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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA

ANA CARLA HERNANDES AVELAR


MARIA VITÓRIA CARDOSO CITRANGULO RODRIGUES
RAQUEL MARIA DE MAGALHÃES  BRUM
SOLANGE DA ROCHA
TAMIRYS RODRIGUES MONTEIRO LIMA
THAÍS DE SOUZA ANDRADE

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO:


O PEDAGOGO E AS PRÁTICAS INCLUSIVAS

Além Paraíba
2017
ANA CARLA HERNANDES AVELAR
MARIA VITÓRIA CARDOSO CITRANGULO RODRIGUES
RAQUEL MARIA DE MAGALHÃES  BRUM
SOLANGE DA ROCHA
TAMIRYS RODRIGUES MONTEIRO LIMA
THAÍS DE SOUZA ANDRADE

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO:


O PEDAGOGO E AS PRÁTICAS INCLUSIVAS

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da


UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, 3º. semestre.
Disciplinas: Pedagogia em Espaços Escolares e não
Escolares; Educação, Cidadania e diversidade:
relações étnicoraciais; Educação e Tecnologias;
Educação Inclusiva e Língua Brasileira de Sinais –
LIBRAS e Seminário Interdisciplinar III.

Professores: Edwylson de Lima Marinheiro, Mari


Clair Moro Nascimento, Taísa G. G. L. Gonçalves,
Vilze Vidotte Costa e Tirza Cosmos dos Santos
Hirata.

Além Paraíba
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................03
2 A REALIDADE DA INCLUSÃO.............................................................................04
2.1 Ferramentas importantes..................................................................................05
2.2 A importância da interação...............................................................................06
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................09
4 REFERÊNCIAS.......................................................................................................10
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1 INTRODUÇÃO

No intuito de atender às novas demandas globais que tangem a sociedade, é


necessária uma nova maneira de repensar a Educação e de romper com a exclusão
social por meio de alternativas de Educação Inclusiva, para as pessoas com
deficiência. O objetivo deste trabalho de pesquisa é demostrar através de suportes
teóricos, como a Educação Especial pertinente à inclusão de pessoas com
necessidades especiais no ensino de educação básica, e refletir sobre a
necessidade de formação continuada para os docentes que acompanham esses
alunos com necessidades educacionais especiais nas diferentes esferas da
educação.
Desse modo, faz-se necessário refletir sobre essa nova demanda social. Os
saberes, as atitudes e as competências precisam ser repensados pelos docentes
responsáveis por acompanhar essa nova realidade de inclusão, com estratégias de
formação, planejamento, metodologias e valorização da diferença que visem a
atender a todos e não apenas a um grupo específico.
Deve-se aguçar o olhar para os sujeitos a partir de suas possibilidades de
aprendizagem e não apenas para as suas dificuldades inerentes à sua deficiência.
Cabe ao professor, portanto, responsáveis pela orientação e acompanhamento
desses alunos, elevar sua autoestima na perspectiva da inclusão, confiando nos
avanços e potencialidades individuais de cada um.
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2 A REALIDADE DA INCLUSÃO

No âmbito educacional, embora seja crescente uma tomada de consciência


social que aponta para a ineludível necessidade da inclusão de alunos com
necessidades educacionais especiais no ensino regular, os números sugerem uma
realidade bem diferente, evidenciando que a segregação, ou a exclusão, ainda são a
tônica.
A escola inclusiva deve ter o perfil que garanta a qualidade de ensino
educacional a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e
respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades.
Assim, uma escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver
organizada para favorecer a cada aluno, independentemente de etnia, sexo, idade,
deficiência, condição social ou qualquer outra situação.
O desafio hoje é de oferecer condições de igualdade para essas pessoas
portadoras de necessidades especiais. Portanto, nas instituições escolares há uma
grande necessidade de produzir conhecimento adequado às diferenças e na
representação da escola na sociedade.
Segundo Mittler (2003) o objetivo da inclusão é precisamente mudar o que
está em geral disponível através da reforma da organização e do currículo das
escolas e do sistema educacional como um todo para responder a uma ampla gama
de necessidades. A diversidade e a diferença são consideradas como normais.
Percebe-se que as necessidades encontradas na inclusão são cada vez mais
notáveis, pois ficam cada vez mais limitados os recursos que são disponíveis para o
sistema de ensino. No entanto, devem-se buscar estratégias e melhores condições
de vida para responder as perspectivas da inclusão escolar.
Observa-se que o ensino escolar encontra-se em situação precária, pois tem
sido mal compreendido principalmente nas escolas comuns. Sabe-se também que
muitas mudanças não garantem as condições das escolas receberem
indistintamente todos os alunos, oferecendo-lhes oportunidades para prosseguirem
com seus estudos.
O perfil da escola inclusiva não é apenas o que apresenta a inserção do aluno
nas atividades escolares, mas a que é capaz de introduzi-los no mundo social e
cultural. Sendo assim, as diferenças sociais trouxeram um grande movimento pela
inclusão de pessoas com deficiência a encontrar na sociedade o respeito e a
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valorização daqueles conhecidos como especiais.


Os desafios e as necessidades enfrentadas pelas escolas inclusivas possam
permitir ao aluno frequentar devidamente, mesmo se a escola não apresentar
estrutura física e pedagógica suficiente para inserir esse aluno numa classe comum,
buscando contextos educacionais especializados em que todos os alunos devem ter
a oportunidade de aprender e conviver com as diferenças em todo meio social.
Na educação inclusiva, a formação de professores na área educacional
apresentada não é só uma atividade de aprendizagem, mas sim a capacitação do
docente que é tomada diante da responsabilidade de variadas redes de educação.
Desse modo, é possível visualizar o reconhecimento e a importância de participar da
formação de professores da classe especial.
Nesse contexto Ferreira (2006, p. 231) ressalta que, “no novo perfil, a
professora deve adquirir conhecimentos sobre como conhecer as características
individuais (habilidades, necessidades, interesses, experiências) de cada um de
seus estudantes [...]”.
Como diz o autor,vale ressaltar que os professores devem conhecer muito
bem os seus alunos, de modo que os levem a ter conhecimentos diante do que é
trabalhado na sala de aula, podendo proporcionar a todos os estudantes a maneira
mais certa de respeitar a individualidade e transformar o preconceito existente em
muitas escolas.

2.1 Ferramentas importantes

Um dos desafios enfrentados cotidianamente no programa chamado


Tecnologia Assistiva, tem sido desenvolver ou captar recursos de acessibilidade,
que facilitem, ou mesmo, tornem possível, o acesso ao computador a alunos com
diferentes tipos de limitação motora, sensorial e/ou de comunicação e linguagem.
Para diversos deles, a utilização dessa Tecnologia Assistiva é a única
maneira pela qual podem estudar e aprender, utilizando o computador. A utilização
de adaptações e dispositivos especiais para o acesso dessa população às
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), em alguns casos, significa a
diferença entre poder estudar e aprender de forma sistemática, poder comunicar-se,
enfim, poder desenvolver-se, ou não. (MELLO,2010)
As novas descobertas e soluções nessa área têm sido constantes e cada vez
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mais abrangentes, com repercussões altamente significativas, principalmente para o


aprendizado e inclusão social de alunos com graves comprometimentos motores,
sensoriais e/ou de comunicação e linguagem, a partir do uso dessa Tecnologia
Assistiva, das adaptações e outros recursos de acessibilidade.
É possível perceber que essa área de pesquisa, possui um potencial de
crescimento bastante promissor, também pelos rápidos avanços das Tecnologias de
Informação e Comunicação. Esses avanços têm possibilitado, por exemplo, que,
com o movimento voluntário de apenas um músculo do corpo, ou mesmo apenas
com o movimento dos olhos, uma pessoa com graves paralisias possa realizar
qualquer atividade no computador, por meio de Softwares Especiais de
Acessibilidade, acionadores artesanais e outros recursos de fácil acesso nos dias de
hoje.
As tecnologias de Informação e Comunicação vêm se tornando,
crescentemente, um fundamental instrumento de nossa cultura e sua utilização um
meio concreto de interação e inclusão. É importante salientar, portanto, que
Tecnologia Assistiva, no seu sentido mais amplo, vai além da mera consideração de
artefato ou ferramenta, para abarcar, também, a idéia de metodologias, processos
ou serviços.

2.2 A importância da interação

A escola não pode tudo, mas pode mais. Pode acolher as


diferenças. É possível fazer uma pedagogia que não
tenha medo da estranheza, do diferente, do outro. A
aprendizagem é destoante e heterogênea. Aprendemos
coisas diferentes daquelas que nos ensinam, em tempos
distintos, (...) mas a aprendizagem ocorre, sempre.
Precisamos de uma pedagogia que seja uma nova forma
de se relacionar com o conhecimento, com os alunos,
com seus pais, com a comunidade, com os fracassos
(com o fim deles), e que produza outros tipos humanos,
menos dóceis e disciplinados. (ABRAMOWICZ, 1997).

É na apropriação dos recursos oferecidos pela sociedade, escola,


tecnologias, etc., os quais influenciam determinantemente nos processos de
aprendizagem da pessoa, que se propicia o exercício do potencial criativo e
produtivo do ser humano, tornando-o co-artífice na construção solidária de um
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mundo melhor e mais acolhedor, para si, para sua família e para toda a humanidade.
Em relação à pessoa com deficiência, apropriar-se dos recursos de
acessibilidade seria uma maneira concreta de neutralizar as barreiras causadas pela
deficiência e uma forma de inseri-la nos ambientes ricos para a aprendizagem,
proporcionados pela cultura. Em se tratando de crianças e jovens com deficiência,
portanto, pensar em seu desenvolvimento e aprendizagem nos dias de hoje,
significa necessariamente pensar na construção de instituições educacionais
cabalmente inclusivas.
Dentre as importantes mudanças que a escola e o professor precisam
incorporar, destaca-se a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação -
TIC, que constituem um diversificado conjunto de recursos tecnológicos,
taiscomo:computadores; interneteferramentas que compõem o ambiente virtual
como chats e correio eletrônico; fotografia e vídeo digital; TV e rádio digital; telefonia
móvel; Wi-Fi; Voip; websites e home pages, ambiente virtual de aprendizagem para
o ensino a distância, entre outros.(MELLO,2010)
É esperado que o professor que atua no serviço especializado, dentre outras
competências, explore os materiais e recursos existentes nas salas de recursos
multifuncionais. Saiba não apenas utilizar os recursos disponíveis neste espaço
escolar, mas também elaborar materiais de modo a ajustá-los às necessidades
educacionais dos alunos acompanhados no AEE e gerenciar o uso desses materiais
no ambiente da sala regular. (BERSCH, 2006)
Do recurso mais sofisticado que agrega maior tecnologia ao mais simples
material confeccionado artesanalmente, o professor especializado assume a
responsabilidade, inclusive, pela disseminação, na escola, do uso de diferentes
tecnologias de informação e comunicação, ao efetivar a parceria com os professores
do ensino regular na superação de barreiras que impedem ou dificultam o acesso e
aprendizagem do conteúdo curricular proposto, por parte de alunos com deficiências
Muitos desses recursos devem ser também aproveitados pelos professores
do ensino regular com os demais alunos na otimização do aproveitamento curricular.
Os objetivos aos quais se destina o AEE e as salas de recursos multifuncionais
evidenciam, portanto, a formação de professores como um aspecto extremamente
importante, visto que as atribuições do professor são fundamentais para a
implementação da pedagogia inclusiva.
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A proposta de inclusão educacional vai muito além da garantia do direito de


todos os alunos frequentarem as salas regulares de ensino. Contempla, também, a
adequada formação profissional de professores do ensino regular e do AEE, que
perpassa pelo empoderamento de conhecimentos metodológicos que possibilitam
compreender e lidar com as diferenças presentes no contexto escolar. Prevê
mudanças atitudinais por parte de professores, gestores e demais profissionais que
atuam na escola bem como a articulação com as mais diferentes instâncias
envolvidas na efetivação da educação inclusiva.
Ainda, determina a adequada infra-instrutura do sistema educacional para que
inclusive as TIC, de modo geral, e o conjunto de recursos compreendidos como
tecnologia assistiva, em especial, possam subsidiar a aprendizagem dos alunos
acompanhados no AEE.
As novas gerações estão crescendo em uma sociedade da informação e os
sistemas educacionais precisam se adaptar a essa nova realidade, não podem ficar
alheios a tal fato. Os recursos das TIC devem ser amplamente utilizados a favor da
educação de todos os alunos, mas notadamente daqueles que apresentam
peculiaridades que lhes impedem ou dificultam a aprendizagem por meios
convencionais.(BERSCH, 2006)
A educação de alunos com necessidades educacionais especiais exige o uso
de serviços especializados durante boa parte ou durante toda a sua educação.
Neste sentido, a tecnologia assistiva tem assumido fundamental importância para
possibilitar o acesso ao currículo e garantir a aprendizagem desses alunos.
Sob o paradigma da inclusão, que preconiza a convivência na diversidade,
particularmente no contexto escolar,éimperiosa a necessidade de utilização de
recurso sespecíficos, de estratégias diferenciadas de ensino e de condições de
acessibilidade, que tem sido garantidas por meio de novas ferramentas tecnológicas.
Ao contrário de algumas reflexões, o uso das tecnologias da informação e
comunicação são mais inclusivas e ampliadoras de potencialidades do que
imaginamos, o segredo está em utilizá-las de forma pedagógica e com estratégias
didáticas.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A inclusão de pessoas com deficiência, hoje, é um fato em todas as esferas


sociais. A aceitação, o apoio e os incentivos são fatores preponderantes na
qualidade da inclusão dos deficientes em todas as esferas.
A escola emerge aí como uma esfera que também abrange a inclusão.
Reorganizar suas finalidades, com reflexões a respeito da escola que queremos
ter/ser/viver aponta para a necessidade de mudanças de comportamento e formação
dos sujeitos envolvidos nessa trajetória de educação inclusiva, com ênfase para os
gestores e professores.
A formação do professor requer uma disponibilidade dele em se abrir para o
real conceito de educação inclusiva, em uma perspectiva de não é o deficiente que
tem de se moldar à educação, e sim a educação é que tem de se moldar a ele.
Nessa concepção, o professor é o mediador dos conhecimentos. Os projetos
pedagógicos devem agregar valores sobre a inclusão. E os componentes
curriculares e metodológicos deverão atender a essa nova demanda global do
ensino. É imprescindível que o currículo passe a ter um caráter subjetivo, no qual o
ensino tem que fazer sentido para o aluno, suas vivências terão papel prioritário no
ritmo de suas aprendizagens.
Faz-se necessário transformar, reinventar e diversificar o sistema de ensino
para atender a todos, numa perspectiva de inclusão social, política e filosófica que
assegure os direitos, princípios, meios e fins dos deficientes.
Constatou-se, que a falta de conhecimento do uso da Tecnologia Assistiva e
de como o deficiente aprende são fatores que interferem no uso das mesmas.
Porém, os desafios da adoção desse recurso precisam ser ultrapassados. A
tecnologia faz toda a diferença na educação, em relação a qualquer tipo de aluno,
quando empregada com responsabilidade pelos professores, e muito mais quando
se trata de aluno com deficiência.
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4 REFERÊNCIAS

BERSCH, R. Atendimento educacional especializado: formação continuada de


professores para atendimento educacional epecializado. Brasília, DF:
MEC/SEESP/SEED, 2006. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_df.pdf. Acesso em: 17 mar. 2017.
FERREIRA, Windz Brazão. Inclusão x exclusão no Brasil: reflexões sobre a
formação docente dez anos após Salamanca. In: RODRIGUES, David (org.).
Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus,
2006.
GLAT, R.; PLETSCH, M. D. Inclusão escolar de alunos com necessidades
especiais. Rio de Janeiro: Eduerj, 2012.
MELLO, A. G. Políticas públicas de educação inclusiva: oferta de tecnologia
assistiva para estudantes com deficiência. Habitus: revista eletrônica dos alunos de
graduação em ciências sociais, Rio de Janeiro: IFCS/UFRJ v. 8, n. 1, p.68-92, jul.
2010. Disponível em: . Acesso em: 26 mar. 2017.
MITTLER, Peter. Educação inclusiva: contextos sociais. Trad. Windz Brazão
Ferreira. Porto Alegre: Artemed, 2003.

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