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Revista Educação Pública - Corpo e movimento – o descobrimento do c... https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/15/22/corpo-e-movimento-...

ISSN: 1984-6290
B3 em ensino - Qualis, Capes
DOI: 10.18264/REP

Corpo e movimento – o descobrimento do corpo na educação infantil

Neuza Cristina Gava


Licenciada em Educação para os anos iniciais do Ensino Fundamental (ISE La Salle), pedagoga (ISE La Salle), especialista em Psicomotricidade Educação e Clínica (IBMR) e licenciada em
Medicina Veterinária (UFRRJ)

Marcelo Bittencourt Jardim


Licenciado e bacharel em Educação Física (UNIPLI), especialista em Psicomotricidade Educacional e Clínica (IBMR), com curso de atualização Profissional para Docentes em Educação
Pública (CECIERJ) e curso de Qualificação Profissional em Saúde Coletiva (UFRJ)

O principal objetivo da Educação é criar homens que sejam capazes de realizar coisas novas, não simplesmente de repetir o que outras gerações fizeram; homens
que sejam criativos, inventivos e descobridores.
Jean Piaget

Introdução
O tema corpo e movimento – o descobrimento do corpo na educação infantil se justifica pela necessidade de enfatizar, a partir de observações, a necessidade de a
criança conhecer as funções de seu corpo e estabelecer relações de movimento que pertencem ao indivíduo em sua totalidade, revelando sentimentos, emoções,
experiências vivenciadas por ela assim como a importância de criar hábitos e atitudes integradas ao corpo, possibilitando a construção da personalidade e da
identidade; em outras palavras, se redescobrir.

A Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem por meio do seu corpo em movimento e em relação ao mundo interno e externo. Está
relacionada ao processo de maturação, em que o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. É sustentada por três conhecimentos básicos: o
movimento, o intelecto e o afeto. Por sua vez, o corpo é o lugar onde se dá toda a experiência psicomotora do indivíduo e traz de forma dinâmica informações e
diversão à criança, fazendo com ela possa não só conhecer seu próprio corpo, mas também a formação geral como ser humano.

O foco principal deste trabalho se volta para o desenvolvimento da descoberta do corpo, no âmbito de investigação da consciência corporal, com o propósito de
refletir sobre esse nível de complexidade envolvido no descobrimento do corpo durante a Educação Infantil.

Percebemos que existe um grande número de crianças com dificuldade para perceber sua identidade corporal e que, além disso, as famílias e muitas vezes as
escolas não se preocupam ou não estão preparadas para ensinar ou proporcionar um desenvolvimento corporal satisfatório.

A questão do corpo atravessou séculos e mantém-se ainda hoje como uma das mais importantes discussões diante das atividades corporais, da consciência do
próprio corpo, e de suas mobilizações; associada à educação, proporciona o controle e domínio dos movimentos mais complexos.

As pesquisas defendem, em geral, o trabalho com o corpo o tempo todo para que a criança se aproprie da noção de espaço através de uma atividade prazerosa.
Gabriel Chalita (2005, p. 45) diz, em seu livro A ética do rei menino, que

todas as Virtudes eram ensinadas e aprendidas no Reino Mágico da Consciência. Havia dois espaços iniciais para esse aprendizado. O primeiro era a família. E o
segundo era a escola. Nenhuma criatura deixava de frequentar as aulas, que eram apreciadíssimas por todos os seus alunos. Criaturas que entendiam o aprendizado
como uma grande diversão. Um envolvimento fortíssimo com o saber. Envolvimento que permanecia por toda a vida, como uma qualidade absolutamente natural.

O aprendizado é uma fremente aventura pelo novo. E quem não gosta de novidade? E o novo é bom em qualquer idade. Mantém acessa a chama da esperança e a
vontade de prosseguir em busca da sabedoria.

Uma educação bem conduzida é determinante para o desenvolvimento psíquico, intelectual e psicomotor do aluno. É condição fundamental para a educação e
incentiva a propor um conteúdo estruturado e adaptado para a sua aplicação.

Pretendemos enfatizar a importância do estímulo à criatividade das crianças para que elas aprendam com as diversidades existentes no cotidiano escolar infantil
seus valores, fundamentos e perspectivas na prática de uma aprendizagem rompendo barreiras e mitos sobre a educação, o lúdico e o corpo, e com isso mostrar
que através da conscientização podemos demonstrar a contribuição que pode haver nesse campo de estudo que é a integração homem-cotidiano, fazendo com
que nossos alunos aprendam brincando e para que eles possam também refletir não só sobre regras e limites, mas também sobre como aprender das mais
diferentes formas. Minhas metas a serem alcançadas são a expansões do conhecimento e a consciência do quanto é importante que conheçam seu corpo, suas

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capacidades e possibilidades e o mundo onde vivem para que assim possam atuar melhor na sua realidade de vida.

O objetivo principal deste trabalho é mediar o processo de como olhamos nossos companheiros, como nos olhamos e como olhamos nosso mundo, isto é, para
que as pessoas saibam muito mais do que experimentaram pessoalmente e para que sua experiência com o mundo exterior, que constitui a realidade, através
desses exercícios e brincadeiras, seja um meio de aceitação de si próprio, de suas limitações e do outro, atuando assim na sociedade de forma a construir um
mundo melhor.

O “eu” se forma e se fortalece na infância e na adolescência. Seria inconcebível ocupar alguém com o “processo da individualização” sem considerar devidamente a
fase inicial do desenvolvimento (Jung, 1986).

Com base nessas premissas e a partir de um sentido reflexivo e crítico, relatamos as experiências vivenciadas durante o período destinado à elaboração deste
trabalho.

Desenvolvimento
Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a
melhoria do meio ambiente.

Utilizar as diferentes linguagens – verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal – como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir
as produções culturais em contextos públicos e privados atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação (PCN, volume 1, p. 107).

O processo de aprendizagem do pré-escolar é essencialmente lúdico. A criança aprende brincando; por isso, esse trabalho se reveste de muita seriedade; através
do brincar, a criança vai assumindo sua realidade, seu meio social, sua linguagem, seus usos e costumes; enfim, brincando, ela inicia a socialização.

O estudo das sociedades chamadas primitivas demonstra a importância do jogo e das atividades recreativas na formação dos novos membros da sociedade. Os
nossos índios muito cedo se iniciam na arte da pesca e caça, utilizando o arco e a flecha, assim como as meninas brincam de fazer panelinhas de barro ou trançar
cestos. O que de inicio é mera recreação aos poucos vai ganhando conotação de maior responsabilidade, de forma que a transição entre as atividades de meninice,
adolescência e a idade adulta se realize sem uma ruptura.

Brincando é que a criança busca informações desejadas, estabelece coordenações, organiza suas ideias, faz verificações, experimenta sensações, motivada pela
necessidade interior e realizada pela própria atividade. Tudo isso vem demonstrar a importância de propiciar condições para as brincadeiras infantis. Todo e
qualquer brinquedo é material instrutivo, desde que proporcione à criança oportunidades reais de trabalho físico ou mental: um caixote, uma caixa, lápis de cor,
uma coleção de objetos, uma corda, uma peteca e outros.

Através do brinquedo, a criança tem oportunidade de se desenvolver. Aquela que tiver poucas oportunidades lúdicas apresentará dificuldades na idade adulta.
Brincando, a criança penetra e interioriza o mundo adulto.

A multiplicidade de formas e materiais induz a criança a

• Pensar e desenvolver sua capacidade criadora;


• Ter iniciativa própria;
• Ter despertada sua alegria no experimentar, no descobrir;
• Ampliar a capacidade de expressão;
• Estabelecer vínculos de amizade e consciência de vida grupal.

Há, portanto, necessidade de adequação do brinquedo para que a criança seja levada a brincar. A lei da liberdade deve estar sempre presente no ato de brincar,
pois o brincar deve estar livre de pressões exteriores.

Brincar, para a criança, constitui um confronto com o meio ambiente, em nível de pré-realidade, e enquanto brinca ela aprende. Para a criança, brincar constitui um
trabalho que encara tão seriamente quanto seu pai ou sua mãe veem seus serviços ou as tarefas domésticas.

O que é fundamental é compreender que, através do brinquedo, a criança realiza a aprendizagem, desenvolvendo suas aptidões de forma natural e sem pressões
(Bueno, 1984).

As crianças devem aprender a cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis (caminhada e contato com a natureza), sempre sob o olhar
vigilante do cuidador, onde elas possam brincar com total liberdade. Esse é um dos aspectos básicos da qualidade de vida, em que devem agir com
responsabilidade em relação ao seu corpo, à sua saúde e à saúde coletiva.

Um simples passeio pode ser muito interessante para observar o senso de orientação que as crianças têm, apesar de sua pouca idade, pois com confiança essas
crianças aprendem o caminho certo que os leva a cada parte aonde eles queiram ir.

Durante um passeio simples as crianças podem observar pássaros, fazer apitos com folhas de árvores, escorregar no morro, trabalhar os cincos sentidos e outras
formas de aprendizagem lúdicas que podem ser feitas sem que causem prejuízo ao corpo e à natureza.

O corpo é o instrumento mais importante que o ser humano disponibiliza para trabalhar, se transformar. A pessoa, quando dança, utiliza o corpo experimentando
diversas sensações, descobrindo inúmeras possibilidades de se movimentar, de se conectar consigo mesmo, descobrindo formas de se sentir bem com seu próprio
corpo (Garaudy, 1980).

É preciso ter muita atenção com nossas crianças, pois elas não são iguais, nem no sentido socioeconômico nem no de suas características individuais; realmente se
faz necessária a observação individual de cada uma para que possamos ter o melhor rendimento dentro das salas de aula.

Que o levantamento das condições prévias dos alunos para iniciar uma nova matéria, os indícios de avanço ou diferenças na assimilação do conhecimento, as

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avaliações parciais e finais sejam elementos que possibilitem a revisão do plano de ensino e o encaminhamento do trabalho de nós, professores, para a direção
certa, e que não apenas nas salas de aula sejam feitos contatos com nossos alunos. Que os recreios sejam também utilizados para que possamos conhecer mais o
desempenho, o aproveitamento escolar e crescimento pessoal dos nossos alunos.

Por que o movimento é importante no processo ensino-aprendizagem?

Com que tipo de adultos podemos contar no futuro, se levarmos em consideração a qualidade do desenvolvimento psicomotor recebido?

Os movimentos corporais devem ser valorizados pelos professores da Educação Infantil?

Temos que levar em conta sempre que toda e qualquer atividade concorre para o desenvolvimento intelectual, social e moral dos alunos e faz com que possamos
enxergar de que modo a escola e o professor estão contribuindo para isso.

Assim, a necessidade de trabalhar o corpo como está sendo proposto neste trabalho tem a função de mostrar a importância de incentivar as crianças a descobrir o
corpo através das muitas linguagens que geram expressões próprias, significativas, por meio de um trabalho que crie possibilidade de integração do corpo com a
mente.

Nenhum profissional pode agir corretamente se não abraçar seu trabalho intensamente, pois, como já dizia Paulo Freire na quarta carta, “Das qualidades
indispensáveis ao melhor desempenho do professor e professoras progressistas”, de seu livro Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar,

Gostaria de deixar claro que as qualidades de que vou falar e que me parecem indispensáveis às educadoras e educadores progressistas são predicados que se vão
gerando na sua prática... Começarei pela humildade, que de modo algum significa falta de acato a nós mesmos, acomodação, covardia. Pelo contrário, a humildade
exige coragem, confiança em nós mesmos, respeito a nós e aos outros. A humildade nos ajuda a reconhecer esta coisa óbvia: ninguém sabe tudo; ninguém ignora
tudo... Sem humildade dificilmente ouviremos com respeito a quem consideramos longe de nosso nível de competência.

1º Humildade
2º Bom senso
3º Amorosidade
4º Coragem
5º Tolerância.

Acreditando que esses predicados já existam naturalmente em algumas pessoas e vão sendo polidos no dia a dia da sua prática e que em alguns não sejam
naturais, mas que possam ser adquiridos com a prática, o autor cita que

Ensinar e aprender estão sempre lado a lado, de tal maneira que quem ensina aprende porque reconhece um conhecimento antes aprendido e porque, observando a
maneira como a curiosidade do aluno aprendiz trabalha para aprender, o professor se ajuda a descobrir incertezas, acertos e equívocos (Freire, 2003, p. 8).

Durante o Fórum Mundial de Educação, numa entrevista com Bernard Charlot (2000), perguntou-se: “Durante suas pesquisas sobre a relação dos jovens brasileiros
com o saber, o que lhe chamou mais atenção, na escola aqui no Brasil?” Ele respondeu: “O que mais me impressionou foi à importância que é dada ao lado afetivo
do saber. Existe aqui uma importância muito forte entre o saber e o corpo. O saber deve ter efeitos emocionais para ter valor, e isso acontece tanto na cabeça do
aluno como na do professor”. Talvez por isso seja tão difícil deixar de ser “tia”, e isso pode trazer um problema muito forte, caso a “tia” não goste do aluno ou o
aluno não goste da “tia”, pois aí ele não ira aprender.

Perrenoud (2000), em seu livro Dez competências para ensinar, também mostra que é muito importante o trabalho e a relação que o professor tem com seus
alunos, como podemos ver em duas competências:

Competência nº 4 – Envolver os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho:

• Suscitar o desejo de aprender, explicar a relação com o saber, o sentido do trabalho escolar e desenvolver na criança a capacidade de autoavaliação;
• Instituir e fazer funcionar um conselho de alunos (conselho de classe ou de escola) e negociar com eles diversos tipos de regras e de contatos;
• Oferecer atividades opcionais de formação à la carte;
• Favorecer a definição de um projeto pessoal do aluno.

Competência nº 5 – Trabalhar em equipe:

• Elaborar um projeto de equipe, representações comuns;


• Dirigir um grupo de trabalho, conduzir reuniões;
• Formar e analisar em conjunto situações complexas, práticas e problemas profissionais;
• Administrar crises ou conflitos interpessoais.

Em relação responsável pela turma e pela supervisão do trabalho deve existir a presença de um compromisso diante de suas funções, com a atenção que dá a cada
uma de suas crianças individualmente, sabendo inclusive o histórico de vida de cada uma dentro e fora da escola. Deve conhecer os pais de cada uma, suas
dificuldades e como essas crianças passam seus finais de semana, orientando quando possível suas atividades durante eles. Deve se preocupar com cada aluno
como indivíduo, isolado e em relação à sua presença e postura diante da turma. Diariamente deve fazer um planejamento das aulas com material pesquisado em
diferentes fontes, respeitando as facilidades e dificuldades de seus alunos e observando suas necessidades em relação às atividades lúdicas.

A responsabilidade ética, política e profissional do professor faz com que ele tenha a obrigação de se preparar, de se capacitar, de se formar antes mesmo de iniciar
sua atividade docente, pois essa atividade exige que sua preparação, sua capacidade, sua formação se tornem processos permanentes.

A escola deve estar sempre atenta às constantes transformações do cotidiano de forma crítica e reflexiva, a fim de acompanhar a evolução dos tempos e os
desafios de inserir os alunos no universo cultural.

O professor deve ser estimulado a criar atitudes de pesquisa, a teorizar e criticar suas práticas, a reconhecer que cada um é um sujeito de sua própria

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aprendizagem e a ser mediador na construção de conhecimentos e valores.

A escola deve pensar que o espaço da sala de aula é essencialmente um espaço de integração, para que os alunos possam construir de forma sistemática os
valores e conhecimentos significativos para a sua vida pessoal e para a vida em sociedade. Para que isso ocorra, deve ser feito um trabalho desde os anos iniciais
de forma a respeitar o professor e ter solidariedade com os companheiros de turma, funcionários, pessoas mais velhas, respeito com o meio ambiente,
conscientização dos acontecimentos diários ocorridos em nossa sociedade por meio de noticiários de jornais etc.

Este trabalho foi desenvolvido a partir do momento em que percebemos que as crianças exercitam suas habilidades e se fascinam com coisas novas via jogos,
brincadeiras e outras atividades que chamem sua atenção.

A criança e seu corpo


Os professores do Reino eram Girassóis. Isso mesmo, as aulas eram dadas nos lindos campos de girassóis. Os alunos vinham de todas as partes e se preparavam a
cada dia para uma nova lição de vida. Os girassóis também estudavam, e estudavam até mais do que os outros, porque sabiam da nobre missão de educar; sabiam
que tinham um imenso poder de formar criaturas equilibradas, felizes, preparadas para a Liberdade, para o Amor, para a vida (Chalita, 2005).

O mais marcante das crianças é a energia vital, pois seus corpos vibram em tudo que fazem. Elas são movimento e gostam muito de se movimentar, geralmente
entram de “corpo inteiro” nas brincadeiras.

O corpo é explorado pela criança desde seus primeiros meses de vida. Ele é o verdadeiro órgão da aprendizagem e a estrutura que serve de suporte para a
aprendizagem. É o responsável pela captação das informações e pelo registro delas, pois todo o aprendizado passa por ele.

As crianças fazem seu descobrimento do mundo e das pessoas por meio do contato físico e de suas ações. É muito importante encorajar as crianças a vivenciar, a
sentir e a entender sua corporeidade em uma relação com o meio e com o mundo. Elas percebem os sentidos, captam, recebem os sons, sentem os cheiros e
sabores por meio de seus corpos.

Muitas mães estimulam o desenvolvimento global da criança de forma natural enquanto conversam com seus filhos, na alimentação, no banho, na demonstração
de carinho e afeto e, à medida que se desenvolvem, suas vivências vão se ampliando.

É de fundamental importância para a criança promover a construção da sua própria identidade e autoimagem, mediante o conhecimento do seu corpo,
desenvolvendo assim capacidades motoras básicas como rolar, andar, correr, pular, dançar, rasgar, recortar, ter noção de cuidados com o seu corpo, adotando
hábitos de higiene, familiarizando-se principalmente com sua imagem, descobrindo e reconhecendo as sensações que o seu corpo produz, seus movimentos, suas
possibilidades e limites. Deve vivenciar diferenciadas sensações, percepções, emoções, para que possa descobrir suas possibilidades e assim ampliar suas
linguagens: corporal, gestual e oral, expressando-se de diversas formas na sua relação com adultos e outras crianças, conversando, dramatizando, imitando,
cantando, desenhando, jogando. Assim, a criança irá gradativamente incorporar essas vivências e tomar consciência de seu corpo.

A criança é um ser em desenvolvimento. Desde os primeiros anos de vida, vivencia afetividade, compreensão e constrói o conhecimento a partir de interações com
outras pessoas e com o meio em que vive.

Uma criança que conhece a si mesma e ao seu corpo adquire domínio sobre seus movimentos e em sua relação com o mundo externo.

A importância da Psicomotricidade no processo de aprendizagem


A Psicomotricidade existe em todos os gestos e atividades que desenvolvem a motricidade da criança, que se fazem necessários para o conhecimento e domínio
do corpo. É fator indispensável ao desenvolvimento global e uniforme da criança. Sua estrutura serve de base para o processo intelectivo e de aprendizagem da
criança. Quando uma criança apresenta dificuldades de aprendizagem, o fundo do problema pode, em grande parte, estar no nível das bases do desenvolvimento
psicomotor.

O desenvolvimento do esquema corporal, lateralidade, estruturação espacial, orientação temporal e pré-escrita são fundamentais na aprendizagem, e uma
dificuldade em um desses aspectos irá provavelmente prejudicar o processo de aprendizagem.

A palavra é antecipada pelo ato, e é uma ferramenta psicológica organizadora de grande importância. Caso ocorram falhas no desenvolvimento motor, poderá
também haver dificuldades na aquisição da linguagem verbal e escrita, faltando à criança um repertório de vivências concretas que serviriam ao seu universo
simbólico constituído na linguagem, indo assim afetar o processo de aprendizagem. A criança cujo desenvolvimento psicomotor é mal constituído poderá
apresentar problemas na escrita, na leitura, na direção gráfica, na distinção de letras, na ordenação de sílabas, no pensamento abstrato (Matemática) e em
aprendizagens mais complexas.

A escola ainda mantém o caráter mecanicista instalado na Educação Infantil, ignorando a Psicomotricidade. Os professores preocupam-se muito com a leitura e a
escrita, porém muitas vezes não sabem como resolver as dificuldades que alguns alunos apresentam, rotulando-os como portadores de distúrbios de
aprendizagem; todavia, muitas dessas dificuldades poderiam ser resolvidas na própria escola e até evitadas precocemente se houvesse um olhar atento e
qualificado por parte dos educadores para o desenvolvimento psicomotor.

Hoje temos consciência da importância da Psicomotricidade, uma vez que ela vem trazendo oportunidades para que as crianças possam desenvolver suas
capacidades básicas, aumentar seu potencial motor e, através de movimentos, atingir aquisições mais elaboradas, como as intelectuais, auxiliando a sanar essas
dificuldades.

Por volta dos três anos, as aquisições da criança são consideráveis e já possuem as coordenações neuromotoras essenciais, como andar, correr, pular, falar, se
expressar, utilizando jogos e brincadeiras. Esses aprendizados são, sem dúvida, o resultado de uma maturação orgânica progressiva, mas também vêm da
experiência pessoal e são parte do produto parcial da educação. Foram obtidos e são complementados progressivamente ao tocar, ao apalpar, ao andar, ao cair, ao
comparar.

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Essa ligação estreita entre maturação e experiência neuromotora, segundo Henri Wallon (1975), passa por diferentes estados:

• Estado de impulsividade motora – em que os atos são simples descargas de reflexos;


• Estados emotivos – as primeiras emoções aparecem no tônus muscular. As situações são conhecidas pela agitação que produzem, evidenciando a interação da
criança com o meio;
• Estado sensitivo-motor – coordenação mútua de percepções diversas (adquire a marcha, a preensão e o desenvolvimento simbólico e da linguagem);
• Estado projetivo – mobilidade intencional dirigida para o objeto. Associa a necessidade do uso de gestos para exteriorizar o ato mental (inteligência prática e
simbólica).

Do ato motor à representação mental graduam-se todos os níveis de relação entre o organismo e o meio (Wallon, 1975). O desenvolvimento, esse autor, é uma
constante e progressiva construção com predominância afetiva e cognitiva.

Na segunda infância surgem as aquisições motoras, neuromotoras e perceptivo-motoras, tomada de consciência do próprio corpo, afirmação da dominância
lateral, orientação em relação a si mesmo, adaptação ao mundo exterior.

Esse período é, ao mesmo tempo, o período de aprendizagens essenciais e de integração progressiva no plano social. Trata-se do período escolar, em que a
psicomotricidade deve ser desenvolvida e a criança de aprendizagem lenta terá que ter, ao seu lado, adultos que interpretem o significado de seus movimentos e
expressões, auxiliando-a na satisfação de suas necessidades.

Na Educação Infantil, devemos ter como prioridade a ajuda à criança para que esta possa ter uma percepção adequada de si mesma, compreendendo suas
possibilidades e limitações reais e, ao mesmo tempo, auxiliá-la a se expressar corporalmente com maior liberdade, conquistando e aperfeiçoando novas
competências motoras.

O movimento e sua aprendizagem levam as crianças a desenvolver:

• Habilidades motoras, que levem a criança a aprender a conhecer seu próprio corpo e a se movimentar expressivamente;
• Um saber corporal que inclua as dimensões do movimento, desde funções que indiquem afetividades e representações de movimentos;
• Trocas afetivas;
• A comunicação e a expressão das ideias;
• A exploração do mundo físico e o conhecimento do espaço;
• A apropriação da imagem corporal;
• As percepções rítmicas, estimulando reações novas, através de jogos corporais e danças;
• Habilidades motoras finas no desenho, na pintura, na modelagem, na escultura, no recorte, na colagem e nas atividades de escrita.

Os materiais que colaboram para as experiências motoras podem incluir:

• Túneis para as crianças percorrerem;


• Caixas de madeira;
• Materiais que rolem e onde as crianças possam entrar;
• Instrumentos musicais ou geradores de som (bandinhas de diversos objetos);
• Cordas e bastões;
• Bancos, sacos de diversos tamanhos, pneus, tijolos;
• Espelhos;
• Papéis de todos os tamanhos e formatos;
• Giz, lápis, canetas hidrográficas (de diversos tamanhos);
• Elásticos e outros.

Enfim, estimular atividades corporais para além da sala de aula auxiliaria os alunos a vencer melhor os desafios da leitura e da escrita.

Além disso, podemos destacar o fato de que as brincadeiras e os jogos são importantes no mundo da fantasia da criança, tornando possível transcender o mundo
imediatamente disponível, diretamente perceptível. O mundo perceptível das pessoas é sempre um mundo significativo, isto é, é sempre um mundo interpretado
por alguém e, portanto, singular e subjetivo, tal como a escrita.

A atitude da escola frente à espontaneidade do movimento de cada criança poderá influenciar fortemente o rumo do processo de aprendizagem da criança. A
escola que trabalha para o desenvolvimento psicomotor da criança tende a contribuir para o bom aprendizado.

A educação psicomotora ajuda a criança a adquirir o estágio de perfeição motora até o final da infância nos seus aspectos neurológicos de maturação, nos planos
rítmico e espacial.

É indiscutível que o exercício físico é muito necessário para o desenvolvimento mental, corporal e emocional do ser humano – e em especial da criança. O exercício
físico estimula a respiração, a circulação, o aparelho digestivo, além de fortalecer os ossos, músculos e aumentar a capacidade física geral, dando ao corpo um
pleno desenvolvimento.

Quanto à parte cognitiva, se a criança possuir bom controle motor poderá explorar o mundo exterior, fazendo experiências concretas que ajudam ampliar seu
repertório de atividades e ajudar a solucionar problemas, adquirindo assim várias noções básicas para seu desenvolvimento intelectual, o que permitirá também
tomar conhecimento do mundo que a rodeia e ter domínio da relação corpo-meio.

Quando o professor se conscientizar de que a educação pelo movimento é uma peça fundamental na construção pedagógica, que permite à criança resolver mais
facilmente os problemas atuais de sua escolaridade e a prepara, por outro lado, para sua existência no mundo adulto, essa atividade não ficará mais relegada ao
segundo plano, sobretudo porque o professor constatará que esse material educativo não verbal constituído pelo movimento é por vezes um meio insubstituível
para afirmar certas percepções, desenvolver formas de atenção e pôr em jogo determinados aspectos da inteligência.

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O trabalho do pedagogo, consciente da importância e utilidade da psicomotricidade na escola, é orientar o professor, motivando-o por meio de conscientização da
validade de sua aplicação e despertando o seu interesse para que possam ajudar os que estão envolvidos no processo de ensino-aprendizagem a chegar ao
sucesso desejado.

Referenciais teóricos
O conhecimento e a representação do próprio corpo, denominado esquema corporal, têm papel fundamental nas relações entre o “eu” e o mundo exterior. A
consciência do próprio corpo e de suas mobilizações é associada a toda a educação psicomotora. Essa educação efetua-se nos seguintes níveis:

• Ao nível da consciência e do conhecimento no qual a criança aprende a conhecer as diferentes partes do corpo, a diferenciá-las e a sentir suas atribuições;
• No nível do controle de si mesmo, que lhe permite alcançar a independência de seus movimentos e a disponibilidade de seu corpo em vista da ação.

Na construção do esquema corporal não bastam, no entanto, a maturação neurológica e a sensorial, nem o exercício e a experimentação que ocasionaram essa
maturação. Como em tantos outros aspectos evolutivos, é decisiva aqui também a experiência social.

O conceito de imagem corporal refere-se às relações em que existe a percepção que o individuo tem de seu corpo, traduz sua disposição ou sua indisposição nas
relações com as coisas ou pessoas (Mello, 2008).

Desde que a criança nasce, usa sua linguagem corporal para conhecer a si mesma, para relacionar-se com os pais, para movimentar-se e descobrir o mundo; essas
descobertas feitas com o corpo deixam marcas que são aprendizados afetivos incorporados.

Um movimento corporal saudável com o próprio corpo e seu uso na aprendizagem são práticas que deveriam ser cultivadas por toda a vida escolar. O uso do
corpo permitirá que essa lembrança seja prazerosa e a criança poderá contar com um aprendizado significativo. É muito interessante que a experiência da
aprendizagem seja compartilhada com o corpo orgânico, não se restringindo à ação verbal. A criança tem necessidade de falar, atuar, constatar, controlar, corrigir e
descobrir para depois interiorizar conceitos.

A infância é um período muito intenso de atividades, pois as fantasias ocupam quase todo o tempo da criança. A primeira infância é um período que pode ser
vivido muito intensamente. As produções físicas ou intelectuais são, portanto, corporais, dando interações do indivíduo com o mundo.

O processo de aprendizagem do pré-escolar é essencialmente lúdico. A criança aprende brincando; por isso, essa atividade se reveste de muita seriedade mediante
o brincar, a criança vai assumindo sua realidade, seu meio social, sua linguagem, seus usos e costumes; enfim, brincando, ela inicia a socialização.

Brincando é que a criança busca as informações desejadas, estabelece coordenações, organiza suas ideias, faz verificações, experimenta sensações, motivada pela
necessidade interior, realizada pela própria atividade. Tudo isso vem demonstrar a importância de propiciar condições para as brincadeiras infantis. Todo e qualquer
brinquedo ou material instrutivo pode ser utilizado, desde que proporcione à criança oportunidades reais de trabalho físico ou mental, como um caixote, uma
caixa, lápis de cor, uma coleção de objetos, uma corda, uma peteca e outros.

Pelo brinquedo, a criança tem oportunidade de se desenvolver. Aquela que tiver poucas oportunidades lúdicas certamente apresentará falha na idade adulta.
Brincando, a criança penetra e interioriza o mundo adulto.

A multiplicidade de formas e materiais induz a criança a:

• Pensar e desenvolver sua capacidade criadora;


• Ter iniciativa própria;
• Ter despertada sua alegria no experimentar, no descobrir;
• Ampliar a capacidade de expressão;
• Estabelecer vínculos de amizade e consciência de vida grupal.

Há, portanto, necessidade de adequação do brinquedo para que a criança seja levada a brincar. A lei da liberdade deve estar sempre presente no ato de brincar,
pois ele deve estar livre de pressões exteriores.

Brincar, para a criança, constitui um confronto com o meio ambiente, em nível de pré-realidade; enquanto brinca, ela aprende. Para a criança, brincar constitui um
trabalho que encara tão seriamente quanto seu pai vê seu serviço ou sua mãe faz tarefas domésticas.

O que é fundamental é compreender que, pelo brinquedo, a criança realiza a aprendizagem, desenvolvendo suas aptidões de forma natural e sem pressões.

Utilizar as diferentes linguagens: verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal – como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir
das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação (PCN, v. 1, Introdução).

No transcorrer do ensino, o aluno poderá desenvolver sua competência estética e artística nas diversas modalidades da área das Artes (Artes Visuais, Dança,
Música, Teatro), tanto para produzir trabalhos pessoais e grupais quanto para que possa progressivamente apreciar, desfrutar, valorizar e julgar os bens artísticos de
distintos povos e culturais produzidos ao longo da história e na contemporaneidade.

Nesse sentido, o ensino da Arte deverá organizar-se de modo que, ao final do ensino, os alunos sejam capazes de:

• Expressar e saber comunicar-se em artes mantendo uma atitude de busca pessoal e/ ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a sensibilidade e a reflexão
ao realizar e fruir produções artísticas;
• Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados em Artes (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), experimentando-os e conhecendo-os de modo a utilizá-los nos
trabalhos pessoais;
• Edificar uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas, no percurso de criação que
abriga uma multiplicidade de procedimentos e soluções;
• Observar as relações entre o homem e a realidade com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, indagando, argumentando e apreciando arte de modo sensível; (PCN,
v. 6, Artes).

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Em Corpo e movimento – o descobrimento do corpo na Educação Infantil, a conscientização corporal é em forma de exercícios com jogos, música etc. Esse tipo de
trabalho é muito bom para nossa experiência futura, uma vez que, os PCN citam que devemos buscar e saber organizar informações interdisciplinares em contato
com artistas, documentos, acervos nos espaços da escola e fora dela (livros, revistas, jornais, ilustrações, vídeos, discos, cartazes) e acervos públicos (museus,
galerias, centros de cultura, bibliotecas, fonotecas, videotecas, cinematecas, brinquedotecas), reconhecendo e compreendendo a variedade dos produtos artísticos
e concepções estéticas presentes na história das diferentes culturas e etnias.

Podemos observar também que um mesmo jogo ou brinquedo pode ser utilizado de forma interdisciplinar.

Conclusão
É difícil para o adulto aceitar que é natural a criança sentir prazer sexual.
Mas, é na infância que construímos os alicerces que compõem os elementos centrais da sexualidade: a vinculação
afetiva, a configuração da imagem corporal, a identidade sexual básica como homem ou mulher, a segurança e conforto como ser sexual, os medos e as
preocupações… e também as
sensações eróticas.
Maria Helena Vilela, diretora do Instituto Kaplan

Com isso concluímos a importância de estabelecer relações entre a noção corporal, a idade e o fazer cotidiano do aluno, não obstante a postura que impera nas
ações das escolas em geral, uma vez que para alguns professores o ensino ainda é visto de forma dividida em disciplinas que são concebidas como responsáveis
por “educar o corpo” e outras por “educar a mente”; esse é um dos grandes obstáculos para uma educação que contemple a idade corporal como elemento central
do processo formativo.

Por esse motivo temos que dar atenção especial à pedagogia preventiva, que reclama grande atenção por parte dos professores e produz magníficos resultados,
uma vez que leva em conta as inclinações e habilidades dos alunos e possui caráter vocacional, explorando as potencialidades de cada um como indivíduo único.

"Sem Amor é impossível ensinar ou aprender. A educação é arte do coração!”. Por isso as aulas não podem ser chatas, nem cansativas nem monótonas. Elas têm
sempre que ser renovadas e preparadas como se fossem as únicas, afirma Gabriel Chalita (2005).

É importante também oportunizar uma reflexão sobre currículo e programas por meio de leituras e práticas investigativas que favoreçam a formação de um
profissional capaz de intervir na escola como sujeito mediador participante, crítico e criativo, refletir sobre currículo e programas por suas tendências políticas e
concepções teóricas, investigar a prática pedagógica da escola com vista ao resgate de sua função social e compromisso com a comunidade e proporcionar
oportunidades para elaboração de uma proposta curricular que atenda à coletividade escolar a partir de sua realidade, com questionamentos e sugestões.

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Publicado em 10 de novembro de 2015

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