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SOBRE O AUTOR:
Robert Leahy é diretor do Instituto Americano de Terapia Cognitiva na cidade de
Nova York e professor clínico de Psicologia em Psiquiatria na Escola Médica de
Weill-Cornell. Além disso, foi presidente da Associação de Terapia Cognitiva e da
Academia de Terapia Cognitiva e recebeu o prêmio Aaron T Beck por contribuições
relevantes em Terapia Cognitivo-Comportamental. É autor e editor de 17 livros,
incluindo o livro "Como lidar com as preocupações: sete passos para impedir que
elas paralisem você" e "Livre de ansiedade", e teve seu trabalho traduzido para 14
línguas.
Além disso, Leahy faz conferências por todo o mundo sobre Terapia Cognitiva,
depressão, ansiedade e outros temas e também participa de publicações como The
New York Times, The Wall Street Journal, Fortes, Fortuna, Newsweek, Psychology
Today, The Washington Post, Redbook, Self, USA Today, além de muitas outras
revistas e jornais por todo o mundo, e já se apresentou em rádios locais e nacionais
e na televisão.
SOBRE O LIVRO:
É certo que nem todo mundo sofre com a depressão, mas é bem provável que todos
conheçam alguém que já sofreu ou ainda sofre com isso. Por isso, um dos objetivos
do livro é ajudar aqueles que se sentem perseguidos por pensamentos negativos
sobre si mesmos, sobrecarregados pela solidão e paralisados pelo medo de falhar a
não se sentirem só. A ideia é que entendam sobre o seu transtorno e aprendam,
com a história de outras pessoas, que existe tratamento, que ele é possível e que os
sintomas que causam sofrimento podem ser remitidos.
Neste livro, Robert L. Leahy descreve as causas, os sintomas e o tratamento para a
depressão, esse transtorno que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo, mas
que é possível ser superado, com tratamento efetivo. A forma como o autor
apresenta e trabalha a temática é interessante, pois ele inclui histórias reais e
instruções simples que podem ajudar qualquer pessoa a entender a depressão e a
encontrar a melhor maneira de tratá-la.
Para tanto, o livro é dividido em 12 capítulos que vão desde a apresentação da
depressão, passando pelas principais crenças e pensamentos relacionados à
depressão, e apresentando as formas de superá-los e reestruturá-los. Assim, em
cada capítulo, o autor busca beneficiar pessoas com depressão e profissionais que
podem ajudar aqueles que vivem com este transtorno, através do uso da Terapia
Cognitivo-Comportamental, suas técnicas e estratégias.
ANÁLISE DO LIVRO:
Por se tratar de um livro cujos capítulos trabalham crenças e pensamentos
específicos, juntamente com a forma de superá-los, decidiu-se apresentar esse
resumo e análise, capítulo a capítulo, ao invés de fazer um apanhado geral que
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que você já foi feliz sem ter isso ou aquilo. Logo, a felicidade não está fora de você,
ela está em você.
Capítulo 4 - "Eu sou um perdedor": como lidar com a autocrítica
A autocrítica é um dos principais sintomas na depressão e tem uma forte relação
com a ruminação, que leva a julgamentos sobre si, sentimento de insegurança e
inferioridade. Assim, saber lidar com a autocrítica, agindo de forma menos
julgadora, pode contribuir com inúmeros sintomas da depressão. Uma forma de
perceber sua autocrítica é saber se você agiria/falaria da mesma forma com outra
pessoa. Fazer a si mesmo a seguinte pergunta: "o que eu falaria para o meu melhor
amigo na mesma situação?" pode te ajudar a ser menos cruel consigo mesmo.
É preciso compreender que erros são normais, irão acontecer, humanize-os e
aprenda com eles, até porque, se você soubesse na época que ele aconteceu o que
sabe hoje, não o faria mais. Além disso, as regras e crenças sobre como as coisas
realmente devem ser podem levar a crenças disfuncionais e maior autocrítica.
Então, aprender novas regras pode ser uma forma excelente de lidar com os
pensamentos e situações.
Então, em resumo:
- estabeleça metas possíveis;
- substitua a autocrítica pela autogratificação;
- use a autocorreção;
- use a técnica "dois pesos duas medidas": você seria crítico assim com outra
pessoa?
- avalie sua avaliação;
- observe e aceite.
Capítulo 5 - "Não suporto cometer erros": como sentir-se suficientemente bom
Quando o indivíduo está deprimido, ele costuma ter uma personalização dos erros
sempre se culpando e isso está muito relacionado ao que chamamos de
perfeccionismo, que diferente do que muitos pensam não é um defeito chique. O
autor então apresenta alguns tipos de perfeccionismos que podem ser adaptativos,
quando ajudam a persistência e novas conquistas e objetivos, mas também podem
ser desadaptativos levando a um caminho imensurável e inatingível. Além disso, há
o perfeccionismo pessoal que é aquela forma como você avalia seus erros e o
perfeccionismo social, a forma como você acredita que os outros pensam ao seu
respeito.
O perfeccionismo desadaptativo está diretamente relacionado a transtornos como a
depressão e a ansiedade, além de baixa autoestima, estresse psicológico e a forma
como você consegue lidar com suas emoções. Isso acontece através da sua
necessidade de fazer tudo da forma mais perfeita possível a fim de evitar sentir
emoções negativas. Sendo assim, é importante reconhecer que você toma decisões
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a partir das informações que tem no momento. Ou seja, não é possível conhecer o
futuro até que ele aconteça.
Correr riscos não é uma opção, faz parte da vida. Contudo, é preciso tomar decisão
de maneira consciente e sem impulsos emocionais momentâneos. Todas as
pessoas, até as mais bem sucedidas, cometeram e cometem erros. Errar não é o
fim do mundo e focar no erro torna-o ainda maior. O segredo para o progresso é dar
o melhor de si e estar disposto a não ser perfeito. Assim, não tenha orgulho da
perfeição! Desenvolva sua carta de direitos de modo a usufruir a liberdade de ser
um ser humano em vez de viver como escravo da perfeição. E aprenda a diferenciar
o perfeccionismo adaptativo que te impulsiona, do mal-adaptativo que te destrói (ver
quadro 2).
Quadro 2 - Perfeccionismo mal-adaptativo versus adaptativo
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ferramenta para um fim específico. E por fim, "o desconforto é temporário. O orgulho
é para sempre" (LEAHY, 1015, p. 113).
Capítulo 7 - " Eu não consigo me decidir": como superar a sua indecisão
A indecisão é um dos sintomas comuns de quem está com depressão. Até porque,
todos os momentos da vida envolvem a necessidade de se tomar decisões,
inclusive em momentos importantes e decisivos, mas nem sempre elas levarão ao
resultado perfeito. Assim, o autor sugere que o leitor observe sempre seus valores.
Você quer se sentir produtivo, autodisciplinado, confiável e responsável? Então
tome decisões que lhe permitirão desenvolver esses pontos fortes do caráter.
Assim, é preciso decidir de acordo com seus propósitos e valores de vida, decidir de
forma que você possa se sentir orgulhoso de si.
Lembrando que jamais existirá uma escolha perfeita, logo, não existirão resultados
perfeitos, podem haver perdas, mas ainda assim é preciso agir. Ainda que a sua
decisão possa ter acarretado algum arrependimento, ela servirá como aprendizado.
Sendo assim, avalie os custos e benefícios de sua decisão e as novas
oportunidades que ela pode lhe trazer.
Capítulo 8 - "Eu fico pensando repetidamente": como superar a ruminação
Se concentrar nas dores do passado e na ruminação dá a falsa impressão de que é
possível compreender e descobrir o que ocorreu e evitar que aconteça novamente,
mas isso não é possível. Por isso, é importante pensar nas vantagens e
desvantagens de se manter a ruminação. Por que se manter preso ao passado se
isso mantém o sentimento de culpa e irritabilidade? O autor compara a ruminação
com o ato de bater a própria cabeça repetidamente - em vão.
A ruminação normalmente acontece em razão da dificuldade em aceitar um fato. E
por que é tão difícil aceitar o que aconteceu? Porque no fundo achamos que ao
aceitar estaremos concordando. Contudo, aceitar não é concordar, mas sim
reconhecer as coisas como elas são. Já parou para pensar quantas coisas do
passado mudaram simplesmente porque você não as aceitou?
Uma das formas de parar a ruminação é estabelecer um tempo máximo para pensar
naquilo, desviar a atenção fazendo outra coisa e pensar o quanto tem perdido
tempo com aqueles pensamentos que não levarão a nada. Outra alternativa é
praticar a atenção plena (mindfulness) que permite nos mantermos atentos e
conscientes ao momento presente, sem julgar, deixando os pensamentos
chegarem, mas irem embora.
Capítulo 9 - "Eu sou um fardo": como tornar suas amizades mais gratificantes.
As pessoas que estão deprimidas normalmente têm problemas em seus
relacionamentos. Em razão da menor disposição em estar com outras pessoas
socializando, é provável que o indivíduo com depressão recuse o convite de amigos,
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não retorne ligações, não responda as redes sociais e isso faz com que seus
amigos concluam que não há mais interesse naquela relação. Além disso, é
possível ainda que essas pessoas costumem se queixar da vida, das dores, de
como são tratadas, tendo uma visão negativa do mundo e isso acaba deixando as
outras pessoas com um humor ruim, se sentindo mal.
Outra questão é a falsa ideia que o indivíduo com depressão têm sobre seus amigos
não se importarem com seus problemas, chegando a cair em uma armadilha da
vítima, sentindo que o mundo é injusto. Contudo, isso é um pensamento comum da
distorção de filtro negativo já que a depressão faz com que o indivíduo tenha o
sentimento de rejeição e humilhação. Mas, é importante que o paciente aprenda a
pedir apoio e ajuda, a compartilhar a dor, não se mantendo sozinho nesse processo,
e compreendendo também que o ouvinte precisa de validação, pois ouvir alguns
problemas também poderá ser difícil.
Sendo assim, o autor diz que essas pessoas devem ser estimuladas a interagir com
os amigos e a divulgar o que têm feito de bom. Elas precisam aprender a falar do
seu problema, mas também a buscar uma solução, desfocando do negativo. Além
disso, é importante respeitar os conselhos alheios, evitar se isolar, buscar os amigos
e se envolver em atividades prazerosas juntos, buscando fazer parte de grupos com
os quais se identifica, seja na igreja, caminhada, bike etc.
Capítulo 10 - "Eu não suporto ficar sozinho": como superar a sua solidão
Um outro sintoma comum da depressão é o isolamento e o falso pensamento de
não ter nada a oferecer. Contudo, a solidão mantém ainda mais o sentimento da
rejeição. Essas pessoas normalmente costumam pensar que é difícil conhecer
novas pessoas, possivelmente por não tentarem agir de maneira efetiva. O que
acontece é que "se está sozinho, então está infeliz", em razão dos pensamentos
negativos sobre si. Isso porque associa o fato de estar sozinho a ser um perdedor e
isso é uma falsa crença das pessoas que estão sozinhas. É como se estar sozinho
fosse um defeito terrível; o que não é real.
Uma forma útil de agir a partir desses pensamentos disfuncionais é buscar ser seu
melhor amigo, planejar atividades sozinho, aproveitar sua própria companhia e
verificar a forma de interpretar as situações. Afinal de contas, você pode pensar que
está sozinho ou que tem liberdade sobre o que quer. Se você quiser, ainda pode
criar uma comunidade com algo que goste, pode adotar um bichinho e ter uma
excelente companhia diária.
Capítulo 11 - "Meu relacionamento está desmoronando": como fortalecer o
seu relacionamento íntimo
Conforme falado nos capítulos anteriores, a depressão está relacionada a inúmeros
fatores, inclusive conflitos no relacionamento. O livro explica que, mulheres com
problemas no relacionamento têm maior probabilidade de desenvolver a depressão
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