Você está na página 1de 11

INSTITUTO CULTUS

EDUCAÇÃO ESPECIAL/EDUCAÇÃO INCLUSICA/ALTAS HABILIDADES

FERNANDA SETÚBAL MEIRA

INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM ALTAS HABILIDADES NO CONTEXTO ESCOLAR

BRASÍLIA-DF
2021
INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM ALTAS HABILIDADES NO CONTEXTO ESCOLAR

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos
autorais.

RESUMO

Este artigo tem como tema” Inclusão de crianças com Altas Habilidades e Superdotação na rede regular
de ensino”, objetivando identificar, incluir e atender esses alunos desde a educação infantil nas escolas
comuns. As escolas públicas deveriam estar equipadas com salas especiais e recursos diversos para
atender estes alunos, mas nos deparamos com a falta de preparo tanto das estruturas físicas quanto dos
profissionais, que, em sua maioria, não possuem formação para identificar e trabalhar de forma correta
com estes alunos. A partir da identificação da potencialidade desses alunos, faz -se necessário um
trabalho de forma planejada, coerente afim de minimizar problemas decorrentes e potencializar as
atribuições positivas dos superdotados. Estes alunos possuem um desempenho maior que seus colegas,
elevada criatividade, sabem coisas demais precocemente e significativa facilidade de aprendizado,
tornando sua adaptação mais difícil perante seus colegas, pois muitas vezes são taxados de estranhos
ou esquisitos. Cabendo ao professor, promover a integração de todos no contexto escolar. Ao finalizar
este estudo, vimos a importância pela busca de uma escola inclusiva que, através de políticas públicas,
consiga reformular a estrutura das escolas, buscando atender ás necessidades desses alunos e qualificar
os professores, afim de contribuir e colaborar com as necessidades específicas de cada aluno.

PALAVRAS-CHAVE: Altas Habilidades/Superdotação. Educação Especial. Inclusão. Formação do


Professor,
INTRODUÇÃO

A Inclusão de pessoas Com Altas Habilidades /Superdotação no âmbito escolar


é um debate atual que demanda a organização de várias propostas de trabalho pelas
especificidades inerentes à pessoa humana e pelas diversas barreiras existentes no
contexto escolar. A educação Inclusiva é um processo que ocorre em escolas de
qualquer nível, que deveriam estar preparadas para proporcionar um ensino de
qualidade a todos os alunos, independente de suas inteligências, estilos de
aprendizagem e necessidades comuns ou especiais.
Os estudantes com AH/SD estão inseridos no público-alvo da Educação Especial
e como integrantes deste grupo têm direito de serem identificados e atendidos, para
isso devem ser organizadas estratégias com a finalidade de identificar, acompanhar, e
atender estes alunos em sala, com recursos especializados e multifuncionais, com o
propósito de reconhecê-los e proporcionar uma educação de qualidade. No entanto,
comumente estes alunos permanecem “invisíveis” nas escolas, ou mesmo sendo
informalmente identificados, não recebendo em vários casos o atendimento educacional
necessário para o avanço em suas potencialidades
É de suma importância que o docente tenha formação qualificativa para o
reconhecimento/identificação desses alunos com propósito de contribuir para que estes
recebam o atendimento necessário para seu desenvolvimento e evolução.
Este artigo tem como metodologia a pesquisa bibliográfica pautada em obras de
pesquisadores, sites, artigos, etc.... Autores que constituem embasamento teórico
desta pesquisa.
1 DESENVOLVIMENTO

1.1 Surgimento da Educação Especial no Brasil

A educação especial surgiu com muitas lutas, organizações e leis favoráveis aos
deficientes e a educação inclusiva começou a ganhar força a partir da Declaração de
Salamanca (1994), a partir da aprovação da constituição de 1988 e da LDB 1996.Teve
seu início no século 19, trazendo experiências vindas dos norte americanos e europeus
que se dispunham a organizar e implementar ações isoladas para atender pessoas com
deficiências físicas, mentais e sensoriais.
No século XIX na França, Jean Itard elaborou o primeiro programa sistemático
de educação especial, sendo assim considerado o pai da Educação Especial
Além de criar e subsidiar instituições e serviços especializados em alguns
Estados, o governo Federal passa a promover, a partir de 1957, campanhas isoladas
para alocação de recursos financeiros específicos para projetos voltados para o
atendimento do PNE. A primeira a ser organizada foi a Campanha para Educação do
Surdo Brasileiro - CESB, em 1957, seguida da Campanha Nacional de Educação e
Reabilitação dos Deficientes da Visão, em 1958 e da Campanha Nacional de Educação
e Reabilitação de Deficientes Mentais em 1960.
O objetivo geral dessas campanhas era buscar recursos para promover a
educação, treinamento e assistência educacional às crianças PNEs, por meio da
cooperação técnica e financeira, em todo território Nacional, entre entidades públicas e
privadas que se ocupavam do atendimento das crianças deficientes.
Em 2005, houve a criação do Núcleo de Atividades de Altas
Habilidades/ Superdotação, e em 2006 ele foi implantado pelo MEC em várias capitais
do país para oferecerem às escolas – assistência aos familiares e a orientação e
formação continuada de professores para o atendimento especializado de crianças com
AH/SD.
O Ministério da Educação, por meio da resolução nº 2, de 11 de setembro de
2001, instituiu as diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica.
Estas diretrizes definiram o atendimento educacional aos superdotados na escola. Elas
também organizaram procedimentos de avaliação pedagógica e psicológica de alunos
com características de superdotação. Além disso, possibilitou a matrícula do aluno em
série compatível com seu desempenho escolar, sem deixar de considerar sua
maturidade sócio emocional e de incluir no histórico escolar as especificações cabíveis.
A palavra inclusão possui diversas acepções segundo Silva (2015), a diversidade
do termo o torna utilizado por todos de acordo com critério estabelecido pelo senso
comum sem ao certo saber significado correto. Para Sassaki (1997) inclusão é:

Um processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir em seus


sistemas sociais gerais pessoas com necessidades especiais e
simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade.
[...]Incluir é trocar, entender, respeitar, valorizar, lutar contra exclusão, transpor
barreiras que por meio da colaboração de pensamentos e formulação de juízo
de valor de modo a poder, decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes
circunstâncias da vida. (SASSAKI,1997,p.41)

1.2 Identificação de Pessoas Com Altas Habilidades e Superdotação

A Política Nacional de Educação Especial define como portadores de altas


habilidades / superdotados os educandos que apresentarem notável desempenho e
elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados:
capacidade intelectual geral; aptidão acadêmica especifica; pensamento criativo.

A proposta de atendimento educacional especializado para os alunos com altas


habilidades/superdotação tem fundamento nos princípios filosóficos que
embasam a educação inclusiva e como objetivo formar professores e
profissionais da educação para a identificação dos alunos com altas
habilidades/superdotação, oportunizando a construção do processo de
aprendizagem e ampliando o atendimento, com vistas ao pleno
desenvolvimento das potencialidades desses alunos (Ministério da
Educação,1994 ,p57)

Pessoas com AH/SD não pertencem a um grupo homogêneo, de pessoas


sobrenaturais. Na verdade, trata-se de um grupo heterogêneo, com características
diferentes e habilidades diversificadas; diferem uns dos outros também por seus
interesses, estilos de aprendizagem, níveis de motivação e de autoconceito,
características de personalidade e principalmente por suas necessidades educacionais.
A dificuldade não está na negação da existência de SD/AH, mas sim em como perceber
isso, efetivamente, nas pessoas.
Estima-se que no Brasil existam 2,5 milhões de alunos com altas habilidades ou
superdotação nos ensinos fundamental e médio. No entanto, o último censo escolar
identifica apenas 11 mil estudantes.
Com um comportamento diferenciado das demais, as crianças com altas
habilidades são aquelas que apresentam desenvolturas elevadas em áreas do
conhecimento humano, sejam isoladas em um único campo ou combinadas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 3,5 a 5% da população
brasileira é superdotada, com isso estima-se que o número seja de 2 milhões
de pessoas em idade escolar. No entanto, de acordo com o último censo
(INEP/MEC), apenas 16 mil crianças possuem o diagnóstico de superdotação
no país, enquanto 12 mil têm atendimento de educação especial.(OMS,2020)

Não é simples chegar ao diagnóstico porque os sinais podem ser confundidos


com problemas como dislexia, déficit de atenção ou outros transtornos de
aprendizagem. Os superdotados têm raciocínio e aprendizagem rápidos, são curiosos,
pesquisadores natos. Na infância, tendem a querer conviver mais com os adultos e
podem ter problemas de interação social. Muitos apresentam baixo desempenho
escolar por acharem as aulas desestimulantes e sem nenhum desafio. A identificação
de alunos com Altas Habilidades / Superdotação no contexto escolar é uma
necessidade para que este desenvolva suas habilidades e usufrua com qualidade do
seu potencial. Existem vários fatores que precisam ser levados em conta como idade,
história de vida, todas as inteligências (não apenas o QI), habilidades em qualquer área
que seja, potenciais ainda não realizados, dentre outros”. Ele explica que, até o
momento, a ciência entende que a superdotação é uma aptidão inata.
Segundo Mendonça, Mencia e Capellini (2015) ressaltam que, para identificar
alunos com AH/SD, deve-se utilizar uma variedade de instrumentos e técnicas, tendo
em vista, que o potencial desses indivíduos pode ser expresso de diferentes maneiras.
O desempenho escolar também tem sido consistentemente avaliado.
No Brasil, existem vários testes que aferem inteligência, como é o caso da
Escala Wechsler de Inteligência para Crianças (Wisc), da Bateria de Provas de
Raciocínio (BPR-5), do Desenho da Figura Humana (DFH-III), do Teste Não Verbal de
Inteligência para Crianças (R-2), do Teste Não Verbal de Inteligência (TNVRI), entre
outros. Todos esses testes foram aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia
(CFP) e encontram-se na página eletrônica do CFP/ Sistema de Avaliação de Testes
Psicológicos

1.3 Tipos de Habilidade

Tipo intelectual
Características mais comuns: rapidez, flexibilidade e fluência do pensamento,
excelente memória e capacidade de resolver problemas.

Tipo criativo — ou de pensamento criativo

Suas principais características são a forma diferente e inovadora de resolver


problemas, a imaginação e a originalidade.

Tipo acadêmico

Esse tipo mostra uma aptidão específica, concentração, rapidez de


aprendizagem, gosto pelas matérias acadêmicas de interesse, alta habilidade para
sintetizar e organizar o conhecimento.

Tipo social

Tem grande capacidade de liderança e demonstra sensibilidade interpessoal,


atitude de colaboração, capacidade para resolver situações complexas, empatia e alto
poder de influência e persuasão em um grupo.

Tipo talento especial

Este tipo destaca-se por apresentar alto desempenho nas áreas musicais, das
artes plásticas, literárias e cênicas.

Tipo psicomotor

Apresenta interesse e grande habilidade por atividades psicomotoras. Tem alto


desempenho considerado até fora do comum em agilidade, movimento, velocidade,
resistência, força e coordenação motora.
1.4 Como a escola deve favorecer o processo de inclusão de alunos com AH/SD

Trabalhar com crianças superdotadas requer um profissional preparado tanto


para identificar esses alunos quanto para oportunizar o seu processo de aprendizagem.
Desenvolver o potencial dessas crianças é o grande desafio, pois requer adaptações no
currículo para que as aulas desafiem esses alunos, atraiam sua atenção e não se
tornem monótonas para eles.
De acordo com Sanchez ( 2005,p.15):
A educação Inclusiva vai muito além de entender ao alunado com necessidades
educacionais especiais, uma vez que supõe a melhoria das práticas educativas
para todos os alunos e para o conjunto da escola. Ou seja, a inclusão abrange a
todos os alunos, proporcionando uma educação de qualidade. Promove uma
reformulação no currículo e na capacitação dos professores, enquanto a
integração visa apenas um indivíduo, aquele que é “excluído” da sociedade

Para a inclusão escolar do aluno com Altas Habilidades/Superdotação é


imprescindível que ocorram mudanças, sendo necessário criar estratégias inclusivas
como a reelaboração do projeto político-pedagógico das escolas e o processo de
formação e qualificação do educador. Os alunos superdotados têm o direito
à diferenciação do ensino (que deve ocorrer por meio da suplementação e do
enriquecimento curricular), ao atendimento em sala de recursos e à aceleração. A
suplementação pode ocorrer na sala de recursos e/ou em sala de aula. Suplementar o
ensino do aluno superdotado compreende olhar para os interesses específicos do aluno
e estimular, incentivar e orientar suas descobertas e pesquisas independentemente de
estarem presentes ou não no currículo regular.
O ensino criativo é a saída para que educadores consigam alcançar esse
público. No entanto, podemos afirmar que ainda há poucos profissionais que
compreendem a fundo o que é superdotação ou altas habilidades e que estão
preparados para esse trabalho.
Quando o professor percebe que determinado aluno apresenta uma diferença de
aprendizado e ou comportamento, este sinaliza ao corpo técnico pedagógico e, quando
há na escola uma sala de recursos, o profissional responsável por esta também deve
ser sinalizado para que possa avaliar, junto ao corpo técnico pedagógico, a
identificação de AH/SD do aluno. , visando a garantir todos os direitos previstos em lei,
como: acessibilidade, planos de aula específicos, alterações curriculares, provas
adaptadas, atendimento em sala de recursos, etc. Com autorização do responsável, a
criança inicia o atendimento na sala de recursos. Como as salas de recursos não são
obrigatórias, mas opcionais, o responsável pode concordar ou não com esse
atendimento. Nas escolas que não dispõem de sala de recursos, cabe ao professor
buscar meios e capacitações para realizar as adaptações curriculares necessárias e à
gestão, com o corpo pedagógico, amparar e apoiar o professor no que for necessário e
nas demais adaptações.
Os jogos para alunos com altas habilidades, por exemplo, desafiam, entretêm e
ajudam a desenvolver o potencial dessas crianças. Jogos didáticos, artesanais e de
montar são exemplos. Já o tipo psicomotor precisa de jogos de movimento, enquanto
os do tipo talento especial precisam de atividades ligadas às artes.
A lei Nº 13.234 alterou a legislação atual da educação, lei 9394/1996 em 2015,
incluindo em seu artigo 59 a aceleração para concluir em menor tempo o programa
escolar para os superdotados. Essa aceleração não ocorre de forma repentina. O
primeiro passo são as avaliações que permitem que se determinem as aptidões do
educando. Sendo ele avaliado integralmente, inclusive nos seus aspectos psicológico e
social, além do acadêmico, o profissional sugere a aceleração para que o aluno possa
estar em contato com conteúdo escolares “compatíveis” com os seus conhecimentos,
essa aceleração independe de escolarização anterior.
2 CONCLUSÃO

O presente artigo possibilitou a realização de uma análise detalhada acerca da


educação de alunos com AH/SD na rede pública. Contudo percebemos que a
Educação para alunos com Altas Habilidades/Superdotação é um evento em constante
transformação, que ao longo dos anos vem exigindo do profissional de educação que
escolhe atuar nesse segmento, seja um pesquisador de novas metodologias e didáticas
inovadoras para atuar de forma a reconhecer o potencial desses alunos e aplicar a
melhor metodologia.
Como visto, o conceito de AH/SD é amplo e fundamentado nas teorias de
Renzulli, que indica que a superdotação pode ser acadêmica, produtiva e criativa.
Entretanto, há falhas na identificação daqueles que apresentam altas habilidades, o que
pode acarretar prejuízos devido ao fato de não terem acesso às políticas de
aprimoramento escolar que incentivem o desenvolvimento da habilidade apresentada.
A realização deste estudo permitiu adquirir conhecimentos sobre as leis que
estabelecem a educação inclusiva, que é assegurada tanto pela Constituição Federal
de 1998 quanto pelas leis 9394\96 e 13.146\15.
A partir dos dados bibliográficos, das informações coletadas com os profissionais
que atuam no segmento, conclui–se que existem muitas escolas e profissionais que
ainda não estão qualificados para reconhecer esses alunos e dar o suporte necessário
para sua evolução e fortalecimento de sua aprendizagem.
3 REFERÊNCIAS

BRASIL, Constituição Federal da República Federativa do Brasil de 1998

BRASIL,Conferencia Mundial de Educação Especial. Declaração de Salamanca.

Brasília: MEC,1997

_______Plano Nacional de Educação , 2014-2024

_______ Lei de Diretrizes e Bases n 9394, de 20 de dezembro de 1996

_______Emenda Constitucional n11, de 1995

BRASiL, MEC.(1998) Formação de Professores para Educação Inclusiva/Integradora.

SEEDF/MEC.

SASSAZAKI, Romeu KAzumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio

de Janeiro:WVA,1997

ALENCAR, Eunice M. L. Soriano de. Contribuições de estudos de caso para o avanço

do conhecimento sobre superdotação. Psicologia Escolar e Educacional, v. 19, n. 3, p.

427-434, 2015.

BARROS, Bruna Louzeiro de Aguiar; FREIRE, Sandra Ferraz de Castillo Dourado.

Desafios na escolarização da criança com altas habilidades/superdotação: um estudo

de caso. Revista Educação Especial, v. 28, n. 53, p. 709-720, 2015.

Disponível em: http://edicaodobrasil.com.br/2020/07/31/superdotacao-entenda-como-

funciona-o-diagnostico-de-criancas-com-altas-habilidades/

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me004654.pdf

https://ibdfam.org.br/artigos/1389/Altas+Habilidades++Superdota%C3%A7%C3%A3o:

+Conceito+e+Legisla%C3%A7%C3%A3o+Brasileira+High+Abilities++Giftedness:

+Concept+and+Brazilian+Legislation

Você também pode gostar