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CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DA

UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP


CURSO PEDAGOGIA

MICHELE BERTOTTI RA: 7705668497


PATRICIA MENEZES RA: 1967232560
RAIANE DOS SANTOS RA: 8308765905
VANESA S. PLENS RA: 6791433958

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E INCLUSÃO

DOURADOS-MS
2016
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CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DA UNIVERSIDADE


ANHANGUERA – UNIDERP
CURSO PEDAGOGIA

MICHELE BERTOTTI RA: 7705668497


PATRICIA MENEZES RA: 1967232560
RAIANE DOS SANTOS RA: 8308765905
VANESA S. PLENS RA: 6791433958

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E INCLUSÃO

Desafio Profissional - Disciplinas


Norteadoras: Educação Profissional e
Educação em Ambientes não Escolares;
Fundamentos e Metodologia de Ciências;
Fundamentos da Gestão em Educação;
Educação Especial; Políticas
Educacionais. Elaborado para fins de
avaliação do 7º Semestre do curso de
Pedagogia da Universidade Anhanguera –
Uniderp sob a orientação da professora
Michele Caroline Delefrati Barriviera.

DOURADOS-MS
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2016
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................4

2 OBJETIVOS...............................................................................................................7

2.1 Objetivo geral:......................................................................................................7

2.2 Objetivos específicos:..........................................................................................7

3. METODOLOGIA........................................................................................................8

4. ATIVIDADES.............................................................................................................9

5. RESULTADOS ESPERADOS................................................................................11

6. CONCLUSÃO..........................................................................................................12

7. REFERÊNCIAS.......................................................................................................14
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1 INTRODUÇÃO

A escola inclusiva como o próprio nome já diz, deve incluir a todos os


estudantes e não apenas os que são considerados pessoas com necessidades
educacionais especiais, ou seja, todas as crianças devem aprender juntas, sem
exceção, desse modo para ser inclusiva não pode haver exigência quanto ao acesso
e nenhum tipo de seleção ou discriminação.
A inclusão como prática educativa tem com objetivo a aceitação das
diferenças individuais, a valorização de cada pessoa, a convivência com a
diversidade e a cooperação, e esse processo é um desafio, superável desde que
exista um comprometimento para pensar e mudar, e que dentre outras prioridades,
busque-se metodologias para facilitar o reconhecimento e respeito às diferenças.
É nesse contexto que o presente desafio tem como objetivos proporcionar
experiências no âmbito da educação ambiental que possa possibilitar que alunos
surdos e com síndrome de Down entrem em contato direto com o mundo e se
sensibilize com tudo que o envolve, discutindo a importância do ambiente para a
saúde e o bem estar das pessoas e o exercício da cidadania, à degradação do
ambiente e à qualidade de vida e desenvolvendo o sentido ético-social diante dos
problemas ambientais.
De acordo com as diversas realidades escolares, deve-se ter em mente que
os indivíduos integrantes das comunidades escolares são marcados por histórias
distintas, quais sejam de natureza biológica e social.
De acordo com documento Educação Inclusiva escrito pelo Ministério da
Educação (MEC, 2005), faz-se necessária à compreensão de que todo cidadão é
um indivíduo único e diferente. Nesse contexto, a educação inclusiva, portanto,
colabora para a construção da sociedade inclusiva, onde todas as pessoas – negras,
analfabetas, sem-terra, sem-teto, indígenas –, apresentem ou não, necessidades
educacionais especiais – NEE, tenham o direito a uma educação que possibilite aos
sujeitos reconhecer a diversidade de modos de vida, de linguagem, e respeitar os
diferentes povos e pessoas que compõem a sociedade brasileira.

[...] a educação inclusiva vai muito além da presença física do aluno no


ensino regular. Não é aquela que só aceita as diferenças, mas faz da
diferença uma maneira distinta de expressão e de operacionalização do
mundo, na qual, compreender pessoas com NEE significa entendê-la a
partir de seu próprio marco de referência. Não basta reconhecer e aceitar a
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diferença. Há que se transformar a ação e a experiência variadas em algo


que amplie a nossa visão de mundo no sentido de uma atitude cidadã em
respeito às diferenças (BRASIL, 2005, p.32)

Pessoas que, historicamente, foram excluídas de alternativas de inclusão e de


qualidade de vida, principalmente aquelas cujo acesso às políticas públicas foi
negado. No capítulo da educação seção 1 em seu artigo 205, a Constituição Federal
estabelece que:
A educação é direito de todos e dever do Estado e da família e será
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade visando o pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988, p.38).

Apesar disso, é nítida ainda hoje a desigualdade de oportunidades na


qualidade de oferta educacional na sociedade. A proposta da escola inclusiva é
transformar o ambiente escolar em um espaço acolhedor, onde o aluno tenha voz e
vez, ou seja, tenha oportunidade em se fazer ouvir, independente da sua condição
social e cultural, permitindo sua participação social.
Ouvir e ser ouvido é de suma importância no processo de interação, desse
modo, promover o interesse pelo que os outros dizem é tão importante quanto expor
a própria fala. Tais transformações exigem que a escola repense e reformule seu
papel e sua função na sociedade, de forma que se torne um ambiente de acesso ao
saber, buscando alternativas para facilitar o aprendizado de todas as pessoas.
As políticas de educação inclusiva e compreenderem suas implicações
organizacionais e pedagógicas, para a democratização da Educação Básica no país.
A inclusão não é uma modalidade, mas um princípio do trabalho educativo.
(BRASIL, 2005)
Conforme a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da
Educação Inclusiva (2008), cujos estudos fomentam a inclusão, cabe esclarecer que
a escola informa e desperta a consciência sobre o valor da pessoa humana, o
respeito à dignidade de todos, independente de sua condição social. Propiciando
assim conscientização para com o exercício efetivo da liberdade, portanto, levando a
promoção da integralidade física, moral e social.
A Constituição Brasileira de 1988 garante a toda pessoa o direito à saúde, à
educação, à moradia, dentre outros, que são direitos universais. O grande desafio é
eliminar barreiras definidas socialmente, viver com qualidade social, menos
desigualdade, ter acesso aos bens e serviços por intermédio da participação coletiva
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e do exercício da cidadania. Incentivar a inclusão é promover mudanças na


mentalidade, e nas atitudes, significa o reconhecimento da igualdade de direitos
civis, políticos, econômicos, sociais e culturais.
O Decreto nº 6.094/2007 estabelece dentre as diretrizes do Compromisso
Todos pela Educação, a garantia do acesso e permanência no ensino regular e o
atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos, fortalecendo a
inclusão educacional nas escolas públicas.
Nesse contexto, a política de inclusão tem sido destaque em âmbito nacional,
fomentando a ideia de inclusão, direcionando a escola pública a participar desse
processo. A escola inclusiva para ser inclusiva não pode haver exigência quanto ao
acesso e nenhum tipo de seleção ou discriminação. Com isso, percebe-se que antes
de qualquer coisa, para que ocorra realmente essa integração na escola, faz-se
necessário uma preparação de todo o conjunto de sujeitos que vão interagir no
processo. Portanto, uma boa escola é a aquela que tem um ensino para todos.
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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral:

 Proporcionar experiências que possa possibilitar aos alunos surdos e com


síndrome de Down que entrem em contato direto com o mundo e se
sensibilize com tudo que o envolve, discutindo a importância do ambiente
para a saúde e o bem estar das pessoas e para o exercício da cidadania,
bem como à degradação do ambiente e à qualidade de vida e desenvolvendo
o sentido ético-social diante dos problemas ambientais.

2.2 Objetivos específicos:

 Instigar a interação dos alunos para com o meio ambiente em que estão
inseridos.
 Verificar que o desafio é o da cidadania para a população em sua totalidade, e
não para um grupo restrito, consolida-se pela possibilidade de cada pessoa
ser portadora de direitos e deveres, ator principal na defesa da qualidade de
vida.
 Trabalhar a inclusão, valores e conceitos além de desenvolver atitudes e
posicionamento crítico e participativo em relação aos problemas enfrentados
pelo meio ambiente, visando uma vida de qualidade para todos.
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3. METODOLOGIA

Se o contexto inclusivo requer um currículo comum, cujos alunos tem que


participar de todas as atividades, a inclusão fará parte desse processo, nesse
sentido, a metodologia utilizada nesse projeto será desenvolvida da seguinte
maneira:
Trabalhar a interdisciplinaridade utilizando o tema da educação ambiental com
o intuito de incluir os dois alunos surdos e uma aluna com síndrome de Down no
projeto da educação ambiental.
Essa inclusão será a partir de todo o contexto em que esses alunos estão
inseridos, verificando assim o que eles poderão contribuir, portanto, os mesmos
trabalharão com jornais; entrevistas, pesquisas, construção de painéis, entre outros.
De maneira que esses alunos poderão participar e interagir com os professores,
colegas e funcionários da escola, e ainda, com a comunidade local, haja vista que
trata-se também de uma pesquisa que irá além dos muros escolares.
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4. ATIVIDADES

As atividades do projeto “Educação Ambiental” serão interdisciplinares, ou


seja, envolverão as diversas disciplinas do Ensino Fundamental, a saber: Língua
Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências, no entanto, o foco principal
será em Ciências, visto que, a temática envolve a educação ambiental.
Nesse sentido, ler notícias de jornais e revistas instiga para que criem nos
alunos à auto criticidade, portanto, a relevância de se trabalhar textos jornalísticos
em língua portuguesa que tratam a questão da educação ambiental faz-se
necessário para os alunos surdos, tanto com síndrome de Down, isso porque os
mesmos poderão envolver-se no que esta sendo apresentado, por meio de imagens
e também das reportagens.
E ainda, recortes das notícias que tratam sobre a educação ambiental,
reescrita e novas reportagens com a comunidade em que estão inseridos é
sugestivo de atividade. Nesse caso, trabalho de pesquisa em grupos de alunos
ouvintes com surdos e com a aluna com síndrome de Down. Como são três alunos,
cada um participará de um grupo diferente.
No ensino da Geografia, envolve a geografia do local, o meio ambiente, neste
caso, a ciência, pois saberão como esta o meio ambiente em que estão vivendo,
haja vista que, a escola localiza-se próximo a um córrego e mata, portanto, é
passível de estudo pelos alunos, assim como o envolvimento dos pais e da
comunidade.
Em História, os alunos poderão fazer um levantamento histórico do local, isso
com os próprios moradores, ou seja, dados do local, quem vive ali, quanto tempo, e
fatores que poderão contribuir para com as mudanças no mesmo. Os alunos surdos
serão acompanhados pelas professoras intérpretes, fator esse que os ajudará a
desenvolver o trabalho de campo, no entanto, os mesmos estarão com seus grupos,
também discutindo os pontos a serem trabalhados. O mesmo ocorrerá com a aluna
com síndrome de Down.
Em Ciências, trabalhar a questão da educação ambiental, que locais com falta
de saneamento, acúmulos de lixo, entre outros, trazem além do mau cheiro,
doenças como a dengue que tem trazido com ela a zika e febre chikungunya,
também poderão ser instigadores de mais parâmetros de estudos.
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Em Matemática, os alunos nos seus grupos poderão realizar gráficos da


situação vista no local, se há incidência de dengue e analisar por meio desse gráfico
o que a pesquisa pode verificar.
Por fim, a apresentação de relatórios, fotos, confecção de painéis, banners e
filmagens das atividades que serão realizadas pelos alunos.
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5. RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se que as ações de inclusão sejam pautadas na participação de toda


a comunidade escolar envolvida neste processo. Nesse sentido, buscar-se-á pensar
num currículo comum que atenda a todos os alunos, inclusive aos alunos especiais
que estão matriculados nesta escola, com o intuito dos mesmos participarem na
elaboração das atividades, bem como no trabalho desenvolvido em grupos, e ainda,
nas pesquisas. Para as pesquisas contar-se-á com a participação da comunidade
externa.
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6. CONCLUSÃO

Considerando a inclusão preconizada na Constituição Federal de 1988, na Lei


de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96), dentre outras que
fortalecem a inclusão das pessoas com deficiência no âmbito social, político e
educacional.
A relevância dessa temática nos dias atuais, vinculada a uma realidade que
requer cada vez mais de pressupostos de conceituação cujas práxis do professor
deve acrescer as inovações pertinentes ao contexto de mudanças na educação. Ao
falarmos da inclusão escolar de crianças com necessidades especiais surge a ideia
de inserção de algo ou alguém novo ou diferente, a um processo já em andamento.
E, ainda devemos lembrar que a inclusão de pessoas com necessidades especiais é
um direito adquirido e deve ser garantido a Todos.
A inclusão surgiu como alternativa para a educação de pessoas com
necessidades especiais para que seja possível melhor qualidade de vida e relações
sociais mais solidárias em sociedade, dentre outras. Durante muito tempo esse
indivíduos foram rotulados e estereotipados como sujeitos incapazes de aprender,
de modo que seria desnecessária a presença deles na escola. E sob o contexto das
mudanças que ocorreram e vem ocorrendo nas políticas educacionais brasileiras,
em especial da educação inclusiva com a LBD Lei 9394 de 1996 (Lei de Diretrizes e
Bases) que define como modalidade de educação escolar, oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para indivíduos portadores de
necessidades educacionais especiais.
A educação inclusiva tem como objetivo reduzir todas as pressões que levam
a exclusão. Respeitar as diferenças, não significa apenas aceitá-las, mas organizar-
se para responder a cada uma delas. A escola é, sem dúvida, um espaço social no
qual se traduz todos os tipos de manifestações e sob essa perspectiva é que se
busca uma educação inclusiva, ou seja, para todos. Cabe reiterar a necessária
compreensão de que todo cidadão é um indivíduo único e diferente, e tais diferenças
devem ser respeitadas, sejam elas visíveis ou não.
Nesse sentido, a Educação Ambiental se funde à Educação Inclusiva, quando
defende o respeito à diversidade e a relação do ser humano com o ambiente e com
os outros seres humanos.
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Em suma, concluímos que a Educação Inclusiva e o conceito de inclusão,


como também de que forma a inserção da temática ambiental deverá ocorrer em
nossa escola, de maneira que interaja com o ambiente natural, bem como o acesso
a bens e serviços ambientais. Nesse sentido, cabe à escola e a sociedade estimular
também a inclusão, o respeito à diversidade, e o desenvolvimento da percepção
ambiental e do contexto em que estamos inseridos.
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7. REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília DF: Senado, 1988.

______. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.


CNE/CEB Resolução n. 2, de 11 de setembro de 2001. Brasília, DF: Imprensa
Oficial, 2001.

______. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de1996. Estabelece as diretrizes e


bases da educação nacional. In: Diário Oficial da República Federativa do Brasil,
Poder Executivo, Brasília, DF, 23 dez.1996.

______. CIBEC/MEC. Inclusão: Revista de Educação Especial, Brasília, Secretaria


de Educação Especial, v. 1, n. 1. out. 2005.

______. Ministério da educação/Secretaria de Educação Especial. Educação


Inclusiva: documento subsidiário: a política de inclusão. Brasília, DF, 2006.

______. Ministério da educação/Secretaria de Educação Especial. Saberes e


práticas da inclusão: avaliação para identificação das necessidades educacionais
especiais. Brasília, DF, 2006.

______. Ministério da Educação. Planejando a Próxima Década: conhecendo as


20 Metas do Plano Nacional de Educação. Disponível em:
<http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf>. Acesso em: 19
mai. 2016

MANTOAN, Maria Tereza Égler. Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer?
São Paulo: Moderna, 2003.

_________. Inclusão escolar caminhos e descaminhos, desafios e


perspectivas. Ensaios Pedagógicos, Brasília, 2006.

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