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RITO ADONHIRAMITA

A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294


V.´.M.´. -o- AAm.. IIr.´. (NNom.´. HHist.´.) DDignís.´. 1° e 2° VVig.´. anunciai em vossas CCoL.´., assim
como anuncio no Or.´., que vamos dar inicio à Palestra sobre o Rito Adonhiramita.

1°Vig.´. -o- AAm.´. llr.´. e amigos que constituís a força da Col.´. do S.´., eu vos anuncio da parte do
Am.´. Ir.´. (Nom.: Hist.:) nosso Ven.´. Mestr.´. que vamos dar início à Palestra sobre o Rito Adonhiramita.

2° Vig.´. -o- AAm.´. llr.´. e amigos que constituís a beleza da Col.´. do N.´., eu vos anuncio da parte do
Am.´. Ir.´. (Nom.´., Hist.´.) nosso Ven.´. Mestr.´. que vamos dar início à Palestra sobre o Rito Adonhiramita.

-o- Está anunciado na Col.´. do N.´.

1°Vig.´. -o- Ven.´. Mestr.´. está anunciado em ambas as CCol.´.

V.´.M.´. -o- Rito Maçônico é um conjunto de regras, ditames e orientações litúrgicas que mistificam os
trabalhos maçônicos e lhes dão forma e elegância e cada Rito tem suas peculiaridades que o diferenciam e o
identificam, sem se contrapor aos princípios maçônicos universais. Vários são os Ritos existentes na
Maçonaria Universal, que se diferenciam pela maneira como organizam e empregam as normas litúrgicas nos
trabalhos maçônicos. No Brasil, sete Ritos são os reconhecidos e praticados pelo G.´. O.´. B.´. o
Adonhiramita, o Escocês Antigo e Aceito, o Francês ou Moderno, Emulação ou York, o Schröeder , o
Brasileiro e o Escocês Retificado.Os Ritos atuais são frutos da evolução e do aperfeiçoamento de alguns
Ritos praticados pela Maçonaria Operativa, desde a idade Média, particularmente dos Ritos de Kilwinning, de
York, de Clermont e sobretudo o de Heredon também conhecido como Monte Místico de onde se origina o
Rito Adonhiramita. Uma das tarefas mais difíceis, trabalhosas e ingratas, no estudo da Ordem Maçônica, é
sem dúvida a história do Rito Adonhiramita. Levantá-la com precisão é tarefa certamente impossível, que até
hoje desafia os pesquisadores e estudiosos. O primeiro problema a enfrentar está na autoria do Rito, sobre a
qual os historiadores maçons não se põem de acordo. A maioria atribui sua criação ao Barão de Tschoudy,
nobre francês com dotes de literato e escritor, nascido em Metz, em 1730 e falecido em Paris a 28 de maio de
1769. Com, a afirmação, lida em muitas obras maçônicas, de que Tschoudy "criou o Rito em 1787”, está
lançado o primeiro problema: como poderia ele ter criado o Rito nesse ano, se falecera 18 anos antes? Outros
autores afirmam que a criação do Rito se deu em 1744, o que implica em novo problema: nesse ano o Barão
de Tschoudy contava apenas 14 anos, não tendo, pois, condições de ser maçom. Há, ainda, quem atribua a
criação do Rito a Guillemain de Saint-Victor, a quem se atribui a obra “Recueil précieux de la Maçonnerie
Adonhiramite" (Dados preciosos da Maçonaria Adonhiramita) obra essa que também é atribuída a Tschoudy.
Acontece, porém, que os RRit∴ não eram impressos naquela época, e quando isso acontecia era muito raro,
apenas o Ven∴ da Loj∴(cargo então vitalício) possuía apontamentos, quando os possuía! O aprendizado e a
prática se faziam de forma oral, com cada Ir∴ decorando sua parte, situação que, por certo, levava a
constantes modificações e distorções. O que parece ser mais aceito entre os estudiosos dá conta sobre o
mais antigo documento conhecido referindo-se ao mestre arquiteto do Templo sob a denominação de
Adonhiram é o Cathécisme des Francs Maçons ou Le Secret des Francs Maçons (Catecismo dos Franco-
Maçons ou O Segredo dos Franco-Maçons), editado em 1744, de autoria, possivelmente, um abade, cujo
nome seria Leonardo Gabanon. Em 1730, nasceu Théodore de Tschoudy, considerado o organizador da
segunda parte da obra Recueil Précieus de la Franc-maçonnerie Adonhiramite (Compilação Preciosa da
Maçonaria Adonhiramita), cuja primeira edição ocorreu em 1787. O Barão Tschoudy foi membro do
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parlamento de sua cidade natal, Metz, era integrante do Conselho de Imperadores do Oriente e do Ocidente
(Um Capítulo que funcionava em Paris e reunia os mais ilustres estudiosos da Maçonaria de então). Maçom
entusiasta e estudioso, Tschoudy utilizou seu aguçado espírito crítico para bater-se contra a proliferação
desordenada dos altos graus do Rito de Heredom, do qual derivariam alguns dos ritos atuais, como o
escocês, o moderno e o Adonhiramita. Inicialmente, Tschoudy se propôs a reformar os graus então
existentes, reduzindo-os a quinze e depurando-os de tudo o que não fosse fiel à tradição maçônica tendo
como base os Monumentos Egípcios, o Templo do Salomão e o Rito de Heredon. Em 1766, Tschoudy
publicou L'Étoile Flamboyante ou La Société des Francs-Maçons (A Estrela Flamígera ou A Sociedade dos
Franco-Maçons), obra em que descreve a fundação de uma nova Ordem ou novo rito de altos graus, a
Ordem da Estrela Flamígera , com três graus: Cavaleiro de Santo André, Cavaleiro da Palestina e Filósofo
Desconhecido,cujos rituais ,por ele compostos,tinham por fundo a lenda das cruzadas. Após desavenças e
descontentamentos deixou a Ordem da Estrela Flamígera e então se dedicou até sua morte ao já citado
“Compilação Preciosa da Maçonaria Adonhiramita". Sendo o Rito Adonhiramita derivado diretamente do
Rito de Heredon, abrangia, até 1873, 12 graus: sendo 3 simbólicos e 9 filosóficos, coroados com o de
Cavaleiro Noaquita. Em 2 de junho de 1973, o Rito passou a compor-se de 33 graus e sua Oficina-Chefe
denominou-se EXCELSO CONSELHO DA MAÇONARIA ADONHIRAMITA. O Rito ou Maçonaria
Adonhiramita foi praticado na França e em Portugal, difundindo-se nas colônias e sendo o preferido da
armada napoleônica. Com a difusão do Rito Francês ou Moderno, o Rito Adonhiramita começou a ser
abandonado, restringindo a sua prática ao Brasil, onde se encontra a sua Oficina Chefe.

V.´. M.´. -o- Am.´. Ir.´. (Nom.´. Hist.´.) Dig.´. Orad.´., qual a contribuição do Rito Adonhiramita na criação
do G.´.O.´.B.´.?

Orad.´. Em 15 de novembro de 1815, sob os auspícios do Rito Adonhiramita, fundou-se a Loja


Comércio e Artes, no Rio de Janeiro, que passou a congregar as lideranças políticas de então. Em 2 de julho
de 1821, esta Loja se instalou definitivamente e, neste mesmo dia, ficou deliberado o seu desdobramento
para fundar e instalar as Lojas "Esperança de Niterói" e "União e Tranquilidade", compondo assim, o Tripé
sobre o qual se instalaria o Grande Oriente Brasiliano (também dito Grande Oriente Brasílico), depois Grande
Oriente do Brasil, sendo todas estas Lojas praticantes do Rito Adonhiramita, o único existente no Brasil até
1822.

V.´. M.´.-o- Algumas das principais peculiaridades do Rito Adonhiramita que o identificam e o
diferenciam dos demais Ritos são: A sua tradição e fidelidade aos antigos mistérios; A sua profunda
espiritualidade;O tratamento de "Am.´. Ir.´.” ; O uso do nome histórico; Adonhiram como personagem central;
O Cerimonial do Fogo; O uso de velas e não de lâmpadas; O pé direito à frente na marcha do Grau; As doze
badaladas; O revigoramento e o adormecimento da Chama Sagrada; O uso das luvas brancas; O uso da
gravata branca; A posição dos AAm.´. lIr.´. VVig.´.; A posição das CCol.´. J e B; A abertura do L.´. da L.´. no
evangelho de João; A formação do Pálio; A Cerimônia de Incensação; A proteção mística do Am.´. Ir.´. Cobr.´.
Int.´.;O uso do sinal do G.´. na circunavegação; A circunavegação em forma do símbolo do infinito; O uso do
chapéu em todas as sessões pelos MMestr.´.; O uso da espada pelos MMestr.´., a palavra de Aclamação ,
além de muitas outras particularidades que fazem o Rito Adonhiramita singular, místico e esotérico.

V.´.M.´. -o- Am.´. Ir.´. (Nom.´. Hist.´.) Dig.. 1° Vig.´. nos descreva os fundamentos e tradições do Rito
Adonhiramita?

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1º Vig.´. -o- Este Rito é histórico e tradicional, um Rito característico e essencialmente metafísico,
esotérico e místico. Constitui um drama psicológico organizado para produzir experiências transcendentais
nos participantes e, ao se tornar esotérico no exercício do magistério de sua Liturgia, de um modo geral, induz
a mente objetiva a certo grau de relaxamento, o que permite a imersão do subconsciente, resultando em um
estado de harmonia e bem estar, tornando-o um Rito de profunda espiritualidade. Têm por base teológica os
mistérios egípcios, a volta dos judeus do cativeiro e as verdades bíblicas reveladas no Antigo e Novo
Testamento, particularmente, no que concerne à construção do Templo de Salomão e às origens do
Cristianismo, com atenção especial voltada para os aspectos proféticos e apocalípticos de ambos os
documentos sagrados. Podemos constatar esta profunda espiritualidade ainda no Átrio, quando da entrada ao
Temp.´., no momento em que o Am.´. Ir.´. M.´. de CCer.´. diz: "... Silêncio meus AAm.: llr.:! Eu vos peço
um momento de reflexão a fim de ingressarmos no Templ.:.". Neste momento observa-se uma viagem
interior, o V.I.T.R.I.O.L. cuja tradução é: "Visita o interior da Terra e, retificando-se, encontrarás a Pedra
Oculta". É uma viagem solitária e profunda, um resgate dos mais puros valores inerentes ao ser, à busca do
universo interior, a busca do "conhece-te a ti mesmo". Uma viagem para a qual, as condições sociais
profanas, a cor, a raça, os credos religiosos e políticos, assim como os metais que distinguem o rico do pobre,
tornam-se fardos desnecessários e incômodos. Forma-se então, a Egrégora, uma reflexão agora coletiva
elevada ao Supremo Criador dos Mundos, desejando a paz entre os homens, que todos possam se
transformar em homens de boa vontade, que os desesperados encontrem a esperança e os tiranos possam
encontrar o caminho da justiça.

V.´.M.´. -o- Am.´. Ir.´. (Nom.´. Hist.´.) Dig.´. 2º Vig.´. porque o tratamento de "Am.´.Ir.´." e o uso do
Nom.´. Hist.´. no Rito Adonhiramita?

2º Vig.´. -o- "Am.´. Ir.´. "era o tratamento usado entre os adeptos das comunidades religiosas mais
antigas, para significar o apreço, o respeito e a confiança mútua entre esses adeptos. Era o tratamento
escolhido pelos primitivos cristãos, até para se identificarem entre si; tratamento este que ainda hoje é
empregado pelos pregadores cristãos, ao se dirigirem ao público dentro das Igrejas e Templos. Tratamento
este que deverá ser conquistado pelos méritos maçônicos de cada Ir.´..Sejam quais forem as relações que um
maçom tiver com o outro é proibido usar de outra denominação que não seja a de Am.´. Ir.´., isto basta para o
elogio na Maçonaria, porque este nome sagrado, encerra em si, todos os sentimentos bons de que o coração
humano é capaz de vivenciar. O Nom.´. Hist.´. é de todo útil, no momento da iniciação e durante toda a vida
maçônica, receber a guarda, a proteção e o exemplo de espíritos luminosos que, ricos de virtudes nesta vida,
sobretudo como maçons, se comportam, de certo modo, como Anjos-da-guarda, mensageiros fiéis do G.´.A.´.
D.´. U.´. Por isso, no Rito Adonhiramita, a cada Ir.´., quando de sua iniciação, é atribuído o nome de um
personagem virtuoso em prol da Humanidade, da Pátria, da Sociedade, etc., Maçom ou não, e que já tenha
partido para o Oriente Eterno, para ser seu Patrono, absorvendo-lhe o nome a que denominamos "Nome
Histórico". Com esse Nome Histórico, o Ir.´. é batizado em momento próprio da Iniciação com os seguintes
dizeres: "E para que de profano nem o vosso nome vos reste, eu vos batizo com o Nome Histórico
de....” A prática tem grande valia para o sigilo e a preservação da identidade civil, ao mesmo tempo em que
constitui um símbolo de profunda significação. Se a Maç∴ tem por objetivo transformar o homem profano no
homem iniciado, o gesto de lhe dar um novo nome por ocasião da iniciação está a indicar que ele, dali em
diante, deve se transformar num novo ser.

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V.´.M.´. -o- Am.´. Ir.´. (Nom.´. Hist.´. ) Dig.´. Orad.´. , por que nosso Rito tem a denominação
Adonhiramita?

Orad.´. De acordo com a Bíblia, HIRAM era o arquiteto que se encarregara dos projetos da construção
do Templo de Salomão, filho da viúva de NEFTALI. A seu lado havia outro HIRAM, o rei de Tiro, que
fornecera a Salomão grande parte dos materiais utilizados na obra. Já ADONHIRAM, filho de Abda, era o
funcionário encarregado dos tributos na corte de SALOMÃO, por este estar incumbido do recrutamento dos
operários quando da construção do Templo. Como tal, vem designado no 1º Livro dos Reis, Cap. IV com o
título de “preposto às corvéias”. ADONHIRAM era a pessoa que recrutava os operários, selecionava-os,
dividia-os segundo suas capacidades ou necessidades da obra e, por certo, também lhes pagava o salário,
até porque era o tesoureiro de SALOMÃO. Sendo assim para nós é o personagem central da Construção do
Templo de Salomão, Adonhiram (Hiram de Deus), conforme nos asseguram os versículos 6 do capítulo IV e
13 e 14 do capítulo V do 1°Reis no Antigo Testamento. Acreditamos que a verdadeira palavra é Adonhiram,
ou Hiram composto do pré nome Adon (dominus), que os hebreus usam frequentemente quando falam de
Deus; este prenome agregado à palavra Hiram, faz-se Adonhiram, que significa Hiram, "O consagrado ao
Senhor", "O bom Senhor” ou "O divino Hiram'', de onde foi derivado o título da Maçonaria Adonhiramita.

V.´.M.´. -o- Am.´.Ir.´.(Nom.´.Hist.´.) Dig.´.Mest.´. de CCer.´. qual o sentido do Cerimonial do Fogo?

Mest.´. de CCer.´. (De pé) Dos quatro elementos tradicionais: terra, água, ar e fogo, o fogo é tido como
princípio ativo ou dinâmico, transformador, germe da geração, é o mais puro, animador e fonte energética.
Simboliza a força impulsionadora do universo, além de movimento e energia. Seu movimento é para o alto,
ascendente, e seu poder é de criação por transformação. O Cerimonial do Fogo alude a uma invocação ao
Senhor de Todas as Luzes, ao G.´.A.´.D.´.U.´. cujos atributos infinitos estão novamente sintetizados nas três
palavras pronunciadas, por cada uma das Luzes da Loj.´. Ven.´. Mestr.´. - Sabedoria; 1° Vig.´. - Força; e o
2° Vig.´. - Beleza. (Senta)

V.´.M.´. -o- Am.´.Ir.´.(Nom.´.Hist.´.)Dig.´.2º Vig.´.qual a razão de utilizarmos velas e não lâmpadas?

2º Vig.´. -o- As velas que usamos, sempre de cera pura de abelhas, como manda a tradição, emitem uma
chama pura e sem fuligem, emitem fogo, o que não acontece com as lâmpadas elétricas. O fogo sempre
acompanhou a humanidade desde os mais primitivos ancestrais, e nesta sua marcha através da história foi
assumindo sempre mais o aspecto de ligação entre o homem e os espíritos, entre o homem e o
G.´.A.´.D.´.U.´.. O fogo, desde que o homem começou a percebê-lo conscientemente como um dos elementos
da natureza, foi sempre olhado como um elemento mágico e de origem divina, motivo pelo qual, seu
simbolismo foi mantido em nossas cerimônias.

V.´.M.´. -o- Am.´. lr.´. (Nom.´. Hist.´.) Dig.´. 1º Vig.´. porque usamos o pé direito à frente na marcha do
Grau?

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1º Vig.´. -o- Simbolicamente o lado direito é ativo, positivo, criativo, masculino e representa o poder de
realização, enquanto o lado esquerdo é passivo, negativo, receptivo, feminino e representa a capacidade de
modelação. Romper a marcha com o pé direito, representa que o nosso poder criativo, masculino, positivo, se
sobrepõem aos nossos aspectos negativos que devem ser submetidos à nossa vontade e superados com a
prática das virtudes. Em simbologia, o lado direito sempre esteve ligado ao poder da Luz, e o lado esquerdo
ao poder das Trevas. Todavia, nada tem a ver com superstições, mas sim, posturas que guardam um sentido
simbólico.

V.´.M.´. -o- Am.´. Ir.´. (Nom.´. Hist.´.) Dig. Cobr.´. porque doze badaladas?

Cobr.´. (De pé) Antigamente, na Maçonaria, o sino era de uso comum nas Cerimônias das Lojas
Simbólicas, a fim de anunciar A Hora de seus trabalhos.O Rito Adonhiramita, procurou coexistir com o seu
uso, não perdendo a Tradição dos Antigos, assim como a Tradição Religiosa e os Costumes Iniciáticos dos
Mistérios. Em muitas civilizações antigas, o sino era utilizado no sentido de conclamar todos os seres
humanos, e, também, os sobrenaturais, além de evocar as Divindades, se tornando daí, o símbolo do
chamamento ao G.´. A.´. D.´. U.´.! Assim, juntamente com a Cerimônia de Incensação o Cerimonial do Fogo e
as Doze Badaladas harmonizam as vibrações místicas e esotéricas da egrégora formada em sintonia com a
Luz Maior emanada pelo Supremo Criador dos Mundos.(Senta)

V.´.M.´. -o- Am.´. Ir.´. (Nom.´. Hist.´.) Dig.´. Mest.´. de CCer.´. qual o simbolismo do revigoramento e o
adormecimento da Chama Sagrada?

Mest.´. de CCer.´. (De pé) O revigoramento e o adormecimento da Chama Sagrada simbolizam a


ligação do antigo com o novo, a continuidade e a ligação com o G.´.A.´. D.´.U.´., em consciência
compartilhada e identidade comum. Desde os antigos tempos a cultura da Chama Sagrada era tida como
primordial e essencial para a busca e manutenção da harmonia e da paz, tanto para os lares, quanto, até
mesmo, para as cidades da antiguidade. (Senta)

V.´.M.´. -o- Am.´. Ir.´. (Nom.´. Hist.´.) Dig.´. 1ºVig.´. qual o motivo do uso das luvas brancas?

1º Vig.´. -o- As luvas brancas representam a candura que reina na alma do homem de bem e a pureza
de seus atos, de coração e intenções. Motivo pelo qual o Am.´.Ir.´.M.´. de CCer.´. antes da entrada ao
Temp.´., exclama: "... Meus AAm.´. llr.´., se desde a meia-noite, quando se encerraram nossos últimos
trabalhos, se conservastes vossas mãos limpas, calçai as vossas luvas...". O calçar das luvas é para
que as mãos de todos os obreiros fiquem iguais. Tornam as mãos calejadas do operário, tão macias quanto
às mãos do intelectual, do médico, do engenheiro etc, assim como se igualam pelo uso uniforme das outras
peças do vestuário. As luvas simbolizam a pureza que deve estar presente em todos os atos de um maçom.
Pela mão direita se dá pela esquerda se recebe. Dá-se com pureza e recebe-se com pureza.

V.´.M.´. -o- Am.´. lr.´.(Nom.´. Hist.´.) Dig.´. Sec.´. porque usamos a gravata branca?

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Sec.´. A gravata branca, por sua cor, está associada à paz e guarda a sua origem na aristocracia
francesa. Na prática, a gravata é uma peça da indumentária e de criação recente, inspirada nos cordéis
utilizados para o fechamento das camisas antes da invenção dos botões, que terminava em um laço à altura
do pescoço. Logo, a gravata é um complemento da camisa, e assim, parte integrante da mesma. Sendo a
camisa branca, consideramos que a gravata também deve ser branca para se manter em harmonia interior.

V.´.M.´. -o- Am.´. Ir.´. (Nom.´. Hist.´.) Dig.´. Cob.´., onde se colocam os VVig.´. e porque desta posição?

Cob.´. (De pé) No Oc.´., para melhor observarem a passagem do Sol pelo meridiano. O Sol vem do
Oriente, e, portanto, para observá-lo, os VVig.´. devem, ambos, estarem postados numa mesma linha, de
frente para o Oriente, o que só pode ocorrer se eles estiverem sobre o mesmo meridiano. Por isso, os dois
VVig.´. do Rito Adonhiramita se posicionam ao Ocidente, numa mesma linha, perpendicular à linha do
Equador Or.´. – Oc.´. no mesmo meridiano. (Senta)

V.´.M.´. -o- Am.´. Ir.´. (Nom.´. Hist.´.) Dig.´. 1° Vig.´., porque no Rito Adonhiramita, as CCol.´. J e B ficam
em posições invertidas em comparação com outros Ritos?

1° Vig.´. -o- Os estudiosos do Rito afirmam que a posição das CCol.´. J e B, e dos próprios VVig.´., se
deu quando das primeiras "revelações dos segredos da maçonaria", ou seja, em 1730, quando foi publicado
na Inglaterra, o livro Maçonaria Dissecada, de autoria de Samuel Pritchard.Esta obra em questão foi o fruto da
traição perpetrada pelo autor que a 13 de outubro do referido ano, prestou depoimento juramentado perante
um magistrado, no qual relatava detalhes de sua iniciação na Maçonaria, inclusive ao Grau de Mestre. O livro
continha todos os sinais, toques e palavras utilizados à época, bem como citava HIRAM, as marchas e todo o
acervo sigiloso. Esta traição obrigou a Ordem a processar algumas mudanças necessárias a confundir os
curiosos profanos "bem informados", que se utilizando de tais informações demandavam a invadir as Lojas
como se fossem verdadeiramente iniciados. Renomados autores vêem nestas mudanças a origens das
diferenças existentes entre o Rito Adonhiramita em relação aos demais Ritos no que se referem à posição das
colunas, os respectivos vigilantes e todos os detalhes oriundos de suas posições. O Rito Adonhiramita
permaneceu fiel às antigas tradições, adotando os antigos costumes. Motivo pelo qual, em comparação com
alguns ritos, se constata que as CCol.´. e algumas funções estão invertidas. Todavia, mesmo havendo,
comparativamente, a inversão das CCol.´., os AAm.´. Ilr.´. AApr.´. continuam na Col.´., da Beleza, ou seja, na
Col.´. do 2° Vig.´..

V.'.M.´. -o- Am.´. Ir.´. (Nom.´. Hist.´.) Dig.´. Orad.´. porque no Rito Adonhiramita a abertura do L.´. da L.´.
é realizada no Evangelho de João?

Orad.´. O Evangelho de João é o mais profundo dos quatro Evangelhos, cuja terminologia significa "Boa
Nova", e é o mais místico, o que mais causou polemica devido a sua linguagem e filosofia. Todas as correntes
ortodoxas do cristianismo primitivo, destacando os antigos Gnósticos, se apoiavam nos escritos de João. A
espiritualidade é tema fundamental para o Rito Adonhiramita, assim como a Tradição, e por esta, registra-se

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que primitivamente todas as Lojas de origem francesa abriam o L.´. da L.´. no Evangelho de João."Houve um
homem enviado por Deus que se chamava João." Este João, é o Batista, ou seja, aquele que batizava, que
iniciava aos antigos mistérios. Lembrando ainda, que no momento da abertura do L.´. da L.´. a leitura do texto
sagrado e a colocação do esq.´. e o comp.´. na posição do grau, o Am.´. Ir.´. Orad.´. está protegido pelo Pálio.

V.´.M.´. -o- No Rito Adonhiramita, o Pálio, é formado, tal qual uma pirâmide, pelo Am.´. Ir.´. M.´. de
CCer.´. juntamente com um M.´. da Col.´. do S.´. e outro M.´.da Col.´. do N.´.. Estes AAm.´. llr.´. o formarão
postando suas espadas como extensão de seus braços direitos estendidos em ângulo de 52°, tocando-se e
cruzando-se no alto sobre o Alt.´. dos JJur.´. e o Am.´. Ir.´. Orad.´. estando na abertura, a espada do Am.´. Ir.´.
M.´. de CCer.´. por baixo das demais, dando sustentação, e no encerramento, por cima das demais,
sobrepondo-as. As espadas, como condutoras de energias em forma de pirâmide, voltadas para cima, estão
absorvendo as energias do alto, protegendo a abertura do L.´. da L.´. pelo Oc.´. pelo S.´. e pelo N.´. deixando
livre apenas o lado do Or.´. do qual se emanará a Luz e a onipresença do G .´. A.´. D.´. U.´..

V.´.M.´. -o- Am.´. Ir.´. (Nom.´. Hist.´.) Dig.´. Mest.´. de CCer.´. qual o significado da Cerimônia da
Incensação?

Mest.´. de CCer.´. (De pé) A Incensação tem origem nos mais remotos costumes religiosos da
civilização humana. Esta cerimônia representa uma espécie de profilaxia ambiental, a Incensação deixa o
ambiente físico do Templo impregnado do agradável odor da essência utilizada, tais como Benjoim, Mirra e
Incenso entre outras.Por outro lado, a Tradição nos informa que esta Cerimônia afasta do meio místico e
esotérico do Templo as sombras ou entidades maléficas, que por acaso, se disponham a perturbar as Luzes
da Loja, e, consequentemente, os seus trabalhos. A incensação tem como valor simbólico a associação do
homem à divindade, do finito ao infinito e do mortal ao imortal. Ao espargir a fumaça se está purificando o
ambiente tanto no sentido físico por tratar-se de substância com propriedades anti-sépticas, como espiritual,
pois o incenso tem a incumbência de elevar a prece para o céu. A incensação gera uma atmosfera de aroma
agradável e magnetiza com fluidos benéficos os obreiros e o ambiente, contribuindo para a formação da
egrégora e propiciando à reflexão. No ato da Incensação são invocadas as três palavras que sintetizam
atributos do G.´. A.´.D.´.U.´. SABEDORIA, FORÇA e BELEZA. Por esses motivos, é que, ao nos
incensarmos, nos limpamos, ou melhor, purificamos a nós e ao ambiente, favorecendo a permanência da
egrégora. Também, se torna necessário lembrar que durante a cerimônia da incensação, depois que o Am.´.
Ir.´.M.´. de CCer.´. efetua a incensação do Templ.´. e de todos os llr.´. ele troca de lugar e função com o Am.´.
Ir.´. Cobr.´. e este, com a porta aberta, mas, sem sair do Templ.´. incensa o átrio. (Senta)

V.´.M.´. -o- Esta tarefa de incensar o átrio somente pode ser executada pelo Am.´. Ir.´. Cobr.´. porque
ele é o único que está protegido e capacitado mística e esotericamente para se expor às energias que
circulam fora do Templ.´..Tanto é que o nosso próprio ritual aconselha que este cargo seja ocupado pelo ex-
Ven.´. Mestr.´. mais recente, pois ele, dentre todos, é quem possui os atributos místicos e esotéricos para
suportar tais energias e impedir que as mesmas adentrem o interior do Templ.´..Por este motivo também, é
que o Am.´. Ir.´. Cobr.´. ocupa o seu lugar sobre a linha simbólica do equador, de frente para o Ven.´. Mestr.´.
invertendo a polaridade das energias, ou seja, atraindo para si, todas as energias negativas ou que excedam
o suportável pela Egrégora da Loja, como se fosse um para-raios.A própria troca de funções do Am.´. Ir.´.
Cobr.´. com o Am.´. Ir.´. Mest.´. de CCer.´. através do giro, é um ato personalíssimo do Rito Adonhiramita,
pois ambos se interligam formando um X (xis) com as mãos, ou seja, mão direita com mão direita e mão
esquerda com mão esquerda, doando e recebendo, ao mesmo tempo em que, girando, as energias e
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atributos são permutados qualificando um e outro para sequência cerimonial. Destrocando logo em seguida,
na mesma forma.

V.´.M.´. -o- Am.´. Ir.´. (Nom.´.Hist.´.) Dig.´. 2º Vig.´. no Rito Adonhiramita como é realizada a
circunavegação?

2º Vig.´. -o- Realizamos a circunavegação com o Sin.´. do Gr.´. uma vez que não seria possível ao Obr.´.
caminhar com o Sin.´. de Ord.´. pois neste, o Obr.´. necessita, além de estar com o Sin.´. do Gr.´. estar
também com os pp.´. em esq.´. formando a tríp.´. esq.´. com o p.´. dir.´. voltado para a frente. Assim
procedemos em respeito aos antigos costumes e desde que o Obr.´. não esteja conduzindo material litúrgico,
quando então fica dispensado do Sin.´. do Gr.´.. A circunavegação, é realizada em forma do símbolo
matemático do infinito visto que este símbolo representa, esotericamente, a estrada do tempo e da
continuidade da vida, pois todo começo contém em si o fim, e todo fim contém em si o começo. É o caminho
do constante renascimento. E o Rito Adonhiramita, por sua profunda espiritualidade, filosofia mística e
esotérica, concede ao seu adepto a possibilidade de caminhar nesta senda na busca do conhecimento, da
evolução e aprimoramento espiritual.

V.´.M.´. -o- Am.´. Ir.´. (Nom.´. Hist.´.) Dig:. Sec.´. porque no Rito Adonhiramita, os MMestr.´. usam
chapéu em todos os Graus do Simbolismo?

Sec.´. O uso do Chapéu na Maçonaria é bem antigo; estes, conforme nos narra a história, surgiram
para substituir as antigas carapuças usadas na Idade Média. Os Chapéus foram primeiro usados pelos
sumérios e os egípcios na Antiguidade e posteriormente pelos gregos que usavam um chapéu de palha de
fundo pontudo que era denominado de "THOLIA", e só se tem conhecimento do seu uso na Europa após o
século XVII. Na Maçonaria, o Chapéu passou a ser usado a partir do século XVIII como símbolo hierárquico e
esotérico. A maçonaria ocidental é também chamada de maçonaria salomônica, devido ao fato da influência
judaica ser indiscutível em sua base filosófica.Trazendo da influência cabalística, o uso do chapéu como
forma de cobertura da primeira Sephirah da Árvore da Vida, como faz o povo semítico nas cerimônias de culto
ao Deus Único. O chapéu assume assim dois significados. O primeiro, de origem cavalheiresca, advém da
tradição que remonta ao início do século XVIII da qual somente os pertencentes da aristocracia tinham o
direito de usar chapéus, sendo a princípio tolerado como uma regalia. O segundo, de caráter esotérico,
simboliza que apesar da eterna busca da verdade, a inteligência humana reconhece seus limites ante o
grande mistério da criação, motivo pelo qual devemos nos descobrir quando seja feita menção ao G.´. A.´.
D.´.U.´..

V.´.M.´. -o- Am.´. Ir.´. (Nom.´. Hist.´.) Dig.´. 2°Vig.´. porque no Rito Adonhiramita os MMestr.´. usam
espada em todos os Graus do Simbolismo?

2°Vig.´. -o- O uso da espada, é símbolo de autoridade de uma casta distinta e considerada nobre em
todas as sociedades antigas, os guerreiros. Quando o Rito de Heredon, fonte de origem do Rito Adonhiramita,
Escocês Antigo e Aceito e o Moderno, foi introduzido na França, era praticado quase que exclusivamente por
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membros da aristocracia, pessoas que possuíam o direito do uso da espada, símbolo naquela época, de
condição social elevada. Dos Ritos que tiveram origem no Rito de Heredon, somente o Adonhiramita
permaneceu fiel à tradição dos MMestr.´. usarem a espada e o chapéu em todos os graus do simbolismo.
Devemos esclarecer também que, muito embora o uso das espadas tenha se originado na aristocracia
francesa, não é por este motivo que o Rito Adonhiramita a mantém em suas cerimônias. Tão pouco tem
ligação a ser guerreiro ou militar! Seu uso no Rito Adonhiramita se dá exclusivamente ao misticismo e
esoterismo relacionados aos efeitos geomagnéticos, uma vez que todo o desempenho do Rito Adonhiramita,
interfere diretamente em correntes energéticas. Devido a isto, é que o Am.´. Ir.´. (Nom.´. Hist.´.) Dig.´. Cobr.´.
neste exato momento, assim como durante todo o tempo em que permanece sentado, estará com a sua
espada voltada com a lâmina para baixo em contato com o solo, descarregando as energias que absorve na
função de para-raios, conforme já mencionado anteriormente.

V.´.M.´. -o- A palavra de Aclamação Vivat (pronuncia-se Vivá) é a antiga saudação utilizada ainda no
inicio do Século XVIII. No Rito Francês ou Moderno, após a Revolução Liberal de 1789, ela foi substituída pela
aclamação Liberdade, Igualdade e Fraternidade, Vivat tem o mesmo significado da saudação escocesa que
se pronuncia Huzzé, Huzzé, Huzzé, cuja tradução do hebraico é Vivá, Vivá, Vivá, que em latim corresponde
ao Vivat, Vivat, Vivat. Vivat deriva do verbo Latino 'Vivere' significando "VIDA" e expressa o profundo querer
por tudo o que existe. Os três Vivat, correspondem a estes três pedidos: "Que Ele viva. Que todas as pessoas
vivam, que toda a criação viva". Podemos lembrar-nos de outras peculiaridades do Rito Adonhiramita, como o
estalar dos dedos na aclamação, a subida um a um dos degraus na circunavegação, a ausência das CCol.´.
Zodiacais, a entrada em Procissão, a forma de executar a bateria do grau, além da cena da traição e da
câmara ardente na Sessão Magna de Iniciação. AAm.´. llr.´. e amigos em todos os seus graus e qualidades,
estas são algumas das principais peculiaridades da ritualística e da liturgia do Rito Adonhiramita que o
identificam e o diferenciam dos demais Ritos. Mas deixamos bem claro, que estas peculiaridades não o
tornam nem melhor e nem pior que os demais ritos, apenas diferente, mas, com o mesmo objetivo de todos os
Maçons e da Maçonaria Universal, a busca do aperfeiçoamento de todos os seres humanos.

V.´.M.´. -o- AAm.´. IIr.´. (NNom.´. HHist.´.) DDignís.´. 1° e 2°VVig.´. anunciai em vossas CCol.´. assim
como anuncio no Or.´. que iremos encerrar a Palestra sobre o Rito Adonhiramita.

1° Vig.´. -o- AAm.´. IIr.´. e amigos que constituís a força da Col.´. do S.´. eu vos anuncio da parte do
Am.´. Ir.´. (Nom.´.Hist.´.) nosso Vem.´. Mestr.´. que iremos

encerrar a Palestra sobre o Rito Adonhiramita.

2° Vig.´. -o- AAm.´. IIr.´. e amigos que constituís a beleza da Col.´. do N.´. eu vos anuncio da parte do
Am.´. Ir.´. (Nom.´. Hist.´.) nosso Ven.´. Mestr.´. que iremos encerrar a Palestra sobre o Rito Adonhiramita.

-o- Está anunciado na Col.´. do N.´..

1°Vig.´. -o- Ven.. Mestr.. está anunciado em ambas as CCol.´.

V.´.M.´. -o- Meus AAm.´. IIr.´. , Está encerrada a palestra.


A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294
CERIMONIAL DE
COMEMORAÇÃO
DO
EQUINÓCIO DE
PRIMAVERA

A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294


Participam: Ven∴ M∴, 1º Vig∴, 2º Vig∴, Orador, M∴Ccer∴

(Música – As quatro estações de Vivaldi no movimento da Primavera)

V.’.M.’. -o- AAm.’. IIr.’. (NNom.’. HHist.’.) DDignís.’. 1° e 2° VVig.’. anunciai em vossas
CCoL.’, assim como faço no Or.’., que vamos dar inicio à Cerimônia de Comemoração do Equinócio
da Primavera .

1°Vig.’. -o- AAm.’. llr.’. e amigos que constituís a força da Col.’. do S.’., eu vos anuncio da
parte do Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) nosso Ven.’. Mestr.’. que vamos dar início à Cerimônia de
Comemoração do Equinócio da Primavera.

2° Vig.’. -o- AAm.’. llr.’. e amigos que constituís a beleza da Col.’. do N.’., eu vos anuncio da
parte do Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) nosso Ven.’. Mestr.’. que vamos dar início à Cerimônia de
Comemoração do Equinócio da Primavera.
-o- Está anunciado na Col.’. do N.’..

1°Vig.’. -o- Ven.’. Mestr.’. está anunciado em ambas as CCol.’..

(Música – As quatro estações de Vivaldi no movimento da Primavera)


(As luzes do Templo devem ser reduzidas, ficando acesas apenas as do Or\. Devem estar
junto ao Altar do V\M\ sementes (girassol, etc...) e ramagem verde em número suficiente à
todos os presentes).

V.’.M.’. -o- Meus AAm.’. IIr.’., A tradição das cerimônias das estações é muito antiga e
remontam muitas eras anteriores à nossa. Estas cerimônias têm, basicamente, a finalidade de
formar a sintonia de nossas naturezas internas com a Essência latente na Natureza, realizando,
assim, a Grande Alquimia Universal. As raízes elementares de nossa tradição, como os antigos
preconizavam, estão baseadas na triplicidade da vida, ou seja, nascimento, crescimento e morte,
e mais um quarto fator conecta a morte a um novo nascimento, dentro dos princípios dos ciclos
quaternários da existência. Pode-se também dizer que esta tradição tornou-se conhecida como a
Tradição Ocidental de Mistérios, que assim como a oriental, por sua universalidade, relaciona-se
com as mitologias, religiões e sistemas de filosofia hermética, permitindo ao homem rasgar os véus
dos mistérios da Vida Superior. Assim sendo, reabrindo mais um ciclo de comemorações destas
magníficas ocorrências cósmicas, e a Maçonaria como arcana mantenedora das tradições arcanas,
encerram em seus mais preciosos símbolos os mistérios dos ciclos quaternários da Vida. Nas Três
Grandes Luzes da Maçonaria, o L.’. L.’. o Esq.’. e o Comp.’., estão ocultos os grandes mistérios
dessa tradição das estações.

A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294


V.’.M.’. -o- Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignís.’. 1° Vig.’. esclareça-nos!

1°Vig.’. -o- No L.’. L.’. está à manifestação Cósmica narrada desde sua origem,a Gênese da
Vida, percorrendo suas miríades de formas, até sua exaltação máxima, na figura do Homem-Deus
Realizado na Ressurreição da própria Vida, que retorna à sua Fonte Primordial. No Comp.’., que
traça infinitos círculos concêntricos estão expressos os diversos ciclos que compões a Grande
Sinfonia Universal da Manifestação da Vida. No Esq.’., com seu ângulo reto fixo, demarca a divisão
quaternária dos ciclos traçados pelo compasso. O esquadro promove a Quadratura do Círculo,
marcando assim o ritmo quaternário da Natureza em seus múltiplos aspectos.

V.’.M.’. -o- Os ciclos quaternários estão presentes em nosso universo local, desde o micro
ao macro, sejam nos anos, meses, dias como em nossa respiração, numa harmonia única.
Estamos comemorando A primavera, em sua entrada no Equinócio.

V.’.M.’. -o- Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignís.’. 2° Vig.’. explicai-nos!

2° Vig.’. -o- O Sol, Astro-Rei de nosso sistema planetário, em seu movimento aparente em
relação a Terra, caminhando de Oriente para Ocidente, não o faz de um mesmo modo durante todo
o ano. Devido à inclinação do eixo imaginário de nosso planeta em relação a seu plano de
translação, conhecida também por eclíptica, o Sol, a cada época do ano desponta no Oriente em um
lugar diferente.A inclinação do eixo deu à Terra um ritmo quaternário em sua caminhada anual,
caracterizando as quatro estações do ano. Os povos da antiguidade davam grande importância ao
correto conhecimento das épocas em que essas estações ocorriam, pois podiam assim rogar aos
deuses proteção para suas colheitas e criações. A necessidade de prever essas épocas levou-os a
demarcarem as posições máximas que o Sol tomava no Oriente, através de duas grandes colunas
de pedra, que estão simbolicamente representadas pelas colunas J.’. e B.’. em nossos templos, e
que são as posições demarcadas pelas linhas imaginárias conhecidas por Trópicos. Com isto, os
antigos sabiam quando o Sol chegava à sua máxima posição Norte, assim como Sul e,
conseqüentemente, sua posição média ou central.

V.’.M.’. -o- Notavam também que a duração dos dias e das noites variava conforme a
posição do Sol em relação a essas colunas. Verificavam que quando o Sol encontrava-se na posição
central, o dia e as noites possuíam a mesma duração. Essa posição média corresponde aos
Equinócios, quando o Sol atravessa o equador Terrestre, tornando os dias iguais às noites. O Sol, na
passagem de Norte para Sul, no encontro do Equador, nos proporciona o Equinócio de Primavera.
Assim como o Sol nos Equinócios propicia dias e noites iguais, no equilíbrio de luz e trevas, símbolos
dos aspectos positivo e negativo da natureza, do Bem e do mal cósmico, do espírito e da Matéria;
assim o homem nesta época de especial importância, tem a oportunidade de harmonizar sua
polaridade interna na fertilidade primaveril dos campos de sua mente e coração.A brilhante força e
esplendor da Luz Espiritual, simbolizada pelo Sol nos convidam ao renascimento na aurora deste
A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294
novo ciclo que se inicia. Que a chama da juventude primaveril seja acesa em nossos corações
repletos de esperança. Abençoada seja a Luz Solar que diuturnamente nos traz das trevas para a luz
da vida consciente. É Hiram que renasce, uma vez mais, para a glória do G.’.A.’.D.’.U.’. , no coração
de todos os homens de boa vontade.Nos antigos mistérios de Eleusis, o homem era simbolizado por
uma semente, que deitada e sepultada no solo, germinaria e de abriria pelo seu próprio esforço, para
a Luz. A primavera constituí a época de germinação de todas as sementes que foram plantadas.

V.’.M.’. -o- Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignís.’. 1° Vig.’. elucidai-nos.

1°Vig.’. -o- O que significa a comparação entre homem e a semente? Como a Lei
Fundamental, sabemos que não há significação na Matéria sem espírito, Luz sem Trevas, como não
há sentido num campo sem sementes. Assim é o homem. Sua mente e coração devem ser sempre
como uma sementeira de nobres e elevados princípios, como um campo fértil. A semente representa
as possibilidades latentes do homem que devem ser despertadas para manifestarem-se à Luz da
Vida. Assim como a semente morre para que a planta possa crescer, assim devem morrer nossos
vícios e imperfeições para que o gérmen da nova vida possa se manifestar. Para que um campo seja
fértil, é necessário que seus elementos de polaridade estejam em perfeito equilíbrio; caso contrário,
envenenará toda e qualquer semente ali plantada. O mesmo acontece com o homem: para que seu
campo interior possa receber sementes, deve primeiro se tornar fértil pelo equilíbrio se sua mente e
seu coração.

V.’.M.’. -o- Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignís.’. 2° Vig.’. o que devemos fazer?

2° Vig.’. -o- O que devemos plantar dentro de nós? Sementes de excelsas virtudes espirituais,
de forma a que possamos crescer e frutificar para benefícios da humanidade em geral, embelezando
o jardim do mundo. A semente da Fraternidade, que deverá ser sempre profundamente semeada de
maneira a germinar firmemente a planta que dará as melhores flores e frutos provenientes da
convivência maçônica.

V.’.M.’. -o- Assim sendo, vamos invocar o auxilio do G.’.A.’.D.’.U.’., nesta solene data, a fim
de melhor alcançarmos estes desígnios.

-o- Descubramo-nos de P.’. e à Ord.’., meus AAm.’. IIr.’. .

Orad.’. Graças Te rendemos, G.’.A.’.D.’.U.’., Senhor da Suprema Luz, Germinador dos


Mundos. Abençoadas sejam as sementes da virtude implantadas no campo fértil de nossas mentes e
corações para que germinem, cresçam e frutifiquem. Que nesta primavera seja depositada em
nossas almas a sagrada chama da Imortal Luz. Que esta data seja para todos, um renascimento das
sementes da Fé, da Esperança e do Amor da Fraternidade Universal.

A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294


V.’.M.’. -o- Sentemos e cubramo-nos , meus AAm.’. IIr.’.

V.’.M.’. -o- Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Mui.’. Dig.’. M.’. de Cer.’. entregue estas sementes e
ramagens a todos os AAm.’. IIr.’. presentes.

M∴Ccer∴ Circula Ritualisticamente e entrega aos AAm.’. Iir∴ as sementes e ramagens com
a recomendação de aguardarem as instruções do Ven∴ M∴.

(Música – Primavera de Vivaldi)

V.’.M.’. (após o término da distribuição)

-o- Tomai das sementes e comei, plantando simbolicamente, no interior de cada um, os princípios
que compreendeis e que deveis desenvolver neste ciclo, para vos tornardes os melhores veículos
em prol da Grande Obra do G.’.A.’.D.’.U.’. .

(Música – Primavera de Vivaldi)

V.’.M.’. (após todos terem comido as sementes )

-o- Os antigos dias de sacrifícios nos altares se foram. Mas muito mais é hoje requerido de cada um
para oferecer-se em prol de serviços da tradição espiritual. Nada que não for oferecido voluntária e
prazerosamente é de valor nos Mistérios Sagrados. Que o G.’.A.’.D.’.U.’. propicie a todos uma
estação plena de Paz e Progresso para realizarmos nossas missões.

-o- Está encerrada a Cerimônia .

(As luzes do Templo são todas acesas)

A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294


CERIMONIAL DE
COMEMORAÇÃO
DO
EQUINÓCIO DE OUTONO

A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294


Participam: Ven∴ M∴, 1º Vig∴, 2º Vig∴, Orador, M∴Ccer∴

(Música: “As 4 Estações de Vivaldi”, no movimento correspondente ao outono).

Ven∴M∴ (-0-) AAm.’. IIr.’. (NNom.’. HHist.’.) DDignís.’.1º e 2º Vvig∴, anunciai em vossas Ccol∴,
assim como anuncio no Or∴, que vamos dar início à Cerimônia de Comemoração do Equinócio de Outono.

1º Vig∴ (-0-) AAm.’.Iir∴ que decorais a Col∴ do Sul, da parte do Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.)
nosso Ven∴ Mestre, vos comunico que vamos dar início à Cerimônia do Equinócio de Outono.

2º Vig∴ (-0-) AAm.’.Iir∴ que decorais a Col∴ do Norte, da parte do Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.)
nosso Ven∴ Mestre, vos comunico que vamos dar início à Cerimônia do Equinócio de Outono.

(-0-) Está anunciado na Col∴ do Norte.

1º Vig∴ (-0-) Está anunciado em ambas as Ccol∴, Ven∴ Mestre.’.

(As luzes do Templo devem ser reduzidas, permanecendo apenas as do Oriente, com o
crepúsculo. Uma cesta com frutas, em número suficiente para os Iir∴, deve ser colocada
junto ao altar do Ir∴ 1º Vig∴. Música adequada deve ser executada durante a cerimônia,
como “As 4 Estações de Vivaldi”, no movimento correspondente ao outono).

Ven∴ M∴ Meus AAm.’. Iir∴, a tradição das cerimônias das estações perde-se na noite dos
tempos, e são tão antigas como as montanhas onde eram celebradas no passado. Em
princípio, estas cerimônias tratavam de formar a sintonia de nossas naturezas internas
como a energia essencial latente na Criação, através dos ciclos que movimentam o
Grande Círculo do Cosmos, a que simplesmente denominamos de Natureza. O
propósito fundamental das cerimônias das estações é procurar estabelecer laços de
relação de nossa pequena natureza humana, ou Microcosmos, com a incalculável
natureza divina, ou Microcosmos, realizando, assim, a Grande Alquimia Universal.
AAm.’. IIr.’. (NNom.’. HHist.’.) DDignís.’. DDignís.’.1º e 2º Vvig∴, auxiliai-me a traçar os
contornos fundamentais desta antiga tradição.

1º Vig∴ Milhares de anos de experiência humana foram necessários para que fôssemos capazes
de estabelecer relações com as propriedades naturais de nosso planeta, algumas delas como
forças imediatamente próximas da manifestação material, como a eletricidade, magnetismo,
A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294
etc., de forma a poder-se utilizá-la para nosso benefício. Isto nos foi possível por causa de
nossos ancestrais, que se relacionavam com os espíritos internos destes, materiais,
estabelecendo suficiente contato com aquelas categorias de consciências, aprendendo a lidar
com as mesmas, até tornarem-se usuais como as tratamos hoje.

2º Vig∴ Admirando o que chamavam de Alma da Natureza, os antigos descobriram muitos


segredos sobre o Corpo da Natureza, legando-nos conhecimentos de inestimável valor. Porém,
muito ainda temos a conhecer sobre o Grande e o Pequeno Universo, ou seja, a Natureza
exterior e interior das quais participamos. Com o tempo, o contato direto com o lado interno
da Natureza desapareceu, permanecendo o reconhecimento dessa necessidade.

1º Vig∴ Periodicamente, de acordo com os ritmos da natureza e épocas apontadas no relógio


cósmico pelo Sol e Lua, os povos antigos se reuniam nos círculos de pedra que simbolizavam
seus estados cósmicos, e fazia assim suas representações dedicadas aos elementos que os
colocavam o mais próximo da Roda Cósmica da Vida. Exaltavam, assim, a Vida, da maneira e
sob o conceito que possuíam da Divindade.

Ven∴ M∴ A Maçonaria, meus AAm.’.IIr∴, como arcana mantenedora das Tradições do passado,
preserva em sua doutrina os Antigos Mistérios, através da celebração das cerimônias das
estações, encerrando, em seus mais preciosos símbolos, os mistérios dos ciclos quaternários da
Vida. Nas três Grandes Luzes da Maçonaria: o L∴ L∴, o Esq∴ e o Comp∴·, estão ocultos o
grande mistério dessa tradição das estações.

(Apontando para o Altar do Jjur∴)

No L∴ L∴ está à manifestação Cósmica narrada desde sua origem. A Gênese da Vida,


percorrendo suas miríades de formas, até sua exaltação máxima, na figura do Homem-Deus
realizado na Ressurreição da própria via, que retorna à sua Fonte Primordial.

(Apontando para o Altar dos Jjur∴)

No Comp∴ que traça infinitos círculos concêntricos, estão expressos os diversos ciclos que
compõem a Grande Sinfonia Universal da Manifestação da Vida.

(Apontando para o Altar dos Jjur∴)

No Esq∴, com seu Angulo reto fixo, demarca a divisão quaternária dos ciclos traçados pelo
Comp∴. O Esq∴ promove a Quadratura do Círculo, marcando, assim, o ritmo quaternário da
Natureza, em seus múltiplos aspectos. Os ciclos quaternários estão presentes em nosso
universo local, desde o micro ao macro, sejam nos anos, meses, dias, como em nossa

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respiração, numa harmonia única. Estamos comemorando o Outono, em sua entrada no
Equinócio.

Ven∴ M∴ AAm.’. IIr.’. (NNom.’. HHist.’.) DDignís.’.1º e 2º Vvig∴, explicai-nos em que consiste o
Equinócio de Outono.

1º Vig∴ Meus AAm.’.IIr∴, o Sol, o astro rei de nosso sistema, em seu movimento aparente em
relação à Terra, caminhando de Oriente para Ocidente, não o faz de um mesmo modo durante
o ano, Devido à inclinação do eixo imaginário de nosso planeta em relação a seu plano de
translação, conhecido também por eclíptica, o Sol, a cada época do ano, desponta no oriente
em um lugar diferente.

2º Vig∴ A inclinação do eixo deu a terra um ritmo quaternário em sua caminhada anual,
caracterizando as quatro estações. Os povos da antiguidade davam grande importância ao
correto conhecimento das épocas em que essas estações ocorriam, pois podiam, assim, rogar
aos deuses proteção e fertilidade para suas colheitas e criações.

1º Vig∴ A necessidade de prever essas épocas levou-os a demarcarem as posições máximas que
o Sol tomava no Oriente, através de duas grandes colunas de pedra, que estão simbolicamente
representadas pelas colunas J∴ e B∴ em nossos Templos, e que são as posições demarcadas
pelas linhas imaginárias conhecidas por Trópicos. Com isto, os antigos sabiam quando o Sol
chegava à sua máxima posição Norte assim como Sul, conseqüentemente, sua posição média e
central.

2º Vig∴ Notavam, também, que a duração dos dias e das noites variava conforme a posição do
Sol em relação a essas colunas. Verificaram que quando o Sol encontrava-se na posição
central, o dia e a noite possuíam a mesma duração. Essa posição média corresponde aos
Equinócios, quando o Sol atravessa o Equador Terrestre, tornando os dias iguais às noites. O Sol,
na sua posição Sul para Norte, no encontro do Equador, nos proporciona o Equinócio de
Outono.

Ven∴ M∴ Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignís.’.Ir∴ Orador∴, o que significa para nós o Equinócio de
Outono?

A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294


Orador∴ Assim como o Sol nos Equinócios propicia dias e noites iguais, no equilíbrio Luzes e
Trevas, símbolos dos aspectos positivo e negativo da Natureza, do Bem e do Mal cósmico, do
Espírito e da Matéria, assim o homem, nesta época de especial importância, tem a
oportunidade de harmonizar sua polaridade interna na colheita outonal dos campos de sua
mente e coração.

Ven∴ M∴ Meus AAm.’.Iir∴, o esplendor da Luz Espiritual simbolizado pelo Sol, nos convida ao
recolhimento no crepúsculo deste ciclo amadurecido. Que o fogo interno do outono selecione
os frutos da terra, separando os bons do sem valor. Abençoado seja o Sol de outono, que traz a
beleza celestial às pragas desta nação. Que seja farta e fecunda a colheita dos ideais plantados
e cultivados nas estações anteriores nos férteis campos de nossas mentes e corações. Nos
antigos mistérios de Eleusis, o homem era simbolizado por uma semente que, deitada e
sepultada no solo, germinaria e se abriria pelo seu próprio esforço para a Luz. O outono
constitui a época da colheita dos frutos semeados e cultivados. Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.)
Dignís.’.1º Vig∴, que tipo de colheita devemos realizar?

1º Vig∴ Devemos colher os frutos de nossos esforços espirituais, finalmente, chegou o tempo da
colheita para o qual tanto trabalhamos, e seremos pagos com os bons ou maus frutos pelo que
realizamos. Quiçá a colheita seja farta para todos.

Ven∴ M∴ Abençoados sejam nossos esforços e que todos sejam guardados contra os dias de
inverno, quando as trevas cruzarem nossos caminhos. Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.)
Dignís.’.Orador∴, que tipo de frutos deveremos colher de dentro de nós?

Orador∴ Frutos de excelsas virtudes espirituais, de forma a podermos alimentar a humanidade


faminta de amor e esclarecimento espiritual. Frutos da verdadeira Fraternidade, a fim de
consolidar nossa convivência maçônica.

(Música: “As 4 Estações de Vivaldi”, no movimento correspondente ao outono).

Ven∴M∴ SPES MESSIS IN SEMINE – A Esperança da colheita reside na semente! Comendo-se o


fruto certamente sacrifica-se a semente. Porém, esse sacrifício seleciona as sementes que
devam sobreviver para espalhar sua espécie sob melhores formas. Que possamos ser
escolhidos para a colheita do G∴A∴D∴U∴, a fim de continuarmos nossa caminhada na
evolução. Uma semente deve ser selecionada, da qual nascerá a qualidade, virtude que
almejamos possuir, sendo agora o melhor momento para esta escolha. A cada instante
A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294
renascemos de alguma forma. Morremos e renascemos a cada respiração. Que possamos
colher sempre os melhores frutos, a cada etapa que galgamos na espiral das estações solares,
até a Excelsa Luz. Entremos em meditação por um momento, para selecionarmos nossas
sementes.

Invoquemos, pois, meus AAm.’. Iir∴, o auxilio do G∴A∴D∴U∴ para que, nesta solene
data, possamos alcançar nossos desígnios.

(-0-) Descubramo-nos, De Pé e a Ordem meus AAm.’.IIr.’.!

“Graças Te rendemos, G∴A∴D∴U∴, Senhor da Suprema Luz, Ceifador dos Mundos.


Abençoados sejam os frutos colhidos no Campo fértil de nossas mentes e corações. Que neste
momento de rara oportunidade, quando noite e dia são iguais, possamos realizar um real
balanço de tudo de bom e ruim que temos em nós próprios e rogamos a Ti, Grande Arquiteto
nos proteja dos maléficos efeitos da fome sobre a terra, e assim possam os frutos de nossas
mentes e corações proverem nossa fome espiritual. Que esta data seja de fecunda colheita de
riquezas espirituais de Fé, Esperança e Amor na Fraternidade Universal.

(-0-) Sentemos e Cubramo-nos meus AAm.’.IIr.’. !

Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignís.’.M∴Ccer∴ entregai a todos os presentes o fruto.

M∴Ccer∴ Circula Ritualisticamente e entrega aos AAm.’. Iir∴ o fruto com a recomendação de
aguardarem as instruções do Ven∴ M∴.

(Música: “As 4 Estações de Vivaldi”, no movimento correspondente ao outono).

Ven∴ M∴ (-0-) Meus AAm.’.Iir∴, tomai deste fruto e comei, sentindo simbolicamente no interior de
cada um os princípios que compreendeis que deveis desenvolver neste ciclo, para vos tornardes
os melhores veículos em prol da grande obra do G∴A∴D∴U∴.

(Todos tomam do fruto e comem)

Meus AAm.’. Iir∴, os antigos dias de sacrifício nos altares se foram. Mas muito mais é hoje
requerido de cada um para oferecer-se em prol do serviço da tradição espiritual. Nada que não
for oferecido voluntária e prazerosamente é de valor nos Mistérios Sagrados. Que o
G∴A∴D∴U∴ propicie a todos uma estação plena de Paz e progresso, para realizarmos nossas
missões.

(-0-) Está encerrada a Cerimônia.

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CERIMONIAL DE
COMEMORAÇÃO
DO
SOLSTÍCIO DE INVERNO

A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294


Participam: Ven∴ M∴, 1º Vig∴, 2º Vig∴, Orador, M∴Ccer∴

(Música “As 4 Estações de Vivaldi”, no movimento correspondente ao inverno).

Ven∴M∴ (-0-) AAm.’. IIr.’. (NNom.’. HHist.’.) DDignís.’.1º e 2º Vvig∴, anunciai em vossas Ccol∴,
assim como anuncio no Or∴, que vamos dar início à Cerimônia de Comemoração do Solstício de
Inverno.

1º Vig∴ (-0-) AAm.’. Iir∴ que decorais a Col∴ do Sul, da parte do Am.’. Ir.’. (Nom.’.
Hist.’.) nosso Ven∴ Mestre, vos comunico que vamos dar início à Cerimônia do Solstício de Inverno.

2º Vig∴ (-0-) AAm.’. Iir∴ que decorais a Col∴ do Norte, da parte do Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) nosso
Ven∴ Mestre, vos comunico que vamos dar início à Cerimônia do Solstício de Inverno.

(-0-) Está anunciado na Col∴ do Norte.

1º Vig∴ (-0-) Está anunciado em ambas as Ccol∴, Ven∴ Mestre.

(As luzes do Templo devem ser reduzidas ao máximo, o mais escuro possível, apenas o
suficiente para se poderem ler os rituais. Os Iir∴ deverão estar munidos de seus cálices ou
vidro transparente, para o vinho tinto ou suco de uva ser servido. Copos adicionais devem ser
preparados para os visitantes. Fatias de pão forte, tipo italiano, em quantidade suficiente
para todos os participantes da cerimônia, deverão ser colocados juntamente com o vinho ou
suco, sobre uma mesinha ou coluna, junto ao altar do Am.’. Ir∴ 1º Vig∴. Música adequada
deve ser executada durante a cerimônia, como “As 4 Estações de Vivaldi”, no movimento
correspondente ao inverno).

Ven∴ M∴ Meus AAm.’. Iir∴, a tradição das cerimônias das estações perde-se na noite dos tempos,
e são tão antigas como as montanhas onde eram celebradas no passado. Ao longo de um ciclo
anual, o Sol, nosso Astro-Rei, passa aparentemente por quatro portais ou fases, denominada
equinócio e solstício, produzindo-se na natureza grandes fluxos e circulações de energia, que
influenciam a Terra e todos os seres que a habitam. Estas cerimônias comemorativas tratam de
incentivar a sintonia de nossas naturezas internas com a natureza universal. Uma vez
estabelecida esta sintonia, grandes transformações poderão se produzir no homem, realizando-
se, assim, a Grande Alquimia Universal.

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Ven∴ M∴ Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignis.’. Orador∴, auxiliai-me a explicar os princípios
fundamentais desta tradição.

Orador∴ As raízes elementares de nossa tradição desenvolveram-se de combates com os


elementos da natureza em tentativas de sobrevivência, constituindo-se o fator principal desse
processo a Fertilidade. Os fatores considerados fundamentais da Vida eram o Nascimento, o
Crescimento e a Morte, e mais um quarto fator, que faz a ligação da morte a um novo
nascimento. Desta triplicidade fundamental da vida, obscurecida pelo quarto aspecto,
basearam-se todas as religiões e credos filosóficos, tornando-se com o tempo distintas
tradições, conforme as interpretações.

Ven∴ M∴ Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignis.’. M∴ Ccer∴, como representante do Sol em seu eterno
caminhar, explicai-nos como os antigos entendiam o Nascimento e o Crescimento.

M∴ Ccer∴ O Nascimento era visto pelos antigos, como o evento que trazia o homem de um lugar
invisível para este mundo visível. Quem o indivíduo era, porque veio e para que estava em
nosso meio, isto iria depender do Crescimento.Os antigos conheciam o valor das raças
reprodutoras selecionadas, pois observavam isso na natureza e em si próprio. O Crescimento,
através do selecionamento, era um fator de vida do qual os antigos se utilizavam, produzindo
dessa forma, linhagens de homens fortes e mulheres formosas.

Ven∴ M∴ Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignis.’. Orador∴, explicai-nos como os antigos entendiam a
Morte.

Orador∴ A Morte tinha para os antigos um significado maior que apenas uma migração para um
outro lugar. Baseados no entendimento do quarto fator, os antigos dispunham do corpo
deixado para trás conforme o respeito e mérito que o indivíduo tivesse naquela comunidade.
Se desejassem seu retorno, trataram do corpo com todo cuidado; caso contrário, o atirariam
aos animais ou a um lodaçal, desencorajando uma outra vinda daquele entre eles.

Ven∴ M∴ A crença no Quarto Fator de ligação da Morte com o Nascimento, provinha da própria
natureza. Os antigos sentiam que existia um Deus-Pai no Céu e uma Deusa-Mãe na Terra.
Ouviam o Pai resmungar muitas vezes no céu quando estava de mau humor. Então Sua sombra
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deitava-se sobre a Mãe-Terra num grande abraço. De repente, Seu terrível “Phallus de Fogo”
penetrava na Terra e se ouvia Seu grito de triunfo sobre Ela, com forte paixão. Ouvia-se, às
vezes, os estrondos Dela em resposta a Céu, em suspiros de satisfação. Da repetição deste ato,
densa corrente de divino semem descia sobre a Terra, fertilizando todo o seu expectativo e
desejoso útero. Quando ele se aquietava, exausto, voltava às suas nuvens, sorrindo para o Sol,
enquanto a Terra deitava-se embebida e afogada de amor. Sua prole chegaria mais tarde, da
qual comeria o homem, assim como a Terra come seu corpo quando a vida dele se retira. Estes
ciclos repetiam-se constantemente, com nascimentos, crescimentos, mortes e novos
nascimentos na natureza, e a eles o homem também estava atado. Afinal, a vida provinha dos
Deuses e a Eles voltaria após seu ciclo no mundo. Estamos comemorando O Solstício de
Inverno

Ven∴ M∴ AAm.’. IIr.’. (NNom.’. HHist.’.) DDignís.’.1º e 2º Vvig∴,explicai-nos em que consiste o


Solstício de Inverno.

1º Vig∴ Meus Iir∴, o Sol, o Astro-Rei de nosso sistema planetário, em seu movimento aparente
ao redor de nossa Terra, desponta no oriente em lugares diferentes a cada época do ano. Isto
se deve à inclinação do eixo imaginário de nosso planeta em relação a seu plano de translação.

2º Vig∴ Devido a esta inclinação é que a Terra possui as quatro estações. Assim, durante o ano, o Sol
em sua trajetória, chega a uma máxima posição Norte afastando-se do Equador para depois
caminhar até a máxima posição Sul e retornar a seguir para Norte, num infinito bailado.

1º Vig∴ Nossos ancestrais mantinham o maior interesse no conhecimento preciso das épocas em
que estas mudanças ocorriam, demarcando os ciclos em que a natureza evolui, contribuindo
com seu progresso e rogando aos deuses proteção e fecundidade. Para marcarem as posições
máximas alcançadas pelo Sol, construíram dois pilares de pedra, cujas ruínas intrigam até hoje,
as mentes aguçadas. Esses pilares representam, em síntese, as linhas imaginárias dos Trópicos.

2º Vig∴ Os pilares nos pórticos dos templos, como as colunas “J” e “B” de nossos Templos maçônicos,
são reminiscências dos pilares de pedra da antigüidade, erigidos para demarcarem os limites do
campo dos nascimentos helíacos. Como nos ensinam nossas instruções maçônicas, as colunas
“J” e “B” são representações dos pontos máximos de afastamento do Sol do Equador,
conhecidos como pontos solsticiais.

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1º Vig∴ Assim como o Sol atinge limite máximo ao Norte, tocando a linha imaginária do Trópico
de Câncer, ocorre no hemisfério Sul o Solstício de Inverno. O termo “solstício” se deve ao fator
de que o Sol, no seu afastamento máximo do Equador, parece nesse ponto estacionar, para em
seguida, retornar sua caminhada em direção ao Equador.

Ven∴ M∴ Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignis.’. Orador, por que festejamos esse acontecimento?

Orador.’. Desde tempos imemoráveis, nossos antepassados festejavam os solstícios. Nos


mistérios egípcios, o Sol era simbolizado por Osíris, como o Espírito do Universo e Governador
das Estrelas. Os egípcios cultuavam o Sol como sua Divindade e o representavam sob várias
formas, de acordo com suas fases, ou seja: a infância, no Solstício de Inverno; a adolescência,
no Equinócio de Primavera; a maturidade, no Solstício de Verão e a velhice, no Equinócio de
Outono. Os romanos celebravam as festas solsticiais em honra ao Deus Janus∴, o deus de
dupla face.

Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignis.’. M∴ Ccer∴ procedei à distribuição do Pão e do Vinho, a fim
de brindarmos juntos este momento.

M∴ Ccer∴ Executa a distribuição do vinho tinto ou suco de uva, e uma fatia de pão para cada
participante, deixando para servir-se por último, colocando-se em seu lugar. Segura a taça com
a mão direita e o pão com a mão esquerda.

Ven∴ M∴ (-0-) Todos De Pé meus AAm.’. Iir∴

(levantando a taça à altura da testa e a frente)

Que esta estação seja celebrada com o símbolo do bom vinho, semelhante ao da própria vida,
extraído de nós pela experiência primeira e então amadurecida com o tempo, para tornar-se
melhor do que quando nasceu. Tomemos o primeiro gole,

(toma-se o primeiro gole)

Nada como um correto envelhecimento para que se torne o vinho valioso, assim como nossa
alma só será salva quando estivermos suficientemente amadurecidos e aptos a apreciar o sabor
da Verdade. Tomemos o segundo gole.

(toma-se p segundo gole)

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Que o espírito do vinho nunca seja tão forte que exagere seu benefício, mas somente sirva para
estimular nossa busca ao Espírito. Tomemos o terceiro e último gole.

(deve-se tomar todo o líquido existente na taça)

Ven∴ M∴ (levantando o pão com a mão esquerda, à frente à altura da testa)

Consideremos estes pães com os quais o solsticio é relembrado. Que estes pães nos lembrem
que nossas melhores qualidades pessoais na vida são deixadas aqui na Terra, enquanto que
nossa essência passa a viver nos céus. Tomemos dele o primeiro pedaço.

(parte-se um pedaço do pão e come-se)

Abençoadas sejam as formas do sangue e da carne que colocamos juntos dentro de nós.
Recolhamo-nos em nossos pensamentos, enquanto terminamos nossa degustação. Sentemo-
nos.

(Todos se sentam e terminam de comer o pão, em silêncio)

(Música “As 4 Estações de Vivaldi”, no movimento correspondente ao inverno).

Ven∴ M∴ Meus AAm.’. Iir∴, para finalizarmos nossa comemoração ajudai-me a invocar o auxilio
do G∴A∴D∴U∴ nesta solene ocasião, a fim de rogarmos a devida proteção.

Ven∴ M∴ (-0-) Descubramo-nos,De Pé a Ordem ,meus AAm.’. IIr.’.!

Louvado seja G∴A∴D∴U∴, Senhor da Suprema Luz, Doador do Fogo Espiritual do Amor.
Rogamos a ti, JOÃO, o maior entre os homens e menor entre os deuses, assim como fostes o
Anunciador dos Novos Tempos em teu ciclo; faz de nós teus afilhados, os Anunciadores de
novos tempos para Espírito e a realização do verdadeiro Evangelho que cada maçom possa ser
de ti um pequeno símbolo, a fim de espalharmos pela Terra a Fé, a Esperança e o Amor.

(-0-) Sentemo-nos e Cubramo-nos meus AAm.’. IIr.’.!

(-0-) Está encerrada a cerimônia.

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CERIMONIAL DE
COMEMORAÇÃO
DO
SOLSTÍCIO DE VERÃO

A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294


Participam: Ven∴M∴, 1º Vig∴, 2º Vig∴, Orador, M∴Ccer∴

(Música: “As 4 Estações de Vivaldi ”, no movimento correspondente ao verão).

Ven∴M∴ (-0-) AAm.. IIr.’. (NNom.’. HHist.’.) DDignís.’.1º e 2º Vvig∴, anunciai em vossas
Ccol∴, assim como anuncio no Or∴, que vamos dar início à Cerimônia de Comemoração do Solstício de
Verão.

1º Vig∴ (-0-) AAm.. IIr.’. que decorais a Col∴ do Sul, da parte do Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) nosso
Ven∴ Mestre, vos comunico que vamos dar início à Cerimônia do Solstício de Verão.

2º Vig∴ (-0-) AAm.’. IIr.’. que decorais a Col∴ do Norte, de parte do do Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.)
nosso Ven∴ Mestre, vos comunico que vamos dar início à Cerimônia do Solstício de Verão.

(PAUSA) – Está anunciado na Col∴do Norte.

1º Vig∴ Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) nosso Ven∴ Mestre está anunciado em ambas as Ccol∴.

(As luzes do Templo deverão estar todas acesas, como no esplendor do meio dia. Flores que
lembrem o Sol, como margaridas ou girassóis, de preferência, em número suficiente para
todos os participantes da cerimônia, deverão estar colocados num vaso, sobre uma mesinha
ou coluna, junto ao altar do Ir∴ 2º Vig∴. Música adequada deve ser executada durante a
cerimônia, como “As 4 Estações de Vivaldi ”, no movimento correspondente ao verão).

Ven∴M∴ Meus AAm.’. Iir∴, a tradição das cerimônias das estações perde-se na noite dos tempos.
O Sol, nosso Astro-Rei, em seu ciclo anual, teve papel de importância na antigüidade. Os antigos
dividiam o ciclo anual em dois grandes períodos, conforme o curso do Sol, um ascendente e
outro descendente, relacionando-se ao “caminho dos deuses” e ao “caminho dos
antepassados”, ou ainda, às pontas relativas às duas fases do ano onde ocorrem os solstícios,
ligando a evolução da alma humana a essas inquebrantáveis cadeias da natureza. Estas
cerimônias comemorativas tratam de incentivar a sintonia de nossas naturezas internas com a
Natureza Universal. Uma vez estabelecida esta sintonia, grandes transformações poderão se
produzir no homem, realizando-se assim, a Grande Alquimia.

AAm.. IIr.’. (NNom.’. HHist.’.) DDignís.’.1º e 2º Vvig∴, auxiliai-me a explicar os princípios


fundamentais desta tradição.

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1º Vig∴ As bases de nossa tradição remontam aos nossos antepassados que, através de suas
consciências, burilam experiências colhidas em vários ciclos da existência no seu contato com a
Natureza. Da observação e absorção desses fenômenos naturais, surgiu o louvor à VIDA.

2º Vig∴ Devido ao lado oculto que prestavam aos ciclos da existência no Louvor à Vida, gerou-se
o Culto aos Reis Sagrados, sob diversas formas, segundo as épocas e os costumes, iniciando-se
assim, nossa tradição espiritual.

Ven∴M∴ A Maçonaria, meus AAm.’. Iir∴, como arcana mantenedora das tradições do passado,
preserva em sua doutrina os fundamentos dos antigos Mistérios e, através da celebração das
cerimônias das estações, exalta a Chama Eterna da Vida Cíclica. Embora cada um deva
relacionar-se com o Grande Cosmos de sua forma particular, os Maçons congregam-se para,
unidos, harmonizarmos nossa natureza interior com o ritmo quaternário da Vida Universal.

(pausa) – AAm.’. IIr∴ estamos comemorando “O Solstício de Verão”!

Ven∴M∴ AAm.. IIr.’. (NNom.’. HHist.’.) DDignís.’.1º e 2º Vvig∴, explicai-nos em que consiste o
Solstício de Verão.

1º Vig∴ Meus AAm.’. Iir∴, o Sol, o Astro-Rei de nosso sistema planetário, em seu movimento
aparente ao redor de nossa Terra, desponta no Oriente em lugares diferentes a cada época do
ano. Isto se deve à inclinação do eixo imaginário de nosso planeta. Em relação a seu plano de
translação.

2º Vig∴ Devido a esta inclinação é que a Terra possui as quatro conhecidas estações. Assim,
durante o ano, o Sol, em sua trajetória, chega a uma máxima posição Norte, afastando-se do
Equador, para depois caminhar até a máxima posição Sul e retornar, a seguir, para o Norte num
infinito bailado.

1º Vig∴ Nossos ancestrais mantinham o maior interesse no conhecimento preciso das épocas em
que essas mudanças ocorriam, demarcando os ciclos em que a natureza evolui, contribuindo
com o seu progresso e rogando aos deuses proteção e fecundidade. Para marcarem as posições
máximas alcançadas pelo Sol, construíram dois pilares de pedra, cujas ruínas intrigam, até hoje,
as mentes aguçadas. Esses pilares representam, em síntese, as linhas imaginárias dos Trópicos.
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2º Vig∴ Os pilares nos pórticos dos templos, como as colunas “J∴ e B∴” de nossos templos
maçônicos, são reminiscências dos pilares de pedras da antigüidade, erigidos para demarcarem
os limites do campo dos nascimentos helíacos. Como nos ensinam nossas instruções
maçônicas, as colunas “J∴ e B∴“ são representações dos pontos máximos de afastamento do
Sol do Equador, conhecidos por pontos solsticiais.

1º Vig∴ Assim, quando o Sol atinge limite máximo ao Sul, tocando a linha imaginária do Trópico
de Capricórnio, ocorre no hemisfério Sul o Solstício de Verão. O termo Solstício se deve ao fato
de que o Sol, no seu afastamento máximo do Equador, parece nesse ponto estacionar, para em
seguida, retornar sua caminhada em direção ao Equador.

Ven∴M∴ AAm.’. IIr.’. Desde tempos, imemoráveis, nossos antepassados festejavam os solstícios.
Nos mistérios egípcios, o Sol era simbolizado por Osíris, como o Espírito do Universo e
Governador das Estrelas. Os egípcios cultuavam o Sol como sua divindade una e o
representavam sob várias formas, de acordo com suas fases, ou seja, a infância, no solstício de
Inverno; a adolescência, no Equinócio de Primavera; a maturidade, no Solstício de Verão; e a
velhice, no Equinócio de outono. Os romanos celebravam as festas solsticiais em honra ao Deus
Janus, o deus de dupla face. Esse costume foi mantido pelos cristãos, nas datas comemorativas
de São João Batista e São João Evangelista, sendo tomados por patronos das corporações
construtoras da Idade Média e que a Maçonaria Especulativa manteve como tradição.As festas
solsticiais eram celebradas pelos povos antigos, relacionando-as ao Simbolismo da Luz. Nos
solstícios estão assinalados os movimentos em que a luz solar alcança sua máxima plenitude ou
sua máxima decrepitude, Janus era a antiga divindade itálica relacionada à luz, em cujas mãos
estavam as chaves que abriam os mistérios iniciáticos. Etmologicamente, Janus provem do
termo Dianus, a divindade do dia ou da luz, e está relacionado ao termo “Janua”, ou seja,
“Porta”, de onde surgem também termos “Januarius” e “Janeiro”, o primeiro mês do ano ou a
porta de entrada do ano. Janus, como deus que presidia os começos e as iniciações, era
honrado todos os primeiros dias dos meses, como primeiro dia do ano. O Janus Biffrons é
também com freqüência representado com um rosto masculino e outro feminino, trazendo
uma coroa sobre a cabeça, segurando o homem um cetro e a mulher uma chave, símbolos do
rei e do controle das épocas. Há aqui uma identidade como o Cristo Universal, que leva o cetro
real a quem tem direito em nome de seu Pai Celeste, e de seus ancestrais neste mundo, e na
outra mão as chaves dos segredos eternos, a chave tingida pelo seu sangue, que abriu para a
humanidade perdida, a porta da vida. O Cetro é o símbolo do poder real ou temporal, enquanto
que a chave o é do poder sacerdotal, poderes centralizados pela figura misteriosa de
Melkitsedek da qual derivam todas linhagens especiais de seres, atestando as escrituras que
mesmo o Cristo era Sacerdote, segundo a Ordem de Melkisedek. A Chave é aquela que abre as
portas solsticiais, a Janua Coeli e a Janua Inferni, assim como as chaves que abrem os grandes e
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os pequenos mistérios iniciáticos. Janus, com suas duas faces, uma voltada para a esquerda e
outra para a direita, além de representarem a Tradição iniciática, simbolizam o passado e o
futuro. Relacionado ao tempo, em verdade encontramos entre o passado que não é mais, e o
futuro que ainda não é e o presente de ilusão, o verdadeiro rosto invisível de Janus. Sendo o
presente uma manifestação temporal imperceptível, o terceiro rosto somente aparece no
sentido de eternidade. Assim, Janus, como Senhor do tríplice tempo, é Aquele que É, assim
como o Cristo quando declara ser o alfa e o ômega, o principio e o fim, o Senhor da Eternidade.
Janus, como deus da iniciação, presidia a Collegia febrorum, os depositários das iniciações
ligados ao exercício dos ofícios, dos quais as corporações de construtores da Idade Média
herdaram o mesmo caráter, prestando aos dois São João à mesma dedicação que a Janus.

Ven∴M∴ Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignís.’.Orador, há na Maçonaria algum símbolo dos Dois São João?

Orador No simbolismo maçônico existem duas retas paralelas que tangenciam um circulo, que além de
outros significados, representam os dois São João, correspondendo aos pontos solsticiais e aos
ciclos ascendentes e descendentes do poder solar ao longo do ano.João, na etimologia hebraica
significa “A Graça Divina”, como também o homem iniciado ou iluminado. São João, além de
representar simbolicamente o iniciado na Luz da Verdade, representa a própria tradição
Esotérica da Corrente Espiritual em nosso mundo. Nossas instruções nos convidam a sermos
como João. As corporações de construtores adotando São João como patrono, geraram a
tradição da pergunta ritualística: “De onde Vindes?”, cuja resposta reflete a ligação essencial da
Maçonaria a mais Justa e Perfeita Loja de São João, a Grande Loja Branca. São João, o
Evangelista, que preside o Solstício de Verão, foi o “discípulo que Jesus amava, o filho do
trovão“, e o primeiro apóstolo a reconhecer em Jesus o Cristo Universal, bem como o último
apóstolo a falecer. Assim como João, o Batista, seu mestre; São João o Evangelista, foi um
precursor profético, legando-nos o monumental Apocalipse, a verdadeira doutrina esotérica em
seu evangelho, como verdadeiro Sol a iluminar nossos espíritos.

Ven∴M∴ Como vemos, meus AAm.’. IIir∴, as comemorações dos solstícios mantidas pela
maçonaria afirmam a unidade imperecedoura da Tradição Iniciática da Antiguidade, simbolizada
pela figura de São João, como pelo deus Janus. O Solstício de Verão nos proporciona o máximo
da Luz Solar. A Luz tem sempre sido considerada como o símbolo mais apropriado da Divindade
e, como tal, os sábios da antiguidade consideravam o Sol, como Seu aspecto físico e material.

Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignís.’. 1º Vig∴, o que significa para nós o Solstício de Verão?

1º Vig∴ Assim como no Solstício de Verão o Sol está em seu ponto mais alto, assim também
nosso espírito tem a oportunidade de alcançarem os céus acima das nuvens da ignorância,
neste período.

A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294


Ven∴ M∴ Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignís.’. 2º Vig∴, o que devemos fazer neste verão?

2º Vig∴ Assim como as sagradas sementes da Fraternidade que foram lançadas em nosso interior
na primavera se tornaram flores, neste verão deveremos nutri-las com o Fogo do Amor, para
que seus frutos sejam nosso sentido de vida quando tivermos deixado estes corpos mortais.

Ven∴ M∴ Assim sendo, meus AAm.’. IIir∴, ajudai-me a invocar o auxilio do G∴A∴D∴U∴ nesta
solene ocasião, a fim de rogarmos a devida proteção neste verão que se inicia.

(-0-) Descubramo-nos De Pé e a Ordem meus AAm.’.IIr.’. !

Louvado seja G∴A∴D∴U∴, Senhor da Suprema Luz, Doador do fogo Espiritual do Amor.
Abençoada seja a Luz do verão que brilha sobre nós no meio de nosso interior, e que não
produz sombras ilusórias que ofusquem nossos passos no progresso espiritual. Faz Senhor, que
todos tenhamos um tempo de iluminação, e que seja acolhido em nossos corações o calor do
verão, com o qual devemos viver uns com os outros. Assim como as flores exalam seu perfume,
sem perderem sua perfeição nem preferência, exalemos bondade e virtudes a todos que de nós
se aproximem, sem que o Fogo do Amor diminua em nossos corações.

(Pausa) – Cubramo-nos e Sentemos meus AAm.’.IIr.’. !

Como símbolo de nossa estima, oferecemos a todos estas flores, que simbolizam o Sol do Verão
para que levem para seus lares, como lareiras onde o fogo do Amor deverá ser cultuado neste
verão.

Am.’. Ir.’. (Nom.’. Hist.’.) Dignís.’.Mest.’. Ccer∴ procedei à distribuição das flores aos
presentes.

Mest.’. Ccer∴ circula ritualisticamente entregando as flores aos presentes.

(Música: “As 4 Estações de Vivaldi ”, no movimento correspondente ao verão).

Ven∴M∴ (Após a distribuição das flores para todos os presentes )

(-0-) Está encerrada a Cerimônia.

A.’.R.’.L.’.S.’. URIM & TUMIM - 4294

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