Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Na Educação Infantil, as crianças compartilham um conjunto de situações regulares em sua forma e frequência,
que envolvem ações estruturantes para o bem-estar das crianças na escola e para a progressiva construção de
valores significativos na interação social, como a autonomia e a cooperação. Partindo deste pressuposto resolveu-
se desenvolver este trabalho, tendo como temática “A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil,
pois se sabe que os jogos são instrumentos lúdicos de aprendizagem que de forma agradável e eficaz
proporcionam velocidade no processo de mudança de comportamento e aquisição de novos conhecimentos.
Aprender jogando é a maneira mais prazerosa, segura e atualizada de ensinar. Desta forma os alunos da sala de
recursos estão, de maneira lúdica, através de jogos em sala de aula aprendendo de forma diferenciada. Qual a
contribuição das brincadeiras e dos brinquedos para o desenvolvimento do aprendizado da criança de 0 a 5 anos
da Educação Infantil? Quais são as metodologias utilizadas para a inserção de jogos apropriados para essa
determinada idade? De que forma a realidade é levada para dentro da escola? Nossas escolas estão preparadas
para elaborar programas que possam conter no campo técnico brincadeiras e jogos, para as crianças aprenderem
de uma forma mais inovadora. A presente pesquisa tem como objetivo principal Investigar a importância da
inserção de jogos lúdicos, como um modelo prático de vivência e consciência, visando uma melhor prática no
desenvolvimento da criança. Compreendendo a importância do lúdico no ensino das crianças com o intuito de ter
uma sociedade que se volte para esse trabalho. Analisando as possibilidades e os limites das crianças, a partir de
trabalhos que mobilizem a prática desenvolvida no dia-a-dia de cada uma delas.
1. INTRODUÇÃO
espaço para brincar e conviver com os outros, a educação infantil destaca a interação
interação com os diversos aspectos da cultura como eixo estruturante da aprendizagem nesse
segmento escolar.
Partindo deste pressuposto resolveu-se desenvolver este trabalho, tendo como temática
“A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil, pois se sabe que os jogos são
instrumentos lúdicos de aprendizagem que de forma agradável e eficaz proporcionam
velocidade no processo de mudança de comportamento e aquisição de novos conhecimentos.
Aprender jogando é a maneira mais prazerosa, segura e atualizada de ensinar. Desta forma os
alunos da sala de recursos estão, de maneira lúdica, através de jogos em sala de aula
aprendendo de forma diferenciada.
Percebe-se que nos dias atuais não vemos mais isto acontecer, pois ninguém mais
tem tempo para brincar com seus filhos, o que se vê é cada vez mais um número maior de
escolinhas de esportes, escolas de línguas, de computação, de danças, entre outras. Não há
mais como ausentar o lúdico do processo pedagógico, pois ele é o agente de um ambiente
motivador e coerente. Ao se separar as crianças do ambiente lúdico estão automaticamente
ignorando seus próprios conhecimentos, pois quando a criança entra na escola ela já possui
muitas experiências que lhes foram proporcionadas através das brincadeiras e do jogo.
Não devemos negar que a escola tenha também o seu lado sério, o problema é a
forma pela qual ela interage com as crianças. O fato de apresentar-se séria não quer dizer que
ela deva ser rigorosa e castradora, mas que ela consiga penetrar no mundo infantil para a
partir daí, poder desempenhar a sua real função de formadora afetivo intelectual. É necessário
que a mesma valorize a seriedade na busca do conhecimento, resgatando o lúdico, o prazer do
estudo, sem, contudo reduzir a aprendizagem ao que é apenas prazeroso em si mesmo.
Como nos diz Santo Agostinho apud Santos (1997, p. 45): "o lúdico é
eminentemente educativo no sentido em que constitui a força impulsora de nossa curiosidade
a respeito do mundo e da vida, o princípio de toda descoberta e toda criação".
Qual a contribuição das brincadeiras e dos brinquedos para o desenvolvimento do
aprendizado da criança de 0 a 5 anos da Educação Infantil? Quais são as metodologias
utilizadas para a inserção de jogos apropriados para essa determinada idade? De que forma a
realidade é levada para dentro da escola? Nossas escolas estão preparadas para elaborar
programas que possam conter no campo
3
técnico brincadeiras e jogos, para as crianças aprenderem de uma forma mais inovadora.
Sabe-se que através do brincar a criança aprende a respeitar regras, a ampliar o seu
relacionamento social e a respeitar a si mesma e ao outro. Por meio da ludicidade a criança
começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e discordar de opiniões,
exercendo sua liderança, e sendo liderados e compartilhando sua alegria de brincar. Os
professores podem realizar diversas brincadeiras lúdicas com as crianças, sabe-se que todas as
brincadeiras que serão realizadas devem “possuir um proposito” para a aprendizagem da
criança, ou seja, as brincadeiras devem serem pensadas e preparadas com intuito de repassar
as crianças uma aprendizagem de forma lúdica.
A presente pesquisa tem como objetivo principal Investigar a importância da
inserção de jogos lúdicos, como um modelo prático de vivência e consciência, visando uma
melhor prática no desenvolvimento da criança. Compreendendo a importância do lúdico no
ensino das crianças com o intuito de ter uma sociedade que se volte para esse trabalho.
Analisando as possibilidades e os limites das crianças, a partir de trabalhos que mobilizem a
prática desenvolvida no dia-a-dia de cada uma delas.
A monografia cujo tema é Jogos e Brincadeira: A importância dos jogos e
brincadeiras na educação infantil com crianças de 0 a 5 anos fundamentou-se em autores que
abordam o assunto nos meios educacionais, sobretudo a respeito da importância dessa
atividade para o desenvolvimento intelectual e social da criança. Para tanto, buscou-se
respaldar em Piaget (1971), Vygitsky (1984) Tizuko, Morchida, Keshimoto (2007), Gilles
Brougére (1994), Leal (2007), Albuquerque e Rios (2004).
A metodologia utilizada é o bibliográfico que oportunizou confrontar os argumentos
de vários autores buscando desta forma, corroborar o tema. Utilizou-se também o estudo de
caso por uma abordagem metodológica de investigação que fez compreender explorar e
descrever as experiências dos docentes. Para recolhimento dos dados do conhecimento e da
formação humana, ao mesmo tempo em que considera a formação cultural e a função
humanizadora da escola como ponto relevante e essencial.
As possibilidades de incorporação da ludicidade na aprendizagem são inúmeras,
porém para que uma atividade pedagógica seja lúdica deve permitir a fruição, a decisão. A
escolha, as descobertas, as indagações e as soluções por parte
4
do sujeito, ou será apenas mais uma atividade sem significado algum e, portanto,
desnecessário no processo de ensino aprendizagem.
As crianças brincavam a partir dos saberes que eram passados por avós, tios e tias
ou até mesmo do seu vizinho. Mas com o passar dos anos, houve mudança nas formas de
brincadeiras, bem como nos próprios brinquedos. Antes, os brinquedos eram confeccionados
pelos pais e avós, agora esses mesmos brinquedos são confeccionados pela indústria, esta
passou a criar e produzir brinquedos em todo mundo.
As crianças, ao aprenderem a fazer seus próprios brinquedos com a ajuda dos seus
avós e pais, desenvolviam a criatividade e raciocínio. Hoje, as crianças não precisam mais de
criatividade para brincar e confeccionar seus brinquedos, nem tudo já se encontra criado
industrializado para a venda.
Diante desse quadro, observa-se que as brincadeiras de antes permitiam mais às
crianças descobrir, inventar e procurar soluções para situações-problema que há nas
brincadeiras e jogos. Sendo assim, o brincar para a criança é obedecer aos impulsos
conscientes e inconscientes que levam às atividades físicas mentais promovendo o interesse
da criança. Segundo Velasco (1996, p. 78):
Brincando a criança desenvolve suas capacidades físicas, verbais ou intelectuais. Quando a
criança não brinca, ela deixa de estimular, e até mesmo de desenvolver as capacidades inatas
podendo vir a ser um adulto inseguro, medroso e agressivo. Já quando brinca a vontade tem
maiores possibilidades de se tornar um adulto equilibrado, consciente e afetuoso.
Para Velasco (1996), as brincadeiras abordam o desenvolvimento, bem como a
socialização e a aprendizagem. É nesse momento que a criança tem prazer em realizá-las, pois
permite a ela todo o desenvolvimento sem esforço. Independente da época e da cultura, as
crianças sempre brincaram e brincam, ou seja, elas vão brincar e aprender da forma que mais
gostam.
Acredita-se que o lúdico é de grande importância para as crianças, pois sem
distinção de idade ou classe social, estas atividades lúdicas devem constar no
5
necessidade e importância, pois é por meio das brincadeiras que a criança cria o seu mundo.
As brincadeiras estão diretamente ligadas ao sentimento de prazer para uma criança.
E quando ela acontece na educação infantil, além do prazer, proporciona também o
desenvolvimento intelectual, ensinando de forma agradável e divertida os hábitos necessários
para o seu crescimento, como o raciocínio, a persistência, o companheirismo, a perseverança e
outros.
Portanto, os jogos e as brincadeiras proporcionadas na sala de aula pelos educadores
devem privilegiar o ensino de conteúdos da realidade, além de ser uma estratégia de ensino,
sendo vista como algo de destaque durante o planejamento pedagógico.
É importante destacar que as brincadeiras e jogos escolhidos pelos educadores
precisam, além de proporcionar diversão, ter fins pedagógicos e de aprendizado, sempre
visando ao desenvolvimento das crianças envolvidas. O conhecimento será abordado e
entendido mais facilmente se for apresentado de diferentes maneiras metodológicas.
As atividades lúdicas, brincadeiras e jogos, se forem feitos de forma correta,
contribuirão imensamente para a construção da compreensão do conhecimento, sendo
atividades essenciais no desenvolvimento infantil, principalmente quando os professores têm
conhecimento sobre a atividade proposta e seu objetivo, juntamente com um trabalho de
qualidade.
Contudo, os jogos só serão úteis para o aprendizado se realizados no momento certo,
delimitado pelo professor, assim como a explicação do jogo, seu objetivo e regras.
A criança se expressa através das brincadeiras, ela nos mostra o mundo real que
vive e sua vida cotidiana através de gestos e atividades realizadas na escola, ora também que a
mesma absorve tudo ao seu redor.
9
Quando a criança brinca, ela cria uma situação imaginaria, sendo esta uma
característica definidora do brinquedo em geral. Nesta situação imaginaria, ao
assumir um papel, a criança inicialmente imita o adulto tal como ela observa em seu
contexto. Nesse sentido, a imitação assume um papel fundamental no
desenvolvimento da criança em geral, e na brincadeira em especial, na medida em
que indica que primeiro a criança faz aquilo que ela viu o outro fazendo, mesmo sem
ter clareza do significado desta ação, para então, á medida que deixa de repetir por
imitação, passa a realizar a atividade conscientemente, criando novas possibilidades
e combinações. Assim sendo, a imitação não pode ser considerada uma atividade
mecânica ou de simples copia de um modelo, uma vez que a criança, ao realizá-la,
está construindo em nível individual o que observou nos outros. (FIDELIS, 2005)
Nessa perspectiva, a avaliação que se faz então dos papéis dos pais e dos profissionais de
educação infantil, ainda que estes encontrem dificuldades quanto às práticas metodológicas a
serem utilizadas, a função e o papel de cada um deve ser complementar e de responsabilidade
única.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este Artigo Científico nos mostra que a criança aprende enquanto brinca. De alguma
forma a brincadeira se faz presente e acrescenta elementos indispensáveis ao relacionamento
com outras pessoas. As brincadeiras são veículos que possibilitam o crescimento e a
aprendizagem, dando à criança a oportunidade de descobrir, aprender e explorar o mundo em
que vive. Assim, a criança estabelece uma relação natural e consegue extravasar suas tristezas
e alegrias, angústias, entusiasmos, passividades e agressividades, é por meio da brincadeira
que a criança envolve-se no jogo e partilha com o outro numa troca mútua de saber.
Além da interação, o brincar proporciona um fundamental mecanismo para
desenvolver a memória, a linguagem, a atenção, a percepção, a criatividade e habilidade para
melhor desenvolver a aprendizagem.
Brincando a criança terá oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis,
tais como atenção, afetividade, o hábito de concentrar-se, dentre outras habilidades. Nessa
perspectiva, as brincadeiras e os brinquedos vêm contribuir significamente para o importante
desenvolvimento das estruturas psicológicas e cognitivas do aluno.
Vemos que a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade,
mas principalmente na infância, na qual ela deve ser vivenciada, não apenas como diversão,
mas com objetivo de desenvolver as potencialidades da criança, visto que o conhecimento é
construído pelas relações interpessoais e trocas recíprocas que se estabelecem durante toda a
formação integral da criança.
12
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Celso. O jogo e a educação infantil: falar e dizer, olhar e ver, escutar e
ouvir. Fascículo 15. 2º ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.
. O jogo e o brinquedo na escola. In SANTOS, S.M.P. Brinquedoteca a
criança, o adulto e o lúdico. Petrópolis, Vozes, 2000.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil/ Ministério da Educação e
do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998.
FIDELIS, Silvio Aparecido & TEMPEL, Monica. Educação Infantil: uma proposta
lúdica. Cuiabá: Carlini & Caniato, 2005.
OLIVEIRA, Paulo Sales. O que é brinquedo. São Paulo: Brasiliense, 1994. PIAGET,
Jean. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
PIAGET, J. A formação do símbolo: imitação, jogo e sonho, imagem e representação.
3. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
. A construção do real na criança. 3ª ed. 5ª reimpressão. São Paulo: Ática
2003.
VELASCO, Calcida Gonsalves, Brincar: o despertar psicomotor, Rio de Janeiro:
Sprit, 1996.