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Sumário
Principais desafios.................................................................................. 23
Considerações Finais................................................................................. 24
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 27
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NOSSA HISTÓRIA
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Fundamentos da Educação Inclusiva
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Aspectos históricos da inclusão
O direito à educação é garantido por lei, com uma educação de qualidade para
todos, implica, dentre outros fatores, num redimensionamento de todo o contexto
escolar, considerando não somente a matrícula, mas, principalmente, a valorização
das aptidões e respeito às diferenças. Assim, o resgate dos valores culturais, que
fortalecem a identidade e o coletivo populacional, propõe preparar para o
enfrentamento de desafios com a oferta da educação inclusiva e de qualidade para
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todos, sendo respeitadas as características próprias de interesses e ritmos de
aprendizagem. Desafio que a escola por seu histórico de homogeneidade e
segregação mantido, até então, não está apta para lidar com a diversidade.
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As Diretrizes da Política Nacional da Educação Infantil MEC/2004 instituem: “A
educação de crianças com necessidades educacionais especiais deve ser realizada
em conjunto com as demais crianças, assegurando-lhes o atendimento educacional
especializado, mediante a avaliação e interação com a família e a comunidade.”
(BRASIL, 2004, p. 17).
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inadvertidamente vê seu cenário acrescido de um ou mais alunos com certa
deficiência com a qual não se sente preparado para atender sem suas especificidades
e singularidades.
Fundamentos filosóficos
Assim, o direito de estar numa sala de aula, junto com crianças da mesma
idade, com ou sem deficiência, é anterior ao
direito do professor de dar aula. O direito da
criança e do adolescente de estar numa sala
de aula é um direito que decorre do fato de ele
ser cidadão, é um direito natural. O direito do
professor de dar aula decorre de uma portaria,
que, em certos casos, pode ser revogada a
qualquer momento. Ninguém pode revogar o
direito à convivência e à educação.
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capacidades, são decorrentes do direito primordial à convivência, até porque é na
convivência com seres humanos - “normais” ou diferentes - que o ser humano mais
aprende. Nesse sentido, o professor precisa perder a ilusão de que é com ele que a
criança vai aprender as coisas mais importantes para a vida, aquelas das quais ele
mais vai precisar.
Fundamentos psicológicos
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A escola, nesta perspectiva, deve buscar consolidar o respeito às diferenças,
vistas não como um obstáculo para o cumprimento da ação educativa, mas como
fator de enriquecimento e melhoria da qualidade de ensino e aprendizagem para
todos, tanto para alunos com deficiência
quanto para aqueles sem deficiência.
Os fundamentos legais
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Em geral, porém, para, de um lado, serem melhor explicitados e ganharem
mais força cogente, e, por outro, para que fiquem mais claras as responsabilidades
de quem lhes deve garantir a eficácia, esses direitos acabam sendo recepcionados
em textos legais que vão desde os tratados internacionais até uma simples portaria
ministerial ou parecer de um órgão
colegiado, passando pelas leis ordinárias e
pela própria constituição do país.
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crianças da sua idade, com garantia de meios e recursos que supram os seus
impedimentos à aprendizagem e ao seu desenvolvimento afetivo e cognitivo.
Esse direito, na verdade, foi reconhecido pela primeira vez, de forma solene,
na Declaração Universal dos Direitos do Homem, em 1948, onde se proclama que
todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos, sem distinção de
raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de qualquer outra natureza. Ao
afirmar que todas as pessoas nascem iguais em dignidade e direitos, os signatários
dessa declaração estavam dizendo também, indubitavelmente, que o direito à
educação, pública e gratuita, não está condicionado a nenhum tipo de performance,
seja ela física, auditiva, visual ou cognitiva.
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A partir dos anos 90, a reflexão em torno da natureza e das políticas relativas
à educação especial foram se intensificando e vários documentos foram aprovados,
tanto no âmbito nacional quanto internacional, consolidando em leis a linha de
discussão que se vinha fazendo em torno do tema, sempre no sentido de que a
criança com deficiência, seja essa deficiência física, visual, auditiva, cognitiva ou de
qualquer outro tipo, tem direito de ser matriculada em escolas comuns, nelas
permanecer e de receber nelas o atendimento de que necessita para superar os
impedimentos e as barreiras que lhe dificultam a aprendizagem, o pleno exercício da
cidadania e a inserção no mundo do trabalho, nos limites de suas capacidades.
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Lei nº 10.098/2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a
promoção de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida e dá outras providências.
Resolução CNE/CEB nº 2/2001. Institui Diretrizes e Normas para a
Educação Especial na Educação Básica. No seu art. 2º, assim dispõe a Resolução:
“Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas
organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais
especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade
para todos.” (MEC/SEESP, 2001).
Parecer CNE/CEB nº 17/2001. Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica.
Lei nº 10.172/2001. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá
outras providências. No tópico 8 do texto aprovado, o PNE aponta diretrizes para a
política de educação especial no Brasil e indica objetivos e metas para a política de
educação de pessoas com necessidades educacionais especiais.
Decreto nº 6.094/2007. Dispõe sobre a implementação do Plano de
Metas Compromisso Todos pela Educação. No art. 2º, inciso IX, o documento aponta
como uma das diretrizes do plano, na qual devem se empenhar Municípios, Estados,
Distrito Federal e União, a garantia de acesso e permanência das pessoas com
necessidades educacionais especiais nas classes comuns do ensino regular,
fortalecendo a inclusão educacional nas escolas públicas.
Decreto nº 186/2008. Aprova o texto da Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova
Iorque, em 30 de março de 2006.
Decreto nº 6571/2008. Dispõe sobre o atendimento educacional
especializado.
Resolução CNE/CEB nº 4/2009. Institui as diretrizes operacionais para
o atendimento educacional especializado na Educação Básica, modalidade Educação
Especial.
Além desses documentos, de natureza legal, cabe referir, ainda, como textos
fundamentais na reflexão e na difusão de ideias, conceitos e diretrizes afinadas com
a concepção de educação especial na perspectiva da educação inclusiva, os
seguintes documentos:
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- 2004 - O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns
da Rede Regular, do Ministério Público Federal, que teve por objetivo disseminar os
conceitos e diretrizes mundiais para a inclusão, reafirmando o direito e os benefícios
da escolarização de alunos com e sem deficiência nas turmas comuns do ensino
regular.
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O público-alvo do Plano Nacional de Educação (PNE) no que diz respeito à
educação inclusiva, são alunos com deficiência (intelectual, física, auditiva, visual e
múltipla), com transtorno do espectro autista e com altas habilidades (superdotados).
O Plano Nacional de Educação (PNE) atual integra os alunos que antes iriam
para a escola especial na escola regular.
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Inclusão Escolar e suas implicações
A luta para que a criança considerada especial pudesse está inserida no meio
escolar com os demais alunos, foi ao longo do tempo se constituindo numa realidade
conquistada. Há muito tempo se vem tentando fazer com que a escola se prepare
para receber os alunos com qualquer tipo de deficiência para lhes oferecer uma
educação de qualidade, pois por muito tempo essas crianças foram segregadas e
viveram a margem da sociedade.
Nesse sentido, vários documentos foram sendo criados para sustentar o direito
das crianças com deficiências de terem uma vida com o mesmo respeito e
consideração que as consideradas normais. Os dispositivos legais, tendo a
Constituição Federal como base principal, garantem o direito à educação, o acesso à
escola e desenvolvimento do bem estar de
todos, sem descriminação para pessoas com
deficiências ou não.
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Enquanto que a lei 9394/96, como resultado do avanço nas discussões em
torno da inclusão escolar de crianças com necessidades educacionais especiais,
dedica um capítulo exclusivo para tratar da inclusão. Em suma, a nova LDB propõem
que:
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Nesse cenário de discussão e afirmação dos direitos das pessoas com
deficiências, alguns movimentos, a nível mundial, também merecem destaque por
terem sido marco histórico na defesa da inclusão escolar. Pois, contribuíram
substancialmente para a ressignificação e constituição de documentos nacionais,
especificamente, no Brasil.
Desse modo, torna-se visível a defesa da educação para todos no texto do art.
7º da declaração: O princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em todos
os alunos aprenderem juntos, sempre que possível, independentemente das
dificuldades e das diferenças que apresentem. Estas escolas devem reconhecer e
satisfazer as necessidades diversas dos seus alunos, adaptando-se aos vários estilos
e ritmos de aprendizagem, de modo a garantir um bom nível de educação para todos,
através de currículos adequados, de uma boa organização escolar, de estratégias
pedagógicas, de utilização de recursos e de uma cooperação com as respectivas
comunidades. É preciso, portanto, um conjunto de apoios e de serviços para
satisfazer o conjunto de necessidades especiais dentro da escola. (DECLARAÇÃO
DE SALAMANCA, 1990, p. 11-12).
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orientadoras da construção da prática à inclusão e acessibilidade, a fim de oportunizar
a educação de qualidade para todos, estendendo às pessoas com necessidades
educacionais especiais, o direito de cidadania atendida com equidade, no
gerenciamento de suas reais condições de escolaridade. A instituição que conta com
alunos que apresentam necessidades educacionais especiais incluídos, necessita
esforçar-se para bem acolhê-los, oferecendo atender adequadamente cada caso, de
forma que todos os alunos possam beneficiar-se com as medidas de adaptação,
adequação e acessibilidade que necessitam. A inclusão educacional propõe um modo
novo de interação no contexto sócio educacional, demonstrando o valor das relações,
pois só é possível a aprendizagem quando ocorrem interações.
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Educacional Especializado (AEE), profissionais capacitados, recursos didáticos e
pedagógicos.
Diante disso, acredita-se haver uma interpretação errônea do que vem a ser
inclusão, já que incluir o aluno na classe regular de ensino não é apenas tê-lo na
escola. Mas, é necessário buscar estratégias e recursos diferenciados que sejam
capazes de alcançar a todos indistintamente. Lembrando que esta maneira
diferenciada também não pode se tornar excludente, mas, harmonizar-se, haja vista
que o foco não pode estar na deficiência assim como esta, não pode ser
desconsiderada.
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estudos deste teórico sobre “desenvolvimento comparativo entre a criança normal e
a criança anormal ou com defeito – termos utilizados à época de Vigotski – parte do
pressuposto de que as leis que regem o desenvolvimento de ambas as crianças são
basicamente as mesmas”. (KELMAN, 2010).
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alternativos para que ocorram processos interativos significativos, levando à
aprendizagem e, por conseguinte, ao desenvolvimento.
É importante ressaltar que a escola especial não foi extinta. É nela que os
alunos dispõem do AEE como complemento e apoio ao ensino regular, sempre que
necessário, mas não como substituição da escola regular.
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Se além do que é oferecido pela escola
inclusiva por padrão um aluno tiver necessidade de
uma abordagem diferenciada para que seu
aprendizado seja facilitado, podem ser requeridos
recursos de NEE (necessidades educacionais
especiais).
Principais desafios
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Número excessivo de alunos por turma.
Preconceito em relação à deficiência.
Falta de formação para as equipes das escolas.
Falta de professores especializados ou capacitados.
Considerações Finais
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sob a responsabilidade de toda a sociedade, empenhada em garantir condições de
acessibilidade, mobilidade e adaptações curriculares.
Inclusão significa convidar aqueles (de alguma forma) têm esperado para
entrar e pedir-lhes para ajudar a desenhar novos sistemas que encorajem todas as
pessoas a participar da completude de suas capacidades – como companheiros e
como membro. (MANTOAN, 1997).
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As escolas regulares, seguindo esta orientação inclusiva, constituem os meios
mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades
abertas e solidárias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação
para todos. Além disso, “tais escolas provém uma educação efetiva à maioria das
crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo de todo o sistema
educacional (...)”. (UNESCO, 1994, p.09).
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REFERÊNCIAS
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DUTRA, Claudia P. In: Inclusão - Revista da Educação Especial/ Ministério da
Educação, Secretaria da Educação Especial/ Ano III, nº 5, out. 2007 p. 12/Entrevista.
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