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FACULDADE MARANHENSE - FAM

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA COM ÊNFASE EM


EDUCAÇÃO ESPECIAL

ILDAMARA DA GRAÇA FERREIRA DE ABREU


IVONE OLIVEIRA MORAES
SILVANA MENDONÇA DAMASCENO

ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO: Desafios no contexto escolar

ARARI – MA
2023
ILDAMARA DA GRAÇA FERREIRA DE ABREU
IVONE OLIVEIRA MORAES
SILVANA MENDONÇA DAMASCENO

ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO:Desafios no contexto escolar

Trabalho apresentado como requisito final para conclusão do curso de Pós-


graduação em Psicopedagogia com ênfase em educação especial, da
Faculdade Maranhense - FAM.

Orientação: Profª. Joversina Sousa

ARARI-MA
2023
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SUMÁRIO

1 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................3
2 OBJETIVOS...........................................................................................................4
2.1. Objetivo Geral..........................................................................................................3
2.2. Objetivos Específicos.............................................................................................3
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................4
3.1 ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO: HISTÓRICO E CONCEITOS........4
4 METODOLOGIA....................................................................................................8
5 CRONOGRAMA....................................................................................................9
REFERÊNCIAS............................................................................................................10
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1 JUSTIFICATIVA

Na atual conjectura da educação no Brasil, a escola inclusiva requer um projeto


pedagógico que responda às necessidades e particularidades de cada aluno e/ou
grupo de alunos, sem dúvida, o convívio ampliado entre os pares é uma das mais
produtivas vertentes educacionais já existentes.
É importante enfatizar que embora a escola tenha relevante importância
no processo educacional, não deve se abster das ações familiares, principalmente
com foco da integralização destes alunos.
Com as práticas pedagogicas inovadoras é possivel potencializar o
desenvolvimento dos aspectos físico, cognitivo, emocional e social, já que, na maioria
das vezes, elas são desejáveis com velocidade superior em relação às demais
crianças para a resolução das atividades pertinentes a sua faixa etária. Todavia, diante
dos elementos constituitivos aparecem problemas indesejáveis que afetam a
afetividade e desenvolve comportamentos inadequados que, em suma, fazem com
que essas crianças sejam vistos com antipatia, indisciplinados e, ainda se sintam
incompreendidas e veem na escola um ambiente desfavorável às suas necessidades.
Deste modo, a afetividade entre a familiares e escolar, são indispensaveis para
a promoção dos estimulos, dinamizando suas relações sociais e comportamentais,
potencializando, portanto, as habilidades dos alunos com AH e SD. Com isso,
entende-se como fundamental que se compreenda os desfios que as escolas
enfrentam para que alunos com AH e SD permaneçam na escola assim como as
politicas educacionais e legislacoes vigentes estabelecem e orientam.

2 OBJETIVOS

2.1 Geral

 Compreender os desafios enfrentados pela escola em relação ao


comportamento social e interativo dos alunos com altas habilidades e
superdotação.

2.2 Específicos
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 Conhecer o perfil do estudante com Altas Habilidade e Superdotação;


 Orientar os professores sobre atividades estímuladoras que desafiem aos
alunos com altas habilidades e superdotação a aquisição das novas
aprendizagens curriculares;
 Refletir sobre as medidas tomadas pela escola na perspectiva de ter uma
proposta pedagógica inclusiva.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO: HISTÓRICO E CONCEITOS

Historicamente o atendimento a pessoas com deficiência no Brasil teve início,


segundo Mazzota (2005) no período do Império, e em ordem de D. Pedro II foi criado
em 1854 o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, atual Instituto Benjamin Constant –
IBC, e em 1857 criou-se o Instituto dos Surdos Mudos atual Instituto Nacional da
Educação dos Surdos – INES, ambos fundados no Rio de Janeiro. E no início do
século XX, em 1926 houve a fundação do Instituto Pestalozzi – instituição
especializada no atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954 surgiu a
primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE e; em 1945, criado o
primeiro atendimento educacional especializado às pessoas com superdotação na
Sociedade Pestalozzi, com grande contribuição da psicóloga russa Helena Antipoff
(MAZZOTA, 2005).
Portanto até a Constituição Federal de 1988 não havia uma política pública
efetiva de acesso livre à educação, pois ainda prevalecia a concepção de políticas
especiais que tratava da temática educacional de alunos com deficiência e
abrangendo os alunos com habilidosos e com superdotação, e mesmo tendo acesso
ao ensino regular, não havia a preocupação de prestar um atendimento especializado
considerando as dificuldades de aprendizagem desses alunos.
A partir de estudos psicólogos ampliaram o conceito de superdotação,
passando a incluir a criatividade e seus vários componentes, como por
exemplo,pensamento divergente, solução de problemas e a capacidade de tomada de
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decisão. Para Souza (2004), os termos “superdotado” e “talentoso” se refere a


crianças e jovens, identificados na pré escola, no ensino fundamental ou no ensino
médio, como possuidores de habilidades potenciais ou demonstradas, que evidenciam
alta capacidade de desempenho. (SOUZA, 2004)
O aluno com altas habilidade-AH e superdotação-SD oscila entre o centro das
atenções e/ou ao isolamento, por isso é necessário que seja estabelecido um equilibrio
afim de aproveitar as altas habilidades e superdotção sem perder as atividades e
experiências existentes no processo de escolarização.
Conforme as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação
Básica (2001), considera-se uma criança alto habilidosa ou superdotada
aquela que apresenta a facilidade de aprendizagem, pois domina rapidamente
os conceitos, os procedimentos e as atitudes. (BRASIL, 2001)

Mas o aluno com AH e/ou SD não tem recursos suficientes para desenvolver
habilidades e produzir conhecimento. É necessário que se desenvolvam estratégias
educacionais que atendam às necessidades desse público.
Através de estudos realizados por pesquisadores e psicólogos gradativamente
foi alterando a concepção de superdotação, no sentido de ampliar sua significação, e
para Gardner (2005) propuseram uma nova forma de considerar a inteligência, ou
dotação, através de uma teoria que tem sido mencionada como a teoria da inteligência
múltipla. Esta teoria foi ampliada no decorrer do tempo com implicações importantes
para a prática educacional, e mais especificamente, para a prática pedagógica do
professor, em sala de aula, especialmente no que se refere à identificação das
necessidades educacionais especiais do aluno e ao seu ensino. (GARDNER,2005, p.
78)
Com a necessidade de identificar as crianças com AH e SD Renzulli (1998)
são: habilidade acima da média; comprometimento com a tarefa; e criatividade. Para
ele, o conjunto dessas três características define um superdotado, e a presença
isolada de qualquer um destes traços não seria suficiente para definir a superdotação,
pois é na interligação entre os três que se encontra a produção ou criação superior.
(RENZULLI, 1998, p. 182)
Com base nos estudos as crianças habilidosos e superdotados passam a ser
considerados excepcionais. Segundo as Diretrizes do MEC(1998), elaborou -se
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estratégia para atender alunos com deficiência, e esta alternativa também para alunos
superdotados em Salas de Recursos Multifuncionais - SRM. A qual o objetivo desta
sala deve ser oportunizar a convivência entre, orientados por um professor/facilitador
capacitado para catalisar todos os recursos materiais e humanos, existentes na escola
ou fora dela, e sobre esta base atender cada criança de acordo com seus interesses e
potencial. (BRASIL, 1998)
É importante que a escola busque meios e mecanismo que possibiliem a
todos os seus alunos aprendizagens satisfatórias, as quais através da aquisição deste
conhecimento desenvolva suas aptidões na sociedade. Pois as adptações nas
atividades curricilares tem suas relevâncias e siguinificações para o aluno, assim
devem ser com a intenção de ocupar os alunos mais capazes por meio de cursos de
arte, clubes de ciências ou de esportes, monitoria de colegas, sem que sejam
rotineiras, planejadas com as necessidades destes alunos.
A lei 9.394/96 - Diretrizes e Bases da Educação Nacional, inicialmente houve
apreservação de direitos dos superdotados à educação visando a integração. De
acordo com a LDB da Educação Nacional, o ensino que deve ser exercido nas
instituições brasileiras é baseado em determinado por alguns princípios em igualdade
de condições e acesso para a permanência na escola, assim não teria exclusão de
uma minoria, entretanto mesmo em um contexto teoricamente favorável e disposto a
atender alunos em condições especiais de aprendizagem, na práticas muitos fatores
desfavorecem atender tal demanda.
Com base nas legislações vigentes o estado tem o dever de garantir um
atendimento especializado em instituições para os alunos com deficiência, transtornos
de desenvolvimento e com altas habilidades e/ou superdotações com a finalidade de
assegurar um ensino igualitário e comum a todos de acordo com as suas
necessidades e limitações.
Percebe-se que há uma atenção aos alunos com altas habilidades ou
superdotação, assim afirmando que o poder público deve realizar um cadastro de
todos os alunos com essas características que estão matriculados nas redes de ensino
para a implantação de políticas públicas visando um desenvolvimento das
potencialidades desses alunos.
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Outrora, acontece que generalizam sobre o comportamento de crianças com


haltas habilidades e/ou superdotadas, criando estereótipo as quais são extremamente
inteligentes e conseguem aprender todas as matérias da escola em um curto período
de tempo.

Porém Chagas (2007) fala que existem dois tipos de superdotações: a escolar
e a talentosa, a primeira delas resume-se em um bom desempenho escolar e
intelectual, enquanto a segunda envolve características como: criatividade,
curiosidade, flexibilidade (CHAGAS, 2007, p. 161).

Assim, os alunos quando são estereótipados, são deixados de lado e isso


ocasiona a desmotivação e isolamento, dificultando sua relações afetiva com os
sujeitos da sua vivência social. Para Renzulli (1998) afirma que a superdotação é
relativa ao tempo, à pessoas e às circunstâncias, isto é, os comportamentos
superdotados têm lugar em determinadas pessoas (não em todo o mundo), em
determinados momentos e em determinadas circunstâncias (não em todo o tempo ).
(Renzulli,1998, p. 198)
Logo, se entende que a criança superdota não são boas em todas as áreas,
elas também tem suas dificuldades e limitações e, é importante para que a escola e o
professor estejam atentos as situações particulares desses alunos.

4 METODOLOGIA

Com base nos objetivos a serem alcançados, optou-se por uma pesquisa de
cunho bibliográfico por meio da abordagem qualitativa, pois como define Lakartos e
Marconi.

A pesquisa bibliográfica, ou de fontes secundárias abrange toda bibligrafia já


tomada publica em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas,
boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material
cartográfico etc. Até meios de comunicação orais, rádios, gravações em fita
magnética e audiovisuais, filmes e televisão. (Lakartos; Marconi, 2004, p. 183)

Após o levantamento da literartura, respaldadas Diretrizes do MEC e teóricos


como Gardner e Renzulli que pesquisaram a cerca do tema, fez -se a leitura com
fichamentos e reumos do material, tendo como nortedador as ideias centrais de cada
documento. Com o material em mãos segui-se para a análise reflexiva e posteriomente
a produção escrita.
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5 CRONOGRAMA

CRONOGRAMA DE REALIZAÇÃO DO DEZ/22 JAN/23 FEV/23 MAR/23


ESTUDO
Escolha do tema X
Levantamento Bibliográfico X X X
Leitura e Fichamento das obras X X
Análise crítica do material X X
Elaboração do projeto X X
Apresentação do projeto X
Elaboração da 1ª versão do artigo: redação X X
Entrega ao orientador X X
Elaboração da versão final do artigo: revisão X
e redação
Entrega do artigo científico X X
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,


DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da


Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. BRASIL.

BRASIL,MEC,SEESP, Subsídios para organização e funcionamento de serviços de


educação especial, Área de Altas Habilidades, v. 9, 1998 ( Série Diretrizes ). Disponível
em< http://portal.mec.gov.br/> acesso em 24 de fev. 2023

CHAGAS. Jane Farias. Conceituação e fatores individuais, familiares e culturais


relacionados às altas habilidades. In: Desenvolvimento de talentos e altas habilidades:
orientação a pais e professores. Porto Alegre: Editora Artmed, 2007.

GARDNER, Howard. Mentes que mudam: a arte e a ciência de mudar as nossas


mentes e a dos outros, Porto Alegre : Artmed/Bookman, 2005.

MARCONI, M. A; LAKATOS, E. V. Metodologia científica. São Paulo: Editora Atlas,


2004.

MAZZOTTA, M. J. S. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. 5. ed.


São. Paulo: Cortez, 2005.

RENZULLI, J.S. Os fatores da excepcionalidade, in Anais do XIV Congresso Mundial de


Superdotação e Talento, Espanha: Barcelona, 2001

SOUZA, Vanessa. Altas habilidades e superdotação: uma reflexão sobre o tema.


Monografia de especialização. 2004. Universidade Tecnológica do Paraná. Medianeria,
Disponível em <http://repositorio.roca.utfpr.edu.br>. Acesso em 24 fev. 2023

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