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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP EDUCACIONAL

LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

IDENTIFICAÇÃO – Nome e RA de cada aluno

DESAFIO PROFISSIONAL
TÍTULO/TEMA

CIDADE
2018
IDENTIFICAÇÃO – Nome e RA de cada aluno

DESAFIO PROFISSIONAL
TÍTULO/TEMA

Desafio Profissional apresentado às


disciplinas de ....................................,
como requisito para aprovação no curso
de Pedagogia.
Tutor (a) EaD -
Tutor (a) Presencial -

CIDADE
2018
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4
O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA – TEA ......................................... 5
A ESCOLA INCLUSIVA ...................................................................................... 6
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL ...............................................................................
HABILIDADES PROFISSIONAIS ........................................................................
O PAPEL DA FAMÍLIA ........................................................................................
CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................

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INTRODUÇAO

A educação inclusiva surge da necessidade de romper os paradigmas da


intolerância e preconceitos com as pessoas que possuem necessidades especiais.
Incluí-los não é apenas garantir a permanência em uma sala de aula comum, é
necessário propiciar suporte pedagógico, além de um ambiente lúdico, sadio e
acolhedor.
A atual política educacional brasileira, no que tange às
diretrizes para a educação especial, enfatiza a inclusão dos
alunos com necessidades educacionais especiais nas classes
comuns, na perspectiva de abolir as práticas segregacionistas
que vêm norteando a educação desses alunos. Entretanto, no
que tange à educação básica no ensino público e privado, a
educação inclusiva tem representado um desafio (BRASIL,
2006).

Lima (2006, p. 27), afirma que:


A forma como a sociedade interage com as pessoas com
deficiência se modificou e vem se transformando ao longo da
história [...]. Somente com a modificação da sociedade,
propiciada pela interação com as pessoas com deficiência, é
que se pode vislumbrar uma sociedade mais fraterna e
cooperativa.

Assim, a educação inclusiva trata-se de uma educação em que a escola se


adapta ao indivíduo que se busca incluir e não o contrário. Além de ser um
importante fator para o relacionamento social e desenvolvimento das habilidades de
todos os educandos que a contemplam.
Ao falar em educação inclusiva com enfoque no Transtorno do Espectro
Autista (TEA), não se aborda apenas um mero desejo, mas um direito do autista e
de seus familiares e um dever da escola, como assegura a fundamentação legal que
visa trazer ao conhecimento os exercícios legais que tratam sobre as políticas
públicas da educação inclusiva com enfoque no exercício da inclusão na rede
regular de ensino.
Aos alunos, é dever do Estado oferecer escolas com recursos
especializados, profissionais multidisciplinares para oferecerem um ambiente
educacional mais humanizado, com professores capacitados, aptos a lidarem com
as mais diversas situações. Porém é necessária a participação de todos neste

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processo, principalmente da família, pois esta será a base para a criança que tenha
alguma necessidade especial de ensino. A escola tem o papel de criar um ambiente
formativo e compete a família apoiá-la transmitindo valores morais.
Compete aos educadores, além de aprender a adaptar o planejamento e os
procedimentos de ensino, olharem para as habilidades e competências dos alunos,
e não apenas para suas limitações. Destacando-se a importância de que as
formações inicial e continuada estejam conectadas ao cotidiano escolar.
O presente trabalho tem por objetivo analisar o processo de inclusão do
aluno público alvo da educação especial (PAEE) e, assim, refletir sobre a
importância das práticas pedagógicas inclusivas na escola.

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O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA – TEA

O Manual de Transtornos Mentais - DSM-5, (2013), o qual tem expressiva


importância nos parâmetros clínicos dos diagnósticos de transtornos
neuropsiquiátricos em todo o mundo, descreve o autismo como, em geral, um
distúrbio de desenvolvimento que leva a severos comprometimentos de
comunicação social e comportamentos restritivos e repetitivos que tipicamente se
iniciam nos primeiros anos de vida.
A Lei Nº 12.764, de dezembro de 2012, que institui a Política Nacional de
Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, em seu § 1º
considera a pessoa com transtorno do espectro autista aquela portadora de
síndrome clínica caracterizada na forma dos incisos I ou II:
I deficiência persistente e clinicamente significativa da
comunicação e da interação sociais, manifestada por
deficiência marcada de comunicação verbal e não verbal usada
para interação social; ausência de reciprocidade social; falência
em desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de
desenvolvimento;
II padrões restritivos e repetitivos de comportamentos,
interesses e atividades, manifestados por comportamentos
motores ou verbais estereotipados ou por comportamentos
sensoriais incomuns; excessiva aderência a rotinas e padrões
de comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos
(BRASIL, 2012).

Estudos apontam o autismo como uma condição permanente, ou seja, a


criança que nasce com autismo se torna um adulto com autismo.
Este transtorno pode ser associado com deficiência intelectual, dificuldades
de coordenação motora e de atenção, podendo manifestar outras condições como a
síndrome de déficit de atenção e hiperatividade, dislexia ou dispraxia.
Algumas pessoas com TEA podem ter dificuldades de aprendizagem em
diversos estágios da vida, desde estudar na escola, até aprender atividades da vida
diária, como, por exemplo, tomar banho ou preparar a própria refeição. Algumas
poderão levar uma vida relativamente “normal”, enquanto outras poderão precisar de
apoio especializado ao longo de toda a vida.

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A ESCOLA INCLUSIVA

O direito de acesso ao ensino é um exercício de cidadania assegurado pelo


decreto Nº 6.094, de abril de 2007, que “dispõe sobre a implementação do Plano de
Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União Federal, em regime de
colaboração com Municípios, Distrito Federal e Estados, e a participação das
famílias e da comunidade, mediante programas e ações de assistência técnica e
financeira, visando a mobilização social pela melhoria da qualidade da educação
básica” (BRASIL, 2007). Onde, o cidadão independente de sua condição física,
psicológica, moral, econômica e social tem o direito assegurado de usufruir os
espaços municipais, estaduais e federais de educação. Ou seja, “garantir o acesso
e permanência das pessoas com necessidades educacionais especiais nas classes
comuns do ensino regular, fortalecendo a inclusão educacional nas escolas
públicas” (BRASIL, 2007).
Entende-se por educação inclusiva uma concepção de ensino
contemporânea que tem como objetivo garantir o direito de todos à educação.
Pressupondo a igualdade de oportunidades e a valorização das diferenças
humanas, o que implica na transformação da cultura, das práticas e das políticas
vigentes na escola e nos sistemas de ensino, de modo a garantir o acesso, a
participação e a aprendizagem de todos.
A prática inclusiva dos alunos com deficiência nas classes comuns das
escolas regulares é desafiadora e gera muitas dúvidas para os pais, profissionais da
educação e à própria sociedade. No entanto, a Declaração de Salamanca,
(UNESCO, 1994), assegura que:
A educação de alunos com necessidades educativas especiais
incorpora os princípios já comprovados de uma pedagogia
saudável da qual todas as crianças podem se beneficiar,
assumindo que as diferenças humanas são normais e que a
aprendizagem deve ser adaptada às necessidades da criança,
em vez de esta a ter de se adaptar a concepções
predeterminadas, relativamente ao ritmo e à natureza do
processo educativo” (p.7).

A inclusão para realmente fazer jus à palavra dita, precisa acompanhar uma
preparação tanto do próprio professor quanto da escola, que é de grande
importância para o desenvolvimento da criança, pois não é o indivíduo autista que

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deve adaptar-se ao ambiente, mas sim o ambiente que deve ser adaptado e receber
a educação inclusiva, pois existem leis que determinam esta afirmação.
Não se pode pensar em inclusão escolar, sem penar em um ambiente
inclusivo. O ambiente escolar que recebe esses alunos, ao matricular, deve garantir
toda a preparação de profissionais e estrutura escolar, para que os mesmos sejam
aceitos e atendidos conforme todo o processo inclusivo propõe, abandonando os
atos que segregam os indivíduos autistas, pois tais atos em nada ajudam, só vem a
prejudicar.
Os sistemas de ensino devem organizar as condições de acesso aos
espaços, aos recursos pedagógicos e à comunicação que favoreçam a promoção da
aprendizagem e a valorização das diferenças, de forma a atender as necessidades
educacionais de todos os alunos (BRASIL, 2008).
O projeto pedagógico da escola deve direcionar as ações do professor, o
qual terá que e assumir o compromisso com a diversidade e com a equalização de
oportunidades, privilegiando a colaboração e a cooperação.
De modo geral as diretrizes nacionais para a educação especial na
educação básica afirmam que:
Cabe a educação especial, entendida como um processo
educacional, definida por uma proposta pedagógica, que
assegure recursos e serviços educacionais especiais,
organizados institucionalmente, apoiar, complementar,
suplementar, e em alguns casos, substituir os serviços
educacionais comuns de modo a garantir a educação escolar e
promover o desenvolvimento das potencialidades dos
educandos que apresentem necessidades educacionais
especiais em todas as etapas e modalidades da educação
(BRASIL, 2001).

Mudanças no sistema educacional brasileiro garantem o respeito a


diversidade, permitindo a convivência e a aprendizagem de todos. Evidenciando os
esforços dos educadores em ensinar toda a turma o que representa um conjunto
valioso de experiências.

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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Em termos legais, três documentos alicerçam a inclusão das pessoas com


TEA no ensino regular de ensino:
Primeiramente, ressalta-se a Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva, que inclui esse alunado como público-alvo da
educação especial
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva tem como objetivo assegurar a inclusão
escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, orientando
os sistemas de ensino para garantir: acesso ao ensino regular,
com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis
mais elevados do ensino; transversalidade da modalidade de
educação especial desde a educação infantil até a educação
superior; oferta do atendimento educacional especializado;
formação de professores para o atendimento educacional
especializado e demais profissionais da educação para a
inclusão; participação da família e da comunidade;
acessibilidade arquitetônica, nos transportes, nos mobiliários,
nas comunicações e informação; e articulação intersetorial na
implementação das políticas públicas (BRASIL, 2008).

Em seguida, assinala-se a Política Nacional de Proteção dos Direitos da


Pessoa com Transtorno do Espectro Autista – Lei Nº 12.764/ 2012 que, dentre suas
diretrizes, trata do incentivo à formação e capacitação de profissionais
especializados no atendimento a essa população, bem como o acesso à educação e
ao ensino profissionalizante (BRASIL, 2012).
Por fim, destaca-se a Nota Técnica Nº 24/2013, emitida pelo Ministério de
Educação, que orienta os sistemas de ensino a efetivarem ações para a inclusão da
pessoa com TEA (BRASIL, 2013).
Contudo, a existência desse conjunto de leis, que atuam como agentes
reguladores que garantem o acesso de pessoas com autismo e outras deficiências à
educação, não assegura que os educadores saibam auxilia-los no seu processo
educativo. Este fenômeno se depara com a realidade precária do educador na forma
de condução do processo educativo para que o direito a ter educação seja cumprido
satisfatoriamente.

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HABILIDADES PROFISSIONAIS

Ensinar é um desafio, ainda mais quando se trata de alunos com


necessidades especiais. Muitos educadores se deparam com essa realidade e, sem
formação e sem experiencia, se veem impotente, sem apoio, para lidar com as
especificidades e, então, realizar um bom trabalho.
O professor, como organizador da sala de aula, guia e orienta as atividades
dos alunos durante o processo de aprendizagem para aquisição dos saberes e
competências.
Além disso, tem papel fundamental na identificação de problemas ou
situações que desfavoreçam qualquer criança. No caso específico da situação
geradora de aprendizagem apontada, cabe ao professor se dispor a fazer o seu
melhor para fazer prevalecer os direitos desta criança quanto público alvo da
educação especial.
É de suma importância que o professor tenha uma postura branda, de forma
não agressiva e com muita paciência, transmitindo-lhe segurança e controle. Acolher
a criança em sala de aula com afeto e compreensão, conquistando sua confiança
favorecerá sua atuação quanto profissional da educação. É necessário conhecer as
limitações desse aluno, no entanto, mais importante é valorizar suas habilidades e
competências. Observando seus interesses, buscar adaptar ações que o inclua nas
atividades em sala de aula, bem como na interação com os demais alunos, visando
seu desenvolvimento.
É seu papel intervir nas atividades que o aluno ainda não tem autonomia
para desenvolver sozinho, ajudando o estudante a se sentir capaz de realizá-las. É
com essa dinâmica que o professor seleciona procedimentos de ensino e de apoio
para compartilhar, confrontar e resolver conflitos cognitivos.
Acima de tudo, deve-se acreditar que uma criança com autismo tem
potencial para aprender, para isso é preciso compreender que estes enxergam o
mundo de uma forma diferente.

Para que isso ocorra são necessárias mudanças significativas no


funcionamento das escolas, na formação humana dos professores, nas relações
familiares, escola e sociedade.

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Reunir-se com a coordenação da escola e com o núcleo de ensino especial
da Secretaria de Educação para que possam realizar o atendimento especializado a
esse aluno, e assim, disponibilizar um profissional capacitado para auxiliar o
professor regente da sala de aula, para que juntos desenvolvam estratégias e
materiais pedagógicos que atendas as necessidades do aluno autista, como
assegura a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do
Espectro Autista.
Destaca-se ainda, a importância de se capacitar para que possa atender
melhor as adversidades que o ensinar nos proporciona, dando-nos a oportunidade
de ser um profissional mais preparado.
É imprescindível o apoio de todos, família e escola juntos cobrando o
cumprimento dos direitos da pessoa com necessidades especiais, para que esta
tenha acesso a educação e assistência necessária para o seu desenvolvimento.

O PAPEL DA FAMÍLIA

Professores e diretores não podem promover a inclusão de uma criança com


necessidades educacionais especiais sozinhos. A participação da família e da
comunidade, as quais podem contribuir para fortalecer e multiplicar as ações
inclusivas. Para esse sucesso, será de fundamental importância o envolvimento de
todos.
Cabe aos pais acompanhar o desenvolvimento da criança, para isso é
essencial que oriente o aluno nas atividades, revisando o que foi feito em sala de
aula. Além disso, é importante que participem de reuniões da equipe escolar para
planejar, adaptar o currículo e compartilhar sucessos. Estar nas atividades
extracurriculares e terem acesso a treinamentos relevantes, como os serviços de
apoio à família, pois nesta interação escola/família, a Inclusão Escolar obterá muito
mais êxitos.
Ressalto ainda, a importância de se valorizar as pequenas conquistas do
seu filho.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sendo a educação um direito de todos, assegurado constitucionalmente,


incluir um aluno com autismo vai além de oferecer vaga na escola, ou seja, ainda
que o aluno esteja matriculado e frequente a escola regular, esse fato, por si só, não
garante o seu desenvolvimento. Deve-se explorar todo seu potencial,
proporcionando oportunidades de desenvolvimento efetivo.
É sabido que muitas são as dificuldade e preconceitos à serem enfrentados,
no entanto,

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes


nacionais para a educação especial na educação básica. Brasília - DF, 2001.
Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf>. Acesso
em 27 abr. 2018.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. A inclusão


escolar de alunos com necessidades educacionais especiais: deficiência
física. Brasília - DF, 2006. Disponível em: <
http://www.usjt.br/arq.urb/arquivos/abntnbr6023.pdf>. Acesso em: 26 abr. 2018.

______. Decreto Nº 6.094, de 24 de abril de 2007. Todos pela educação.


Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/decreto/d6094.htm>. Acesso em 25 abr. 2018.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política


Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
Inclusão: Rev. Educ. Esp., Brasília, v. 4, n. 1, p. 7-17, jan./jun. 2008. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revinclusao5.pdf>. Acesso em: 24 abr.
2018.

______. Lei N° 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional


de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e
altera o § 3o do art. 98 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12764.htm>.
Acesso em 24 abr. 2018.

LIMA, Priscila Augusta. Educação inclusiva e igualdade social. São Paulo:


Avercamp, 2006.

UNESCO. Declaração de Salamanca. Sobre os Princípios, Políticas na Área das


Necessidades Educativas Especiais. Espanha, 1994. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf> Acesso em: 23 ABR.
2018.

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