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INTRODUÇÃO
Os números estão presentes na maior parte das atividades humanas. A ciência, sobre a
qual se apoia o edifício da indústria, do comércio e da tecnologia, não existiria sem a
presença fundamental dos números.
A ciência dos números é a base da Gnose. Em seus aspectos gerais, este conhecimento é
similar nos Vedas, no I Ching, no Tao Te King, na Cabala, nos mistérios dos santuários da
Grécia e na doutrina de Pitágoras.
Na Cabala, a decifração dos textos sagrados é feita através do valor numérico e esotérico
atribuídos a cada letra do alfabeto hebraico. Na doutrina de Pitágoras, a ciência dos
números é a ciência das forças divinas em ação no Universo e no Homem – no
Macrocosmo e no Microcosmo.
O Zero, uma das definições da Divindade, é a fonte da existência e o Vazio Original no qual
essa existência se manifesta. A palavra árabe “Sephir”, vazio, significa valor nulo. Na Itália,
o Sephir transformou-se em Zéfiro e, por extensão, em Zero. É a partir do Zero, o Ser
Supremo não Manifestado, que se desenvolvem em matemática os conceitos de positivo e
de negativo.
A UNIDADE
O Zero ou Nada é o Ser Incriado em seu estado de inércia. O Infinito, é o Criador em seu
estado dinâmico. O produto do Zero pelo Infinito é a ação de Deus sobre si mesmo,
produzindo assim o Um, o Universo, que é a sua manifestação no plano real.
No triângulo, símbolo maçonico por excelência, os vértices são constituídos por um ponto e
os lados opostos são constituídos por uma infinidade de pontos. Simbolicamente, a
evolução espiritual ocorre quando caminhamos sobre um dos lados em direção a um dos
vértices do triângulo.
A DÍADE
O número dois é par e, como todos os números pares, é também considerado um número
terrestre, lunar e feminino. Em oposição, os números ímpares são considerados divinos,
solares e masculinos.
A TRÍADE
Para se tornar ativa, a Unidade deve multiplicar-se. Deus, sendo um ente perfeito, é
superabundante e produz outros seres. Se Deus fosse só Um, estaria encerrado em si
mesmo e não seria o Criador Supremo. Se fosse só Dois, produziria o antagonismo e a
dissolução. Deus cria eternamente e o Universo, que enche de Suas obras, é uma Criação
incessante e infinita.
Tudo pode ser compreendido como Um na sua Unidade; como Dois, nos opostos; como
Três, nas relações que conciliam os opostos, possibilitando o movimento que forma o
equilíbrio e a harmonia.
Por volta do ano 600 a. C. Lao Tse escreveu no Tao Te King: “o Tao produziu o Um, o Um
produziu o Dois, o Dois produziu o Três e o Três produziu todos os seres. Assim, Deus
sendo único em Si mesmo, é tríplice na concepção humana. O Um em Três e o Três em
Um é a definição Universal da Divindade. O Ternário é o mais sagrado dos números
místicos. Ele é a expressão do Criador.
O Três é também o número da forma, pois não existe corpo que não tenha três dimensões.
Todas as religiões atribuem um tríplice aspecto à Divindade. A Cabala, por exemplo,
representa Deus por um triângulo. No Sânscrito, Deus é representado pelas três letras A-U-
M. A palavra SAM significa Um em Sânscrito e Três em Chinês. A letra hebraica Aleph tem
valor numérico Um e valor esotérico Três.
Os três pontos maçonicos e o triângulo Rosa-Cruz tiveram a sua origem nessa cosmogonia
numeral. O Três encerra a primeira série de números primos ( l,2,3 ). Esta série tem a
propriedade única, na qual a sua soma é igual ao seu produto: 1 + 2 + 3 = 1 x 2 x 3 = 6.
Em Loja, as jóias dos Oficiais ilustram o simbolismo da Lei do Ternário. O Nível do 1º Vig.:
simboliza a Igualdade; o Prumo do 2º Vig.; exorta a que desçamos às profundezas de
nossos corações e elevemos o pensamento às alturas do Grande Arquiteto do Universo.
Aqui, parece haver conflito entre a horizontal igualitária do Nível e a vertical hierárquica do
Prumo. No entanto, tudo se concilia pela ação do Esquadro que decora a jóia do Venerável
Mestre.