pintura, não O tempo e o vento, de Glauco Rodrigues, 1985. Aquarela
leitora através da leitura de ima- há plantações. 55 cm × 76 cm. Museu de Arte do Rio Grande do Sul (RS).
gem. Pode ser a oportunidade de
um trabalho interdisciplinar com
Artes e Geografia.
110

Respostas
2. a) A temporada de caranguejos seria o período de coleta e de consequente consumo
desse animal.
3. b) Ele é um consumidor de segunda ordem (ou secundário).

110
Pantanal Imagens sem escala. Orientações didáticas
O Pantanal é considerado uma das maiores extensões úmidas contínuas do Selecione três estudantes e
planeta. Está localizado nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e ocupa peça que façam a leitura do tex-
pouco mais de 1,7% do território brasileiro. Ele apresenta uma característica inte- to em voz alta. Em seguida, ex-
ressante: sofre influência direta de outros três biomas – Floresta Amazônica, Mata plore com a turma as imagens e
Atlântica e Cerrado – e por isso abriga muitas espécies comuns a esses biomas, in- as legendas. Discuta as informa-
cluindo algumas que estão ameaçadas. ções apresentadas e elucide qual-
quer dúvida.
Outra característica marcante é a influência das
Se julgar pertinente, prossiga
águas na dinâmica da vida desse bioma. Muitos rios GLOSSÁRIO questionando se algum dos estu-
cortam suas planícies e, na época da cheia, inundam dantes conhece outras espécies
toda a região. Na época da vazante, as águas recuam Vazante: período de baixa do da flora do Pantanal, socializando
e se acumulam em lagoas, que se tornam fontes de nível de água de rio ou mar.
as respostas com toda a turma.
água no período da seca. Com o retorno das chuvas, o Além disso, sempre que achar
solo volta a ficar úmido e a encharcar, e o ciclo recomeça. Essa paisagem em cons- necessário, oriente-os a procura-
tante movimento abriga uma rica diversidade de espécies adaptadas a esse vai e rem no dicionário as palavras cujo
vem cíclico das águas, como veremos a seguir. significado desconhecem. Isso
promove o desenvolvimento do
LUCIANO QUEIROZ/PULSAR IMAGENS

MARCOS AMEND/PULSAR IMAGENS


vocabulário, ampliando a compe-
tência leitora.
O texto desta página aborda
uma característica do Pantanal: o
ciclo das águas. Esse ciclo se carac-
teriza pelos períodos de cheia, de
vazante e de seca. Ele é importante
Pantanal no período de cheia. Aquidauana, Mato Pantanal no período de vazante. Aquidauana, pois no período de cheia os campos
Grosso do Sul, 2021. Mato Grosso do Sul, 2018. recebem nutrientes, que permitem
aos vegetais se desenvolverem.
RENAN MARTELLI DA ROSA/SHUTTERSTOCK.COM

ZÉ PAIVA/PULSAR IMAGENS Se achar interessante, esse é


o momento para promover a in-
terdisciplinaridade com o compo-
nente curricular Geografia. Para
isso, favoreça a interface entre as
duas áreas de conhecimento.

Durante o período de cheia, moradores e


turistas precisam usar canoas ou cavalos para se
Pantanal no período de seca. Aquidauana, locomover nas regiões alagadas. Rio Cuiabá, em
Mato Grosso do Sul, 2016. Poconé, Mato Grosso do Sul, 2019.

111

Sugestões para os estudantes


Uma aventura ecológica faz com que um caçador de jacarés “sinta na pele” o que é vi-
ver como um animal selvagem perseguido.
• Baba-Iaga no Pantanal, de Tatiana Belinky. São Paulo: Olho D’água, 2006.
• O Projeto Bichos do Pantanal realiza várias ações para preservação e conhecimento dos
animais do Pantanal. Disponível em: www.bichosdopantanal.org. Acesso em: 22 abr. 2021.
Este DVD vai levar você a uma viagem pelos dois maiores santuários ecológicos do Brasil.
Os animais são filmados em hábitats naturais acompanhados por lindas músicas.
• Pantanal & Amazônia, DVD de vários artistas. São Paulo: Azul Music, 2002.

111
Orientações didáticas No período de vazante, as águas recuam e os peixes tentam voltar aos rios, mas
muitas vezes ficam presos em lagoas ou baías temporárias, e servem de alimento
Após as cheias, o Pantanal
para a fauna local. Nesse momento, também nascem as gramíneas, que servem de
passa pelo período de vazante.
alimento para o gado, os cervos, as capivaras e outros herbívoros.
Nessa época, as águas começam a
se retrair, dando origem aos cam-

FERNANDO ROLIM/SHUTTERSTOCK.COM

WILDPIX 645/SHUTTERSTOCK.COM
pos verdes – que servirão de ali-
mento para muitos animais. Além
disso, as baías formadas abrigam
peixes que, durante as cheias, su-
biram o rio para a reprodução e
não conseguiram retornar. Esses
animais também servem de ali-
mento, pois se tornam uma pre- Muitos animais herbívoros, como o veado-campeiro, que mede cerca de 1 m de
sa fácil para as aves da região. comprimento, e a capivara, que mede cerca de 1,2 m, dependem das gramíneas que
Já no período de seca, muitos crescem na margem dos rios , após o período de cheia, para se alimentar.
animais acabam morrendo, pois
ocorre a maior incidência de quei-
madas. Para fugir do fogo, esses Na seca, os campos ficam secos, a maioria das árvores perde suas folhas e mui-
animais fogem para as rodovias, tos animais se deslocam por grandes distâncias à procura de água. Nesse período,
mas, como muitos deles são len- há ocorrência frequente de queimadas.
tos, acabam sendo atropelados. Imagens sem escala.
Outro fator que contribui para

OXFORD / MINDEN / SUPERSTOCK /


IMAGEPLUS

BLICKWINKEL/HUMMEL/ALAMY/
FOTOARENA

GURKAN OZTURK/SHUTTERSTOCK.COM
a morte dos animais é a escassez
de água: eles passam a percor-
rer muitos quilômetros à procura
de água e, muitas vezes, precisam
atravessar as rodovias.

A diversidade de aves é um dos É também durante a seca que No período de seca também
grandes atrativos do Pantanal. ocorre a floração dos ipês, é mais fácil ver os grandes
Durante o período de seca, aves, como o ipê-rosa. Tamanho: mamíferos, como a onça-pintada,
como o tuiuiú, que mede cerca cerca de 25 m de altura. que mede cerca de 1,8 m
de 70 cm de altura, procuram de comprimento, principal
alimentos nos rios e nos lagos predadora das capivaras e jacarés..
repletos de peixes.

• Todos os anos, o Pantanal recebe milhares de turistas em busca de suas be-


lezas naturais. Na sua opinião, como os turistas devem se comportar para
colaborar com a preservação do bioma? Resposta pessoal.

112

112
Orientações didáticas
A seção É hora de investi-
gar traz a oportunidade de ensi-
Conhecendo mais dos biomas brasileiros nar os estudantes a coletar dados
1. Seu grupo receberá como tarefa um dos biomas abaixo. Vocês deverão pes- e transformá-los em um produto
quisar suas características, como a diversidade de seres vivos e as regiões textual que pretende “vender um
do Brasil que o bioma ocupa. destino” a um eventual turista.
Para melhor exemplificar o
Pampa – Manguezal – Pantanal que se espera dos estudantes,
traga para a aula alguns panfle-
Obtenham as informações em livros, em revistas ou em fontes confiáveis tos turísticos, facilmente obtidos
na Internet. em agências de viagens.
Outra opção, se tiverem aces-
2. A ideia é preparar um folheto de propaganda turística que retrate as carac-
so à internet na escola, é fazer
terísticas do bioma trabalhado. Nele, seu grupo irá convencer as pessoas
com que eles visitem sites de via-
de que vale a pena visitar a região, mas que devem tomar todo o cuidado
gens apresentando e divulgando
para preservar o ambiente. Vocês poderão ilustrar com desenhos próprios
as regiões em questão. Se possí-
ou imagens obtidas em outras fontes.
vel, antes do início da atividade,

ILUSTRA CARTOON
convide um profissional do setor
de turismo, que poderá dar algu-
mas orientações iniciais de como
proceder, em termos de produção
de propaganda.
Além de aprender a coletar os
dados e depois organizá-los com
uma preocupação estética, típica
desse tipo de texto, os estudantes
Folheto de propaganda turística.
deverão fazer uma apresentação
3. Depois, organizem, com o professor, uma apresentação oral para compar- oral, desenvolvendo a habilidade
tilharem o resultado da pesquisa e seus desenhos. de falar em público e de conven-
cer os interlocutores, hoje uma
Algumas sugestões que serão úteis na hora de apresentar: habilidade necessária em quase
todas as profissões e processos
• Estude bem o tema e ensaie a apresentação, para ter segurança ao falar.
seletivos. Eles também desenvol-
• Fale alto e claramente, olhando diretamente para os colegas presentes. verão habilidades como respeito,
• Utilize imagens para apoiar sua explicação, por exemplo, desenhos, carta- empatia, tolerância e saber ouvir,
zes ou uma apresentação multimídia, se houver equipamento na escola. pois a proposta é que o trabalho
seja feito em grupo.
• Ao final, pergunte se alguém tem dúvida e tente responder a ela. Se não
souber a resposta, diga que fará uma pesquisa.

113

Na BNCC
Ao realizar essa tarefa, serão desenvolvidas as competências gerais 4 e 9.
É importante que as etapas e o produto dessa atividade sejam avaliados de alguma for-
ma. Combine com os estudantes o que e como será avaliado. Dê um retorno para cada estu-
dante sobre sua participação e seu desempenho para que ele possa saber o seu rendimento.
Se julgar conveniente, use essa atividade como uma oportunidade de avaliar o aprendizado,
verificando o desenvolvimento de competências gerais, e não de habilidades.

113
Orientações didáticas
Na atividade 1, espera-se que
os estudantes respondam de for-
ma afirmativa, pois a observação 1 O Pantanal é um dos lugares do mundo mais procurados pelos turistas. Com
de aves é uma atividade turística mais de 600 espécies de aves, esse bioma é um santuário para quem tem in-
que ajuda a desenvolver o turismo teresse em ver e fotografar a beleza das aves pantaneiras. Você acha que esse
ecológico, gera lucro a diferentes tipo de atividade turística é benéfica para a preservação do bioma? Resposta pessoal.
setores (hotéis, guias, empresas de
2 No Pantanal existem várias cadeias alimentares formadas pelos animais e plan-
aviação etc.), além de contribuir in-
tas típicos desse bioma. Sabe-se que, em uma delas, os predadores da arira-
diretamente para a preservação das
nha são as onças-pintadas. Responda em seu caderno, escolhendo qual das
aves no bioma, pois sem elas essa
atividade não pode existir. Isso, é
cadeias, abaixo é a correta; depois, faça um desenho para ilustrar essa cadeia.
claro, se o turista exercer unicamen- I. peixe  onça-pintada  ariranha  planta aquática.
te a observação e a fotografia. II. peixe  ariranha  onça-pintada  planta aquática.
Nesse momento, é interessan- III. onça-pintada  ariranha  peixe  planta aquática.
te explicar que, por sua grande
biodiversidade, o Pantanal foi de- IV. planta aquática  peixe  ariranha  onça-pintada. Resposta IV.
clarado Patrimônio Natural da Hu-
manidade pela Organização das 3 A mineração é uma atividade essencial para a obtenção de matérias-primas
Nações Unidas para a Educação, a para as indústrias; desse modo, ela contribui para a geração de empregos e
Ciência e a Cultura (Unesco). Por- de renda para o país. Porém, dependendo da forma como é feita, pode pro-
tanto, para ser preservado, o Pan- vocar grandes impactos ao ambiente, inclusive às pessoas que ali vivem. As
tanal está se tornando uma região imagens a seguir mostram áreas exploradas para a retirada de minérios como
de turismo sustentável, ou seja, ferro, manganês, bauxita e outros, usados na fabricação de produtos que con-
turismo que preserva o ambiente sumimos no dia a dia.
e os recursos naturais, ao mesmo

RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGENS

RICARDO AZOURY/PULSAR IMAGENS


tempo que contribui para o cresci-
mento econômico da região.
Na atividade 2, retomamos
o assunto da cadeia alimentar,
abordando os animais do Panta-
nal. Assim, os estudantes terão
mais uma oportunidade de de-
senvolver a habilidade EF04CI04.

Atividade complementar
Há biomas que costumam so-
Área de extração de minério de ferro no Área da barragem onde ocorre extração
frer com muitas queimadas. Pen- município de Congonhas, Minas Gerais, 2016. de bauxita para produção de alumínio em
sando nisso, pesquise notícias Barcarena, Pará, 2019.
atuais a respeito das queimadas
em algum dos biomas estudados 114
e responda às questões.
a) Quais são as consequên-
cias para a vegetação desse É provável que os estudantes Recursos para o professor
bioma após a queimada? encontrem informações sobre o
Resposta: As queimadas destro- fato de que as queimadas preju- O site fornece fundamentação teórica para a discus-
em a vegetação, matam espécies dicam os biomas, causando des- são do problema das queimadas em classe.
animais e emitem gases tóxicos, truição de espécies vegetais e ani- • Queimadas. INPE. Disponível em: http://queimadas.
destruindo o bioma. mais e emissão de gases tóxicos. dgi.inpe.br/queimadas/portal-static/situacao-atual.
b) Os animais desse bioma No caso do Cerrado, abordado no Acesso em: 22 abr. 2021.
sofreram prejuízos? Que Capítulo anterior, as queimadas po-
animais são esses e quais dem ser um processo natural ca-
foram os riscos? racterístico desse ambiente, contri-
Resposta: Sim, queimadas ocasio- buindo inclusive para a germinação
nam a morte de animais, os tipos de algumas espécies vegetais.
de animais dependem do bioma.
114
Em 2019, ocorreu um grave desastre ambiental no município de Brumadinho, Orientações didáticas
em Minas Gerais, quando a barragem do Feijão se rompeu, matando 270 pes-
A atividade 3 possibilita,
soas e contaminando o rio Paraopeba, que abastece 48 municípios.
de modo interdisciplinar, a ex-
O mesmo tipo de desastre ambiental já havia ocorrido em 5 de novembro de 2015, ploração parcial da habilidade
no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, também em Minas Gerais. Na ocasião, EF03GE11.
a barragem do Fundão se rompeu e toneladas de lama e de resíduos tóxicos de Essa atividade permite co-
mineração degradaram o ambiente e provocaram a morte de 19 pessoas. nhecer ou recordar dos acidentes
com as barragens em Mariana em
2015 e Brumadinho em 2019, no

MAXAR/GLOBALGEO GEOTECNOLOGIAS

MAXAR/GLOBALGEO GEOTECNOLOGIAS
estado de Minas Gerais, e o risco
que outras diversas barragens re-
presentam hoje para a população
brasileira. Portanto, faz-se urgen-
te uma discussão sobre as conse-
quências dessas construções e de
sua regulamentação.
Com a análise dessas ques-
tões, espera-se que o aluno possa
começar a perceber esses proble-
mas, que podem eventualmente
ocorrer na sua própria comunida-
de, além de, de forma mais am-
Vista aérea do distrito Bento Rodrigues antes da Vista aérea do distrito Bento Rodrigues após a pla, questionar a maneira como
barragem de Fundão se romper. Mariana, Minas barragem de Fundão se romper. Mariana, Minas esse tipo de obra tem sido con-
Gerais, jul. 2015. Gerais, nov. 2015.
duzida no país.

A lama atingiu o rio Doce, contaminando-o e destruindo grande quantidade


de animais e de plantas. As águas do rio Doce abastecem 229 municípios.
Observe as imagens áreas de Bento Rodrigues e responda às questões..
a) Como era a paisagem do ambiente antes do rompimento?
b) Como ficou após o rompimento?
c) Com a contaminação dos rios Doce e Paraopeba por resíduos tóxicos, quais
você acha que foram as consequências para o ambiente (rios, solo, vege-
tação, animais)?
d) Quais devem ter sido as consequências para a vida e a saúde das pesso-
as que moravam em Bento Rodrigues, em Brumadinho e nos municípios
abastecidos pelos rios Doce e Paraopeba?

115

Respostas
3. a) O lugar tinha vegetação e algumas construções.
b) O lugar ficou destruído e recoberto pela lama armazenada na barragem.
c) Rios ficaram poluídos com lama tóxica e a água ficou imprópria para consumo do gado
e das pessoas. O solo ficou contaminado e endurecido pela lama seca, impossibilitando a
agricultura. Muitos animais morreram no acidente, e os sobreviventes não puderam mais
beber a água dos rios.
d) Muitas pessoas perderam o emprego e as terras onde plantavam e cuidavam do gado.
Os moradores ficaram sem casa para morar e foram transferidos para hotéis em outros
locais. Além disso, com o ambiente poluído, havia o risco de ficarem doentes.

115
Orientações didáticas
A seção É hora de investi- GLOSSÁRIO
gar favorece o desenvolvimento
Animais ameaçados de extinção
da consciência ambiental dos es- Espécie: conjunto de
tudantes. É importante que eles Apesar da importância de preservar todos os organismos semelhantes entre
entendam a necessidade da pre- componentes dos biomas, existem muitas espécies, si, capazes de se acasalar na
servação dos organismos em pe- tanto animais como vegetais, que estão ameaçadas natureza e gerar descendentes
rigo de extinção, pois todos eles de extinção. Se isso ocorrer, a manutenção de um de- férteis, isto é, que também
fazem parte de um ecossistema e licado equilíbrio será posta em risco. podem se reproduzir.
de teias alimentares diversificadas. Espécie ameaçada de
Vamos conhecer alguns animais ameaçados de extinção: aquela em risco
Nesse sentido, explore o de- extinção? de desaparecer por causa de
sequilíbrio causado em um ecos-
modificações que ocorrem
sistema caso um dos seres que
Como fazer no ecossistema em que elas
fazem parte dele deixe de existir. vivem, por causas naturais
Para que todos os biomas sejam 1. Com a ajuda do professor, acessem o site do
ou pela ação das pessoas,
contemplados, escolha os ani- Instituto Chico Mendes de Conservação da
que destroem a vegetação,
mais de acordo com a ocorrên- Biodiversidade e acessem a página da lista de reduzem a alimentação
cia em cada ambiente. Outra op- espécies ameaçadas no link: disponível e poluem o solo
ção é escolher animais de grupos e as águas.
www.icmbio.gov.br/portal/faunabrasileira/
variados, como peixes, anfíbios,
lista-de-especies.
répteis, aves e mamíferos, ou até
invertebrados. Se a escola tiver Conheçam também as diferentes categorias em que são classificados os
computadores com acesso à in- animais segundo o maior ou menor risco de extinção no link:
ternet, sugerimos que reúna a tur-
ma na sala de informática e acesse
www.oeco.org.br/dicionarioambiental/27904-entenda-a-classificacao-da-
os endereços sugeridos na ativi- lista-vermelha-da-iucn/. Acessos em: 8 fev. 2021.
dade. Permita que os estudantes 2. O professor fornecerá a cada grupo o nome de 2 ou 3 animais com ameaça
naveguem pelos sites a fim de co- de extinção. Escolham um deles para a pesquisa do grupo.
letarem informações importantes
3. Como sugestão para a pesquisa, procurem informações como:
para a realização da atividade.
Se achar interessante, faça um • A que grupo o animal pertence? Em que bioma(s) vive?
levantamento dos dados coletados • Por que está em risco de extinção?
de todos os grupos e defina com a
4. Montem um cartaz com as informações pesquisadas. Colem fotos do ani-
turma as conclusões mais impor-
tantes tiradas desse trabalho. Re-
mal e do(s) bioma(s) onde ele ocorre e exponham o cartaz na sala.
lacione as informações levantadas
ao que os estudantes aprenderam Conclusão
a respeito dos biomas.
• Agora, apresentem aos demais colegas e exponham no mural da escola.
Para ampliar a informação, a
seguir, há um texto que discute os
critérios de classificação das espé-
cies em: extinta; extinta na natu-
116
reza; criticamente em perigo; em
perigo; vulnerável; quase amea-
çada; pouco preocupante; e de-
ficiente em dados.
Qual é o critério que define quando um animal está em extinção?
“Um animal é considerado extinto quando deixa de existir, seja na natureza ou em ca-
tiveiro, por causas naturais ou pela ação do homem. Mas, para dizer que uma espécie está
em extinção, não basta saber a quantidade geral de indivíduos que existem na natureza”,
explica Kátia Rancura, bióloga da Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Essa classifica-
ção é mais complexa e feita com base em critérios adotados pela União Internacional para a
Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), a mais antiga organização inter-
nacional de preservação do meio ambiente. Segundo a IUCN, as espécies podem ser classi-
ficadas em oito categorias: extinta, extinta na natureza, criticamente em perigo, em perigo,
vulnerável, quase ameaçada, pouco preocupante e deficiente em dados. Se a espécie foi

116
Avaliação

Agora é hora de pensar sobre o que você experimentou e aprendeu no estudo O objetivo desta seção é reto-
deste Capítulo. Em seu caderno, copie as frases abaixo. Após cada uma, faça o mar os pontos principais do Ca-
desenho do ícone que melhor representa seu desempenho. Veja a legenda: pítulo, permitindo aos estudantes
perceber a evolução de seu co-
nhecimento. Se necessário, incen-
tive os alunos a consultar o texto
Minha participação e O desempenho poderia ter Desempenho insatisfatório. do Capítulo, esclareça possíveis
aprendizagem foram sido melhor. dúvidas e se certifique de que to-
satisfatórias. dos conseguiram compreender os
1. Conheço as principais características dos biomas Pampas e Pantanal, e do temas abordados.
ecossistema manguezal. Se julgar pertinente, retome
2. Reconheço algumas cadeias alimentares dos biomas estudados. as respostas dos estudantes às
3. Reconheço alguns problemas enfrentados por esses biomas, tais como questões iniciais, verificando se
queimadas e poluição, e a necessidade de agir com responsabilidade para as ideias levantadas por eles se
confirmaram ou não. Mostre, por
enfrentar esses problemas ambientais.
meio delas, o quanto aprenderam
nesse Capítulo.

REPRODUÇÃO/OLHO D’ÁGUA
AQUI TEM MAIS

Para ler
Baba-Iagá no Pantanal, de Tatiana Belinky. Editora Olho D’água. Uma
aventura ecológica faz com que um caçador de jacarés “sinta na pele” o
que é viver como um animal selvagem perseguido.

EDITORA COMPANHIA DAS LETRAS


Meninos do mangue, de Roger Melli. Companhia das Letrinhas. Quando foram
pescar siri no mangue, a Sorte e a Preguiça fizeram uma aposta: ganharia quem
pescasse o siri com mais patas. Quem será que venceu essa aposta?
Para acessar
www.bichosdopantanal.org. O Projeto Bichos do Pantanal realiza várias ações para
a preservação e o conhecimento dos animais do Pantanal. Acesso em: 21 fev. 2021.

Para assistir
https://educa.ibge.gov.br/templates/ibge_educa/recursos/2018_12_04_livro-leticia-cacau.
pdf. Conheça a Preguiça Letícia e o Macaco Cacau: dois amigos que com suas diferenças se unem para
proteger o próprio lar, a floresta!
https://educa.ibge.gov.br/templates/ibge_educa_criancas/brincadeiras/jogo-da-memoria-
fauna-em-extincao/. Quer conhecer os animais em extinção da nossa flora através de um jogo da
memória virtual? Então acesse o link indicado. Acessos em: 21 fev. 2021.

117

classificada em uma das duas primeiras categorias, é considerada extinta, se está entre vul-
nerável e criticamente em perigo, corre risco de extinção. […]
Com base nesses critérios, desde 1994 a IUCN publica a chamada Lista Vermelha, um
documento que detalha a situação de 45 mil espécies de animais, plantas e fungos. A última
lista, lançada em 2008, classifica 10 500 espécies como ameaçadas. Entre os animais verte-
brados, 10% de todas as espécies conhecidas correm o risco de desaparecer.

SATO, Paula. Qual é o critério que define quando um animal está em extinção?. Disponível
em: https://novaescola.org.br/conteudo/1134/qual-e-o-criterio-que-define-quando-um-
animal-esta-em-extincao. Acesso em: 22 abr. 2021.

117
Orientações didáticas
Inicie a abertura da Unidade
solicitando aos estudantes que
analisem a imagem. Pergunte se
eles já viram uma imagem como
essa e se conhecem o jipe espa-
cial Perseverance.
Escute atentamente as res-
postas e, se necessário, solicite
como tarefa de casa que pesqui-
sem a respeito dele e comparti-
lhem as informações coletadas.
Depois, peça a um voluntá-
rio que leia as atividades propos-
tas na página. Desenvolva por
mais tempo a discussão da ati-
vidade 4. A velocidade dos
Esse tipo de questionamen-
to promove reflexão a respeito
objetos e o movimento
do mundo e do cotidiano, reco-
nhecendo possíveis problemas e
do Sol e da Terra
criando propostas de soluções.
A exploração do espaço e de
outros planetas é um sonho da
humanidade. Ele vem ocorrendo
graças ao avanço da Ciência e
Tecnologia, que possibilitaram, Nesta Unidade você vai estudar
por exemplo, a construção do veí-
culo espacial Perseverance, consi-
Capítulo 7 - Tempo, distância e velocidade
derado o jipe tecnologicamente
mais avançado até o momento. Capítulo 8 - O Sol como referência de tempo e de localização
O veículo é equipado com 23
câmeras, que fazem gravações Capítulo 9 - O Sol e as estações do ano
das expedições pelo planeta, e
de muitos instrumentos científi-
cos de medição que possibilitam
o estudo das rochas e da atmos-
fera marcianas.

118

Recursos para o professor Sociedade Brasileira de Física.


• http://www.sbfisica.org.br/v1/portalpion/
Se necessário, para encaminhar o con- index.php/noticias/251-curso-online-e-
teúdo desta Unidade, você pode obter in- -gratuito-de-astronomia-pela-usp.
formações de astronomia no links a seguir:
Astronomia no Zênite. Olímpiada Brasileira de Astronomia e As-
tronáutica.
• https://www.zenite.nu.
• http://www.oba.org.br/site/?p=conteu-
Observatório Nacional. do&idcat=5&pag=conteudo.
• https://www.on.br/index.php/pt-br. Acessos em: 7 ago. 2021.

118
Respostas
1. Se descesse com grande velo-
cidade, o jipe certamente se
espatifaria no solo de Marte.
2. Pudemos realizar este feito
graças ao acúmulo de conhe-
cimentos da humanidade. Foi
preciso muita pesquisa, muito
investimento e muita dedica-
ção para que esse e outros fei-
tos pudessem ser realizados.
3. Os estudantes podem citar
muitos inventos que altera-
ram as nossas vidas. Vacinas,
computadores, satélites de
Lançado em 30 de julho de 2020, depois de viajar sete meses pelo comunicação, celulares, au-
espaço, o jipe Perseverance pousou na superfície do planeta Marte. tomóveis, raios-X, tomogra-
fia, medicamentos, aviões.

NASA IMAGE COLLECTION/ALAMY/FOTOARENA


4. Resposta pessoal. A inten-
ção aqui é que os estudantes
usem a criatividade e o senso
de observação.

Fotomontagem da NASA mostrando o jipe Perseverance colocado na superfície do planeta Marte


em 18 fev. 2021.

1 O que aconteceria com o jipe se ele descesse rapidamente no solo de Marte?

2 Qual foi a importância da ciência e da tecnologia para esse acontecimento?

3 Cite alguns inventos que mudaram o mundo.

4 De que invento você sente falta? Se pudesse escolher, o que inventaria?

119
ORGANIZE-SE!
Recurso para o professor • Páginas 140 e 142 - al-
guns materiais comuns
Informações sobre a viagem da sonda, lançada em
são necessários para a
30 de julho de 2020, por cerca de 470 milhões de qui-
construção de um reló-
lômetros, até seu destino final. Assunto sintonizado
gio de sol e determina-
com o tema transversal Ciência e Tecnologia.
ção dos pontos-cardeais.
• CARDOZO, A. L. A. V. Perseverance, a maior mis-
são a Marte da história. Agência Universitária • Página 132 - a elabora-
de Notícias USP, 22 mar. 2021. Disponível em: ção de um jogo requer
http://aun.webhostusp.sti.usp.br/index. materiais comuns, reco-
php/2021/03/22/perseverance-a-maior-missao-a- mendamos que você os
-marte-da-historia/. Acessos em: 23 abr. 2021. providencie previamente.

119
7
Objetivos do Capítulo
Ao término deste Capítulo,
espera-se que os estudantes en-
Tempo, distância
tendam como são feitas as medi- e velocidade
das de tempo e de distância. Es-
tabelecidos esses conhecimentos,
esperamos que compreendam o NESTE CAPÍTULO VOCÊ VAI...
significado de velocidade e que re- • Entender como é feita a medida de intervalos de tempo.
conheçam os principais meios de • Entender como são feitas as medidas de distância.
transporte atuais e as vantagens e • Compreender o significado de velocidade.
desvantagens de cada um deles. • Identificar as características dos principais meios de transporte utilizados atualmente.

A BNCC neste Capítulo


Neste Capítulo, é apresentado
um conteúdo adicional não rela-
cionado diretamente às habilida- Observe a imagem e converse com seus colegas:
des da BNCC, mas que favorece o
trabalho com a unidade temática

JOÃO PRUDENTE/PULSAR IMAGENS


Matéria e Energia e com com-
petências gerais e específicas da
BNCC. A começar pela compe-
tência geral 1, que está relacio-
nada à valorização e a utilização
dos conhecimentos historicamen-
te construídos sobre o mundo fí-
sico para explicar a realidade. Ve-
locidade, espaço e tempo e os
modernos meios de transporte
estão conectados à realidade dos
estudantes do quarto ano.
Estudantes chegando à escola. Sumaré, São Paulo.
As abordagens contribuem
para o desenvolvimento da com-
petência geral 8, relacionada ao 1 Os alunos podem chegar à escola de diferentes maneiras. Como os colegas
autoconhecimento e autocuida­ de sua sala fazem para ir de casa para a escola? E você, como faz? Resposta pessoal.
do, pois o assunto controle de
2 Todos devem chegar à escola mais ou menos no mesmo horário, mas será que
velocidade está associado à se-
todos saem de casa ao mesmo tempo? Por quê? Resposta pessoal.
gurança das pessoas. Mobiliza
também a competência espe- 3 Depois da aula, os alunos que vão embora de transporte escolar sempre che-
cífica 7 de Ciências da Nature- gam em casa mais rápido do que os alunos que vão para casa a pé? Por quê?
za, relacionada com cuidar de si, Resposta pessoal.
recorrendo a conhecimentos das 120
Ciências da Natureza.
O trabalho com as competên-
cias específicas 2 e 3 de Ciências
da Natureza está presente nas dis- pela competência geral e pela competência específica 5 de Ciências da Natureza.
cussões sobre os vários meios de Inicie a discussão sobre os meios de transporte que os estudantes utilizam para ir até a esco-
transporte, suas características, la. É esperado que percebam que o horário em que cada um sai de casa depende do tempo que
vantagens e desvantagens. Essa leva para chegar à escola, o que está relacionado com a distância e o meio de transporte utilizado.
oportunidade traz também o tra- O importante é que eles comecem a se acostumar com as palavras “tempo”, “distân-
balho de argumentação proposto cia” e “velocidade”.

120
Intervalo de tempo e distância Orientações didáticas
Talvez você tenha um relógio em sua casa e saiba que ele serve para marcar Inicie o encaminhamento apre-
o tempo. Olhando para ele, podemos saber qual é o horário naquele momento. sentando os relógios. Se achar per-
tinente, leve dois relógios para a
O relógio, então, é um instrumento de medida de tempo.
sala de aula, um analógico e um
digital. Peça aos estudantes que
verifiquem as horas nos dois exem-
AVS-IMAGES/SHUTTERSTOCK.COM

CRISP/SHUTTERSTOCK
Os relógios geralmente indicam
plares. É provável que muitos de-
o horário em horas e minutos, e al-
les tenham dificuldade em ler as
guns modelos também indicam os
horas no relógio analógico. Então
segundos. Porém, horas, minutos e
aproveite para reforçar com a tur-
segundos não são as únicas unidades
ma essa leitura.
de tempo: dias, meses, anos e sécu- Se julgar conveniente e a esco-
Relógio analógico (à esquerda) e relógio digital los também são unidades de tempo.
(à direita). la contar com este recurso, leve a
Elementos não
proporcionais entre si. turma para a sala de informática
e proponha um jogo educacional
com os relógios digital e analógico.
A duração de uma atividade é denominada intervalo de tempo. Observe Há uma sugestão de site na seção
as imagens e responda: Recursos para o professor.

ILUSTRA CARTOON
• Qual foi o intervalo de Em seguida, se julgar interes-
tempo que esse garoto sante, oriente a turma na constru-
precisou para ir de casa ção de um relógio analógico. Nes-
até a escola? 30 minutos. sa mesma seção há a indicação de
como fazer isso.
• Alguém da sua turma A leitura das horas em relógios
também precisa desse pode ser a oportunidade para tra-
mesmo intervalo de tem- balhar a numeracia e o conceito
po para chegar à escola? de medida de intervalo de tempo
Resposta pessoal. e das horas do dia.
Você pode dizer que quando le-
Podemos utilizar o relógio, por exemplo, para determinar quanto tempo de-
mos as horas e os minutos estamos
moramos realizando determinada tarefa. Imagine que você queira saber quanto
medindo o instante no tempo.
tempo demora desde que sai de sua casa até chegar à escola. Para isso, basta ver
Promova uma conversa a
o horário quando estiver saindo de casa e o horário em que chegou à escola. partir das observações das ilus-
Os intervalos de tempo podem ser medidos em anos, meses, dias, horas, mi- trações e das questões apre-
nutos, segundos etc. Como sabemos qual unidade de tempo é mais conveniente de sentadas. Momentos assim são
se usar? Isso dependerá da atividade que está sendo realizada. Por exemplo, para especialmente ricos, pois contri-
medir o intervalo de tempo entre os seus aniversários, a unidade mais adequada é buem para ampliar a oralidade
o ano; já para medir o intervalo de tempo que você passa diariamente na escola, dos alunos, permitindo situações
as unidades mais adequadas são a hora e o minuto. de troca de ideias e de se depa-
rarem com análises diferentes.
Tudo isso pode aumentar o reper-
121
tório oral, instigar o pensar, pro-
vocá-los a olhar para o mundo
com maior curiosidade e desejo
Recursos para o professor de descobrir e de aprender mais.
• Brincando com as horas. Educacional – sala de aula. Disponível em: www.educacional.
com.br/recursos/conteudoEF1/Aprimora/apps/mat088-relogio/01/index.html. PNA neste Capítulo
• Como Fazer um Relógio de Papel para Ensinar as Horas. WikiHow. Disponível em:
https://pt.wikihow.com/Fazer-um-Rel%C3%B3gio-de-Papel-para-Ensinar-as-Horas. • Desenvolvimento de vocabu-
lário
Acessos em: 22 abr. 2021.
• Compreensão de textos
• Produção de escrita

121
Orientações didáticas Observe algumas relações que podemos estabelecer entre unidades de tempo:
Neste momento, explore a • 1 ano corresponde a 12 meses;
ideia de intervalo de tempo. Além • 1 mês corresponde a 30 dias;
dos exemplos apresentados, pro-
• 1 dia corresponde a 24 horas;
ponha outras situações, como
esta: “Qual é o intervalo de tem- • 1 hora corresponde a 60 minutos;
po que uma pessoa leva para ir de • 1 minuto corresponde a 60 segundos.
casa até o mercado, sabendo que
ela sai de casa às 14 h e chega ao ATENÇÃO!
mercado às 14 h 20 min?”
Aproveite esses exemplos e Na prática, temos meses com 28, 29, 30 e 31 dias, mas quando falamos em mês
mencione que algumas unidades de modo geral, como um intervalo de tempo , dizemos que ele tem 30 dias.
são mais apropriadas para medir
intervalos de tempo pequenos,
como os segundos, e outras para Da mesma maneira que medimos o tempo, medimos as distâncias. As distân-
medir intervalos maiores, como é cias podem ser medidas com vários instrumentos diferentes. Você conhece algum
o caso do dia, do mês e do ano, instrumento de medida de distância? Veja alguns:
ou até mesmo séculos e milênios. Elementos não
proporcionais entre si.
Informe aos estudantes que, se
SEREGAM/SHUTTERSTOCK

ARCTIC ICE/SHUTTERSTOCK
todos os meses tivessem 30 dias, o
ano teria mais de 12 meses. Assim,
foram determinados alguns meses
com número diferente de dias. O
ano tem aproximadamente 365,25
dias, divididos em 12 meses. Expli-
que que o 0,25, ou seja, um quarto
de dia, é “devolvido” a cada quatro Trena. Régua.
anos (ano bissexto), quando feve-

ALEKSEJLYSENKO/SHUTTERSTOCK.COM
KEITH BELL/SHUTTERSTOCK

reiro ganha um dia, ou seja, passa


a ter 29 dias.
Na sequência, explique por
que o odômetro de alguns carros
têm duas marcações de distâncias
percorridas. Uma delas marca a
quantidade de quilômetros que o
carro já rodou desde a sua fabri-
Trena a laser. Odômetro de carro.
cação. A outra, pode ser zerada a
qualquer instante pelo motorista, As unidades de medida de comprimento mais comuns são o milímetro, o
para marcar a distância percorrida centímetro, o metro e o quilômetro. A escolha da unidade de medida mais ade-
em um trecho específico, como quada para indicar determinado comprimento depende do que está sendo medido.
em uma viagem.
122

Orientações didáticas
O trabalho pedagógico proposto nesta Unidade, que abarca o conceito de velocidade e
os meios de transporte pode ser muito significativo para os estudantes, pois se apropriam
de conhecimentos a serem aplicados em contextos reais do cotidiano. Além disso, o con-
teúdo favorece diretamente o trabalho. com os temas Educação para o trânsito e Ciên-
cia e Tecnologia.
Já o conteúdo de grandezas e medidas relaciona-se com a numeracia, ou seja, contribui
com a alfabetização matemática, de forma interdisciplinar.

122
Por exemplo, para indicar a altura de uma árvore, utilizamos o metro. Já para Orientações didáticas
indicar a distância entre duas cidades, utilizamos o quilômetro, e para indicar o
Mencione aos estudantes que
comprimento de um bebê recém-nascido, utilizamos o centímetro.
o comprimento pode ser medido
em centímetros, em metros, em

VITALII BASHKATOV/SHUTTERSTOCK
JOSE LUIS CARRASCOSA/SHUTTERSTOCK.COM

quilômetros etc.
Conforme o caso, escolhemos
esta ou aquela unidade. Por exem-
plo, em vez de dizer que a distância
entre as cidades de Sorocaba e de
São Paulo é de aproximadamente
8 000 000 cm ou 80 000 metros, é
preferível dizer que a distância en-
tre essas duas cidades é de aproxi-
A medida dos bebês recém-nascidos é A altura de uma árvore é indicada em metros.
madamente 80 km, ainda que não
dada em centímetros. haja erro nenhum em se usar ou-
tra unidade de comprimento. Da
Observe algumas relações entre unidades de medida: mesma forma, não é usual dizer
• 1 quilômetro corresponde a 1 000 metros; que uma régua mede 0,0003 km.
É mais adequado dizer que a me-
• 1 metro corresponde a 100 centímetros;
dida é de 30 cm. Deixe claro que
• 1 centímetro corresponde a 10 milímetros. se trata apenas de uma convenção,
pois todas as escolhas de unidades
Velocidade estão igualmente corretas.
Pedro e Artur partiram ao mesmo tempo de um mesmo lugar em direção a O conceito de velocidade está
ligado à distância que os corpos
uma sorveteria. Enquanto Artur foi de carro com sua mãe, Pedro foi de bicicleta,
percorrem no espaço em um de-
seguindo o mesmo caminho pela calçada, de forma que a distância percorrida será
terminado intervalo de tempo. As-
a mesma.
Elementos não sim, dois conceitos são fundamen-
Quem vai chegar primeiro à sorveteria: Pedro ou Artur? proporcionais entre si.
tais quando se estuda velocidade:
espaço e tempo.
O exemplo que consta no Livro
do Estudante objetiva apresentar
a relação entre espaço e tempo. É
provável que os estudantes digam
ILUSTRA CARTOON

que Artur chegará primeiro à sor-


veteria porque ele está de carro, já
que o carro é mais rápido que a bi-
cicleta. Mas há outros parâmetros a
considerar, como o trânsito. Assim,
não é possível de antemão afirmar
que o carro chegará antes.
123
Sugestão para os
estudantes
Atividade complementar
Artigo sobre velocidade e mo-
1 Observe uma régua. Depois, responda às questões e converse com os colegas. vimento.
a) Qual é a unidade de medida da régua comum, que se usa em escolas? • OLIVEIRA, A. Movimento e re-
A unidade é o centímetro, mas também aparecem as marcas de milímetros. pouso. 19 dez. 2014. Dispo-
b) O que significam os números 0, 1, 2, 3 marcados na régua? nível em: https://cienciahoje.
org.br/coluna/movimento-e-
Correspondem a 0 cm, 1 cm, 2 cm, 3 cm. A palavra centímetro pode ser abreviada por cm. -repouso/.
c) E o que significam as marcas de “traços” sem os números?
Acesso em: 23 abr. 2021.
São as indicações dos milímetros.

123
Orientações didáticas Vamos imaginar que no percurso de Pedro e Artur não havia congestionamento,
acidentes nem semáforos. É possível que Artur chegue primeiro ao destino, já que o
Velocidade é um importante
carro é mais rápido do que a bicicleta. O carro é mais rápido porque consegue percor-
conceito em nossa vida. As pes-
rer a mesma distância percorrida pela bicicleta, mas em um intervalo de tempo menor.
soas deparam-se frequentemente
Essa relação entre a distância percorrida e o tempo é a

ALF RIBEIRO/SHUTTERSTOCK.COM
com informações acerca da veloci-
dade máxima permitida nas estra-
velocidade. Para calculá-la precisamos conhecer a distância
das, da velocidade dos carros em percorrida e o tempo gasto e indicá-los com suas unidades,
uma corrida de Fórmula 1, da velo- tanto da distância quanto do tempo. Por exemplo, se um carro
cidade dos ventos em um boletim percorreu 80 quilômetros em 1 hora, dizemos que sua veloci-
meteorológico etc. Além dessas re- dade é de 80 quilômetros por hora. Porém, para não precisar-
ferências mais comuns, pode-se fa- mos escrever por extenso, podemos utilizar os símbolos das
lar na velocidade com que os con- unidades de medida (abreviações). Veja a seguir as
tinentes se afastam um do outro, principais unidades de medida de tempo e de distância:
da velocidade da Terra ao redor do
Sol, da velocidade das correntes Unidade de medida Símbolo da unidade de medida
Em muitas cidades
marítimas, da velocidade com que metro m
do mundo, existem
viaja um abalo sísmico etc. ciclovias para os ciclistas quilômetro km
A proposta de literacia familiar trafegarem com mais hora h
aborda leitura e interpretação das segurança. São Paulo,
segundo s
placas de trânsito que indicam ve- São Paulo, 2016.
locidade máxima. Na presença dos
familiares ou dos responsáveis, a VOCÊ SABIA?
análise das imagens, do texto e a
discussão das questões propostas • Leia o texto para um adulto que more com você.
poderão ser trabalhadas com maior
profundidade com os estudantes, Placas de trânsito

ILUSTRA CARTOON
facilitando a relação do conteúdo
com a vida cotidiana em casa e for- As unidades de medida de velo-
talecendo o vínculo familiar. cidade mais utilizadas são o m/s (me-
Note a relevância que a edu- tro por segundo) e o km/h (quilômetro
cação no trânsito tem em nossas por hora).
vidas. Os estudantes poderão re- Nas vias brasileiras, existem placas de trânsito indicando a velocidade má-
fletir a respeito das posturas mais xima permitida para os veículos. Observe algumas delas representadas a seguir.
adequadas dos motoristas, da res-
ponsabilidade de todos no trânsi- 1 Qual delas indica a maior velocidade permitida? E qual indica a menor?
to, de como é viver em sociedade
em uma troca mútua de respeito
2 Por que é importante respeitar os limites de velocidade?
à vida, dos radares de velocidades 3 Essa pessoa é a favor ou contra o uso de radares que multam motoristas
colocados em ruas e avenidas para que excedem a velocidade máxima permitida para aquele local?
multarem motoristas infratores, da
condição das ruas que, quando es-
buracadas, podem facilitar aciden-
124
tes de trânsito etc.
Na volta à sala de aula, peça
aos estudantes que compartilhem
Respostas
as respostas e amplie a discussão
acerca da educação no trânsito. 1. A de maior velocidade é de 110 km/h, e a de menor, 20 km/h.
A atividade do Você sabia?
2. Porque ao dirigir dentro dos limites de velocidade, o motorista aumentará sua segurança
proporciona o desenvolvimento da
e a dos demais ao seu redor.
alfabetização, por meio do exercí-
cio de seus componentes essen- 3. Resposta pessoal. Ressalte que os radares realmente têm diminuído a quantidade de aci-
ciais, como fluência em leitura oral dentes nas regiões onde são instalados. Explique aos estudantes que “exceder” significa
e compreensão de textos. “utrapassar”.

124
Orientações didáticas
Na atividade 1, espera-se que
os estudantes indiquem qual uni-
1 Qual é a unidade de medida mais adequada para indicar: dade de medida é a mais adequa-
• a altura de um prédio; Metro. da, mas não obrigatória, para as
• o intervalo de tempo que você leva para fazer uma refeição; Hora ou minuto. diversas situações apresentadas.
Se tiverem dúvida, oriente-os a
• a distância entre duas cidades; Quilômetro. voltar ao texto da teoria.
• o intervalo de tempo que você fica na escola; Hora. Outra maneira de ajudar os es-
tudantes a sanar as dúvidas é in-
• o comprimento do seu polegar. Centímetro ou milímetro.
serir questões como: “É mais fácil
medir a altura de um prédio em
2 A ilustração a seguir representa alguns animais da África e, ao lado dela, está
quilômetros ou em metros?”, “E
a velocidade máxima que cada animal pode alcançar.
a distância entre duas cidades: em

EDUARDO BORGES
centímetros ou em quilômetros?”,
• Girafa: 50 km/h
“E o período de uma estação do
Elementos não
proporcionais entre si.
ano, em minutos ou em meses?”.
Fazer a leitura de imagens e de
fotografias e relacioná-las com os
• Elefante: 40 km/h textos é um exercício importante
• Rinoceronte: 45 km/h para os estudantes, não apenas na
• Zebra: 65 km/h área de Ciências da Natureza. Tra-
ta-se de uma forma muito rica de
ampliar a competência leitora.
• Leão: 80 km/h Na atividade 2, fomente a
discussão acerca da imagem e da
descrição da velocidade de cada
animal, relacionando-as com as in-
a) Qual desses animais consegue desenvolver a maior velocidade? Qual é o
formações apresentadas nos itens.
mais lento? O leão desenvolve a maior velocidade e o elefante, a menor.
b) Considere os valores de velocidade máxima de cada animal apresentado:
• Se um elefante se locomover por 1 hora em sua velocidade máxima, que
distância ele percorrerá? 40 km.

• Se uma girafa se locomover por meia hora em sua velocidade máxima,


que distância ela percorrerá? 25 km.

• Se uma zebra se locomover por 60 minutos em sua velocidade máxima,


que distância ela percorrerá? 65 km.

125

Orientações didáticas
A atividade 2 possibilita a abordagem interdisciplinar entre Ciências e Matemática, re-
lacionando o conceito de velocidade aos organismos, bem como contribui para o desenvol-
vimento da numeracia.

125
Orientações didáticas Meios de transporte
A necessidade de se loco- A velocidade média do ser humano adulto caminhando é de cerca de 4 km/h.
mover mais rapidamente surgiu
Assim, para percorrer longas distâncias, ele começou a fazer uso de meios de
a partir do momento em que as
transporte, tanto para se locomover como para transportar cargas mais rapidamen-
comunidades humanas começa-
te de um lugar para outro.
ram a se desenvolver. Os primeiros
meios de transporte utilizados fo- Inicialmente, animais mais resistentes e velozes, como os cavalos, foram uti-
ram os animais, como os cavalos. lizados para montaria e para puxar veículos construídos para transportar pessoas
Com o desenvolvimento da tec- e cargas. Depois, com o avanço da tecnologia, outros meios de transporte foram
nologia, o transporte por meio de sendo criados e aperfeiçoados.
animais foi substituído por outros Vamos ver a seguir algumas características dos principais meios de transporte.
mais velozes. Elementos não
proporcionais entre si.
Todavia, com o surgimento
desses meios de transporte mais
rápidos e eficientes, surgiram pro-
blemas como a poluição do am-
biente, uma vez que a maioria de-
les utiliza combustíveis que emitem
gases poluentes para a atmosfera.
As velocidades apresentadas
no esquema do Livro do Estudan-
te são apenas referências e estão

ILUSTRA CARTOON
dentro dos valores observados
em condições usuais. Há carros,
como os de corrida, que chegam
a mais de 300 km/h, como há bici- Esquema simplificado de velocidades aproximadas.
cletas de corrida que atingem ve-
locidades superiores a 120 km/h.
Como curiosidade, mencione que Metrô
o recorde mundial, até o ano de
2020, em corridas de bicicleta ul- Velocidade máxima: cerca de 100 km/h.
trapassa os 200 km/h. Vantagens:
LUIZ SOUZA/FUTURA PRESS

É importante que os estudan- • polui menos o ar, pois é movido a eletricidade;


tes compreendam que há vanta-
• tem capacidade para transportar muitas pessoas;
gens e desvantagens nos diversos
meios de transporte apresentados; • é rápido e não está sujeito a engarrafamentos.
por exemplo, em relação à polui- Nos horários de pico, as Desvantagens:
ção que o funcionamento desses áreas de embarque dos • tem alto custo de manutenção e de instalação;
meios de transporte podem ge- trens do metrô estão
rar. Pergunte quais desses meios sempre lotadas. Rio de • é desconfortável nos horários com muitos passageiros.
de transporte eles conhecem ou Janeiro, Rio de Janeiro, 2015.
quais já utilizaram e peça que com-
126
partilhem com a turma.
Aproveite a oportunidade com
o tema “meios de transporte” e
discuta com eles a importância da
Recursos para o professor
Ciência e Tecnologia, na busca • FADDUL, J. Emissão de poluentes no ar diminuiu 7% por causa de pandemia. CNN Brasil.
de melhor qualidade de vida para 11 dez. 2020. Disponível em: www.cnnbrasil.com.br/internacional/2020/12/11/emissao-
todos nós, porém, ao mesmo tem- de-poluentes-no-ar-diminuiu-7-por-causa-de-pandemia.
po, traz problemas ao ambiente
• ROSA, N. NASA usa modelo para descobrir o quanto a pandemia reduziu a poluição do
que não podem ser desconsidera-
ar. CanalTech. 19 nov. 2020. Disponível em: https://canaltech.com.br/meio-ambiente/
dos. Frise que o resultado é positivo
nasa-usa-modelo-para-descobrir-o-quanto-a-pandemia-reduziu-a-poluicao-do-ar-174883/.
e a humanidade está cada vez mais
resolvendo os problemas com a aju- • GUIMARÃES, S. Redução da poluição no ar durante pandemia convida à mudança de
da da Ciência. comportamento social. O eco. 28 maio 2020. Disponível em: www.oeco.org.br/reportagens/
reducao-da-poluicao-no-ar-durante-pandemia-convida-a-mudanca-de-comportamento-social/.
Acessos em: 23 abr. 2021.
126
Ônibus urbano Orientações didáticas
Velocidade máxima: entre 50 km/h e 70 km/h, dependendo da via em que Observa-se um aumento con-
está trafegando. tínuo na produção de automóveis.
Vantagens: Se, de um lado isso significa que
• tem capacidade para transportar muitas pessoas; mais pessoas podem comprar
esse bem material, de outro im-
• em faixa exclusiva, não está sujeito a grandes
PULSAR IMAGENS
JOÃO PRUDENTE/

plica ruas congestionadas mesmo


engarrafamentos, tornando-se muito eficaz. em cidades pequenas.
Desvantagens: Discuta com os estudantes os
As grandes cidades costumam ter aspectos positivos e os negativos
faixas exclusivas para a circulação de
• polui o ar, pois a maioria é movida a óleo diesel;
do aumento do consumo de bens
ônibus. Assim, eles podem chegar • nem sempre está disponível em número suficien- como o automóvel.
mais rapidamente ao destino. te para atender a toda a população.
Taubaté, São Paulo, 2017. Pergunte para a turma: “O
que é possível fazer para melho-
Automóvel rar o trânsito e diminuir a polui-
Velocidade máxima: variável, de acordo com o ano, o modelo e a via onde ção (atmosférica, sonora, etc.)?”.
está trafegando. Esperamos que eles proponham
Vantagens: caronas, uso de transporte públi-
• oferece independência e conforto. co, de bicicletas, andar a pé etc.
SHUTTERSTOCK.COM

Incentive-os a exporem as ideias


NELSON ANTOINE/

Desvantagens: e, caso a discussão saia do objeti-


• polui o ar, pois é movido a gasolina, a álcool ou a vo, redirecione-a ao tema da aula.
gás natural;
O automóvel tem muitas
desvantagens. São Paulo, • nas metrópoles, provoca grandes congestionamentos;
São Paulo, 2019. • transporta poucas pessoas.

VINICIUS BACARIN/
SHUTTERSTOCK.COM
Bicicleta
Velocidade máxima: pode atingir cerca de 80 km/h,
mas varia de acordo com o modelo da bicicleta, a capaci-
dade muscular do ciclista e a via onde está trafegando. Os
ciclistas também devem respeitar as regras de trânsito.
Vantagens:
Muitas cidades brasileiras
• não polui o ar, ocupa pouco espaço e não causa possuem ciclovias, como
congestionamento; na avenida Paulista, em
São Paulo, São Paulo,
• ajuda a manter uma boa saúde.
2019.
Desvantagens:
• em cidades sem ciclovias e com tráfego intenso de motociclistas, carros,
ônibus e caminhões, o ciclista corre mais risco de acidentes.

127

Orientações didáticas
Aproveite para discutir com a turma as vantagens e as desvantagens de cada um dos
meios de transporte, pergunte por exemplo: “O metrô é um ótimo meio de transporte, mas
as grandes cidades brasileiras contam com número de linhas suficiente para atender toda
a demanda da população?”; “As bicicletas têm se tornado uma alternativa frequente em
grandes cidades, mas todas elas contam com ciclovias seguras?”; “Muitas vezes, é preferí-
vel escolher o ônibus e deixar os automóveis na garagem. Mas há linhas de ônibus e veícu-
los suficientes que atendam decentemente a população?”; “As ruas e avenidas recebem as
manutenções necessárias para que o transporte público trafegue sem riscos?”.

127
Orientações didáticas Motocicleta
Termine de apresentar os Velocidade máxima: variável, de acordo com a via onde está trafegando. Em
meios de transporte, sempre enfa- geral, está sujeita às mesmas normas de velocidade dos automóveis. Por se tratar
tizando as vantagens e as desvan- de um veículo que deixa o motorista com o corpo exposto, é necessário tomar cui-
tagens de cada um deles. Caso dado redobrado para evitar acidentes.

RUBENS CHAVES/
PULSAR IMAGENS
considere interessante, oriente os Vantagens:
estudantes a montar cartazes com
• é rápida, econômica e tem baixo custo.
os tipos de veículos, as vantagens,
as desvantagens e o combustível Desvantagens:
utilizado. • polui o ar, pois é movida a gasolina;
Por fim, realize a atividade oral Nas grandes cidades, o tráfego de
• oferece maior risco de acidentes. motociclistas profissionais é intenso.
proposta. Essa atividade convida
Itabuna, Bahia, 2017.
os estudantes a expor os seus co-
nhecimentos acerca dos meios de
Caminhão
transporte. Velocidade máxima: varia de acordo com o ano e o modelo do veículo, a
carga e a via onde está trafegando. São mais lentos que os ônibus e os automóveis.
Vantagens:
• no Brasil, há muitas autoestradas.
SHUTTERSTOCK.COM
VITORIANO JUNIOR/

Desvantagens:
• polui o ar, pois é movido a óleo diesel;
• transporta pouca carga se comparado a um
Os caminhões são os principais trem ou navio.
responsáveis pelo transporte de
cargas no Brasil. Goiânia, Goiás, 2019.

Trem urbano de transporte de passageiros

DELFIM MARTINS/
PULSAR IMAGENS
Velocidade máxima: cerca de 100 km/h.
Vantagens:
• polui menos o ar, pois é movido a energia elétrica;
• transporta muitas pessoas.
Desvantagens:
• no Brasil, há poucas linhas férreas, e os trens não No Brasil não há muitas
são muito modernos. ferrovias. Juazeiro do
Norte, Ceará, 2015.

• Além dos meios de transporte citados, existem outros menos comuns. Você
conhece alguns deles? Conte. Resposta pessoal.

128

Na BNCC
As informações e as discussões proposta nas páginas 127 a 129 contribuem para que os
estudantes seja capazes de elaborar argumentos com base em fatos e na ciência no que se
refere a questões ambientais decorrentes dos meios de transporte.
Desenvolvem, assim, as competências gerais 7 e 10 e as competências específicas 3,
4 e 5 de Ciências da Natureza, Nas atividades da página129, ao trabalhar em grupo, os es-
tudantes estão exercitando a empatia, o diálogo e a resolução de conflito, desenvolvendo,
dessa maneira, a competência geral 9.

128
Orientações didáticas
A atividade da seção Aplican-
do o conhecimento propõe aos
Os meios de transporte e minha família estudantes a construção de tabelas
para registrar dados referentes ao
Se você não mora perto da escola, é provável que não vá para a aula a pé. meio de transporte utilizado pelos
O mesmo deve acontecer com as pessoas da sua família, quando saem para ir ao familiares e amigos e a interpreta-
trabalho, às compras, ao médico etc. ção dos resultados.
Que meios de transporte cada um usa com mais frequência? Para descobrir, Em um primeiro momento,
entreviste pelo menos três pessoas da sua família ou vizinhos conhecidos. cada estudante colherá esses da-
dos com três pessoas da família.
Oriente-os a anotar os dados no
Como fazer
caderno e depois os organizarem
1. Para coletar os dados, copie a tabela a seguir em seu caderno, escreva o em uma tabela como a do modelo.
nome de cada pessoa em uma linha e marque um X no meio de transporte Em um segundo momento, orga-
mais usado por ela. nize a classe em grupos de 4 ou 5
Meio de transporte estudantes para tabular todos os
Pessoa dados em uma tabela única. Au-
Ônibus Trem Metrô Automóvel Motocicleta Bicicleta Cavalo Barco A pé
xilie-os na confecção de tabelas,
no uso da régua para desenhá-las
2. Forme um grupo com três colegas, copiem a tabela a seguir em seus ca- e também na leitura dos itens que
a compõem.
dernos e registrem a soma dos resultados do grupo.
Por fim, em uma terceira fase,
Ônibus Trem Metrô Automóvel Motocicleta Bicicleta Cavalo Barco A pé colete os dados de cada grupo,
Total montando na lousa uma tabela
geral da turma, que poderá origi-
nar um gráfico de barras, a ser co-
Conclusão locado em um cartaz e afixado na
sala enquanto a Unidade estiver
1 Qual foi o meio de transporte mais utilizado pelas pessoas entrevistadas? sendo estudada.
Resposta pessoal. Recomendamos, ainda, que as
2 Na sua opinião, qual é o motivo de ser esse o transporte mais usado? questões propostas sejam discuti-
Resposta pessoal. das com a turma, em particular a
3 Esse resultado pode ser considerado válido para a maioria das pessoas? Justifique.
Resposta pessoal. atividade 6, que compara dois ti-
4 Qual transporte individual e qual coletivo foram os mais escolhidos? pos de transporte que consomem
Resposta pessoal. combustível, o individual e o cole-
5 Entre os transportes individuais citados, quais causam menos poluição atmos- tivo. Além disso, solicite aos estu-
férica? E entre os coletivos? Justifique sua resposta. dantes que reflitam a respeito de
Resposta pessoal. qual deles seria menos prejudicial
6 Tanto o automóvel como o ônibus utilizam combustíveis como álcool, gasoli- ao ambiente.
na ou diesel. Ainda assim, considera-se que o ônibus polui menos o ambiente Organize na lousa uma tabela
do que o carro particular. Você sabe dizer o motivo? única com os resultados da tur-
Tanto o ônibus como o carro particular utilizam combustíveis poluidores, mas no transporte ma. Se achar conveniente, pode-
coletivo a quantidade de poluentes produzida é menor por pessoa transportada.
129 rá ser produzido um gráfico de
barras com os dados, conforme
sugestão a seguir.
Meios de Transporte
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
Ônibus Trem Metrô Automóvel Motocicleta Bicicleta Cavalo Barco A pé

Ônibus Trem Metrô Automóvel Motocicleta Bicicleta Cavalo Barco A pé


Total 8 3 6 2 4 3 1 2 5

129
Orientações didáticas
Na atividade 1, peça aos es-
tudantes que observem a ilustra-
ção, leiam o texto, interpretem 1 A distância entre as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo é de aproximada-
a tabela e depois compartilhem mente 430 km pela rodovia Presidente Dutra. Veja na tabela o tempo que uma
suas impressões com a turma. pessoa leva para fazer esse percurso, de acordo com o modo de locomoção.
Oriente-os a ler com precisão
uma tabela de dupla entrada,

ILUSTRA CARTOON
em um exercício de numeracia.
Para isso, chame dois estudan-
tes por vez para que cada um leia
um título. Exemplo: um estudan-
te lê “modo de locomoção” e o
outro lê “andando depressa”; o
terceiro lê “velocidade média” e
o quarto lê “6 km/h”, e assim por
diante. Se necessário, peça que Elementos não
proporcionais entre si.
usem uma régua para indicar a
linha que está sendo lida. Esquema simplificado do trajeto entre as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Aproveite o item d para pro-
mover um debate em sala de Tempo aproximado (sem
aula. Explore a utilização dos Modo de locomoção Velocidade média contar paradas para descanso
meios de transporte, destacando e alimentação)
os aspectos positivos, mas apre- andando depressa 6 km/h 71,6 horas ou quase 3 dias
sente também alguns aspectos correndo 14 km/h 30,7 horas
negativos, como tráfego inten- correndo de bicicleta 20 km/h 21,5 horas
so nas grandes cidades, poluição de ônibus 80 km/h 5,4 horas
atmosférica e sonora, uso exces- de carro veloz 100 km/h 4,3 horas
sivo de combustíveis fósseis etc.
Essa atividade permite a abor-
Responda em seu caderno:
dagem da numeracia e tem o ob-
a) De acordo com os dados da tabela, qual é a maneira mais lenta de ir do
jetivo de fazer com que os estu-
dantes raciocinem e apliquem os
Rio de Janeiro a São Paulo? Andando.
conceitos numéricos relacionados b) Qual é a vantagem de fazer a viagem entre o Rio de Janeiro e São Paulo
às questões concretas, como os usando um meio de transporte motorizado? Ganhar tempo e conforto.
meios de transporte. c) Que outro meio de transporte permite ir do Rio de Janeiro a São Paulo em
tempo ainda menor do que o de um carro veloz? Avião.
d) Os meios de transporte não trazem apenas benefícios. Cite alguns dos pro-
blemas que eles causam. Resposta pessoal. Podem poluir o ar, contribuem no
aumento da poluição sonora, etc.

130

130
Orientações didáticas
2 Observe a imagem a seguir.
A atividade 2 apresenta ou-
Elementos não
tros meios de transporte além dos

ILUSTRA CARTOON
proporcionais entre si.
terrestres. Entre eles, o que tor-
nou as viagens mais rápidas foi
o avião.
Na atividade 3, espera-se
que os alunos respondam que o
uso da bicicleta ajuda na manu-
tenção da saúde, já que propicia
ao ciclista uma atividade física.
É um meio de transporte barato,
mas lento, e expõe a pessoa ao
sol, à chuva e à poluição. Apesar
de tecnicamente lenta, estudos
Esquema simplificado de meios de transporte. mostram que nas cidades brasi-
leiras, em função do tráfego, ela
• Reproduza a tabela a seguir em seu caderno e classifique os meios de é, na média, mais rápida que os
transporte das ilustrações. automóveis.
Na atividade 4, espera-se que
os alunos citem a diminuição do
Classificação dos meios de transporte uso de automóveis, a prática de
Terrestres Aquáticos Aéreos oferecer carona, o uso de trans-
portes coletivos e de bicicletas.
Metrô Barco a vela Avião
Na atividade 5, ligada à li-
Bicicleta Navio Helicóptero teracia, espera-se que os alunos
respondam que o ilustrador quis

ILUSTRA CARTOON
enfatizar que o uso do carro agra-
3 Quais vantagens o uso da bicicleta apresenta va a poluição (representada pela
sobre o uso do automóvel? E quais desvanta- “fumaça” cinza em torno da Ter-
gens? Resposta pessoal. ra). Complemente o encaminha-
mento dessa atividade explicando
4 O que as pessoas podem fazer para economi-
aos alunos que, por outro lado, os
zar combustível e contribuir para não poluir a
meios de transporte possibilitam
atmosfera? Resposta pessoal.
conhecer cada vez mais e melhor
5 Observe o cartum ao lado. as diferentes regiões da Terra.

• Que ideias você acha que o ilustrador quis expressar? Compare suas
conclusões com as de seus colegas. Resposta pessoal.

131

131
Orientações didáticas
Organize a turma e converse a
respeito das etapas da construção
e o conteúdo das cartas. Pergun-
Jogo da carta “surpresa”
te quem conhece o jogo do mico
(tem procedimentos semelhantes Material:

EDUARDO BORGES
a este) e permita que eles contem • tesoura com pontas arredondadas;
como se joga e dividam suas ex- • folha de cartolina ou folhas de pa-
periências. Faça a leitura compar- pel sulfite 40 (sulfite grosso);
tilhada das etapas, dando a pala-
vra à turma para que comentem • régua, lápis grafite, lápis de cor e
a atividade e apresentem possí- canetas coloridas.
veis dúvidas.
A oportunidade de os estudan- Como fazer
tes se envolverem em uma propos- 1. Formem grupos de três alunos.
ta lúdica pode contribuir muito no
processo de ensino-aprendizagem.
2. Com a régua e o lápis grafite, tracem 21 retângulos de 6 cm x 9 cm na
Destacamos que as compe- cartolina ou no papel sulfite grosso.
tências socioemocionais também 3. Recortem os retângulos e separem uma carta, a surpresa, que ficará sem par.
serão trabalhadas aqui, uma vez O verso de todas as cartas deve ser branco.
que estão ligadas às emoções du-
4. Formem 10 pares de cartas com as que restaram. Em cada par, escrevam
rante os desafios e à capacidade
frases relacionadas entre si e com o tema estudado nesse Capítulo. Assim,
de conviver com os outros.
cada dupla de cartas vai tratar do mesmo tema. Veja um exemplo:
Observe este momento em es-
pecial: quando um aluno fica com
a “carta surpresa” ao final de uma Dupla de cartas sobre o tema relógio:
partida. Aproveite a oportunidade Os relógios indicam o horário em horas e minutos.
para conversar com a turma so- Os relógios servem para marcar o tempo.
bre como brincar e se divertir mes-
Como jogar
mo quando se perde uma partida.
Brincadeira gostosa e engraçada é 1. Um participante irá embaralhar as cartas e distribuí-las aos colegas.
aquela que diverte a todos. 2. Cada participante formará os pares com as cartas que tem na mão e os
colocará sobre a mesa, de modo que todos vejam.
Avaliação 3. Em seguida, um por vez vai retirar uma carta do colega que está a sua es-
querda. Se essa carta formar par com alguma carta que ele tem, colocará
Ao trabalhar pedagogicamen- o par sobre a mesa. Se não, ficará com mais cartas nas mãos.
te a seção da página anterior, ava-
lie os conceitos registrados no 4. As rodadas continuam até todos os pares serem formados.
texto das cartas e também a pro- 5. Finalmente, apenas um dos jogadores ficará com a carta “surpresa” na
dução dos desenhos que acompa- mão; o vencedor será o quem formar o maior número de pares.
nham. Oriente a turma a produzir
outros pares utilizando o conteú- 132
do do Capítulo.

Orientações didáticas quilômetros por hora.


• Dupla 2
Observe que as cartas a serem produzidas
formam pares a partir de afirmações relacio- A unidade de medida mais adequada para
nadas. Reserve um momento para a turma indicar a distância entre dois municípios é o
jogar e, se possível, faça a troca do jogo en- quilômetro.
tre as equipes. Quilômetro é uma unidade de medida
Algumas sugestões de duplas para as cartas: de comprimento.
• Dupla 1 • Dupla 3
Para calcular a velocidade, precisamos in- Uma vantagem da bicicleta é não po-
dicar a distância percorrida e o tempo gasto. luir o ar.
Se um carro percorreu 80 quilômetros em Uma desvantagem da bicicleta é o pe-
1 hora, dizemos que sua velocidade é de 80 rigo de acidentes em cidades sem ciclovias.
132
Autoavaliação
O objetivo desta seção é reto-
Agora é hora de pensar sobre o que você experimentou e aprendeu no estudo mar os pontos principais do Ca-
deste Capítulo. Em seu caderno, copie as frases abaixo. Após cada uma, faça o pítulo, permitindo aos estudantes
desenho do ícone que melhor representa seu desempenho. Veja a legenda: perceber a evolução do conheci-
mento. Se necessário, oriente-os a
reler os textos, esclareça possíveis
dúvidas e certifique-se de que to-
Minha participação e O desempenho poderia ter Desempenho insatisfatório.
dos conseguiram compreender os
aprendizagem foram sido melhor.
temas abordados.
satisfatórias.
Retome as respostas dos estu-
1. Entendo como é feita a medida de intervalos de tempo. dantes às questões iniciais, verifi-
2. Entendo como são feitas as medidas de distâncias. cando se as ideias levantadas por
3. Compreendo o significado de velocidade. eles se confirmaram ou não. Mos-
4. Identifico as características dos principais meios de transporte utilizados tre através delas o quanto apren-
atualmente. deram.

Na BNCC
A autoavaliação desenvolve a

REPRODUÇÃO/EDITORA CALLIS
AQUI TEM MAIS metacognitição, pois o estudan-
te aprende a aprender, avalian-
do os processos de apropriação
Para ler do conhecimento que melhor se
Quem será mais rápido?, de Tae Suk Kang. Editora Callis. adaptam às suas características
O livro trata do conceito de velocidade ao apresentar de forma divertida a pessoais; desse modo, mobiliza
corrida entre dois mágicos. Quem será o mais rápido? as competências gerais 1 e 6.

Para acessar
As leis de trânsito. Disponível em: http://turminha.mpf.mp.br/explore/as-leis/as-leis-de-transito.
Saiba para que servem as leis de trânsito.
Cartilha do ciclista. Disponível em: www.cetsp.com.br/media/426143/CartilhaDoCiclista.pdf.
Consulte na cartilha acessível nesse link regras e boas práticas para utilizar a bicicleta de
modo seguro e ter convivência saudável com outras pessoas no trânsito. Divulgue aos
amigos e familiares e leia com eles.
Acessos em: 8 fev. 2021.

133

133
8
Objetivos do Capítulo

O Sol como referência


Ao término deste Capítulo, es-
peramos que os estudantes com-
preendam como a passagem do
tempo afeta os seres vivos e como de tempo e de
o movimento de rotação da Terra
influencia o modo como os seres
localização
humanos organizam o tempo em NESTE CAPÍTULO VOCÊ VAI...
horas e dias. Espera-se que enten-
• Entender a importância da contagem das horas e dos dias.
dam também que, por causa da
• Compreender como se mede o tempo.
rotação da Terra, é possível avis-
tar o Sol em diferentes posições • Observar a posição do Sol em diferentes horas do dia.
ao longo do dia e que esse movi- • Identificar os pontos cardeais leste, oeste, norte e sul com base nas posições do Sol
mento possibilita a identificação e da sombra de uma vara.
dos pontos cardeais. • Comparar os pontos cardeais obtidos pelas sombras de uma vara com os obtidos
por meio de bússola.
Na BNCC
• EF04CI09 – Identificar os pon-
tos cardeais, com base no regis-
tro de diferentes posições relati-
vas do Sol e da sombra de uma Observe a imagem e converse com seus colegas:
vara (gnômon).

FABIO COLOMBINI
• EF04CI10 – Comparar as in-
dicações dos pontos cardeais
resultantes da observação das
sombras de uma vara (gnômon)
com aquelas obtidas por meio
de uma bússola.
Na abertura do Capítulo, abor-
da-se a posição do Sol no céu por-
que o seu movimento diurno na
esfera celeste está relacionado à
passagem do tempo e à organiza-
ção do cotidiano dos estudantes. Sol fotografado em várias posições na Serra da Mantiqueira. Santo Antônio do Pinhal, São Paulo, 2017.
As questões iniciais e a análise
da imagem de abertura visam le- 1 Por que aparecem várias imagens do Sol nessa montagem?
vantar os conhecimentos prévios
acerca das diferentes posições do 2 Se colocarmos um objeto ao sol, a sombra produzida será sempre igual ou ela
Sol ao longo do dia, dando supor- sofrerá alterações no decorrer do dia? Por quê? Orientações no Manual do Professor.
te à utilização dessa referência na 134
contagem do tempo e para a loca-
lização espacial.
Para as atividades propostas,
incentive os estudantes a exporem no período da tarde, ele vai perdendo altura meio-dia e, após esse horário, baixando
as leituras da imagem e posterior- até se pôr. Na atividade 2, é esperado que os até se pôr no horizonte Oeste. As foto-
mente responderem às atividades estudantes infiram que, à medida que o Sol se grafias mostram um mesmo local, com o
sugeridas na abertura. Na ativida- move no céu, estará em uma posição diferente Sol em diferentes posições, em diferentes
de 1, esperamos que os estudan- em relação ao objeto. Assim, a sombra proje- horários.
tes notem que as fotografias foram tada também sofrerá alterações de posição e 2. Como a posição do Sol no céu se altera ao
tiradas em momentos diferentes. comprimento. longo do dia, a sombra que ele projeta de
Nessa imagem, o Sol, no período um objeto também sofre modificações,
da manhã, vai ganhando altura no Respostas de posição e de comprimento, com o pas-
céu conforme o dia vai passando. sar das horas.
Ao meio-dia, o Sol atinge a altura 1. Ao longo do dia, pode-se notar o movi-
máxima e, a partir desse momento, mento diurno do Sol, elevando-se até o

134
Orientações didáticas
A passagem do tempo ao longo do dia Reforce a ideia de que as ativi-
Às 6 horas, o despertador toca e você levanta da cama. Lá fora, o Sol está nas- dades que realizamos em nosso co-
cendo no horizonte. Você escova os dentes, troca de roupa e vai tomar o café da tidiano são organizadas em função
manhã. Já são 6 h 45 min quando você vai para a escola. Afinal, as aulas começam do tempo e que, para tanto, pre-
às 7 horas em ponto. cisamos de uma maneira eficaz de
medi-lo. Ainda hoje, é costume se
referir ao movimento diário do

ILUSTRA CARTOON
Sol com um movimento aparen-
te. Como todos os movimentos
observados são reais, o uso da ex-
pressão aparente não nos parece
adequado.
É uma questão de referencial,
de quem se move em relação a
quem. Para nós, postados na su-
Depois de assistir a algumas aulas, chega o momento do intervalo para o lanche. perfície da Terra, é o Sol quem se
São 9 h 30 min e os estudantes têm meia hora para lanchar e descansar. Às 10 horas move, nascendo todos os dias nos
em ponto, bate o sinal e você volta para a sala de aula junto com seus colegas. Ao lados do horizonte leste, aumen-
meio-dia, com o Sol bem alto no céu, as aulas se encerram e você volta para casa. tando a altura e se pondo no hori-
Depois de almoçar, você descansa um pouco e, às 14 horas, começa a fazer zonte oeste ao final do dia. Usan-
suas tarefas de casa. Você não quer perder a brincadeira de rua com seus amigos do o Sol como referencial, é a Terra
às 17 horas. Às 18 h 30 min, você está de volta para tomar banho e jantar. Às 21 que se move em rotação e, com o
horas, você ouve seu pai dizer: “Filha, vá para a cama que já são nove horas da passar das horas, vai alterando a
face que está voltada para a nos-
noite e amanhã você tem que acordar cedo!”.
sa estrela. Por este motivo usamos
Você já observou como nossa vida é toda organi- sempre expressões como “movi-
ILUSTRA CARTOON

zada em função do tempo? Precisamos do relógio para mento diário do Sol na abóbada
tudo: para ir à escola, para ir a uma festa, para assistir celeste” ou “movimento diurno da
a um jogo, para ir ao cinema, para uma consulta mé- esfera celeste” e nunca “movimen-
dica, etc. Os adultos têm hora certa para chegar ao to aparente do Sol”.
trabalho, para sair dele e para muitas outras atividades. Na atividade oral proposta ao
final da página, esperamos que
Mas o relógio é uma invenção que não existia os estudantes relembrem que a
tempos atrás. sombra que a luz do Sol projeta
• Como as pessoas faziam, então, para marcar o tempo em suas ao atingir um objeto se movimen-
atividades? ta ao longo do dia, mudando de
Resposta pessoal, mas lembramos que os fenômenos naturais, como a altura do Sol no céu ao posição. A partir do movimento
longo do dia, o comprimento da sombra de um objeto ao Sol, ou o movimento das estrelas, da sombra dos objetos, povos an-
entre outros, são usados, conhecidos e estudados desde a antiguidade. Existiam instrumentos tigos desenvolveram o relógio de
simples também, como ampulheta e clepsidras (relógios de água).
sol, usado por muitas culturas an-
tes da invenção do relógio na for-
135
ma como conhecemos hoje.

Atividade complementar Essa atividade pode contribuir para o processo de sistema-


tização da alfabetização. Produzir desenhos com base em ob-
Peça aos estudantes que registrem, por meio de desenhos, servações e textos (neste caso, legendas) amplia a capacidade de
a posição e o horário do Sol no céu pela manhã, ao meio-dia, e aprender, de transmitir e até de produzir novos conhecimentos.
ao final da tarde. Oriente-os a incluir um ponto de referência do
nascer e do pôr do Sol. Pode ser uma árvore, uma construção ou
outro elemento fixo que faça parte da paisagem.
Sugestão para os estudantes
Se possível, instigue os estudantes a fazer um desenho cole- A obra junta dois gêneros da cultura popular: adivinhas e tra-
tivo na lousa. É importante que os estudantes sejam orientados va-línguas. Convida o leitor a brincar com os sentidos figurados e
durante a execução de uma atividade, que sejam expostos a vi- literais das palavras, com as repetições e com os sons.
venciar formas de fazer, a trabalharem com um exemplo concreto
• Enrosca ou Desenrosca?, de Maria José Nóbrega e Rosane
para, posteriormente, produzirem de forma individual.
Pamplona. São Paulo: Editora Moderna, 2019.

135
Orientações didáticas
Podemos medir a passagem do tempo
O objetivo da atividade 1 é ao longo do dia de maneira mais precisa,
reforçar a percepção dos estudan- utilizando um relógio, ou de maneira
aproximada, observando a posição do Sol.
tes para a dependência que temos
da contagem de tempo para mui- 1 Quando precisa acordar cedo, você usa um despertador ou alguém o acorda?
tas das atividades cotidianas. Resposta pessoal.
Na atividade 2, é provável 2 Como podemos medir a passagem do tempo ao longo do dia?
que os estudantes respondam que
pela luz do Sol sabemos quando é
3 Faça um pequeno texto listando, de acordo com os horários, as atividades que
dia ou noite, e que podemos con- você pratica durante um dia, desde a hora que acorda até a hora em que vai
tar as horas utilizando um relógio. dormir. Resposta pessoal.
Relate a eles que o período de um
dia corresponde a uma volta da 4 Juliana costuma estudar em casa uma hora e meia todos os dias. Quantos mi-
Terra em torno do próprio eixo e nutos por dia ela passa estudando? 90 minutos.
que esse intervalo de tempo é di-
vidido em 24 horas.
5 Observe os quadrinhos. Está um belo dia de sol e não há nada como brincar
Na atividade 3, os estudan- ao ar livre! Em seu caderno, crie frases para os balões, utilizando as palavras
tes produzirão uma lista com ho- tempo, horário, Sol e outras que desejar. Resposta pessoal.
rários e atividades como forma de
relacionarem a passagem do tem-
po às ações diárias. Incentive-os a
ilustrarem os textos e, a compar-
tilhar as produções. Promova um
debate que estabeleça compara-
ções entre as listas, conduzindo os
estudantes a refletirem sobre as

EDUARDO BORGES
semelhanças e diferenças das di-
versas atividades com os horários
relacionados às mesmas.
Na atividade 4, um racio-
cínio matemático está envol-
vido na busca pela resposta.
Converse com sua turma per-
guntando sobre as diferen- 6 Leia este trava-língua para uma pessoa que more com você. Lembrem de ou-
tes formas de resolver a ques- tros trava-línguas e registre um no caderno, para mostrar ao professor e aos
tão. Pode ser que apresentem: colegas. Resposta pessoal.
1 h = 60 min, meia hora = 30 min
(60:2). Assim, uma hora e meia é
60 min + 30 min, ou seja, 90 min. “O tempo perguntou pro tempo qual é o tempo que o tempo tem.
É um exercício de numeracia, O tempo respondeu pro tempo que não tem tempo pra dizer pro tempo
pois cobra habilidades matemá- que o tempo do tempo é o tempo que o tempo tem.”
ticas para resolver problemas do (Autor desconhecido.)
cotidiano, ou seja, usar conheci-
mentos matemáticos para dar res-
postas a problemas do dia a dia.
136
Na atividade 5, queremos que
os estudantes exercitem a criativi-
dade na produção de textos va-
riados e, neste caso em especial,
dentro de uma história em qua-
drinhos. Se possível, disponibilize
folhas de papel sulfite para esse dos balões (sem o uso de travessão) etc. Enfati- tes e os familiares. Aproveite para explorar o
trabalho. A partir da observação ze que usarão as palavras tempo, horário e Sol aspecto lúdico do trava-língua, para também
do modelo do livro, desafie-os a e que outras tantas serão necessárias também. brincar com a turma com essa forma de ora-
refletir acerca de como poderão Com as produções finalizadas, reserve um mo- lidade tão dinâmica. Instigue-os com algu-
produzir a própria história em qua- mento da aula para que compartilhem as pro- mas perguntas: “Por que será que chamamos
drinhos. Peça que comentem as duções e analisem os resultados dos trabalhos. esse tipo de texto de trava-língua?”; “Sabia
características desse tipo de pro- Na atividade 6, um trava-língua é o foco que esse tipo de texto também é chamado
dução: há desenhos mostrando as para literacia familiar que pretende promover de quebra-queixo? Por que será?”; “Quem
cenas, balões de fala, frases dentro uma troca leve e divertida entre os estudan- conhece outro trava-língua?”.

136
Elementos não Orientações didáticas
proporcionais entre si.

Nesta seção, propomos a mon-


tagem de uma ampulheta com o

CIGDEM/SHUTTERSTOCK.COM
Que tal construir uma ampulheta? objetivo de ajudar os estudantes a
Os relógios e os cronômetros atuais, dependendo do mo- entenderem, de uma forma sim-
delo, são capazes de marcar intervalos de tempo com boa ples, como podemos marcar inter-
precisão. Assim, podemos contar quantos segundos, quantos valos de tempo. É importante dei-
minutos ou quantas horas se passaram entre dois instantes. xar claro que a ampulheta é um
A ampulheta é um instrumento mais antigo e mais
Mas existe um invento antigo e simples que também pode ser
dos instrumentos mais simples que os relógios e os cro-
usado para isso. Estamos falando da ampulheta, dispositivo antigos utilizados para nômetros atuais.
que usa a queda de areia entre dois compartimentos para in- medir intervalos de Para construir a ampulheta,
dicar a passagem de tempo. tempo.
faça um orifício de alguns milíme-
Material: tros nas duas tampas da garra-
• duas garrafas PET bem pequenas com tampa (quanto menores, melhor); fa. Reforçamos que os estudantes
não deverão fazer esses furos, tra-
• um pouco de areia; ta-se de uma tarefa para os adul-
• um pouco de corante culinário (anilina) para colorir a areia (não é obrigatório); tos. No dia de construírem a am-
pulheta em sala de aula, avalie a
• fita adesiva;
ATENÇÃO! necessidade de contar com ajuda
• um relógio ou um cronômetro. Faça com a ajuda de de mais algum adulto, solicitan-
um adulto. do um auxiliar de classe ou até
Como fazer mesmo convidando algum fami-
liar dos estudantes.
1. As duas tampas deverão ser perfuradas, mas essa é uma
ILUSTRA CARTOON

Lembre-se de que, quanto


tarefa para o seu professor.
maior o orifício, mais rapidamen-
2. Tampe bem uma das garrafas PET. Na outra garrafa, co- te a areia escoará e menos tem-
loque areia bem seca até aproximadamente a metade. po a ampulheta marcará. É inte-
Feche-a com cuidado. ressante fazer furos de diâmetros
3. Agora, coloque sobre a mesa a garrafa fechada com areia e, sobre ela, co- diferentes nos vários pares de gar-
loque a outra garrafa, de modo que as tampas se encostem. Para finalizar rafas, de maneira que as ampu-
lhetas construídas marquem inter-
sua ampulheta, fixe com fita adesiva as duas garrafas.
valos de tempo diferentes.
ILUSTRA CARTOON

ILUSTRA CARTOON

137

PNA neste Capítulo


• Desenvolvimento de vocabulário
• Fluência em leitura oral
• Compreensão de textos
• Produção de escrita

137
Orientações didáticas Pensando nos resultados
Na atividade 1, usando um re- 1 Quantos minutos sua ampulheta é capaz de medir? Como você chegou a esse
lógio ou um cronômetro (pode ser
valor? Resposta pessoal, mas como foi pedido um cronômetro, ele pode ser usado para isso.
do celular), oriente os alunos para
que virem a ampulheta e marquem 2 Com a ajuda do professor, reprodu- Nome do colega Tempo
o tempo que a areia leva para pas- za a tabela ao lado em seu caderno.
sar de uma garrafa a outra. Se tive- Depois, registre os valores que fo-
rem dúvidas quanto ao resultado, ram medidos por seus colegas.
peça que meçam o tempo nova-
mente. Repita o processo quantas 3 Os valores medidos por seus colegas são iguais ou são diferentes? Por que isso
vezes forem necessárias. ocorre? Resposta pessoal.
Se os experimentos forem feitos
em grupos, basta um relógio ou um 4 Vamos construir uma linha do tempo sobre a história do relógio? Faça assim:
cronômetro para cada equipe. Os • Forme grupo com alguns colegas e pesquisem em sites confiáveis, em re-
grupos poderão se revezar nas me- vistas e em jornais, informações sobre essa história.
dições se não houver equipamen- • Selecionem imagens e as informações principais sobre o funcionamento
to suficiente para marcar o tempo. de cada tipo que encontrarem.
Na atividade 2, sugerimos
• Depois, utilizando esses dados, confeccionem um cartaz com a linha do
que anote os resultados na lou-
sa em forma de tabela. Cada es- tempo composta por informações, dados e imagens, para exibir no mural
tudante ou grupo poderá inserir da sala de aula.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos encontrem informações sobre relógios de sol,
nessa tabela o tempo medido em de água, de pêndulo, digital, etc.
sua ampulheta.
Na atividade 3, esperamos que
os estudantes respondam que pro-
vavelmente os intervalos de tem-
po medidos pelas ampulhetas são
FOTOS: ROUTE55/SHUTTERSTOCK.COM

diferentes em função da quanti-


dade de areia que foi usada e do
diâmetro do orifício nas tampi-
nhas. Discuta isso com eles. Se os
estudantes estiverem usando areia
de fontes distintas, de modo que
alguma possa estar úmida ou ter
grãos maiores, isso também in-
fluenciará nos resultados. Sugeri-
mos que a areia esteja bem seca.
Na atividade 4, esperamos
que os estudantes coletem os
dados para produzir o cartaz.
Oriente-os a navegar na internet
em sites confiáveis e a buscarem
138
pontualmente as informações de
que necessitam. Converse com a
turma a respeito do uso da área
do papel para a produção do car-
taz, uma vez que a cartolina para
Recurso para o professor
tal trabalho é bem maior do que a Site do Museu do Relógio Professor Dimas de Melo Pimenta, criado em 1975.
folha do caderno ou de papel sul- Possui cerca de 650 peças variadas, com acesso a passeio virtual.
fite que estão mais acostumados Acesso em: 23 abr. 2021.
a utilizar. Com os trabalhos pron-
• Museu do Relógio. Dimep. Disponível em: www.dimep.com.br/museu/.
tos, monte com a turma um mu-
ral expondo todos os resultados.
Convide-os a apreciar e analisar
os trabalhos dos demais grupos.

138
Há muitos relógios de sol espalhados por todo o país. Eles são comuns em igrejas
antigas, em centros de astronomia, em planetários e em algumas praças púbicas.
Orientações didáticas
O movimento do Sol e a contagem do tempo
Deixe claro para os estudantes
Já sabemos que o movimento de rotação da Terra cria em nós a percepção de que, devido ao movimento de ro-
que o Sol se move ao longo do dia, desde o amanhecer até o anoitecer. tação da Terra, percebemos o Sol
Uma forma de perceber as posições do Sol no céu durante o dia é prestar aten- movimentando-se durante o dia.
ção nas sombras formadas pelos objetos. À medida que a posição do Sol muda, as Se eles permanecerem com dúvi-
sombras também mudam de lugar. Observe as imagens a seguir. das, peça que retornem à imagem
de abertura e reforce que quando
o Sol nasce ele está em uma po-

ILUSTRA CARTOON
sição mais baixa e, durante a pri-
meira metade do dia (até às 12
horas), ele vai subindo. Na segun-
da metade do dia, o Sol começa
Elementos não
proporcionais entre si.
a fazer o movimento de descida
até se pôr ao final do dia.
Ao longo do dia, conforme a Terra gira, ocorrem mudanças na posição do Sol no céu, que podem ser Esse é o momento de conver-
observadas pela alteração na posição das sombras. (A) Sombra no período da manhã. (B) Sombra
sar com os estudantes acerca do
aproximadamente ao meio-dia. (C) Sombra ao entardecer.
funcionamento do relógio de sol,
A mudança na posição da sombra durante o dia também pode ajudar a contar que existe desde a Pré-História.
o tempo. Ao longo do dia, o Sol vai variando de altura e chega à altura máxima ao Diga que a haste (chamada de
meio-dia. Assim, a sombra que ele projeta dos objetos varia de posição e de com- gnômon) é usada como o pon-
primento. Os antigos utilizaram esse conhecimento para desenvolver um dispositivo teiro do relógio e a sombra for-
para marcar o tempo chamado relógio de sol. DEMÉTRIUS ABRAHÃO DE FARIAS mada por ele indica a hora. Esta é
FERREIRA/ FOTOARENA
uma boa oportunidade de traba-
VOCÊ SABIA? lhar a competência geral 1, de
Elementos não valorizar o conhecimento cientí-
Relógio de sol proporcionais entre si.
fico acumulado pela humanida-
Os relógios de sol marcam a hora de acordo com de e de aguçar a curiosidade dos
a posição e o comprimento da sombra de uma haste estudantes.
chamada de gnômon. Observe na imagem ao lado Outra particularidade desse
que a sombra projetada funciona de modo semelhan- tipo de relógio é que a hora mar-
Relógio de Sol do Parque cada pode ser um pouco diferente
te ao ponteiro de um relógio convencional. da Cidade. Brasilia, Distrito
Federal, 2017.
daquela marcada nos relógios in-
1 Você já viu um relógio de sol? Resposta pessoal. dustrializados. O motivo para isso
não é simples de discutir com os
2 Pesquise em sites confiáveis e faça uma lista de alguns relógios de sol estudantes, mas, para sua infor-
existentes no Brasil. Algum chamou mais a sua atenção? Por quê? mação, o relógio de sol é que mar-
ca a hora verdadeira.
3 Se o planeta Terra não realizasse movimento algum em relação ao Sol, se esti-
O relógio de pulso ou do celu-
vesse parado, seria possível medir o tempo usando um relógio de sol? Explique.
lar marca a hora que foi estabeleci-
Não seria possível. Porque o movimento do Sol no céu é que produz mudanças nas da, geopoliticamente, para aquele
sombras de um gnômon. Se a Terra ficasse parada, não haveria mudança na sombra. local. São os chamados fusos ho-
139
rários. A rigor, a hora em Brasília
não é a mesma em São Paulo: um
relógio de sol em Brasília marcaria
a hora um pouco diferente do que
Sugestões para os estudantes um relógio de sol em São Paulo em
Esse vídeo ilustra, com desenhos animados, como ocorrem os movimentos de translação um mesmo instante. No entanto,
e de rotação da Terra com uma linguagem adequada para a faixa etária. se considerássemos essa diferen-
ça, nossa vida ficaria muito com-
• De onde vêm o dia e a noite? TV Escola. Disponível em: www.youtube.com/
plicada.
watch?v=IfGDdUx6Up8.
Essa abordagem explora o
Esse artigo explica como surgiram e como funcionam os relógios de sol. tema contemporâneo transversal
• Como foi criado o relógio de sol? CHC, 14 mar. 2021. Disponível em: http://chc.org.br/ Ciência e Tecnologia, além da
acervo/como-foi-criado-o-relogio-de-sol. numeracia.
Acessos em: 23 abr. 2021.

139
Orientações didáticas
Você vai construir um relógio
de sol com os estudantes. Para
Medindo o tempo com a sombra de uma vareta
isso é preciso que a escola tenha
um local com chão de terra, onde Os relógios de sol indicam o horário do dia de acordo com a sombra que é
possa fixar a vareta e fazer as mar- projetada, que funciona como o ponteiro de um relógio. Que tal construirmos um
cações necessárias para que os relógio de sol simplificado e observarmos o seu funcionamento?
estudantes consigam chegar aos Levantando hipótese ATENÇÃO!
resultados esperados. Lembre-se Não se exponha demais
também de que estamos realizan- • Se, ao longo de uma manhã, observarmos
ao Sol. Fique abrigado em
do uma atividade ao ar livre, por a sombra de uma vareta fincada no chão, alguma sombra e se aproxime
isso eles estarão expostos ao Sol. podemos saber quando o horário se do relógio para observar o
Sendo assim, é imprescindível que aproxima do meio-dia? Resposta pessoal. experimento a cada 10 minutos.
todos estejam usando protetor so- Material:

ILUSTRA CARTOON
lar, roupas leves, sapato fechado
• um local plano com chão de terra (com ilumina-
e, se possível, boné. Além disso,
ção direta do Sol);
oriente-os a nunca olhar direta-
mente para o Sol. • uma vareta de madeira;
Explique aos estudantes que o • celulares ou câmeras fotográficas (se disponível);
comprimento da sombra vai mu-
• palitos de sorvete.
dando com o passar das horas,
atingindo o menor valor próximo Como fazer
ao meio-dia, quando o Sol está Comece a atividade por volta das 11 horas da manhã. Enterre parcialmente a
na posição mais alta no céu. As- vareta deixando que ela fique na posição vertical. A vareta, em nosso relógio sim-
sim, observando o comprimento plificado, faz a função do gnômon no relógio de sol.
da sombra, podemos descobrir se
estamos perto do meio-dia. Coleta de dados
Ao final da atividade explique 1. Observe a sombra da vareta no solo e finque um palito de sorvete para
que o método da medida de tem- marcar a ponta da sombra. Anote o horário dessa observação.
po pela sombra, como todas as
medidas, não é exato e que pode 2. Aguarde intervalos de cerca de 10 minutos e verifique novamente a posição
haver variações na hora em que a da sombra. Observe se a sombra se movimentou e se o comprimento dela
sombra atinge o menor compri- mudou. Finque outro palito de sorvete na ponta da sombra para marcar
mento. Muitas pessoas pensam sua posição e anote o horário. Se possível, fotografe as diversas posições.
que o Sol sempre está a pino ao 3. Observe todos os palitos de sorvete e veja qual indica o menor comprimen-
meio-dia. No entanto, para pon- to atingido pela sombra. Verifique em que horário isso aconteceu.
tos da superfície da Terra entre
os trópicos de Capricórnio e de Conclusão
Câncer, apenas em dois dias do
ano isso ocorre. Para pontos fora • Suas hipóteses foram confirmadas com o experimento? É possível dizer se
dos trópicos, isso nunca ocorre. estamos perto do meio-dia apenas utilizando uma vareta ao sol? Explique.
Resposta pessoal, mas sim, é possível. O meio-dia corresponde ao instante da
E para pontos sobre os trópicos sombra de menor comprimento.
140
ocorre uma vez no ano, no sols-
tício de verão, o dia em que o
verão começa.
Se houver a disponibilidade do
uso de celular ou de uma câmara
Na BNCC
fotográfica digital, peça aos estu- A atividade possibilita desenvolver a competência geral 2, ao exercitar a curiosidade in-
dantes que façam registros foto- telectual e incentivar a busca de explicações científicas, e as competências específicas 2 e
gráficos e vídeos de cada posição 3 de Ciências da Natureza, ao explorar procedimentos da investigação científica com vistas
de sombra que marcou. Em outro à compreensão de fenômenos naturais.
momento, solicite que eles levem
os registros digitais para a escola
e compartilhem com os colegas.

140
O Sol e os pontos cardeais Orientações didáticas
Existem quatro pontos básicos que Um fato muito importante li-
ILUSTRA CARTOON

orientam nossa localização: norte, sul, gado aos pontos cardeais é que
leste e oeste. São os chamados pontos a maioria das pessoas tem a in-
cardeais. formação incorreta de que o Sol
nasce no leste. Aqui, tomamos o
A observação da posição do Sol no
cuidado de dizer que o Sol nasce
céu também pode ajudar a determinar no horizonte leste. Em parte do
nossa localização. Ao observar o lado em ano, o Sol nasce à direita do leste
que o Sol nasce e o lado em que ele se e, em outra, à esquerda do les-
põe todos os dias, o ser humano perce- te. Ele somente nasce nesse pon-
beu que poderia utilizar essas posições to exato em dois dias do ano: no
também como referência de localização. dia em que começa a primavera
O Sol nasce no lado leste e se põe no lado oeste. Assim, para localizar a posi- e no dia em que começa o outo-
ção dos quatro pontos cardeais em qualquer lugar, você só precisa esticar o braço no (equinócios de primavera e de
direito para o lado em que o Sol nasce, e você estará apontando para o lado les- outono). Todo cuidado é pouco
te. O lado esquerdo, onde o Sol se põe, é o lado oeste. À sua frente estará o lado para não formar uma ideia erra-
norte e atrás de você estará o lado sul. da a esse respeito.
O mesmo vale para o oeste,
VITOR MARIGO / TYBA

A Mapa político do Brasil já que o correto é dizer que o Sol

BANCO DE IMAGENS/ARQUIVO DA EDITORA


se põe no horizonte oeste e não
B
necessariamente no ponto cardeal
oeste. Sugerimos a leitura do li-
vro indicado na seção Recursos
para o professor a seguir, em
especial o capítulo de Joãozinho
da Maré.

0 600 1 200

IBGE. ATLAS GEOGRÁFICO ESCOLAR. RIO DE JANEIRO, 2016.

(A) A figura no chão que indica os pontos cardeais é chamada de rosa dos ventos e pode ser
encontrada em alguns locais como praças ou edifícios. São Paulo, São Paulo, 2016. (B) A rosa dos
ventos também aparece em mapas.

• Identifique no mapa do Brasil o estado que fica mais ao sul do país.


É o estado do Rio Grande do Sul.

141

Recursos para o professor


Sugerimos em especial a leitura do capítulo sobre Joãozinho da Maré, o personagem principal, que, por meio de observações
do cotidiano, contesta as informações dadas por sua professora durante as aulas de Ciências.
• CANIATO, R. Com(ns)ciência na Educação, de Rodolpho Caniato. Campinas: Papirus, 1987.
Você também pode encontrar esse texto no site: www.grugratulinofreitas.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/21/970/26/
arquivos/File/materialdidatico/formacaodocentes/metodologiaensinop/Joaozinho_da_Mare.pdf.
Página da Fundação Oswaldo Cruz sobre os pontos onde nasce o Sol.
• RAMOS, M. Guiado pelo Sol. Fiocruz. invivo. Disponível em: www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=801&sid=3.
Acessos em: 23 abr. 2021.

141
Orientações didáticas
A atividade experimental de
determinação da linha leste-oeste A sombra de uma vareta e os pontos cardeais
(e consequentemente da linha nor-
te-sul) permite que os estudantes Já vimos que podemos usar a sombra de uma vareta para medir o tempo. Mas
concretizem o exposto nas duas ha- será que com a mesma vareta podemos encontrar os pontos cardeais?
bilidades que guiam este Capítulo.
Explique que o Sol nasce do Levantando hipóteses
lado leste e se põe do lado oes- ATENÇÃO!
• Se, durante um período, observarmos o
Não permaneça
te. Assim, quanto mais o Sol esti- deslocamento da sombra de uma vareta fincada
ver posicionado perto do nascen- muito tempo exposto
no chão, podemos descobrir a localização dos diretamente ao Sol.
te (lado leste), mais a sombra da pontos cardeais? Resposta pessoal.
vareta estará voltada para o lado
oeste. E, quanto mais o Sol estiver

ILUSTRA CARTOON
posicionado perto do poente (lado
oeste), mais a sombra da vareta es-
tará voltada para o lado leste. Des-
sa forma, marcando dois pontos
simétricos ao meio-dia, a partir da
observação do deslocamento da
sombra projetada no solo, é pos-
sível obter uma reta que indique a
direção leste-oeste.
Por pontos simétricos ao
meio-dia entendemos instantes
da manhã e da tarde que estão
equidistantes do meio-dia. Por
exemplo: 10 h e 14 h. Mas não
há necessidade de usar um relógio
Esquema simplificado de localização dos pontos cardeais.
e horas exatas; as sombras resol-
verão essa questão. Sombras de Material:
mesmo comprimento, uma proje-
• um local plano com chão de terra (com iluminação direta do Sol);
tada durante a manhã e outra du-
rante a tarde, garantem a simetria • uma vareta de madeira;
das horas em relação ao meio-dia. • palitos de sorvete;
Quando encontrar dois pon-
• bússola comum ou de um celular.
tos simétricos, basta uní-los e terá
encontrado a linha leste-oeste
procurada. Uma linha perpendi- Como fazer
cular a esta indicará a linha nor- 1. Finque parcialmente a vareta no solo, de modo que ela fique bem reta.
te-sul. Assim, estarão determina-
dos os pontos cardeais, usando-se
142
a sombra de um gnomôn, como
preconiza a habilidade EF04CI09.

142
Coleta de dados Orientações didáticas
2. Por volta das 10 horas da manhã, amarre um barbante na
ILUSTRA CARTOON

É pedido aos estudantes o


vareta. Amarre a outra ponta do barbante em um palito uso de uma bússola para com-
de sorvete. O comprimento deve ser um pouco menor parar a localização dos pontos
que o comprimento da sombra que você observa. cardeais obtida por eles, con-
3. Arrastando o palito na terra, desenhe meia circunferên- templando assim a habilidade
cia. Observe a sombra. Quando ela coincidir com a meia EF04CI10. Lembramos que o mé-
circunferência, finque um palito de sorvete marcando todo das sombras, quando feito
ILUSTRA CARTOON

a ponta. Agora, você deve aguardar e retomar o expe- com cuidado, permite encontrar
rimento por volta das 13 h 30 min. os pontos cardeais com bastante
precisão. Já as bússolas apontam
4. À tarde, quando a sombra novamente encontrar a para o norte e o sul magnéticos,
meia circunferência, marque a ponta com outro pa- que não correspondem exata-
lito de sorvete. mente ao norte e ao sul verda-
5. Note que o Sol vai do leste para o oeste, enquanto deiros, como os pontos são cha-
ILUSTRA CARTOON

a sombra da vareta sempre estará em oposição ao mados pelos astrônomos.


Sol, ou seja, a sombra se deslocará do oeste para o Como alternativa, existem al-
leste. Assim, o palito de sorvete da primeira marca- guns aplicativos gratuitos para
ção estará mais a oeste, e o da segunda marcação smartphones que simulam o fun-
estará mais a leste. cionamento de uma bússola e que
poderão ser usados para confron-
tar as marcações. Em alguns des-
6. Com outro palito de sorvete, trace uma reta no solo unindo as duas mar-
ses aplicativos, é possível escolher
cações. Essa reta representa a direção leste-oeste, sendo que o palito da
entre apontar para o norte verda-
segunda marcação indica o lado leste e o da primeira, o lado oeste.
deiro ou para o norte magnético.
7. Agora, trace no solo um segmento de reta perpendicular à reta leste-oeste. No caso do experimento, é im-
Esse novo segmento de reta representa a direção norte-sul. Tomando como portante que os pontos cardeais
referência o palito de sorvete que indica o lado leste, siga em sentido ho- não estejam em completo desali-
rário para marcar, na reta norte-sul, o ponto correspondente ao lado sul. nhamento com os apontados pela
A extremidade oposta da reta norte-sul indica o lado norte. bússola.
Se os estudantes não respon-
Conclusão derem satisfatoriamente ao espe-
rado no experimento, considere
1 O experimento confirmou a hipótese inicial? É possível localizar os pontos car- que imprecisões são esperadas em
deais a partir da sombra de uma vareta? Resposta pessoal. qualquer experimento e refaça o
experimento com eles na primeira
2 Usando a bússola, verifique se os pontos cardeais que você determinou estão oportunidade.
de acordo com ela. Resposta pessoal.

143

143
Sugerir que João faça um experimento na frente do portão de sua casa. Primeiro ele deverá
identificar em qual o lado, em relação ao portão de sua casa, o Sol nasce e em qual lado ele
Orientações didáticas se põe. Com essas informações, ele deverá posicionar seu braço direito para o lado em que o
Sol nasce, que será o leste, e o braço esquerdo para o
As atividades desta seção vi- lado em que o Sol se põe, que será o oeste. E, assim, a
sam consolidar e aprimorar os sua frente será o norte e suas costas, o sul.
conhecimentos adquiridos pelos Responda as atividades a seguir em seu caderno.
estudantes no trabalho com as ha-
bilidades EF04CI09 e EF04CI10. 1 Em seu caderno, identifique o ponto cardeal que cada letra está representando.
Na atividade 1, espera-se que Norte = A; Sul = B; Oeste = C e Leste = D.
os estudantes marquem o lado

ILUSTRA CARTOON
Leste no sentido do braço direito,
o lado Oeste no sentido do bra-
ço esquerdo, o Norte à frente do
menino e o Sul atrás dele. Lem-
bramos que usar o ponto onde
nasce o Sol no horizonte permite
apenas descobrir o lado do Leste
e não o ponto exato que ele ocu-
pa. O Sol não nasce no Leste
todos os dias.
A atividade 2 visa verificar a
percepção dos estudantes quanto Sol nascendo
à formação da sombra. É espera-
do que respondam que ela será
2 Identifique, escrevendo o número no caderno, em que posição está a sombra
formada do lado oposto ao que
do menino. Para isso, leve em consideração a posição do Sol.
se encontra o Sol. Se o Sol está à esquerda do garoto, a sombra deve estar à direita do garoto.
Na atividade 3, espera-se
que compreendam que o tem-
ILUSTRA CARTOON

po era marcado através da ob-


servação do movimento do Sol
ao longo do dia.
Na atividade 4, João pode 4
usar uma bússola comum para 1
ter uma boa ideia do ponto car- 3
deal à frente do portão. Lem-
bramos que ele pode estar em 2
direções intermediárias, como
nordeste, noroeste, sudoeste ou
sudeste, ou outras ainda entre es- 3 Como você imagina que os povos antigos marcavam o tempo antes da inven-
sas. Se usar um celular, João terá ção de relógios como os que utilizamos hoje em dia? Resposta pessoal.
a oportunidade de configurar a
bússola para que ela aponte para
4 João quer descobrir para qual ponto cardeal está voltado o portão de sua casa.
o norte verdadeiro, melhorando Que instruções você daria para ajudá-lo a conseguir essa informação?
um pouco o resultado. Mas o mais
144
interessante mesmo é João obser-
var o nascimento ou o pôr do Sol
do portão e determinar, sem mui-
ta precisão, onde está o Leste ou
o Oeste.

144
Autoavaliação
O objetivo desta seção é reto-
mar os pontos principais do Ca-
Agora é hora de pensar sobre o que você experimentou e aprendeu no estudo pítulo, permitindo aos estudantes
deste Capítulo. Em seu caderno, copie as frases abaixo. Após cada uma, faça o perceber a evolução do conheci-
desenho do ícone que melhor representa seu desempenho. Veja a legenda: mento. Se necessário, incentive-os
a consultar o texto do Capítulo,
tire possíveis dúvidas e certifique-
Minha participação e O desempenho poderia ter Desempenho insatisfatório. -se de que todos conseguiram
aprendizagem foram sido melhor. compreender os temas abordados.
satisfatórias. Retome também as respostas
1. Entendo a importância da contagem das horas e dos dias. dos estudantes às questões iniciais,
verificando se as ideias levantadas
2. Compreendo como se mede o tempo.
por eles se confirmaram ou não.
3. Observo a posição do Sol em diferentes horas do dia. Mostre através delas o quanto
4. Identifico os pontos cardeais leste, oeste, norte e sul com base nas posições do Sol aprenderam neste Capítulo.
e da sombra de uma vara.
5. Sei compara as diferenças na comparação dos pontos cardeais obtidos pelas
sombras de uma vara com os obtidos por meio de bússola.

REPRODUÇÃO/EDITORA DCL
AQUI TEM MAIS

Para ler
A história do dia e da noite, de Jacqui Bailey e Matthew Lilly.
Editora DCL.
Essa história explica a existência do dia e da noite e conta por que o Sol parece subir e
descer no céu. Você vai saber por que as sombras mudam de lugar e descobrir o que é
exatamente o Sol.

Para acessar
Planetários do Brasil. Disponível em: https://planetarios.org.br/planetarios-do-
brasil/?doing_wp_cron=1614200798.3305659294128417968750
Nesse site, você encontra os planetários do Brasil por estado e também por tipo: fixo ou
móvel.
Acesso em: 24 fev. 2021.

145

145
9
Objetivos do Capítulo

O Sol e as estações
Após o trabalho com este Ca-
pítulo, espera-se que os estudan-
tes sejam capazes de reconhecer
as quatro estações do ano e as do ano
suas características. Além disso,
esperamos que compreendam
NESTE CAPÍTULO VOCÊ VAI...
• Reconhecer características das estações do ano e as mudanças que elas causam no clima.
que o movimento de translação
e a inclinação do eixo de rotação • Compreender por que ocorrem as estações do ano.
da Terra são os fatores que oca- • Compreender o movimento cíclico da Terra ao redor do Sol e de si mesma.
sionam a existência das diferentes • Reconhecer que os diferentes povos construíram diferentes calendários.
estações durante o ano e quanto
mais afastado estamos do Equa-
dor terrestre, mais as estações do
ano são percebidas.

Observe a imagem e converse com seus colegas:


Na BNCC

BLICKWINKEL/SCHMIDBAUER/ ALAMY/ FOTOARENA


• EF04CI11 – Associar os mo-
vimentos cíclicos da Lua e
da Terra a períodos de tem-
po regulares e ao uso desse
conhecimento para a cons-
trução de calendários em di-
ferentes culturas.

Orientações didáticas
O objetivo das questões ini- Montagem com quatro
ciais e da imagem de abertura é imagens da mesma
despertar a curiosidade para o árvore.
tema que será desenvolvido. Inicie
a aula fazendo a leitura da ima- 1 A imagem acima é uma montagem feita com partes de quatro fotografias de
gem com os estudantes. Peça que uma mesma árvore, cada uma delas tirada em uma estação do ano. Qual é a
observem atentamente as quatro estação do ano que corresponde a cada parte da montagem? Explique.
imagens, que por meio de uma
fotomontagem compõem a ima- 2 É possível tirar fotografias como essas de uma árvore em alguma região do Brasil?
gem de abertura, orientando-os a 3 Você consegue perceber, na cidade em que mora, as mudanças de paisagem
relatar as diferenças e semelhan- nas diferentes estações? Respostas pessoais.
ças que identificam.
Em seguida, faça a pergunta 146
da atividade 1. É possível que
os estudantes associem com cer-
ta facilidade a imagem superior Já a associação do verão com a imagem su- do ano são visíveis ou demarcadas, e a res-
esquerda, com flores visíveis, à perior direita, com abundância de folhas verdes, posta dependerá da região do Brasil em que
primavera; e a imagem inferior e do outono com a imagem inferior esquerda, vivem, como será reforçado na atividade 3.
direita, sem folhas ou flores, ao com folhas amarelas, talvez não seja tão fácil Os estudantes moradores das regiões Nor-
inverno, ainda que não seja aquilo para os estudantes. Porém, nesse momento, te e Nordeste dificilmente terão a percepção
que observam na região em que o importante é que percebam apenas que as da diferença entre as estações do ano, exce-
moram. A mídia frequentemente estações do ano são diferentes e que essa di- to por algumas mudanças climáticas, como
mostra esses estereótipos das es- ferença implica em mudanças na vegetação. chuvas e regimes de cheias nos rios. Já os
tações do ano, que nem sempre A atividade 2 foi elaborada com o in- moradores da região Sul poderão perceber
correspondem ao que os estudan- tuito de fazer os estudantes refletirem que as diferenças entre as estações do ano com
tes vivenciam. nem sempre as diferenças entre as estações maior facilidade.

146
Elementos não
Orientações didáticas
proporcionais entre si.
Selecione quatro estudantes
As estações do ano voluntários e peça que façam a

ILUSTRA CARTOON
Ao longo de um ano, ocorrem leitura, em voz alta, do texto. Ao
final, explore com a turma a ima-
quatro estações: verão, outono, in-
gem do planeta Terra e a respecti-
verno e primavera. Costuma-se dizer
va legenda. Apresente a linha do
que o inverno é a estação do frio. A
Equador e explique o motivo pelo
primavera costuma ser chamada de
qual quanto mais ao sul do Brasil,
estação das flores e apresenta tem-
mais evidentes são as diferenças
peraturas amenas. As estações verão
entre as estações do ano.
e outono também costumam ser as- Ressalte que o primeiro dia do
sociadas a características específicas, verão corresponde ao dia de máxi-
relacionadas a mudanças na paisagem ma duração da claridade e da noi-
e no clima. Equador é a linha imaginária que divide a Terra em te mais curta naquele hemisfério
duas partes: o hemisfério norte e o hemisfério sul. do planeta. Já no primeiro dia do
inverno ocorre o contrário: o dia
Essas mudanças são mais perceptíveis quanto mais distante do Equador esti- mais curto do ano e a noite mais
ver a região. longa. Lembramos que, quando se
Localize o Brasil na ilustração acima. Observe que a maior parte do território inicia o verão no hemisfério norte,
brasileiro está no hemisfério sul. As regiões Norte e Nordeste do país estão mais se inicia o inverno no hemisfério
próximas da linha do Equador que as demais regiões. Por esse motivo, as diferenças sul, e vice-versa.
entre as estações do ano nessas regiões do país não são tão perceptíveis.
Na região Sul e em parte da região Sudeste, podemos perceber as estações do Atividade complementar
ano de forma mais definida, com épocas mais quentes e outras mais frias.
Mostre, em um globo terrestre,
Primavera a localização do Equador. Embora
ele seja uma linha imaginária, po-
A primavera apresenta uma carac-
LEANDRO FERREIRA

der visualizá-lo no globo traz uma


terística importante: durante essa esta- concretude importante aos estu-
ção, os dias e as noites têm durações dantes dessa faixa etária.
muito próximas. Em regiões onde as Em seguida, faça a leitura dia-
estações são bem definidas, o primeiro logada do trecho sobre a primave-
dia da primavera tem 12 horas de luz e ra e informe aos estudantes que,
12 horas de escuridão. no dia de início da primavera, o dia
Ao longo da estação, a duração do e a noite têm a mesma duração, o
dia vai aumentando e a duração da noi- que é conhecido como equinócio
Para comemorar a chegada da primavera, de primavera.
algumas cidades promovem festas das flores,
te vai diminuindo. Mas isso vale apenas
para as regiões do planeta onde as es- Comente que o mesmo acon-
como essa na cidade de Holambra, São Paulo,
tece no dia em que se inicia o ou-
em 2019. tações são bem definidas.
tono, dia este chamado de equinó-
147 cio de outono: o dia tem a mesma
duração da noite. Aliás, a palavra
“equinócio” vem do latim e sig-
PNA neste Capítulo nifica exatamente isso: dia igual
a noite.
• Desenvolvimento de vocabulário É importante que os estudan-
tes identifiquem as características
• Fluência em leitura oral das estações do ano no lugar em
• Compreensão de textos que vivem e saibam que não é des-
sa forma em todos os lugares.
• Produção de escrita

147
Orientações didáticas Verão

DISOBEYART/SHUTTERSTOCK.COM
Peça que três estudantes vo- O verão caracteriza-se
luntários leiam, em turnos e em pelas temperaturas elevadas
voz alta, o texto corresponden- e pelos dias mais longos que
te a cada estação do ano. Peça a as noites. No primeiro dia
outros três que expliquem o que dessa estação, ocorre o
entenderam. Esse procedimento dia mais longo do ano.
favorece o desenvolvimento de
habilidades de compreensão de
Em dias quentes de verão, é recomendável usar protetor solar e
texto e fluência oral; componen- tomar bastante líquido para evitar a desidratação.
tes essenciais para a alfabetiza-
ção, citados na PNA (Política Na-
Outono

GERSON GERLOFF/PULSAR IMAGENS


cional de Alfabetização). Após a
leitura de cada estação, explore Outono é a estação associada à troca
as imagens e suas respectivas le- de folhas nas árvores, nas regiões onde se
gendas. sente as mudanças das estações.
Se julgar interessante, infor- Assim, como ocorre na primavera, no
me que, no verão, os dias ficarão primeiro dia do outono, o dia volta a ter a
mais longos que as noites. A tem- O Rio Grande do Sul é o estado brasileiro mais mesma duração da noite. Mas, ao longo da
peratura tende a ser mais elevada. distante do Equador. Por isso, lá as estações
estação, os dias vão ficando mais curtos e
No outono, os dias começarão são bem definidas. No outono, as folhas
mudam de coloração e caem. São Francisco de as noites vão ficando mais longas. As tem-
a ser mais curtos que as noites. A
Paula, Rio Grande do Sul, 2016. peraturas ficam mais amenas.
temperatura começa a diminuir
pouco a pouco até a chegada do Inverno
inverno.
No inverno, que é a estação do O inverno é a estação caracterizada pelas menores temperaturas do ano.
ano mais fria, os dias ficam mais No primeiro dia dessa estação, o período de horas com luz do Sol é o menor do
curtos que as noites e as tempe- ano. Mas isso não ocorre em regiões mais próximas à linha do Equador, como as
raturas ficam mais baixas. regiões Norte e Nordeste do Brasil.
Reforce o fato de que as ca-
NELSON ANTOINE/SHUTTERSTOCK.COM

WINDWALK/SHUTTERSTOCK.COM
racterísticas das estações do ano
são mais perceptíveis quanto
mais distantes da linha do Equa-
dor está o local. No Brasil, essas
regiões são a Sul e a Sudeste.
Comente também que as va-
riações climáticas que acompa- ... em Fortaleza, no Ceará, as pessoas estavam
nham as estações do ano exercem aproveitando a praia e o Sol. Na região Nordeste,
forte influência na agricultura. Em junho de 2017, enquanto na cidade de São o inverno e as demais estações do ano não têm
Para cada região, existe uma épo- Joaquim, no estado de Santa Catarina, ocorria as mesmas características que nas regiões Sul e
neve em um dia de inverno... Sudeste do país.
ca mais adequada para plantar e
colher determinados alimentos.
148

148
Por que ocorrem as estações do ano? Orientações didáticas
O movimento dos planetas ao redor do Sol é chamado de movimento de Peça aos estudantes que leiam
translação. No caso da Terra, uma volta completa ao redor do Sol dura, aproxima- o texto da página como tarefa de
damente, 365 dias, o que corresponde a um ano. casa e respondam “Por que exis-
Elementos não
tem estações do ano?”. Sugira que
proporcionais entre si. compartilhem com a família o que
ILUSTRA CARTOON

entenderam do assunto. Isso favo-


rece o desenvolvimento da fluência
oral. Essa atividade também pro-
move o desenvolvimento do voca-
bulário científico dos estudantes,
pois eles aprenderão palavras e ex-
pressões como hemisfério, eixo de
rotação, inclinação do eixo, transla-
Esquema do movimento de translação da Terra ao redor do Sol. O eixo de rotação da Terra é inclinado ção e Equador. Incentive os alunos
em relação à sua órbita ao redor do Sol. a registrá-las em seus cadernos.
Explore a ilustração dos movi-
As estações do ano existem porque o eixo de rotação da Terra é inclinado. Se mentos de rotação e de translação
não houvesse essa inclinação, não haveria estações do ano. Mas, para entender da Terra. Recomendamos, se possí-
como isso ocorre, precisamos entender antes algo a respeito da luz e do calor que vel, o uso de modelos do Sol e da
recebemos do Sol. Terra. Se não tiver um globo ter-
Durante o dia claro, recebemos luz e calor do Sol. Por isso, durante o dia é mais restre e uma fonte de luz, utilize
quente que durante a noite. À noite, sem o Sol para nos aquecer, a temperatura cai. uma bola e a lanterna do celular.
Eles poderão simular a Terra e o Sol.
Mesmo durante o dia, sentimos que algumas horas são mais quentes que ou- Explore as imagens das pági-
tras. De manhã, quando o Sol ainda está baixo, em geral, a temperatura é mais nas 147 e 148 explicando que cada
amena que ao meio-dia, quando o Sol está bem alto no céu. metro quadrado da superfície da
Veja as ilustrações a seguir. Elementos não
proporcionais entre si.
Terra recebe certa quantidade de
radiação solar. Quando o Sol está
muito baixo, mais próximo do hori-
ILUSTRA CARTOON

zonte, essa quantidade de radiação


se espalha por uma área grande,
resultando em pouca energia para
cada metro quadrado. Já quando
ele está bem alto, ao meio-dia, por
exemplo, a mesma quantidade de
energia incide em uma área menor,
resultando em mais energia (maior
Esquema do Sol e dos raios solares incidindo sobre a Terra. Quando o Sol está baixo, uma certa aquecimento, maior temperatura)
quantidade de luz se espalha para uma região grande. Assim, a energia que vem do Sol é dividida, um por metro quadrado.
pouco para cada região do chão.
É preciso cautela nessas expli-
cações. Estamos lidando com estu-
149
dantes de 9 ou 10 anos, no início
do aprendizado de Ciências e de
Matemática. Assim, há de se reco-
Recursos para o professor nhecer que explicar que mais ou
menos energia está atingindo um
• Quanto você sabe sobre as estações do ano? Britannica Escola. Disponível em: www.
metro quadrado não é fácil, mas
youtube.com/watch?v=i_KXreoJFXA.
é necessário para a compreensão
• Por que existem as estações do ano? | Obrigado por Perguntar. Quintal da Cultura. de como as estações do ano ocor-
Disponível em: www.youtube.com/watch?v=dSvKDwlPPmU. rem. Procure por analogias mais
Acessos em: 23 abr. 2021. concretas, como um jato vertical
de água que molha uma criança;
se ele for inclinado poderá molhar
várias crianças ao mesmo tempo.

149
Orientações didáticas Elementos não
proporcionais entre si.

ILUSTRA CARTOON
É importante lembrar que a
órbita da Terra ao redor do Sol é
praticamente circular. Esses dese-
nhos, feitos em perspectiva, po-
dem gerar a falsa ideia de que a
órbita é ovalada, o que não cor-
responde à verdade.
Seria interessante desenhar
esta órbita vista de pontos de vis- Quando o Sol está na posição do meio-dia, a mesma quantidade de luz se espalha por uma região
ta diferentes. Por exemplo, de- bem menor. Nesse caso, a luz e o calor do Sol estão mais concentrados em um pedaço menor de chão.
senhe a órbita “vista de cima”,
como se estivesse sendo obser-
É por esse motivo que é mais quente no meio do dia do que de manhã ou no
vada do polo norte solar. Neste fim de tarde.
caso, o desenho da órbita seria Vamos agora pensar no movimento de translação da Terra.
circular, como uma ótima apro-

ILUSTRA CARTOON
Elementos não
ximação. Observada do plano da proporcionais entre si.

órbita, esta seria vista como uma


linha e, nesse caso, fica mais fácil
representar a inclinação do eixo
da Terra em relação à órbita. Seja
qual for a estratégia, sugere-se
cuidado e insistência no uso des-
ses modelos. Nas ilustrações, po-
rém, essa órbita aparece como
uma elipse por uma questão de
perspectiva.
Explique que o eixo de ro- Representação do movimento de translação da Terra. As datas de início das estações do ano são
aproximadas, podem mudar de ano para ano. Observe que na mesma imagem estão representadas
tação da Terra é inclinado 23,5 quatro datas diferentes; por isso, a Terra aparece quatro vezes.
graus. Este número pode ser re-
lativizado se eles ainda não sa- Como o eixo da Terra é inclinado, há momentos em que o Sol incide mais
bem o que é grau como medida no hemisfério sul e menos no hemisfério norte. Assim, o hemisfério norte recebe
de arco. Neste caso, usando um menos calor que o sul. Dizemos que o hemisfério sul está no verão e o hemisfério
globo ou mesmo uma esfera de norte está no inverno.
isopor, mostre que uma inclina- Porém, seis meses depois, quando a Terra estiver do outro lado de sua órbita,
ção de 90 graus representaria a situação se inverte. Agora, o hemisfério norte é que vai receber mais luz calor.
o planeta totalmente tombado.
Como o Equador está no meio, entre os dois hemisférios, essa região acaba
Mostre que 45 graus é o meio
recebendo bastante energia solar, qualquer que seja a época do ano. Por isso,
do caminho entre estar “em pé”
nas regiões Norte e Nordeste do Brasil quase não se percebem diferenças climá-
e totalmente tombado. Metade
ticas ao longo do ano.
disso, de 45 graus (22,5 graus)
corresponde aproximadamente à
150
inclinação do eixo da Terra.
Em alguns trechos da traje-
tória, o Sol fornece mais energia
por metro quadrado (mais aque-
cimento) ao sul do que ao norte. em 21 de junho). Esteja alerta para o fato de que alguns
Nesse caso, temos verão no Sul e Nas posições intermediárias (por volta de estudantes podem ter a concepção equivo-
inverno no Norte (posição de iní- 21 de março e por volta de 22 de setembro), cada de que as estações do ano se dão pelo
cio em 22 de dezembro). a incidência de radiação solar é igual no Nor- fato de a Terra ora estar mais próxima do Sol,
Seis meses depois, a situação te e no Sul. Quando isso ocorre, temos o iní- ora mais distante. Se isso ocorrer, desfaça o
é inversa: temos verão no Norte e cio das estações do outono e da primavera: mal-entendido e reforce os conhecimentos
inverno no Sul (posição de início enquanto é outono no Sul, é primavera no corretos que estão adquirindo.
Norte, e vice-versa.

150
eixo terrestre polo Norte polo Norte eixo terrestre Orientações didáticas

EDUARDO BORGES
raios solares raios solares Equador Em função da translação da
Terra, o panorama do céu vai se
alterando noite após noite. As es-
Equador
trelas nascem cerca de 4 min an-
Elementos não
proporcionais entre si. polo Sul polo Sul tes a cada dia, até que o ano se
completa e um novo ciclo começa.
Posição da Terra em que é verão no hemisfério sul ... seis meses depois, é verão no hemisfério norte e
Esse fato era usado pelos egíp-
e inverno no hemisfério norte. E ... inverno no hemisfério sul.
cios, observando uma estrela em es-
pecial, a Sirius. A cada dia nascia,
VOCÊ SABIA? como as outras, 4 min antes, até que
O rio Nilo é um dos maiores rios do mundo e atravessa todo o território nascia pouco antes do Sol, ao que
do Egito. Todos os anos, ele passa por um período de cheia, e suas margens chamamos de nascimento helíaco.
ficam inundadas. Quando a água baixa, ela deixa na margem um solo muito Quando isso acontecia, eles sabiam
que um ano havia se passado desde
fértil, que sempre foi usado para plantações.
o último evento.
Desde a Antiguidade, as estações do ano sempre foram importantes para Outros povos, como os indí-
orientar os agricultores sobre as melhores épocas para o plantio e para a colheita. genas brasileiros, observavam o
Assim, era importante, no Egito antigo, saber quando iniciariam as cheias nascer do Sol no horizonte leste.
do Nilo para preparar as plantações. Por esse motivo, os estudos astronômicos Aqui para nós, do hemisfério Sul,
o Sol nasce à direita do leste no
tiveram grande avanço naquela época.
verão e à esquerda dele no inver-
Os egípcios aprenderam a contar o tempo de um ano e, com isso, con- no. No máximo afastamento à di-
seguiam prever quando cada nova estação de cheia do Nilo deveria chegar. reita, sabiam que o verão se ini-
A estrela mais brilhante do céu é a Sirius. Ela é bem visível no Brasil, especial- ciava. O mesmo com o inverno,
mente nos meses do verão. Os egípcios usavam o nascimento de Sirius para com o máximo afastamento para
saber quando havia se passado um ano e uma nova cheia do Nilo estava para a esquerda.
ocorrer. Este fato acontecia no final de julho. Assim, esses povos também
conseguiam acompanhar o cami-
nhar do ano e a vinda das esta-
EDUARDO BORGES

Os egípcios observavam Sirius


atentamente e, quando ela nascia ções. São temas que devem ser de-
no horizonte leste, pouco antes do senvolvidos com bastante cuidado
nascer do Sol, eles sabiam que uma e atenção com os estudantes. Por
nova cheia do Nilo estava vindo. isso, retome as explicações e o tex-
to sempre que necessário.
• Hoje à noite, ou em outra noite em que possa enxergar estrelas no céu,
escolha uma delas que possa ser observada tendo algum ponto de referência,
tal como um poste, um prédio ou uma árvore. Marque a hora exata de sua Recurso para o
observação e faça um desenho mostrando a posição dela em relação ao ponto professor
de referência. Você pode medir a posição da estrela usando uma régua com
• Plano de aula: O Sol nasce
o braço esticado. Repita essa observação uns dez dias depois, exatamente no sempre no mesmo lugar? Nova
mesmo horário. A estrela ocupava a mesma posição? O que mudou? Faça Escola. Disponível em: https://
uma terceira observação uns dez dias depois. O que você observou? novaescola.org.br/plano-de-
aula/1985/o-sol-nasce-sempre-
Resposta pessoal. Espera-se que seja observada a mudança de posição da estrela no céu.
no-mesmo-lugar.
151
Acesso em: 23 abr. 2021.

Orientações didáticas
Peça aos estudantes que façam a leitura individual do texto da seção Você sabia?. Temos
aqui uma ótima oportunidade para o desenvolvimento da habilidade EF04CI11 e de com-
preensão de texto. Ao final, discuta com eles a importância do período de cheia do rio Nilo
para a agricultura do Egito antigo. Mencione que o ano, no Egito antigo, era dividido em cheia,
plantio e colheita.
Há uma tarefa para casa, que consiste em observar uma estrela, tentando estimar a po-
sição em relação a algum ponto de referência. Se os estudantes repetirem essa observação
dias depois (sugerimos dez dias de intervalo) poderá perceber que a mesma estrela passa por
aquele ponto em outro horário. Ela poderá estar mais alta ou mais baixa, conforme o lado do
horizonte em que ela está. Verifique os desenhos e as respostas dos estudantes após o perío-
do de observação (10 dias).

151
Orientações didáticas
As questões desta seção bus-
cam consolidar o conhecimento ad- Faça as atividades a seguir em seu caderno.
quirido pelos estudantes. A ativi-
dade 1 reforça o fato de que, nas 1 Observe as imagens.
regiões Norte e Nordeste do país, as
estações do ano não são bem de- a) Por que as pessoas que

STANISLAV SAMOYLIK/SHUTTERSTOCK.COM

CREATIVE LAB/SHUTTERSTOCK.COM
finidas, pois estão próximas à linha vivem em regiões mais
do Equador. Já nas regiões Sul e Su- distantes do Equador,
deste, que estão mais distantes, as como na região Sul do
estações do ano são bem definidas. Brasil, usam roupas di-
Outro assunto abordado é o ferentes no verão e no
tipo de vestimenta utilizada no inverno?
inverno e no verão. Vale ressaltar
b) As pessoas que mo-
que o corpo humano não consegue
ram nas regiões Norte
se ajustar à temperatura do local
ou Nordeste do Brasil
como alguns outros seres vivos. Por
precisam usar roupas
isso, usamos roupas mais pesadas e
quentes no inverno e roupas mais
diferentes (mais leves
leves no verão, quando as mudan- ou mais pesadas), con-
Roupas de verão. Roupas de inverno.
ças de tempo exigem. forme a época do ano?
A atividade 2 explora o fato c) Em algumas regiões do nosso planeta as temperaturas durante o verão e o
de que as estações nos hemis- inverno não variam muito, não sendo necessário usar roupas pesadas para
férios da Terra são invertidas; se proteger do frio. Em quais regiões do nosso país isso ocorre? Por quê?
quando é outono em um deles,
d) Converse com adultos de sua casa e descreva brevemente em seu caderno
é primavera no outro, quando é
as características do verão e do inverno em sua cidade.
inverno em um, é verão no outro.
Orientações no Manual do Professor.
A atividade 3 explora o fato de
que a inclinação do eixo da Terra faz
2 Bia mora nos Estados Unidos e seus primos, no Brasil. Em ambos os lugares o
Natal é comemorado no dia 25 de dezembro. Observe a foto deles no Natal.
com que os diferentes hemisférios
recebam quantidades diferentes de
MARIA SYMCHYCH/SHUTTERSTOCK.COM

ALTANAKA/SHUTTERSTOCK
radiação ao longo do ano. Em espe-
cial as regiões polares, que recebem
pouca energia do Sol o ano todo.
Mesmo que seja verão para uma
das regiões polares, o Sol atinge o
chão de modo muito inclinado, re-
sultando em pouca energia por me-
tro quadrado.
Além da latitude, outros fato-
Se essa data é comemorada no mesmo dia nos dois lugares, como é possível
res, como sistemas predominan- que tenham paisagens tão diferentes? Isso acontece porque , no Natal, nos Estados
Unidos é inverno e no Brasil é verão.
tes de ventos e pressão, altitude,
152
tipo de superfície, correntes marí-
timas etc., influenciam o clima de
uma região. Neste momento, não
Respostas
há necessidade de aprofundar es-
ses conceitos. O intuito da ativida- 1. a) Para habitantes mais distantes do Equador, as estações marcam claramente diferenças
de é trabalhar a interpretação das médias de temperatura. Assim, no inverno é mais frio e as roupas devem ser mais pesa-
imagens e relacionar os conteúdos das. No verão, com temperaturas mais altas, as roupas devem ser mais leves. Essa regra
aprendidos até o momento e com- não vale para as regiões equatoriais.
patíveis com o ensino do 4º ano. b) Nesses locais, não há distinção clara entre as estações do ano, exceto pela quantidade
de chuva. Não há grandes alterações nas condições de temperatura ou de sensação tér-
mica. Assim, essa necessidade de roupas de inverno e de verão praticamente não existe,
exceto, talvez, em algumas regiões serranas.
c) Nas regiões norte e nordeste do nosso país, pois elas estão próximas à linha do Equador
onde não há muita variação da incidência dos raios solares durante as estações do ano.
d) Resposta pessoal.
152
Orientações didáticas
3 O mapa-múndi a seguir situa o Brasil em relação aos continentes e à linha do
Equador. Observe: Ainda em relação à ativida-
de 3, ela contribui para o de-
Planisfério senvolvimento da habilidade de
0º leitura e de interpretação de ma-
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
ALLMAPS

pas. No item a, esperamos que


os estudantes percebam que a
Círculo Polar Ártico Europa está mais distante da li-
nha do Equador do que a Amé-
AMÉRICA EUROPA rica do Sul, na maior parte do
DO NORTE ÁSIA
OCEANO território.
Trópico de Câncer
ATLÂNTICO
No item b, espera-se que os
AMÉRICA
OCEANO CENTRAL OCEANO estudantes respondam que as
PACÍFICO ÁFRICA PACÍFICO
Equador

estações do ano são mais per-
BRASIL OCEANO ceptíveis na Europa, pois esse
AMÉRICA Brasília ÍNDICO
Trópico de Capricórnio
ADAPTADO DE IBGE. ATLAS GEOGRÁFICO ESCOLAR. 7. ED. RIO DE JANEIRO, 2016. P. 34.
DO SUL OCEANIA continente está mais distante
da linha do Equador do que a
América Central. Por esse mes-
mo motivo, o inverno é mais ri-
goroso na América do Norte do
Meridiano de Greenwich

OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO


Círculo Polar Antártico que no Brasil, como questiona-
do no item c.
ANTÁRTICA
A atividade 3 possibilitará
0 2 500 km
um trabalho de desenvolvimen-
to da produção escrita, já que
ADAPTADO DE IBGE. ATLAS GEOGRÁFICO ESCOLAR. 7. ED. RIO DE JANEIRO, 2016. P. 34. os estudantes deverão elaborar
a) O que está mais distante da linha do Equador: a Europa ou a região da um cartaz com as informações
América do Sul onde está a capital do Brasil? coletadas. Já ao apresentar o
cartaz teremos a oportunidade
b) As estações do ano são mais perceptíveis na Europa ou na América Central? de desenvolvimento da fluência
c) No norte da América do Norte, o inverno costuma ser bem mais rigoroso oral deles.
do que no Brasil. Por que isso acontece? Porque aquela região está bem
mais distante da linha do Equador
do que o Brasil.
4 Observe o mapa-múndi e escolha um país de algum dos continentes que você
deseja conhecer. Depois, pesquise na internet, em livros e em revistas como
são as estações do ano no país que você escolheu. Selecione imagens repre-
sentativas e elabore um cartaz com as informações. Organize com o professor
um dia para que a turma apresente seus cartazes. Resposta pessoal.
A Europa está bem mais distante. Lá as latitudes são, em geral, muito maiores que as de
qualquer local do Brasil.
Na Europa, porque esse continente está mais afastado da
linha do Equador do que a América Central. 153

Orientações didáticas
Verifique atentamente as respostas para todas as atividades. Os estudantes devem de-
monstrar compreensão dos movimentos cíclicos da Terra, dos períodos e das características
das estações do ano, capacidade de leitura e interpretação de textos e de imagens, e de
produção escrita. Caso identifique dificuldades, proponha uma roda de discussão acerca das
atividades para retomar o conteúdo.
Durante a discussão, vá até lousa e faça desenhos que representem o movimento de
translação da Terra, conforme mostrado na página 150. Uma possibilidade de enriquecer
essa atividade é levar um globo terrestre para a sala de aula e pedir aos estudantes que lo-
calizem países como a Grécia, questionando-os a respeito de como são as estações do ano
naquele país. Chame a atenção para o hemisfério e a proximidade com a linha do Equador.

153
Orientações didáticas
VOCÊ SABIA?
No item 1, os estudantes leem
sobre o nosso calendário, chamado Calendários
de gregoriano, que se apoia total- Leia o texto e responda às questões.
mente na revolução completa da 1. Nosso calendário se chama calendário gregoriano, porque foi propos-
Terra ao redor do Sol. Essa revolu- to na época do papa Gregório XIII (1502-1585). Ele se baseia na volta
ção dura cerca de 365,25 dias. Por
completa da Terra ao redor do Sol (translação), intervalo de tempo que
isso, o nosso ano oficial tem 365
chamamos de 1 ano. O ano tem cerca de 365 dias e, a cada quatro
dias. Sobra 0,25 dias, ou seja, ¼
anos, temos um ano bissexto, em que fevereiro passa a ter 29 dias.
de dia. No ano bissexto, que coloca
um dia a mais em fevereiro a cada 2. Se hoje é dia de lua cheia, vamos ter de esperar aproximadamente
quatro anos, usa-se essa sobra e co- 29,5 dias para que venha outra lua cheia. Com base nesse período,
loca-se de novo a contagem nos alguns povos construíram calendários lunares. Eles chamam de um mês
trilhos. O nosso calendário tem a o período entre uma lua cheia e outra. O calendário dos povos árabes
vantagem de manter o início das (chamado de calendário muçulmano) é lunar. Para arredondar, para
estações sempre no mesmo dia, ou eles um mês dura 29 dias e o outro dura 30 dias. O ano muçulmano
com diferença de um dia. de 12 meses é 11 dias mais curto que o nosso e não corresponde a
No item 2, é abordado o perío- uma volta completa da Terra ao redor do Sol.
do de lunação, que é de aproxima-
3. O calendário chinês é lunar, mas a cada três anos acrescenta mais um
damente 29,5 dias. Entre qualquer
mês, para que as estações do ano voltem a começar no mesmo dia.
fase da Lua, para a mesma fase
consecutiva, temos que esperar 4. O povo indígena tupi-guarani desenvolveu um calendário usando o
esse tempo. Como a Lua é facil- mês lunar. Para eles, a Lua tem uma grande importância prática. Por
mente visível no céu, ela foi usada exemplo: o plantio do milho para os guaranis ocorre na primeira lua
por muitos povos para medir aqui- minguante do mês de agosto. Após a colheita do milho, ocorre o ba-
lo que hoje chamamos de mês. O tismo das crianças, que então recebem um nome.
EDUARDO BORGES

mês lunar tem então 29,5 dias.


O problema de um calendá-
rio baseado na Lua é que o ano
tem cerca de 12,38 meses luna-
res. Não dá um número inteiro,
já que o mês lunar tem cerca de
29,5 dias. O ano tem aproxima- Os povos indígenas
damente 365 dias. Se, para o ano, brasileiros
usamos 12 meses, sobram 11 dias tupi-guarani usam
(12 × 29,5 = 354 dias). Se usás- as fases da Lua para
semos 13 meses lunares, passam marcar os meses e
para muitas de suas
mais de 18 dias (13 × 29,5 = 383,5
atividades cotidianas
dias). e festividades.
Assim, um calendário basea-
do apenas na Lua, usando núme-
ro inteiro de meses lunares, faria
154
com que, ao final de um ano, a
Terra não estivesse exatamente no
ponto em que completa uma vol-
No item 3, fala-se do calendário chinês, que, apesar de ser lunar, corrige as defasagens,
ta ao redor do Sol. E a contagem
acrescentando mais um mês, a cada três anos.
dos anos, faria que, aos poucos,
No item 4, mostra-se que os indígenas brasileiros também criaram um calendário lunar,
as estações do ano fossem se de-
contando os meses com a observação da Lua. Mas muitos povos indígenas usavam também
fasando, chegando em dias dife-
o ponto de nascimento do Sol, para aprimorar a estimativa de quando chegariam as estações.
rentes a cada ano e algum acerto
Não foque muito nas operações matemáticas com os estudantes. O importante é que
teria que ser feito. O ano muçul-
eles percebam que diferentes povos marcavam o passar dos anos e das estações de modo
mano, que é lunar, faz com que
diferente, usando caminhos diferentes, mas todos eles respondendo a necessidades práticas.
o início das estações e as datas de
Todas essas atividades ajudam a consolidar a numeracia.
festividades, caiam em dias dife-
rentes a cada ano.

154
Autoavaliação
O objetivo desta seção é reto-
mar os pontos principais do Ca-
Agora é hora de pensar sobre o que você experimentou e aprendeu no estudo pítulo, permitindo aos estudantes
deste Capítulo. Em seu caderno, copie as frases abaixo. Após cada uma, faça o perceber a evolução do conheci-
desenho do ícone que melhor representa seu desempenho. Veja a legenda: mento. Se necessário, incentive-os
a consultar o texto do Capítulo,
tire possíveis dúvidas e certifique-
Minha participação e O desempenho poderia ter Desempenho insatisfatório. -se de que todos conseguiram
aprendizagem foram sido melhor. compreender os temas abordados.
satisfatórias. Se julgar adequado, retome as
1. Reconheço características das estações do ano e as mudanças que elas causam respostas dos estudantes às ques-
no clima. tões iniciais, verificando se as ideias
2. Compreendo por que ocorrem as estações do ano. levantadas por eles se confirma-
3. Compreendo o movimento cíclico da Terra ao redor do Sol e de si mesma. ram ou não. Evidencie o quanto
4. Reconheço que os diferentes povos construíram diferentes calendários. aprenderam neste Capítulo.

REPRODUÇÃO/COMPANHIA DAS LETRINHAS


AQUI TEM MAIS

Para ler
Histórias e versos das estações do ano, de vários autores. Editora
Companhia das Letrinhas.
O livro contém histórias e poemas sobre as estações do ano, suas
festas e datas comemorativas.

Para acessar
http://chc.org.br/companheiro-de-todos-os-dias
Descubra tudo o que aconteceu com o calendário até chegar ao formato que
conhecemos hoje.
http://chc.org.br/estacoes-do-ano-em-outros-planetas/
Saiba como são as estações do ano nos demais planetas do Sistema Solar.
www.horacerta.com.br
Saiba a hora certa em qualquer cidade do mundo.
Acessos em: 08 ago. 2021.

155

155
Orientações didáticas
Sugerimos que o trabalho
com a seção Conectando Co-
nhecimentos seja um momento
de descontração e de ludicidade. Quanto tempo o tempo dura?
Assim, faça a leitura dialogada do Sabe quando estamos fazendo uma coisa muito legal, como brincar ou con-
texto, de maneira leve e descon- versar com os amigos, e temos de ir embora? Chato, não é? Temos a sensação de
traída, como se estivesse contan- que o tempo voou e de que ficamos apenas alguns minutos, mesmo que tenham
do uma história aos estudantes. se passado horas. Também pode acontecer o contrário: quando estamos fazendo
Se julgar conveniente, organize- algo de que não gostamos, a impressão é de que o tempo não passa.
-os em círculo ou, se possível, le-
ve-os até o pátio da escola para Por que será que isso acontece? Se uma hora é sempre uma hora, por que às
realizar esse trabalho. vezes parece durar muito mais ou muito menos? Isso acontece porque a sensação
A ideia é que os estudantes da passagem de tempo é influenciada por emoções, expectativas, grau de atenção e
reflitam que a percepção da pas- interesse, entre outras coisas. Assim, apesar de uma hora sempre durar 60 minutos,
sagem do tempo é algo que pode nossa sensação sobre a duração desses 60 minutos não é sempre igual, pode variar.
variar muito, de acordo com as si- Uma maneira de tornar a sensação da passagem do tempo mais agradável é
tuações e as pessoas, apesar de fazer coisas novas. Aprender a tocar um instrumento, estudar um novo idioma ou
cronologicamente ter sempre a conhecer lugares e pessoas, cria registros novos no cérebro e dá a sensação de que
mesma duração. o tempo passou mais rápido e de maneira agradável.
Porém, quando nosso cérebro não registra nada novo, ficamos entediados e
sentimos que o tempo demora mais para passar.
EDUARDO BORGES

156

156
Fazer coisas novas todos os dias nem sempre é possível. Mas basta olhar de Orientações didáticas
uma maneira diferente para as coisas que você já faz. Por exemplo, escovar os den-
Prossiga o trabalho com a se-
tes com a outra mão, fazer um caminho diferente para a escola (acompanhado de
ção conversando com os estudan-
um adulto responsável) e reparar em detalhes que você não enxergava faz com que
tes sobre as questões propostas.
o cérebro registre coisas novas, tornando a passagem do tempo mais agradável.
Na atividade 1, espera-se que
Converse com seus colegas: os estudantes digam que, duran-
te as atividades em que se sentem
1 Pense no seu dia a dia: Quais atividades você faz que deixam a sensação de envolvidos, entretidos, atentos e
que o tempo “voa”? Quais dão a impressão de que o tempo não passa? Como interessados, a percepção é de que
você se sente em cada uma delas? Resposta pessoal. o tempo passa rápido. Já durante
as atividades em que se sentem
2 Atualmente é muito comum as pessoas sentirem que o tempo está passando
pouco interessados, desconecta-
mais rápido e reclamarem da falta de tempo. Que fatores da vida moderna
dos e alheios, a percepção é de
você acha que contribuem para essa sensação? Resposta pessoal. que o tempo passa mais devagar.
3 Como você organiza e controla o uso de seu tempo? Tem algum quadro de Na atividade 2, é interessan-
horários? Por que esses quadros são importantes? Resposta pessoal. te discutir com os estudantes que
atualmente a maioria das pes-
4 Procure na internet ou em livros, poemas que falam sobre o tempo. Escolha soas, incluindo as próprias crian-
um que você tenha gostado e entendido. Copie em seu caderno. Leia o poe- ças, possui muitas atividades diá-
ma para alguém de sua casa. O que esta pessoa achou do poema? Gostou rias e que isso dá a sensação de
dele? O que ele destacou de especial sobre ele? Resposta pessoal. que o “tempo é curto” ou “passa
muito rápido”. Outro ponto que
pode ser levantado é o trânsito: as
pessoas podem ficar muitas horas
no trânsito. Esse período de des-
locamento é um tempo “perdi-
do”, pois em geral não é possível
fazer nada prazeroso ou produ-
tivo. Se abordar essa questão e
eles relatarem que passam muito
tempo dentro do meio de trans-
porte, cite algumas atividades que
podem ser feitas para que esse
tempo seja prazeroso, como a lei-
tura de um livro.
Outro ponto que pode ser
abordado nessa atividade é a
disseminação do uso da inter-
net. Seja por tablets, celulares ou
computadores, o dinamismo des-
se meio de comunicação faz com
que as atividades ganhem um
157
caráter de urgência característico
dos tempos que estamos vivendo.

Orientações didáticas
Ao encaminhar a atividade 4, dê liberdade aos estudantes na escolha dos poemas.
Peça que compartilhem o poema escolhido por eles com as pessoas com quem moram.
Aqui temos mais uma oportunidade para o trabalho com a literacia familiar e com o desen-
volvimento de habilidades relacionadas a fluência em leitura oral e consciência fonológica.

157
O louva-deus, o rato, a serpente e o gavião. Eles são considerados consumidores, porque não produzem o seu próprio alimento.
Orientações didáticas
Ao final do ano letivo, você po-
derá aplicar as atividades sugeridas, 1 Leia o texto a seguir e, depois, assinale a alternativa correta.
que ajudarão a aferir a efetividade
das aprendizagens e mapear os co-
Microrganismos, como o nome diz, são organismos minúsculos [...]. Geralmente,
nhecimentos de que os estudantes achamos que esses seres microscópicos nos causam doenças, mas os
se apropriaram. microrganismos apresentam diferentes papéis.
Esse momento constitui o final [...]
do percurso avaliativo deles no ano A fermentação por microrganismos é aplicada pela indústria para preparação de
medicamentos que não são facilmente produzidos.
que se encerra.
LOPES, Adriana A.; GUIMARÃES, Denise O.; PUPO, Mônica T. Quando os microrganismos salvam vidas. Ciência Hoje.
Disponível em: https://cienciahoje.org.br/artigo/quando-os-microrganismos-salvam-vidas/. Acesso em: 9 jul. 2021

Atividade 1
a) Em geral, os microrganismos causam doenças.
Objeto do conhecimento: Mi- b) Todos os microrganismos, pela fermentação, são usados para a produção de medicamentos.
crorganismos.
c) Alguns microrganismos são visíveis a olho nu.
Habilidade: EF04CI06, EF04CI07
e EF04CI08 d) O papel dos microrganismos na natureza é diversificado. Alternativa d.
Objetivo da questão: Identificar 2 Complete a frase no caderno as palavras da alternativa correta.
o papel dos microrganismos na
natureza, não apenas como cau-
sadores de doenças, mas também Uma volta completa do movimento de _______da Terra, dura aproximadamente
como coadjuvantes na produção _______. A principal consequência desse movimento são as _______: primavera,
de alimentos e de medicamentos, _______, outono e _______. Elas ocorrem porque o eixo de rotação da Terra é
além do papel de decomposição _______ em relação à sua órbita.
nos ecossistemas.
Intervenção: Caso os estudantes a) rotação – 24 horas - fases do ano – verão – inverno - rotação – inclinado.
tenham dificuldade em responder
b) rotação – 365 dias – estações do ano – inverno- verão - translação – inclinado.
à questão, retome os conteúdos
que desenvolveram as habilidades c) translação – 24 horas – estações do ano – verão – inverno - rotação – reto.
EF04CI06, EF04CI07 e EF04CI08. d) translação – 365 dias – estações do ano – verão – inverno - inclinado. Alternativa d.
Depois, faça novos questionamen- Os decompositores transformam a matéria proveniente dos demais seres vivos em materiais simples, como por exemplo minerais,
gás carbônico e água, permitindo que eles sejam utilizados novamente pelas plantas. Permitem, assim, a reciclagem da matéria.
tos para reavaliá-los. 3 Analise a cadeia alimentar a seguir e faça o que se pede.

EREBORMOUNTAIN/SHUTTERSTOCK.COM
gavião
a) O _______, em qualquer cadeia alimentar, é a
serpente
Atividade 2 fonte primária de energia. Sol

Objeto do conhecimento: Fenô- b) Quem ocupa o nível de produtor nesta cadeia rato louva-
alimentar? Plantas. a-deus
menos cíclicos e cultura.
Habilidade: EF04CI11 c) Identifique os consumidores desta cadeia alimen-
tar. Depois, explique por que é usada essa palavra
Objetivo da questão: Avaliar se o
para indicá-los.
estudante associa adequadamente
os movimentos de rotação e trans- d) Qual é o papel dos fungos e das bactérias em
qualquer cadeia alimentar?
lação da Terra com os seus perío-
dos e com as estações do ano. e) Explique o que aconteceria com os produtores
Intervenção: Reveja os esque- se todos os ratos fossem caçados e eliminados. fungos e bactérias planta
Ao se retirarem os ratos, aumentaria o número de louva-a-deus e, consequentemente,
mas e infográficos que tratam do diminuiria o número de plantas.
tema. Desenhe na lousa a Terra, 158
sua órbita, a inclinação do seu
eixo e volte a comentar os movi-
mentos e o porquê das estações
do ano. Outro recurso eficaz para Atividade 3 Objetivo da questão: Analisar cadeias ali-
essa aprendizagem é exibir vídeos mentares, identificando a posição ocupada
Objeto do conhecimento: Cadeias alimen- pelos seres vivos e o papel do Sol como fon-
que reproduzem o movimento de
translação para explicar as esta- tares simples. te primária de energia.
ções do ano, ou simular o mo- Objetivo de aprendizagem: Reconhecer o Intervenção: Se necessário, retome os con-
vimento, com um globo escolar papel do Sol como fonte primária de energia teúdos deste livro e peça aos estudantes que
e uma lanterna em ambiente es- para a vida. Identificar os produtores e os con- construam uma cadeia alimentar. Depois, crie
curecido. sumidores numa cadeia alimentar. Justificar situações simulando intervenções humana
o termo “consumidor”, em função de como que levem ao desiquilíbrio dessa cadeia, para
este tipo de organismo obtém o alimento. verificar o que eles compreenderam acerca
Habilidades: EF04CI04 e EF04CI06 desse assunto.

158
Orientações didáticas
4 Observe a imagem do granito, rocha muito comum e bastante usa-

GIVAGA/SHUTTERSTOCK.COM
do em nosso país. Depois, faça o que se pede.
a) O granito é uma rocha pura ou uma mistura de outros com-
ponentes? É uma mistura de outros componentes, o que pode ser observado
facilmente, mesmo a olho nu.
Atividade 6
b) Como você classificaria o granito como mistura?
O granito se apresenta a olho nu como uma mistura heterogênea. Objeto do conhecimento: Mi-
c) Dê 3 exemplos de misturas que são homogêneas a olho nu, crorganismos.
Rocha de granito.
mas heterogêneas quando vistas ao microscópio.
Alguns exemplos: leite, sangue, suco de laranja, água límpida de um lago, gelatina, chantilly, manteiga, maionese. Habilidade: EF04CI08
Objetivo da questão: Verificar
5 O calor é uma importante forma de energia. Recebemos calor do Sol, mas ele também pode se os estudantes reconhecem a
ser obtido com a queima da lenha, carvão, álcool, gasolina, gás combustível etc. As usinas Covid-19 como uma doença cau-
siderúrgicas, que produzem barras de ferro, aço, outros metais e suas misturas, precisam
de fornos que forneçam calor suficiente para derreter minérios. Eles queimam carvão, le- sada por um vírus e a como ele se
nha ou óleo combustível. Podem usar fornos elétricos também. Sobre todo este processo, prolifera. Verificar, ainda, se tem o
responda às questões a seguir. conhecimento de que os antibió-
a) A queima do carvão ou da lenha é um processo reversível ou irreversível? Por quê? ticos não controlam vírus, e que a
A queima do carvão ou lenha é um processo irreversível, pois a lenha não volta a ser lenha após ser queimada, assim como o carvão.
b) A usina produz ferro em chapas ou mesmo em barras (lingotes). Ao serem derretidos transmissão da doença não se re-
passam para o estado líquido. Esse processo é reversível ou irreversível? Por quê? laciona nem à água tratada nem a
O processo é reversível, pois o ferro apenas sofreu uma mudança de estado físico, podendo voltar ao estado sólido na forma que desejarmos.
c) Por que é importante reciclar metais, como o ferro? esgotos. Importante será eles per-
ceberem que o enunciado traz a
informação: ”enquanto as vacinas
6 A Covid-19 se transformou em uma perigosa pandemia a partir de 2019, e combatê-la foi
não estavam ainda disponíveis...”.
difícil no início, o que levou à morte centenas de milhares de pessoas. Enquanto as vacinas
não estavam ainda disponíveis para toda a população, uma das causas abaixo dificultou o As vacinas são, na verdade, um dos
controle dessa doença. Assinale-a. modos mais eficazes de evitar a
a) Não se sabia, ainda, se o microrganismo causador da covid-19 era um vírus ou uma bactéria. propagação do vírus na população.
Intervenção: A questão, embora
b) Sabia-se que o microrganismo causador da doença é um vírus, mas os cientistas não
conseguiram desenvolver um antibiótico para eliminá-lo. simples, requer uma série de con-
ceitos desenvolvidos no capítulo
c) Em muitos países, a ausência de distribuição de água tratada e de redes de esgoto di-
ficultaram o combate à doença; 4. Se encontrarem dificuldade, in-
vestigue o motivo, em cada caso.
d) Muitas pessoas não tomaram medidas simples que impedia a propagação, como usar
máscaras e evitar aglomerações. Alternativa d.
Isso implica, eventualmente, reto-
mar alguns conteúdos trabalhados
7 durante o desenvolvimento da ha-
WAGNER TAVARES/PULSAR IMAGENS

Observe a imagem a seguir.


Agora, responda à questão. bilidade EF04CI08.
a) Qual era o período do dia no mo-
mento do registro fotográfico?
Atividade 7
b) Reproduza a imagem do relógio de
sol, indicando a posição da sombra e Objeto do conhecimento: Pontos
a posição do Sol, com base nos pontos
cardeais. Cardeais
O relógio de sol no caderno ou em uma folha avulsa Habilidade: EF04CI090
inserindo uma posição diferente para o Sol, bem
como a indicação do local da sombra. Objetivo da questão: Associar
a posição da sombra em um reló-
O registro da imagem foi feito no período da tarde, pois o Sol
estava à oeste. gio de Sol com o período do dia.
Relógio de sol. Piranhas, Sergipe.
Intervenção: Como estratégia
de remediação, incentive os es-
159
tudantes a observar a sombra de
uma árvore, de um poste ou de
uma coluna ao longo do dia, sem-
Atividade 4 Atividade 5
pre procurando relacioná-la com a
Objeto do conhecimento: Mistura Objetos do conhecimento: Mistura e proces- posição do Sol no céu. Aproveito
Habilidade: EF04CI0 sos reversíveis e irreversíveis. esse momento, para reavaliá-los.
Objetivo da questão: Identificar misturas na Habilidades: EF04CI02 e EF04CI03
vida diária, com base em suas propriedades Objetivo da questão: Distinguir processos
físicas observáveis. reversíveis e irreversíveis e apontar a impor-
Intervenção: Se necessário, trabalhar mais tância de reciclar metais como o ferro.
Intervenção: Em caso de necessidade, reto-
exemplos de misturas do cotidiano, com ma-
me às transformações reversíveis e não rever-
nipulação.
síveis presente no cotidiano, como mudanças
de estado físico, cozimento de alimentos etc.

159
REFERÊNCIAS COMENTADAS

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 4 mar. 2021.
Documento publicado pelo Ministério da Educação que estabelece um conjunto de aprendizagens essenciais aos
estudantes brasileiros do Ensino Básico, dispostas em competências gerais, competências específicas e habilidades.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasília, DF:
MEC: Sealf, 2019. 54 p. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/images/banners/caderno_pna_final.pdf. Acesso
em: 7 ago. 2021.
Essa política tem o objetivo de elevar a qualidade da alfabetização no país por meio de ações do governo federal
e da implantação de metodologias com base em conhecimentos da área da Ciência Cognitiva da Leitura e das
Neurociências, bem como de promover o envolvimento familiar na educação das crianças.
CANALLE, João B.G; NOGUEIRA, Salvador. Astronomia. Brasília: MEC, SEB; MCT; AEB, 2009. (Coleção Explorando o Ensino, v.
1). Disponível em: http://www.oba.org.br/sisglob/sisglob_arquivos/downloads/Explorando_o_ensino_astronomia.pdf.
Acesso em: 9 ago. 2021.
Livro de apoio ao professor com informações da área da ciência e da tecnologia relacionadas à Astronomia.
CHANG, Raymond. (Tradução: Maria José Ferreira Rebelo). Química geral: conceitos essenciais. São Paulo:
McGrawn Hill, 2006.
Aborda conceitos e princípios da Química com linguagem clara e concisa, apresentando um panorama dos temas
essenciais desse componente curricular, com o rigor e a profundidade necessários para a correção conceitual.
DAMINELI, A.; STEINER, J. O fascínio do Universo. São Paulo: Odysseus, 2010. Disponível em:
www.astro.iag.usp.br/fascinio.pdf. Acesso em: 4 jul. 2021.
O livro aborda conceitos básicos de Astronomia, usando linguagem simples e possibilitando uma visão geral
sobre os conhecimentos dessa área da Astronomia. Trata dos principais corpos siderais, de sistemas planetários,
de galáxias, entre outros conceitos interessantes.
EICHHORN, Susan E.; EVERT, Ray F.; RAVEN, Peter H. Raven: Biologia vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2014.
Os autores relatam avanços e progressos importantes na área da Biologia vegetal, desde detalhes moleculares
até relações taxonômicas com a aplicação de técnicas de engenharia genética, além do estudo sobre a anatomia
e fisiologia das plantas.
HEWITT, Paul G. Física conceitual. 12. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.
Livro que explica os conceitos mais relevantes da Física com linguagem simples, analogias e ilustrações, de modo
compreensível mesmo para quem não é da área. Traz uma visão ampla dos temas geralmente discutidos nos
ensinos Básico e Superior.
LEVI, Guido Carlos. Recusa de vacinas: causas e consequências. São Paulo: Segmento Farma, 2013. Disponível
em: https://vacinassantacatarina.com.br/download-livro-recusa-de-vacinas-causas-e-consequencias-por-guido-
carlos-levi. Acesso em: 10 jun. 2021. Livro que mostra alguns efeitos da recusa ou da falta de vacinação.
MORIN, Edgard. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2011.
O autor propõe a reflexão sobre problemas fundamentais para a educação escolar no século XXI. Leitura
importante para todos que pensam e fazem educação e que estão preocupados com o futuro dos estudantes.
PIRES, A. S. T. A evolução das ideias da Física. São Paulo: Livraria da Física, 2011.
Nesse livro, o autor leva o aluno a relacionar a Filosofia com a Física e a perceber as influências que uma
ciência exerce sobre a outra, discutindo os avanços da Física desde a Grécia Antiga até os dias atuais. Valoriza
procedimentos relacionados à investigação científica.
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Corpo humano - fundamentos de anatomia e fisiologia. Porto Alegre:
Artmed, 2017.
Obra que apresenta informações com linguagem e ilustrações precisas e objetivas da estrutura e do funcionamento
do corpo humano.

160

160

Você também pode gostar