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FACULDADE BOAS NOVAS DE CIÊNCIAS TEOLÓGICAS, SOCIAIS E

BIOTECNOLÓGICAS
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

MARIA SUZANA DE OLIVEIRA SILVA


JULIANA OLIVEIRA RODRIGUES

RESENHA DAS 3 AULAS DA TEMÁTICA:


MANEJO CLÍNICO (MARIA HOMEM)

MANAUS – AM
2024
MARIA SUZANA DE OLIVEIRA SILVA
JULIANA OLIVEIRA RODRIGUES

RESENHA DAS 3 AULAS DA TEMÁTICA:


MANEJO CLÍNICO (MARIA HOMEM)

Este trabalho foi solicitado pelo Prof.


Solano Pinto Cordeiro, docente da
disciplina de Métodos Analíticos e Casos
Clínicos, para obtenção de nota parcial
referente à ARE 1.

MANAUS – AM
2024
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................4
2. VÍDEO 1..........................................................................................................................................5
3. VÍDEO 2..........................................................................................................................................6
4. VÍDEO 3..........................................................................................................................................7
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................................8
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1. INTRODUÇÃO

Diante das formas contemporâneas de sofrimento psíquico, é crucial que os


analistas desenvolvam e dominem técnicas para lidar com os casos clínicos, visando
alcançar resultados positivos com seus pacientes. A interpretação, embora seja um
dispositivo fundamental, é considerada por vezes insuficiente, especialmente
quando os pacientes se encontram imersos em seus pensamentos e afetos,
dificultando o acesso ao seu eu interior. Por essa razão, os terapeutas precisam
adquirir técnicas de manejo clínico para orientar seus casos de forma eficaz.

As contribuições de Freud e Lacan fornecem uma base sólida para orientar os


analistas em sua prática clínica. Suas obras incentivam a leitura e o estudo objetivos
sobre técnicas e exemplos a serem aplicados dentro do contexto clínico. Além disso,
através de vídeos e relatos de experiência, profissionais como Maria Homem
oferecem insights valiosos sobre como manejar pacientes, enriquecendo ainda mais
o repertório técnico dos analistas.

Essa abordagem multidisciplinar nos lembra da necessidade da psicoterapia e


de como ela desempenha um papel crucial na vida das pessoas, proporcionando
suporte emocional, compreensão e orientação para lidar com os desafios da vida e
promovendo o bem-estar psicológico.
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2. VÍDEO 1

A formação do analista é crucial para a apresentação de pensamentos, falas


e comportamentos, visando obter instruções que promovam uma evolução com
pontos positivos. O tripé desse processo engloba aspectos que abrem
oportunidades tanto para o analista quanto para o analisante, incluindo os conceitos
contribuídos pelos teóricos, clínicos, analistas e a perspectiva psicossocial. Autores
como Lacan e Freud oferecem um vasto conteúdo cultural sobre a voz, a escuta, o
manejo e outros processos relacionados à cultura, intimidade, formação e
subjetividade.

Pensar sobre o sujeito demanda conhecimento para compreender seu


pensamento (manejo), permitindo o desenvolvimento de suposições sobre o que é
realmente adequado fazer. O terapeuta não está apenas com um sujeito, mas atua
como uma porta de saída, sempre demonstrando como pode auxiliar o paciente. A
fala do paciente traz transparência e segurança para o processo analítico. Na
prática, é possível adaptar o manejo de acordo com o contexto de cada paciente, o
que frequentemente resulta em novas descobertas sobre a relação do sujeito com
seu próprio processo.

As intervenções transparentes não se limitam apenas à fala, mas também


incluem a escuta ativa e o comportamento do terapeuta, que demonstra
comprometimento, lida com conflitos e assume responsabilidade no contexto
terapêutico. Ao falar sobre o "lugar do sujeito" e a transferência, é essencial
considerar a técnica de formação e o tripé da posição de escuta, juntamente com o
manejo. A essência central de todo o processo está na descoberta freudiana do
inconsciente, mostrando como somos seres influenciados pela transferência entre
nós e o outro, moldando nossas interações.

Essa identificação se origina na infância, desejando que o outro nos proteja e


nos olhe com acolhimento. Quando não recebemos esse acolhimento, lidar com as
frustrações diárias torna-se desafiador. O terapeuta, portanto, intervém de forma
necessária, sem reforçar positivamente para manter o paciente desconfortável, pois
o psicanalista precisa manter distância emocional para agir de forma racional e
adequada.
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3. VÍDEO 2

O manejo é um grande desafio, pois surgem muitas dúvidas sobre como


intervir em casos específicos, levando-nos a considerar inúmeras hipóteses. Por
exemplo: como direcionar corretamente o tratamento? Como realizar uma escuta e
interpretação eficazes? Como lidar com um caso específico envolvendo uma
criança? Essas são apenas algumas das questões que surgem.

Para enfrentar esses desafios, é necessário possuir conhecimento embasado


em leituras, métodos e conceitos fundamentados. Um conceito-chave para o manejo
clínico é a escuta consciente. Isso porque, além do que é explicitamente falado e
ouvido, há sempre algo mais nas entrelinhas, como demonstram as teorias das
relações, revelando a subjetividade do outro, o que é enunciado e o que é
enunciante. Esses aspectos emergem nas lembranças conscientes, nos lapsos, nos
atos falhos e nos sintomas, moldando o cenário analítico e revelando as pessoas em
sua essência.

É crucial para o analista trabalhar em si mesmo a capacidade de discernir


entre o que é certo e errado, sem se misturar ou confundir com o paciente. Não se
pode permitir que os relatos do paciente afetem psiquicamente o analista, que deve
manter uma postura de escuta aberta e neutra, compreendendo que as emoções do
paciente pertencem a ele próprio, e não ao analista. É importante separar as
armadilhas do consciente e manter um quadro analítico livre de interferências
pessoais.

O trabalho clínico é permeado por riscos, incluindo a captura das projeções


inconscientes do outro, que podem se tornar armadilhas. Quando o atendimento se
torna insuficiente e os sinais se invertem, pode ser necessário interromper a análise
e revisar todo o processo do paciente. Duas ferramentas importantes para reforçar o
enquadre técnico são as associações livres, conforme proposto por Freud, e a
atenção flutuante, que requer agilidade para discernir entre informações relevantes e
irrelevantes.

Por fim, é importante reconhecer que a psicoterapia pode assumir diversas


formas, mas seus elementos mais eficazes e importantes sempre serão os
derivados da psicanálise estrita e imparcial. Como afirmou Freud, mesmo diante da
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necessidade de adaptação e combinação de diferentes abordagens, os pilares


fundamentais da análise permanecerão essenciais para o sucesso do tratamento.

4. VÍDEO 3

Em todo trabalho, há uma maneira de criar, desenvolver e aplicar, envolvendo


tarefas e funções que nos levam a criar nossos próprios métodos e estilos.
Aprendemos a arte da interação, estabelecendo limites que nos ensinam muitas
coisas e construindo nosso ambiente de trabalho. Em qualquer relação, é importante
permitir que o melhor de cada um se manifeste. Nesse processo, aprendemos a lidar
com nossas próprias angústias e aflições.

Podemos escolher entre projetar apenas o lado positivo ou negativo das


coisas, sendo autênticos, caso contrário, as coisas não acontecerão conforme
planejado. Deixar fluir nossas próprias características é algo natural do ser humano
e fundamental para desenvolver nosso próprio estilo e lidar com os outros, além de
fortalecer nossa capacidade de escuta e manejo, proporcionando mais autonomia.

Freud nos fornece conceitos e técnicas valiosos, enquanto Lacan destaca o


desejo do analista e a importância da posição do profissional, sua conduta,
habilidades de escuta e apresentação. O analista deve estar sempre bem informado,
dedicando-se à leitura, estudo e aprimoramento das estruturas e aspectos clínicos.
É essencial acompanhar a evolução e o desenvolvimento tecnológico das
informações disponíveis em artigos e outras fontes relevantes.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Maria Homem, em seus vídeos, explora práticas clínicas que aprofundam


conceitos e vivências, demonstrando aos espectadores como conduzir casos de
pacientes de forma eficaz. Ela também ressalta que nem todo terapeuta está
preparado para lidar com casos específicos.

A psicanálise revela se o paciente está ou não aberto à análise, o que nos


leva a refletir sobre como podemos ajudar o outro. Durante a entrevista com o
paciente, é crucial que ele se sinta seguro e acolhido pelo terapeuta.

Esse tipo de estudo conta com diversas referências bibliográficas, ampliando


o olhar terapêutico e fornecendo métodos para lidar da melhor forma possível com
os pacientes, promovendo sua saúde mental e emocional. Assim, aprendemos mais
sobre o verdadeiro significado da psicanálise.

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