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CO CONHECENDO O RITO ADONHIRAMITA

Faz-se necessário a derradeira elucidação da Origem do Rito. Muito se tem falado, escrito e divulgado sobre a
origem do Rito. Há algumas versões, que chegam a ser até cômicas. A grande maioria das versões são
especulações e o que é pior, sem provas documentais. Infelizmente, essas especulações só vem denegrir o nosso
belo Rito. A questão de provas documentais é muito importante exatamente porque a História não admite o eu
acho, ou ouvi dizer ou me disseram. ( Raimundo Rodrigues – "A Filosofia da Maçonaria Simbólica" ). Vários
estudiosos, pesquisadores maçons Brasileiros, de renomeada credibilidade, tais como: José Castellani, Nicola
Aslan, Xico Trolha, J.Daniel e outros, já demonstraram a verdadeira história da Origem do Rito. Contudo são
brasileiros,. . . e brasileiros , não são muito prestigiados por alguns em nosso País. Dessa forma, partindo da
premissa, que "um sábio não precisa de muitas explicações para entender", acrescentarei dados documentados,
de conceituados estudiosos e pesquisadores alienígenas, de assuntos da Maçonaria Universal, ao texto do Irmão
Nunes, prova definitiva e cabal, que o criador do Rito Adonhiramita, foi Louis Guillerman de Saint - Victor

Alec MELLOR - autor do "Dictionnarie des Franc-Maçons et de la Franc-Maçonnerie"

" As Escrituras falam de Adonhiram somente como encarregado das coréias quando da construção do Templo
pelo Rei Salomão, entretanto, em 1744, Louis Travenol publicou sob o nome de Léonard Gabanon o seu
"Catéchisme de Francs Maçons ou le Secret des Francs Maçons", onde confundia Adonhiram com Hiram Abif.
Como "Adon ", em hebraico significa "Senhor", essa palavra apareceu como prefixo de honra. Os ritualistas
dividiram-se . Para uns, Adonhiram e Hiram eram a mesmo personagem Outros sustentavam a teoria dualista,
mas divergiam quanto aos papéis respectivos de Adonhiram e Hiram na construção do Templo, uns sustentando
que Adonhiram não fora senão um subalterno enquanto outros nele viam o verdadeiro herói da lenda do 3º
Grau. Foi assim que nasceu uma Franco – Maçonaria denominada Adonhiramita, oposta, pelos seus teóricos, à
dos "hiramitas". Ela nos é conhecida pelo "Recueil Précieux de la Maçonnerie Adonhiramite", publicada em 1781,
por Louis Guillemain de Saint – Victor, e abrange os quatro primeiros graus.

Em seu livro " Orthodoxie Maçonnique ", Jean Marie Ragon, atribuiu ao Barão de Tschoudy a criação da Franco –
Maçonaria Adonhiramita. É um erro total.

Albert G. MACKEY - autor da " Encyclopaedia of Freemasonry "


A criação do Rito Adonhiramita, foi atribuída erroneamente por Ragon ao Barão de Tschoudy, criador da Ordem
da Estrela Flamejante. A coletânea relativa aos Altos Graus do Rito, foi completada em 1785, cuja hierarquia se
apresenta com se segue: 1º Aprendiz; 2º Companheiro; 3º Mestre; 4º Mestre Perfeito; 5º Primeiro Eleito ou
Eleito dos Nove; 6º Segundo Eleito ou Eleito de Perignan; 7º Terceiro Eleito ou Eleito dos Quinze; 8º Pequeno
Arquiteto ou Aprendiz Escocês; 9º Grande Arquiteto ou Companheiro Escocês; 10º Mestre Escocês; 11º Cavaleiro
da Espada, Cavaleiro do Oriente ou da Águia; 12º Cavaleiro Rosa Cruz .

" Esta é a lista completa dos Graus Adonhiramita. Thory e Ragon erraram ambos ao darem-lhe um 13º, a saber: o
Noaquita ou o Cavaleiro Prussiano. Praticaram esse erro, porque Saint – Victor inserira este Grau no fim do seu
segundo volume, mas somente como uma curiosidade maçônica, que tinha sido traduzida do alemão, com ele
disse, pelo Senhor de Berage" ( Ragon errou duas vezes – grifo meu ) "Não existe qualquer ligação com a
precedente série de Graus", e Saint – Victor declarou positivamente que o Rosa – Cruz é o nec plus ultra ( 2ª
parte pag. 118 ), o ápice e término do seu Rito.

Esse erro de Ragon, levou os precursores e de alguns pseudos estudiosos da atualidade, a defenderem, como
criador o ilustre escritor Maçom Théodore Henry – Barão de Tschoudy. Entretanto, não há uma única literatura
de sua autoria, com citação a Maçonaria Adonhiramita. A sua obra capital é " L’ Étoile Flamboyante ", de 1766.
Tschoudy nasceu em 1720 e faleceu em 1769. A coleção "Recueil Précieux de la Maçonnerie Adonhiramite" foi
publicado em 1781, isto é, 12 anos após a morte de Tschoudy, e até os dias atuais, ninguém conseguiu provar,
com decomentos, que ele tenha deixado manuscritos para edições futuras. Todavia, se os conceitos emitidos por
pesquisadores estrangeiros, também forem contestados, vamos concentrar em uma analise do próprio "Recueil
Précieus de la Maçonnerie Adonhiramite". Na edição, publicada em 1787, traduzida e editada para o português,
pela " ARJS Gilvan Barbosa" de Campina Grande –PB-, que abrange os quatro primeiros graus, há algumas
citações que, não foram - ou não quiseram -observadas pelos pesquisadores interessados em manter o "status
quo", sem a devida humildade de reconhecer o erro. Pois se até o Papa João Paulo XXIII, humildemente
reconheceu vários erros da Igreja no passado, porque não fazemos o mesmo?
"Recueil Précieux de la Maçonnerie Adonhiramite" Ed. 1787

Na apresentação do Editor Francês da edição

"Para Guillemain Saint – Victor, Adonhiram não parece ser esse preceptor, mas um parônimo de Hiram, o Mestre
Maçom. (pag 86)"." O autor faz seus comentários, apresenta as indicações do comportamento em Loja, os
catecismos e os rituais dos quatros primeiros graus, como parecem ter sido praticados em 1781, tentando relatas
apenas verdades, pelo menos, de valor histórico ".

Na Advertência do Autor: (Edição de 1787)Quando mandei imprimir minha Compilação Preciosa da Maçonaria
Adonhiramita, em 1781, anunciei a história da Ordem. Seis anos de reflexão provaram-me que apresentar a
origem desta maçonaria seria infinitamente mais interessante.

"No Catecismo dos Aprendizes. (do Autor da Edição de 1787)" Esperando que a História da maçonaria, que vou
publicar brevemente, persuada muitos Irmãos, poucos instruídos de que esta pergunta dever ser a primeira de
seu catecismo....".A primeira edição do " Recueil Precieux.....", foi publicado em 1781, e a edição traduzida pela
Loja Gilvan Barbosa" é a de 1787. Analisando esses dados da Edição de 1787, e que o Barão de Tschoudy faleceu
em 1769, sem muito esforço mental, podemos concluir:1º - Quem faz a citação de que "Guillemain de Saint –
Victor" é o autor, do "Recueil" foi o editor Francês.2º - Que a edição de 1787 é uma complementação da edição
de 1781, fica claro com a citação do Editor."O autor faz seus comentários, ... como parecem ter sido praticados
em 1781 .3º - O tópico "Advertência do Autor", determinou peremptoriamente que "Saint – Victor", mandou
imprimir em 1781 a primeira edição, e seis anos depois de "reflexões" ele mandou imprimir outra edição em
1787.
Se o Barrão de Tschoudy, faleceu em 1769, como em 1787 ele poderia ter feito reflexões e mandar editar outra
edição ?4º - No tópico do " Catecismo dos Aprendizes" o autor diz que ira publicar a Historia da Maçonaria, o que
fez em também em 1787 com o titulo " Origine de la Maçonnerie Adonhiramite".5º - Contudo, se os arrazoados
não foram substanciais para os incrédulos vamos a derradeira prova documental no próprio "Recuiel..." onde de
modo inusitadamente explícito, o autor no tópico "Violências Exercidas contra os Maçons - Advertência", publica
três cartas, com as seguintes datas, 13 de abril de 1779, 7 de fevereiro de 1778 e 16º do 5º do ano da grande luz
5779.Novamente pergunto, como se o Barão de Tschoudy, faleceu em 1769, poderia publicar no "Recuiel..."
cartas de 1778 e 1779 ?.Como diz o escritor maçom, Irmão José Castellani: "História é pesquisa, é documento e
não especulação " (Revista Trolha).

(Texto extraido do site: http://www.pedreiroslivres.com.br)

A DENOMINAÇAO ADONHIRAMITA

O nome Adonhiramita é anterior à Compilação Preciosa da Maçonaria Adonhiramita constando na Lenda da


Ordem dos Cavaleiros Noaquitas que somente admitia como membros, maçons Adonhiramitas, possuidores do
grau de Cavaleiro Rosa Cruz.
Originária da Alemanha, foi traduzida por Bérage e inserida por Tschoudy em sua compilação. O editor francês
inicia a apresentação da obra nos seguintes termos:
"Adonhiram, nome composto do hebreu Adon e de Hiram, isto é, Senhor Hiram. Mas Hiram é usado aqui como
'autor da vida'."
Em nota de rodapé no Catecismo dos Mestres, consta a seguinte explicação:
"Adonhiram, nome hebreu composto de dois outros: Adon, que significa 'Senhor', e 'Hiram', que significa 'altivez
de vida'. Chamam-no arquiteto do templo, não somente porque a verdadeira igreja segue os planos de Deus
Supremo, mas também porque os Maçons estão persuadidos de que ele é o soberano Mestre de tudo..."
Referindo-se à possibilidade de Adonhiram não ser o artífice Hiram Abif, o editor da Compilação continua:
"A Bíblia conhece um personagem chamado, segundo os Livros, Adonhiram (I Reis 4,6), Adoram (II Samuel 20,24),
ou Hadoram (II Crônicas 10,18). Trata-se, sob essas três grafias, do encarregado dos impostos de Davi, de
Salomão e depois de Roboão. Ele foi apedrejado até a morte pelos israelitas das dez tribos que 'a partir desse dia
foram infiéis à casa de Davi e a Judá'. "
Ainda da Compilação Preciosa, consta uma nota que elimina qualquer dúvida sobre o assunto:
" ...Hiram fez um dos bens mais preciosos a Salomão, na pessoa de Adonhiram, saído de seu sangue, filho de uma
viúva da tribo de Nephtali. Seu pai chamava-se Hur, excelente operário na arquitetura e na fundição de metais.
Salomão, conhecendo suas virtudes, seu mérito e seus talentos, distinguiu-o com o posto mais eminente, dando-
lhe a direção do templo e de todos os operários..."
Comparativamente inexiste contradição entre a lenda do mestre construtor ensinada nas sessões adonhiramitas
em relação aos demais ritos.
Existe, entretanto, na segunda parte da Compilação Preciosa, outra interpretação, essencialmente fundamentada
no texto bíblico, onde o autor deixa claro que o arquiteto do templo não teria sido Hiram Abif e sim, Adonhiram.
Hiram Abif, teria sido apenas o artífice das obras de arte:
"...Aduram presidia os trabalhos. Josafat, filho de Ailud, era o cronista..."(II Samuel 20,24)
"Aisar, prefeito do palácio; Adonirão, filho de Abda, dirigente dos trabalhos." (I Reis 4,6)
De fato, analisando atentamente as Escrituras, qualquer leitor será obrigado a concordar com o autor. Não há
menção ao artista natural de Tiro como dirigente dos trabalhos do Templo de Salomão. Este, quando citado, é
associado sempre à atividade artesanal. O mesmo não ocorre com Adonhiram, várias vezes citado como
dirigente dos trabalhos e, especificamente em II Crônicas 10, 18; é relatada a morte de Aduram, que a serviço do
rei, foi assassinado, marcando o início da "dissidência da casa de Israel, que dura até hoje".

José Daniel da Silva, A Maçonaria Adonhiramita e o Escocismo, Editora A Gazeta Maçônica, São Paulo, 1998
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O Rito Adonhiramita?

Em 1758,o Barão de Tschoudy,com a experiência adquirida


no Capítulo dos Cavaleiros do Oriente,para o qual
escrevera os Rituais de Iniciação e Catecismos de
Instrução,preparou-se para empreender sua obra
maior.Baseando-se na tradição e na excepcional cultura
que acumulara forneceu o material para a compilação de
Recueil Précieux de La Maçonnerie
Adonhiramite("Compilação Preciosa da Maçonaria
Adonhiramita"),cuja conseqüência foi o florescimento de
inúmeras Lojas ,na Europa e no Oriente próximo,chegando
o Rito Adonhiramita a ser o mais difundido de todos. É um
Rito histórico, característico e essencialmente metafísico,
ADONHIRAMITA esotérico e místico, tornando-se exotérico quando exerce o
magistério de sua liturgia. Tem por bases teológicas as
verdades bíblicas reveladas no Antigo e Novo Testamento,
particularmente, no que concerne a construção do Templo
A LITURGIA DO RITO ADONHIRAMITA de Salomão e às origens do Cristianismo com relação ao
período das Cruzadas. É derivado diretamente do Rito de
O Que é Rito Maçônico?
Heredon, e abrangia, até 1873, 12 graus: sendo 3
Rito Maçônico é um conjunto de regras, ditames e orientações litúrgicas que simbólicos e 9 filosóficos, coroados com o de Cavaleiro
mistificam os trabalhos maçônicos e lhes dão forma e elegância. Pode-se dizer,
de maneira simples, que o Rito é a roupagem do corpo maçônico, ou seja, a
Noaquita. Em 2 de junho de 1973, o Rito passou a compor-
manifestação da idéia maçônica. Cada Rito tem suas peculiaridades que o se de 33 graus e sua Oficina-Chefe denominou-se
diferenciam e o identificam, sem, contudo, se contrapor aos princípios EXCELSO CONSELHO DA MAÇONARIA
maçônicos universais. Vários são os Ritos existentes na Maçonaria Universal,
que se diferenciam pela maneira como organizam e empregam as normas ADONHIRAMITA.
litúrgicas nos trabalhos maçônicos. No Brasil, seis Ritos são os reconhecidos e
praticados pelo G.. O.-, B..: o Adonhiramita, o Escocês Antigo e Aceito, o Como o Rito Adonhiramita chegou ao Brasil?
Francês ou Moderno, o York, o Schroeder e o Brasileiro.Os Ritos atuais são
frutos da evolução e do aperfeiçoamento de alguns Ritos praticados pela
Maçonaria Operativa, desde a idade Média, particularmente dos Ritos de O Rito ou Maçonaria Adonhiramita teve ampla expansão na
Kilwinning, de York, de Clermont e sobretudo o de Heredon (Monte Místico) do Europa, particularmente na França,onde se originou e se
qual se origina o Rito Adonhiramita.
difundiu para Portugal e chegou a dominar o Grande
Oriente Lusitano.
Todavia, se desvaneceu pouco a pouco, não só em
conseqüência da dispersão de seus praticantes engolfados
em lutas partidárias, como, também, devido a eventos O pé direito à frente na marcha do Grau;
políticos que repercutiram danosamente contra as As doze badaladas;
organizações maçônicas de então. Desta forma, a O revigoramento e o adormecimento da Chama Sagrada;
Maçonaria Adonhiramita ficou praticamente confinada no O uso das luvas brancas;
Reino de Portugal de onde se transferiu para o Brasil. O uso da gravata;
A posição dos AAm.´. lIr.´. VVig.´.;
O Rito Adonhiramita e a criação do GOB e a A posição das CCol.. J e B;
Proclamação da Independência! A abertura do L., da L., no evangelho de João;
A formação do Pálio;
Em 15 de novembro de 1815, sob os auspícios do Rito A Cerimônia de Incensação;
Adonhiramita, fundou-se a Loja Comércio e Artes, no Rio A proteção mística do AM.´. Ir.. Cobr.´. Int.´.;
de Janeiro, que passou a congregar a fina flor das O uso do sinal do Grau na circunavegação;
lideranças políticas de então. A circunavegação em forma do símbolo do infinito;
Em 2 de julho de 1821, esta Loja se instalou O uso do chapéu pelos MMestr.´.;
definitivamente e, neste mesmo dia, ficou deliberado o seu O uso da espada pelos MMestr.´.;
desdobramento para fundar e instalar as Lojas "Esperança A palavra de Aclamação;
de Niterói" e "União e Tranquilidade", compondo assim, o Além de outras peculiaridades que tornam o Rito
Tripé sobre o qual se instalaria o Grande Oriente Brasiliano Adonhiramita singular, místico e esotérico.
(também dito Brasílico), depois Grande Oriente do Brasil,
sendo todas estas Lojas praticantes do Rito Adonhiramita, Fundamentos da tradição do Rito Adonhiramita?
o único existente no Brasil até 1822.
Este Rito é histórico e tradicional, pois foram preservadas
As principais peculiaridades do Rito Adonhiramita que
em toda a sua essência, mantendo
o identificam e o diferenciam dos demais Ritos
intactas até os dias atuais, as tradições ritualísticas e as
práticas iniciáticas da antiguidade, algumas das quais,
A sua tradição e fidelidade aos antigos mistérios;
A sua profunda espiritualidade;
datam do surgimento da própria maçonaria operativa,
O tratamento de "AM.´. Ir.´.; sendo assim um Rito característico e essencialmente
O uso do nome histórico; metafísico, esotérico e místico. Constitui um drama
Adonhiram como personagem central; psicológico organizado a fim de produzir experiências
O Cerimonial do Fogo; transcendentais nos participantes e, ao se tornar esotérico
O uso de velas e não de lâmpadas; no exercício do magistério de sua Liturgia, de um modo
gerai, induz a mente objetiva a certo grau de relaxamento,
o que permite a emersão do subconsciente, resultando em
um estado de harmonia e bem estar, tornando-o um Rito de
prática da justiça.
profunda espiritualidade. Tem por bases teológicas as
verdades bíblicas revelada no Antigo e Novo Testamento, Qual o sentido do tratamento de "Am,: Ir.:" no Rito
particularmente, no que concerne à construção do Templo Adonhiramita?
de Salomão e às origens do Cristianismo, com atenção
especial voltada para os aspectos proféticos e "Am.´. Ir.´. "era o tratamento usado entre os adeptos das
apocalípticos de ambos os documentos sagrados. comunidades religiosas mais antigas, para significar o
apreço, o respeito e a confiança mútua entre esses
Quando podemos constatar esta profunda adeptos.Era o tratamento escolhido pelos primitivos
espiritualidade? cristãos, até para se identificarem entre si; tratamento este
que ainda hoje é empregado pelos pregadores cristãos, ao
Ainda no Átrio, quando da entrada ao Temp.., no momento se dirigirem ao público dentro das Igrejas e
em que o AM.´. Ir.´. M., de CCer.´. "... Silêncio meus AA Templos.Tratamento este que deverá ser conquistado
m.´. ll r.´.! Eu vos peço um momento de reflexão a fim de pelos méritos maçônicos de cada Ir.´. Sejam quais forem as
ingressarmos no Templ.´.". Neste momento observa-se relações que um maçom tiver com o outro é proibido usar
uma viagem interior, o V.I.T.R.I.O.L. (Visita Interíora Terrae, de outra denominação que não seja a de AM.´. Ir.´., isto
Rectifícandoque, Ivenies Occultum Lapidem) cuja tradução basta para o elogio da Maçonaria, porque este nome
é: "Visita o interior da Terra e,retificando-se, encontrarás a sagrado, encerra em si, todos os sentimentos bons de que
Pedra Oculta". É uma viagem solitária e profunda, um o coração humano é capaz de vivenciar.
resgate dos mais puros valores inerentes ao ser, a busca
do universo de dentro, a busca do "conhece-se a ti Porque o uso do Nome Histórico?
mesmo". Uma viagem para a qual, as condições sociais
profanas, a cor, a raça, os credos religiosos e políticos, É de todo útil para o iniciando, no momento de sua
assim como os metais que distinguem o rico do pobre, iniciação e durante toda a sua vida maçônica,receber a
tornam-se fardos desnecessários e incômodos. Forma-se guarda, a proteção e o exemplo de espíritos luminosos que,
ricos de virtudes nesta vida, sobretudo como maçons, se
então, a Egrégora, uma reflexão agora coletiva elevada ao
comportam, de certo modo, como Anjos-da-
Supremo Criador dos Mundos, ao desejo da paz entre os
guarda,mensageiros fiéis do G.´.A.´.D.´.U.´. . Por isso, no
homens de boa vontade. Ao desejo que todos os homens
Rito Adonhiramita, a cada Ir.´., quando da iniciação, é
sobre a face da terra se transformem em homens de boa atribuído o nome de um personagem virtuoso em prol da
vontade. Aos desesperados para que encontrem a Humanidade, da Pátria, da Sociedade, etc., Maçom ou não,
esperança. Aos tiranos para que encontrem o caminho da e que já tenha partido para o Oriente Eterno, para seu
Patrono, absorvendo-lhe o nome a que denominamos cada uma das Luzes da Loj.´. Sabedoria;1° Vig.´. - Força; e
"Nome Histórico". Com esse Nome Histórico, o Ir.´., é o 2° Vig.´. - Beleza.V.´.M.´..
batizado em momento próprio da Iniciação com os
seguintes dizeres: "E para que de profano nem o vosso Qual o motivo da utilização do acendimento de velas e
nome vos reste, eu vos batizo com o Nome Histórico de não de lâmpadas?
.............
As velas, sempre de cera pura de abelhas, como manda a
Porque a denominação Adonhiramita? tradição, emitem uma chama pura e sem fuligem, emitem
fogo, o que não acontece com as lâmpadas elétricas. O
Esta denominação deriva do nome do personagem central fogo sempre acompanhou a humanidade desde os mais
da Construção do Templo de Salomão, Adonhiram (Hiram primitivos ancestrais, e nesta sua marcha através da
de Deus), conforme nos asseguram os versículos 6 do história foi assumindo sempre mais o aspecto de elo entre
capítulo IV e 13 e 14 do capítulo V do 1° Reis no Antigo o homem e os espíritos, entre o homem e o G.´.A.´.D.´.U.´..
Testamento. Para nós, a verdadeira palavra é Adonhiram, O fogo, desde que o homem começou a percebê-lo
ou Hiram composto do p ré nome Adon (dominus), que os conscientemente como um dos elementos da natureza, foi
hebreus usam freqüentemente quando falam de Deus; este sempre olhado como um elemento mágico e de origem
prenome agregado à palavra Hiram, faz-se Adonhiram, que divina, motivo pelo qual, seu simbolismo foi mantido em
significa Hiram, "O consagrado ao Senhor", "O bom nossas cerimônias.
Senhor1* ou "O divino Hiram'', donde foi derivado o título
Qual o motivo do pé direito estar à frente na marcha do
da Maçonaria Adonhiramita.
Grau?
Qual o sentido do Cerimonial do Fogo?
Simbolicamente o lado direito é ativo, positivo, criativo,
masculino e representa o poder de realização, enquanto o
Dos quatro elementos tradicionais: terra, água, ar e fogo, lado esquerdo é passivo, negativo, receptivo, feminino e
este é tido como princípio ativo ou dinâmico, transformador, representa a capacidade de modelação. Romper a marcha
germe da geração, é o mais puro, animador e fonte com o pé direito, representa que o nosso poder criativo,
energética. Simboliza a força impulsionadora do universo, masculino, positivo, se sobrepõe aos nossos aspectos
além de movimento e energia. Seu movimento é para o negativos que devem ser submetidos à nossa vontade e
alto, ascendente, e seu poder é de criação por superados com a pratica das virtudes. Em simbologia, o
transformação. O Cerimonial do Fogo encerra uma lado direito sempre esteve ligado ao poder da Luz, e o lado
invocação ao Senhor de Todas as Luzes, ao G.´.A.´. esquerdo ao poder das Trevas. Todavia, nada tem a ver
D.´.U.´., cujos atributos infinitos estão novamente com superstições, mas sim, posturas que guardam um
sintetizados nas três palavras, pronunciadas cada uma, por
sentido simbólico.

Qual o motivo das doze badaladas? As luvas brancas representam a candura que reina na alma
do homem de bem e a pureza de seus atos, de coração e
Antigamente, na Maçonaria, o sino era de uso comum nas intenções. Motivo pelo qual o AM.´. Ir.´. M.´., de CCer.´.
Cerimônias das Lojas Simbólicas, a fim de anunciar A Hora antes da entrada ao TempL.´., exclama:"... Meus A AM.´.
de seus trabalhos. O Rito Adonhiramita, procurou coexistir llr.´., se desde a meia-noite, quando se encerraram nossos
com o seu uso, não perdendo a Tradição dos Antigos, últimos trabalhos, conservastes vossas mãos limpas, calçai
assim como a Tradição Religiosa e os Costumes Iniciáticos as vossas luvas...". O calçar das luvas é para que as mãos
dos Mistérios. Em muitas civilizações antigas, o sino era de todos os obreiros fiquem iguais. Tornam as mãos
utilizado no sentido de conclamar todos os seres humanos, calejadas do operário tão macias quanto as mãos do
e, também, os sobrenaturais, além de evocar as intelectual, do médico, do engenheiro etc, assim como se
Divindades, se tornando daí, o símbolo do chamamento ao igualaram pelo uso uniforme das outras peças do vestuário.
G.´.A.´. D .´. U.´.!Assim, juntamente com a Cerimônia de As luvas simbolizam a pureza que deve estar presente em
Incensação e o Cerimonial do Fogo, as Doze Badaladas todos os atos de um maçom. Pela mão direita se dá pela
vem harmonizar as vibrações místicas e esotéricas da esquerda se recebe. Dá-se com pureza e recebe-se com
egrégora formada em sintonia com a Luz Maior emanada pureza.
pelo Supremo Criador dos Mundos.
Qual o motivo do uso da gravata branca?
Qual o simbolismo do revigoramento e o
adormecimento da Chama Sagrada? A gravata branca, por sua cor, está associada à paz e
guarda a sua origem na aristocracia francesa. Na prática, a
O revigoramento e o adormecimento da Chama Sagrada gravata é uma peça da indumentária e de criação recente,
simbolizam a ligação do antigo com o novo, a continuidade inspirada nos cordéis utilizados para o fechamento das
e ligação com o G.´.A.´. D.´.U.´., em consciência camisas antes da invenção dos botões, que terminava em
compartilhada e identidade comum. Desde tempos um laço à altura do pescoço. Logo, a gravata é um
imemoriais a cultura da Chama Sagrada era tida como complemento da camisa, e assim, parte integrante da
primordial e essencial para a busca e manutenção da mesma. Sendo a camisa branca, consideramos que a
harmonia e da paz, tanto para os lares, quanto, até mesmo, gravata também deve ser branca para se manter em
para as cidades estados da antiguidade. harmonia interior.

Qual o motivo do uso das luvas brancas? Onde se colocam os VVig.´. e porque desta posição?
No Oc.´., para melhor observarem a passagem do Sol pelo
diferenças existentes entre os Ritos Adonhiramita e
meridiano.O Sol vem do Oriente, e portanto, para observá-
Moderno em relação aos demais Ritos no que se referem à
lo, os VVig.´. devem, ambos, estarem postados numa posição das colunas, os respectivos vigilantes e todos os
mesma linha, de frente para o Oriente, o que só pode detalhes oriundos de suas posições. O Rito Adonhiramita
ocorrer se eles estiverem sobre o mesmo meridiano. Por permaneceu fiel às antigas tradições, adotando os antigos
isso, os dois VVig.´. do Rito Adonhiramita se posicionam ao costumes. Motivo pelo qual, em comparação com alguns
ritos, se constata que as CCol.´. e algumas funções
Ocidente, numa mesma linha, perpendicular à linha do estarem invertidas. Todavia, mesmo havendo,
Equador Or.´. – Oc.´. no mesmo meridiano. comparativamente, a inversão das CCol.´., os AAm.´. Ilr.´.
AApr.´. continuam na CoL.´., da Beleza, ou seja, a CoL.´.
Porque no Rito Adonhiramita, as CCoL.´. J e B ficam do 2° Vig.´..
em posições invertidas em comparação com outros Porque no Rito Adonhiramita a abertura do L., da L., é
Ritos? realizada no Evangelho de João?

Os estudiosos do Rito lecionam que posição das CCol.´. J O Evangelho de João é o mais profundo dos quatro
Evangelhos, cuja terminologia significa "Boa Nova", é o
e B, e dos próprios Wig.´., se deu quando das primeiras mais místico, e o que mais causou polêmica devido a sua
"revelações dos segredos da maçonaria", ou seja, em linguagem e filosofia. Todas as correntes ortodoxas do
1730, quando foi publicado na Inglaterra, o livro Maçonaria cristianismo primitivo, destacando os antigos Gnósticos, se
Dissecada, de autoria de Samuel Pritchard.Esta obra em apoiavam nos escritos de João. A espiritualidade é tema
questão foi o fruto da traição perpetrada pelo autor que a fundamental para o Rito Adonhiramita, assim como a
Tradição, e por esta, registra-se que primitivamente todas
13 de outubro do referido ano, prestou depoimento as Lojas de origem francesa abriam o L.´. da L.´. no
juramentado perante um magistrado, no qual relatava Evangelho de João."Houve um homem enviado por Deus
detalhes de sua iniciação na Maçonaria, inclusive ao Grau que se chamava João." Este João, é o Batista, ou seja,
de Mestre. O livro continha todos os sinais, toques e aquele que batizava, que iniciava aos antigos
mistérios.Lembrando ainda, que no momento da abertura
palavras utilizados à época, bem como citava HIRAM, as do L.´. da L.´., a leitura do texto sagrado e a colocação do
marchas e todo o acervo sigiloso. Esta traição obrigou a esq.´. e o comp.´. na posição do grau, o AM.´. Ir.´. Orad.´.
Ordem a processar algumas mudanças necessárias a
confundir os curiosos profanos "bem informados", que se
utilizando de tais informações demandavam a invadir as
Lojas como se fossem verdadeiramente iniciados.
Renomados autores vêem nestas mudanças a origens das
está protegido pelo Pálio.

Qual o motivo da formação do Pálio?


disponham a perturbar as Luzes da Loja, e,
No Rito Adonhiramita, o Pálio, é formado, tal qual uma consequentemente, os seus trabalhos. A incensação tem
pirâmide, pelo AM.´. Ir.´. M.´. de CCer.´. juntamente com como valor simbólico a associação do homem à divindade,
um Am.´. Ir.´. da Col.´. do S.´., e outro AM.´. Ir.´. da Col.´. do finito ao infinito e do mortal ao imortal. Ao espargir a
do N.´.. Estes AAm.´. llr.´. O formarão postando suas fumaça se está purificando o ambiente tanto no sentido
espadas como extensão de seus braços direitos estendidos físico por tratar-se de substância com propriedades
em ângulo de 52°, tocando-se e cruzando-se no alto sobre antissépticas, como espiritual, pois o incenso tem a
incumbência de elevar a prece para o céu. A incensação
o Alt.´. dos JJur.´. e o AM.´. Ir.´. Orad.´., estando na
gera uma atmosfera de aroma agradável e magnetiza com
abertura, a espada do AM.´. Ir.´. M.´. de CCer.´. por baixo fluidos benéficos os obreiros e o ambiente, contribuindo
das demais, dando sustentação, e no encerramento, por para a formação da egrégora e propiciando à reflexão.No
cima das demais, sobrepondo-as.As espadas, como ato da Incensação são invocadas as três palavras que
condutoras de energias em forma de pirâmide, voltadas sintetizam atributos do G.´.A.. D.´.U.´. ,SABEDORIA,
para cima, estão absorvendo as energias do alto, FORÇA e BELEZA.Por esses motivos, é que, ao nos
protegendo a abertura do L.´. da L.´. pelo Oc.´. , pelo S.´., e incensarmos, nos limpamos, ou melhor, purificamos a nós
e o ambiente, favorecendo a permanência da
pelo N.´., deixando livre apenas o lado do Or.´., do qual se
egrégora.Também, se torna necessário lembrar que
emanará a Luz e a onipresença do G.´.A.´.D.´.U.´.. durante a cerimônia da incensação, depois que o AM.´. Ir.´.
M.´. de CCer.´. efetua a incensação do Templ.´. e de todos
Qual o significado da Cerimônia da Incensação? os llr.´., ele troca de lugar e função com o Am.´. Ir.´.Cobr.´.
e este, com a porta aberta, mas, sem sair do Templ.´.,
A Incensação tem origem nos mais remotos costumes incensa o átrio.
religiosos da civilização humana. Esta cerimônia representa
uma espécie de profilaxia ambiental, a Incensação deixa o Porque esta tarefa é personalíssima ao Am.´. Ir.´.
Cobr.´.?
ambiente físico do Templo impregnado do agradável odor
da essência utilizada, tais como Benjoim, Mirra e Esta tarefa somente pode ser executada pelo Am.´. Ir.´.
Incenso.Por outro lado, a Tradição nos informa que esta Cobr.´., porque ele é o único que está protegido e
Cerimônia afasta do meio místico e esotérico do Templo as capacitado mística e esotericamente para se expor às
sombras ou entidades maléficas, que por acaso, se energias que circulam fora do Templ.´.. Tanto é que o
nosso próprio ritual aconselha que este cargo seja ocupado esteja conduzindo material litúrgico, quando então fica
pelo ex-Ven.´. Mestr.´. mais recente, pois ele, dentre todos, dispensado do Sin.´. do Gr.´..Do mesmo modo, em respeito
é quem possui os atributos místicos e esotéricos para à hospitalidade maçônica, permitimos que os AAm.´. llr.´.
suportar tais energias e impedir que as mesmas adentrem visitantes circulem em nossas sessões, como estão
o interior do Templ.´..Por este motivo também, é que o acostumados em seus próprios ritos.
AM.´. Ir.´. Cobr.´. ocupa o seu lugar sobre a linha simbólica
Porque no Rito Adonhiramita a circunavegação é
do equador, de frente para o Ven.´. Mestr.´., invertendo a
realizada em forma do símbolo matemático do infinito ?
polaridade das energias, ou seja, atraindo para si, todas as
energias negativas ou que excedam o suportável pela O Símbolo do Infinito representa esotericamente, a estrada
Egrégora da Loja, como se fosse um pára-raios. A própria do tempo e da continuidade da vida, pois todo começo
troca de funções do Am.´. Ir.´. Cobr.´. com o outro Am.´. Ir.´. contém em si o fim, e todo fim contém em si o começo. É o
através do giro, já é um ato personalíssimo do Rito caminho do constante renascimento. E o Rito
Adonhiramita, pois ambos se interligam formando um X Adonhiramita, por sua profunda espiritualidade, filosofia
(xis) com as mãos, ou seja, mão direita com mão direita e mística e esotérica, concede ao seu adepto a possibilidade
mão esquerda com mão esquerda, doando e recebendo, de caminhar nesta senda na busca do conhecimento, da
evolução e aprimoramento espiritual.
ao mesmo tempo em que, girando, as energias e atributos
são permutados qualificando um e outro para seqüência Porque no Rito Adonhiramita, todos os MMestr.´. usam
cerimonial. Destrocando logo em seguida, na mesma o chapéu em todos os Graus do Simbolismo?
forma.
A maçonaria ocidental é também chamada de maçonaria
No Rito Adonhiramita a circunavegação é realizada salomônica, devido ao fato da influência judaica ser
com o Sin.´. de Ord.´.? indiscutível em sua base filosófica. Trazendo da influência
cabalística, o uso do chapéu como forma de cobertura da
primeira Sephirah da Árvore da Vida, como faz o povo
Não, no Rito Adonhiramita realizamos a circunavegação
semítico nas cerimônias de culto ao Deus Único.O chapéu
com o Sin.´. do Gr.´., uma vez que não seria possível ao assume assim dois significados. O primeiro, de origem
Obr.´. caminhar com o Sin.´. de Ord.´. pois neste, o Obr.´. cavalheiresca, advém da tradição que remonta ao início do
necessita, além de estar com o Sin.´. do Gr.´., estar século XVIII da qual somente os pertencentes da
também com os PP.´. em esq.´. formando a tríp.´. esq.´.
com o p.´. dir.´. voltado para a frente. Assim procedemos
em respeito aos antigos costumes e desde que o Obr.´. não
aristocracia tinham o direito de usar chapéus, sendo a DIg.´.Cobr.´. durante todo o tempo em que permanece
princípio tolerado como uma regalia.O segundo, de caráter sentado, estará com a sua espada voltada com a lâmina
esotérico, simboliza que apesar da eterna busca da para baixo em contato com o solo, descarregando as
energias que absorve na função de pára-raios, conforme já
verdade, a inteligência humana reconhece seus limites ante mencionado anteriormente.
o grande mistério da criação, motivo pelo qual devemos
nos descobrir quando seja feita menção ao G.´.A.´.D.´.U.´.. Qual o significado da palavra de Aclamação?

Vivat (proncuncia-se Viva) é a antiga saudação utilizada


Porque no Rito Adonhiramita, a espada é usada pelos
ainda no inicio do Século XVIII. No Rito Francês ou
MMestr.´. em todos os Graus do Simbolismo? Moderno, após a Revolução Liberal de 1789, ela foi
substituída pela aclamação Liberdade, Igualdade e
O uso da espada, é símbolo de autoridade de uma casta Fraternidade, Vivat tem o mesmo significado da saudação
distinta e considerada nobre em todas as sociedades escocesa que se pronuncia Huzzé, Huzzé, Huzzé, cuja
tradução do hebraico é Viva, Viva, Viva, que em latim
antigas, os guerreiros. Quando o Rito de Heredon, fonte de corresponde ao Vivat, Vivat, Vivat. Vivat deriva do verbo
origem do Rito Adonhiramita, Escocês Antigo e Aceito e o Latino 'Vivere' significando "VIDA" e expressa o profundo
Moderno, foi introduzido na França, era praticado quase querer por tudo o que existe. Os três Vivat, corresponde a
que exclusivamente por membros da aristocracia, pessoas estes três pedidos: "Que Ele viva. Que todas as pessoas
vivam, que toda a criação viva".
que possuíam o direito do uso da espada, símbolo naquela
época, de condição social elevada. Dos Ritos que tiveram Outras peculiaridades do Rito Adonhiramita
origem no Rito de Heredon, somente o Adonhiramita
permaneceu fiel à tradição dos MMestr.´. usarem a espada Podemos lembrar também dos estalar dos dedos na
aclamação, a subida um a um dos degraus na
e o chapéu em todos os graus do simbolismo. Devemos circunavegação, a ausência das CCol.´. Zodiacais, a
esclarecer também que, muito embora o uso das espadas entrada em Procissão, a forma de executar a bateria, entre
tenha se originado na aristocracia francesa, não é por este outros, além da cena da traição e a câmara ardente na
motivo que o Rito Adonhiramita a mantém em suas Sessão Magna de Iniciação. Estas são algumas das
principais peculiaridades da ritualística e da liturgia do Rito
cerimônias. Tão pouco se prende ao sentido guerreiro ou
militar! A sua permanência no Ritual Adonhiramita se dá
exclusivamente ao misticismo e esoterismo relacionados
aos efeitos geomagnéticos, uma vez que todo o
desempenho do Rito Adonhiramita, interfere diretamente
em correntes energéticas. Devido a isto, é que o Am.´. Ir.´.
Adonhiramita que o identificam e o diferenciam dos demais Grau 13º - Cavaleiro do Real Arco
Ritos. Todavia, deixamos bem claro, que estas Grau 14º - Grande Eleito ou Perfeito e Sublime Maçom
peculiaridades não o tornam nem melhor e nem pior que os III – TERCEIRA CLASSE
demais ritos, apenas diferente, mas, com o mesmo objetivo Grau 15º - Cavaleiro do Oriente, ou da Espada, ou da
de todos os Maçons e da Maçonaria Universal, a busca do Águia
aperfeiçoamento de todos os seres humanos. Grau 16º - Príncipe de Jerusalém
Grau 17º - Cavaleiro do Oriente e do Ocidente
Grau 18º - Cavaleiro Rosa Cruz
A Maçonaria Adonhiramita, organizada com base na
disciplina hierárquica, sob a autoridade suprema do Grande IV – QUARTA CLASSE
Patriarca Regente , é escalonada em trinta e três graus, Grau 19º - Grande Pontífice ou Sublime Escocês
dispostos em sete classes, com a seguinte nomenclatura: Grau 20º - Venerável Mestre da Lojas Regulares ou Mestre
Ad Vitam
Grau 21º - Cavaleiro Noaquita ou Cavaleiro Prussiano.
I – PRIMEIRA CLASSE
Compreende os três primeiros graus, que são conferidos V – QUINTA CLASSE
pelas Lojas Simbólicas da Jurisdição do Grande Oriente do Grau 22º - Cavaleiro do Real Machado ou Príncipe do
Líbano
Brasil e são os seguintes: Grau 23º - Chefe do Tabernáculo
Grau 1º - Aprendiz Maçom Grau 24º - Príncipe do Tabernáculo
Grau 2º - Companheiro Maçom Grau 25º - Cavaleiro da Serpente de Bronze
Grau 3º - Mestre Maçom Grau 26º - Príncipe da Mercê ou Escocês Trinitário
Grau 27º - Grande Comendador do Templo
Grau 28º - Cavaleiro do Sol ou Príncipe Adepto
II – SEGUNDA CLASSE Grau 29º - Cavaleiro de Santo André
Grau 4º - Mestre Secreto Grau 30º - Cavaleiro Kadosch
Grau 5º - Mestre Perfeito
Grau 6º - Preboste e Juiz
Grau 7º - Primeiro Eleito ou Eleito do Nove
Grau 8º - Segundo Eleito ou Eleito de Perignam
Grau 9º - Terceiro Eleito ou Eleito dos Quinze
Grau 10º - Aprendiz Escocês ou Pequeno Arquiteto
Grau 11º - Companheiro Escocês ou Grande Arquiteto
Grau 12º - Mestre Escocês ou Grão Mestre Arquiteto
VI – SEXTA CLASSE
Grau 31º - Sublime Iniciado e Grande Preceptor
Grau 32º - Prelado Corregedor e Ouvidor Geral

VII – SÉTIMA CLASSE


Grau 33º - Patriarca Inspetor Geral.

Contribuição Irmão Wagner da Cruz .`. M .`. I .`.


Painel do Grau de Aprendiz do Rito Adonhiramita
ASPECTOS HISTÓRICOS
Como relatam vários Trabalhos Maçônicos, a explicação da
existência do Painel em Loja remonta aos primórdios da
Maçonaria. Com objetivo de representar os mais importantes
Símbolos da Ordem e de seus princípios, o Painel era
desenhado a giz e carvão no assoalho das hospedarias onde se
realizavam as Sessões. O inconveniente de ter que apagá-los ao
término da Sessão, ou de causar danos aos proprietários das
estalagens, levou algumas Lojas a desenha-los sobre um tapete
ou um pano, expostos aos presentes.
Esses desenhos, algumas vezes rústicos, outras artísticos, foram
substituídos pelo famoso "Pano no Assoalho", lá pelos anos de
1730, ano em que Samuel Prichard publicou o livro Masonry
Dissected. Naquela época, a antiga Loja "Brasão do Rei n0 28"
foi presenteada com um "Pano Pintado" representando as
diversas formas de uma Loja Maçônica, o que sugeria que as
Lojas nos seus três Graus eram representadas de formas
diferentes. Como a confecção desse Pano Pintado era quase
sempre de alto custo, e como as Lojas de Pedreiros eram
pobres, muitas delas continuaram desenhando no chão, ainda
por muito tempo.
Como a Maçonaria na Europa cresceu desordenadamente, cada
Loja vivia em completa independência, o que explicava a
variedade enorme de Painéis. Em 1808, o Irmão Willian Dight,
bom desenhista, pintou três Painéis na forma de "Pano de
Assoalho", com intuito de uniformizar os desenhos e criar um
padrão para cada Grau.
Dez anos depois (1818) foi Iniciado na Maçonaria Inglesa um
artista do crayon e do pincel, que deixaria seu nome gravado na
História da Maçonaria Universal. John Harris pintou os Painéis
dos três Graus, inicialmente para a Loja "Unanimidade e
Sinceridade n0 261", de Tauton, com algumas modificações ao
trabalho de Willian. Harris desenharia mais tarde vários outros
Painéis, que foram se modificando com o passar dos tempos.
Um dos seus últimos formatos, segundo Theobaldo Varoli Filho,
depois de várias mudanças, está representado na figura
simbólica, sob titulo de "Painel Alegórico de Aprendiz".
O Painel atualmente utilizado em grande parte dos Ritos,
inclusive o Adonhiramita, pode ser encontrado originalmente no
Livro Vade-Mécum do Aprendiz Maçom, de autoria do Irmão E
Krackowizer, sob o título "Painel Simbólico Usual do Grau de
Aprendiz". Esse Painel será a partir daqui discutido.
FORMATO DA LOJA
A Loja tem a forma de um quadrilongo, 1:1,618,
compreendendo a soma de três retângulos, com quatro
lados. O comprimento é de Leste para Oeste (Oriente para o
Ocidente) e a largura é do Norte ou Setentrião ao Sul ou
Meio-Dia. A profundidade é da superfície ao centro da terra e
a altura, da terra ao céu. A Loja é representada desse modo,
numa tão vasta extensão que simboliza a universalidade de
nossa instituição e para mostrar que a caridade de um
Maçom não tem limites a não ser os ditados pela prudência.
Orienta-se de Leste para Oeste, porque o Sol que é a maior
Glória do Senhor nasce a Leste e oculta-se a Oeste ainda,
porque a civilização e a ciência vieram para o Ocidente do
Oriente, por intermédio de nosso Divino Mestre.
Circundando as paredes da Loja em sua parte superior; uma
corda com três nós emoldurando o quadro. Os três nós
representam o Grau de Aprendiz.
As janelas no Oriente, no Ocidente e no Sul, como emblemas
dos três pontos do firmamento onde se mostra o Sol, cuja
luz penetra por eles para iluminar o Templo. As janelas são
cobertas por redes de arame que representam as três portas
do templo de Salomão. São simbólicas e não existem na
Loja, somente no quadro.
ENTRADA
A escada com três degraus representa o Grau de Aprendiz,
simbolizando o Iniciado com o corpo, alma e espírito. Os três
degraus do Templo Maçônico no Grau de Aprendiz mostram os
esforços que estes devem fazer para se libertar do plano físico,
primeiro, e depois no plano astral que ele deve ultrapassar para
ascender aos planos superiores.
A porta do Templo fica entre duas colunas. Na parte frontal
superior um delta luminoso, que representa a tripla força
indivisível e divina que se manifesta como vontade, amor e
inteligência cósmicos ou ainda os pólos positivo e negativo e o
efeito de sua união.
A porta é baixa para que o profano tenha que curvar-se para
adentrá-la. Ela é o lugar de trânsito e sinal de mudança; é o 1o
elemento simbólico que intervém em todo Ritual Maçônico por
estar situada nos limites que determinam o interior e exterior do
Templo e ser; além do mais, um lugar de passagem para
ascender ao mesmo. Abertura da Loja vai implícito o termo porta
no sentido de abertura e de permitir o entrar. Leva também o
símbolo de umbral que significa a comunicação de dois estados,
sendo a fronteira que separa o âmbito interno de luz, ao qual
aspira ascender; de outro trevas, de onde vem. A porta tem uma
função muito ativa, símbolo que traduz na capacidade de facilitar
ou de impedir a passagem, que quer dizer seletiva e requer um
reconhecimento prévio para entrar. Representa proteção de uma
eventual ação externa e também protege contra possíveis perdas
de energia, recebidas no interior do Templo. Sua situação é no
Ocidente, o lugar onde chega a luz em sucessivos estados de
manifestação procedentes do Oriente. É o ponto de partida
desde a origem da luz.
Para o Maçom, a forma ritual de entrada no Templo é de três
passos do Aprendiz, no mesmo umbral do Templo,
demonstrando uma constância em cada passo da dificuldade da
mudança, em decorrência da escuridão em que ainda se
encontra o Aprendiz.
A porta do Templo é o 1O umbral dos muitos que o Irmão deverá
cruzar numa viagem iniciática.
De cada lado da entrada do Templo aparece uma coluna oca,
bronzeada, de ordem coríntia, com capitel suportando três romãs
maduras e entreabertas. No fuste da coluna da esquerda da
entrada, está gravada a letra "Y' e, no fuste da coluna da direita a
letra "B". As romãs abertas e maduras, pela sua peculiar divisão
interna, mostram os bens produzidos pela influência das
estações, também representando as Lojas e os Maçons
espalhados pela superfície da terra; suas sementes internamente
unidas, demonstram fraternidade e união entre os homens.
ABÓBADA CELESTE
As Lojas Maçônicas estão cobertas por um Dossel celestial,
semeado de estrelas onde circulam a lua e o sol. O sol é a maior
luz. Os Trabalhos começam ao meio-dia. É a hora em que o
astro está em seu meridiano. A lua domina a noite, eis por que os
Maçons trabalham do meio-dia à meia-noite. A lua representa o
repouso e daí a razão do Trabalho Maçônico não ir além da
meia-noite. O sol é o elemento ativo e a lua o passivo.
LUZES
O Venerável está representado no Quadro pela união do
Esquadro com o Compasso. O Esquadro e o Compasso sobre o
Altar, jamais são separados e figuram em todas as Lojas
regulares. A luz do Venerável simboliza a sabedoria.
O 1o Vigilante está simbolizado pelo Nível que representa a
igualdade e serve para simbolizar que todos os pensamentos e
aspirações do homem devem ser inspirados sobre uma linha reta
não devendo ser influenciados por tendências inferiores
representadas pela gravidade. A luz do Primeiro Vigilante
significa a força.
O 2o Vigilante é representado pelo Prumo, que representa a
justiça e a aspiração do Maçom de progredir de baixo para cima.
A luz do Segundo Vigilante representa a beleza.
Portanto, a Loja é sustentada por estas três luzes: a sabedoria,
que cria; a força, que sustenta; e a beleza, que adorna.
JÓIAS IMÓVEIS
A Pedra Bruta simboliza a personalidade rude do Aprendiz, cujas
arestas ele aplaina e que lhe cabe disciplinar; educar e
subordinar à sua vontade. Representa o Aprendiz e é colocada
na Coluna do Norte.
A Pedra Polida, material trabalhado com linhas e ângulos retos,
representa o homem instruído que domina as próprias paixões,
libertou-se de seus preconceitos, visto que conseguiu polir sua
personalidade. Representa o Companheiro e está colocada na
Coluna do Sul.
Já a Prancha de traçar ou o Quadro da Loja, não é um
instrumento de Trabalho do Aprendiz e sim do Mestre que
destaca seus planos, em papel em branco ou escritos
maçônicos, para guiar seus Irmãos no término de seus Trabalhos
com regularidade e esmero.
FERRAMENTAS DE TRABALHO
O Malho simboliza a vontade, energia, decisão é o aspecto ativo
da consciência, necessário para vencer e superar os obstáculos.
O Cinzel representa o instrumento pelo qual o Maçom traz à luz a
sua própria essência, o que simbolicamente pode ser traduzido
pelo burilar da Pedra Bruta.

CONCLUSÃO
O Aprendiz deve conhecer profundamente o significado dos
Símbolos representados no quadro de seu Grau Maçônico, para
que possa galgar os estágios seguintes de seu aperfeiçoamento.
Desta forma, ao reconhecer a simbologia de cada item do Painel
de Aprendiz, ele estará apto a suportar maior claridade, ou seja,
ascender a novos níveis evolutivos na Maçonaria.
Bibliografia

Revista Trolha nr 179, página 32/33.

Contribuição irmão Wagner da Cruz .`. M .`. I .`.


CONTRIBUIÇÃO IRMÃO WAGNER DA CRUZ .`. M .`. I .`.

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