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UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
PÓS-GRADUAÇÃO

Curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia

Elisangela Catia de Oliveira Carvalho

A importância dos jogos e brincadeiras na Educação


infantil

RESUMO

Texto do resumo em parágrafo único, justificado. Não deve ser dado espaço da
margem na primeira linha. O texto justificado é aquele alinhado com as margens do
papel tanto no lado esquerdo quanto direito da folha. O texto do resumo deve ser
escrito em itálico, letra 12. Devem ser utilizadas no máximo 10 linhas.

PALAVRAS-CHAVE: até quatro palavras-chave. Devem ser separadas por ponto


final.
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1 INTRODUÇÃO

Esse artigo tem como tema “A importância dos jogos e brincadeiras na


educação infantil, pois é brincando, de forma prazerosa, que a criança irá construir
seu conhecimento, desenvolver sua autonomia, sua socialização e, o professor terá
a oportunidade, por meio da observação, de ter uma visão do desenvolvimento das
crianças tanto em conjunto como em particular.
Esse tema se justifica, pois para a criança, o brincar, não é apenas um
passatempo; seus jogos estão relacionados com um aprendizado fundamental: o
conhecimento e vivência do mundo que a cerca (FORTUNA, 2000).
A questão que move esta pesquisa é indagar sobre a importância dos jogos e
brincadeiras no desenvolvimento motor da criança na educação infantil. Sabe-se que
a criança deve ser estimulada em todos os seus aspectos, físico, motor, cognitivo,
afetivo e social para que tenha pleno desenvolvimento e assim possam construir seu
conhecimento de mundo. E esse conhecimento não se constitui em cópia da
realidade, mas sim, fruto de um intenso trabalho de criação, significação e
ressignificação (BRASIL, 1998).
O objetivo deste artigo é compreender a importância do desenvolvimento
motor de crianças na educação infantil através dos jogos e brincadeiras.
Essa pesquisa iniciou com levantamento de dados, através dos sites e
livros propostos, buscando na literatura o devido embasamento para que outras
pessoas que tenham o mesmo interesse possam ter material suficiente para
pesquisa.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL,
1998), aponta a necessidade do brincar e jogar, pois são fundamentais para o
desenvolvimento da identidade e autonomia, como também consciência do próprio
corpo. Para Wajskop (2012) é preciso brincar de forma significativa nas escolas
infantis, e, assim, aceitar a brincadeira das crianças como um elemento importante
no currículo e em suas ações pedagógicas. Kishimoto (2011), mostra a importância
do brincar para a criança da educação infantil.
Assim, iniciaremos com a descrição do desenvolvimento infantil; aspectos
atuais da educação infantil; O papel do jogo e brincadeiras na educação infantil,
considerações finais e referências.
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2 DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento infantil

Sabe-se que os primeiros anos de vida de uma criança são essenciais


para a sua formação, pois são marcados por muitas transformações como também
descobertas. Iniciam a descoberta do mundo que as cercam e aos poucos vão
construindo seu conhecimento.

A criança desenvolve-se pela experiência social, nas interações que


estabelece, desde cedo, com a experiência sócio-histórica dos alunos e do
mundo por eles criado. Dessa forma, a brincadeira é uma atividade humana
na qual as crianças são introduzidas constituindo-se em um modo de
assimilar e recriar a experiência sociocultural dos adultos (WAJSKOP, 2012,
p. 31).

Para que a criança então se desenvolva é preciso que todos os seus


aspectos sejam levados em consideração, o físico, o motor, o psicológico e o social.
Não dá para apenas desenvolver um aspecto, é preciso que ocorra um relação de
harmonia entre os aspectos.
Assim, os primeiros anos de vida de uma criança são marcados por grandes
transformações e descobertas. Aos poucos, os pequenos começam a entender o
mundo em que vivem e aprendem a lidar consigo mesmo e com os outros (REVISTA
NOVA ESCOLA, 2010).
Para que a criança realmente se desenvolva, é preciso que ela brinque, tenha
prazer e alegria para crescer; precisa do jogo como forma de equilíbrio entre ela e o
mundo. É através da interação criança/mundo. Contudo através do lúdico que a
criança passa a se desenvolver (BRASIL, 1988).
Assim, os primeiros anos de vida de uma criança são marcados por grandes
transformações e descobertas. Aos poucos, os pequenos começam a entender o
mundo em que vivem e aprendem a lidar consigo mesmo e com os outros (REVISTA
NOVA ESCOLA, 2010).
Portanto, a Educação Infantil, deve ser considerada como a primeira etapa da
Educação Básica, e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança, em
seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, onde o desenvolvimento
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infantil pleno e a aquisição de conhecimento acontecem, simultaneamente, em


busca da construção da autonomia, identidade e da atuação crítica na sociedade.

A Educação Infantil hoje

Antes a função da Educação Infantil, em todos os lugares do mundo era de


apenas um atendimento meramente assistencialista de caráter economicista, em
virtude das transformações econômicas que traziam consigo o capitalismo, que
visava mão de obra barata e de preferência feminina , pois era a classe que mais
aceitava a essas condições, a um custo favorável a exploração, favorecendo assim
a criação de pré escolas e creches (as pioneiras), destinadas às crianças filhas de
operárias (MENDES;RIBEIRO apud MENDES, 1999).
Foi a partir da criação da pré-escola e creches a demanda de crianças a
procura dessa modalidade começa a crescer, mesmo não havendo programas que
qualificassem o profissional que atendiam essa camada carente, era preciso
melhorar a qualificação desse professor que se destinava a essa modalidade de
ensino (MENDES; RIBEIRO apud MENDES, 1999).
Existe uma preocupação com relação ao trabalho com a educação infantil que
esta explícita hoje com o apoio da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação
brasileira, ela representa a garantia de uma educação que agora não se intitula
mais como pré escolar e sim como “Educação Infantil”, com características, regras e
demais suplementação pedagógica própria. Ela representou um grande avanço para
melhorar a realidade infantil, colaborando para validar seus direitos como aluno-
cidadão participante da sociedade em que vive.
Portanto, é de grande valia hoje o professor que se engaja a trabalhar com a
Educação Infantil, conhecer a criança no seu todo, ou seja, em suas especificidades
afetivas, emocionais, sociais e cognitivas delas desde a idade de zero a seis anos,
proporcionando assim uma qualidade das experiências oferecidas que possam
contribuir para o exercício da cidadania devem estar embasadas nos seguintes
princípios, que o referencial se coloca ajudando o educador a ter noção de como
trabalhar com os pequenos.
O próprio referencial curricular da educação infantil, destaca o movimento
como um aspecto importante , pois ele contempla a multiplicidade de funções e
manifestações ao ato motor, propiciando um amplo desenvolvimento de aspectos
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específicos da motricidade das crianças, abrangendo uma reflexão acerca das


posturas corporais implicadas nas atividades cotidianas, bem como também nas
atividades voltadas para a ampliação da cultura corporal de cada criança (BRASIL,
1998).
O brincar é o fazer em si, um fazer que requer tempo e espaço próprios; um
fazer que se constitui de experiências culturais, que é universal e próprio da
saúde, porque facilita o crescimento, conduz aos relacionamentos grupais,
podendo ser uma forma de comunicação consigo mesmo (a criança) e com
os outros (WINNICOTT, 1975, p. 63).

A Educação Infantil é um ótimo espaço para colaborar com o


desenvolvimento das crianças, porém como afirma Kishimoto (2016, p. 01), “as
propostas de educação infantil dividem-se entre as que reproduzem a escola
elementar com ênfase na alfabetização e números (escolarização) e as que
introduzem a brincadeira valorizando a socialização e a re-criação de experiências”.
As brincadeiras e jogos são, por si só uma situação de aprendizagem através
de regras existentes em cada um e, também, através da imaginação, que levam a
criança a reproduzir situações de seu dia a dia.

O papel do jogo e brincadeiras na educação infantil

A criança já foi considerada um ser sem as suas características próprias:


adulto em miniatura, ou ainda um adulto incompleto.
À medida em que foi havendo uma compreensão dinâmica do papel da
infância, foi se constatando que há, nessa fase da vida, motivos, interesses e
necessidades que lhe são próprios.
Nos tempos atuais, as propostas de educação infantil dividem-se entre as que
reproduzem a escola elementar com ênfase na alfabetização e números
(escolarização) e as que introduzem a brincadeira valorizando a socialização e a re-
criação de experiências (KISHIMOTO, 2005).
Cada vez mais, as explicações sobre o desenvolvimento infantil se dão sob
uma perspectiva interacionista, isto é, não é só a hereditariedade que influencia a
criança, tampouco o ambiente. Há uma auto-regulação biológica por parte do
individuo que se vai modificando, à media que amadurecem a suas capacidades de
ração, que por sua vez, expressam seu ajustamento ao ambiente.
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A introdução da brincadeira no contexto infantil inicia-se, timidamente, com


a criação dos jardins de infância, fruto da expansão da proposta froebeliana
que influencia a educação infantil de todos os países. A difusão não é
uniforme, pois depende de valores selecionados, apropriações de
elementos da teoria e forma como seus discípulos a traduzem. A
apropriação resume o modo pelo qual cada realidade interpreta um dado
teórico que reflete a orientação cultural de cada país (KISHIMOTO, 2005).

A importância do jogo no desenvolvimento da criança é uma questão


fundamental dentro do currículo da educação infantil. Existem inúmeras relações de
jogos, em que estes são classificados por faixa etária, por área de desenvolvimento,
por tipo de estímulo, pela origem, pela utilização ou não de objetos etc. Existe
também um tipo de classificação que se encontra na memória de cada um de nós:
são aqueles jogos que nossos pais e avós brincaram na infância, e que nos
transmitiram, jogos que não foram tirados de livros nem ensinados por um professor,
mas sim transmitidos pelas gerações anteriores à nossa ou aprendidos com nossos
colegas (LOPES, 2011).
Os jogos aconteciam na rua, no parque, na praça, dentro de casa ou no
recreio. Estes seriam os jogos tradicionais.
É importante explicar que também utiliza-se a palavra jogo para referir-se ao
"brincar", pois é o vocábulo predominante da língua portuguesa quando se trata de
atividade lúdica infantil. A palavra "jogo" se origina do vocábulo latino ludus, que
significa diversão, brincadeira. O jogo é reconhecido como meio de fornecer à
criança um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita
a aprendizagem de várias habilidades.
É como afirma Lopes (2011, p.33) “ O jogo para a criança é o exercício, é a
preparação para a vida adulta. A criança aprende brincando, é o exercício que a faz
desenvolver suas potencialidades”.
A brincadeira infantil também é um importante mecanismo para o
desenvolvimento da aprendizagem da criança. Uma das muitas formas de
transformação e libertação do ser humano, apesar de em pequena contribuição, é a
educação lúdica.

A educação lúdica está distante da concepção ingênua de passatempo,


brincadeira vulgar, diversão superficial. Ela é uma ação inerente na criança,
no adolescente, no jovem e no adulto e aparece sempre como uma forma
transacional em direção a algum conhecimento, que se redefine na
elaboração constante do pensamento individual em permutações com o
pensamento coletivo (ALMEIDA, 2000, p. 13).
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É preciso saber que o brincar da criança é uma forma infantil da capacidade


humana de experimentar, criar situações, modelos e como dominar a realidade,
experimentando e prevendo os acontecimentos.
Quando brinca, a criança toma certa distância da vida cotidiana, e entra no
mundo imaginário.
Para MAKARENKO (apud ALMEIDA, 2000, p. 32) “ o jogo é tão importante na
vida da criança como o trabalho é para o adulto”, e esse é o fato, que a educação do
futuro cidadão se desenvolver antes de tudo no jogo.

Cada jogo apresenta, dentro do item objetivos, uma ou mais dessas


características, para que o profissional possa escolher o jogo mais
apropriado para o momento educativo a que se propõe. Dentro de um
grupo, porém, muitas vezes se faz necessário reunir uma série de
objetivos que atinjam os participantes de forma individual ou grupal.
Para isso, o educador pode fazer um planejamento em que a
utilização dos jogos tenha um efeito gradual e globalizante dentro
dos aspectos desenvolvidos em cada jogo. Durante o processo que
envolve a confecção e o jogo, surgirão situações inesperadas, pois
cada momento é único e possui características próprias. A partir daí
o professor poderá ter novos objetivos a alcançar, criando muitas
possibilidades para ampliar os recursos mediante a confecção de
jogos (LOPES, 2011, p.46).

É possível, então perceber que todo jogo acontece em um tempo e espaço,


com uma seqüência própria da brincadeira.

Por meio dos jogos e brincadeiras as crianças adquirem e testam novos


conhecimentos. Representam situações que observam no seu dia-a-dia,
expressam suas angústias, seus medos, suas necessidades, seus prazeres,
suas fantasias. As brincadeiras deverão ser feitas seguindo um enfoque
baseado na teoria do desenvolvimento infantil, ou seja, respeitando as
características de cada faixa etária de cada criança e levando em
consideração que esta é um ser único desde que nasce (SILVA, 2000, p.
07).

Dessa forma pode se perceber que tanto o brincar como a participação nos
jogos será fundamental, pois desenvolvem de forma integrada nos aspectos
cognitivos, afetivos, físicos-motores, morais, lingüísticos e sociais. Este processo de
desenvolvimento se dá a partir da construção que a criança faz na sua interação
com o meio físico e social ( COSTA, 2009).

O brincar é a principal atividade da criança na vida; através do brincar ela


aprende as habilidades para sobreviver e descobre algum padrão no mundo
confuso em que nasceu. [...] “o brincar é o principal meio de aprendizagem
da criança”, onde esta gradualmente desenvolve conceitos de
relacionamentos causais, o poder de discriminar, de fazer julgamentos, de
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analisar e sintetizar, de imaginar e formular. Então, o brincar é de


fundamental importância do desenvolvimento da criança, que através do
lúdico, cria mecanismos de aprendizagem que proporcionarão o seu
desenvolvimento integral. [...] auxiliar na aprendizagem escolar, contribuindo
para um fenômeno cultural que consiste de ações psicomotoras exercidas
sobre o ser humano de maneira a favorecer comportamentos e
transformações OLIVEIRA apud COSTA, 2009, p. 04).

Portanto, é de grande valia hoje o professor que se engaja a trabalhar com a


Educação Infantil, conhecer a criança no seu todo, ou seja, em suas especificidades
afetivas, emocionais, sociais e cognitivas desde a idade de zero a cinco anos,
proporcionando assim uma qualidade das experiências oferecidas, contribuindo
assim para que possam ter o direito de exercer sua cidadania.

A existência de regras em todos os jogos é uma característica


marcante. Há regras explícitas como no xadrez ou amarelinha, regras
implícitas como na brincadeira de faz -de-conta, em que a menina se
faz passar pela mãe que cuida da filha. São regras internas, ocultas,
que ordenam e conduzem a brincadeira.” (KISHIMOTO, 2005, p. 24).

Dessa maneira, Froebel apud Portal Educação (2011, p.31), afirma que o
“brincar é a fase mais importante da infância – do desenvolvimento humano neste
período - por ser a auto-ativa representação do interno – a representação de
necessidades e impulsos internos”.
Reconhece-se então que é importante utilizar tanto os jogos como as brincadeiras
em prol do desenvolvimento infantil, como também facilitadores da aprendizagem
significativa.
Pode-se perceber então que tanto o brincar como a participação nos jogos
será fundamental, pois desenvolvem de forma integrada nos aspectos cognitivos,
afetivos, físicos-motores, morais, lingüísticos e sociais. Este processo de
desenvolvimento se dá a partir da construção que a criança faz na sua interação
com o meio físico e social ( COSTA, 2009).

O brincar é a principal atividade da criança na vida; através do brincar ela


aprende as habilidades para sobreviver e descobre algum padrão no mundo
confuso em que nasceu. [...] “o brincar é o principal meio de aprendizagem
da criança”, onde esta gradualmente desenvolve conceitos de
relacionamentos causais, o poder de discriminar, de fazer julgamentos, de
analisar e sintetizar, de imaginar e formular. Então, o brincar é de
fundamental importância do desenvolvimento da criança, que através do
lúdico, cria mecanismos de aprendizagem que proporcionarão o seu
desenvolvimento integral. [...] auxiliar na aprendizagem escolar, contribuindo
para um fenômeno cultural que consiste de ações psicomotoras exercidas
sobre o ser humano de maneira a favorecer comportamentos e
transformações OLIVEIRA apud COSTA, 2009, p. 04).
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Dessa forma é importante compreender que tanto o jogo como as


brincadeiras não tem somente função de distração e divertimento e sim um sentido
mais profundo, eles são fundamentais para o desenvolvimento cognitivo, motor e
psicológico da criança em sua integralidade.

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