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Prazer, eu sou o Marcelo!

Sou psicólogo, graduado em psicologia, mestrando em Psicanálise e


Cultura pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e psicopedagogo.
Executo o meu projeto de mestrado no Hospital das Clínicas e faço parte do
@nuavidas no atendimento ambulatorial e acompanhamento psicológico de
adolescentes e adultos vítimas de violência sexual, sendo pesquisador nessa
área que é tão sensível e vem sendo discutida amplamente no Brasil.

Já participei do Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e outras Drogas


(CAPS-AD) no acompanhamento terapêutico de pessoas em dependência,
ajudando no cuidado pessoal de pacientes em graves manifestações de
sofrimento psíquico. Atuando no apoio para a recuperação dos vínculos
familiares, contato com a comunidade ao redor, reinserção social e busca
por trabalho. Portanto, me qualifiquei para atender pessoas que buscam
ajuda para enfrentar as diversas formas de dependência e compulsões.

Entre diversas outras atividades que não cabem em uma só postagem, eu


tenho experiência clínica no atendimento individual de adolescentes,
adultos ou casais.

Sou apto para trabalhar com pessoas que sofrem de ansiedade ou já se


encontram em um estado de pânico e desejam retomar a sua rotina,
desenvolver a sua qualidade de vida e cuidar da sua saúde mental.

Ofereço atendimento clínico para quem deseja ajuda e busca por uma
escuta profissional para resolver os seus conflitos, sobretudo para quem não
consegue ou acredita ser impossível se desenrolar dos seus problemas.

Psicólogo Marcelo Hayeck


CRP 04/56450
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Instagram quase vazio? Poucas postagens? Muitos seguidores? Onde estão as fotos
pessoais? Sem vídeos ou stories? Não há mensagens motivacionais?

As imagens nas redes sociais alimentam o nosso imaginário e nos fazem supor quão
bom ou ruim é aquilo que aparece em uma foto. Isso é muito bom, pois permite que
as pessoas compartilhem algumas partes de quem elas são, o que gostam de fazer e
até mesmo o seu trabalho. Entretanto, a parte ruim fica na conta de que a imagem
não corresponde totalmente à realidade.

Aliás, as imagens, por si, são [vazias].

Nos dias de hoje ficamos refém se nos prendermos apenas nas imagens, por
exemplo, ao valorizar algo que aparenta ser interessante e ao desvalorizar aquilo que
se recusa a entrar no jogo de imagens das redes sociais. A vida passa a ser quase
como se não existisse nada para além da imagem. A parte mais difícil é entender que
não é fácil encontrar uma saída ou uma forma garantida de se proteger dessas
armadilhas.

As ferramentas humanas não costumam ser boas ou ruins por si, mas existem os
usos que cada um vai fazer dos instrumentos.

As imagens nas redes sociais vêm contribuindo para o adoecimento psíquico da


população ao mostrar uma vida que se supõe ser perfeita e totalmente bela. Ao
estipular imagens que nos servem de comparação, mas que omitem tudo aquilo que
está por trás: as condições, os objetivos, as edições e tudo a mais que sustentam
estas imagens.

Atenção, aqui está a parte interessante: o mundo virtual não é o único campo que
seduz e engana pela imagem. Para se libertar um pouco das imagens que habitam as
redes sociais, precisamos nos libertar das imagens que governam a nossa vida em
outros sentidos. Precisamos em certa medida nos libertar da imagem que fazemos de
que como a vida precisa ser e da imagem imutável que criamos sobre quem nós
somos.

Psicólogo Marcelo Hayeck


CRP 04/56450

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1 – Para se tornar um ser humano melhor! Não precisamos usar palavras diferentes, nem
conceitos complicados para falar isso, pois em resumo: fazer terapia com um
profissional é um meio para se desenvolver, crescer e ser uma pessoa melhor (ou, ao
menos, ser alguém que consegue encontrar paz).

2 – Para tentar dissolver os seus conflitos e resolver os seus problemas.

3 – Para conseguir suportar aquilo que não pode ser simplesmente resolvido.

4 – Para enxergar aquilo que você está repetindo e o que te faz sofrer. A base da vida
humana é a repetição e quanto a isso não é possível escapar: acordar, se alimentar, fazer
as suas necessidades, trabalhar, dormir e assim estabelecer o seu cotidiano é o ritmo de
vida da maior parte da população. Entretanto, existe a repetição de algumas ações que
são prejudiciais para você e para as pessoas ao seu redor. São ações que você repete sem
saber, já que muitas vezes existe a ilusão de estar tomando uma nova atitude que é
aparentemente diferente das anteriores, mas que na verdade é só mais uma repetição. A
atitude parece mudar, mas os resultados são sempre os mesmos. É mais fácil perceber
isso nos relacionamentos que cada um vai buscar, nas promessas de amor que cada um
vai acreditar e na forma com que cada um vai sofrer ao longo da vida.

5 – Para tentar atribuir novos sentidos nas histórias do seu passado. Muitas vezes
acontecerem coisas ruins e que serão ruins para sempre, mas o trabalho clínico com um
profissional ético e responsável faz com que em alguns momentos seja possível ter a
chance de aprendizagem a partir das dificuldades da vida.

6 – Para fazer a dor ir embora! Muitas memórias são dolorosas, literalmente, causam
uma espécie de dor em quem as sente. A lembrança, isto é, o registro daquilo que
aconteceu pode nunca ir embora, mas a dor pode desaparecer. A terapia é um espaço
para você lembrar de tudo o que te aconteceu sem que isso seja extremamente doloroso.

7 – Por fim, segundo Freud, um psicanalista, a análise serve para transformar a “miséria
neurótica” em uma “infelicidade banal”, isto é, fazer com que um sofrimento impossível
de ser suportado se torne algo possível de conviver.
Psicólogo Marcelo Hayeck
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Quando você se olha no espelho o que vê? Ou, melhor perguntando, quando você pensa
em si mesmo – em quem você é – como se enxerga?

Ao olhar para si próprio, se vê além dos traços objetivos. O corpo passa a adquirir
sentidos e significados. Inclusive, se vê aquilo que mais se tenta esconder das outras
pessoas.

Alguns termos científicos para essa expressão de si mesmo, autoconceito ou


autoimagem, são importantes e orientam a forma de cada um viver a vida. Ter uma
imagem própria extremamente positiva ou extremamente negativa é prejudicial porque
ninguém é totalmente bom ou integralmente mau, aliás, viver nas extremidades é
sempre uma fonte de sofrimento.

Tolerar o meio termo, sair de um extremo e transitar entre as posições no mundo pode
ser uma fonte de saúde mental. Acima de tudo, saúde mental é tolerar a si mesmo: as
coisas boas, ruins e aquilo que é mais ou menos. É impossível tolerar as outras pessoas e
ter tolerância com as escolhas dos outros se você não tolerar a si próprio, as suas falhas
e aquilo que escapa ao seu controle.

Talvez o reflexo que você veja – muito bom ou muito ruim – seja uma distorção ou
apenas uma parte muito pequena de um todo que te escapa.

Psicólogo Marcelo Hayeck


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Até que ponto você tem certeza de que sabe o que os outros estão pensando?

Existe a possibilidade de ter indícios, imaginar e supor os motivos por trás das ações de
algumas pessoas, porém é impossível ter certeza. A certeza subjetiva é um tema muito
sensível e que costuma dizer mais dos pensamentos de cada um do que dos outros.

Até que ponto você sabe do que vai acontecer no futuro?

Ter certeza de algo é angustiante, pois é como se uma pessoa já soubesse de tudo,
inclusive daquilo que ainda vai acontecer. Ter certeza de que o futuro já está definido
pode gerar angústia e graus extremos de ansiedade, sobretudo quando o que se espera da
vida é algo ruim.

Por outro lado, sentir que não se sabe “nada de nada”, viver sem referências ou
perspectivas também é angustiante. Encontrar uma forma de se localizar no mundo é
importante para criar algum tipo de orientação na vida, tal qual dizem as famosas frases
“encontrar o seu chão” ou “encontrar o seu norte”. Entretanto, tal guia não precisa ser
uma certeza concreta, já que pode haver um meio termo entre se planejar e organizar a
sua vida e permitir uma abertura para o acaso.

Psicólogo Marcelo Hayeck


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1 – Sem cuidar da autoestima não é possível iniciar ou finalizar nenhum projeto! Cuidar
da autoestima não é tratar somente da aparência, antes dos aspectos físicos, a autoestima
é sobre emoções, sentimentos e sensações: como cada um se vê enquanto ser humano e
sujeito capaz de fazer algo ou em ser uma pessoa interessante que merece amor.

2 – Cuidar da autoestima com um profissional ético e responsável é um caminho seguro


para se fazer isto, visto que outra forma seria direcionar essa necessidade de cuidado
para o mundo: são aquelas pessoas que fazem uso das outras apenas para confirmar
algum aspecto subjetivo negativo ou se exibirem de uma forma desmedida e – no fim
das contas – chata.

3 – Além dos projetos profissionais que podem ficar empacados por conta da baixa
autoestima, as “coisas do coração”, ou seja, as iniciativas amorosas também podem ser
prejudicadas por conta da autoestima. Se relacionar com as pessoas, sobretudo de forma
amorosa, envolve a capacidade de criar acordos, confiar, se sentir seguro(a) e
desejado(a) pelo outro. A autoestima é um dos aspectos que sustentam as escolhas de
cada um.

4 – Para lidar com as frustrações! Na vida existem problemas, planos que não costumam
acontecer sem desvios e diversas falhas. Além disso, ainda existem as perdas que
acontecem naturalmente na vida de cada um: saúde, energia, amores, trabalhos e etc. A
autoestima é importante, pois tem haver com a forma que cada um vai se defender dos
acasos e a forma como cada um vai conseguir lutar por seus objetivos e desejos.

5 – Autoestima inabalável muitas vezes é algo irreal ou pode envolver a


desconsideração pela capacidade dos outros. Ninguém tem energia infinita e nem total
preparo e capacidade para executar todas as atividades da vida de forma perfeita, porém
se você tem a necessidade de mostrar isso, talvez, esteja escondendo um sentimento
oposto. Não é nenhuma vergonha assumir essa possibilidade e pedir ajuda quando se
precisa. Aliás, apesar de muitas pessoas sentirem que são obrigadas a realizarem tudo
com maestria, na maior parte das vezes, a obrigação é interna! E o que tanta exigência
traz para cada um de bom?

Psicólogo Marcelo Hayeck


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0007 A ansiedade e o corpo
A ansiedade é uma das principais queixas no atendimento clínico e um sintoma que exige
um cuidado especial.

Aquilo que chamamos de “ansiedade” se manifesta de forma diferente para cada um e traz
consigo uma variedade de outros sintomas. Medo, angústia, ansiedade... todas essas
palavras costumam aparecer juntas! Inclusive, em outros idiomas, por exemplo, no alemão,
o termo “angst” pode se refere tanto a “angústia” quanto ao “medo”, indicando o quanto
essas sensações estão associadas.

Quando tudo está misturado e confuso é preciso conduzir uma análise por partes.

Um caminho para dissolver a ansiedade é entender a sua razão de existir. Por exemplo, ao
nomear e diferenciar todos os sintomas e os pensamentos associados a ansiedade. Quando
alguém se sente ansioso – em um primeiro momento – os pensamentos podem ser tão
acelerados que é quase impossível entender o que está acontecendo. É preciso realizar um
trabalho no sentido de saber o que sustenta o quadro de ansiedade: medo do futuro,
insegurança, pensamentos sobre o fim da vida, instabilidade em algum campo da vida,
dentre infinitas outras possibilidades.

O ponto central que eu gostaria de compartilhar aqui é o fato de que quando a ansiedade não
é tratada por um profissional responsável, ético e capacitado, a tendência é que o corpo
manifeste outros sintomas.

Quais sintomas podem acontecer? Tecnicamente, diversos. Todos os campos das ciências
indicam essa possibilidade que sempre depende da intensidade do quadro de ansiedade.
Todavia, existem alguns sintomas mais comuns: apertos e pressões em determinadas partes
do corpo, suor, tremor, dificuldade em respirar e focar o pensamento, visão turva, sensação
de taquicardia, choro, dentre diversos outros.

O mais importante é saber que a ansiedade é sobre as sensações! Sensações que nem sempre
correspondem a fisiologia do corpo, ou seja, a impressão de estar com os batimentos
cardíacos acelerados não quer dizer que exista uma doença cardíaca ou o risco de algum
acidente. Assim, quando uma pessoa em pânico ou no pico de uma crise de ansiedade vai ao
médico por estar supondo algum grave problema em seus órgãos, não encontra nada.
Psicólogo Marcelo Hayeck
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0008 Agir é arrancar da angústia a própria certeza


Podemos pensar que a angústia é a certeza de algum fim. Aliás, a suposição de que se
tem a certeza sobre determinado final. Por exemplo, a certeza de que algo é impossível
de dar certo ou a sensação de que não se pode mudar e escapar do destino.

Algumas pessoas vão se sentir paralisadas diante da angústia, sentindo extremos da


ansiedade e do medo. Diante dessas sensações tais pessoas podem não ter mais forças
para agir e buscar mudar a sua vida.

O desânimo, a falta de energia e a paralisia não são gratuitos e possuem uma rede de
pensamentos que os sustentam. São as frases que as pessoas acreditam (mesmo sem
saber) e repetem: “não vai dar certo”; “vai ser assim”; “não consigo”; “é impossível”;
“não tem como escapar”; “não tem como mudar”; dentre outros pensamentos que só
fazem paralisar mais ainda o sujeito.

Se não há ato – sem alguma forma de ação – não há mudança. Aliás, agir não é só por
meio de movimentos bruscos, ou melhor dizendo, a partir da palavra são tomadas as
ações mais significativas e que produzem as mudanças mais efetivas.

Entretanto, agir não é algo tão simples, pois existem formas de se tomar atitudes,
inclusive assumir posturas que parecem ser novas, mas são apenas repetições do
passado e que confirmam a angústia.

Psicólogo Marcelo Hayeck


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1 – Quando existe a sensação de que se precisa transformar algum aspecto da vida,
pode-se agir apenas imaginando que algo vai mudar, sem apoio na realidade e não
conseguindo nenhum resultado efetivo. Ou, melhor dizendo, pode-se encenar alguma
ação para alguém e que não muda em nada a estrutura que sustenta o sofrimento. Por
exemplo, um trabalhador insatisfeito com o seu trabalho, desejando reconhecimento e
uma remuneração maior, pode ficar insatisfeito com o ambiente de trabalho e deixar de
fazer algo imaginando que o chefe irá perceber, raciocinar tudo o que aconteceu, se
arrepender e premiar o trabalhador com tudo aquilo que ele deseja. Geralmente essa
construção fantasiosa não se realiza.

2 – É possível agir a partir da negação do sofrimento e do desejo de mudar. Quase como


se a situação de sofrimento atual fosse mais cômoda ao sujeito do que investir em uma
transformação. São ações que preservam tudo aquilo que faz sofrer, confirmam as
crenças e preconceitos, sendo que muitas vezes custam a vida ou a qualidade de vida da
pessoa. Uma forma mais fácil de pensar essa forma de ação é entender que a sua prática
envolve mais uma “saída de cena” do que uma responsabilização pelo desejo. Por
exemplo, uma pessoa que deseja engatar um relacionamento com alguém, mas acredita
que isso é impossível e decide sempre testar a outra pessoa exigindo demonstrações de
amor impossíveis para algo que só está começando. Na maioria das vezes, se isso
persistir, nunca haverá um relacionamento saudável e a pessoa nunca alcançará o seu
desejo.

3 – Uma terceira forma de agir diz respeito a uma ação que altere as estruturas que
sustentam o sofrimento. São modos de agir – e a palavra é sempre um dos meios para se
agir – que instaurem uma nova organização. É uma ação que rompe com a repetição e
com a ordem, literalmente, criando novas possibilidades para existir no mundo e
dotando o sujeito de uma nova postura perante os outros.

Psicólogo Marcelo Hayeck


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A possibilidade de procurar o trabalho de um profissional online é um ganho muito
importante e que traz diversas vantagens: se manter no conforto da sua casa; ter a segurança
de não precisar sair e se deslocar até a clínica; economia de tempo; flexibilidade nos
horários; facilidade de adaptação; dentre outros motivos.

O atendimento psicológico por meio de videochamada é seguro, estável e privativo.


Sobretudo, as consultas online trazem resultados e mudanças da mesma forma que os
atendimentos presenciais.

Entretanto, não podemos negar que o atendimento virtual é uma modalidade diferente da
consulta presencial e precisamos enfrentar os medos que vão surgir e que afastam algumas
pessoas. Ainda hoje existem dúvidas sobre o quanto a distância pode dificultar o
desenvolvimento do vínculo e da confiança para conversar com um terapeuta, mas essas
dificuldades também são encontradas no atendimento presencial. Desenvolver a confiança é
uma parte natural de qualquer processo terapêutico e que é superada durante as consultas.

O importante é encontrar um profissional ético, responsável e que te faça sentir confortável


para falar aquilo que precisa ser dito. Buscar pelas referências e credenciais do psicólogo é
muito importante, por exemplo, conferir o registro junto ao site do Conselho de Psicologia e
valorizar e reconhecer a trajetória e as experiências de cada profissional.

Estar com uma outra pessoa por entre janelas pode causar a falsa impressão de indiferença,
mas isso não corresponde à verdade de um trabalho realizado por um bom profissional. O
mundo virtual foi o jeito que a sociedade encontrou para deixar a vida continuar a fluir,
apesar dos pesares de nossa época.

A terapia online é um ganho e uma opção que – felizmente – temos!

Psicólogo Marcelo Hayeck


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A Psicologia e o trabalho do psicólogo não são e nem podem ser realizados de qualquer jeito! A base
do trabalho psicológico é o rigor no estudo e no comprometimento com a Psicologia enquanto
ciência e profissão.

Ter compromisso com a ciência psicológica significa abrir mão de técnicas sem comprovação que
estão na moda e geram imensos lucros financeiros às custas da exploração do desejo de alguém em
se libertar do sofrimento e transformar a sua vida de forma rápida.

Aliás, fazer um compromisso e confiar na terapia significa suportar as dificuldades nas técnicas
psicoterápicas. O silêncio é parte de uma técnica; assim como falar tudo que lhe vem à mente, o uso
do humor, os momentos de espera, os questionamentos, as incertezas, dúvidas... aquilo que um bom
psicólogo faz não é à toa ou sem fundamento. Existe uma lógica que sustenta e orienta o trabalho
psicológico!

Sentar em um sofá ou se deitar no divã e falar à vontade sobre tudo é uma técnica? É.

Traz resultados? Traz!

“Mas só isso consegue resolver algum problema?” Sim, a humanidade conseguiu se desenvolver por
meio da palavra e a própria ação advém da palavra. Os grandes líderes, as pessoas mais importantes
e os cientistas do mundo construíram as coisas mais belas e úteis a partir do diálogo e do livre uso da
palavra.

Aquilo que faz um psicólogo ser um bom terapeuta é o conjunto formado pelo estudo sistemático e
comprometido da Psicologia, o desenvolvimento das técnicas psicoterápicas, o contínuo exercício da
prática clínica e o total de experiências e vivências profissionais. O desenvolvimento dessas
qualidades não termina nunca: ser terapeuta significa estar em constante aperfeiçoamento, busca por
conhecimento e, ao mesmo tempo, ter abertura para o que é novo e suportar o desconhecido.

Se você precisa de ajuda é importante buscar um profissional responsável, ético e capacitado. Ou,
melhor dizendo, encontre um psicólogo que você consiga confiar e ter abertura para dizer tudo o que
precisa ser dito.

Reconheça e valorize a trajetória de cada profissional!

Psicólogo Marcelo Hayeck

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Os mecanismos de defesa são uma das formas que as pessoas utilizam – sem saber que
utilizam – para lidar com os seus problemas. É algo que tem uma essência inconsciente,
mas que pode ser observado com o devido cuidado na clínica e, só assim, fazer com que não
seja mais necessário se defender.

1 – Conversão. O nosso corpo consegue converter angústias, ansiedades, medos e outras


condições psíquicas em sintomas fisiológicos. Esse mecanismo é facilmente observado nos
casos prolongados de estresse, mas não somente, pois o funcionamento normal do corpo
costuma fazer isso em alguns momentos. Dois exemplos: a grave sensação de falta de ar
durante as crises de ansiedade; ou, de forma leve, quem nunca sentiu “dores de cabeça”
diante de problemas do cotidiano?

2 – Formação reativa. Às vezes e por um conjunto de motivos, algumas pessoas tendem a


demonstrar sentimentos extremamente agressivos contra aquilo que mais desejam. São
antipatias e raivas desmedidas e sem fundamento lógico, mas que são direcionadas para
algo que se deseja muito ou alguém que se admira em segredo. Quase como se a pessoa não
conseguisse ter a força necessária para assumir e sustentar o desejo. É um tema muito
delicado para se abordar e que precisa de muito cuidado e confiança para ser elaborado.
Aliás, muitas vezes, são assuntos quase impossíveis de aparecer de forma tranquila e suave
durante o atendimento.

3 – Identificação. Por mais estranho que possa parecer, a identificação também pode ser
uma forma de se defender das divergências familiares ou sociais e do próprio desejo. Ao
longo do tempo a identificação passa a fazer parte de quem a pessoa é – e não há problema
algum nesse movimento. Entretanto, às vezes, a identificação é um meio utilizado para se
adaptar a um ambiente ou grupo de pessoas, tal qual a expressão popular, é uma forma
brusca de se “enturmar”.

A depender da intensidade e da frequência com que esses mecanismos são utilizados, você
pode precisar de ajuda de um psicólogo qualificado. A terapia é um espaço que permite
dissolver esses mecanismos, fazendo com que se encontre novos caminhos para lidar com
os problemas do dia a dia sem que seja preciso fazer uso de tais defesas (ou outras).

Psicólogo Marcelo Hayeck

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Todos nós, humanos, nascemos desamparados. Todos os indivíduos já precisaram de outras pessoas
que lhe oferecessem cuidado e proteção para conseguir crescer, se fortalecer, ter um certo grau de
autonomia e superar essa fragilidade e vulnerabilidade inicial. Ainda, não há alternativa para isso,
portanto a base da vida humana é a condição de desamparo.

Ao longo da vida e na medida que crescemos encontramos meios de enfrentar e superar essa
condição de desamparo inicial, mas algumas pessoas e em alguns momentos revisitam esse estado
inicial de acordo com as incertezas e inseguranças da vida.

Casos de ansiedade e pânico podem deixar as pessoas presas em um estado de desamparo. Quase
como se não houvesse solução para os problemas, ou melhor dizendo, existe a sensação de que
ninguém nem nada pode salvar a pessoa que está sofrendo – nem a própria pessoa.

A imagem que ilustra a postagem é a de um barco à deriva. A sensação de ansiedade é


muitas vezes descrita como algo que “inunda” ou a impressão de “afogamento”. Cabe a
cada indivíduo encontrar formas de agir e se posicionar no mundo de forma a conseguir
fazer esse barco deixar de navegar sem orientação e ir para outros rumos. Em melhores
palavras, se trata de “tomar as rédeas” da sua vida outra vez. Tomar o controle do barco
para si.

A partir do trabalho de um terapeuta ético e qualificado isso pode acontecer! Desde que haja
compromisso e confiança, pois o processo terapêutico ocorre no encontro entre terapeuta e
paciente – a dupla precisa trabalhar em conjunto.

Psicólogo Marcelo Hayeck

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Quando uma pessoa está em uma crise de ordem emocional fica muito difícil realizar
qualquer atividade sozinha. Quase como se fosse impossível fazer algo por si ou como
se o peso do mundo estivesse sobre o sujeito. Tudo o que a pessoa sente se torna muito
confuso para ser diferenciado. Sentimentos, emoções, pensamentos e sensações ficam
emaranhadas entre si e, geralmente, ecoam algo negativo.

A tendência é que sozinho cada um encontre um “jeitinho” para fazer a ansiedade ou a


angústia ir embora e encerrar as crises. Esse jeito que cada um vai encontrar resolve o
adoecimento somente durante um curto espaço de tempo, pois nunca se encontram as
origens e raízes do problema. Logo, as crises mensais se tornam semanais, depois,
diárias e assim por diante.

Ao procurar ajuda profissional e se dedicar ao trabalho terapêutico, aos poucos, as crises


podem começar a adquirir sentido e o que antes era “inominável” e confuso passa a pelo
menos ter nome. Tendo nome, se busca a história e o motivo para o adoecimento!

O caminho para a cura acontece a partir da lembrança e do reconhecimento da história


de vida de cada um: ao se localizar as origens da ansiedade e encontrar o que sustenta a
angústia, isto é, aquilo que impede e paralisa as pessoas causando as crises emocionais.
Entretanto, nada disso ocorre sozinho!

Se tudo isso parecer pouco ou básico demais, lembre-se: tudo o que somos –
literalmente, tudo – é a partir da palavra. A linguagem é aquilo que nos permite sermos
pessoas, transitando entre a felicidade e a insatisfação; o prazer e o desprazer; a
ansiedade e a paz. Especialmente, o trabalho do psicólogo terapeuta acontece a partir
das diversas formas de linguagem.

A palavra pode deixar marcas difíceis para a vida toda, mas também pode curar,
sobretudo quando alguém se dispõe a falar de si para uma outra pessoa com uma escuta
qualificada.

Psicólogo Marcelo Hayeck


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Porque o cuidado para com a saúde mental não pode ficar em espera, senão há o risco
de sempre se deixar para depois a busca por um profissional qualificado e nunca
encontrar uma solução efetiva para os problemas.

Os impedimentos e as amarras psíquicas são muito fortes e fazem com que as pessoas
fiquem paralisadas e não consigam fazer nada com a vida. Frente a uma inibição
psíquica – bloqueios e inseguranças –, não há solução fácil. O adoecimento psíquico faz
com que uma pessoa não tenha autocuidado e autoestima suficientes para dar cabo dos
seus projetos de vida.

O resultado de deixar o cuidado da saúde mental para depois geralmente ocorre em


períodos mais tardios da vida. O indivíduo olha para a sua trajetória e se desespera por
ter deixado os seus sonhos, planos e desejos de lado. A partir disso existe uma cascata
de sentimentos de culpa e arrependimento que só fazem piorar o quadro já adoecido.
Entretanto, nunca é tarde para procurar transformar a vida e buscar ajuda!

Diante de quaisquer problemas físicos ou biológicos, as pessoas podem encontrar


formas criativas para se viver. Ou seja, mesmo quando há um grave adoecimento do
corpo, podem haver maneiras interessantes de aproveitar a vida, mas que dependem do
cuidado da saúde mental. O contrário não é verdade: se não há saúde mental, pouco
importa ter um corpo em perfeito estado de funcionamento, pois a vida deixa de ter
sentido.

Freud, psicanalista, diz que “Nada na vida é tão caro quanto a doença [...]”, justo porque
a falta de cuidado com a saúde mental custa tudo o que se tem e tudo o que se poderia
vir a ter: custa a qualidade de vida e o futuro de cada um.

Não deixe para depois o cuidado da sua saúde mental.

Psicólogo Marcelo Hayeck

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Traduzir-se.

“Uma parte de mim

é todo mundo;

outra parte é ninguém:

fundo sem fundo.

Uma parte de mim

é multidão:

outra parte estranheza

e solidão.

Uma parte de mim

pesa, pondera;

outra parte

delira.

Uma parte de mim

almoça e janta;

outra parte

se espanta.

Uma parte de mim

é permanente;

outra parte

se sabe de repente.

Uma parte de mim

é só vertigem;

outra parte,

linguagem.

Traduzir-se uma parte


na outra parte

— que é uma questão

de vida ou morte —

será arte?”

Ferreira Gullar (1980).

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Apesar da terapia acontecer a partir de uma relação espontânea e flexível, o trabalho de


um psicólogo clínico – terapeuta – não acontece do nada e não é inventado na hora e
sem fundamento. Aliás, um bom profissional não trabalha de forma aleatória, sem
intenções terapêuticas ou sem rigorosas orientações.

Em outras palavras, existe um projeto terapêutico que é desenvolvido para cada paciente
e que está articulado com o desejo e o pedido de ajuda que cada um faz ao terapeuta.
Portanto, o trabalho clínico de um psicólogo não é igual a uma “conversa de bar”, um
encontro religioso, uma reunião acadêmica ou quaisquer outros tipos de diálogos
presentes no cotidiano. Ser diferente não quer dizer “ser melhor” ou “ser pior”, todos os
espaços de conversa têm as suas funções e os seus motivos.

Afinal de contas: o que orienta o trabalho de um bom psicólogo?

O trabalho profissional é orientado pela Lei e pelas leis do Direito. Todos os


trabalhadores, independente da área de atuação, ficam submetidos as leis da república.
O psicólogo precisa ter pleno conhecimento da sua função e se orientar a partir da ética
profissional, ou seja, deve haver total responsabilidade e comprometimento ético por
sua conduta.

Ademais, o trabalho clínico é orientado por um rigoroso, abrangente e sistemático


estudo científico. O psicólogo precisa se fundamentar em uma teoria aceita no meio
psicológico, isto é, o terapeuta deve se apropriar de um conhecimento que é aceito por
seus colegas psicólogos e que tenha fundamento científico. Isso é o que diferencia o
trabalho de um terapeuta psicólogo de outros tipos de terapias realizadas por
profissionais quaisquer e sem formação acadêmica tradicional: não há ciência ou
Código de Ética que vão regular o trabalho! (E isso é um problema complexo nos dias
de hoje).
Por essa coletânea de razões que a atuação de um bom psicólogo não é criada na hora e
não vem do nada. Um bom psicólogo se responsabiliza pelo trabalho realizado e
consegue responder por suas ações.

Psicólogo Marcelo Hayeck

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1 – Tempo. O tempo em um hospital é mais flexível, pois existem mudanças, urgências e, às vezes, o
prolongamento de outros atendimentos. Nem sempre são cinquenta minutos ou qualquer outra
quantidade de tempo exatamente contada, sendo utilizado o tempo necessário para o cuidado de cada
um.

2 – Busca ativa. A equipe de um hospital se une e faz um compromisso para com os pacientes. Se,
por acaso, o paciente deixa de ir ao serviço, existe uma busca ativa: ligações, mensagens, visitas
domiciliares, contato com postos de saúde e toda a rede de apoio da cidade. Não se deixa de lado
nenhum paciente e se faz uma busca ativa pelas pessoas que desejam ajuda, oferecendo aquilo que
cabe ao serviço.

3 – Acompanhamento multiprofissional. Os pacientes são cuidados de forma integral e a


integralidade é um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Psicólogos, médicos,
enfermeiros, assistentes sociais, advogados, nutricionistas, dentre diversos outros trabalhadores se
unem para oferecer um cuidado integral, efetivo e gratuito para a população.

4 – Discussões interdisciplinares. O trabalho de cada profissional é articulado em equipe. Não há


atuação solitária e independente, mas sim uma conduta organizada da equipe interdisciplinar que
está em harmonia aos princípios do SUS.

5 – Espaço. Existe o espaço de um hospital e muitas vezes os pacientes fazem uma imagem desse
lugar como sendo um espaço ruim para se estar. Faz parte do trabalho mostrar o quanto cada
profissional dá o seu máximo para fazer do hospital um lugar de busca pela saúde.

Essas são algumas das diferenças encontradas por mim na atual execução do meu projeto de
Mestrado no Hospital das Clínicas de Uberlândia. Aliás, trabalho muito importante e que me
apresentou colegas profissionais incríveis e maravilhosos, incluindo a @psique.fala e vários outros!

Antes de terminar, não posso deixar de dizer que o principal ponto em comum entre os dois espaços
é o amor pela Psicologia enquanto ciência e profissão; e, mais, ainda, o amor pela pesquisa.
Psicólogo Marcelo Hayeck

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O luto é sobre perder e viver é estar sempre exposto ao risco da perca!

A dimensão da perda é própria da vida humana. Ao longo da vida fazemos escolhas e, às vezes, ao
escolher uma alternativa abrimos mão de outras. Ou seja, podemos ganhar algo a partir da nossa
escolhe, porém em certa medida também perdemos!

Enquanto estamos vivos somos acometidos por toda a sorte de acidentes e situações inesperadas (ou
inexplicáveis) que fogem do nosso controle, e outra vez mais, podemos perder, mas sem a
possibilidade de escolha.

O luto pode ser entendido quase como um processo natural do desenvolvimento humano, ou seja,
crescer também é perder. Para se alcançar uma nova posição no mundo precisamos abandonar o
lugar antigo. Por exemplo, os pais e responsáveis precisam enfrentar o luto de deixar uma criança
crescer para o mundo e se tornar um adolescente, e assim por diante.

O luto é por aquilo que faz bem, mas o luto também é por aquilo que faz mal! Tudo o que se faz
acostumar, tanto bom quanto ruim, causa uma sensação de falta quando é perdido e pode fazer
alguém entrar em processo de luto.

O enlutamento ocorre quando se perde algo na vida: objetos desejados, profissões, condições de
vida, sonhos, posições no mundo, estados de espírito, amigos, relacionamentos amorosos e entes
queridos. Inclusive, existe luto em situações que antes só faziam mal, por exemplo, ao sair de um
relacionamento ruim as pessoas podem sofrer intensamente quando até isso é perdido.

Ao entrar em luto por perder alguém que se ama as pessoas precisam de ajuda e apoio. Sobreviver ao
luto envolve ter forças para continuar a vida. A terapia é um caminho para lutar pela continuidade da
vida ao permitir que se fale abertamente sobre tudo: ansiedades, angústias, medos, inseguranças,
fantasias, saudades, paixões; e, sobretudo, questionamentos sobre a vida e a morte – de onde viemos
e para onde vamos.
Se você precisa, busque ajuda profissional e qualificada!

Psicólogo Marcelo Hayeck

CRP 04/56450

0019

Qual a parte que você guarda daquilo que perdeu?

Psicólogo Marcelo Hayeck

CRP 04/56450
0020

Livro do desassossego.

“Tenho ternura, ternura até às lágrimas, pelos meus livros de outros em que escrituro, pelo tinteiro
velho de que me sirvo, pelas costas dobradas do Sérgio, que faz guias de remessa um pouco para
além de mim. Tenho amor a isto, talvez porque não tenha mais nada que amar – ou talvez, também,
porque nada valha o amor de uma alma, e, se temos por sentimento que o dar, tanto vale dá-lo ao
pequeno aspecto do meu tinteiro como à grande indiferença das estrelas.”

Fernando Pessoa (1982).


0020

Apesar de reconhecer a importância de cuidar da saúde mental, a maioria das pessoas têm
exatamente essa dúvida: como que uma conversa de mais ou menos uma hora pode mudar qualquer
coisa na minha vida?

Na maioria das vezes a mudança não ocorre ali, naquele momento, mas vem depois. Aliás, a
mudança depende do comprometimento e do esforço que cada um realiza para transformar a própria
vida. O acompanhamento psicológico não se resume a conversar e esperar que o mundo mude como
se fosse mágica, ou seja, precisa existir empenho e responsabilidade no dia a dia para além do
momento da consulta.

A terapia serve para você falar das suas questões, dos seus problemas e se mostrar enquanto um ser
humano em todos os seus sonhos, desejos e necessidades. Ao dizer da sua história, você se apropria
dela e passa a ser um protagonista, isto é, alguém que tem o direito de escolha. Por mais que não
tenhamos o controle sobre tudo, não há saúde mental se você está no mundo e sente que não tem o
direito de escolha para nada.

Mas como perceber os efeitos da terapia?

Você pode entender a mudança quando sai da consulta. Ao se sentir mais leve ou até um pouco
atordoado(a), pensando em tudo o que falou e descobriu de si mesmo. Aliás, isso pode acontecer
antes, enquanto você está indo para o atendimento e pensando no que vai falar, julgando o que é
mais importante e pensando onde precisa de ajuda. Você pode ver o resultado da terapia quando está
em casa e se pega lembrando de algo da sessão ou então quando você está junto com as outras
pessoas e se vê repetindo as mesmas falas e ações de sempre. Estar em terapia significa começar a
ver as infinitas repetições que te levam sempre ao mesmo lugar de sofrimento e te impedem de
encontrar novos rumos para a vida.

Resumindo: a mudança ocorre quando você começa a ver o sentido das coisas que faz e reconhece
um padrão que sempre te leva para o mesmo caminho ou te impede de chegar aonde deseja.
Afinal de contas, você se sente preso a uma vida que não te permite nenhuma escolha?

Psicólogo Marcelo Hayeck

CRP 04/56450

0021

O contrato de trabalho do psicólogo é fundamental para o tratamento. Se não há acordo e


compromisso entre paciente e terapeuta, não existe a possibilidade de cura ou desenvolvimento.

Mas por que este contrato é tão importante?

1 – Organização. Viver uma vida totalmente desorganizada é extremamente adoecedor. O espaço da


terapia não pode compactuar com a falta de estabilidade ou ser uma extensão confusa da vida.
Espaço, tempo, horários, feriados, valores, faltas, férias, interrupções... e todas as variantes que
afetam o tratamento precisam ser conversadas.

2 – Método. O tratamento psicológico é sensível e complexo, sobretudo por se abordar todos os anos
da vida humana. Estamos falando de toda uma vida para se pensar e tentar elaborar. O trabalho do
psicólogo é orientado por métodos científicos, isto é, existem regras e condições que precisam ser
aceitas para se realizar o trabalho. O trabalho sempre é orientado pelo método e ferir as regras do
método é ir contra o tratamento.

3 – Objetivos (ou demanda). A Psicologia exercida de forma ética e responsável implica uma
orientação de trabalho rigorosa. Um bom terapeuta se orienta a partir do pedido de ajuda que o
paciente faz, e ao longo do tempo, pela tradução dessa demanda. Deve ficar claro ao paciente se o
profissional entende o objetivo desejado com a terapia; e, o profissional deve dizer se está apto ou
não para o trabalho, além de contar o que precisa ser feito durante as consultas.

4 – Confiança. A confiança precisa ser estabelecida entre todos os envolvidos na terapia. Não é
unilateral, ou seja, não é só o paciente que precisa confiar no terapeuta. O psicólogo também precisa
se sentir à vontade e confortável para confiar no paciente. Seguir o contrato de trabalho é importante,
pois somente assim se estabelece a segurança e a confiança necessárias para o tratamento!

Em resumo: cumprir o contrato é seguir as “regras do jogo”; e, a vida, se compõe por relações onde
cada uma possui o seu sistema de regras. Regras que são criadas e podem ser flexíveis ou alteradas,
porém só há saúde quando as regras ocorrem em comum acordo.
Psicólogo Marcelo Hayeck

CRP 04/56450

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