Revista Educação Pública - Aprendizagem Motora Na Educação Básica

Você também pode gostar

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 2

ISSN: 1984-6290

Qualis B1 - avaliação CAPES 2020-2024


DOI: 10-18264/REP

Aprendizagem motora na Educação Básica

Marcelo Bittencourt Jardim


Educador Físico (Unipli), especialista em Psicomotricidade (IBMR), pesquisador e membro do comitê científico internacional da revista Oberservatorio Del Deporte
(Universidad De Los Lagos, Santiago)

Aprendizagem motora
É o melhoramento gradativo de um indivíduo ao desempenhar um certo comportamento motor, que é analisado através da prática (Oliveira,
2010). As fases da aprendizagem motora (Gallahue e Ozmun, 2001), são:

1ª Fase - Motora Reflexiva: Os reflexos são as primeiras formas do movimento humano.


2ª Fase - Motora Rudimentar: Os movimentos rudimentares são determinados de forma maturacional e caracterizam-se por uma sequência de
aparecimento previsível.
3ª Fase - Motora Fundamental: São habilidades motoras fundamentais da primeira infância; são consequência da fase de movimentos
rudimentares do período neonatal.
4ª Fase - Motora Especializada: É um período em que as habilidades estabilizadoras, locomotoras e manipulativas fundamentais são
progressivamente refinadas, combinadas e elaboradas para o uso em situações crescentemente exigentes.

Os estágios da Aprendizagem Motora são (Jardim, 2012):

1º Estágio - Cognitivo: A criança efetua os movimentos com erros grosseiros, só que ela não consegue visualizar seu erro nem corrigi-lo.
2º Estágio - Associativo: A criança efetua o movimento com erros grosseiros, visualiza o seu erro, mas não consegue corrigi-lo.
3º Estágio - Autônomo: É o terceiro estágio da aprendizagem motora pelo indivíduo, o indivíduo efetua os movimentos com erros grosseiros,
visualiza seu erro, onde errou e consegue corrigi-lo.

Mecanismos de percepção
Esses mecanismos têm as funções motoras ligadas às perceptivas. Já nas atividades perceptivas temos: sensação e a percepção (Andrade,
2004).

Sensação: É todo dado imediato que é fornecido pelos sentidos e armazenado pelo cérebro (Andrade, 2004).
Percepção: É a capacidade que um indivíduo tem em associar, comparar, interpretar e distinguir dados imediatos (Andrade, 2004).
Percepção cinestésica: É o sentido pelo qual se percebem os movimentos musculares, o peso, a posição do corpo no espaço e a relação
com o mundo à sua volta. É no estágio autônomo (3ª fase) que o aprendiz tem o domínio da percepção cinestésica (Andrade, 2004).

Na evolução infantil
A percepção cinestésica pode ser dividida em três: Esquema corporal, Lateralidade e Organização espacial (Jobim, 2008).

Esquema corporal: Dá-se pela ciência que a criança adquire sobre seu corpo, pois esse será o ponto central de vivência em sociedade ou
tribo; relacionamento com o mundo; o corpo é a expressão viva da mente. A criança evolui dia a dia com seus passos, com suas
descobertas, até que tenha seu esquema corporal construído (Jobim, 2008).
Lateralidade: É o segundo ponto importante da percepção cinestésica, pois é quando o indivíduo começa a diferenciar seus lados (direito
e esquerdo), tendo assim maior noção de onde se encontra. Após isso surge a organização do espaço, na qual o indivíduo tem noção do
espaço em que encontra e logo o que tem ao seu redor, terminando assim o processo da percepção cinestésica (Jobim, 2008).
Organização espacial: Está relacionada ao espaço que os movimentos do corpo podem percorrer e ocupar. É o deslocamento do corpo
respeitando os espaços naturais (Jobim, 2008).

Desenvolvendo seus elementos psicomotores como: ritmo, equilíbrio, percepção óculo-pedal e percepção óculo-manual, percepção visual,
atenção, cognição, concentração, lateralidade, percepção de tempo e percepção de espaço (Jardim, 2012).

Considerações finais
O desenvolvimento motor é um campo que investiga a alteração contínua no comportamento motor ao longo da vida. Esta pesquisa é de suma
importância para ajudar profissionais da Educação e da Educação Física a contribuírem de forma positiva na formação do discente durante sua
atuação profissional nas escolas, em programas sociais e em atendimentos individualizados.
Referências
ANDRADE, Alexandro; LUFT, Caroline di Bernardi; ROLIM, M. K. S. B. O desenvolvimento motor, a maturação das áreas corticais e a atenção na
aprendizagem motora. Revista Digital, v. 10, p. 78, 2004.

GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. São Paulo: Phorte, 2001.

JARDIM, Marcelo B. O afeto como instrumento primordial na atuação do educador físico com crianças e jovens de comunidades carentes. Pós-
Graduação em Psicomotricidade (Educação e Clínica). IBMR/Laureate International Universities. Rio de Janeiro, 2012.

JOBIM, Ana Paula; ASSIS, Ana Eleonora Sebrão. Psicomotricidade: Histórico e Conceitos. IX Salão de iniciação científica e trabalhos acadêmicos.
Guaíba: Universidade Luterana do Brasil, 2008.

OLIVEIRA, Amauri Bássoli de; PERIM, Gianna Lepre. Fundamentos pedagógicos do programa segundo tempo: da reflexão a prática. (2010).
Publicado em 01 de março de 2016

Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0)

 Novidades por e-mail


Para receber nossas atualizações semanais, basta você se inscrever em nosso  mailing

O que achou deste artigo?

    
Agradável Útil Motivador Inovador Preocupante

2 30 3 1 3

Este artigo ainda não recebeu nenhum comentário

 Deixe seu comentário

Este artigo e os seus comentários não refletem necessariamente a opinião da revista Educação Pública ou da Fundação Cecierj.

Você também pode gostar