Conceitualizacao Cognitiva SLIDES

Curso de especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental
Conceitualização Cognitiva
Érica de Lana Meirelles
Psicóloga formada pela UERJ – Formação em TCC e atuação em TCC e Terapia do Esquema
Pós-graduação em Neuropsicologia pela Santa Casa RJ - Mestre pela PUC-Rio
Doutora pelo IBCCF/UFRJ (conceito CAPES 7) e EPFL, Lausanne, Suíça
Professora do Depto. de Psicologia da UFF
1
Trajetória profissional
• Psicóloga clínica - Terapeuta cognitiva (formação/atuação em TCC e Terapia do Esquema)
• Coordenadora e Ex-Supervisora de casos clínicos em Psicoterapia pela Clínica de Aplicação da
NeuroClínica (Trainees Psicólogas)
• Professora de cursos de Pós-Graduação em Neuropsicologia e Terapia Cognitivo-Comportamental
(PUC-Rio, Censupeg, IWP, Instituto TRI (InTCC), UNESA, IPUB/UFRJ)
• Colaboradora OMS
• Programa de desenvolvimento colaborativo voluntário para a atualização do CID (saúde mental)
• Pesquisadora voluntária no LINPES/IPUB/UFRJ (2015-2016)
• Pesquisa: estresse precoce e neuroimagem no TEPT
• Professora do Departamento de Psicologia da UFF
• Terapia Cognitivo-Comportamental
• Genética
• Motivação e emoção
• Técnicas do exame psicológico
• Estudos complementares em Terapia Cognitivo-Comportamental
• Supervisora de estágio no SPA (Terapias Cognitivas e Neurociências)
2
Conceitualização cognitiva
Conceituação cognitiva
Formulação de caso
O que é
3 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva
Conceitualização cognitiva - Profa. Dra. Érica de Lana
isso?
Ementa
• Treinamento em diagnóstico, conceitualização cognitiva e

intervenções psicoterápicas.
Tratamento
Diagnóstico Conceitualização
(TCC)

Objetivos da aula
Ao final da disciplina o especializando deverá estar apto a:
• Reconhecer as principais funções e indicações da conceitualização cognitiva para a prática

das TCC’s;
• Identificar os principais componentes da conceitualização cognitiva;
• Conduzir as entrevistas diagnósticas de forma a compreender e conceitualizar

corretamente a condição de cada paciente; e
• Relacionar as informações obtidas na conceitualização com o planejamento terapêutico.

Conteúdo programático
• Conceitualização Cognitiva de Casos
Adultos
– Protocolos Padronizados e Conceitualização
Individual
– A estrutura da Conceitualização Cognitiva • Conceitualizações Explanatórias Longitudinais
• Componentes da Conceitualização
- Relação entre o passado e futuro
• Empirismo Colaborativo e Conceitualização • Novos Modelos de Conceitualização

Cognitiva
– Entrevistas Diagnósticas e Conceitualização • Exemplos Clínicos de Conceitualização
Cognitiva
• Relação entre Conceitualização e Planejamento

• Conceitualizações Explanatórias Terapêutico
Transversais
– Eventos recorrentes e conceitualização • Exercícios de Conceitualização Cognitiva

Tópicos que veremos nas aulas
1.Conceitualização cognitiva de casos adultos
2.Empirismo colaborativo e conceitualização cognitiva
3.Conceitualizações explanatórias transversais
4. Conceitualizações Explanatórias Longitudinais
5. Novos Modelos de Conceitualização
6. Relação entre Conceitualização e Planejamento Terapêutico

1
CONCEITUALIZAÇÃO COGNITIVA DE
CASOS ADULTOS
8
Conceitualização cognitiva
• Uma conceituação cognitiva fornece a estrutura para o

entendimento de um paciente pelo terapeuta.
• O TC levanta hipóteses sobre como o paciente
desenvolveu essa desordem psicológica particular.
• O TC começa a construir uma conceituação cognitiva
durante seu 1º contato com um paciente e continua a
refinar sua conceituação até a última sessão.
BECK, J. S. Terapia Cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 1997.

Perguntas para iniciar um processo de
formulação
• Qual é o diagnóstico do paciente?
• Quais são seus problemas atuais, como esses problemas
se desenvolveram e como eles são mantidos?
• Quais pensamentos e crenças disfuncionais estão
associados aos problemas; quais reações (emocionais,
fisiológicas e comportamentais) estão associadas ao seu
pensamento?

Levantar hipóteses sobre como o paciente
desenvolveu essa desordem psicológica
particular
• Quais aprendizagens e experiências antigas (e talvez

predisposições genéticas) contribuem para seus problemas hoje?
• Quais são suas crenças subjacentes (incluindo atitudes,

expectativas e regras) e pensamentos?
• Como ele enfrentou suas crenças disfuncionais? Quais mecanismos

cognitivos, afetivos e comportamentais, positivos e negativos, ele
desenvolveu para enfrentar suas crenças disfuncionais?

Levantar hipóteses sobre como o paciente
desenvolveu essa desordem psicológica
particular
• Como o paciente via (vê) ele mesmo, os outros, seu
mundo pessoal, seu futuro?
• Quais estressores contribuíram para seus problemas

psicológicos ou interferiram em sua habilidade para
resolver esses problemas?

Conceitualizar...
• É formular um caso, elaborar um

modelo, uma
representação esquemática do problema do
paciente e suas consequências diretas e indiretas.
• Facilita a tarefa do terapeuta de adaptar técnicas que se
ajustem às circunstâncias de uma pessoa, bem como
orienta seu ritmo, sua implementação e fornece
orientação e especifica um caminho para o progresso
clínico.
Conceituação do caso
• Flexibiliza as estratégias de
tratamento
• Permite ao terapeuta reconhecer
quais técnicas funcionam e
procedimentos que não causam
danos, facilitando a solução
produtiva de problemas.
14
Utilidade
• Identificar ou levantar hipóteses sobre quais são os problemas

atuais, como se desenvolveram e como são mantidos
Que pensamentos e crenças Quais reações fisiológicas e Que experiências

disfuncionais são comportamentais estão passadas contribuem para
associados a estas situações relacionadas ao pensamento seu problema atual
Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

Exercício
• Escolha um caso clínico seu

• Tente responder às perguntas a seguir
• Tempo: 20 min
Que pensamentos e crenças Quais reações fisiológicas e Que experiências

disfuncionais são comportamentais estão passadas contribuem para
associados a estas situações relacionadas ao pensamento seu problema atual

Utilidade
• Quais regras ou suposições podem estar subjacentes ao pensamento;
• Quais estratégias – cognitivas, afetivas e comportamentais – têm sido

utilizadas para lidar com as crenças disfuncionais;
• Quais eventos estressores contribuíram para o surgimento do problema

ou inibiram o funcionamento das estratégias adaptativas.

Modelo cognitivo
• A TC baseia-se no modelo cognitivo, que levanta

hipóteses de que as emoções e comportamentos das
pessoas são influenciados por sua percepção dos
eventos.
• Não é uma situação por si só que determina o que as
pessoas sentem, mas, antes, o modo como elas
interpretam uma situação (Beck, 1964)

Ei, isso faz sentido... Ah! Isso é
ridículo... Nunca vai Essa aula tá muito
Finalmente uma aula chata! Que desperdício
interessante! funcionar...
de dinheiro...
Entusiasmado Decepcionado
Aborrecido
Isso é difícil demais... Eu Eu preciso mesmo aprender

Argh...que
sou tão burro! Nunca vou tudo isso? E se eu não
conseguir? E seu ficar de DP?
professora
ser um bom terapeuta...
$%@#*...
Triste Ansioso
Fonte: Profª Raivoso
Lina Sue

Pensamentos Automáticos (PA)
• Enquanto você está nesta aula, você pode perceber

alguns níveis no seu pensamento.
• Você pode estar tendo alguns pensamentos avaliativos
rápidos... Não decorrentes de deliberação ou raciocínio...
• Esses pensamentos são chamados de PA, pois eles
parecem surgir automaticamente, de repente, e são, com
frequência, bastante rápidos e breves.

Modelo cognitivo – exemplo...

Atividade prática
• Construindo uma estratégia para o

levantamento de PAs
Situação Pensamento Emoção Comportamento

Pensamentos Automáticos (PA)
• Você pode aprender a identificar seus PA prestando

atenção às suas mudanças de afeto.
• Tendo identificado seu PA, você pode avaliar a validade
dos seus pensamentos.
• Em termos cognitivos, quando pensamentos
disfuncionais são sujeitos à reflexão racional, nossas
emoções, em geral, mudam.
• Porém, de onde surgem os PA?

Crenças
• Desde a infância, as pessoas desenvolvem determinadas

crenças sobre si mesmas, outras pessoas e seus
mundos.
• Suas crenças mais centrais (Crenças Centrais-CC) são
entendimentos que são tão fundamentais e profundos,
que as pessoas frequentemente não os articulam, sequer
para si mesmas.
• São idéias consideradas (pela pessoa) como verdades
absolutas, exatamente o modo como as coisas “são”.

Exemplo de crenças...
“Eu sou ...... O mundo é ........ O ambiente é .........As

pessoas são ..........”
“Eu sou ........ em um mundo ...........onde as outras pessoas

são ...........”

Crenças
Isso é difícil demais... Eu sou

• CC = “Eu sou incompetente”
tão burro! Nunca vou ser um • CC ativada = interpretação da
bom terapeuta...
situação = autocrítica =
negativada.
• Viés confirmatório = desconsiderada/desconta evidências contrárias
à sua CC
• Manutenção da CC, mesmo que seja imprecisa, inverdade,
disfuncional.
• As CC são o nível mais fundamental de crença; elas são globais,
rígidas e supergeneralizadas.

Crenças CC = “Eu sou incompetente”
Atitude = “É horrível ser incompetente”
Regra = “Eu devo estudar muito, o
Isso é difícil demais... Eu sou tempo todo”
tão burro! Nunca vou ser um Suposição = “Se eu estudar o mais que
bom terapeuta...
puder, posso ser capaz de ser tão bom
como os meus colegas”
• As CC influenciam o desenvolvimento de uma classe

intermediária de crenças: atitudes, regras e suposições.
• As crenças intermediárias (CI) influenciam como a
pessoa pensa, sente e se comporta.

Modelo cognitivo
Crença Central
“Eu sou incompetente”
Crença Intermediária
“Se eu não entendo algo, então eu sou burro”
Situação Pensamentos Automáticos Reações

AULA “Isso é difícil demais... Emocional
Eu jamais vou aprender...” TRISTEZA
Corporal
DESCONFORTO
Fonte: Comportamental
Profª Lina Sue SAI DA SALA

(Beck, 1977)
Nome: _________________________________________________________________________________________
Diagnóstico: Eixo: _______________________________________________________________________________
Dados relevantes da infância
Que experiências contribuíram para o desenvolvimento e manutenção da crença central?
Diagrama CRENÇA CENTRAL

Qual é a crença mais central sobre si mesmo?
de Crenças condicionais
Que suposição positiva o ajudou a lidar com a crença central?
Qual é a contraparte negativa para essa suposição?
formulação Estratégias comportamentais

Que comportamentos o ajudam a lidar com a crença?
cognitiva Situação 1 Situação 2 Situação 3

Qual foi a situação problemática?
(J. Beck) Pensamentos automáticos Pensamentos automáticos Pensamentos automáticos

O que passou por sua cabeça?
Significado do PA Significado do PA Significado do PA

O que o pensamento automático
significou para ele?
Emoção Emoção Emoção

Que emoção esteve associada ao
pensamento?
Comportamento Comportamento Comportamento

O que o cliente fez então?

Atividade de fixação
• Copie o Diagrama de formulação

cognitiva

(Beck, 1977)
Nome: _________________________________________________________________________________________
Diagnóstico: Eixo: _______________________________________________________________________________
Dados relevantes da infância
Que experiências contribuíram para o desenvolvimento e manutenção da crença central?
Diagrama CRENÇA CENTRAL

Qual é a crença mais central sobre si mesmo?
de Crenças condicionais
Que suposição positiva o ajudou a lidar com a crença central?
Qual é a contraparte negativa para essa suposição?
formulação Estratégias comportamentais

Que comportamentos o ajudam a lidar com a crença?
cognitiva Situação 1 Situação 2 Situação 3

Qual foi a situação problemática?
(J. Beck) Pensamentos automáticos Pensamentos automáticos Pensamentos automáticos

O que passou por sua cabeça?
Significado do PA Significado do PA Significado do PA

O que o pensamento automático
significou para ele?
Emoção Emoção Emoção

Que emoção esteve associada ao
pensamento?
Comportamento Comportamento Comportamento

O que o cliente fez então?

Metáfora do Caldeirão
• Fatores Predisponentes e Protetores (longitudinal)
• Fatores Desencadeantes e de Manutenção (Transversal)
• Problemas Apresentados (descritivo)
» Experiências e pontos fortes do paciente

» Teoria e Pesquisa em TCC
» Aquecimento :
» EMPIRISMO COLABORATIVO

Tópicos que veremos nas aulas
1.Conceitualização cognitiva de casos adultos
2.Empirismo colaborativo e conceitualização cognitiva
3.Conceitualizações explanatórias transversais
4. Conceitualizações Explanatórias Longitudinais
5. Novos Modelos de Conceitualização
6. Relação entre Conceitualização e Planejamento Terapêutico

6
RELAÇÃO ENTRE CONCEITUALIZAÇÃO
E PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO
35
Problemas observados na Conceitualização
• Os terapeutas conceitualizam unilateralmente, não
colaborativamente.
• O conteúdo das sessões de TCC parece não ter relação com
a conceitualização do caso.
• O terapeuta pressupõe que entende tudo, mas não faz uma
pausa para verificar se o seu ponto de vista é compartilhado
pelo cliente.
• O cliente parece estar trabalhando a partir de uma
compreensão diferente da do terapeuta. O terapeuta ou não
detecta isto ou não procura uma concordância esclarecedora
da conceitualização.
Objetivos da Conceitualização
•Aliviar o sofrimento dos pacientes
•Desenvolver a Resiliência
•Atender a 10 funções (a seguir)

10 funções da Conceitualização Cognitiva
1. Sintetiza a experiência do cliente, a teoria e a pesquisa em TCC
2. Normaliza os problemas e é validante
3. Promove o engajamento do paciente
4. Torna inúmeros problemas complexos mais manejáveis
5. Orienta a escolha, o foco e a sequência das intervenções

6. Identifica os pontos fortes do paciente e sugere formas de desenvolver a

resiliência
7. Sugere intervenções mais simples e com maior custo-benefício
8. Antecipa e aborda os problemas na terapia
9. Ajuda a entender a não resposta em terapia e sugere rotas alternativas

para a mudança
10. Possibilita uma supervisão de alta qualidade

1 - Sintetiza a experiência do cliente, a teoria e a pesquisa em TCC 1
• Integrar a experiência do paciente à teoria e à pesquisa em TCC
– Caso Steve: TEPT, depressão, ansiedade, personalidade, etc. (podem ser úteis)
• Essas ideias teóricas são integradas à pesquisa e aos aspectos-

chave da história pessoal do paciente, sua situação de vida atual,
suas crenças e a forma como lida com as situações na criação de
uma conceitualização única.
• Teoria e pesquisa dão informações e compreensão das dificuldades

presentes.

2 - Normaliza os problemas e é validante 2
• Desmistifica a estigmatização. (“Não quero ser considerado louco”)
• Descreve o problema construtivamente.
• Ajuda o paciente a entender como o problema se mantém.
• Apesar da estigmatização social do problema mental, o processo de conceitualização

colaborativa valida e normaliza a experiência do paciente. (“Não sou o único)
• A normalização das dificuldades apresentadas desperta esperança, ajuda a ver a relevância

do modelo cognitivo e oferece oportunidade de mudança.

3- Promove o engajamento do paciente 3
• Pré-requisito para a mudança
• Gera curiosidade e interesse, levando ao engajamento
• Oferece sensação de domínio das dificuldades e sugere alternativas para

alcançar objetivos
“Foi bem como discutimos na semana passada, quando minha filha começou a se queixar, percebi
meu peito apertando e me senti envergonhado. Mesmo não tendo conseguido dominar aquela
reação, pela primeira vez eu me entendi um pouco. Eu não me senti tão louco. E aquilo me fez
muito bem!”

3- Promove o engajamento do paciente 3
• Os pacientes podem ter crenças negativas quanto à terapia e
esconderem informações. (por ex. Steve escondeu do terapeuta
seu cross-dressing com medo de que ele o rejeitasse assim como
seu pai o fez no passado, reforçado pela violência dos vizinhos).
• A conceitualização de caso facilita e elementos importantes são

acrescidos

4-Torna inúmeros problemas complexos mais
manejáveis
4
• Sobrecarga tanto do paciente quanto do terapeuta por conta de vários
problemas e por sua longa duração.
• “Processo de transformar a grande confusão em alguma coisa palatável”. Ou
• “Todas as peças do quebra-cabeça agora se encaixam”.

5- Orienta a escolha, o foco e a sequência das intervenções 5
• Principal função – Orientar a terapia
• Como lidar com as comorbidades? O que tratar primeiro?
• Ajuda o terapeuta a escolher, focar e organizar a sequência das intervenções.
• Os pacientes entendem porque estão agindo daquela maneira, enfatizando a

necessidade de mudança, oferecendo um foco mais claro para a terapia
• Faz-se uma hierarquia de prioridades, afim de proporcionar a terapeuta e paciente as

melhores rotas para se atingirem os objetivos na terapia

6- Identifica os pontos fortes do paciente e sugere formas de
desenvolver a resiliência
6
• Proporciona descrição da pessoa como um todo, não apenas dos pontos
problemáticos.
• Amplia os resultados potenciais da terapia, o alívio do sofrimento e a

retomada do funcionamento normal para melhorar qualidade de vida e
fortalecer a resiliência.
• Melhora a aliança terapêutica.
• Incorpora os valores positivos do paciente aos objetivos da terapia.

7-Sugere intervenções mais simples e com maior custo-benefício 7
• Pacientes e entidades pagantes da TCC, desejam uma abordagem custo-efetivo.
• Formas mais eficientes para trabalhar na terapia.
• Corrigindo um mecanismo cognitivo/comportamental pode levar a uma conexão

com os problemas principais do paciente fazendo com que ele o resolva mais
rapidamente.
• Ex.: Alguém deprimido que parou de trabalhar e de fazer coisas como atender
ao telefone ou à porta, tem poucas oportunidades de dominar situações de
prazer. Para uma pessoa assim, a ativação comportamental reintroduz
contingências reforçadoras para conduzir a outras mudanças positivas.

8 - Antecipa e aborda os problemas na terapia 8
• Uma boa conceitualização oferece uma compreensão das
dificuldades, bem como a forma de tratá-las.
• Possibilita a formulação de hipóteses.
• Avaliar crenças que possam interferir no processo terapêutico inicial

para a pessoa obter os benefícios da terapia.

9 - Ajuda a entender a não-resposta em terapia e sugere rotas
alternativas para a mudança
9
• Sugere formas de tratar a resposta parcial ou a não-resposta à terapia, voltando-se para
mecanismos cognitivos e comportamentais que mantêm os problemas do paciente.
• Ex.: Depressão refratária. Apesar de inovações na TCC com estudos de prevenção de

recaída, sempre haverá casos de insucesso. Na conceitualização da não- resposta
pode ficar claro um resultado de desesperança permanente ou de evitação
firmemente estabelecida.
• O “caldeirão” da conceitualização de caso oferece uma estrutura para que terapeuta e

paciente explorem os vários fatores que podem explicar a não resposta em termos da
apresentação e da história do paciente, da teoria pertinente ou da pesquisa.

10-Possibilita uma supervisão de alta qualidade 10
• Começamos a entender o que desencadeia, mantém e predispõe o paciente
aos seus problemas.
• Entendemos os fatores que protegem e estimulam resiliência nos pacientes.
• Ao mesmo tempo existe um processo paralelo de supervisão e consulta.
• Estrutura o pensamento e a discussão do supervisor e supervisionado.

10 - Possibilita uma supervisão de alta qualidade 10
• Experiência fantástica de aprendizagem entre supervisor e supervisionado porque

oferece um modelo de curiosidade e descoberta guiada.
• Os planos de tratamento, o progresso da terapia, os resultados de determinada

intervenção, os impasses terapêuticos e as reações do terapeuta são discutidos na
supervisão.
• Cada discussão supervisionada pode ser considerada uma conceitualização de

caso para testar sua “adequação”, para se entender melhor o que ocorreu e assim
se planejar uma forma de ir em frente.

Aspectos da
Conceitualização Cognitiva
• Diagnóstico Clínico
• Problemas atuais e os fatores estressores precipitantes que contribuíram para eles
ou interferiram na habilidade de resolvê-los
• Aprendizagens e experiências antigas que contribuem para os problemas atuais
• Predisposições genéticas e familiares
• Pensamentos Automáticos
• Crenças subjacentes: atitudes, expectativas, regras e pressupostos
• Estratégias compensatórias para lidar com as crenças disfuncionais
• Tríade Cognitiva

Relação entre Conceitualização e Planejamento
Terapêutico
Plano de
Conceitualização Objetivos tratamento

Diretrizes para a definição dos objetivos
1. Assegurar-se de que os objetivos se relacionam
intimamente com as dificuldades presentes.
2. Especificar os objetivos de curto, médio e longo prazo (não
necessariamente todos no início da terapia).
3. Utilizar conceitualizações descritivas para ajudar a
especificar o que constitui uma mudança.
4. Os objetivos estão dentro das possibilidades de controle da
pessoa? Eles parecem ser realistas?
5. As pessoas precisam de sucesso para ter esperança:
enfatizar objetivos que sejam fáceis de ser alcançados no
início da terapia.
Diretrizes para a definição dos objetivos
6. Algum objetivo é contingente ou dependente de outro? Em caso

positivo, qual deles tem que ser buscado primeiro?
7. Os objetivos são mensuráveis (p. ex., diminuição da pontuação na
medida de um sintoma, redução do tempo gasto em uma atividade
que não tem utilidade, aumento na pontuação ou no tempo
despendido em atividades positivas)?
8. Os objetivos refletem mais do que a redução do sofrimento? Eles
representam um crescimento positivo e significativo da pessoa?
9. O desenvolvimento da resiliência é um objetivo valioso para a
maioria dos clientes.


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Curso de especialização em Terapia Cognitivo-Comportamental

• Treinamento em diagnóstico, conceitualização cognitiva e

4 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

• Reconhecer as principais funções e indicações da conceitualização cognitiva para a prática

• Identificar os principais componentes da conceitualização cognitiva;

• Conduzir as entrevistas diagnósticas de forma a compreender e conceitualizar

• Relacionar as informações obtidas na conceitualização com o planejamento terapêutico.

5 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

• Empirismo Colaborativo e Conceitualização • Novos Modelos de Conceitualização

• Relação entre Conceitualização e Planejamento

6 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

2.Empirismo colaborativo e conceitualização cognitiva

3.Conceitualizações explanatórias transversais

4. Conceitualizações Explanatórias Longitudinais

5. Novos Modelos de Conceitualização

6. Relação entre Conceitualização e Planejamento Terapêutico

7 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

• Uma conceituação cognitiva fornece a estrutura para o

BECK, J. S. Terapia Cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 1997.

9 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

BECK, J. S. Terapia Cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 1997.

10 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

• Quais aprendizagens e experiências antigas (e talvez

• Quais são suas crenças subjacentes (incluindo atitudes,

• Como ele enfrentou suas crenças disfuncionais? Quais mecanismos

11 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

• Quais estressores contribuíram para seus problemas

BECK, J. S. Terapia Cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed, 1997.

12 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

• É formular um caso, elaborar um

• Identificar ou levantar hipóteses sobre quais são os problemas

Que pensamentos e crenças Quais reações fisiológicas e Que experiências

Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

• Escolha um caso clínico seu

Que pensamentos e crenças Quais reações fisiológicas e Que experiências

16 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

• Quais regras ou suposições podem estar subjacentes ao pensamento;

• Quais estratégias – cognitivas, afetivas e comportamentais – têm sido

• Quais eventos estressores contribuíram para o surgimento do problema

Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

• A TC baseia-se no modelo cognitivo, que levanta

18 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

Isso é difícil demais... Eu Eu preciso mesmo aprender

19 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

• Enquanto você está nesta aula, você pode perceber

20 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

21 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

• Construindo uma estratégia para o

Situação Pensamento Emoção Comportamento

22 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

• Você pode aprender a identificar seus PA prestando

23 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

• Desde a infância, as pessoas desenvolvem determinadas

24 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

“Eu sou ...... O mundo é ........ O ambiente é .........As

“Eu sou ........ em um mundo ...........onde as outras pessoas

25 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

Isso é difícil demais... Eu sou

26 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

• As CC influenciam o desenvolvimento de uma classe

27 Curso de Especialização em Psicoterapia Cognitiva

Situação Pensamentos Automáticos Reações