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A psicoeducação é uma técnica que relaciona os instrumentos psicológicos e pedagógicos

com objetivo de ensinar o paciente e os cuidadores sobre a patologia e seus respectivos tratamentos.

Dessa forma, a psicoeducação é uma intervenção terapêutica que de forma sistemática e estruturada

procura elucidar familiares, cuidadores e o próprio paciente desenvolvendo um trabalho de

prevenção e de conscientização em saúde. Conforme o palestrante Julio Mazzoni há diferentes

formatos e modalidades que a psicoeducação se apresenta. Como modalidades temos a

psicoeducação passiva, ativa, individual, grupal e familiar. Essas modalidades abarcam os formatos

que podem ser por folhetos, folder, audiovisual e verbal.

A Psicoeducação teve seu início em 1970, no canadá, e um dos primeiros estudos foi um

programa psicoeducativo de habilidades comunicativas para alunos da graduação (Rathus, 1973).

Esse modelo pretende englobar as diferentes dimensões do humano e deve ter um método

sistemático com aplicação de testes e de técnicas específicas para averiguar qual é o procedimento

psicoeducativo que possibilita resultados positivos. A flexibilidade possibilitada pela psicoeducação

torna efetivo os tratamentos dos transtornos mentais severos/crônicos. Por poder ser aplicada em

vários contextos com enfoque tanto clínico quanto orgânico, a psicoeducação pode ser utilizada por

profissionais da saúde e da educação. Ela, ainda, pode ser utilizada como estratégia adjunta nas

intervenções ou/e nos programas de prevenção. A abordagem psicoeducacional procura ajudar os

pacientes, familiares e cuidadores a compreenderem, e dar sentido à experiência vivida, e a engajá-

los no uso dessa compreensão.

Como desafios a psicoeducação precisa de refinamento teórico, formação de profissionais

com ilimitada possibilidade de atuação, inovação e expansão de aplicabilidade e enfoques. Ainda há

poucas publicações e pesquisas específicas na área na área que é fruto da lacuna na formação e da

ausência de conhecimento sólido sobre o tema. E um dos grandes desafios é relacionado ao não

embasamento em evidências dos programas das politicas públicas de saúde nacional para a área.
Rathus, S.A. (1973). 30-Item schedule for assessing assertive behavior. Behavior Therapy, 4

(3), 398-406

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