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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO VALE DO IPOJUCA - UNIFAVIP

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA


COORDENAÇÃO DE PSICOLOGIA

KHERLLA WALLERYA DE LIMA VALENÇA

ATIVIDADES PROPOSTAS PARA DISCIPLINA DE ESTUDO DIRIGIDO

Caruaru/PE
2023
KHERLLA WALLERYA DE LIMA VALENÇA

ATIVIDADES PROPOSTAS PARA DISCIPLINA DE ESTUDO DIRIGIDO

Atividade acadêmica apresentada à


Coordenação do Curso de Psicologia da
Universidade do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP /
WYDEN, como requisito parcial para obtenção
aprovação em Disciplina de estudo dirigido de
Tópicos Especiais em Psicoterapia. Professor(a)
Orientador (a): Tarcya Rayanne

Caruaru/PE
2023
1 - A formação do psicólogo clínico na atualidade é intricadamente influenciada por
diversas representações sociais que permeiam a profissão. Em um contexto em constante
evolução, as demandas da sociedade desempenham um papel significativo na configuração
do perfil desse profissional.

Um dos desafios notáveis reside na necessidade de integrar uma variedade de


abordagens teóricas. A pluralidade de perspectivas terapêuticas, como cognitivo-
comportamental, psicodinâmica e humanista, demanda dos futuros psicólogos clínicos uma
habilidade de transitar fluidamente entre esses modelos, adaptando-se às necessidades
específicas dos clientes.

Além disso, a competência cultural torna-se cada vez mais essencial. A compreensão
da diversidade humana, considerando fatores como etnia, gênero, orientação sexual e
contexto socioeconômico, é crucial para estabelecer uma prática clínica inclusiva e sensível
às diferenças individuais.

No cenário contemporâneo, os profissionais enfrentam desafios éticos complexos,


como a privacidade e confidencialidade na era digital. A integração ética de novas
tecnologias no processo terapêutico é um aspecto crítico da formação, garantindo que os
psicólogos clínicos estejam preparados para lidar com as nuances éticas emergentes.

Ademais, a constante evolução das práticas terapêuticas, incluindo intervenções


baseadas em evidências e abordagens inovadoras, exige uma disposição para aprendizado
contínuo. A interdisciplinaridade também se destaca como uma competência valiosa,
permitindo a colaboração eficaz com profissionais de diversas áreas da saúde mental.
Em resumo, a formação do psicólogo clínico na atualidade demanda uma combinação
complexa de habilidades teóricas, competências culturais, sensibilidade ética e adaptabilidade
às mudanças no campo da psicologia.

2 -Os psicólogos clínicos enfrentam uma série de deveres e vetos em sua atuação,
especialmente ao lidar com crianças, adolescentes e interditos. Diversas disposições legais e
especificidades éticas regem essa prática profissional.

Deveres e Vetos:

1. Confidencialidade e Sigilo:

- Dever: Garantir o sigilo das informações obtidas durante a psicoterapia, salvo em


casos que envolvam risco iminente à vida do paciente ou de terceiros.

- Veto: Divulgar informações confidenciais sem o consentimento do paciente,


exceto em situações de obrigação legal.

2. Autonomia e Respeito:

- Dever: Respeitar a autonomia e a liberdade de escolha do paciente.

- Veto: Impor decisões ou julgamentos de valor que possam prejudicar a autonomia


do paciente.

3. Competência Técnica:

- Dever: Manter-se atualizado e buscar aprimoramento constante em relação às


práticas terapêuticas.
- Veto: Exercer a psicoterapia sem a devida competência técnica ou em áreas nas
quais não tenha formação adequada.

Atendimento a Crianças, Adolescentes e Interditos:

1. Consentimento Informado:

- Dever: Obter o consentimento informado dos responsáveis legais para o


atendimento de crianças e adolescentes.

- Veto: Realizar intervenções sem o consentimento apropriado.

2. Participação Ativa dos Responsáveis:

- Dever: Incluir os responsáveis no processo terapêutico quando apropriado e


benéfico para o paciente.

- Veto: Ignorar a participação dos responsáveis quando ela for essencial para o bem-
estar do paciente.

Sigilo na Psicoterapia:

1. Preservação do Sigilo:

- Dever: Preservar o sigilo das informações compartilhadas durante as sessões de


psicoterapia.

- Veto: Violar o sigilo, exceto em situações de risco iminente à vida.


2. Compartilhamento Responsável:

- Dever: Compartilhar informações apenas com consentimento do paciente, salvo


em situações previstas por lei.

- Veto: Divulgar informações sem o devido cuidado e avaliação ética.

Essas diretrizes, aliadas às normativas éticas da profissão e à legislação vigente,


guiam a atuação do psicólogo clínico, assegurando uma prática ética, responsável e centrada
no bem-estar do paciente.

•Por que o atendimento infantil necessita de maior cuidado?

Atender crianças na prática clínica demanda cuidado especial por diversas razões. É
fundamental que os psicólogos possuam uma compreensão sólida do desenvolvimento
infantil, adaptando suas abordagens terapêuticas de acordo com as diferentes fases da
infância. Dada a limitação na comunicação verbal, a habilidade em interpretar expressões e
comportamentos não verbais torna-se crucial.

A inclusão dos pais ou responsáveis no processo terapêutico é uma prática vital,


exigindo uma abordagem sensível para envolvê-los sem comprometer a privacidade da
criança. Em virtude da vulnerabilidade das crianças, a ética profissional e a preservação do
sigilo ganham destaque, sendo essencial adaptar a comunicação para assegurar compreensão
e conforto.

Além disso, a sensibilidade a traumas e estressores é uma consideração central, uma


vez que as crianças podem ter dificuldade em expressar essas experiências. Técnicas
terapêuticas que envolvem jogos e atividades lúdicas mostram-se eficazes, demandando do
psicólogo adaptabilidade e criatividade.
A consciência cultural e social é outro ponto essencial, permitindo ao psicólogo
compreender o contexto em que a criança está inserida. Essa compreensão possibilita a
adaptação das intervenções de acordo com a diversidade cultural e a consideração de fatores
ambientais.

3- Os limites e práticas da psicologia desempenham um papel fundamental na garantia


dos direitos humanos, moldando diretamente a experiência e o impacto na vida dos sujeitos.
Uma consideração central é a confidencialidade, um princípio ético que estabelece o sigilo
profissional. Este limite, porém, deve ser flexível em situações de risco iminente à vida do
paciente, buscando equilibrar a privacidade com a necessidade de proteção.

Além disso, o respeito à autonomia é uma pedra angular. Os psicólogos devem evitar
impor seus próprios valores durante a intervenção terapêutica, criando um espaço que honre
as escolhas e perspectivas individuais, alinhando-se assim aos princípios dos direitos
humanos.

A sensibilidade à diversidade cultural também é crítica. Ignorar as influências


culturais na prática psicológica pode levar a intervenções ineficazes ou inapropriadas. A
psicologia, ao incorporar uma abordagem culturalmente sensível, assegura que suas práticas
sejam acessíveis e relevantes para uma gama diversificada de grupos, respeitando a
pluralidade de experiências.

A base científica das intervenções é outro ponto vital. Os psicólogos devem evitar
desconsiderar abordagens com respaldo científico, garantindo a eficácia de suas práticas e
minimizando possíveis riscos para os sujeitos. O uso de intervenções baseadas em evidências
contribui para a qualidade do atendimento e, por conseguinte, para a salvaguarda dos direitos
dos clientes.
A promoção do empoderamento e da participação ativa do sujeito no processo
terapêutico é um princípio orientador. Incentivar a participação ativa fortalece os indivíduos,
permitindo que assumam um papel ativo em sua própria saúde mental e, por extensão, na
defesa de seus direitos.

Quando se trata de abordar traumas e violências, a sensibilidade é crucial. Ignorar ou


abordar inadequadamente essas questões pode comprometer o bem-estar dos sujeitos. Uma
abordagem ética e sensível contribui para a recuperação, respeitando o direito à integridade e
dignidade.

Os limites e práticas da psicologia têm implicações profundas na vida dos sujeitos e


na promoção dos direitos humanos. Ao agir com ética, respeitar a diversidade, incentivar a
participação ativa e adotar abordagens embasadas em evidências, a psicologia desempenha
um papel vital na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

4- A psicoterapia, um processo terapêutico essencial na prática psicológica, é uma


interação entre um profissional, frequentemente um psicólogo ou terapeuta, e um cliente, com
o intuito de melhorar a saúde mental, abordar conflitos emocionais, modificar
comportamentos disfuncionais e aprimorar a qualidade de vida. Fundamentada em diversas
teorias psicológicas, a psicoterapia emprega uma variedade de métodos para atingir seus
objetivos específicos.

No que diz respeito aos objetivos, a psicoterapia busca, de maneira geral, promover o
bem-estar emocional, facilitar o autoconhecimento, aprimorar a qualidade dos
relacionamentos interpessoais e fornecer estratégias para lidar com desafios. As finalidades
específicas podem variar consideravelmente, abrangendo desde o tratamento de transtornos
psicológicos até o desenvolvimento pessoal e a melhoria de habilidades sociais.
Diversos tipos de psicoterapia atendem às necessidades específicas dos clientes:

- A psicoterapia individual ou para adultos centra-se na experiência individual,


explorando pensamentos, emoções e comportamentos, utilizando abordagens como
cognitivo-comportamentais, psicodinâmicas e humanistas.

- A psicoterapia de grupo ocorre em um contexto grupal, permitindo a interação entre


os participantes e favorecendo o compartilhamento de experiências, sendo baseada em
abordagens psicodinâmicas, comportamentais ou centradas no grupo.

- A psicoterapia para crianças e adolescentes emprega abordagens lúdicas e criativas


para facilitar a expressão, incorporando jogos, desenhos e narrativas para atender ao estágio
de desenvolvimento.

- A psicoterapia para famílias destaca as dinâmicas familiares, visando melhorar a


comunicação e resolver conflitos, frequentemente utilizando terapias sistêmicas e
estratégicas.

- A psicoterapia de casal concentra-se nas dinâmicas específicas dos relacionamentos


conjugais, utilizando abordagens comportamentais, sistêmicas ou integrativas para melhorar a
compreensão e a conexão entre os parceiros.
Dentro dessas práticas, diversos métodos e técnicas são empregados, incluindo
entrevistas clínicas para diagnóstico, observação para análise de comportamentos, técnicas
cognitivas para modificar padrões de pensamento, técnicas comportamentais para modificar
ou reforçar comportamentos, psicodrama para exploração emocional vivencial e práticas de
mindfulness para aumentar a consciência do momento presente.

A psicoterapia, abrangendo uma variedade de abordagens e técnicas, visa promover a


saúde mental e o desenvolvimento pessoal, adaptando-se às necessidades específicas de cada
cliente e contexto.
REFERÊNCIAS

BASTOS, A. V. B. Áreas de Atuação: em Questão o Nosso Modelo Profissional.


Quem é o Psicólogo Brasileiro. São Paulo: Edicon, 1988.Kolker, T. (2004). A atuação dos
psicólogos no sistema penal. In H. S. Gonçalves & E. P. Brandão. Psicologia juri-dica no
Brasil (pp.157-204). Rio de Janeiro: NAU Editora.

Leme, M. A. V. S., Bussab, V. S. R., & Otta, E. (1989). A representação social da


psicologia e do psicólogo. Psicologia: Ciência e Profissão.Brito, L. M. T. (2005). Reflexões
em torno da psicologia jurídica. In R. M. Cruz, S. K. Maciel & D. C Ramirez. O trabalho do
psicólogo no campo jurídico (pp.9-17). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Almeida, A. M. O., Santos, M. F. S., & Trindade, Z. A. (2000). Representações e


práticas sociais: contribuições teóricas e dificuldades metodológicas. Temas em Psicologia da
SBP.

Bock, A. M. B. (2009). Psicologia e sua ideologia: 40 anos de compromisso com as


elites. In: A. M. B. Bock (Org.), Psicologia e o compromisso social. São Paulo: Cortez.

PEREIRA, Patrick. Psicólogo social-atuações do psicólogo. YouTube, 27 de março de


2020. Disponível em:https://youtu.be/czYbPxfh6aU?feature=shared. Acesso em: 08 de
Novembro de 2023.

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