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2. PROBLEMA:
3. JUSTIFICATIVA:
Este trabalho tem como objetivo contribuir e sua relação com a melhoria do aprendizado
entre crianças da educação infantil e analisar a utilização de propostas pedagógicas lúdicas e sua
relação com a reflexão acerca do jogo e da brincadeira no campo da educação infantil. Como os
jogos cooperativos estimulam a socialização e colaboram para a diminuição da animosidade
entre os seus participantes.
A escolha do tema Jogos e brincadeiras partiram da necessidade de entender a relação do
professor com este cenário e sua inserção ou não com as novas tecnológicas e sua utilização no
processo de ensino aprendizagem, daí sua importância para a formação de professores para a
educação básica. Também por estabelecer uma análise sobre as características pertinentes ao
âmbito escolar, com relação aos jogos, torna-se relevante à valorização deste elemento lúdico da
cultura, para transformar o cotidiano escolar num lugar de encontro prazeroso e humano, é mais
uma perspectiva para realização desse trabalho.
Sabe-se que são múltiplos os fatores que contribuem para a construção de conhecimentos
que marcam o comportamento do ser humano, mesmo na infância, através da relação com os
seus semelhantes e pela experiência do cotidiano. Resultado na projeção interior em conjunto
com o que lhes é externo, aquilo que assimila por herança familiar, pela educação e pela cultura.
Considerando as brincadeiras e os jogos como atividades privilegiadas para a formação do
desenvolvimento e da aprendizagem na criança e partindo do entendimento de jogo enquanto
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4. METODOLOGIA:
A pesquisa será de cunho teórico e empírica, desenvolvida com bases em livros e artigos e
também terá estudo de caso, que será realizado no CMEI João Leonor de Oliveira e para a coleta
de dados serão feitas entrevistas com os professores que atuam nessa Instituição de Ensino.
A pesquisa bibliográfica é importante para a fundamentação teórica sendo utilizados autores
como: Aguiar (1999), Bujes (2001), Brasil (1996), (1998), Carvalho (1992), Cunha (1994),
Crady (2001), Dohme (2003), Fortuna (2000), Friedmann (1995), (1996), Froebel (1912),
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Huizinga (1999), Kishimoto (1996), (1998), (2008), Macedo (2000), Maluf (2003), (2012),
Maratani (2003), Moura (1991), Oliveira (2000), Piaget (1978), PCN (1998), Santos (1995),
(2002), Spodek (1988), Teixeira (2010), Vygotsky (1994), (1998), (2003), Zanluchi (2005),
Wallon (1979).
5. OBJETIVOS:
5.1 GERAL:
5.2 ESPECÍFICO:
6. REVISÃO TEÓRICA
A criança se expressa pelo ato lúdico e é através desse ato que a infância carrega
consigo as brincadeiras. Elas perpetuam e renovam a cultura infantil, desenvolvendo
formas de convivência social, modificando-se e recebendo novos conteúdos, a fim de se
renovar a cada geração. É pelo brincar e repetir a brincadeira que a criança saboreia a
vitória da aquisição de um novo saber fazer, incorporando-o a cada novo brincar.
(CRAIDY E KAERCHER 2001, p.103)
Kishimoto (2008, p.24) afirma que dispor de uma cultura lúdica é dispor de um número
de referências que permitem interpretar como jogo atividades que poderiam não ser vistas como
tal para outras pessoas, onde todo jogo e toda a brincadeira pressupõe uma cultura específica que
pode ser denominada cultura lúdica, um conjunto de procedimentos que tornam a ação do jogo e
a atuação dos que brinca possível.
Para Kishimoto (2008, p.26) o desenvolvimento da criança determina as experiências
possíveis, mas não produz por si só a cultura lúdica. Esta se origina das interações sociais, assim
toda cultura geral pode ser vista como uma construtora da lúdica, assim no decorrer das
brincadeiras e do desenvolvimento a criança brinca e ressignifica a todo tempo os elementos da
vida social que chegam até ela.
Segundo RCNEI (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil), entendemos
a importância do brincar (e que esta questão na vida escolar da criança), tendo em vista, o
desenvolvimento da criança em todos os seus aspectos, ou seja, cognitivo, afetivo, motor e
social.
O brincar é, portanto, uma atividade natural, espontânea e necessária para criança,
constituindo-se em uma peça importantíssima a sua formação seu papel transcende o
mero controle de habilidades. É muito mais abrangente. Sua importância é notável, já
que, por meio dessas atividades, a criança constrói o seu próprio mundo. (SANTOS,
2002, p.4).
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Para Piaget (1978) a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da
criança. Estas não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar energia das
crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual.
Segundo Kishimoto (1996) a atividade lúdica pode apresentar-se de três formas o jogo,
brinquedos e brincadeiras, cada atividade desta possui características distintas, entretanto se
assemelham quanto ao desenvolvimento cognitivo e ao prazer proporcionado por eles, assim,
para um a melhor compreensão torna-se importante distingui-las e identificá-las de forma mais
detalhada.
Segundo Bujes (2001, p.13) a escola de Educação Infantil deve proporcionar um
ambiente agradável que atenda as necessidades das crianças com atividades pedagógicas
embasadas no lúdico, valorizando e oportunizando os bebês para explorarem o espaço e
conquistar novas habilidades.
Como afirma Brasil (1998, p. 27) “ao brincar as crianças cria e recriam e repensam os
acontecimentos do seu imaginário para o aprender, que acontece através do brincar,
desenvolvendo o aprender de forma lúdica, mais as brincadeiras não podem ser sempre dirigidas
da mesma forma, mas de maneiras variadas, livres com o intuído de gerar aprendizagem, ou seja,
com uma função educativa para o desenvolvimento da criança.
Segundo Vygotsky (2003) o brincar vem auxiliando cada vez mas a criança no seu
aprendizado, no faz de conta a criança tem a oportunidade de ser aquilo que ainda não é ou seja
ser o que ela imagina ser ou seja através do seu imaginário ela vive suas próprias fantasias num
mundo cheio de fantasias e encantando, também as crianças agi como se fosse maiores ou ate
imita os adultos, exercitar-se na compreensão de papéis sociais e poder usar, de modo simbólico,
objetos e ações que ainda não lhe são permitidos. Dessa forma, enquanto brinca, a criança realiza
muitas descobertas sobre o mundo que a cerca e sobre si mesma, bem como aprende a
relacionar-se com o outro, com o mundo em que vive.
Friedmann (1996, p. 56), afirma que é necessário dar atenção especial ao jogo, pois as
crianças têm o prazer de realizar tarefas através da ludicidade. E quando isto a acontece vivência
o mundo imaginário e assim se afasta da sua vida habitual. O brincar na escola é diferente do
brincar em outro lugar, a brincadeira na escola tem como finalidade o aprendizado da criança
envolvendo assim toda a equipe pedagógica.
Kishimoto (2008, p.20) relata que as brincadeiras estimulam a representação, a expressão
de imagens que evocam aspectos da realidade. Através das brincadeiras a criança cria as
reproduções do cotidiano, e de tudo o que está a sua volta; Pode-se dizer que um dos objetivos da
brincadeira é dar a criança um substituto dos objetos reais, para que possa manipulá-la.
Friedmann (1995) afirma que o jogo contribui para o desenvolvimento da criança
principalmente na educação infantil, onde é dada a oportunidade de manuseio com objetos em
um ambiente favorável para o seu aprendizado e com isso ela retém o conhecimento. É
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fundamental acreditarmos no jogo como elemento importante no que diz respeito ao aprendizado
e que é essencial obter conhecimentos sobre as atividades lúdicas no que se refere à educação
infantil, pois através dessas atividades a criança auto-expressa.
Piaget (apud ANTUNES, 2014), diz que o jogo pode contribuir para desenvolver as mais
complexas formas de pensamento na medida em que são levadas a se empenharem para refletir
sobre o seu procedimento. Sendo assim o professor tem um papel preponderante em levar a
criança a refletir sobre toda a ação do jogo, ampliando sua capacidade de pensamento.
De acordo com Piaget (1978), as primeiras reconstituições lingüísticas de ações surgem
junto à reprodução de situações ausentes, através da brincadeira simbólica e da imitação. A
criança começa a verbalizar o que só realizava motoramente.
Santos (2002) refere-se ao significado da palavra ludicidade que vem do latim ludus e
significa brincar. Onde neste brincar estão incluídos os jogos, brinquedos e brincadeiras, tendo
como função educativa do jogo o aperfeiçoamento da aprendizagem do indivíduo.
Do ponto de vista de Oliveira (2000) o lúdico não significa apenas recrear, mas sim
desenvolver-se integralmente. Caracterizando-se como uma das formas mais complexas que a
criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo, ou seja, o desenvolvimento
acontece através de trocas recíprocas que se estabelecem durante toda sua vida. Todavia, através
do brincar a criança pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a
imitação, a imaginação, ainda propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da
personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.
Vygotsky (1998) acentua o papel ao ato de brincar na constituição do pensamento
infantil, pois é brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo,
tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos,
pessoas, coisas e símbolos.
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Zanluchi (2005, p. 91) afirma que “A criança brinca daquilo que vive; extrai sua
imaginação lúdica de seu dia-a-dia”, portanto, as crianças, tendo a oportunidade de brincar,
estarão mais preparadas emocionalmente para controlar suas atitudes e emoções dentro do
contexto social, obtendo assim melhores resultados gerais no desenrolar da sua vida.
Vygotsky (1998) toma como ponto de partida a existência de uma relação entre um
determinado nível de desenvolvimento e a capacidade potencial de aprendizagem. Defende a
ideia de que, para verificar o nível de desenvolvimento da criança, temos que determinar pelo
menos, dois níveis de desenvolvimento. O primeiro deles seria o nível de desenvolvimento
efetivo, que se faz através dos testes que estabelecem a idade mental, isto é, aqueles que a
criança é capaz de realizar por si mesma, já o segundo deles se constituiria na área de
desenvolvimento potencial, que se refere a tudo aquilo que a criança é capaz de fazer com a
ajuda dos demais, seja por imitação, demonstração, entre outros. Assim, significa que a criança
pode fazer hoje com a ajuda dos adultos ou dos iguais certamente fará amanhã sozinha.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998,
p. 23):
Maluf (2003, p.17) afirma que o ato de brincar é um estímulo, brincando a criança está
aprendendo de forma natural e espontânea. O educador deverá aproveitar toda a riqueza que o
lúdico oferece, envolvendo a fantasia do brincar a favor do conhecimento. O brincar sempre foi e
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sempre será uma atividade espontânea e muito prazerosa, acessível a todo ser humano, de
qualquer faixa etária, classe social ou condição econômica.
Com base no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, p. 27) a
brincadeira é uma linguagem infantil que matem vínculo essencial com aquilo que é o não
brincar. A brincadeira em si, nada mais é do que o uso da imaginação. A criança usa uma
linguagem simbólica para separar mundo imaginário do mundo real.
Assim como afirma Aguiar (1999, p. 58), “A atividade lúdica é o berço das atividades
intelectuais da criança, sendo por isso indispensável á a prática educativa. Brincando a criança é
espontânea e a partir daí podem acontecer coisas imprevisíveis, sendo esse o ponto alto da
brincadeira”.
Neste sentido, Carvalho (1992, p.28) afirma que o ensino absorvido de maneira lúdica,
passa a adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência
da criança, já que ela se modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em
ludicidade, denotando-se, portanto em jogo.
de sua ação, pela escolha e determinação do momento apropriado para o jogo. Neste sentido, o
jogo transposto para o ensino passa a ser definido como jogo pedagógico.
Conforme as orientações dos novos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’ s, MEC,
1998, p.47), as atividades com jogos podem representar um importante recurso pedagógico, já
que:
“Os jogos constituem uma forma interessante de propor problemas, pois permitem que
estes sejam apresentados de modo atrativo e favorecem a criatividade na elaboração de
estratégias de resolução e busca de soluções. Propiciam a simulação de situações-
problema que exigem soluções vivas e imediatas, o que estimula o planejamento das
ações”.
Conforme Spodek e Saracho (1998) pode haver dois modos de mediação por parte do
professor durante o jogo ou brincadeira: o participativo e o dirigido. Sendo que no modo
participativo a mediação visa à aprendizagem incidental, ao encontrar um problema os alunos
tentam, junto com o professor, encontrar a solução. Já no modo dirigido o professor utiliza o
lúdico para inserir a aprendizagem dos conteúdos e dirigir as atividades para situações lúdicas.
Segundo Moratori (2003, p.14), ao optar por uma atividade lúdica o educador deve ter
objetivos bem definidos. Esta atividade pode ser realizada como forma de conhecer o grupo
como qual se trabalha ou pode ser utilizada para estimular o desenvolvimento de determinada
área ou promover aprendizagens específicas (o jogo como instrumento de desafio cognitivo).
Kishimoto (2008, p.41) afirma que:
Quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto com vistas a
estimular certos tipos de aprendizagem, surge a dimensão educativa. Desde que
mantidas as condições para a expressão do jogo, ou seja, a ação intencional da criança
para o brincar, o educador está potencializado as situações de aprendizagem.
Nesse sentido Teixeira (2010, p.65) diz que “Para que o brincar aconteça, é necessário
que o professor tenha consciência do valor das brincadeiras e do jogo para a criança, o que indica
de este profissional conhecer as implicações nos diversos tipos de brincadeiras, bem como saber
usá-la e orientá-las”.
Maluf (2003) nos diz que o educador antes de aplicar uma atividade lúdica, deve saber
criar, organizar, agir, mostrar, ajudar e avaliar a atividade proposta. Nesse sentido, observamos a
necessidade do professor planejar as atividades lúdicas para trabalhar em suas aulas, e fazer o seu
planejamento de acordo com essas atividades.
É papel do educador, observar e coletar informações sobre as brincadeiras das crianças
para enriquecê-las em futuras oportunidades. Sempre que possível o educador deve participar das
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brincadeiras e aproveitar para questionar com as crianças sobre as mesmas. É relevante que este
profissional organize e estruture o espaço de forma a estimular na criança a necessidade de
brincar, também visando facilitar a escolha das brincadeiras.
Nesse sentido, Maluf (2012, p.102) menciona que “quando propomos uma brincadeira,
elas dificilmente se negam a brincar ou dizem não gosto de brincar”. Sendo assim, o brincar é
um ato que pertence à criança, é uma atividade que dificilmente elas negam realizar, pois as
crianças gostam muito de brincar.
Segundo Macedo (2005) a atividade lúdica é uma prática social constante de grande valor
na formação do indivíduo. O brincar, as brincadeiras e os jogos fazem parte do cotidiano infantil,
e precisam ser valorizados e trabalhados na escola; uma vez que são importantes para o
desenvolvimento das crianças.
Para Piaget (1978), os jogos tornam-se mais significativos à medida que a criança se
desenvolve. O jogo é um universo crítico e criativo; gera valores e estimula a interação. E assim
temos mais uma evidência de que o lúdico, o jogo ou a brincadeira são de grande valia como
estratégia pedagógica. O lúdico é uma das principais vias de aprendizagem e comunicação da
criança com o mundo. Portanto, é imprescindível que os jogos estejam presentes no processo de
evolução dessa criança, e dentro do espaço escolar; devem ser vistos como auxiliares no
processo de ensino-aprendizagem.
Para Fortuna (2000, p. 9), “uma aula lúdica é uma aula que se assemelha ao brincar”, ou
seja, é uma aula livre, criativa e imprevisível. É aquela que desafia o aluno e o professor,
colocando-os como sujeitos do processo pedagógico. A presença da brincadeira na escola
ultrapassa o ensino de conteúdos de forma lúdica, dando aos alunos a oportunidade de aprender
sem perceber que o estão.
De acordo com o RCNEI (1998, p.29), “cabe ao professor organizar situações para que as
brincadeiras ocorram de maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de
escolherem os temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar e assim elaborarem de
forma pessoal e independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais”.
Maluf (2003, p.30) diz que todo aprendizado que o brincar permite, é fundamental para a
formação da criança, em todas as etapas da sua vida. Muitas vezes no cotidiano escolar as
atividades recreativas e artísticas só são permitidas pelos professores quando estes não
planejaram nada, estão cansados e indispostos, os alunos tiveram bom comportamento ou em
datas comemorativas. Em linhas gerais é fundamental que o educador insira o brincar em seu
projeto educativo, isto expressa consciência da importância de sua atuação em relação ao
desenvolvimento da aprendizagem.
O RCNEI (1988, p.28) diz que “pela oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginárias
e criadas por elas mesmas, às crianças podem acionar seus pensamentos para a resolução de
problemas”. Acredita-se que proporcionando a brincadeira, a criança cria um espaço no qual ela
pode ter uma visão e uma compreensão sobre as pessoas, os sentimentos e os diversos
conhecimentos apresentados a elas.
Todas as instituições que atendem crianças de até seis anos devem respeitar o grau de
desenvolvimento biopsicossocial e a diversidade social e cultural das populações
infantis, como também promover o seu desenvolvimento integral, ampliando suas
experiências e conhecimentos, de forma a estimular o interesse pela dinâmica e
conhecimentos, de forma a estimular o interesse pela dinâmica da vida social e
contribuir para que sua integração e convivência na sociedade sejam produtivas e
marcadas pelos valores de solidariedade, liberdade, cooperação e respeito. As
instituições de Educação Infantil precisam ser acolhedoras, atraentes, estimuladoras,
acessíveis às crianças e ainda oferecer condições de atendimento às famílias,
possibilitando a realização de ações sócio educativas. (MALUF, 2009, p.13).
Kishimoto (1996, p.32) afirma que a implementação do lúdico como caráter recreativo e
didático se faz presente na maioria das escolas, mostrando que os educadores reconhecem a
importância do lúdico no desenvolvimento dos educandos, e o seu papel na construção da
individualidade e das relações interpessoais. Sendo portando necessária sua valorização no
âmbito escolar mediante a construção de jogos, brinquedos e o resgate das brincadeiras.
Além disso, Vygostsky (1998) afirma que o brincar é um espaço de aprendizagem onde a
criança age além do seu comportamento humano. No brincar, ela age como se fosse maior do
que é na realidade, realizando simbolicamente, o que mais tarde realizará na vida real. Embora
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aparentemente expresse apenas o que mais gosta, a criança quando brinca, aprende a se
subordinar às regras das situações que reconstrói.
Para Macedo (2005), o brincar infantil é um processo importante na construção de
conhecimentos e no desenvolvimento integral da criança, independente do local em que vive, do
grupo e da cultura da qual faz parte, proporcionando a mediação entre o real e o imaginário. O
brincar estimula a inteligência porque faz com que a criança solte sua imaginação e desenvolva a
criatividade, possibilitando o exercício da concentração e de atenção, levando a criança a
absorver-se na atividade. Desta forma, é possível afirmar que a criança e o brincar se completam.
Piaget (apud KISHIMOTO, 1998), concorda que tendo como princípio básico a noção de
equilibração como mecanismo adaptativo da espécie, admite a predominância na brincadeira, de
comportamentos de assimilação sobre acomodação. A criança na ludicidade ela passa a se
desenvolver este processo de assimilação dos jogos e brincadeiras o comportamento que era de
acomodação sem ação, sem iniciativa torna se diferenciado por ações, iniciativas de se próprio o
desenvolvimento do seu aprendizado na ludicidade.
7. CRONOGRAMA
2018
Tema X
Justificativa X X
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Problemática X
Hipótese X
Objetivos X
Referencial X X
Cronograma e X
metodologia
Entrega X
Apresentação X
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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escola.Papirus, 1999. Disponível em www.books.google.com acesso em 22/05/2018.
ANTUNES. Celso. O jogo e a educação infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e
ouvir. Fascículo 15.9 ed. Petrópolis, RJ. Vozes, 2014
CRAIDY, Carmem M.; KAERCHER, Gládis E. P. S. Educação infantil: pra que te quero?
Porto Alegre: Artmed, 2001.
FROEBEL, F. Pedagogics of the Kindergarten – or his ideas concerning the play and
plaything of the child. HARRIS, W.T. (Ed). The international series. New York/London: D.
Appleton and Company, 1912. Vol. 30.
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MORATORI, Patrick Barbosa. Por que utilizar jogos educativos no processo de ensino
aprendizagem? Universidade federal do Rio de Janeiro - Instituto de matemática. Rio de
Janeiro, RJ, 2003.
SANTOS, Santana Marli Pires dos. Brinquedoteca: sucata vira brinquedo. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1995.
SPODEK, Bernard; SARACHO, Olívia N. Ensinando crianças de três a oito anos. Porto
Alegre: Artmed, 1988.
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implicações no processo de aprendizagem e desenvolvimento. Rio de Janeiro: wak, 2010.
VYGOTSKY, L. S. (2003) Psicologia Pedagógica. Porto Alegre, RS: Artmed. (Original
publicado em 1926).
___________, L. S. A Formação Social da Mente. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes Editora
LTDA, 1998.