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Plano de Aprendizagem

1 Código e nome da disciplina

ARA1244 TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS

2 Natureza

Extensão

3 Carga horária semestral

80

4 Carga horária semanal

4 horas de Extensão

5 Perfil docente

O docente deve ser graduado em Psicologia, embora seja desejável a pós­graduação Lato sensu ou
Stricto sensu na área do curso ou áreas afins.
É desejável que o docente possua experiência em aprendizagem por projetos e/ou experiências em
extensão, além de atuação profissional na área de psicoterapias, conhecimentos e habilidades teórico­
práticos, capacidade de comunicação, interação e fluência digital para utilizar ferramentas necessárias
ao desenvolvimento do processo de ensino­aprendizagem (SGC, SAVA, BdQ e SIA). Importante,
também, o conhecimento do Projeto Pedagógico dos Cursos que a disciplina faz parte na Matriz
Curricular.
É necessário que o docente domine as metodologias ativas inerentes à educação por competências, em
especial a aprendizagem por projetos, além de ferramentas digitais que tornem o processo mais
interativo. A articulação entre ensino, pesquisa e extensão deve ser o eixo direcionador das estratégias
utilizadas pelo docente. Além disto, é imprescindível que o docente estimule o autoconhecimento e
autoaprendizagem entre seus alunos. curso

6 Área temática

Em atendimento à Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, que Estabelece as


Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e dá outras providências, as áreas
temáticas priorizadas neste Plano são: Saúde, Educação e Direitos Humanos; e Justiça.

7 Linha eixo de extensão e pesquisa

Os eixos de extensão e as linhas de pesquisa priorizadas neste Plano são: Processos Psicológicos
Clínicos e Atendimentos Remotos.
Os eixos de extensão e as linhas de pesquisa priorizadas neste Plano são: Processos Psicológicos
Clínicos e Atendimentos Remotos.

8 Competências a serem trabalhadas

Com base na proposta institucional para a formação do egresso e as competências gerais e específicas
desenvolvidas no curso de Psicologia, previstas em seu PPC e em consonância com a Resolução
CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, as competências que serão trabalhadas neste componente
serão prioritariamente:
­ Comunicação;
­ Liderança;
­ Ética;
­ Gestão de conflitos;
­ Intervenção preventiva e terapêutica;
­ Planejamento de intervenções individuais e coletivas.

9 Ementa

Introdução às teorias e técnicas psicoterápicas. Teorias e técnicas psicoterápicas em Psicanálise.


Teorias e técnicas psicoterápicas em Terapia Cognitivo Comportamental. Teorias e técnicas
psicoterápicas em outras correntes. Psicoterapia em contextos específicos: crianças, adolescentes,
adultos, idosos, casal, família.

10 Objetivos

­ Apresentar o contexto do surgimento das principais abordagens psicoterápicas, considerando as


evidências históricas e sociais que as originaram, para analisar criticamente as psicoterapias;

­ Explorar as teorias que sustentam as práticas psicoterápicas, baseando­se em escritos originais de


seus fundadores e reflexões de comentadores, para aplicar as bases das diferentes psicoterapias;

­ Identificar os principais conceitos e técnicas de cada abordagem psicoterápica a partir do


reconhecimento da comunidade científica, para reconhecer as bases clínicas psicoterápicas;

­ Questionar as limitações de cada modalidade de psicoterapia, fundamentando­se nas revisões


presentes na literatura científica contemporânea, para refinar as construções técnicas psicoterápicas;

­ Estruturar uma visão contemporânea de cada uma das técnicas psicoterápicas, levando em conta as
contribuições de seus principais autores na atualidade, para construir uma técnica psicoterápica
adequada ao sujeito que será atendido por ela;

­ Construir uma relação mais próxima entre o ambiente acadêmico e a comunidade a partir do saber
científico das psicoterapias, para integrar o aprendizado com o ambiente em que atuará o futuro
profissional.

11 Objetivos sociocomunitários

­ Promover conhecimento sobre as psicoterapias a partir de fundamentos científicos, de forma a


ampliar as informações confiáveis sobre a atuação da Psicologia;

­ Integrar a comunidade acadêmica e a profissional, com base em trocas de informações sobre o


­ Promover conhecimento sobre as psicoterapias a partir de fundamentos científicos, de forma a
ampliar as informações confiáveis sobre a atuação da Psicologia;

­ Integrar a comunidade acadêmica e a profissional, com base em trocas de informações sobre o


mercado de trabalho, para desenvolver a formação continuada;

­ Acolher as demandas sociais através da construção de um saber que consiga discriminar a prática
psicológica científica das práticas tradicionais e pseudocientíficas, para impactar positivamente a
saúde mental da população;

­ Desenvolver ações comunitárias, com fundamento nas diretrizes do Código de Ética Profissional do
Psicólogo, para gerar impactos em processos de atenção, emancipação e inclusão de pessoas em
vulnerabilidade social.

12 Descrição do público envolvido

O público externo à IES e implicado na ação proposta é composto pela comunidade do entorno do
campus, como pessoas que residam ou trabalhem no bairro onde a unidade se localiza, de acordo com
as características e demandas locais de onde a disciplina estiver sendo ministrada. É importante que se
busque envolver grupos e indivíduos que não teriam acesso à informação sobre o que seja psicoterapia
e suas diferenças com as práticas tradicionais e pseudocientíficas. Deve­se considerar ainda a
integração com profissionais de Psicologia locais, seja através de referências técnicas de notório
reconhecimento, membros do Conselho Regional ou Federal de Psicologia e ex­alunos na direção de
uma formação continuada.

13 Justificativa

De acordo com os artigos 3º e 6º do Capítulo I da Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de


2018, a Extensão na Educação Superior Brasileira ao integrar a matriz curricular e à organização de
pesquisa, promove, em um processo interdisciplinar, a formação integral do aluno, através da
aprendizagem por projetos, que estabelece um diálogo construtivo e transformador com diferentes
setores da sociedade brasileira e internacional. Esse componente na formação do aluno justifica­se
pela importância de promover a atuação da comunidade acadêmica e técnica, a partir das demandas
sociocomunitárias onde se encontra a IES, para o enfrentamento das questões da sociedade brasileira,
inclusive por meio do desenvolvimento econômico, social e cultural.
No curso de Psicologia, no componente curricular Teorias e Técnicas Psicoterápicas, a extensão se
justifica como um dos principais eixos temáticos da formação em Psicologia atravessando os processos
clínicos associados à prática profissional.
A psicoterapia refere­se a uma atividade bastante associada à imago construída pela sociedade a
respeito do profissional de Psicologia, o que denota uma grande responsabilidade de parte deste
quanto a esse ofício. Pode­se dizer que ainda há muita confusão a respeito do que seja o trabalho
clínico psicoterápico da psicologia, sobretudo quando se confronta com práticas terapêuticas, ou
mesmo não científicas e reconhecidas formalmente, o que impõe ao campo da psicologia e sua
formação uma relação com o senso comum que consiga discriminar seu papel como prática científica e
formal.
Ainda que represente uma das escolhas laborais mais frequentes entre psicólogos, é necessário
destacar que a prática psicoterápica não se limita a uma mera reprodução de técnicas aprendidas.
Diante de um objeto de trabalho tão complexo ? o ser humano ? é mister que o psicólogo seja capaz de
compreender e lidar com uma grande diversidade de fenômenos. Para isso, é fundamental que tenha a
capacidade de fazer uso de diferentes compreensões da realidade e variados caminhos terapêuticos,
considerando aquele que se apresenta como mais adequado à demanda encaminhada repleta de
suposições a respeito do que seja a prática da psicologia. Aqui é fundamental que o aluno consiga
construir junto às pessoas o papel e o trabalho próprios do campo da psicologia.
Destarte, o aluno de graduação em Psicologia deverá ser capaz de desenvolver uma concepção crítica
e fundamentada a respeito das principais teorias e técnicas psicoterápicas, considerando seus
principais elementos, aplicações e limitações. Competência que contribuirá na interferência sobre um
saber imaginário, sobre o senso comum que, na maioria das vezes, não consegue discriminar práticas
Destarte, o aluno de graduação em Psicologia deverá ser capaz de desenvolver uma concepção crítica
e fundamentada a respeito das principais teorias e técnicas psicoterápicas, considerando seus
principais elementos, aplicações e limitações. Competência que contribuirá na interferência sobre um
saber imaginário, sobre o senso comum que, na maioria das vezes, não consegue discriminar práticas
científicas das tradicionais e pseudocientíficas.
A aprendizagem dessa disciplina pela trilha da extensão cria uma importante oportunidade, tanto para
o aluno, que tem a chance de visualizar a dinâmica das teorias e técnicas psicoterápicas em um
ambiente real; quanto para a comunidade, que recebe uma importante contribuição no campo da
saúde mental por meio da construção de um imaginário sobre o que seja o exercício clínico da
psicologia a partir da apresentação e debate do por quê, para que e para quem as técnicas se dirigem.
Construir um saber sobre para onde endereçar o sofrimento, desde um primeiro momento antes mesmo
de uma experiência psicoterápica, traz para cada um de nós uma sensação de que há uma atenção
dirigida ao nosso sofrimento; e a perspectiva da construção de um futuro possível cheio de
possibilidades e estratégias para uma vida melhor.

14 Procedimentos de ensino­aprendizagem

Tratando­se de um componente de natureza extensionista, é fundamental que o docente aplique


variadas técnicas pedagógicas que permitam uma construção ativa do saber por parte do aluno, através
de uma constante interação do aluno com o professor, o conteúdo e os demais estudantes. Com essa
finalidade, sugere­se a utilização de aulas teóricas expositivas; estudos dirigidos em grupo, seminários,
debates e elaboração de projetos de saúde. O modelo prevê ainda a realização de Atividades de
Extensão, que serão definidas em conjunto entre o docente, os alunos e os públicos envolvidos.
O componente curricular de Teorias e Técnicas Psicoterápicas adotará a metodologia de aprendizagem
por projetos orientados por problemas/demandas reais, alternando­se com momentos de
aprofundamento teórico e prática em diferentes cenários, seguindo as etapas:
a) Apresentação da proposta de trabalho aos alunos e organização dos grupos;
b) Discussão dos referenciais selecionados (curadoria prévia de materiais) compartilhados com os
alunos;
c) Pesquisa Exploratória: levantamento das principais demandas/necessidades aderentes aos temas do
componente curricular (roteiro de extensão I­ Diagnóstico e Teorização itens 1 a 4);
d) Definição do público participante e realização de levantamento in loco do perfil, demandas,
necessidades específicas/prioridades (roteiro de extensão I­ Diagnóstico e Teorização itens 1 a 4);
e) Pesquisa Aprofundada: a partir das demandas apreendidas, construir referencial teórico que
subsidie a proposição de ações/elaboração de plano de trabalho (roteiro de extensão I­ Diagnóstico e
Teorização item 5);
f) Elaboração de Plano de Trabalho (indicando as ações, objetivos/metas, atores, papéis e atribuições,
processos/indicadores de avaliação ? inclusive como serão avaliados/demonstrados os resultados
alcançados em relação ao público participante (roteiro de extensão II­ Planejamento do
Desenvolvimento do Projeto);
g) Sistematização das Aprendizagens ­ Relatório coletivo e Relato de Experiência (roteiro de extensão
? III ? Encerramento itens 1 e 2);
h) Seminário de socialização de experiências e aprendizados com o trabalho realizado, apresentando
os objetivos, metas e resultados encontrados com as ações e processos utilizados, devidamente
evidenciado.

15 Temas de aprendizagem

1. INTRODUÇÃO ÀS TEORIAS E TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS


1.1 HISTÓRIA DA PSICOTERAPIA
1.2 A RELAÇÃO PSICOTERAPÊUTICA
1.3 CLASSIFICAÇÃO DAS ABORDAGENS PSICOTERÁPICAS SEGUNDO O MÉTODO
1.4 CLASSIFICAÇÃO DAS ABORDAGENS PSICOTERÁPICAS SEGUNDO A PRÁTICA

2. TEORIAS E TÉCNICAS EM PSICANÁLISE


2.1 PRINCIPAIS CONCEITOS TEÓRICOS E TÉCNICAS
2.2 CARACTERÍSTICAS, INDICAÇÕES E LIMITES DA PSICANÁLISE
2. TEORIAS E TÉCNICAS EM PSICANÁLISE
2.1 PRINCIPAIS CONCEITOS TEÓRICOS E TÉCNICAS
2.2 CARACTERÍSTICAS, INDICAÇÕES E LIMITES DA PSICANÁLISE
2.3 TEORIA PSICOSSEXUAL DE FREUD
2.4 PSICOTERAPIA ANALÍTICA JUNGIANA

3. TEORIAS E TÉCNICAS EM TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL


3.1 BASES HISTÓRICAS, TEÓRICAS E PRINCIPAIS TÉCNICAS
3.2 O MODELO DE ALBERT ELLIS
3.3 O MODELO DE AARON BECK
3.4 O MODELO DE JEFFREY YOUNG

4. TEORIAS E TÉCNICAS EM OUTRAS CORRENTES


4.1 FENOMENOLOGIA EXISTENCIAL E HUMANISTA
4.2 GESTALT
4.3 PSICOLOGIA POSITIVA
4.4 PSICODRAMA

5. PSICOTERAPIA EM CONTEXTOS ESPECÍFICOS


5.1 PSICOTERAPIA INFANTIL E COM ADOLESCENTES
5.2 PSICOTERAPIA COM ADULTOS E IDOSOS
5.3 PSICOTERAPIA DE CASAL
5.4 PSICOTERAPIA FAMILIAR

16 Procedimentos de avaliação

Os procedimentos de avaliação contemplarão as competências desenvolvidas durante a disciplina, bem


os resultados dos projetos extensionistas. As avaliações poderão ser realizadas por meio de diversas
atividades, definidas de acordo com o perfil do componente de extensão trabalhado no âmbito do
componente. A soma de todas as atividades que possam vir a compor o grau final da NF não poderá
ultrapassar o máximo de 10 (dez) pontos. A avaliação do componente curricular Teorias e Técnicas
Psicoterápicas será composta da soma das notas das seguintes etapas:

1. Pesquisa exploratória e referencial teórico: entrega física com data a ser determinada pelo professor
e já informada no início do semestre (vide Roteiro de Extensão I ­ Diagnóstico e Teorização ­ itens 1 a
5) ­ 2,0 pontos;

2. Plano de trabalho: entrega física com data a ser determinada pelo professor e já informada no início
do semestre (vide Roteiro de Extensão II ­ Planejamento para o Desenvolvimento do Projeto) ­ 2,0
pontos;

3. Sistematização das aprendizagens: entrega coletiva (3,0) e individual (2,0) do relatório final e relato
de experiência (vide Roteiro de Extensão III ­ Encerramento do Projeto, itens 1 e 2 respectivamente) ­
5,0 pontos;

4. Seminário: apresentação do grupo e PPT com os resultados em data a ser determinada pelo
professor e já informada no início do semestre ­ 1,0 ponto.

Critérios de avaliação
a) Capacidade de análise crítica acerca da fundamentação e da aplicação de Técnicas Psicoterápicas;
b) Coerência da proposição de Técnicas Psicoterápicas com os referenciais teóricos do componente
curricular e o público participante;
c) Observância da estrutura do Roteiro de Extensão em todas as entregas (parciais e final) feitas pelo
grupo de trabalho;
d) Cumprimento do cronograma estabelecido;
e) Clareza e objetividade;
f) Correção ortográfica.
grupo de trabalho;
d) Cumprimento do cronograma estabelecido;
e) Clareza e objetividade;
f) Correção ortográfica.

Para aprovação na disciplina, o aluno deverá, ainda:


­ Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da soma das notas obtidas em cada uma
das etapas.
­ Frequência mínima de 75%.

17 Bibliografia básica

FELDMAN, R. S. Introdução à Psicologia.. Porto Alegre: Artmed, 2015.


Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580554892/

ROBERTA, P. Intercâmbio das Psicoterapias.. São Paulo: Grupo GEN, 2017.


Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527732130/

VOLPATO, C. A. Psicoterapias: abordagens atuais.. Porto Alegre: Artmed, 2018.


Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715284/

18 Bibliografia complementar

BECK, J. S. Terapia cognitivo​comportamental: teoria e prática.. Porto Alegre: Artmed, 2013.


Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582710098/

CASTRO, M. G. K.; STÜRMER, A. Crianças e adolescentes em psicoterapia.. Porto Alegre:


Artmed, 2011.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536319933/

EIZIRIK, C. L.; AGUIAR, R. W., SCHIESTATSKY, S. S. Psicoterapia de orientação analítica..


Porto Alegre: Artmed, 2015.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582711491/

RASHID, T.; SELIGMAN, M. Psicoterapia positiva: manual do terapeuta.. Porto Alegre:: Artmed,
2019.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715505/

TEODORO, M. L. M., BAPTISTA, M. K. Psicologia de família: teoria, avaliação e intervenção..


Porto Alegre: Artmed, 2019.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582716038/

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