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PSICÓLOGA

PSICOEDUCAÇÃO – DEPRESSÃO

A depressão é um quadro complexo, que envolve fatores genéticos, psicológicos e ambientais


em sua origem. Uma pessoa que apresenta depressão expressa sensações de abatimento, tristeza,
irritação e/ou vazio, mas não somente isso. Além de afetar o humor, a depressão interfere nos
pensamentos, no comportamento e nas reações físicas. Pode, por exemplo, afetar (APA, 2014):
• o sono, com insônia ou sono excessivo;
• a alimentação, com perda ou aumento do apetite, causando ganho ou perda de peso;
• as atividades de rotina, com a perda do interesse ou do prazer nas coisas do dia a dia, podendo
diminuir inclusive o desejo sexual
• a energia, com cansaço físico e/ou mental;
• a capacidade de concentração e de tomar decisões, diminuindo a atenção e causando falhas de
memória;
• o conteúdo dos pensamentos, com foco exagerado em aspectos negativos, gerando sensações
injustificadas de inutilidade, desvalorização e culpa. Em casos extremos pode até mesmo
desencadear ideias sobre suicídio ou de que seria melhor morrer do que estar vivo.

A depressão é uma condição psiquiátrica muito frequente. Estudos recentes mostram que 10% a
25% das pessoas que procuram atendimento médico e psicológico apresentam sintomas
depressivos. A pessoa com depressão pode muitas vezes ser tratada de forma
inadequada/preconceituosa por pessoas próximas, da família e no ambiente de trabalho, podendo
ser julgada inadequadamente como sendo preguiçosa, desajustada ou irresponsável em função
de suas dificuldades.
Sofrer de depressão não é um sinal de fraqueza ou uma condição que se possa facilmente
reverter tão somente pela própria força de vontade. A pessoa com depressão, na maior parte das
vezes, precisa de ajuda para conseguir reagir, enfrentar o problema e ter uma melhora
significativa.

7 9880 9870 @psigabrieliantonieli gabrielipsicologa@gmail com


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Como os meus pensamentos influenciam na depressão?


De acordo com a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), a nossa interpretação sobre uma
situação vivida influencia diretamente no que sentimos, em como agimos e em nossas reações
corporais.
Os pensamentos podem influenciar para gerar e intensificar sentimentos desconfortáveis, mas
existem também outras variáveis muito importantes que estão sempre presentes e interagindo em
nossas experiências de vida. Quando estamos vivendo uma situação qualquer, podemos ativar
pensamentos, reações fisiológicas, comportamentos/atitudes e emoções. Mesmo sem saber ao
certo qual será ativado primeiro, quando qualquer um dos quatro aspectos é ativado, os outros
três inevitavelmente também serão.
Situação ---- Pensamentos --- emoções --- comportamentos – reações fisiológicas
Ex: Sair de casa – “E se as pessoas me acharem chata” – medo – evita sair de casa

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO COM FLUVOXAMINA


O maleato de fluvoxamina é um antidepressivo inibidor seletivo da recaptação de serotonina
(ISRS) descoberto em 1983 por meio de modificações na molécula da fluoxetina.
O principal mecanismo de atuação da fluvoxamina é o bloqueio dos canais que fazem a
recaptação da serotonina da fenda sináptica (espaço entre 2 neurônios) para dentro do neurônio.
A depressão é caracterizada pela queda na produção dos neurotransmissores de serotonina
Diferente de outros antidepressivos (sobretudo os da classe dos tricíclicos) a atuação da
fluvoxamina é praticamente restrita ao aumento da serotonina, neurotransmissor ligado à
sensação de bem-estar.
Contudo, a fluvoxamina também age, de forma branda, como agonista do receptor sigma 1 da
dopamina, aumentando levemente as concentrações desse neurotransmissor no sistema nervoso
central (isso colabora para que o resultado esperado seja mais rápido).
As pesquisam associam este fármaco a melhora dos sintomas depressivos e também de funções
cognitivas como memória e aprendizagem. Também mostra eficácia como o medicamento com
menor ocorrência de eventos adversos.

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