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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

CURSO PSICOPEDAGOGIA

BIANCA MOURA GONZATTI


Matrícula: 1230111319

DIRETRIZES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA


EDUCAÇÃO BÁSICA

RIO DE JANEIRO
2023
BIANCA MOURA GONZATTI
Matrícula: 1230111319

DIRETRIZES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA


EDUCAÇÃO BÁSICA

Pesquisa sobre:
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica
Apresentado ao curso de Psicopedagogia
Universidade Veiga de Almeida

RIO DE JANEIRO
2023
QUAL SUA COMPREENSÃO SOBRE AS DIRETRIZES NACIONAIS PARA
A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA?
Vamos falar da inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais
especiais, a necessidade em acolher e matricular todos os alunos,
independentemente de suas necessidades ou diferenças. Porém não é o bastante
apenas essa obrigação de acolher, mas é necessário que o aluno com necessidades
educacionais especiais tenha condições efetivas de sua aprendizagem, bem como,
assegurado o desenvolvimento de suas potencialidades. Sendo assim é necessário
analisar o estado interativo que esses alunos estabelecem com seus professores e
colegas. É preciso avaliar como se processa a inclusão escolar desses alunos,
lembrando que essa circunstância traz impactos em relação à viabilidade de
interação, comunicação e construção de conhecimento desses alunos. Precisamos
estar atentos a essas condições como a falta de um território comum,
consequentemente para a explanação de ideias e o diálogo verdadeiro,
principalmente porque escola/professores não estão preparados para receber essa
clientela. A escola ao longo da sua história caracterizou pela visão elitizada da
educação onde a vida escolar é privilégio de um grupo.

COMO VOCÊ AVALIA A IMPORTÂNCIA DAS DIRETRIZES NACIONAIS NA


ESCOLA?
As Diretrizes Nacionais é de grande importância, pois servem para orientar as
escolas e demais instituições de ensino sobre como vão montar suas grades
curriculares. Em outras palavras, as Diretrizes Nacionais ajudam na organização,
articulação, desenvolvimento e avaliação de propostas pedagógicas. Portanto,
podemos conceituar essas diretrizes como o mecanismo, a base, para a formação
da grade escolar e currículos da rede de ensino. É a partir delas que se determina a
base do que será ensinado nas escolas do país. As Diretrizes Nacionais se baseiam
em princípios norteadores que fundamentam as políticas educativas e ações
pedagógicas.
Princípios Éticos: Justiça, solidariedade, liberdade e autonomia; respeito à
dignidade da pessoa humana e de compromisso com a promoção do bem de todos;
Princípios Políticos: Reconhecimento dos direitos e deveres da cidadania; do
respeito ao bem comum; preservação do regime democrático e dos recursos
ambientais; busca da equidade no acesso à educação, à saúde, ao trabalho, aos
bens culturais e outros;
Princípios Estéticos: Cultivo da sensibilidade; valorização das diferentes
manifestações culturais; construção de identidades plurais e solidárias.

QUAIS DESAFIOS E POSSIBILIDADES PARA A REALIZAÇÃO DAS


DIRETRIZES PRESENTES NO DOCUMENTO?
Garantir que todos os alunos tenham igualdade de acesso, permanência e
sucesso na educação, independentemente de suas origens sociais, econômicas,
culturais ou regionais. A importância da formação integral dos indivíduos. Isso vai
além da formação acadêmica e inclui o desenvolvimento de habilidades sócio
emocionais, éticas e cidadãs. Os alunos são incentivados a se tornarem cidadãos
conscientes e responsáveis, capazes de lidar com desafios do mundo atual.
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, no
que diz respeito aos desafios e possibilidades de sua implantação.

Introdução

Como a escola vem lidando com as deficiências e outras necessidades


especiais. As escolas estão organizadas para receber alunos especiais e
conseguem realizar práticas de educação necessária para incluir esses
alunos, como garante a legislação? A Constituição Federal de 1988, assim
como a Lei de Diretrizes e Bases nº 9.394/96, destaca a importância e
urgência de efetivar a Inclusão Educacional como elemento formador de
nacionalidade. A Constituição de 1988, garante que é dever do estado e da
família: “as crianças com deficiência não precisariam e não deveriam estar
fora do ensino infantil e fundamental das instituições de ensino regular,
frequentando classe e ensino especiais”. E ainda determina que “deve ser
garantido a todos o acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa
e da criação artística, de acordo com a capacidade de cada um”.
A inclusão de pessoas com necessidades especiais tem sido alvo de
grandes reflexões, debates e discussões, e mesmo em meio a tantas políticas
públicas inclusivas ainda se pretende responder à exclusão, tão marcante em
nossa sociedade (Borges; Paini, 2016, p. 6). Para que a Educação Inclusiva
ocorra com qualidade, a Lei de Diretrizes e Bases, em seu Art. 59, destaca
como devem ser atendidos os educandos com necessidades especiais, em
que destaca as principais diretrizes para o atendimento desses alunos.
Para isso, a educação tem por base quatro pilares: aprender a
conhecer; aprender a fazer; aprender a conviver; e aprender a ser. Firmar a
educação inclusiva em todos esses pilares é garantir que a aprendizagem de
crianças e jovens com deficiência aconteça por meio das várias possibilidades
de desenvolvimento que podemos encontrar na escola (Ferreira, 2018, p. 4).
A Inclusão é um paradigma que se aplica aos mais variados espaços
físicos e simbólicos e é uma prática social que se aplica no trabalho, na
arquitetura, no lazer, na educação, na cultura, mas, principalmente, na atitude
e no perceber das coisas, de si e do outrem (Camargo, 2017, p. 1).
Desenvolvimento

A Educação Inclusiva para ser bem-sucedida na escola é


imprescindível que apresente acessibilidade desde a entrada até os
equipamentos que favoreçam o ensino e a aprendizagem de todos os alunos.
A acessibilidade pode ser definida como a forma de organizar os espaços
para que todas as pessoas possam utilizá-lo de forma autônoma.
Diante das realidades das escolas públicas, detecta-se que ainda há
muitas lacunas no que diz respeito ao atendimento adequado com
instrumentos que venham realmente incluir o indivíduo no processo de ensino
e de aprendizagem, não basta estar dentro da sala de aula para ser incluído.
A escola precisa pensar como incluir o aluno para que o mesmo tenha
aprendizagem, que é um direito dele. A inclusão contrapõe-se a todo e
qualquer tipo de discriminação, e nessa perspectiva é preciso que a escola
reavalie todos os seus conceitos, em busca de uma educação que respeite a
heterogeneidade. Todavia, esta é uma tarefa árdua para uma instituição que
se acomodou com a padronização, excluindo de seu espaço qualquer forma
de diversidade.
O Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta as
Leis nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento
às pessoas que especifica, e nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que
estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade
reduzida e dá outras providências, considera pessoa com deficiência aquela
que apresente incapacidade ou limitações. Dentre as deficiências que se
apresentam como desafios na escola, destacam-se a física, auditiva, visual,
mental e múltipla. Essas deficiências possuem características que são
observadas na inclusão escolar para que o aluno prospere com sucesso na
escola. Para que o aluno com deficiência física seja incluído no processo de
ensino e aprendizagem e nas atividades escolares, esse meio precisa se
adequar às suas limitações, através da acessibilidade já tratada anteriormente
nesse projeto.
As ações de inclusão na escola influenciam nos resultados da
educação que ela oferece, sendo que para favorecer uma inclusão escolar
com igualdade, seguem seis dicas para garantir a inclusão na escola. São
elas: conhecimento do aluno em sua totalidade, formação dos profissionais,
integração efetiva entre o professor da sala de recurso multifuncional e os do
ensino regular, atendimento na sala de recurso multifuncional, uso da
tecnologia dentro da escola e parceria escola e família (Souza, 2017, p. 2-3).
Para que a inclusão ocorra e favoreça todos os envolvidos nesse
processo, faz-se necessário que o professor repense e reestruture
“estratégias de ensino para não ficar preso ao espaço delimitado na sala de
aula, faz se necessário repensar nas práticas pedagógicas até mesmo numa
nova gestão da classe” (Silva; Arruda, 2014, p. 6).
A inclusão é um desafio para a escola como um todo, sendo
necessário o conhecimento do meio em que a criança está inserida para que
as atividades propostas na escola fiquem próximas da realidade vivenciada
pelo incluso, e assim ele se adapte com maior facilidade ao contexto
educativo e participe ativamente do processo de aprendizagem.
Sobre isso, é importante que os professores, demais alunos e famílias
se adaptem ao meio em que a criança inclusa está inserida, dando a devida
importância para tamanha contribuição na vida escolar dessa criança (Silva;
Arruda, 2014, p. 1).
Além do envolvimento da família no processo educativo e das
atividades escolares, faz-se necessário que a parceria pedagógica seja uma
constante aliada no trabalho docente, para que esse seja bem-sucedido.
Nessa direção, convém esclarecer que a “necessária parceria de
trabalho pedagógico para a educação inclusiva", que os professores das
classes regulares e especializados se situem como sujeitos constitutivos do
processo. (Gomes et al., 2017, p. 5).
Outro ponto importante se refere ao planejamento, que deve ser
flexível; o professor é “mediador e facilitador na organização dos alunos, de
forma que possibilite uma melhor interação, mesmo em níveis tão diferentes,
incluindo a todos, seja na educação física, capoeira, teatro ou qualquer outra
proposta pedagógica” (Silva; Arruda, 2014, p. 6).
Como se nota, as ações educativas voltadas para a inclusão são
aquelas que consideram todos os alunos como seres únicos e diferentes, mas
com características peculiares, e capazes de aprender, de transformar a
realidade em que vivem. Para isso, aqueles que possuem limitações de
aprendizagem e que por isso podem ser considerados inclusos, devem contar
com o atendimento educacional especializado - aí reside a importância de o
educador estudar e estar preparado para lidar com a diversidade e contar
com o apoio desses profissionais.
Por fim, a inclusão só será uma realidade que beneficie alunos,
professores, familiares e sociedade, quando todos realmente abraçarem essa
causa e se conscientizarem de que incluir é fazer com que todos sejam
considerados capazes de produzir e compartilhar saberes.

Conclusão

Conclui-se que, para o processo de inclusão escolar, é preciso que


haja uma transformação no sistema de ensino que venha beneficiar toda e
qualquer pessoa, levando em conta a especificidade do sujeito, e não mais as
suas deficiências e limitações.
A Educação Inclusiva, conforme já visto, caracteriza-se como a
inclusão de todos os alunos, independentemente de sua condição física e
mental na educação escolar básica, onde a família, sociedade, o Estado e
corpo docente das escolas têm um papel importantíssimo para o
desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, principalmente os portadores
de necessidades especiais.
O Poder Legislativo tem papel muito importante, onde se redigem e
promulgam as leis que tratam sobre o tema. Dentre as leis regentes, a mais
importante é a Constituição da República Federativa do Brasil, nos Arts. 3° e
227, em que se destaca a importância da inclusão e da responsabilidade da
sociedade, família e Estado em assegurar os direitos e garantias das crianças
e adolescentes e as colocarem a salvo de toda forma de negligência,
preconceitos velados ou escancarados e discriminação.
A Conferência Mundial se caracteriza como a maior fonte de regras e
princípios aplicáveis à educação inclusiva, dispondo que toda criança
portadora de necessidades especiais tem o direito de estudar em uma sala de
estudos comum juntamente com as demais crianças, aonde os professores
deverão se especializar para adaptarem a sala e os alunos às peculiaridades
dos portadores de necessidades especiais.
Comprova-se que a família e a sociedade, juntamente com as escolas
e professores, têm um papel essencial para a adequação do ambiente escolar
aos alunos que são portadores de necessidades especiais, inclusive tendo o
papel secundário de transformar a sociedade em um local mais justo, não
mais enxergando o aluno especial como um ser humano que não mereça
estudar, mas como uma pessoa capaz, como qualquer outra, de estudar e
aprender.
No entanto, o compromisso de prestação eficiente de educação básica nas
redes de ensino, envolvendo a família e a sociedade como coautores desta
transformação de vida e mudança de comportamentos.
O processo de inclusão é gradual, interativo e culturalmente
determinado, requerendo a participação do próprio aluno na construção do
ambiente escolar que lhe seja favorável. A formação e a capacidade docente
imperam, neste contexto, como uma das principais alternativas para
concretização desses anseios.
Assim, cabe ao docente atuar no sentido de garantir a todas as
crianças o acesso a uma educação de qualidade, tornando-as aptas a serem
cidadãos conscientes e socialmente aceitos.

Referencias Bibliográficas

BORGES, Marilene Lanci; PAINI, Leonor Dias. A educação inclusiva: em busca de


ressignificar a prática pedagógica. Universidade Estadual de Maringá – UEM. 2016.
Disponível
em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/20
16/2016_artigo_edespecial_uem_marilenelanciborgessenra.pdf. Acesso em: 10 mai. 2019.

CAMARGO, Eder Pires de. Inclusão social, educação inclusiva e educação especial:
enlaces e desenlaces. Ciênc. Educ., Bauru, v. 23, nº 1, jan./mar. 2017. Disponível
em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-73132017000100001.
Acesso em: 26 fev. 2019.
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica
:http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf Links to an external site.
FERREIRA, Felipe. Educação inclusiva: quais os pilares e o que a escola precisa fazer?
Atualizado em: 29 de agosto de 2018. Disponível
em: https://www.proesc.com/blog/educacao-inclusiva-o-que-a-escola-precisa-fazer/. Acesso
em: 2 jun. 2019.

GOMES, Claudia; CARDOSO, Cristiane dos Reis; LOZANO, Daniele; BAZON, Fernanda
Vilhena Mafra; LUCCA, Josiele Giovana de. Colaboração pedagógica na ação inclusiva nas
escolas regulares. Rev. Psicopedagogia, São Paulo, v. 34, nº 104, 2017. Disponível
em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862017000200006.
Acesso em: 12 maio 2019.

SILVA, Ana Paula Mesquita da; ARRUDA, Aparecida Luvizotto Medina Martins. O papel do
professor diante da inclusão escolar. Revista Eletrônica Saberes da Educação, v. 5, nº 1,
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em: http://docs.uninove.br/arte/fac/publicacoes_pdf/educacao/v5_n1_2014/Ana_Paula.pdf.
Acesso em: 8 maio 2019.

SOUZA, Joelma. 6 dicas para garantir a inclusão na escola. Postado em: 10 de maio de
2017. Disponível em: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/1804/blog-na-direcao-certa-6-
dicas-para-garantir-a-inclusao-na-escola. Acesso em: 12 maio 2019.

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