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RESUMO
1. INTRODUÇÃO
A criança é, antes de tudo, um ser feito para brincar. O jogo, eis aí um artifício que a
natureza encontrou para levar a criança a empregar uma atividade útil ao seu
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O brincar é uma forma de comunicação. A criança, por meio das brincadeiras, aprende a
reproduzir seu dia a dia, criando imaginações e fantasias, possibilitando processo de
aprendizagem, ajudando na construção da autonomia, criatividade e reflexão. O enfoque da
pesquisa encontra-se na importância do brincar relacionado ao processo de aprendizagem, de
estimulação para socialização, desenvolvimento de habilidades e construção da identidade das
crianças.
1. Bárbara Henrique de Oliveira Allein, Cristiana Vieira Paz, Luana Lemes Vieira, Rafaela Degan e
Sonia Knihs Crespi - Acadêmicas do Curso de Pedagogia. Centro Universitário Leonardo da Vinci
– UNIASSELVI – Curso (PED6804)
2. Professora Irani Aparecida Seidler Prim – formação em Pedagogia pela UDESC,
Especialização em Psicopedagogia pela FACVET de Lages, Educação Especial Inclusiva,
Gestão e Tutoria, Orientação, Supervisão e Gestão Escolar, Orientação Educacional,
Supervisão Educacional pela UNIASSELVI, Cursando Educação Especial: TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA (TEA), Mestranda em Educação pela UNIVALI.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Hartz et al. (2012), o brincar é o reflexo do mundo interior da criança, e através
das brincadeiras, ela expressa suas emoções, expondo com naturalidade alegrias, tristezas,
dúvidas, angústias e incertezas. Assim, as brincadeiras são formas de aprendizado da criança,
desenvolvendo suas habilidades. Para Colchesqui (2015, p. 3):
A construção da identidade das crianças por meio das brincadeiras é importante, proporciona
para as crianças vivencias lúdicas, descobertas, e seu desenvolvimento (evolução). Conforme afirma
Hartz et al. (2012), a construção dessa identidade se dá nas vivencias do dia a dia, em primeiro
momento no ambiente familiar e depois na escola. Para Brougére (2001), “a criança pequena é
iniciada na brincadeira por pessoas quinterae cuidam dela. A criança entra progressivamente na
brincadeira do adulto, de quem ela é inicialmente o brinquedo, o espectador ativo e depois o real
parceiro” (2001, p. 98).
Por meio do uso de jogos o sujeito consegue estabelecer significados do mundo que
o cerca, ou seja, apropriar-se do mundo adulto estabelecendo suas inferências. A
escola tem papel fundamental nesse processo, uma vez que, nesse ambiente, as
brincadeiras e jogos têm uma dimensão diferenciada das brincadeiras em outros
contextos. Na escola, as brincadeiras e jogos são planejados (ou ao menos deveriam
ser) e buscam alcançar objetivos. (LEÃO, 2015, p. 650)
O brincar na educação infantil faz com que a criança estabeleça regras constituídas
por si e em grupo, e contribui na integração do indivíduo na sociedade. Desta maneira,
a criança estará resolvendo conflitos e hipóteses de conhecimento e, ao mesmo
tempo, podendo desenvolver a capacidade de compreensão sobre muitos pontos de
vista diferentes, e ainda, fazendose entender e demonstrar sua opinião em relação
aos outros. Também, é importante perceber e incentivar a capacidade criadora das
crianças, pois esta se constitui numa das formas de relacionamento e recriação do
mundo, na perspectiva da lógica infantil.
Verifica-se uma associação “do saber ler e escrever (alfabetização) e ser capaz de fazer
uso da leitura e da escrita (letramento)” (SOARES, 2004, p.7). Recorrendo às concepções de Martins
(2012), a alfabetização está cada vez mais designada em não apenas ensinar e aprender as
habilidades de codificação e decodificação, mas requer domínio dos conhecimentos que permitem o
uso das habilidades nas práticas sociais de leitura e escrita, surgindo assim o letramento. É
indispensável que o trabalho do professor seja qualificado nesse sentido, para garantir uma
construção mais sólida e crítica do conhecimento nos anos seguintes. (MARTINS, 2012, p. 20).
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018), nos dois primeiros
anos do Ensino Fundamental, a ação pedagógica deve ter como foco a alfabetização, “a fim de
garantir amplas oportunidades para que os alunos se apropriem do sistema de escrita alfabética de
modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu
envolvimento em práticas diversificadas de letramentos” (BRASIL, 2018, p. 59). Nesse período da
vida, as crianças estão vivendo mudanças importantes em seu processo de desenvolvimento que
repercutem em suas relações internas, com os outros e com o mundo.
As brincadeiras são fundamentais para o desenvolvimento das crianças nos anos iniciais
da sua vida escolar. É nas brincadeiras que as crianças desenvolvem seu conhecimento, aprendem
sobre si, se reconhecem, aprende sobre os outros e desenvolvem sua autonomia e sua identidade.
Para Vygotsky:
Ao brincar, a criança se expressa e comunica. Nas interações e no meio onde vive ela
desenvolve conhecimentos espontâneos, levando a criatividade e liberdade de pensamentos
(imaginação). Nessas interações e brincadeiras, as crianças obtêm conhecimento do mundo,
compreendem como são e como funcionam as etapas de preparo para a vida. Segundo Leão (2015,
p. 650), “a criança demonstra, a partir do lúdico e da brincadeira, interesses e gostos, desenvolve
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3. MATERIAIS E MÉTODOS
Este tópico apresenta a forma metodológica utilizada na presente pesquisa. O objetivo foi
buscar informações sobre a importância das brincadeiras para o desenvolvimento das crianças.
Para compor os resultados, selecionamos artigos científicos que refletiam diretamente sobre
o tema escolhido, seja por meio de aprofundamento teórico ou exemplos práticos vivenciados pelos
autores, respeitando os critérios de inclusão e exclusão supracitados.
Em relação as etapas “levantamento das fontes bibliográficas e leitura analítica e exploração
das fontes bibliográficas” foi realizada seguindo três passos: Inicialmente, analisou-se todos os
estudos identificados pelas combinações das palavras-chave, por meio da análise do título do
estudo, respeitando os critérios supracitados. Em seguida, observou-se, por meio dos resumos,
informações relevantes e condizentes ao tema tratado, bem como aos questionamentos e critérios
estabelecidos.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Na Base Nacional Comum Curricular – BNCC - (BRASIL, 2018), brincar é um dos direitos de
aprendizagem e desenvolvimento na educação infantil. Brincar cotidianamente de diversas formas,
em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), amplia e diversifica
seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas
experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – RCNEI (BRASIL,
1998), o brincar ocorre por meio de várias categorias e experiências que são diferenciadas pelo uso
do material ou dos recursos predominantemente implicados em sua execução, e são organizadas em
três categorias básicas: brincar de faz-de-conta, brincar com materiais de construção e brincar com
regras. Essas modalidades incluem: o movimento e as mudanças da percepção resultantes
essencialmente da mobilidade física das crianças; a relação com os objetos e suas propriedades
físicas assim como a combinação e associação entre eles; a linguagem oral e gestual que oferecem
vários níveis de organização a serem utilizados para brincar; os conteúdos sociais, como papéis,
situações, valores e atitudes que se referem à forma como o universo social se constrói; e,
finalmente, os limites definidos pelas regras, constituindo-se em um recurso fundamental para
brincar. (BRASIL, 1998, p. 28).
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A pesquisa também se embasou na pedagogia de Waldorf, hoje utilizada por uma instituição
de ensino do município de Brusque. De acordo com a Pedagogia Waldorf, o primeiro setênio ocorre
entre 0 a 7 anos de idade e é o período onde acontece o desenvolvimento dos quatro básicos que
são: tato, movimento, equilíbrio e sentido vital. Esses sentidos proporcionam o desenvolvimento
saudável da criança e a ajudam a conhecer e se colocar no mundo que a cerca. As experiências da
primeira são muito importantes, pois delas dependem muita coisa, inclusive um aprendizado
saudável e bem-sucedido mais tarde.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS: