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2 DESENVOLVIMENTO
Esta pesquisa foi feita com vinte e uma educadoras de três Escolas Especiais - APAEs,
localizadas no interior do Paraná; que possuíam curso superior (professoras e
coordenadoras), e idade variando entre 29 e 61 anos. Dezessete educadoras possuíam
especialização em educação especial e quatro possuíam apenas estudos adicionais em
deficiência intelectual. O tempo de experiência das educadoras na educação de
deficientes intelectuais variou de 2 a 40 anos.
Os materiais utilizados para a realização da pesquisa foram: documento de anuência da
escola, termo de esclarecimento livre e esclarecido, ficha de identificação dos
participantes, ficha de identificação da instituição, roteiro de entrevista e gravador.
As entrevistas realizadas com as educadoras se apoiaram num roteiro, procurando
abranger os objetivos inicialmente propostos pela pesquisa, que se tratava de refletir
sobre a educação (especial) oferecida às pessoas com deficiência intelectual. Esta
pesquisa buscava identificar e compreender as concepções e expectativas que as
alicerçavam, enquanto envolvidas no processo de ensino, assim como as oportunidades
engendradas no cotidiano escolar de desenvolvimento humano.
Com uma visão de superar as dificuldades e avançar no desenvolvimento e aprendizado,
pode-se obter uma melhora significativa em como um indivíduo se desenvolve no período
escolar. Porém, encontra-se diversos problemas ao tentar executar de forma eficaz, um
plano de ensino que atenda as dificuldades e especificidades de cada um, sendo que, de
todas as barreiras, a principal é a social.
A adaptação dos educadores ao sistema é uma barreira que necessita de tempo e
disposição para ser superada. É necessária uma mudança rígida de cultura, costumes e
crenças, para que a pessoa com deficiência não seja vista como limitada. Um treinamento
adequado e a conscientização da classe dos professores, seria necessário para
alcançarmos o que se considera ideal no que se diz respeito a Educação Especial.
Dessa forma, a atuação do psicólogo na área da educação é essencial. Pode atuar
diretamente no auxílio de famílias e professores para um melhor desenvolvimento de uma
Pessoa com Deficiência, ou diretamente como educador em horário extracurricular e
conscientizar por meio palestras e outros meios, a importância de uma educação focada e
direcionada para o melhor desenvolvimento do aluno.
Entretanto, os avanços na área da educação especial são contínuos, e as barreiras que
um educador encontra são muitas, tendo limitações financeiras, sociais e atitudinais,
muitas das vezes tendo dificuldades com os próprios pais e responsáveis do aluno, que
tem dificuldade de aceitação ou colaboração com o educador e psicólogo. O que pode
causar frustração e descrença de educadores que poderiam fazer um ótimo trabalho em
diversos casos.
Isso leva ao principal problema, que são os próprios profissionais que desacreditam do
método e na mudança do sistema, gerando estagnação no processo. Tudo isso acaba por
prejudicar o desenvolvimento de diversos indivíduos, e gera ainda mais desconfiança e
resistência por parte dos pais.
Somado com isso, tem os profissionais de gerações passadas, com uma visão retrógrada
e errada sobre a Educação especial, e uma resistência em aceitar mudanças,
atrapalhando muitas das vezes, os profissionais empenhados em contribuir para uma
melhora no sistema.
4 CONCLUSÃO
Em nosso país há leis consolidadas para a tratativa de casos de alunos / pessoas com
necessidades especiais em variadas condições.
A funcionalidade ou aplicabilidade destas leis não garante às pessoas a aceitação ou real
inclusão no âmbito social e/ou educacional por diversos fatores, vê-se o fato de existirem
instituições que por si só, promovem certa segregação dos portadores.
A pessoa portadora de necessidades especiais, neste momento focando as com
deficiência intelectual, nomenclatura esta que sofreu alterações no decorrer da História
justificadas por ajustes de termo, não alteração às condições dos portadores, convivem,
enfrentam desafios relacionados às suas condições cognitivas que impacta com
decréscimo em sua participação social.
Num âmbito multidisciplinar o portador tem condição de receber tratativa que lhe
proporcione desenvolvimento, dentro das condições individuais, o distanciando do seu
limitante e tornando-o o mais independente possível considerando sua realidade de
condições mediantes dificuldades e reais limitações decorrentes de sua deficiência,
peculiaridade, convertendo-a em força impulsionadora, deixando de focar a deficiência
limitante e se dedicando às possibilidades que o indivíduo apresenta dentro de suas
condições realizando compensações.
Para tal desempenho é primordial a devida preparação dos profissionais envolvidos, como
professor, professor especialista e psicólogos, evitando assim rotulações ou, mais grave
ainda, definições de limitações como algo definitivo e classificatória como já aconteceu
anteriormente na História.
Ao portador de deficiência intelectual a interação com o conteúdo científico não deve ser
almejada concisamente, o fato de em grupo, Família juntamente com Equipes
multidisciplinares e Instituições, como já dito, propiciar condições possíveis de
independência desde as condições pessoais como mobilidade, comunicação,
higienização pessoal, alimentação já lhe trará benefícios ao que tange à qualidade de vida
do indivíduo e do grupo ao qual ele é inserido.
Sobre a inclusão, pode ocorrer que a necessidade do indivíduo seja fator de criação de
recursos para atendê-lo que gere evoluções em diversos segmentos proporcionando
progressos em diferentes segmentos tanto no âmbito educacional como no âmbito
profissional.
Cabe aos profissionais envolvidos também vigiarem a expectativa sobre o indivíduo
atentando à constância e não afetação pela frustração diante de progressos diminutos
que possa provocar abandono do trabalho no qual está envolvido, treinando seu olhar
para desviar o foco da deficiência e evidenciando o ser humano com suas respectivas
condições
REFERÊNCIAS