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COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
São Paulo
2016
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O Papel da ferramenta de redação sob o tema “Quem Sou eu?” na identificação das
Distorções Cognitivas no processo terapêutico
BANCA EXAMINADORA
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Prof.ª Dra. Renata Trigueirinho Alarcon
Orientadora
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Prof.
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Prof.
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AGRADECIMENTOS
este trabalho. A minha querida amiga Regiane Guadacholi, que possibilitou através
perspectiva de ajudar os meus pacientes com uma teoria com resultados mais
eficazes.
Aos meus pais, Marlene e Oswaldo e irmãos, pelo amor e por acreditarem em
RESUMO
Este trabalho tem o objetivo de propor o uso da ferramenta de redação com o tema
Quem Sou Eu?, como instrumento para contribuir na análise das distorções
Cognitivas, Crenças.
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ABSTRACT
This work aims to propose the use of the wording with the theme Who Am I? as a
thoughts described in writing and later use them to differentiate Cognitive Distortions
and beliefs, which can help the patient in the psychoeducation process and clarity in
Distortions, beliefs.
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Lista de Anexos
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 10
2. OBJETIVOS................................................................................................. 14
3. METODOLOGIA DA PESQUISA................................................................ 15
4 RESULTADOS DISCUSSÃO...................................................................... 16
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................... 23
6 REFERÊNCIAS............................................................................................ 24
7 ANEXOS......................................................................................................... 25
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1. INTRODUÇÃO
2 OBJETIVO
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Procedimento
Análise da redação
Pode acontecer de o paciente produzir uma redação com o tema Quem Sou
Eu, muito extensa, que necessite de outras sessões para analise. É muito
importante que ele perceba que o terapeuta teve a preocupação com cada detalhe
da sua historia, que possibilitara um fortalecimento do vinculo paciente-terapeuta.
O caso fictício
Meu nome é M, tenho 40 anos, sou solteira e resido com meus pais em casa
própria. Falar de si não e uma tarefa fácil, mas pretendo descrever o que vier nas
minhas lembranças.
A minha infância foi com momentos bons e ruins. Sempre brincava muito em
nossa casa simples, mas tinha muito medo da minha mãe, porque ela era brava e
sempre chegava muito nervosa do trabalho. Tenho uma irmã G. de 33 anos e
sempre tinha que protegê-la. Certa vez quando tinha 8 anos quase morri de susto,
porque estávamos brincando e ela caiu e bateu a cabeça e minha mãe disse: se ela
morrer a culpa e sua! Até hoje me lembro desse dia com tristeza e antes eu nem
falava desse assunto.
Minha mãe sempre foi ocupada e não tinha tempo para brincar ou conversar,
mas nunca deixou faltar nada junto com meu pai. Ele sempre foi mais calmo, mas
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ausente devido ter que trabalhar muito. Fazia muitas horas extras quando trabalhava
como motorista de ônibus, hoje ainda trabalha como taxista.
Na escola sempre fui tímida e com dificuldade para fazer novos amigos, só
consegui me envolver mais com os colegas a partir da 5 serie e para isso ajudava
eles com as matérias e trabalhos escolares. Mas terminar o ensino fundamental,
antiga 8 serie, foi muito traumático, por que tive que mudar de escola e perder todos
os meus amigos de uma vez. Fiquei muito arrasada, eu achava que nunca mais teria
novos amigos.
Fui ter o meu primeiro namorado com 16 anos, eu gostava muito dele, mas
terminamos quando eu tinha 18 anos, ele aprontava muito, gostava de sair e me
deixar sozinha e também saia com outras garotas. Meses depois conheci meu
segundo namorado, namoramos por 1 e meio e terminamos porque ele se
interessou por outra pessoa, nossa fiquei muito mal. Sempre fui abandonada.
Depois não me relacionei mais com ninguém, mas tive duas paixões, mas foram
platônicas eles nunca souberam. Hoje ninguém tem interesse por mim.
Eu também comecei a trabalhar com 16 anos de idade e foi medonho, porque
eu não fazia nada o dia todo e as pessoas eram super mal educadas, eu era
recepcionista e me sentia uma inútil. Trabalhei lá por 1 ano e fui demitida devido
corte de custo na empresa.
Quando terminei o colégio, decidi fazer faculdade sem saber qual área queria,
mas resolvi fazer contabilidade porque todos diziam que era uma profissão que eu
poderia ter dinheiro. Foi difícil pagar e fazer um curso que não gostava tanto. Mas é
melhor do que não fazer nada.
Com 20 anos consegui um emprego na área administrativa de um banco,
gostava de trabalhar lá, ajudava a todos, tinha alguns amigos, mas o banco foi
vendido e fui para outro banco que comprou e fomos realocados para um lugar
longe, não queria ir, foi difícil perder tudo que conquistei e recomeçar de novo.
Neste novo banco tive uma chefe mega carrasca, era tudo muito diferente do
que estava acostumada, novas regras, muita pressão, cansaço devido o transito e o
bairro perigoso. Não quero voltar a trabalhar naquele lugar, sei que será muito pior
quando eu voltar, porque naquela época ela gritava e dizia que eu era muito lenta,
imagino como seria hoje. Neste período chorava sempre para ir trabalhar e para tirar
o estresse comprava algumas coisas do tipo Cds, livros e sapatos. Hoje tenho
muitos no meu quarto, que é meu refugio e a única parte da casa que me sinto bem,
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porque o restante a minha mãe não me da liberdade para fazer nada, sempre
lembra que a casa é dela. Nos sempre brigamos muito e uma relação baseada na
chantagem emocional, tudo ela começa a gritar e passar mal e eu acabo entrando
no jogo e faço igual. Cresci sem muito carinho, cresci sem falar ou ouvir a palavra
“eu te amo” então eu não consigo falar isso para ninguém.
Lembro que um momento marcante foi quando minha irmã foi se casar com
um namorado que ninguém gostava, foi horrível, me senti traída e sozinha porque eu
sempre fiz tudo por ela, neste dia ate pensei em me matar, porque estava perdendo
a minha melhor amiga, mas com o tempo me acostumei e ate me tornei amiga do
meu cunhado. Mas infelizmente há 1 ano ele foi assassinado por um assaltante na
loja que trabalhava e nossa vida ficou mais difícil, sempre que lembro que ele se foi
fico péssima. Hoje ajudo a minha irmã que vive deprimida e cuido do meu sobrinho.
Tudo que faço penso nele antes, a minha rotina e baseada nas necessidades dele,
trato ele como se fosse meu filho, mas minha irmã não reconhece e isso acaba
comigo. Acho ela uma ingrata.
Hoje me sinto uma incapaz, onde atrapalho a rotina da minha mãe e não
tenho nada de concreto na minha vida.
Já fiz terapia antes, mas não tive muitos resultados. Sinto que hoje preciso
mudar e ter mais força para conquistar meus sonhos e descobrir quais são eles.
Quero um dia ter meu próprio negocio e ter uma relação melhor com minha mãe.
Acho que isso sou eu!
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BECK, J.S. Terapia cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 207.
ANEXO I
2- ADIVINHAÇÃO DO FUTURO: Você prevê o futuro com pessimismo, onde as coisas vão piorar ou onde há perigos
pela frente. Por exemplo: ” Não conseguirei o emprego.” “Jamais irei casar.”
3- CATASTROFIZAÇÃO: Quando o pensamento tem a tendência de exagerar, você acredita que o que aconteceu ou
vai acontecer é tão terrível e insustentável, que não será capaz de suportar. Por exemplo: ”Estou com tosse. Pode
ser um tumor pneumonia.”
4- ROTULAÇÃO: Você atribui traços negativos a si e aos outros baseados em uma ou duas análises. Por exemplo:
”Sou indesejável” ou ” Ela gosta de roupas curtas, deve ser uma mulher vulgar.”
5- DESQUALIFICAÇÃO DOS ASPECTOS POSITIVOS: Você afirma que as realizações positivas, suas ou alheias, são
triviais. Por exemplo: ”Emagrecer apenas algumas gramas não conta, quero elogios somente quando atingir minha
meta.”
6- FILTRO NEGATIVO: Você foca quase exclusivamente os aspectos negativos e raramente nota os positivos. Por
exemplo: ”Ninguém gosta de estar ao meu lado.”
7- SUPERGENERALIZAÇÃO: Você percebe um padrão global de aspectos negativos com base em um único
incidente. Por exemplo: ”Sempre serei um fracassado” ou ” Fui traído uma vez, não se pode confiar em ninguém.”
8- PENSAMENTO DICOTÔMICO: Você vê eventos ou pessoas, em termos de tudo-ou-nada. Por exemplo: ”Tudo isso
foi uma perda de tempo” ou ”Ou faço a dieta rigorosamente ou melhor não fazer nada”.
9- AFIRMAÇÃO DO TIPO ”DEVERIA”: Você interpreta os eventos baseado em como deveriam ser, em vez de se
concentrar no que elas realmente são. Por exemplo: ” Eu tenho que me sair bem, senão serei um fracasso” ou ” Sou
honesto, todos deveriam ser também.”
10- PERSONALIZAÇÃO: Você atribui a si mesmo uma culpa desproporcional por eventos negativos e não consegue ver
que certas situações também são provocados pelos outros. Por exemplo: ” Meu casamento terminou porque eu
falhei.” ou ” Sou ingênuo pois fui traído no relacionamento.”
11- ATRIBUIÇÃO DE CULPA: Você se concentra na outra pessoa como fonte de sentimentos negativos e se recusa a
assumir responsabilidade pela mudança. Por exemplo: ” Estou me sentindo assim faz tempo por culpa dela” ou
”Meus pais são a causa de todos os meus problemas.”
12- COMPARAÇÕES INJUSTAS: Você interpreta um evento em termos de padrões irrealistas, comparando-se com
pessoas que se mostraram melhor que você em uma situação, concluindo então que você é inferior a todos. Por
exemplo: ” Ela é mais bem-sucedida que eu” ou ” Os outros se saíram melhor que eu na prova.”
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13- ORIENTAÇÃO PARA O REMORSO: Você fica preso à ideia de que poderia ter feito melhor no passado em vez de
focar o que pode ser melhorado agora. Por exemplo: ”Eu poderia ter conseguido um emprego melhor se tivesse
tentado.”
14- E SE…? Você faz uma série se perguntas do tipo” e se…?”, e nunca fica satisfeito com as respostas. Por exemplo:
”Sim, mas e se eu ficar ansioso?”
15- RACIOCÍNIO EMOCIONAL: Você deixa os sentimentos sempre guiarem sua interpretação da realidade, raramente
tentando achar uma resposta racional. Por exemplo: ”Estou deprimida, consequentemente, meu casamento não está
indo bem.”
16- INCAPACIDADE DE REFUTAR: (refutar = contestar). Você rejeita qualquer argumento que possa contradizer o
pensamento negativo. Por exemplo: ”Muitos dizem que sou inteligente, mas não falam a verdade.”
17- FOCO NO JULGAMENTO: Você avalia a si, aos outros e aos eventos em termos de preto-e-branco, 8 ou 80. Está
sempre analisando os padrões bom-mau; superior-inferior, em vez de simplesmente descrever, aceitar e
compreender um meio termo ou algo diferente do padrão que você julga adequado. Por exemplo: ”Aquela pessoa
magoou o amigo, ele não presta” ou ”Veja como ela faz sucesso, eu não consigo.”
18- Vitimização: Coloca-se numa posição onde que acontece e exclusivo a si. Exemplo: “Minha vida é uma ruina”,
“Sempre estou com problemas”.
ANEXO II
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ANEXO III
devidas partes são de minha autoria e que fui devidamente informado da responsabilidade
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