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"NORMAS _ RITUALÍSTICA.

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4 "NORMAS-RITUALISTICA - ESTRUTURA"

Copyright © 2011 Willian Felicio da Mota

Capa:
Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Bianca Oliveira Mota
O Aceitos, é uma Instituição Maçônica com sis-
temas de cerimoniais iniciaticas e ensinamentos maçôni- Diagramação e Revisão:
cos de caráter universal. Willian Felicio da Mota
Acata os Landmarques e os demais pnncípios tra-
dicionais da Maçonaria, atendendo a todos os requisitos Terceira Edição:
da OrtodoxIa Maçônica. 2011
A base do Rito é a Maçonaria Simbólica de São
João, sob a jurisdição do Grande Oriente do Brasil.
É um Rito Teísta, pois afirma a existência de um Impressão:
Deus Criador, proclama a glória do Supremo Arquiteto do Gráfica e Editora Pontual ltda
Universo, e a crença na imortalidade da alma.
São obrigadas nas Lojas Simbólicas do Rito, a pre-
sença das três Luzes da Maçonaria: o Livro da Lei, o Es- Mota, Willian Felicio da
quadro e o:Compasso. RITO BRASILEIRO
O Rito Brasileiro é uma Instituição Regular, Legal e
Legitima, preserva a universalidade maçônica, adota o ti- DE MAÇONS ANTIGOS, LIVRES E ACEITOS
tulo distintivo de Maçonaria Renovada, sob cuja designa- "NORMAS - RITUALlSTICA - ESTRUTURA"
ção pode ser implantada em qualquer pais. 283 paginas
É uma instituição essencialmente iniciatica, filosófi-
ca, filantrópica e progressista, assentada na Tradição e na
Evolução.
O incentivo e a prática do Civismo constituem-se . É expressamente proibido copiar ou editar
em um dos altos objetivos do Rito Brasileiro. esse Livro sem a autorização do Autor
Concilia a Tradição com a Evolução, o Maçom não
deve ser apenas contemplativo (Tradicional), mais tam-
Direitos Autorais reservado ao Autor
bém militante (Evolutista).
O Soberano Supremo Conclave do Brasil para o Ri- Willian Felicio da Mota
to Brasileiro é a Grande Oficina Chefe do Rito, é o Guar- Rua São Remo, 243 - Jardim Vilas Boas
dião da Doutrina e dos Arcanos do Rito Brasileiro. Telefone: Res. (67) 3341-4840 - Com. (67) 3341-4348
*
ritobrasileiroms@gmail.com ,-
O Autor Campo Grande - MS
"NORMAS - RITUALÍSTICA . ESTRUTURA" 7 6 "NORMAS - RITUALÍSTICA . ESTRUTURA"

uando editei a primeira e a segunda Edição


Q deste Livro, disse que havia pouca Literatura
sobre o Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Acei-
tos, especialmente sobre Ritualística e, quando um Irmão
procurava algum assunto sobre o Rito Brasileiro, dificil-
mente esse Irmão teria sucesso, hoje passados quase 10
anos a situação é a mesma.
Informo aos Irmãos, que não sou Escritor, uso nes-
te Livro, uma linguagem coloquial de fácil compreensão.
Escr.ever um Livro não é uma tarefa fácil, princi-
palmente se for sobre o Rito Brasileiro, as informações e
literaturas sobre o Rito são poucas.
Na segunda edição (em 2002) foram acrescenta-
I
I
das 30 paginas e nesta terceira edição, foram acrescidas
mais de 200 paginas, com novos assuntos, revisões e a-
tualizações dos assuntos existentes.
Para escrever esta terceira edição, venho ajuntan-
do há vários anos, informações e sugestões de Irmãos
sobre o Rito Brasileiro e, a formatação deste Livro, foi i-
gual à montagem de um quebra cabeça, devido essas in-
formações serem em forma de fragmentos (peças).
Os temas contidos nesse Livro poderão ser usados
como Instrução pelas Lojas ou pelos Irmãos no Ato:
"Tempo de Instrução".
Este Livro foi formulado através de pesquisas reali-
zadas em:
- Documentos do Rito Brasileiro.
_Rituais dos Graus Simbólicos e Filosóficos do Rito
Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos. ...,
- Rituais Especiais Editados pelo GOB.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" l)
8 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
_ Insígnias e Jóias das Dignidades, Oficiais e
Irmãos. - Jornais: "O Semeador", editado pelo Soberano
- Traje do Rito. Supremo Conclave do Brasil para o Rito
- Festas Maçônicas. Brasileiro.
- Sessões Maçônicas no Rito Brasileiro. - Livros Editados sobre o Rito Brasileiro.
- Abreviaturas. - Regimento Geral da Federação do Grande
- Calendários Maçônicos. Oriente do Brasil.
- Datas Comemorativas do Rito Brasileiro. - Constituição do Grande Oriente do Brasil.
- Dia Nacional do GOB. - Constituição do Soberano Supremo Conclave do
- Dià" Nacional e Internacional do Maçom. Brasil para o Rito Brasileiro, edições: 1976 e
- Instrumentos de Trabalho do Rito. 2001.
- Co? Adotada pelo Rito. - Sites maçônicos.
- Gravata Bôrdo do Rito Brasileiro.
Este Livro foi elaborado, com o intuito de apresen-
- Prédio Maçônico do Rito.
tar aos Irmãos, os mais variados assuntos sobre o Rito
_ Disposição e Decoração do Templo do Rito.
Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos, não na in-
Ritualística do Rito tenção de esgotar todos esses assuntos, mas, que pu-
desse conter a maior quantidade de Informações possível.
- Cerimônia das Luzes. Não é um Livro doutrinário.
- Transmissão da Palavra Sagrada e Formação Os assuntos contidos neste Livro estão editados
d6 Pálio. em dois volumes: o primeiro, "Normas e Ritualísticas do
- Luzes nos Altares e Mesas. Rito Brasileiro", no segundo, "Estrutura Doutrinaria e Ad-
- Saudação as Luzes da Loja. ministrativa do Rito Brasileiro", os assuntos são:
- Entrada ao Templo de Irmão Visitante
Normas do Rito
Desconhecido.
- Cirtulação em Loja. - 43 Anos de Rito Brasileiro.
_Anúncio às Colunas, Circulação e Uso da Palavra. - Consulta sobre Litúrgia e Ritualística no Rito
- Exáme do Grau para Elevação e Exaltação. Brasileiro.
- Entrada de Irmãos Após o Início da Sessão. - Novo Ritual de Aprendiz.
- Salda de Irmão Antes do Término da Sessão.
- Como deve Agir um Venerável Mestre do Rito
- Procedimento do Culto ao Pavilhão Nacional. Brasileiro.
- prcltocolo de Recepção a Autoridades e Lojas. - Sessão Maçônica.
- Tríplice e Fraternal Abraço. - Cadeia de União.
"
- Distribuição de Flores. - Funções das Dignidades.
- Cerimonial de Serviço Fúnebre Público Maçônico. - Funções dos Oficiais.
- Processo de Admissão de Candidato à Loja. - Funções das Comissões.
- Mestres Instalados.
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"NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA" 11 10


"NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA"
- Tratado de Rerratificação de Reconhecimento, Ritualística Sessão Ordinária
Amizade e Aliança Maçônica do GOB com o Rito
Brasileiro. - Preparação do Templo.
- Tratado de Amizade e Aliança Maçônica com o - Ingresso no Templo.
Rito Adonhiramita. - Abertura dos Trabalhos.
I
- Tratado de Amizade e Aliança Maçônica com o - Leitura e Aprovação de Balaustre.
Rito Moderno. - Expediente.
- Tratado de Amizade e Aliança Maçônica com o - Saco de Propostas e Informações.
Rito de York. - Ordem do Dia.
- Tratado de Amizade e Aliança Maçônica com o - Entrada de Visitantes.
Rito Escocês. - Escrutínio Secreto.
- Relacionamento do Rito Brasileiro com os Ritos - Tempo de Instrução.
Maçônicos. - Tronco de Beneficência.
- Supremo Conclave Autônomo do Rito Brasileiro. - Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quadro.
- Brasão do Conclave Autônomo do Rito Brasileiro. - Encerramento.
- Filiação nos Corpos Filosóficos do Rito Brasileiro. - Saída do Templo.
- Diplomas, Medalhas e Títulos Honoríficos do Rito - Suspensão dos Trabalhos para Recreação e
BPasileiro. Reabertura dos Trabalhos.
- Brasão da Delegacia Litúrgica de Mato Grosso do
Sul. Estrutura do Rito
- Brasão do Rito Brasileiro.
- Estandarte do Rito Brasileiro. - Por q~e foi Reimplantado o Rito Brasileiro.
- Preceitos do Rito Brasileiro.
- Paramentos dos Graus Filosóficos do Rito
- Regularidade de Rito.
Brasileiro.
- Teísmo no Rito Brasileiro. - Reconhecimento do Rito.
- Hierarquia de Graus.
- Pequeno Dicionário.
- Os Ideais de Álvaro Palmeira foram Concretiza- " Tradição e Evolução.
dos., - Estrutura Doutrinaria.
- Estrutura Administrativa.
As informações contidas neste livro estão inteira- - Historia do Rito.
mente de acordo com o Ritual de Aprendiz do Rito Brasi- - Ijistoria do Rito em Mato Grosso do Sul.
leiro, que foi revisado e atualizado pelo Soberano Supre- - Alvaro Palmeira.
mo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro e de acordo - O ~ito Brasileiro e seus tratados de Amizades e
com a Constituição e RGF editados pelo Grande Oriente Alianças.
do Brasil (2008 e 2009). - Tratado de Amizade e Aliança Maçônica do GOB
Desejo boa leitura e principalmente, um bom ma- com o Rito Brasileiro.
nuseio deste Livro.
"NORMAS - RITlJALÍSTICA - ESTRUTURA" n
12 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRlJTlJRA"

E mbora conheça e estime o Eminente irmão Wil-


llan Felício da Mota, achei um tanto temerário o
seu convite, que muito me honra, para prefaciar a 3a edi-
ção do seu livro sobre o Rito Brasileiro, espero que o
mesmo não sofra constrangimento por parte daqueles un-
gidos pelo divino toque taumatúrgico da pseuda regulari-
dade.
Como o próprio autor observa, existe pouca biblio-
grafia sobre o Rito Brasileiro, portanto, este livro vem pre-
encher esta lacuna, por ser o tratado mais completo exis-
tente até o momento, aborda todas as fases: fundações e
reimplantações, preceitos e regras, até sua solidificação a
partir da década de sessenta (século XX) por maçons, a-
legadamente, compromissados com a tradição, mas, cio-
sos da necessidade de se evoluir, quando a maioria prefe-
re parar o. tempo, no início do século XVIII, período de
transição entre a manufatura e a revolução industrial,
quando a maçonaria foi instituída.
Este livro, como todo assunto maçônico, escrito ou
falado, coloca como princípio fundamental à trilogia Liber-
dade, Igualdade, Fraternidade, mas, num meio onde um
grande número de adeptos têm na xenofobia a maior vir-
tude, será que temos consciência desse tríplice compro-
misso ou isto é apenas falácia, um decepcionante fanlans-
tério?
Será que tendo eu, plena convicção dessas pala-
vras que teve o Jornalista Momoro como autor (1792),
chamaria alguém de espúrio ou recomendaria persegui-
ção e desprezo a quem busca outros caminhos? É frus-
trante imaginar Liberdade imposta, igualdade por coni-
"NORMAS - RITUALÍSTICA . ESTRUTURA" 15 14 "NORMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA"

vência, fraternidade apenas, aos que comungam dos nos-


sos pré-conceitos!
Os Landmarques, tão cantados e decantados, (sem
simples análise), sobretudo, os de Mackey foram inventa-
Soberano Irmão Álvaro Palmeira dos na década de cinqüenta (século XIX) pouco antes da
guerra civil americana (secessão), os dois amigos insepa-
ráveis - os dois monstros sagrados dos maçons - Albert

O .que se prescrevia para a Maçonaria em 1723,


há mais de dois séculos e meio, obviamente
Pike e Albert Gallatin Mackey, como escravocrata e racis-
tas convictos que eram, lutaram pelo Sul, um como gene-
deve ser reconsiderado para os dias de hoje. ral combatente e o outro como oficial médico.
A Maçonaria era aquela época uma instituição a· Nada que diz respeito ao Rito Brasileiro ficou sem
penas fratemista: esclarecimento pelo autor, Eminente irmão Willian Felício
"... Deste modo a Maçonaria se convertera em um da Mota, que escreveu de maneira tão sucinta que nos
centro de união e é o meio de se estabelecer relações a- passa a sensação de quero mais, quero mais, quero mais,
mistosas ehtre pessoas - que, fora dela, teriam permane- mesmo saciada a sede continuamos querendo beber da
cido separadas - ou não se conheceriam" ("Livro das inesgotável fonte.
Constituições", de Anderson, promulgada pela Grande Lo- Além de outras disposições de muita seriedade,
ja de Londres, 1723, Old Charges, capo I). e nos deparamos com os princípios doutrinários do Rito
"...Sobretudo deve-se evitar discuções sobre religi- Brasileiro: Discrição - Lealdade - Franqueza - Verdade -
ão e política, e sobre nacionalidade" (idem capo VI - da Coragem - Justiça - Tolerância - Prudência -
Conduta o Irmão em Loja). Temperança - Probidade - Perseverança, e, ai imagino
que bom seria se eu e os outros reuníssemos todas essas
Em suma: há mais de 250 anos, na Loja se pratica-
qualidades, que só assim nos possibilitaria, de verdade: "a
va total nelJtralismo em assuntos políticos, religiosos e de
Paz, a Harmonia e a Concórdia" - Discrição, não dissimu-
. nacionalidãde. Essa abstenção, imposta pelas condições
lação - Lealdade, não cumplicidade - Franqueza, não
próprias da época, conduzia diretamente ao abandono de
grosseria - Verdade, não ferinidade - Coragem, não in-
qualquer irtteresse cultural ou cívico. E os Rituais, dessa
conseqüência - Justiça, não crueldade - Tolerância, não
época, para serem disciplinadamente autentico, teriam de
conivência - Prudência,não covardia - Temperança, não
espelhar e difundir como único objetivo da Ordem apenas
o soudansmo, e nada mais, traduzido no viver dos Irmãos indolência - Probidade, não obtusidade - Perseverança,
não masoquismo.
em boa camaradagem.
Assim tem a Ordem permanecida estática em mui-
tos Orientes, sobretudo no mundo Anglo-Germânico. Antonio Fernandes Teixeira P.'. G.'. M.'. XXXIII
Hoje, porem, as Lojas Maçônicas adquirirão carac-
terísticas tridimensionais: alem de grêmio de fraternidade,
é centro de cultura e escola de civismo.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRlJTURA" 17
16 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
Maçonaria, para que ela possa responder às exigências
da época, em que vive. Há, por isso, que vencer a Rotina e reformular os
Ainda mais recentemente, o Irmão Doyne Inman, Rituais, expungindo-se-Ihes as omissões e também os er-
Grão Mestre da Grande Loja de Wisconsin (EUA) acentu- ros, incongruências e velharias, acumuladas através do
ou que: tempo.
- "O. patriotismo é uma qualificação essencial da
Franco Maçonaria" e esta "o suporte da autoridade legal e A RENOVAÇÃO MAÇÔNICA FOI
dos altos ideais sobre os quais a Nação foi fundada" (na SUSCITADA NO EXTERIOR
revista "Haponeh-Hahofsch" órgão oficial da: Grande Loja
de Israel, novembro de 1967).
Mesmo nos Estados Unidos da America, onde a
Nessa mesma revista o conceito de Evolução, sem Maçonaria é arraigada, como na Grã Bretanha, ao tradi-
ferir a ortodoxia é reconhecido pela Grande Loja de Israel, cionalismo, houve vozes reclamando a atualização da Or-
quando afirma "temos sido duramente reclamados para dem. Sentem o cheiro de alfazema em renda velha , mas
um aumen-to de nossas atividades cívicas, numa forma querem viver o presente. Todavia não venceram ainda a
digna paraurna Ordem, que tem os objetivos e o futuro da barreira da rotina.
Franco Maçonaria" (editorial da mesma revista). Vejamos três exemplos promissores:
Todavia, é no mundo latino que de há muito a ne- Em 1921, o Irmão Percy Kelet, Grão Mestre da
cessidade da renovação maçônica é proclamada. Os tes- Grande Loja de Minitoba, exortava, em termos veemen-
temunhos são numerosos, tanto na Europa como na Ame- tes, o mundo maçônico a sair do imobilismo. Dizia ele:
rica. "O objetivo maçônico não é suscetível a ser atingi-
Basta-nos citar na Europa a França. São palavras do somente pelo cumprimento rigoroso das cerimônias do
de Alexandre Chevalier, Grão Mestre do Grande Oriente RituaL Nossa verdade e nossa moral devem encontrar
da França, em "Centre de Documentation", janeiro- uma aplicação pratica nos trabalhos de elevação da soci-
fevereiro de 1966: edade humana. Não podemos desprezar as grandes cor-
"O Maçom vive com o seu século, constrói para o rentes de pensamento e ação, que nos rodeiam. Nossa
seu século-e ele não deve perder jamais de vista os Prin- confraternidade tem por obrigação produzir frutos. Se aos
cípios Fundamentais, que são a razão de ser da Ordem, olhos da humanidade, a Maçonaria não se afirmar, na
ele sabe, contudo que a aplicação desses Princípios à re- realidade, como um poder construtivo, há de ir, fatalmen-
alidade varia com o contexto histórico da época, e que os te, caindo no desapreço e no esquecimento, que tem ex-
tempos novos exigem atitudes novas". tinguido tantas outras instituições. Estamos na véspera do
dia em que as instituições como a nossa, ou terão de de-
Ainda na França, a Grande Loja Simbólica de sempenhar um grande papel, ou desaparecerão".
França (note-se a Grande Loja), em sua "Declaração de
Princípios";"impõem aos Maçons o dever de ajudar o de- Mais recentemente, em um inquérito realizado en-
senvolviménto progressivo da humanidade, pelo estudo tre 1500 maçons da maior evidência, 74% responderam
teórico de todos os grandes problemas sociais e morais". afirmativamente à necessidade de uma reformulação da
NORMAS - RITUALÍSTICA ~ESTRUTURA" 19
18 "NORMAS - RITUALÍSTICA ~ESTRUTURA"
o Grande Oriente do Brasil sempre inobservou o
neutralismo de Anderson: a Independência, a Revolução Na America latina são numerosas as manifesta-
de 1824, a Abdicação do Imperador, a Republica de Pira- ções em prol da Renovação, mesmo ousadas, como os
tinim a firmeza do Brasil na Questão Christie, a Questão "Princípios Gerais para a Estruturação da Maçonaria Uni-
dos Bispos, a Libertação dos Escravos, a Proclamação da versal", de 1947, no Uruguai, aprovados por unanimidade
Republica, a Constituição de 1891, a separação da Igreja pelas 51 Potencias Maçônicas presentes, preconizando a
e do Estado, a unidade do Direito Processual, a Implanta- intervenção da Ordem na vida publica, sem dependência
ção da Jusliça do Trabalho, a Assistência Social, o Voto de qualquer partido político, porque "é dever da Ordem
Secreto, o Divorcio ... tudo isso (e muito mais) recebeu da assegurar a paz, a justiça e a fraternidade entre os ho-
ação Maçônica um precioso auxilio, e por vezes decisório. mens, sem diferenciação ,de raça ou nacionalidade", e a
Ainda: Congressos Maçônicos, Seminários, Mensagens, "Proclamação da Confederação Interamericana da Maço-
Manifestos, Inquéritos, e Convenções (sobretudo o Inqué- naria Simbólica", do México, 1954, ratificando, com ênfa-
rito Nacional sobre a conjuntura brasileira de 1963 e a se, a Declaração de Montevidéu.
Grande convenção de 1965) foram veementes manifesta-
ções de inconformismo do Grande Oriente do Brasil com A RENOVAÇÃO MAÇÔNICA NO BRASIL
o marasmo do tradicionalismo maçônico.
No Brasil a Renovação Maçônica vem de longe. De
A REIIVÍPLANTAÇÃO DO RITO BRASILEIRO há muito, em vários Orientes, Irmãos nossos salientaram
a necessidade da atualização da Ordem, sem prejuízo do
Permitam-me os Irmãos que, a seguir, faça algu- resguardo de seus fundamentos essências. Isso ocorria,
mas reterencías, pedindo-lhes escusas, por serem quase não só no Grande Oriente do Brasil como nas Potências
todas de natureza pessoal. E que em minha longa vida Brasileiras.
maçônica fui veiculo, muitas vezes, da coercitiva imposi- É o imperativo da "vocação nacional".
ção histórica da Renovação. _ Efetivamente. Foram exclusivamente às atividades
Em 1953, há mais de 25 anos, no Teatro Joao Cae- cívicas e de alto significado político-social, desde a Inde-
tano, quando da posse publica do Almirante Benjamin pendência em 1822 até hoje (exercidas a deslado dos cá-
Sodré, como Grão Mestre Geral do Grande Oriente do nones neutralistas), que deram o brilho, a honra e a gran-
Brasil, fui o autor de uma Proclamação Pró-Unificação deza do Grande Oriente do Brasil, com o aplauso da Na-
Maçônica produzida em nome do Grande Oriente Unido e ção Soberana.
de seu Grão Mestre o Irmão Leonel Jose Soares, e bela- Mesmo antes da Independência, a consciência dos
mente secundada pelo Irmão Euclides de Figueiredo Maços do Brasil os conduzia inelutavelmente ao supremo
Sampaio, Grão Mestre da Grande Loja do Rio de Janeiro trabalho em prol da Liberdade e da Justiça Social, às cus-
lembrar os itens VI e VII da Proclamação: tas, muitas vezes do sacrifício máximo, como Tiradentes e
VI - "A Ordem Maçônica no Brasil, ora dividida e os Republicanos de Pernambuco em 1817, o que ocorreu
enfraquecida, precisa unir-se, como outrora, para influir, também gloriosamente em outras terras latinas, tanto na
Europa como na América.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 21 20 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"

um lado o vertiginoso progresso material: projeteis tele- como lhe cabe, na solução dos problemas nacionais e
guiados, aviões supersônicos, celebro eletrônico, energia humanos da hora presente";
atômica; de outro lado, o mais violento desnível econômi- VII - "A unidade da Ordem no Brasil será saudada
co e a mais vergonhosa descensão de valores e virtudes como o alvorecer de seu renascimento, fortuna e gloria".
morais, estabelecendo-se por toda parte o primado anti-
maçônico da matéria sobre o espírito. Temos que intervir, Quando comuniquei, como Grão Mestre do Grande
para sobreviver". Oriente Unido, em novembro de 1956, ao Grão Mestre do
Em agosto de 1961, na renovação do mandato do G,rande Oriente do Brasil Irmão Cyro Werneck de Sousa e
Silva, que retornávamos ao Lavradio e o Grande Oriente
Irmão Aurélio, em São Paulo, ponderava:
Unido se unificava com a Veneranda Potencia levando-
"Assumistes Irmão Aurélio, o supremo Malhete Es- lhe 51 Lojas, dizia em Manifesto: '
tadual numa época difícil para a Instituição. Porque a Ma-
. "Cremos, firmemente, que, em pouco, a Maçonaria,
çonaria não pode mais permanecer estática e inerte, à
selecionada ~o recrutamento de seus aprendizes, depu-
margem do grande rio da vida. Ela há que operar uma re-
rada dos eqoístas e fariseus, renovada em seus métodos
formulação, larga e profunda, em sua atividade, mantendo
e objetivos, unida na solidariedade de seus Irmãos vivifi-
a imanência substantiva de sua doutrina, mais atualizado
cada no exemplário de sua Doutrina, há de reconstituir-se
o que é nela adjetivo e contingente".
no Brasil e no ~undo em magnífica força operativa, pre-
"NãO renovemos a Maçonaria pelo temor, mas não
s~nte nas_soluçoes dos problemas da Pátria e da Huma-
tenhamos temor de renová-Ia. Se o não fizermos, a Ma-
~Idade, nao falt.a~?o à sua destinação suprema, nesta
çonaria será superada pela fase tumultuaria deste ciclo epoca de uma CIVIlizaçãoem mudança. Todos fomos lan-
histórico em que vivemos". çados na historia da vida, e nela devemos intervir".
Em [unho de 1962, o imperativo da Renovação,
_ Em agost? de 1960, em alocução que foi lida pelo
que crescia no Brasil, impôs-se com força e vigor entre os
Ir~ao M~~cyr Dinamarco, em São Paulo, na posse do Ir-
. Irmãos paranaenses. O Irmão Otavio Blatter Pinho apre-
mao Aurelio de Souza, como Grão Mestre Estadual, aler-
sentou ao Congresso de Maringá a tese "Atualização e tava:
Reforma de Base da Maçonaria", aprovada por unanimi-
dade:
, "A fase== que atravessam o Brasil e o mundo,
eXige da Maçonaria uma atuação social, externa de sumo
"Que fazer então? Evoluir, conceitualmente, dessa
vigor. Não coletivamente, como Instituição, ma~ individu-
já aveihantada fase Especulativa. Em ouras palavras; a-
a~mente os Obreiros, como células fecundantes no orga-
cordar a Maçonaria. Que ela saia dessa posição cômoda
nismo da comunidade".
e quase inútil de instituição Espéculo-Estática e adquira
"Jamais nenhuma geração de maçons ·teve sobre
uma posição Normo-Dinâmica. Essa sim, a única solução
seus ombros responsabilidade maior do que á' atual. Te-
de base para o estiolamento da Ordem. Que deixe ela
m_osque manter a Tradição, mas sem prejuízo da Evolu-
como fase passada o investigar as causas como foram e
ç~o. Temos que rever as nossas obrigações e as nossas
entre no futuro, fixando as cousas como devem ser",
a~ltudes, à vista da época espantosa em que vivemos, as-
sinalada pela tremenda contradição contemporânea. De
"NORMAS - RITUALÍSTICA ~ESTRUTURA" 23

toda a parte cabe à Maçonaria o papel de dirigir, reger e 22 "NORMAS - RITUALÍSTICA ~ESTRUTURA"
comandar".
Em dezembro de 1963, em meio a uma grande cri-
Em maio de 1967, na 20° aula do Seminário, conci- se político-institucional em nossa pátria, lancei, como
tava, mais uma vez, à renovação da Ordem. Exortei os Grão Mestre Geral, na "Mensagem aos Obreiros da Juris-
Irmãos a que deveríamos ver a Maçonaria da mesma alti- dição", um rumo e um apelo:
tude em que se colocara o Papa Paulo VI, quando se re- "Só há uma forma de vencer a crise e dominá-Ia: é
fe~iu ao Cristianismo: "...é como um arvore sempre em a ~n~ficação dos esforços, dispares, mas sinergéticos, sob
primavera, com novas flores e frutos, uma fonte inexaurí- a ,eglde. do Grande Oriente, restabelecendo-se o indispen-
vel de vitaüdace e beleza". E acrescentei: savel dialogo democrático entre as classes interessadas
"O lema do Grande Oriente do Brasil (Novae Sed proscrito qualquer recurso à força e à subversão. Mudar:
Antiquae) impõe se concilie a Tradição com a Evolução. A para melhorar, dentro da lei".
Tradi9ã? diz _respeito à Doutrina, enquanto a Evolução "No Brasil só o Grande Oriente, que é a maior Insti-
constituí a açao da Ordem no seio da comunidade. A Tra- tuição Civil do País, com um século e meio de gloriosas
dição está contida nos Landmarques na Iniciação, no Ce- tradições, pode ser o homocentro natural da Evolução,
rimonial, na Liturgia e nos Símbolos, - o que constitui um posto na vanguarda do momento histórico, confluindo pa-
deposito intocável. Mas a Maçonaria não pode ser hieráti- ra .ele t?dos quantos desejam um Brasil próspero, liberto e
ca, estática ou paralisada. A Maçonaria apenas contem- feliz. Ja Anderson, em 1723, em Londres, antecipava ser
plativa seria uma superfetação ou uma superfluidade: não a Maçonaria, "um centro de União".
caberia normalmente no espírito do século. Ela há de ser "Na atual conjuntura, o Grande Oriente exige de
também militante e dinâmica". seus membros uma fidelidade ativa aos ideais da Institui-
ção".
Tudo isso, porém, que foi dito acima, todo o empe-
nho de fazer a Maçonaria o sujeito e não o objeto da His- Em setembro de 1964, no Seminário de Estudos
~oria, .toda a ânsia de crescer e de subir, toda a porfia em Maçônicos, na 9° aula, disse aos Irmãos:
Intervir no momento que passa, em prol dos interesses "Temos que manter na Maçonaria o que é tradicio-
nacionais é humanos, - tudo isso só podia caber com au- nal e imutável, isto é, aquilo que constitui a parte substan-
tenticidade, num Rito que, mantendo a substancia vene- tiva e estática, é o resguardo dos valores imperecíveis.
randa da Doutrina, impusesse a formação da Cultura ao Mas não podemos ser misoneistas: conservadores sim
lado da prática do Civismo em suas Lojas de Irmãos, para mesmo ortodoxos, daquilo que configura a essên~ia d~
que uma crescente dignificação da vida pública e social, In~tit~ição. ~ I~be.rais, amplamente liberais, em sua parte
em cada Pátria. adjetiva e dinámlca, para que a Instituição nunca perca
Por Isso, em 1968, em março, foi Reimplantado o s~a destinação de órgão propulsor do progresso social:
Rito Brasileiro, para servir a esses nobres ideais. nisso estamos fieis ao espírito da latinidade. Em verdade
a genuína ação maçônica deve transcender os limites do
espaço e do tempo e se estender a toda Historia".
"~a.çonaria pU,ramente estática é Maçonaria ampu-
tada. Direi melhor: e Maçonaria decapitada. Porque em
"NORMAS - RITUALÍSTICA "ESTRUTURA" 25 24 "NORMAS - RITUALÍSTICA" ESTRUTURA"
- O estudo de todos os grandes problemas nacio-
nais e internacionais com implicação no futuro da Pátria e

=
da H~m~nidade, tendo como referências: a prevalência
direitos humanos; a autodeterminação dos povos; a
Igualdade dos Estados; a Justiça na distribuição dos fato-
res de produção e das riquezas; a solidariedade humana'
a ausência de preconceitos em qualquer modalidade; o Rito Brasileiro de Maçons Antigos Livres e
Estado de direito democrático.
- O respeito à Natureza, é decorrente da convicção
O Aceitos é uma Instituição Maçônica com siste-
ma de cerimoniais iniciaticos e ensinamentos maçônicos
de que, para preservar o Mistério da Vida, o homem deve de caráter universal.
promover medidas capazes de manter a harmonia ambi- Acata os Landmarques e os demais princípios tra-
entaI.
dicionais da Maçonaria, atendendo a todos os requisitos
. - Se~no teu caminho topares com alguém, por de-
da Ortodoxia Maçônica.
mais cansado e sofrido para te dar um sorriso, dá-lhe o A base do Rito é a Maçonaria Simbólica de São
seu. João, sob a jurisdição do Grande Oriente do Brasil.
- O valor e a dignidade do homem crescem à medi- É um Rito Teísta, pois afirma a existência de um
da que se torna mais profunda sua vida moral e espiritual.
Deus Criador, proclama a glória do Supremo Arquiteto do
- A consciência do bem comum universal existe no
Universo, e a crença na imortalidade da Alma.
Maçom, que possuir apuro moral; base cultural e forma-
São obrigadas nas Lojas Simbólicas do Rito, a pre-
ção cívica. :=
sença das três Luzes da Maçonaria: o Livro da Lei, o Es-
- Eram os que afirmam haja a Maçonaria encerrada
quadro e o Compasso.
a sua missão histórica. Verdade seria, sim, se ela não re-
O Rito Brasileiro é uma Instituição Regular, Legal e
novasse para realizar o aprimoramento humano, que é
Legitima, preserva a universalidade maçônica, adota o ti-
eterno.
tulo distintivo de Maçonaria Renovada, sob cuja designa-
- Lib.ertemo-nos do egoísmo. Impeçamos o livre
ção pode ser implantada em qualquer pais.
curso da vlolêncla e da rapina, que geram as dissensões
E uma instituição essencialmente iniciatica, filosófi-
entre os hO.!TIense as guerras entre as Nações.
ca, filantrópica e progressista, assentada na Tradição e na
- Quando a consciência se fecha sobre si mesma
Evolução.
ela ,se resseca e fica desabrida e atormentada. Quando:
O incentivo e a prática do Civismo constituem-se
porem, se abre ao amor, liberta-se das cadeias interiores
em um dos altos objetivos do Rito Brasileiro.
e desabrocha fecundante.
No Rito não é aceitável a intervenção maçônica na
- O símbolo do amor humano não deve ser o cora-
competição dos partidos políticos, no proselitismo e ideo-
ção atravessado por uma flecha, mas o coração encimado
logias sectárias.
por uma cruz.
São vários os Preceitos do Rito Brasileiro, abaixo
_ - O progresso é uma síntese da Tradição e Reno-
serão enumerados alguns deles:
vaçao. O Rito Brasileiro assim o compreende e constitui,
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 27 26 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
pensar em Maçonaria parada no seio da História, um por isso a adoção de uma estrutura nova para a nossa
quisto á margem do tempo. Ordem.
- O Rito Brasileiro sustenta que nenhum homem é - Dedica-se o Rito Brasileiro no aperfeiçoamento
tão superior que possa ficar acima da Lei, nem tão inferior dos maçons, concilia a Tradição com a Evolução, para
que não goze de sua proteção. que, assim, a Maçonaria não se torne uma força esgota-
- A Maçonaria tem uma signa: caminhar. É uma da.
instituição ,:'em route", peregrina, porque é formada de - O Rito Brasileiro especializa-se no cultivo da Dou-
homens e o ser humano é o "homo viator". Não terá nun- trina, Filosofia, Litúrgia, Simbologia, História e Legislação
ca o direito de parar. Em cada Pais, onde nasceu ou em Maçônicas e estuda todos os grandes problemas nacio-
que vive, o·Maçom tem o dever fundamental de contribuir nais e universais com implicações ou conseqüências no
para o Bem Público, porque se a Maçonaria não tem Pá- futuro da Pátria e da Humanidade.
tria, os Maçons a têm. - Realiza a indispensável cultura doutrinário-
- O Rito Brasileiro dá ao Maçom o necessário ca- maçônica e também a cultura político-social dos Obreiros.
bedal (principal) de conhecimento para torná-lo um ele- - Impõem a prática do Civismo em cada Pátria,
mento atuante e construtivo no meio social, em que vive: porque a Maçonaria é supranacional, mas não pode ser
cultura soelal e política. desnacionalizante.
- As instituições magistrais, como a Maçonaria, lu- - O Maçom vive para o seu século e constrói para o
tam num campo difícil, que é o comportamento moral e seu século, isso porque, sem perder jamais de vista os
cívico do Cidadão. O homem sabe que não pode violar Princípios Fundamentais, que configuram a perenidade da
impunemente as Leis da Física, mas entende que pode Ordem, o Maçom sabe que esses Princípios se devem a-
transgredir os Códigos do Direito. Ninguém, normal de justar à realidade e ao contexto histórico de cada época.
espírito, se atreve a pôr a mão em água fervente ou a - A Humanidade precisa da Maçonaria para que o
precipitar-se ao solo do alto de um edifício, porque sabe Bem prevaleça, porque só há bem sobre o suporte da
os resultados funestos e imediatos, que adviriam, mas há Fraternidade. Em cada época se articula o mundo de a-
muitos que enganam, furtam, roubam e assassinam por- manhã. Procuremos todos contribuir para que o terceiro
que esperam fazê-lo sem a punição social ou dela esca- milênio se alicerce, efetivamente na Liberdade, na Paz e
par. Há por,isso, que se dar à Ética uma condição de exis- na Justiça.
tência reat'como a Física, com acatamento compulsório. - O humanismo maçônico confere ao Iniciado o pri-
- Nó aprimoramento da formação cívica de seus vilegio de compreender o século, em que vive, e nele agir
Irmãos, isto é, na formação para a cidadania, o Rito Brasi- em prol do supremo ideal da fraternidade humana.
leiro, proclama, de inicio, que a Maçonaria, em sua ação - A Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica já ad-
esotérica MO esta nem à direita nem à esquerda da polí- mitiu o imperativo da Evolução e, segundo um de seus
tica profaná de nenhum País, nem ao centro. Esses de- pontífices, "Caminha de fato, juntamente com a Humani-
signativos de centro, direita e esquerda são relativamente dade e compartilha a sua sorte no seio da História". Di-
recentes e a Maçonaria é milenária: tem a sua própria ori- zemos nós: Também a Maçonaria. Só os ignavos podem
entação, que se veio formando ao longo dos séculos.
28 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 29

responsável pelo bem comum de todos os povos. Esse - A Maçonaria não é partido político nem sai à rua
evento, entretanto, não suprimiria as Pátrias. De fato, as como instituição, de bandeiras desfraldadas, pugnando
fronteiras físicas poderão, talvez, um dia serem elimina- por seus objetivos. Ela pode, sim emitir de Público sua o-
das, jamais, porém, as raias culturais, morais e espirituais pinião sobre problemas nacionais e humanos, pelo seu
dos vários grupos humanos. Em outras palavras: haverá órgão representativo, o Grão Mestre, mas a sua atuação
sempre a sxrstêncía de aspirações e propósitos distintos normal, como organização magistral, é a formação da
de cada grupo humano, a vocação nacional, a individua- con~ciência do maçom dentro dos Templos, e é o Maçom,
ção dentro-do grande todo. Seremos simultaneamente Ir- assim estruturado que vai agir no meio social, em que vi-
mãos na grande família humana e cidadão em uma Pá- ve.
tria. - Para nós Maçons,' a ordem política esta sujeita á
- O Rito Brasileiro é teísta, afirma a crença em um ordem moral. Já foi dito "a sã política é filha da moral e da
Deus Criador, Proclama a Glória do Supremo Arquiteto do razão" e que "o desenvolvimento do País depende da mo-
Universo e a fraternidade dos homens, filhos do mesmo ralidade e da justiça social". O Estado pode ser forte, des-
Pai. de que seja justo, porque a segurança do Estado não po-
- Quem quiser decidir com Justiça, deve perquirir o de gerar a insegurança do Cidadão.
que os bons têm de mau e descobrir o que os maus têm - O homem é um ser social e a sociedade humana
de bom. é anterior ao Estado, ou melhor, é ela quem o cria, para a
- Se;:chorares por haveres perdido o Sol, as lagri- garantia do bem comum ou do bem Público dos indiví-
mas impedirão que vejas as estrelas. duos e das instituições. Os direitos do homem não ema-
- Ninguém pode incutir a Fraternidade, se não é fra- nam assim da generosidade do Estado e dos que o en-
terno. A fraqueza está no ódio. carnam, mas são uma conquista irreversível de toda a Ci-
- Tudo está em nós mesmos: serás a Beleza, que vilização. O Estado pode tudo aquilo e só aquilo que é
criares; a Bondade, que tiveres; a Verdade, que pregares. necessário para a promoção do bem comum. O Estado
deve existir para a realização do bem comum, isto é, o
Estado é um meio para um fim. Só nos regimes totalitários
é que o Estado representa o fim em si próprio.
- Nenhum modelo de vida publica e social, em
qualquer época, agora ou logo, pode afirmar-se como de-
finitivo: esta sempre aberto um caminho para o alto, uma
aspiração permanente para o melhor. O ideário democrá-
tico, ou qualquer outro, não é, pois imutável ou definitivo.
E mais: toda ideologia ou ideário político adapta-se ao
ambiente histórico e aos recursos geo-econômico do País
e, por isso, adquirem-se características peculiares.
- O ideal a atingir é, por certo, a organização plane-
tária da sociedade humana: um organismo mundial seria
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 31
30 "NORMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA"
na Franco Maçonaria.

EXIGÊNCIAS ESPECIAIS NO 1° GRAU

05 - O uso da Câmara das Reflexões destinado ao


candidato antes do inicio do cerimonial inicia-
tico.
06 -A explanação da formula do Supremo Arquite-
-to do Universo.
A Regularidade maçônica, sobre tudo a Regula-
ridade de Potência Maçônica e Regularidade
de Rito, sempre preocupou aqueles que pretendem esta-
07- Ô cultivo da fraternidade, da tolerância, da mo- belecer uma linha divisória entre o que é regular e o que é
rai e da caridade. irregular.
08 - A explicação das viagens simbólicas - essas Felizmente, ambos os assuntos foram definidos,
últimas exigências no desenvolvimento do ce- respectivamente em 1929 e em 1932.
rimonial. Em 1929, a Grande Loja Unida da Inglaterra, na
qualidade de Grande Loja Mãe da Maçonaria contempo-
ExiGÊNCIAS ESPECIAIS NO 2° GRAU rânea, estabeleceu oito condições de Regularidade de um
Grande Oriente ou de uma Grande Loja. Foi o inicio da
09 - A exaltação do trabalho, que dignifica e liberta separação da Maçonaria Simbólica e Filosófica.
o Homem. Em 1932 o Congresso Maçônico de Potências Re-
10 - O emprego das ferramentas simbólicas do tra- gulares, realizado no Chile, fixou os implementos que um
'balho, Rito deve possuir para ser considerado regular.
11 -A utilidade e o valor dos cinco sentidos huma-
nos.
REGRAS DE EXIGÊNCIAS:
EXIGÊNCIAS ESPECIAIS NO 3° GRAU
EXIGÊNCIAS GERAIS
12 - A Lenda de Hiran e seu desenvolvimento.
13 - fi.. conceituação que dela se deduz: "A vida nas-
01 - O Símbolo do Supremo Arquiteto do Universo.
ce da morte".
02 - O uso do Livro Sagrado sobre o Altar dos Ju-
ramentos.
GRAUS FILOSÓFICOS
03 - Emprego de Sinais, Toques e Palavras em ca-
da Grau (cobridor do Grau). ~
Acima do Terceiro Grau qualquer Rito estabelece a
04 - O desenvolvimento das Cerimônias por meio
sua própria Hierarquia e Cerimonial independente da a-
de formulas misteriosas e emblemáticas dentro
preciação da potência Simbólica. do Templo, os quais tenham Símbolos da
Um Rito pode, se ele quiser, funcionar livremente Construção Universal, tradicionalmegte usados
"NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA" :n 32 "NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA"

praticado em qualquer Pais". do Grau 1 ao ultimo que ele tenha estabelecido, mas hoje
• "As designações localístas: York; Escocês; A- em dia os Ritos trabalham com a divisão entre Simbólico
lemão; Francês; Brasileiro, significam apenas a e Filosófico.
origem e nada mais". O Rito Brasileiro como os demais adotados pelo
• "Não há, nem pode haver, nenhum Rito regio- Grande Oriente do Brasil, cumprem rigorosamente essas
nalista ou Nacionalista, porque sua Universali- 13 Regras de Regularidade de Rito, tornando-se assim
dade é condição essencial, mas em cada Pátria Ritos Regulares.
todo Rito, há de ter um elemento de Progresso Atendendo a todos essas exigências, um Rito pas-
Moral, Cultural e Cívico, os que assim não fo- sa a ser regular.
rem, estarão alienados no tempo". A seguir texto escrito em 1976, pelo Grão Mestre
• "Um Rito nada tem que ver com outro Rito. Ja- Geral Honorário do Grande Oriente do Brasil Irmão Álvaro
mais se viu no mundo Maçônico um Rito pedir a Palmeira, sobre Regularidade de Rito:
outro que o considere Regular, só as Potências
Simbólicas é que se Reconhecem entre si". • "Não há nenhum órgão ou Organização Maçô-
• "Nenhum Rito pode acusar outro Rito de Irregu- nica que tenha autoridade ou atribuição para
lar; na Maçonaria Especulativa ou atual, o 10 conceder licença para a criação de Ritos. Os Ri-
Congresso Internacional Maçônico realizado em tos se criam livremente e só no século 18 surgi-
1834, e nele se proclamou solenemente a inde- ram mais de 70".
pendência dos Ritos entre si". • "Criado um Rito, ele pode, se quiser, funcionar
• "Os Ritos só tem relação diretas de Regularida- do grau 1 ao ultimo que tenha estabelecido, e
de com a Potência Simbólica Regular, mais são viver livremente, sem pedir licença a ninguém".
inteiramente independentes entre si, sem preju- • "Porem, na fase maçônica em que estamos, se
ízo da vida harmônica que devem viver". admite a divisão da Maçonaria, em Simbólica
• "Foi em atenção ao principio básico da Fraterni- nos graus 1, 2 e 3 e Filosófica (graus acima do
dade que o Soberano Supremo Conclave do de Mestre)".
Brasil para o Rito Brasileiro e o Excelso Conse- • "Não há nenhum Órgão, Instituto ou Organiza-
160 da Maçonaria Adonhiramita, firmaram um ção Maçônica para conceder licença a criação
Tratado de Amizade e Aliança Maçônica, em 21 de Ritos, como também, não há nenhum, Ór-
de Novembro de 1974 da E:. V:. no Rio de Ja- gão, Instituto ou Organização Maçônica para
neiro - RJ". reconhecer um Rito, salvo a Potência Simbóli-
• "A expressão Rito Reconhecido Universalmente ca".
significa tão somente que se trata de um Rito • "Os Ritos surgem, e se impõe conforme sua Es-
Regular, capaz de ser praticado ou reconhecido trutura Doutrinária e as necessidades do Ambi-
em qualquer Pais". ente Maçônico, se assim não fosse, não haveria
• "Todo Rito Regular guarda os Arcanos da ma- progresso" .
çonaria tradicional". • "Todo Rito regular é Universal, porque pode ser
34

t
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 35 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
I
qualquer outro Rito, nem interessa propriamente • "No Brasil, há quem pense que existe um Órgão
a nenhum deles". Maçônico Internacional, que aprova ou desa-
• "Essa cadeia Internacional ou, melhor essa pr~- prova os Ritos".
ocupação Escocesa de internacionali~mo, den- • "A confusão existente, no trato do assunto, deri-
va de um inicial; propósito de Fredenco 11,qu~ va do seguinte: no Rito Escocês Antigo e Acei-
se auto proclamou em 1786 "Grão Mestre UnI- to, a Oficina Chefe é o Supremo Conselho. Su-
versal", isto em 1o Maio". . premos Conselhos de vários países reúnem-se
• "Isto contraria o espírito da Orde~, que p~eco~l- periodicamente em Convenção Internacional,
za a Soberania ou as Soberanias Heqlonais. com intervalo nunca inferior a cinco anos. Essa
Tanto assim é, que o Rito de York, ~ue a~olhe Convenção Geral, quando reunida, examina e
415 da Maçonaria Mundial e ser o mais antlg~ e decide os assuntos administrativos gerais do
o mais praticado de quantos atualm~nte. exis- Escocismo, inclusive o Reconhecimento de
tem, não realiza Convenções Internacionais .p~- qualquer novo Supremo Conselho Escocês ou,
rà sua política interna, nem prec.i,:ou. constlt~lr no caso de cisão de um Supremo Conselho
até hoje, nenhuma cadeia de uruao Interna?lo- qual é a fração regular, e qual a fração irregular
nal Yorquiana; também não o ~aze~ os Ritos (espúria.). Atua então como tribunal Escocês. A
Alemães, o Francês, o Adonhirarnita, nem o fração regular é alçada à condição de Supremo
pretende fazer o Rito Brasileiro". Conselho, isto é, aprovada na cadeia de uma
• "O que faz a efetiva união dos maçons ~m.todo união Escocesa, e a fração irregular (espúria) é
o' mundo, é a correta vivência e obs.ervan~la da excomungada, isto é, colocada fora da comu-
Doutrina e das leis da Ordem e a.un~versalldade nhão Escocesa, como irregular e clandestina".
dos meios de reconhecimento (sinais, toques e • "Há atualmente no Brasil três Supremos Conse-
palavras)" . , . . lhos Escoceses, mais só um é considerado Re-
• "Cada Rito pode erigir o seu propno e harmoni- gular, desde a Convenção Escocesa de 1929,
oso Templo Geométrico de Trabalho, fecundan- reunida em Paris - França".
do a Tradição genuína da Ordem com ,o Sopro • "O Supremo Conselho Reconhecido Mundial-
Renovador da Evolução, isto é, o conteudo eso- mente é o Supremo Conselho do Grau 33 do Ri-
térico com o pragmatismo esotérico~ a M.~çona- to Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a
ria Contemplativa com a Maçonaria MIlitante, Republica Federativa do Brasil, com sede a Rua
porque a Ordem há de ser, com? esta na le- Barão, 1317 Jacarepaguá, oriente do Rio de
genda do Grande Oriente do Brasil "No,~~e se? Janeiro, e ligado as Grandes Lojas Brasileiras".
Antique" ou melhor "Antique sed Novae , ISto e, • "Todavia, essa distinção de puros e impuros,
Antiga porem Nova". . decretada por essa Convenção Escocesa, rela-
• "É como o Rito Brasileiro de Maçons Antl~o_s, tiva a Supremos Conselhos Escoceses, é pro-
Livres e Aceitos, pretende fazer aliar a Tradição blema interno e domestico do Escocismo, nada
com a Evolução". tendo que ver, direta ou indiretamente, com
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA" 37
36 "NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA"

BIERAlQlJIA DE GRAlJS
Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e
O "Aceitos, quando de sua fundação em 1914,
O reconhecimento é conferid? entre um Gran,de
Oriente ou uma Grande LOJaRegular, que e a
não possuía Oficina Chefe constituída, como também não
possuía uma Estrutura Doutrinária definida. potência Simbólica e o Rito Regular representado pela
Na tentativa de reerguimento do Rito Brasileiro em sua Oficina Chefe.
1940/41, foi fundada a Oficina Chefe do Rito, que tinha O Rito Regular se dirige à Potência Simbólica, e ela
como Grande Principal (hoje Grande Primaz) o Irmão 0- examina o conteúdo do Rito nos três graus simbólicos,
taviano de Menezes Bastos, sua hierarquia de Graus era para saber se ele atendeu as Exigências Gerais e Especi-
de 7 Graus, não teve vida longa, vindo a adormecer em ais da Regularidade.
1944. Em caso positivo, a Potência Simbólica reconhece
A Estrutura Doutrinária do Rito Brasileiro foi final- o Rito como Regular, e passa a administrar os três graus
mente formada em 1968, por obra desse grande maçom, simbólicos, ficando os Altos Graus sob a administração da
Irmão Álvaro Palmeira, então Grão Mestre Geral do Gran- Oficina Filosófica do Rito, e firmam entre si um "Tratado
de Oriente do Brasil, isto ocorreu no dia 25 de Abril de de Amizade e Aliança Maçônica".
1968, com o reerguimento da Oficina Chefe do Rito, que Esse reconhecimento por parte da Potência Simbó-
se passou a denominar-se: Rito Brasileiro de Maçons, An- lica é uma ratificação da Regularidade do Rito, assim pro-
tigos, Livres e Aceitos. cedeu o Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Acei-
A Híerarquia de Graus foi formada por 33 graus, tos e o Grande Oriente do Brasil, bem como todos os Ri-
concretizando o sonho de muitos Maçons Brasileiros, que tos Maçônicos adotados pelo GOB. . .
há muito pleiteavam e brigaram pelo funcionamento de O Rito Brasileiro representado pela sua Oficina
um Rito nosso, Brasileiro, novo e inovador, em seus ensi- Chefe, o Soberano Supremo Conclave do Brasil para o
namentos .. Rito Brasileiro, firmou e assinou no dia 10 de Junho de
Muitos Irmãos pensam e até afirmam que o Rito 1968, com a Potência Mãe da Maçonaria Brasileira o
Brasileiro organizado em 33 graus, é igual aos Ritos que Grande Oriente do Brasil, o Tratado de Amizade e Aliança
usam esses mesmos números de graus, como é o caso Maçônica, que foi aprovado no dia 27 de Julho de 1968
do Rito Escocês e do Rito Adonhiramita. O que não é ver- pela Assembléia Federal Legislativa Maçônica do Grande
dade, apenas são iguais o numero de graus (33), o conte- Oriente do Brasil.
údo de ensinamentos do Rito Brasileiro é diferente. Neste ano de 2011, foi reafirmado este Tratado,
O Soberano Irmão Fernando de Faria, diz em um com a redação de um novo, ver capitulo "Tratado de Rer-
de seus artigos: ratificação de Reconhecimento Amizade e Aliança Maçô-
nica do Grande Oriente do Brasil com o Rito Brasileiro.
)
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 39 38 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"

• "Novae Sed Antique - Nova porém Antiga. A le- • "O sistema de 33 graus pode parecer um copia
genda do Grande Oriente do Brasil, é uma inci- afrontosa. Apenas parece, mas, não é. Adotou-
tação: nossa Ordem deve ser antiga, poré~, se o sistema de 33 graus como continuidade de
nova. Isto significa que deve sempre evoluir, uma forma de imenso prestigio no Brasil Maçô-
sem abandonar as fontes primeiras milenares. A nico do século XX, formula que precisa ser a-
Maçonaria especulativa só tem 250 anos. Nas- tualizada com o século, mas conserva uma ín-
ceu no tempo do candeeiro de querosene e dos dole e um carisma, que não podem ser despre-
larnplões de óleo de baleia. Hoje estamos no zados. Tantos e tantos comportamentos huma-
século da automação e da cibernética. Pergun- nos, anotados pela Sociologia e pela Ciência
ta-se: vamos permanecer à margem da vida em geral, procedem pelo mesmo método: ado-
contemporânea, ou devermos renovar a Ordem, tar o anterior, atualizando-o com a época ou as
para que ela enfrente os problemas de cada sé- necessidades. Não há a preocupação de ser o-
culo". riginaI. Preocupa-nos a eficiência".
• "A Maçonaria é uma instituição estável e per-
manente, fundamentada na Tradição. Sua atua- O Irmão Álvaro Palmeira quando formulou a Estru-
ção, entretanto desenvolveu-se no moment? tura Doutrinária do Rito Brasileiro de Maçons, Antigos, li-
que passa, e por isso, há que adequar a Tradi- vres e Aceitos em 33 graus, foi buscar a sua Estrutura
ção à Evolução: através do tempo, cada período Tradicional, no século XVIII, mais precisamente nos Rito
h1stórico difere do anterior, o que significa que a de Heredon e no Rito Primitivo de Namur, a seguir texto
realidade sempre se renova Continuidade e E- escrito pelo Soberano Irmão Álvaro Palmeira:
v?lução não se excluem".
• "Frederico 11 ao instituir o Rito Escocês Antigo e
Há autores que contestam a legitimidade da Consti- Aceito, em 1786, adotou o numero de graus do
.tuição Escocesa de Frederico 11, em 1786, isso porque Rito Primitivo de Namur, fundado em 1770. O
nesta data ele estava afastado da Maçonaria. Rito Primitivo não se deixou absolver, nem tam-
Afirmam mais, que essa Constituição foi inventada bém o Rito de Heredon ou de Perfeição, pela
pelos fundadores do primeiro Supremo Conselho do .Rito reforma de Frederico 11 em 1786. Subsistiram
Escocês Antigo e Aceito de Charlrston (Estados Unidos independentes por mais de meio século, sendo
da America), em 1801, para legitimá-lo, uma vez que Fre- o primeiro com o Rito de 33 graus e o segundo
derico 11 era bem conceituado nos Estados Unidos. como Rito de 25 graus. Ragon e Otaviano de
Menezes Bastos dão a nominata de 33 graus ao
Rito Primitivo".
• "O Rito Brasileiro fez o mesmo, quando estabe-
leceu a sua Hierarquia de graus, dando porem,
a esses graus nomenclatura consentânea à é-
poca atual".
"NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA" 41
40
"NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA"
Meras inovações, desligadas da Tradição, não re-
presentam nada, a não ser a garantia de perturbação do
trabalho maçônico. Também podemos dizer que sem Tra-
dição não há progresso.
Para que a Tradição seja conservada em sua pure-
za na Maçonaria Renovada, o pesquisador dedicado es- Eminente Irmão Ivaldo de Melo Medeiros
força-se em fortalecer os mitos e os ritos - os fundamen-
tos da Arte Real e a forma de ensinamento iniciático ado-
tada pela instituição - ao lado do simbolismo maçônico.
Famoso autor já disse que a Maçonaria não é uma C
.
om a vigência da nova Constituição, divulgada
pel? ~oberano Supremo Conclave do Brasil pa-
escola noturna (Alec Mellor). Mas o Mestre Maçom não é r~ o Rito ~r~sllelro neste primeiro ano do milênio (2001), o
um professor assalariado para transmitir conhecimento à Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos, as-
maneira profana. sume. decididamente, a qualidade de Maçonaria Renova-
Uma sumidade universitária pode não se identificar da.
com o modelo de ensinamento costumeiro na Ordem. Im- De fato, seus altos graus estão estabelecidos de
porta acatar os mitos, os ritos, os símbolos, as lendas, modo a valorizar, antes de tudo, a busca do progresso
etc. ~u~ano e social, que revelam a determinação da Obedi-
As Lojas do Rito Brasileiro exigem dos seus ínici- encia de trabalhar pela consecução desse desiderato.
andos, exatamente como em outros ritos, o solene jura- Os últimos acontecimentos mundiais tiveram o efei-
mento, perante o Supremo Arquiteto do Universo e a as- to de fazer voltar à atenção da humanidade para o futuro,
sembléia de maçons, de fidelidade à potência simbólica e e provavelmente esse porvir chegará a ser, por algum
aos princípios tradicionais da Maçonaria. tempo, o centro das preocupações dos povos.
Um tlispositivo da Constituição do Rito Brasileiro, O Rito Brasileiro define a Maçonaria, num dos ritu-
conhecido por todos os membros da Maçonaria Renova- ais expedidos pelo Grande Oriente do Brasil, como uma
da, impõe que a potência simbólica ligada por um tratado instituição que tem por fim tornar feliz a humanidade, vol-
para administrar seus respectivos graus - os graus brasi- tada, portanto, para o mundo circundante, para o futuro e
listas - "deve preservar a ortodoxia maçônica e filiar-se à para o progresso.
corrente que obedece aos tradicionais deveres, usos e Entretanto, a nova Constituição também proclama
costumes da Franco-Maçonaria", os princípios basilares, imutáveis e rígidos da Maçonaria
Não obstante essa sólida adesão à Maçonaria Tra- Renovada: os Landmarques, os antigos deveres, usos e
dicional, o Rito Brasileiro não perde de vista o momento costumes; o sigilo e demais fundamentos da Maçonaria
que passa, nem o destino que nos espera. Universal.
Está explícito no grau correspondente, que o Ma- Foi Álvaro Palmeira, o verdadeiro ideá logo do Rito
chado, antigamente usado para derrubar os cedros do Lí- Brasileiro, quem escreveu, em 1989: "A tradição é com-
bano, transformou-se hoje num instrumento alegórico pa- ponente do progresso, porque o progresso é uma resul-
tante da Tradição e da Renovação".
"NORMAS - RITUALÍSTICA ~ESTRUTlJRA" 43
42 "NORMAS - RITUALÍSTICA ~ESTRUTURA"

ra eliminar as barreiras econômicas, tema da maior atua-


lidade no comércio globalizado.
E foi justamente esse o motivo que tanta discussão
provocou na recente reunião da OMC (Organização Mun-
dial do Comercio), realizada em Doha, Estado do Catar,
,Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e
O S\ceitos, realiza-se como Hierarquia de trinta e
três graus, sendo três Simbólicos e trinta Fil~s?f.icos. .
onde novamente vieram à baila as práticas protecionistas
dos países mais ricos em detrimento do comércio exterior
exercido pelos mais pobres.
Ambos compõem a Estrutura Doutrinária do Rito E ali estava a delegação brasileira, uma das mais
Brasileiro, processadas em estágios, sem contradições interessadas em eliminar tais artifícios econômicos.
entre passado, presente e futuro, porque se dedica a con- Se nessa delegação maçons houvera, não teriam
ciliar a Evolução com a Tradição, ver: "Reconhecimento, dificuldade em observar que em vários graus superiores
Regularidade de Rito e Hierarquia de Grau~".., . da Maçonaria Renovada podem ser encontradas diretri-
A Estrutura Doutrinária do Rito Brasileiro e constitu- zes gerais para atuação em condições daquela natureza.
ída em dois grandes segmentos: A nova Constituição renova a obrigação do "estudo
de todos os grandes problemas nacionais e internacionais
• Lojas Simbólicas, com os graus 1, 2 e 3. com implicação no futuro da Pátria e da Humanidade",
• Altos Corpos, com os graus 4 ao 33. Daí ser inadequada a qualquer brasilista a atitude de alie-
nação, de indiferença diante de todas as matérias que na
Nos comentários sobre os graus, farei apenas a atualidade convocam as atenções do País e do mundo.
síntese decada grau, conforme a doutrina do Rito Brasi- De maneira especial, prevê-se que o Maçom se
leiro, para 'melhor compreensão dos graus, os Irmã~s so- envolve com os problemas nacionais e, diante de contro-
mente tomarão conhecimentos mais profundos, apos se- vérsias internacionais. saiba tomar o partido do Brasil e do
rem iniciados nos graus. povo brasileiro, não por impulsão xenófoba, mas por au-
têntico patriotismo.
LOJAS SIMBÓLICAS E, para mostrar ao Irmão que não está sozinho, e-
xiba a sentença lapidar do Mestre Álvaro Palmeira, tantas
Nas Lojas Simbólicas, o Rito Brasileiro de Maçons, vezes repetida, mas sempre oportuna:
Antigos, Liyres e Aceitos, segue a Ortodoxia Maçônica,
ministradas por Lojas ou Triângulos que se subordinam
ao Grande Corpo da Maçonaria Simbólica, da qual cha- "A Maçonaria não tem Pátria, mas os Maçons a
mamos de Tradição. . têm".
No caso do Brasil, o Grande Corpo da Maçonana
Simbólica é o Grande Oriente do Brasil.
'~ORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 45

1 - A Passagem do Grau Recapitulada. 44 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"


2 - Ferramentas e Símbolos do Grau.
3 - Numerologia e Doutrina do Grau. Seguimos rigorosamente as regras e exigências da
Regularidade de Rito.

GRAU 3 - MESTRE A Tradição seria:

o Grau 3 - Mestre: "Consagração do principio de • Uso dos Símbolos.


que a vida nasce da morte". • Alegorias.
No Ritual constam seis Instruções que são: • Sinais, Toques e Palavras.
• Uso dos Instrumentos de Trabalho de cada
1 - Á Exaltação a Mestre Recapitulada. grau.
2 - Simbologia e Numerologia do Grau.
3 - Doutrina do Grau. Os ensinamentos contidos nos Rituais são de con-
4 - Â Lenda do Grau.
teúdo universal, porem as praticas ritualísticas e instru-
5 -os Landmarques da Ordem.
ções obrigatórias são próprias do Rito Brasileiro.
6 - Os Landmarques comentados de Mackey.
GRAU 1 - APRENDIZ
ALTOS CORPOS
O Grau 1 - Aprendiz: "Dedica-se à Fraternidade
No Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e A- Humana, exemplificando na união dos Irmãos".
ceitos os trinta graus (4 a 33) integram os Altos Graus, No Ritual contem cinco Instruções que são minis-
também denominados Graus Superiores ou Graus Filosó- tradas de forma obrigatória:
ficos, ministrados nos Altos Corpos (Oficinas Litúrgicas),
.que são subordinadas ao Soberano Supremo Conclave. 1 - Iniciação Recapitulada.
O Soberano Supremo Conclave é a Oficina Chefe 2 - Os Mistérios do Grau.
do Rito Brasileiro, é a guardião dos arcanos do Rito. 3 - Simbologia do Grau.
Nos Altos Corpos do Rito Brasileiro damos o nome 4 - O Painel do Grau.
de Oficinas Litúrgicas, estuda-se a formação completa do 5 - A Doutrina do Grau.
Maçom, nos aspectos: Moral, Social, Cultural e Cívica, é a
Evolução. GRAU 2 - COMPANHEIRO
Nos graus Filosóficos as Lendas e Alegorias das
Lojas Simbólicas, não são mencionadas, as mesmas se O Grau 2 - Companheiro: "Dedica-se a exaltação
enceram no grau 3 de Mestre Maçom. do trabalho construtivo e ao estimulo da solidariedade
Os graus Filosóficos do Rito Brasileiro adquirem-se Maçônica".
por: No Ritual contem três Instruções que são ministra-
das de forma obrigatória:
"NORMAS - RITUALÍSTICA" ESTRUTURA" 47
46
"NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA"
RECONHECIMENTO
- Iniciações.
Os graus Filosóficos concedido em outro Rito serão - Comunicações.
reconhecidos pelo Rito Brasileiro, como afirmação da Fra- - Reconhecimento.
ternidade.
É da competência exclusiva do Soberano Supremo INICIAÇÕES
Conclave o reconhecimento de grau.
Esse reconhecimento deverá ser obedecida algu- São desenvolvidas em Sessões solenes, são disci-
mas exigências: plinadas em Rituais próprios e elaborados exclusivamen-
te, em cada pais, pelo Soberano Supremo Conclave, ob-
• O Irmão deverá estar filiado em uma Loja Sim- servada a Estrutura Doutrinária fixada na Constituição do
bólica do Rito Brasileiro, jurisdicionada ao Rito Brasileiro.
Grande Oriente do Brasil. Os graus de Iniciações são: 4, 9, 14, 15, 16, 17, 18,
• Deverá fazer pedido de Filiação ao Corpo Filo- 19,22,26,29, 30, 31, 32 e 33.
sófico a que pertence o seu grau. Os três primeiros: Aprendiz, Companheiro e Mes-
• Encaminhar junto ao pedido de Filiação, os do- tre, chamados de graus Simbólicos, são administrados
cumentos comprovatorio de sua iniciação no pelo Grande Oriente do Brasil, mas a formulação Doutri-
grau do Rito de origem. nária, é realizada pelo Soberano Supremo Conclave ofi-
cina chefe do Rito Brasileiro. '
Todo o processo de Filiação será remetido pela De-
legacia LitÚrgica Estadual do Rito Brasileiro ao Soberano COMUNICAÇÕES
Supremo Gonclave, para a devida apreciação.
Em caso de aprovação da Filiação, o Irmão passa- Destinam-se ao conhecimento e a pratica dos
ra antes pelas instruções dos graus do Rito Brasileiro, de- graus intermediários.
pois realizá-se sua Filiação, em Sessão Ordinária. Nas Oficinas Litúrgicas do Rito Brasileiro devem
Os Altos Corpos do Rito Brasileiro, são constituídos ser ministrados estudos permanentes das matérias relati-
dos seguintes Corpos: vas ao desenvolvimento doutrinário dos graus intermediá-
rios.
- Ilustres e Respeitáveis Oficinas Integradas de Os Obreiros são obrigados a apresentação de tra-
Graus Superiores. balhos sobre os graus intermediários, como também dos
- Ilustres e Sublimes Capítulos. graus de Iniciação.
- Poderosos e Grandes Conselhos de Kadosch Fi- Há a obrigatoriedade de avaliação do desenvolvi-
losóficos. m,en.to de C~d~ <?breiro não se encaminhando qualquer
- Colendos Altos Colégios. suplica de lniciação antes de o Irmão possuir bom conhe-
- Soberano Supremo Conclave. cimento do que ensinam os rituais, instruções, etc., e ou-
tras modalidades de transmissão da Doutrina.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 49
48 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
A cultura moral no Rito Brasileiro se inicia no grau 4
e tem um desenvolvimento sistemático e orgânico até o ILUSTRES E RESPEITÁVEIS
grau 18 - Cavaleiro Rosa Cruz ou Cavaleiro da Perfeição.
OFICINAS INTEGRADAS DE
GRAUS SUPERIORES
GRAUS DE MESTRIA SUPERIOR
Em Localidades onde não houver número suficien-
Dá-se o nome de Mestria Superior, uma vez que te de Maçons do Rito Brasileiro para organização de Ca-
ela comple!a os ensinamentos do grau de Mestre, segun- pítulo, Conselho de Kadosch ou Alto Colégio podem ser
do a visão do Rito Brasileiro. criada Oficina Integrada de Graus Superiores.
Os graus de Mestria Superior são chamados de Para a formação de uma Oficina Integrada de
graus de Mestres, mas sem mencionar a Lenda de Hiran Graus Superiores, é exigido no mínimo à subscrição de
que no Rito Brasileiro se encerra no grau 3. ' 13 Maçons praticantes do Rito Brasileiro, portadores de
Os graus 4, 9 e 14 são graus iniciaticos, os demais graus Filosóficos.
são graus intermediários, que são ministrados juntos com O Presidente será o Irmão que tenha o grau mais
e
os graus 9 14. elevado, terá o tratamento de Valoroso Mestre.
Os íntersttcíos para colar os graus Iniciaticos são: O Presidente terá um mandato de dois anos, com
direito a reeleição.
• Grau 3 para o grau 4, quatro meses. À medida que forem Iniciados Irmãos: no grau 18,
• Grau 4 para o grau 9, quatro meses. forma-se um Ilustre e Sublime Capítulo; no grau 30 forma-
• Grau 9 para o grau 14, quatro meses. se um Grande Conselho Kadosch Filosófico e no grau 32
• interstício mínimo do grau 4 ao 14, é de oito um Colendo Alto Colégio.
meses.
ILUSTRES E SUBLIMES CAPíTULOS
GRAU 4 - MESTRE DA DISCRiÇÃO
Este segundo seguimento da Estrutura Doutrinária
O gr~u 4 desenvolve se em torno da idéia central do Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos, di-
da Discrição, é o primeiro grau da Mestria Superior. vide-se em duas partes:
A Discrição é uma virtude indispensável à nossa
convivência social, que faz nos regular nossas palavras e GRAUS DE MESTRIA SUPERIOR
nossas ações, dentro do que nós vemos e ouvimos. GRAUS DE CAVALEIROS
Revela a disciplina interior e exterior de nossa per-
sonalidade.
Estuda-se neste seguimento: o aprimoramento do
Inspira confiança e é fator de coesão na comunida- caráter; os ideais maçônicos; as quinze Virtudes que for-
de.
mam o interior humano, isto é, a formação Moral do Ma-
çom.
:,ôRMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 51 50
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
o espírito varonil, é também a atitude consciente e firme,
GRAU 5 - MESTRE DA LEALDADE
em face do erro, para combatê-lo.
No Rito Brasileiro o grau 5 desenvolve-se em torno
GRAU 9 - MESTRE DA JUSTiÇA
da idéia central da Lealdade, que no mestre, revela atitu-
de de solidariedade com o grupo em que vive.
No Rito Brasileiro o grau 9 desenvolve-se em torno
É a fidelidade no cumprimento das obrigações as-
da idéia central da Justiça, que é a virtude moral, que nos
sumidas, não que deva assumir fidelidade a atos não dig-
dá o que é devido e não ofende a nenhum direito; é a ver-
dade em ação. nos, deve-se sim atentar sempre para os descaminhos
que alguém do grupo queira seguir, mostrando o caminho
Todo ser vivo tem o senso da Justiça, que é o co-
certo, como também o vosso próprio caminho.
nhecimento de seus deveres e seus direitos.
A Justiça não é a aplicação cega da lei, ela se
GRAU 6 - MESTRE DA FRANQUEZA
completa com a Equidade.
.
co

No Rito Brasileiro o grau 6 desenvolve-se em torno


GRAU 10 - MESTRE DA TOLERÂNCIA
da idéia central da Franqueza, não que devamos falar a-
No Bito Brasileiro o grau 10 desenvolve-se em tor- quilo que queremos e pensamos, mais exercermos a
Franqueza dentro da Discrição e da Verdade, sem com
no da idéia central da Tolerância, que é a boa disposição
dos que ouvem com paciência opiniões opostas às pró- isso, que deva usá-Ia na agressão a outrem, pois pode-se
prias. ~ ofender a outrem sem necessidade.
Tolerância é também suportar as faltas alheias com A Franqueza deve ser utilizada com civilidade.
indulqencia; só não pode haver tolerância com o erro e o
crime premeditado. GRAU 7 - MESTRE DA VERDADE
a
Só Tolerância permite o dialogo.
No Rito Brasileiro o grau 7 desenvolve-se em torno
Temos que dizer sempre: "Posso não concordar
com nenhuma de vossas idéias, mas defenderei até a da idéia central da Verdade, é à base da vida social, fami-
morte o vosso direito de propagá-Ias". liar e na comunidade, pois a mentira é sempre negativa.
Deve-se combater a calunia, a difamação e a inju-
GR~U 11 - MESTRE DA PRUDÊNCIA ria, pois dentro da Verdade devemos, ter controle de nos-
sas ações, para não caluniarmos, difamarmos e injuriar e
ofender a dignidade e o decoro de outrem.
No Rito Brasileiro o grau 11 desenvolve-se em tor-
no da idéia central da Prudência, que nos leva a discernir
entre o falso e o verdadeiro. GRAU 8 - MESTRE DA CORAGEM
A Prudência refreia a ambição insofrida e cega, e
opõem-se à incúria, à negligência e a inépcia. No Rito Brasileiro o grau 8 desenvolve-se em torno
da idéia central da Coragem, que é a força ou energia mo-
rai, serena e firme, que nos leva a enfrentar os perigos; é
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA" 53
52 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
GRAUS DE CAVALEIROS
A Prudência é a virtude que nos faz conhecer e evi-
Nos Graus de Cavaleiros, estuda-se a Trilogia Ma- tar a tempo as inconveniências ou os perigos e que nos
çônica: "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" e a Perfei- faz conhecer e praticar o que convém da vida social; a
ção ou Rosa Cruz. Prudência alia-se freqüentemente com a Discrição.
Todos os Graus são Iniciaticos.
Os interstícios para colar os graus são: GRAU 12 - MESTRE DA TEMPERANÇA

• Grau 14 para o grau 15, quatro meses. No Rito Brasileiro o grau 12 desenvolve-se em tor-
no da idéia central da Temperança que impede a petulân-
• Grau 15 para o grau 16, quatro meses.
cia, a modéstia, a vaidade, a insolência e o orgulho do
• Grau 16 para o grau 17, quatro meses. poder; é a moderação de nossos atos.
• Grau 17 para o grau 18, quatro meses.
A Temperança é também o neutralizador dos sete
• lnterstíclo mínimo do grau 14 ao 18, é de de- pecados teologais: a soberba, a ira, a luxuria, a preguiça,
zesseis meses. a inveja, a avareza e a gula.
• Interstício mínimo do grau 04 ao 18, é de vinte e
quatro meses.
GRAU 13 - MESTRE DA PROBIDADE

GRAU 15· CAVALEIRO DA LIBERDADE No Rito Brasileiro o grau 13 desenvolve-se em tor-


: GRAU 16 - CAVALEIRO DA IGUALDADE no da idéia central da Probidade, que é a integridade de
GRAU 17 - CAVALEIRO DA FRATERNIDADE caráter que leva a observação estrita dos deveres, quer
públicos querem privados, é a Honradez.
A L~erdade, a Igualdade e a Fraternidade, é o Probidade é o brio ou o pundonor pessoal. Fideli-
grande lema da nossa Ordem. dade. Gratidão pelo bem recebido. Imparcialidade e aus-
A Liberdade é um dos pilares da sociedade huma- teridade. Intransigência, quando necessária.
na, os outros pilares são a Justiça e a Paz.
O homem é livre por direito natural. A preservação GRAU 14-MESTRE DA PERSEVERANÇA
da Liberdade exige continua vigilância.
A Liberdade, inerente à consciência humana, cons- No Rito Brasileiro o grau 14 desenvolve-se em tor-
tituiu-se, com o evoluir da civilização um elemento indis- no da idéia central da Perseverança, virtude que contribui
pensável da vida social.
para o êxito da vida humana, manifestando-se como sen-
A IgLaldade talvez seja a mais difícil de se alcan- timento, resolução ou trabalho. É a continuidade na apli-
çar, pois os oprimidos clamam por justiça e os privilegia- cação de um esforço, para alcançar um fim útil e justo.
dos se defendem em nome da ordem institucional.
O progresso humano não existiria, sem a Perseve-
Liberdade é a fonte da Igualdade ou melhor, a I- rança, pois sem ela não haveria pesquisas tecnológicas,
gualdade é a dimensão econômica da Liberdade. cientificas e também crescimento do interior humano.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 55

54 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"


Os graus do Grande Conselho de Kadosch Filosó-
fico são chamados de Missionários, para o Rito Brasileiro,
A Fraternidade é o amor ao próximo, é a boa ami-
o termo Missionário, revela o caráter sacramental do Tra-
zade, é a harmonia de convivência com o próximo é a u-
balho e da Cultura.
nião entre os Irmãos.
Os graus 19, 22, 26, 29 e 30 são graus Iniciaticos,
Na Maçonaria, temos sempre que aplicar essa tri-
os outros são graus intermediários, que são ministrados
logia: Liberdade de ação; a Igualdade entre os Irmãos, in-
junto com os graus, 22, 26 e 29.
dependente de sua posição cultural ou financeira e ser-
Os interstícios para colar os graus Iniciaticos são:
mos Fraternais para com nossos Irmãos, por isso é o
nosso grande lema "LIBERDADE, IGUALDADE E FRA-
• Grau 18 para o grau 19, quatro meses. TERNIDADE". .
• Grau 19 para o grau 22, quatro meses.
• Grau 22 para o grau 26, quatro meses. GRAU 18 - CAVALEIRO DA PERFEiÇÃO OU
• Grau 26 para o grau 29, quatro meses. ROSA CRUZ
• Grau 29 para o grau 30, quatro meses.
• Interstício mínimo do grau 18 ao 30, é de vinte O grau 18 é inteiramente dedicado ao estudo das
meses. virtudes espirituais, também conhecidas como virtudes
• Interstício mínimo do grau 04 ao 30, é de qua- Teologais, que são a Fé, a Esperança e a Caridade.
rénta e quatro meses. Os graus 4 ao 17, são dedicados as virtudes mate-
riais, e no grau 18 estas virtudes se misturam as virtudes
GRAU 19 - MISSIONÁRIO DA espirituais, tornando-se assim, o Maçom um Cavaleiro da
AGRICULTURA E PECUÁRIA Perfeição.

O grau 19 é consagrado ao estudo da Agricultura e PODEROSOS GRANDES CONSE-


da Pecuária. São duas categorias fundamentais da ativi-
dade humâna, porque dizem respeito à produção de ali- LHOS KADOSCH FILOSÓFICOS
mentos, toates da vida.
A Agricultura e a Pecuária necessitam da terra, pa- Estuda-se neste seguimento da Estrutura Doutriná-
ra o seu exercício, produzindo no beneficio de todos. ria do Rito Brasileiro, que é chamado de Poderoso e
As grandes propriedades rurais (latifúndios) não Grande Conselho Kadosch Filosófico, o aprimoramento
podem ficar improdutivas, em mãos de uns poucos, deve Social e Cultural do Maçom, através de ensinamentos da
ela sim, ter sua função social, pois o homem tira da mãe formação Social em que vive o Maçom, isto é, entender a
terra, sua alimentação, das plantações (agricultura) e das Sociedade, e assim dignamente servi-Ia e aprimorá-Ia.
criações de animais (pecuária). O Grande Conselho Kadosch Filosófico não impõe
limites à liberdade de investigação do pensamento maçô-
nico: não devemos nunca aceitar "slogans" em lugar de
idéias, nem tão poucodoqrnas: o dogma é antiético ao
espírito maçônico. .,
"NORMAS - RITUALÍSTICA . ESTRUTURA" 57 56
"NORMAS - RITUALÍSTICA . ESTRUTURA"
A economia é a liberdade da iniciativa, onde o Ir-
GRAU 20 - MISSIONÁRIO DA INDUSTRIA E
mão deve valorizar o trabalho como condição da dignida-
COMERCIO
de humana, a harmonia e a solidariedade entre os fatores
da produção e reprimir sempre, o abuso do poder econô-
A Indústria é o conjunto de atividades de produções
mico, no qual uma Nação subjuga outra na conquista de
de bens de consumo e de capitais, é a responsável das
mercado, ocasionando guerra, se esquecendo do ser hu- Nações na produção de riquezas. Constitui num segmen-
mano.
to responsável pelo bem estar social de uma nação. Um
pais sem industrialização fica subjugado a outro pais.
GRAU 23 - MISSIONÁRIO DA EDUCAÇÃO
O Comercio é essencialmente a troca de mercado-
rias e a compra e venda de bens e serviços, pois uma
Eduéação vem do latim "educere", que significa ex-
trair ou desenvolver. Nação com comercio fraco tende a ser uma Nação tam-
bém fraca e dependente.
É a formação da personalidade humana, não é,
Esses dois segmentos contribuem pela parte social
pois, o simples crescimento natural do ser vivo, nem a sua
de uma Nação, pois gera emprego e renda ao trabalha-
espontânea adaptação ao meio. dor.
A Educação tem por fim a socialização do indiví-
duo, isto é~ a sua integração no meio social, é mais, que
GRAU 21 - MISSIONÁRIO DO TRABALHO
um processo de desenvolvimento intelectual ou a aquisi-
ção de uma profissão.
Trabalho é toda atividade pela qual o homem, no
A Educação distingue-se do ensino, por isso mes-
mo a Educação é individual e social. exercício de suas forças físicas e mentais, direta ou indi-
retamente, transforma a natureza para colocá-Ia a seu
serviço.
GRÂU 24 - MISSIONÁRIO DA
Maçonicamente o Trabalho é um dever social e seu
ORGANIZAÇÃO SOCIAL
valor se mede pela perfeição com que é realizado.
O Trabalho não é um dever, é um direito.
o homem necessita de viver em sociedade, pois
isolado é um abstrato.
GRAU 22 - MISSIONÁRIO DA ECONOMIA
No sentido de sociedade, o homem vive em organi-
zação de indivíduos, onde a necessidade de viverem em
união, que é a Nação; a base humana da Nação é o Po- A Economia etimologicamente significa administra-
ção doméstica.
vo; e finalizando o Estado, que é a Nação politicamente
organizada. Seu sentido, porém abrange a Sociedade e como
ciência da realidade econômica chama de Economia Polí-
Sem essa organização, o homem vivera sempre
tica. É a ciência das riquezas. Compreendem: os fenôme-
em desarmonia social, no grau 31 e 32 completara os en-
sinamentos desse grau. nos da produção, da circulação comercial e o conjunto
das riquezas privadas e coletivas.
"NORMAS - RITUALÍSTICA "ESTRlJTURA" 59 58 "NORMAS - RITUALÍSTICA" ESTRUTURA"
o artista nasce artista e traz consigo a sensibilida- GRAU 25 - MISSIONÁRIO DA JUSTiÇA SOCIAL
de de percepção e de originalidade. Por isso se define a
Arte como uma livre atividade espiritual, criadora da bele- A Justiça Social diz respeito à comunidade, solida-
za. riamente considerada.
A organização política administrativa, a instituiç~o
GRAU 28 - MISSIONÁRIO DA CIÊNCIA jurídica, a organização familiar, a distribuiç~o da proprie-
dade, a relação entre capital e trabalho, o sistema educa-
Ciência vem de conhecimento, que se adquire pelo cional, a planificação dos serviços públicos e particulares,
pensamento e pela meditação, interpretando a mundo fí- os mecanismos econômicos são elementos da estrutura
sico e a natureza. >
social e devem ser mantidos e realizados pelo trabalho
Dentro das sete ciências, estuda-se: a Matemática geral da comunidade, na permanente aspiração de atingir
que mede as propriedades das grandezas; a Astronomia, níveis mais altos de conforto e dignidade, fora isso impera
ciência dos astros; a Física, ciência das propriedades ge- a injustiça social.
rais dos corpos e dos fenômenos que não alteram a cons- A Justiça Social, não pode confundir-se como uma
tituição intima da matéria; a Química, estudo dos corpos questão de caridade, porque a Justiça Social visa a aten-
simples e compostos e sua combinação sob diversas in- der os direitos naturais e imprescritíveis do cidadão.
fluencias; a Biologia, estudo dos seres vivos e os fenôme-
nos que neles se processam, compreendem a antropolo- GRAU 26 - MISSIONÁRIO DA PAZ
gia, a zoologia, a botânica, a virologia e a microbiologia; a
Sociologia, ciência das sociedades humanas e de todos A Paz se apresenta sob duas dimensões: a Paz in-
os fenômenos sociais e a Moral, ciência que orienta o terna que é pessoal e individual e a Paz externa que é so-
homem para a realização de seu fim, que é o exercício de cial, isto é, envolve a sociedade, que é o cerne do grau.
sua íiberdade, a perfeição de sua natureza. A Paz é fundada na justiça.
1~

Para que a Paz se instaure, é preciso que todos


GRAU 29 - MISSIONÁRIO DA RELIGIÃO usufruam o mínimo de condições compatíveis com a dig-
nidade da pessoa humana, ela depende do respeito aos
Embora a Ordem Maçônica não seja uma Religião, direitos humanos, pois não sendo assim, imperara a injus-
ela é reliqiosa, tiça social e, haverá assim revolta e d~sorde~, par~ não
A palavra religião, do latim "religio", significa o laço, acontecer isso, há de se fazer a reduçao da distancia so-
que une o homem a Deus, traduzido pela piedade e pela cial e econômica entre os homens, quem tem muito é
devoção. porque deu pouco.
Não farei a síntese deste grau, uma vez que um
novo ritual esta sendo elaborado, com previsão de ser GRAU 27 - MISSIONÁRIO DA ARTE
editado neste ano.
A Arte é livre, nobre e gloriosa. Não admite escra-
vidão.
"NORMAS - RITUALÍSTICA w ESTRUTURA" 61
60 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
GRAU 31 GUARDIÃO DO BEM PÚBLICO
w

GRAU 30 - MISSIONÁRIO DA FILOSOFIA


o Guardião do Bem Público, precisa ter uma cons-
ciência esclarecida de julgamento, capaz de distinguir en- A Filosofia é definida por muitos como a ciência do
tre o bem e o mal, o justo e o injusto; deverá ter o neces- pensamento, outros a consideram a ciência geral dos
sário conhecimento para tornar-se um elemento atuante e princípios e das causas ou o sistema de noções gerais
construtivo no meio social, em que vive; o Maçom tem o sobre o conjunto das coisas.
dever fundâmental de contribuir para o Bem Público, por- O grau 30 é a cúpula dos graus social e cultural do
que se a Maçonaria não tem Pátria o Maçom a tem. Rito Brasileiro, nos graus 19 a 29, o Irmão passou por to-
O Bêm Público é o conjunto das condições concre- dos os ensinamentos da atividade e da cultura humana, e
tas que permitem a todos os membros de uma comunida- no grau 30 ira adquirir o superior espírito filosófico, numa
de atingirum nível de vida compatível com a dignidade da compreensão da vida, da sociedade e do universo, pela
apreensão dos princípios e das causas.
pessoa humana, sem discriminação de qualquer natureza.
A formação de toda cultura cívica deve começar no A missão dos portadores do grau 30 é combater,
lar e na escola, é a educação para a cidadania, indispen- sem trégua, o atraso, o erro e a incultura.
sável ao homem, porque ela é um ser social, e a escola
tem papel relevante nesse sentido, alem disso o Guardião COLENDOS ALTOS COLÉGIOS
do Bem Público, deve saber o que é Nação, Estado e o
que é Povo. O termo Colendo é o mesmo que Respeitável ou
Venerando.
GRÀU 32 - GUARDIÃO DO CIVISMO Estuda-se neste seguimento da Estrutura Doutriná-
ria do Rito Brasileiro: a Liberdade; a Autoridade; a Famí-
Civi~mo é vocábulo que provem do latim "civis", is- lia; a Pátria; o Governo; a Opinião Publica; os Partidos
to é, "cidadão". Políticos; o Comportamento Cívico positivo e negativo; a
O Civismo consiste em uma atitude ativa, conscien- Dinâmica Nacional; o Principio de que não há direitos con-
te e constrltlva do cidadão no seio da comunidade. Não é tra a Nação.
usufruir passivo dos direitos assegurados na Constituição E totalmente voltado para a formação Cívica do
e o cumprimento exato de seus deveres e obrigações es- Homem; o Homem como Cidadão.
tabelecidas em lei. É mais do que isso: é vigilância a de- Os graus do Colendo Alto Colégio são chamados
dicação e a devoção à causa pública é, sobretudo, o per- de Guardião.
manente amor à Pátria. Todos os graus são iniciaticos.
O Civismo é, assim, a conduta esclarecida do bom Os interstícios para colar os graus lniciaticos são:
cidadão e o espírito público, que demonstra, em bem
cumprir os seus deveres, induzindo, por seu exemplo, • Grau 30 para o grau 31, doze meses.
seus concidadãos a igual procedimento. • Grau 31 para o grau 32, doze meses.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 63
62 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"

O Guardião do Civismo, para compreender e apli-


car estes conceitos deve saber o que é: Pátria, Civismo,
Patriotismo, Nacionalismo, Xenofobia, Democracia, Esta-
tização, Política e Direitos Humanos,

SOBERANO SUPREMO
A ~strutura administrativa do Rito Brasileiro de
Maçons Antigos Livres e Aceitos, divide-se em
duas partes:
CONCLAVE
O Sumo Grau 33, de Servidores da Ordem da Pá-
• Altos Corpos.
tria e da Humanidade, é o mais alto grau da Estrutura
• Soberano Supremo Conclave.
Doutrinária do Rito Brasileiro, é de inteira responsabilida-
de do Soberano Supremo Conclave, consolida-se a for-
ALTOS CORPOS mação dos Graus anteriores, através da síntese do Hu-
manismo.
Os Altos Corpos do Rito Brasileiro de Maçons Anti- A investidura no Sumo Grau 33 é de competência
gos, Livres' e Aceitos, são Associações Civis sem fins lu- exclusiva do Soberano Grande Primaz que, em Ato Espe-
crativos, dotados ou não de personalidade jurídica pró- cial e em virtude de impedimento absoluto, pode designar
pria, regidas por estatutos elaborados em conformidade Representante para desincumbir-se da honrosa tarefa de
com a Constituição e Regulamento do Rito Brasileiro. consagrar Servidor da Ordem, da Pátria e da Humanida-
Para a formação de um Alto Corpo, há a necessi- de.
dade de uma petição ao Soberano Grande Primaz, subs- O interstício mínimo do grau 32 ao 33, é de 12 me-
critas no mínimo por treze Maçons do Rito Brasileiro, os ses, e do grau 4 ao 33, é de sessenta e oito meses.
'signatários devem ser: A organização funcional do Soberano Supremo
Conclave do Rito Brasileiro, esta contido no próximo Capí-
• Para a formação de um Colendo Alto Colégio, tulo: "Estrutura Administrativa".
Irmãos portador do Grau 32 ou superior.
• Para formação de um Grande Conselho Kados-
ch Filosófico, Irmãos portadores do Grau 30 ou
superiores.
• Para formação de um Ilustre e Sublime Capítu-
lo, Irmãos portadores do Grau 18 ou superiores.
• Para formação de Ilustre e Respeitável Oficina
Integrada de Graus Superiores, Irmãos portado-
res do Grau 4 ao 33.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 65
64 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
5 - Grande Secretário.
6 - Grande Mestre de Cerimônias. Após o deferimento da petição instala-se um Alto
7 - Grande Guarda do Templo. Corpo mediante Sessão de Regularização presidida pelo
Soberano Grande Primaz ou comissão para tal fim espe-
Os outros cargos serão acumulados, até completar cialmente constituída por Ato do Grande Primaz.
14 (quatorze), que serão ocupados pelos seguintes Ir- Cada Alto Corpo do Rito Brasileiro é Administrado
mãos: por uma Diretoria composta de quatorze membros, a sa-
ber:
• Grande Orador: será também Grande Tesourei-
ro e Grande Hospitaleiro. Dignidades:
• Grande Secretário: será também Grande Chan-
celer. 01 - Presidente.
• Grande Mestre de Cerimônias: será também 02 - Primeiro Grande Vigilante.
Grande Experto, Grande Porta Estandarte, 03 - Segundo Grande Vigilante.
Grande Porta Bandeira e Grande Mestre de 04 - Grande Orador.
Harmonia. 05 - Grande Secretário.

Para assessoramento da Diretoria da Oficina Litúr- Oficiais:


gica, haverá três Comissões composta de três Irmãos ca-
da, que serão: 06 - Grande Tesoureiro.
i:: 07 - Grande Chanceler.
1 - Comissão de Assuntos Gerais. 08 - Grande Hospitaleiro.
2 - Comissão de Finanças. 09 - Grande Mestre de Cerimônias.
3 - Comissão de Graus. 10 - Grande Experto.
11 - Grande Porta Bandeira.
As Diretorias terão direito a uma reeleição, e os 12 - Grande Porta Estandarte.
mandatos são: 13 - Grande Mestre de Harmonia.
14 - Grande Guarda do Templo.
• Ilustres e Respeitáveis Oficinas Integradas de
Graus Superiores, e Ilustres e Sublimes Capítu- Um Alto Corpo somente realizará uma Sessão,
los: dois anos. quer seja Ordinária ou Magna, com um quorum mínimo de
• Grandes Conselhos Kadosch: três anos. 7 (sete) Irmãos que são;
• Golendos Altos Colégios: quatro anos.
1 - Presidente.
Os Presidentes dos Altos Corpos, obrigatoriamen- 2 - Primeiro Grande Vigilante.
te, devem possuir: 3 - Segundo Grande Vigilante.
4 - Grande Orador.
"NORMAS - RITUALÍSTICA "ESTRUTURA" 67 66 "NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA"
Membros:
• Ilustres e Respeitáveis Oficinas Integradas de
Graus Superiores será o Irmão portador do grau
• Ilustre Irmão, para os Irmãos portadores dos
mais elevado.
Graus 4 ao 18.
• Ilustres e Sublimes Capítulos será o Irmão por-
• Poderoso Irmão, para os Irmãos portadores dos
tador do grau 18 ou superior.
Graus 19 ao 30.
• Grandes Conselhos Kadosch, será o Irmão por-
• Preclaro Irmão, para os Irmãos portadores dos
tador do grau 30 ou superior.
Graus 31 e 32.
• Colendos Altos Colégios será o Irmão portador
• Eminente Irmão, para os Membros Eméritos,
do grau 32 ou 33.
Delegados do Grande Primaz e os Extranume-
rários do Supremo Conclave.
As reuniões dos Altos Corpos serão:
• Sereníssimo Irmão, para os Membros Efetivos
do Supremo Conclave.
• Ilustres e Respeitáveis Oficinas Integradas de
- Graus Superiores, e Ilustres e Sublimes Capítu-
As Administrações dos Graus são das responsabi-
los: Mensais.
lidades:
• Grandes Conselhos Kadosch: Bimensais.
• Colendos Altos Colégios: Trimestrais.
• lfustre e Sublime Capítulo, Administra os Irmãos
portadores dos Graus 4 ao 18.
Os Presidentes e Membros dos Altos Corpos terão
• Grande Conselho Kadosch Filosófico, Adminis- os seguintes Tratamentos:
tra os Irmãos portadores dos Graus 19 ao 30.
• Colendo Alto Colégio administra os Irmãos por- Presidentes:
tadores dos Graus 31 e 32.
• Soberano Supremo Conclave administra os Ir- • Valoroso Mestre, para as Ilustres e Respeitáveis
mãos portadores do Sumo Grau 33. Oficinas Integradas de Graus Superiores.
• Aterzata ou Intemerato Cavaleiro, para os Ilus-
SOBERANO SUPREMO CONCLAVE tres e Sublimes Capítulos.
• Grande Prior ou duas vezes Ilustre, para os
o Soberano Supremo Conclave é o mais alto poder Grandes Conselhos Kadosch Filosóficos.
regulador do Rito Brasileiro no Brasil, é composto de 33 • Egrégio Mestre ou três vezes Ilustre, para os
Servidores da Ordem, da Pátria e da Humanidade, a Pre- Colendos Altos Colégios.
sidência é, ocupada pelo Soberano Grande Primaz, os • Soberano Grande Primaz, para o Soberano Su-
demais membros efetivos em numero de 32, recebem o ti- premo Conclave.
tulo de Ser'eníssimos Servidor da Ordem, da Pátria e da
Humanidade.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 69
68 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
- Plenário.
- Magna Reitoria. ?s Irm~os do grau 33, que não integram o quadro
- Cúria Osiriana. de efetivos, sao membros Extranumerários e recebem o
titulo de Eminente Servidor da Ordem, da Pátria e da Hu-
Para assessoramento o Soberano Supremo Con- manidade, são em números ilimitados.
clave possui os seguintes órgãos: O Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasilei-
ro, fundado em 25 de Abril de 1968, com sede e foro na
- Superior Conselho de Cultura. cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro cons-
- Grande Procuradoria. titui-se como Oficina Chefe do Rito Brasileiro e é u~a Po-
- Grande Consultoria. tência So?erana, Legitima e Legal com dupla jurisdição
- Comissões. sobre o Rito Brasileiro - Litúrgica e Disciplinar.
- Dei"egaciasLitúrgicas. O S~premo Conclave do Brasil é presidido por um
- O Semeador. Grande Pnmaz, que o representa ativa e passivamente
em.Ju.ízo ou fora ?ele, e sua diretoria denomina-se Magna
PLENÁRIO Heitoria, o substituto do Soberano Grande Primaz em
seus impedimentos, é o Grande Regente, a quem cabe
Funciona como Poder Legislativo do Soberano Su- representar o Soberano Grande Primaz nas Oficinas da
Jurisdição.
premo Corfclave, é composto por 33 Irmãos, todos cola-
dos no Sumo Grau 33 do Rito Brasileiro. O Supremo. Conclave reúne-se obrigatoriamente,
Essé Poder são compostos pelos Irmãos Efetivos, com poderes gerais, soberanos e irrecorríveis nas se-
guintes datas: '
que recebEàno tratamento de Sereníssimos Irmãos, tem o
direito de voto e de serem votados.
Podem participar do Plenário os Eminentes Irmãos • 25 de Abril, data da fundação do Soberano Su-
.Eméritos eExtrenurnerários. mas não terão direito a votos premo Conclave, e da fundação da primeira Lo-
e nem serem votados. ja Simbólica do Rito, ocorrido em 1968.
Quem preside o Plenário é o Soberano Grande • 27 de Julho, data da ratificação do Tratado de
Primaz do Rito Brasileiro. Amizade e Aliança Maçônica com o Grande O-
riente do Brasil, em 1968.
MAGNA REITORIA • 23 de Dezembro, data da fundação do Rito Bra-
sileiro, em 1914.
É a 'parte Administrativa do Rito Brasileiro de Ma-
çons Antigos, Livres e Aceitos, é o Poder Executivo do Ri- o Soberano Supremo Conclave como Oficina Che-
to Brasileiro, sua funcionalidade é executada pela Magna fe do Rito Brasileiro, possui uma Estrutura Administrativa
Reitoria, que é o mais alto corpo Administrativo do Sobe- funcional, pratica e atuante, com poderes Legislativo E-
rano Supremo Conclave, a quem cabe: planejar, decidir e xecutivo e Judiciário na forma de três cârnaras., ,
executar as normas que regem seu funcionamento sobre
"NORMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA" 7\
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA"
70
vos e Judiciário Federal e Estaduais com quaisquer dos
matérias: jurídicas, financeiras e administrativas de um
cargos do Supremo Conclave de Grande Primaz, Grande
Regente, Grande Chefe de Gabinete, Grande Secretário, modo geral.
A Magna Reitoria se reúne ordinariamente:
Grande Chanceler e Grande Secretário de Relações Exte-
riores, Delegado Litúrgico e Presidentes de Corpos Filosó-
• Nos Solstícios (24 de junho e 27 de Dezembro).
ficos. ~ • Nos Equinócios (21 de Março e 23 de Setem-
O Maçom que estiver acumulando cargos incompa-
tíveis, optará pelo exercício de um deles, no GOB ou no bro).
Supremo Conclave, caso contrário implicará a perda de • Extraordinariamente quando se fizer necessário.
um dos cargos que vinha exercendo.
A Magna Reitoria é dirigida pelo Soberano Grande
Primaz e auxiliado por 11 (onze) membros efetivos, e sua
CÚRIA OSIRIANA
composição reproduz em quase sua totalidade, aos car-
É o poder Judiciário do Soberano Supremo Con- gos de qualquer Oficina de Trabalho:
clave, é composto de 3 (três) membros de livre escolha e
01 - Soberano Grande Primaz.
nomeação do Soberano Grande Primaz, e tem um man-
02 - Grande Regente.
dado de dois anos.
O membro da Cúria Osiriana não pode acumular 03 - Grande Orador.
04 - Grande Secretário.
função ou êargo na Magna Reitoria.
05 - Grande Tesoureiro.
Tem sede no Supremo Conclave e tem jurisdição
06 - Grande Chanceler.
em todo o território nacional.
07 - Grande Hospitaleiro.
Compete a Cúria Osiriana:
08 - Grande Mestre de Cerimônias.
09 - Grande Porta Bandeira.
• Julgar qualquer Maçom do grau 33 do Rito Bra- 10 - Grande Porta Estandarte.
sileiro, por delitos maçônicos, garantindo ampla 11 - Grande Guarda do Templo.
defesa ao acusado, com exceção dos Membros
Efetivos do Supremo Conclave, que são julga- Tendo em conta o princípio Administrativo da com-
dos exclusivamente pelo Plenário, em Sessão
pleta separação e independência entre o GOB e Supremo
s,ecreta, exclusiva a seus integrantes, sob pena
Conclave, têm por incompatíveis quaisquer dos cargos do
de nulidade, são admitidas as presenças das
GOB de Grão Mestre, Grão Mestre Geral Adjunto, Secre-
partes e de seus defensores; os efeitos correm
tários Gerais de Gabinete, Administração, Guarda dos Se-
rio estrito segredo de Justiça maçônico.
, • Julgar, em grau de recurso, qualquer Membro
das Oficinas Litúrgicas subordinadas ao Supre-
Ios, Finanças e de Relações Maçônicas Exteriores, Grão
Mestres Estaduais e do Distrito Federal, Grão Mestres Ad-
t juntos Estaduais e do Distrito Federal, Grandes Secretá-
mo Conclave.
) rios Estaduais de Gabi[1ete, Administração, Guarda dos
Selos e de Finanças, Bresidentes dos Poderes Legislati-
,•

)
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 73 72 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
• Assessorar o Soberano Grande Primaz em Eventuais lacunas das normas legais do Rito, serão
questões de ensino e cultura universal. supridas por decisões ou jurisprudência da Cúria Osiriana,
• Editar livros sobre Maçonaria, que versam sobre fundamentadas na analogia com a lei maçônica ou civil,
história, doutrina, filosofia, etc., do Rito Brasilei- nos costumes maçônicos e nos princípios gerais da Fran-
ro. co Maçonaria.
• Atender e responder às consultas dos Irmãos, Os assuntos apreciados pela Cúria Osiriana origi-
Lojas Simbólicas e Oficinas Litúrgicas sobre na-se por determinação do Soberano Grande Primaz, por
matéria maçônica, exceto de natureza adminis- meio de processo instruído pelo Grande Orador do Sobe-
tratíva. rano Supremo Conclave; em prancha do Presidente de
• Organizar seminários, encontros, congressos e cada Oficina Litúrgica subordinada, acompanhada de pe-
promoções culturais do Rito Brasileiro. tição circunstanciada e de copia dos autos da decisão re-
• Dirimir dúvidas, interpretações, lacunas e omis- corrida.
sões, às vezes encontradas nos rituais do Sim- É absolutamente interdito, fora do âmbito da Cúria
bolismo e das Oficinas Litúrgicas do Rito Brasi- e de seu lugar de reunião, qualquer comentário ou dis-
léiro. cussão de qualquer assunto sob seus cuidados.
• Produzir o material necessário a publicação re- Os Membros da Cúria Osiriana gozam das imuni-
gular dos Documentos do Rito, dando continui- dades próprias da função judiciária e o exercício da fun-
dade á coleção encetada por Álvaro Palmeira. ção.
O terno Osiriana, vem de Osíris deus da Mitologia
Egípcia, que julgava após a morte do homem, o que ele
GRANDE PROCURADORIA fez de Bem e o que fez de Mal.
Cúria vem de Tribunal (julgamento).
É um órgão de Assessoria do Soberano Supremo No grau 31, Guardião do Bem Público, é ministrado
.Conclave, essa função é exercido pelo Grande Procura- ensinamentos sobre o Tribunal de Osíris .
dor do Rito.
A escolha e nomeação do Irmão para exercer esse SUPERIOR CONSELHO DE
cargo, é de livre escolha do Soberano Grande Primaz, a
função do Grande Procurador é de advocacia externa.
CULTURA

O Superior Conselho de Cultura é composto de se-


GRANDE CONSULTORIA te membros efetivos Servidores da Ordem, da Pátria e da
Humanidade, nomeados pelo Soberano Grande Primaz, e
É um órgão de Assessoria do Soberano Supremo são Irmãos altamente qualificados e conhecedores do Ri-
Conclave, essa função é exercido pelo Grande Consultor to Brasileiro, e quem preside o Superior Conselho, é o
do Rito. Grande Instrutor do Rito. \
As funções do Superior Conselho de Cultura são:
. \
J
)
"NORl'\1AS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 75

um (ou mais) período, se assim desejar a comunidade Es- 74 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
tadual do Rito.
A escolha e nomeação do Irmão para exercer esse
_ Os Delegados Litúrgicos atuam como elo de liga- cargo, é de livre escolha do Soberano Grande Primaz,
çao entre o Soberano Supremo Conclave e as Oficinas Li- sua função é de consultoria geral.
túrgicas dos Estados, Lojas Simbólicas do Rito Brasileiro
e Autoridades Maçônicas.
Quando necessário, o Soberano Grande Primaz do COMISSÕES
Rito, ~oderá n~m~ar Delegados Litúrgicos Adjuntos, pre-
ferencialmente Indicados pelo titulares. O Soberano Supremo Conclave dispõe de cinco
Comissões, que funcionam como órgãos de apoio e as-
O Delegado Litúrgico é o representa legal e legiti-
mo do Soberano Supremo Conclave em seu Estado, e o sessoramento, cada uma dentro de sua área especifica,
representara junto aos poderes Maçônicos, Lojas Simbóli- que são:
cas, <?~icinasLitúrgicas ou outras atribuições que forem
especificadas pelo Soberano Supremo Conclave. • De Graus.
Poderá ainda a Delegacia Estadual, ter em sua Es- • De Finanças.
trutura Administrativa: • De Relações Publicas e Maçônicas.
• De Litúrgia e Ritualística.
• Secretário. • De Jurisprudência e Legislação.
• Tesoureiro.
• Comissão de Graus. As escolhas e nomeações dos Irmãos para exerce-
•• Conselho de Cultura. rem cargos nessas Comissões são de livre escolhas e
nomeações do Soberano Grande Primaz.
o SEMEADOR Cada Comissão são composta de três Irmãos esco-
lhidos e nomeados pelo Soberano Grande Primaz, dentre
É o principal veiculo de divulgação do Soberano os Membros Efetivos do Supremo Conclave.
Sup~emo Conclave, publicado regularmente, e também é
o veiculo de comunicação dos membros do Superior Con- DELEGACIAS LITÚRGICAS
selho de Cultura do Rito Brasileiro.
~ Rito Brasileiro tem como preceito regulamentar a Em cada Estado da Federação, quando há Oficinas
pro~oçoes de cursos de estudos maçônicos, como forma Litúrgicas, terá uma Delegacia Litúrgica, que ~éa repre-
~e divulgar e expandir a doutrina do Rito, e o principal ar- sentante Legal e Legitima da Oficina Chefe do Rito em
ticulador desse preceito e expansão dessa mentalidade é seu Estado.
realizado através de "O Semeador", e pelo Superior C~n- Para exercer o cargo de Delegado Litúrgico do Rito
selho de Cultura. Brasileiro, o Irmão deve ter colado o Sumo Grau 33 do Ri-
to Brasileiro.~;
O Delegado Litúrgico é nomeado pelo Soberano
Grande Primaz, para um período de três anos, vencido
esse período, poderá novamente ser nomeado para mais
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTlJRA" 77

76 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"


• "Nessa obra são considerados os Ritos, então
existentes em 1864. O autor inicia o seu estudo
pelo Rito Francês, parecendo ter-lhe simpatia,
mas esclarece, no prólogo, em sua parte final, o
seu pensamento, com o seguinte apelo, que
mSfóRIA DO RIfO
fez":
história do Rito Brasileiro de Mações Antigos,
Prólogo A Livres e Aceitos, esta dividida em seis partes:
• "Não foi pretensão nossa inculcarmos antes o
- O APELO DE UM SÉCULO.
Rito Maçônico Francês do que outro qualquer,
- CONSTITUiÇÃO DA MAÇONARIA DO
mas bem pelo contrário nós solicitamos aos
ESPECIAL RITO BRASILEIRO.
00:. Lusitano e Brasileiro a fazer um RITO - FUNDAÇÃO DO RITO BRASILEIRO.
novo e independente que, tendo por base os
- MOVIMENTO DE 1921.
Graus
. Simbólicos comuns a todos os Ritos , - REIMPLANTAÇÃO DO RITO
tenha, contudo os altos Graus Misteriosos di- BRASILEIRO 1940/44.
ferentes e nacionais". - - REIMPLANTAÇÃO DO RITO
• '~Convimosem que semelhante reforma, é con- BRASILEIRO 1968.
traria ao cosmopolitismo e à tolerância maçôni-
ca, mas também é verdade que, enquanto os o APELO DE UM SÉCULO
Maçons forem bons patriotas e os povos fisi-
camente desiguais, a conservação de um Rito Transcrevo abaixo, texto publicado no Documento
universal parece-nos quase impossível: talvez do Rito Brasileiro n.? 29 sobre o primeiro movimento ma-
que um tão gigantesco projeto só poderá ter çônico para a formação de um Rito Nacional, escrito pelo
~ealidade no vigésimo século". Soberano Irmão Álvaro Palmeira:

Assim termina o prólogo. . • "Em 1864 foi publicado em Paris - França, "Bi-
Os grifos são do próprio autor. blioteca Maçônica ou Instrução Completa do
Era a antevisão do futuro, só no século XX, real- Franco Maçom", de autoria do Irmão Miguel An-
mente o apelo se tornou realidade. tônio Dias, de origem portuguesa, que modes-
O autor, clássico em Maçonaria, quando se referiu tamente se disse "um cavaleiro Rosa Cruz". E-
aos Altos Graus "diferentes e nacionais", não estava, evi- ra, aliás, usual, entre os grandes autores maçô-
dentemente, pretendendo criar uma Maçonaria nacional, o nicos essa modéstia".
que seria uma negação da Ordem Universal, tanto que • "A "Biblioteca Maçônica ou Instrução Completa
encareceu '.fossem os Graus Simbólicos do novo Rito do Franco Maçom" é uma obra clássica, com-
"comum a todos os Ritos". E é nesse ponto precisamente pleta, em 2 volumes e 6 tomos, citada como
que se resguarda a unidade Doutrinária da Ordem. consulta por todos quantos se ocupam de Ma-
çonaria".
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 79 78 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"

• O clero achava que a Maçonaria era a fonte de O autor entendeu, pois, corretamente, que se devia
conspiração dessas reformas, dando início a um manter fidelidade à universal Tradição maçônica do Sim-
embate dos bispos contra a Arte Real. bolismo, mas os Altos Graus serem formulados sob a in-
• Contudo, na época, existiam inúmeros sacerdotes fluência do meio histórico e geográfico da Pátria em que
filiados à Ordem e pessoas ilustres que pertenciam se vive, sob a sua índole, inspiração e pendores.
às Irmandades religiosas e eram Maçons. É esse, sem dúvida, o ideal em Maçonaria: a diver-
• A partir de 1872, na Província de Pernambuco, sidade dentro da unidade, atendendo-se ao gênio de cada
com a chegada do Frei Vital Maria Gonçalves de Raça, porque a Maçonaria não é desnacionalizante.
Oliveira, Bispo de OI inda, o embate entre a Igreja Agora, perguntamos nós: não veio o Rito Brasileiro
pernambucana e a Maçonaria chegou ao seu clí- realmente sancionar esse apelo do consagrado autor da
max, proibindo que o clero funcionasse em cerimô- "Biblioteca Maçônica ou Instrução Completa do Franco
nias'Maçônicas. Maçom"? Decerto que sim.
• D. VJtal de posse de inúmeros nomes de sacerdo-
tes filiados à ordem e de maçons pertencentes às CONSTITUiÇÃO DA MAÇONARIA
Irmandades religiosas, publicados pelos jornais, ar- DO ESPECIAL RITO BRASILEIRO
tlculóu-se violentamente para afastar os clérigos da
Foi encontrada na Biblioteca Nacional do Rio de
Maçonaria e expulsar os Maçons das Irmandades.
Janeiro, entre os documentos deixados pelo Imperador do
• As rrmandades se recusaram a expulsar seus Ir-
Brasil, D. Pedro 11, em dois volumes, a Constituição da
mãos Maçons e foram interditadas pelo Bispo, isto
Maçonaria do Especial Rito Brasileiro.
é, foram proibidas de assistirem missa como socie-
Esse movimento foi realizado e idealizado por um
dades religiosas. Nesta altura a contenda se es-
comerciante de nome José Firmo Xavier, no oriente de
tendeu para a Província do Pará, onde o Bispo D.
Recife estado de Pernambuco.
Antônio Macedo imitava o Bispo de Olinda.
Abaixo transcrevo texto de autoria do Eminente Ir-
• O desenrolar da história acabou por envolver o Im-
mão Jose Robson Gouveia Freire:
perador D. Pedro 11, que teve sua figura aviltada
• O Estado Brasileiro, nos idos de 1850, com intuito
pelos Bispos, que quando instados a suspenderem
de superar as dificuldades que a Igreja causava ao
suas ações, não reconsideraram os seus atos, de
progresso do País, aos poucos, por meio de leis
techarern setenta Irmandades, capelas e igrejas e
ordinárias foi pau)atinamente afastando á Igreja de
procissões.
determinadas prerrogativas: criação do registro civil
• Esgotado o diálogo, D. Vital e D. Macedo foram
obrigatório, criação do casamento civil, construção
presos após recurso do Imperador ao Conselho do
de cemitérios pelas câmaras municipais' sem qual-
Estado, pois os Bispos estavam fora da lei por ne-
quer dependência da autoridade eclesiástica, revi-
garem legitimidade ao beneplácito imperial que va-
são de decisões dos padres por tribunais ou magis-
lidava as Bulas do Papa, pois as Bulas que exco-
trados civis. ~
mungavam os Maçons não foram submetidas a D.
Pedro li.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 81
80 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
Junho, com a entrega solene das Cartas dos Libertos pelo
• Os clérigos foram anistiados em 1875, pelo Duque
respectivo cofre de emancipação. de Caxias, Maçom e Presidente do Gabinete, que
A Regência das Casas durava o período de um
em pouco tempo galgaria ao Grão-Mestrado da
ano, e era composta de um Venerável, quatro Vigilantes
Ordem, a contragosto do Imperador, que transfor-
(dois titulares e dois suplentes), um Orador, um Secretá-
mou a contenda em caso pessoal, nunca perdoan-
rio, um Tesoureiro, um Fiel, dois Guardas da Cruz, quatro
do aos Bispos, mesmo depois da anistia.
Defensores e quatro Acusadores, quatro Sindicantes,
• Luís Alves de Lima e Silva demonstrou com a sua
quatro Mestres, quatro Andadores e dois Guardas do
magnanimidade, que na Maçonaria há tolerância,
Templo. O Irmão eleito Venerável só poderia ser reeleito
solidariedade humana e fraternidade.
depois de findar quatro anos da sua administração.
No período compreendido entre 1878 a 1882 o
Além do Oriente, os Irmãos tomavam assento na
negociante José Firmo Xavier criou uma sociedade secre-
Coluna do Norte do Vale do Soberbo Amazonas, de res-
ta à feição da Maçonaria, colocando-a sob os auspícios
ponsabilidade do Primeiro Vigilante, e na Coluna do Sul
da S. M. Imperador D. Pedro 11, da Família Imperial e do
do Vale do Prata, sob os cuidados do Segundo Vigilante;
Papa, era a Maçonaria do Especial Rito Brasileiro para as
pediam Vênia por duas palmas ao Venerável.
Casas do Círculo do Grande Oriente de Pernambuco.
O Irmão Orador tinha assento em lugar especial ao
Tinha por finalidade defender a religião católica,
lado esquerdo do Venerável; além de exercer as atuais a-
sustentar a Monarquia Brasileira, praticar caridade, de-
tribuições do cargo, ele também era o relator de todos os
senvolver as ciências, as letras, as artes, a indústria, o
processos, que eram entregues ao Acusador.
Os Irmãos Acusadores (Coluna do Norte) eram comércio, a agricultura e contribuir para a extinção do e-
lemento servil.
responsáveis pela acusação das faltas e erros dos Ir-
mãos, sendo a escolha de um deles por votação da Re- Era destinada somente a todos os brasileiros na-
gência. OS~,lrmãos Defensores (Coluna do Sul) eram ocu- tos, sem distinção de classe, como especifica o art. 30 da
pados na defesa dos Irmãos processados, sendo um de- sua Constituição.
A base do Rito era a Maçonaria Simbólica com
les escolhido pelo Irmão acusado.
Os Irmãos Sindicantes tomavam assento na Colu- seus três Graus Simbólicos. Sobre essa base erguia-se a
na do Pratà e na Coluna do Amazonas e eram responsá- hierarquia dos 20 Altos Graus. As Lojas Simbólicas de ho-
je eram chamadas de Casas e tomavam o nome que qui-
veis em bem examinar e indagar das faltas chegadas quer
sessem, mas não podiam substituí-lo sob pretexto algum.
pela voz pública, ou pelas pranchas que receberem.
Os lrrnãos Mestres tomavam assento em ambas as Quando uma Casa abatia colunas, era proibido se instalar
outra com o mesmo nome.
Colunas e, dentre outras competências, eram responsá-
A Constituição deste Rito, em diversos artigos, re-
veis por erisínar aos Irmãos da sua Coluna os toques, si-
feria-se à emancipação dos escravos, dispensando cari-
nais e escrituração para bem poderem gozar e vencerem
nho e atenção à alforria, inclusive com a criação de um
nos mistérios da Santa Irmandade, bem como executar
cofre especial para se deitar o óbolo que quiserem a bem
todo trabalho cerimonial do Rito e de fazerem a polícia in-
da emancipação dos escravos, que era comemorada com
terna do Tabernáculo. festa, na data magna do aniversário do Rito, no dia 29 de
. I

"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA li 83 82 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"


deixadas, sobretudo em Pernambuco, pela "Questão Re- Os Guardas da Cruz, também tomavam assento
ligiosa", e sonhando ardentemente ver essa amizade res- em ambas as Colunas e eram chamados pelo Venerável
tabelecida, colocou o seu Rito sob a proteção de D. Pedro para junto do docel quando tiver de descerrar o Santo Pa-
11,da Família Imperial e do Papa. droeiro e aí ficarão de pé até o fim do ato.
Ainda, Álvaro Palmeira julga que o Rito não pros-
Os Guardas do Templo exerciam as mesmas fun-
perou, por conter preceito de irregularidade, como a só
ções dos nossos atuais Cobridores, sendo que, o que se
admissão de brasileiro nato.
encontrava no interior do Templo transmitia ao 2° Vigilan-
Assim, apesar de tudo, a Maçonaria do Especial
te tudo que de fora do Tabernáculo lhe era comunicado.
Rito Brasileiro não alcançou seus desígnios e abateu co-
Foi criado um Supremo Conselho do Grande Orien-
lunas talvez antes do tempo. '
te em Pernambuco, ao qual ficará sujeita a Maçonaria do
Especial Rito Brasileiro, que tinha o Imperador D. Pedro 11,
FUNDAÇÃO DO RITO BRASILEIRO a S. S. Pontifica e os Príncipes da Família Imperial como
Grandes Chefes Protetores, com o Grau 23, e como
o General Lauro Nina Sodré e Silva assumiu o Grande Chefe Propagador e vitalício, com o Grau 22, o
Grão Mestrado da Maçonaria em 21 de junho de 1904, e autor da idéia, José Firmo Xavier. Em caso de sua morte
durante quase treze anos empunhou o Supremo Malhete, o Grande Chefe Propagador seria substituído, por eleição
após diversas reeleições. Ao assumir os desígnios da do Supremo Conselho, tomando o que o substituir o título
Maçonaria Brasileira, Lauro Sodré já era uma figura res- de Chefe Conservador.
peitada e admirada no cenário político nacional. Desta- O autor do Rito encaminhou ao Imperador D. Pedro
cou-se na campanha abolicionista e na propaganda repu- 11uma cópia da Constituição do Rito acompanhada de
blicana; foi' discípulo dileto de Benjamim Constant e seu uma lista com os 838 nomes de irmãos, denominada Ca-
secretário quando este foi Ministro da Guerra; presidiu a derneta Nominal dos Sócios da Nobre e Augusta Casa
Província do Pará, pela primeira vez, aos 33 anos incom- Maçônica do Especial Rito Brasileiro Coração Livre e Po-
.pletos, em. 1891; opôs-se incisivamente ao golpe militar pular propagada e instalada em Pernambuco. Foi obser-
promovido por Deodoro, em 1891, contribuindo para a re- vado que após o nome de muitos, havia a palavra - Repu-
núncia do ditador; foi Senador pelo Pará (1897-1902) e blicano.
pelo Distrito Federal (1903). O Irmão Mário Behring informa que a tal lista foi
O Irmão Lauro Sodré cultuava a liberdade e o livre enviada a D. Pedro 11acompanhada da Constituição, para
arbítrio, e ôor isso participou do levante da Escola Militar que ele naturalmente soubesse quais os seus defensores
da Praia Vermelha contrário a obrigatoriedade da vacina- em Pernambuco, o que não se acredita, pois nessa ex-
ção contraa febre amarela, não por oporem-se contra a tensa relação havia vários republicanos que, certamente,
vacinação, :)'nascontra a sua obrigatoriedade. não seriam as pessoas ,indicadas para a defesa do Impe-
Esse foi o homem que conquistou o Supremo Ma- rador.
Ihete, em 1~04, e deteve o expressivo apoio e veneração Para Álvaro Palmeira, Grão-Mestre Geral Honorá-
de seus Irmãos, produzindo inúmeras realizações, entre rio em decorrência dos fatos anteriormente relatados, era
as quais destacamos: a criação do Grande Oriente do bem provável que Firmo Xavier queria fechar as feridas
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 85 84 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
de Janeiro, eram destacadas figuras da intelectual idade
Amazonas; a elaboração da nova Lei Magna do Grande
da sociedade e da política. '
Oriente, conhecida como Constituição Lauro Sodré
Finalmente, o Conselho Geral da Ordem, presidido
(1907); a criação do Grande Capítulo do Rito de York
pelo Poderoso Irmão Lauro Sodré, se reuniu em Sessão
(1913); promoveu o estreitamento de relações com a
Ordinária. no dia 21 de dezembro de 1914 e deliberou pelo Grande Loja Unida da Inglaterra; celebrou Tratados de
reconhecimento e adoção do Rito Brasileiro, gozando das Paz e Amizade com o Grande Oriente da Argentina
~esmas regalias concedidas aos demais Ritos reconhe- (1904) e com o Grande Oriente Lusitano (1907); criou o
cidos pelo Grande O~ente do Brasil, conforme proposta ensino primário obrigatório para filhos de Maçons (1915);
a~resentad,a pelo Irmao Grande Orador Interino Eugenio instituiu o registro do patrimônio maçônico (1916) e a or-
Pinto, aprovada pelos presentes, havendo apenas um vo-
ganização do Gabinete das Insígnias.
to contrário à medida, do Poderoso Irmão Carlos Duarte
Contudo, podemos afirmar que a mais importante
que achava desnecessário mais um Rito. Participaram d~
das suas contribuições para a Maçonaria Brasileira foi, in-
reunião, além dos já citados: Dr. Ticiano Daemon, Dr.
dubitavelmente, a criação do Rito Brasileiro.
Horta Barbosa, Dr. Monteiro de Souza, Dr. Octacílio Câ- Não se sabe quais as razões que levaram Lauro
mara, Dr. Floresta de Miranda, Dr. Loureiro de Andrade e Sodré a fundar o Rito Brasileiro. Teria sido uma resposta
Dr. Firmo Braga.
ao apelo do "Cavaleiro Rosa-Cruz" (1864), ou influência
No dia 23 de dezembro de 1914, foi baixado o De-
da Maçonaria do Especial Rito Brasileiro criada por José
creto n° 500, com o seguinte texto:
Firmo Xavier (1878 - 1882)?
Contudo, o que existe de mais concreto é que vá-
"Lauro Sodré, Grão Mestre da Ordem Maçônica no Bra-
rias reuniões de Maçons ocorreram na casa do General
sil".
José Joaquim do Rego Barros, no Quartel da Antiga Arti-
"Faz saber a todos os maçons e oficinas da Federação,
lharia de Costa, em 1914, onde o ideal trazido pelo Gene-
para que cumpram e façam cumprir, que em Sessão efe-
ral Lauro Sodré, o criador da idéia, tomou corpo. Partici-
tuada no dia 21 de dezembro deste ano, Ilustríssimo Con- param dessas reuniões e de outras ocorridas no Grande
selho Gerál da Ordem. aprovou o reconhecimento e in-
Oriente do Brasil, quando foi tratada a fundação do Rito,
corporaçã~ do Rito Br~sileiro entre os que compõem o
os Irmãos: Lauro Muller, Dr. Nilo Peçanha, Dr. José Mari-
Grande Onente do Brasil, com os mesmos ônus e direitos
ano Carneiro da Cunha, Amaro Albuquerque, A. O. de li-
re~ido Iiturg~camente pela sua constituição particular, res~
ma Rodrigues, Coelho Lisboa, Eugênio Lopes Pinto, Eva-
peitado o dl.spositivo do art. 34° do Regimento Geral, fi-
risto de Morais, Firmo Braga, Floresta de Miranda, Horta
c~,n?o autorizada a funcionar a sua Grande Loja, interme-
Barbosa, Joaquim Xavier Guimarães Natal, Leôncio Cor-
diária das relações entre os Irmãos do Rito e entre estes e
reia, Mário Behring, Monteiro de Souza, Otacílio Câmara,
os Poderes Maçônicos de que trata o art. 4° do Regimen-
Otávio Kelly, Ticiano Corrégio Daemon, Tomaz Cavalcan-
to Geral, o que é promulgado pelo presente decreto".
ti, Veríssimo José da Costa e Virgílio Antonino.
"Assinavam o decreto, Lauro Sodré, Grão-Mestre da Or-
As personalidades que se reuniam na casa do Co-
dem; Ticiano Corregio Daemon, Grande Secretário-Geral
mandante do antigo Quartel de Artilharia de Costa, no Rio
da Ordem; e A. O. Lima Rodrigues, Grande Chanceler.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 87
86 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
reconhecendo o profícuo trabalho deste insigne brasileiro
Contudo, Lauro Sodré, em decorrência de ter sido
em prol da Maçonaria Brasileira.
eleito para a Presidência da Província do Pará, e p~r ter
O Rito Brasileiro, desde o seu surgimento, em
de fixar sua residência fora da sede do Grande Onente
1914, foi se oficializando sem pressa, como vimos. De-
solicitou sua renúncia ao cargo de Grão-Mestre. Conster-
pois, ficou adormecido por várias razões, entre as quais
nado, o Conselho Geral da Ordem, em março d.e 1916, a
destacamos a eclosão da guerra de 1914-1918, bem co-
aceitou, assumindo interinamente o Contra-Almirante Ve-
mo a intolerância de Maçons que viam o Rito com des-
ríssimo José da Costa".
confiança é má fé e porque também não tinha constituída
a Oficina-Chefe, isto é, o Supremo Conclave, o que só vi-
Felizmente, o Soberano Grão-Mestre em exercíci?
ria a ocorrer em 1941, sob o nome de Conclave dos Ser-
vidores da Ordem e da Pátria. Veríssimo José da Costa se interessava bastante pelo RI-
Outro agravante era não existirem Rituais, nem pa- to Brasileiro e graças à ele, em 16 outubro d~ 1916: o De-
ra os três Graus Simbólicos, e só em 1940, Otaviano Me- creto n° 500 de 23 de dezembro de 1914, fOI remetido pa-
nezes Bastos redigiu e imprimiu o Grau Um, e Álvaro ra ser homo'logado pela Soberana Asse~bléia ~e~al, que
Palmeira redigiu e imprimiu o Grau Dois, ambos adotados reconheceu, consagrou e autorizou o Rito Brasileiro, por
pelo Conclàve. Palmeira ainda redigiu o Grau Três, mas estar em harmonia com os princípios maçônicos, cum-
não o imprimiu. prindo-se, assim o preceito do .EX-VI do n° 13 do art. 35
Quando o Rito Brasileiro surgiu, veio com 33 da Constituição de 24 de fevereiro de 1907.
Graus, sendo 3 Graus Simbólicos obrigatórios, e as 5 Or- A homologação deu origem ao Decre!o n° 536, de
dens de Altos Graus, que de acordo com a Constituição 17 de outubro de 1916, em cujo texto o Grao Mestre ~a
de 1917 eram: Cavaleiro do Rito; Paladino de Deus; A- Ordem em exercício, em conformidade com a resoluçao
póstolo do. Templo; Defensor do bem Público e Servidor da Soberana Assembléia-Geral, reconhecia, consagrava e
da Ordem e da Pátria. autorizava o Rito Brasileiro criado e incorporado ao Gran-
Em 1919, foi impressa a primeira Constituição do de Oriente do Brasil pelo Decreto n° 500, de 23 de de-
.Rito, sendo seu relator o Irmão Otaviano Meneses Bastos, zembro de 1914.
nela contendo, além dos 3 Graus Simbólicos, haviam 4 Tí- Prosseguindo, em 17 de junho d~ 1917, o Sobera:
tulos de Honra, correspondentes aos Graus 18, 21, 30, no Grão-Mestre Veríssimo da Costa, baixou o Decret? n
33: Cavaleiro do Rito, Paladino do Dever, Apóstolo do 554, que adotava e incorporava ~o patrim~ni? _daleglsl.a-
Bem Público e Servidor da Ordem e da Pátria. ção do Grande Oriente do Brasil ~ Constlt.ulç~~ d.ORito
Brasileiro, contendo a sua Declaraçao de Princfplos; Esta-
Desde o início a nomenclatura dos 30 Altos Graus
se afastou inteiramente da nomenclatura escocesa. tutos; Regulamentos; Rituais e Institutos. .~
Em 1919 Veríssimo da Costa num gesto de grande
Desde 1914, o Rito se declarou teísta, como o Rito
de York, admitindo a existência de Deus, o Supremo Ar- magnaminidad~, antes de entregar a Chefia ~a O~dem á
quiteto, e sua ação providencial no Universo. Nilo Peçanha, concedeu ao Irmão Lauro S~dre~o tltul~ ~e
Grande Benemérito da Ordem pelos servlços.especl~I~,
extraordinários e relevantes prestados aos ideais Maçôni-
cos, bem como o de Grão-Mestre Honorário da Ordem,
I",ORMAS - RITUALÍSTICA . ESTRUTURA" 89
88 "NORMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA"
trabalhar neste Rito, abandonou o Rito Brasileiro e assim
o Rito adormece novamente. A primeira Loja do Rito foi fundada na Província de
Outra tentativa deu-se novamente no oriente de Pernambuco, depois, em 1928, surgiu a Loja Ypiranga,
São Paulo, em 1928 (decreto 916 de 08/12/1928), quando em São Paulo.
a Loja Ipiranga, tentou trabalhar no Rito Brasileiro, tam- Acanhadamente surgia uma Loja do Rito Brasileiro
bém não teve sucesso. aqui e ali, que sem mais nem menos, abatia colunas ou
simplesmente mudava de Rito, porque não encontrava
REIMPLANTAÇÃO DO RITO ambiente favorável ou por falta absoluta de Rituais e de
BRASILEIRO 1940/44 Oficina Chefe, e essa situação perdurou até a década de
sessenta, quando assumiu a Direção do Grande Oriente
Em 1940, o Irmão Álvaro Palmeira propôs ao Grão do Brasil, o Irmão Professor Álvaro Palmeira, responsável
Mestre Geral em exercício do Grande Oriente do Brasil pela consolidação do Rito Brasileiro
Irmão Joaquim Rodrigues Neves, que se formasse uma
Comissão para a reestruturação do Rito Brasileiro, que MOVIMENTO DE 1921
estava adormecido desde os anos 20.
Na Ordem do Dia da Sessão Ordinária do Conse- Em 1921, o Grande Oriente de São Paulo, se des-
lho Geral da Ordem, ocorrida a 22 de julho de 1940, Ota- liga do Grande Oriente do Brasil, se tornando uma Potên-
viano Meneses Bastos fez a leitura do projeto da nova cia Independente, isso ocorreu por divergências políticas
Constituição do Rito, que foi aprovado com algumas e- entre o Grande Oriente do Brasil e o Grande Oriente de
mendas. Na mesma Sessão ordinária também foi aprova- São Paulo.
do o projeto de lei que autorizava ao Grão-Mestre: E neste mesmo ano de 1921, tentaram implantar o
• Ativar o funcionamento do Rito Brasileiro de con- Rito Brasileiro, editando Rituais nos três Graus Simbóli-
formidade com a sua Constituição e a iniciar a for- cos, haja visto que quando da fundação do Rito Brasileiro,
mação do seu Conclave, nomeando seus primeiros esses Rituais não foram editados pelo Grande Oriente do
fundadores. Brasil.
• Estimular a instalação da primeira Oficina do Rito Na realidade esses Rituais eram copias quase que
dispensando todas as taxas a que estiver sujeita e fieis do Rito de York, praticamente colocaram apenas as
os emolumentos dos três primeiros profanos que capas, uma vez que os Rituais do Rito de York, um ano
nela-se iniciarem. antes, em 1920, foram traduzidos do Inglês para o Portu-
• Conceder favores idênticos às Oficinas que passa- guês, e editados pelo Grande Oriente do Brasil.
rem .a funcionar seguindo o Rito Brasileiro, dentro Com os Rituais prontos, a Loja Campos Sales do
do prazo de 180 dias, renunciando ao regimento Oriente de São Paulo, recém fundada, passa a trabalhar
Capitular. no Sistema do Rito Brasileiro, tornando-se assim a primei-
• Providenciar junto ao Conclave, para que aos Ma- ra Loja Simbólica no Brasil a trabalhar no Rito Brasileiro.
çons Capitulares dessas Oficinas sejam concedi- A Loja Campos Sales trabalhou por pouco tempo
dos Títulos do Rito Brasileiro, correspondentes aos no Rito Brasileiro, pois a real intenção dessa Loja era tra-
balhar no Rito de York, quando recebeu autorização para
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 91
90
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
Em 19 de Abril de 1941, é aprovada e publicada a
Constituição do Rito Brasileiro, devidamente aprovada pe- Altos Graus possuídos, com o fim de constituírem
lo Conselho Geral do Grande Oriente do Brasil. os respectivos Corpos.
O Rito Brasileiro ficou Estruturado da seguinte ma-
neira: Assim, o Grão Mestrado através do Ato n° 1617, de
03 de agosto de 1940, em atenção à resolução tomada
• Grau 1 - Aprendiz. em Sessão Ordinária no dia 22 de julho pelo Conselho
• Grau 2 - Companheiro. Geral da Ordem, nomeia os Irmãos: Antônio de Oliveira
• Grau 3 - Mestre. Brito, Otaviano Meneses Bastos, Álvaro Palmeira, Ale-
• Grau 4 - Cavaleiro do Rito. xandre Brasil de Araújo, Romeu Gibson, Pedro Ramos e
• Grau 5 - Paladino do Dever. Oscar Argollo para procederem à formação do "Conclave
do Rito".
• Grau 6 - Apostolo do Templo.
• Grau 7 - Defensor do Bem Público. Em 06 de Fevereiro de 1941, o Grão-Mestre Joa-
quim Rodrigues Neves, em decorrência da Comissão ter
• Grau 8 - Servidor da Ordem e da Pátria.
cumprido a sua missão, nomeia a Comissão Instaladora
do Conclave dos Servidores da Pátria do Rito Brasileiro,
A Oficina Chefe do Rito passou a se chamar Sobe-
sendo o seu presidente o Irmão. Otaviano Meneses Me-
rano Supremo Conclave do Rito Brasileiro, foi eleito para
nezes Bastos, e como demais membros os Irmãos: Arthur
dirigir o Rito, o Irmão Otaviano de Menezes. B~stos, q~e
Paulino de Souza, José Marcello Moreira, Capitulino dos
passou a ter o titulo de Soberano Grande Principal .(hoJe, Santos Júnior e Aristides Lopes Vieira.
Soberano Grande Primaz) e o Irmão Alvaro Palmeira de
Até 1940, não existiam Rituais, nem para os três
Grande Propaqador (hoje, Grande Regente).
Graus Simbólicos, quando Otaviano Meneses Bastos re-
Neste período as Lojas Simbólicas que trabalharam
digiu e imprimiu o do Grau de Aprendiz, e Álvaro Palmeira
no Rito Brasileiro foram:
redigiu e imprimiu o do Grau de Companheiro, ambos a-
dotados pelo Conclave. Palmeira ainda redigiu o do Grau
• Loja Brasil, do oriente de São Paulo - SP. de Mestre, mas não o imprimiu.
• Loja General Moreira Guimarães, do oriente de
E tudo ali, em 1940 era patriótico: a Aclamação
Porto Alegre - RS. (Brasil, Ordem, Amor), a Palavra de Passe (Cruzeiro do
• Loja José Garibaldi, do oriente de Nova Lima Sul), a decoração verde-amarelo dos templos (paredes,
MG. altares, dossell), a exigência de "ser preferencialmente
• Loja Duque de Caxias, do oriente da Guanaba- brasileiro".
ra, hoje estado do Rio de Janeiro - RJ.
No dia 30 de abril de 1941, dá-se a regularização
• Loja Pinheiro Machado, do oriente de Belo Hori- no Rito Brasileiro da Loja Brasil. Em 10 de julho de 1941 o
zonte - MG. Grão-Mestre Joaquim Rodrigues Neves, baixou o decreto
• Loja Gonçalves Ledo, do oriente de Belo Hori- n° 1259, aumentando para 10 o número de profanos que
zonte - MG. seriam dispensados dos emolumentos cabíveis ao se ini-
ciarem no Rito Brasileiro.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 93
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
REIMPLANTAÇÃO DO RITO Devido a desavenças surgidas envolvendo os Ir-
BRASILEIRO 1968 mãos Otaviano Menezes Bastos e Álvaro Palmeira, com o
Grão Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, Irmão
A implantação definitiva e vitoriosa do Rito Brasilei- Joaquim Rodrigues Neves, disso, resultou em 194,4, na
ro, só ocorreu em 1968, quando o Irmão Álvaro Palmeira, saída do Grande Oriente do Brasil, dos Irmãos Alvaro
então Grão Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, Palmeira e Otaviano Menezes Bastos, assim o Rito ador-
editou o Decreto n." 2080, em 19 de Março daquele ano. meceu neste mesmo ano de 1944.
Atra'Qésdesse decreto foi nomeada uma comissão As Lojas Simbólicas foram abandonando o Rito, até
de 15 membros, com amplos poderes de revisão e rees- que em 1946, não havia nenhuma Loja Simbólica traba-
truturação do que fora feito até ali, a fim de pôr o Rito rigo- lhando no Rito Brasileiro, sendo a ultima a sair do Rito, foi
rosamentede acordo às exigências maçônicas da Regu- a Loja Brasil em 1946.
laridade Internacional de Rito, conferindo-lhe: "âmbito uni- No ano de 1949, foi fundada no oriente de Teresina
versal, e separando o Simbolismo do Filosófico e constitu- estado do Piauí a Loja Simbólica "Cruzeiro do Sul" e em
indo-o em real veículo da Renovação da Ordem, concili- 1958 no oriente de Natal estado do Rio Grande do Norte a
ando a Tradição com a Evolução". Loja Simbólica "Grementino Câmara", anos depois essas
Até nesta data de 19 de Março de 1968, não havia Lojas abateram colunas.
no Brasil, nenhuma Loja Simbólica trabalhando no Rito Em 31 de Maio de 1956, foi fundada a Loja Simbó-
Brasileiro, a ultima Loja que trabalhou no Rito, foi a Loja lica "Renovação", no oriente do Rio de Janeiro que pas-
"Fraternidade e Progresso 111" do oriente de Petrópolis-RJ, sou a trabalhar no Rito Brasileiro.
que abateu coluna em 1965.
A Loja Simbólica "Fraternidade e Progresso 111"do
Alem de não haver nenhuma Loja Simbólica, o Rito oriente de Petrópolis estado do Rio de Janeiro foi fundada
Brasileiro estava com sua Oficina Chefe, o Soberano Su- no Rito Brasileiro, em 23 de Janeiro de 1957, trabalhou no
premo Conclave, adormecida desde o ano de 1944. Rito até o ano de 1965, quando adormece e junto com ela
novamente o Rito Brasileiro.
DECRETO N.o 2080, DE 19 DE MARÇO Em 14 de Julho de 1961, foi fundada a Loja Simbó-
DE 1968 DA E.I. V.I. lica "14 de Julho V", no oriente de Belo Horizonte - MG.
Em 26 de Fevereiro de 1962, foi fundada a Loja
RENOVA EM SEUS SUPERIORES OBJETIVOS O ATO Simbólica "Alvorada" no oriente de São Paulo. 1
N.o 1617 DE 3 DE AGOSTO DE 1940 E:. V:., COMO O Em 1963, o Irmão Álvaro Palmeira foi eleito e em-
MARCO INICIAL DA EFETIVA IMPLANTAÇÃO DO RITO possado Grão Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil,
BRASILEIRO. neste ano havia três Lojas Simbólicas trabalhando no Rito
Brasileiro: "Fraternidade e Progresso 111";Loja ":'14 de Ju-
O professor Álvaro Palmeira, Grão Mestre Geral do lho" e Loja "Alvorada". r

Grande, Oriente do Brasil, na forma do artigo 71, da No final de sua gestão no Grande Oriente do Brasil,
Constituição: o Irmão Álvaro Palmeira, reimplanta o Rito Brasileiro.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA 1\ 95
94 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
• 7 - Considerando que recentemente foram regulariza-
das no Rito Brasileiro: em 1956 a Augusta Loja "Reno- A GÊNESE DO RITO BRASILEIRO
vação", no Poder Central; em 1957 a Augusta Loja
"Fraternidade e Progresso 111", ao Oriente de Petrópolis • 1 - Considerando que o Grande Oriente do Brasil é ho-
e nesse mesmo ano a Augusta Loja "Alvorada", ao O- je, pelo numero de suas Lojas, a maior Potência Ma-
riente de São Paulo, compelidas depois a mudarem de çônica da latinidade e a terceira em todo o mundo.
Rito, assim como a Augusta Loja "Quatorze de Julho • 2 - Considerando que o Rito Brasileiro foi reconhecido
V", ao Oriente de Belo Horizonte, que não se pôde ins- pelo Grande Oriente do Brasil e incorporado (Decreto
talar no Rito, pelos motivos já referidos. n.? 500, de 23 de Dezembro de 1914), reconhecido,
• 8 - Considerando que o vigente Regulamento Geral da consagrado e autorizado (Decreto n.° 536, de 17 de
Ordem refere-se em seu artigo 24 ao Rito Brasileiro Outubro de 1916, de conformidade com a resolução
(Regulamento Geral, ed. de 1958). da Soberana Assembléia) e adotada e incorporada
sua Constituição (Decreto n." 554, de 13 de Julho de
A INEVITÁVEL POSiÇÃO DA 1917, o que este decreto constituía, já então, uma cla-
ra afirmação de maioridade maçônica).
MAÇONARIA UNIVERSAL
• 3 - Considerando que houve duas tentativas para a
implantação efetiva do Rito, uma em 1921 em São
• 9 - Considerando que o Rito Brasileiro, por seu conte- Paulo e outra em 1940 na Guanabara, publicando-se
údo, é hoje mais do que ontem, uma necessidade da na oportunidade alguns Rituais e fundando-se algu-
Ordem Universal, integrando na Maçonaria Contem- mas Lojas.
plativa a Maçonaria Militante, isto é, harmonizando o • 4 - Considerando que à revelia nesses movimentos,
estrutural com o temporal.
um tanto ou quanto obstaculizados, surgiram em épo-
• 10 - Considerando que em um inquérito recente, reali- cas diferentes, em diversos Orientes, Lojas do Rito
zado nos Estados Unidos da América (sem dúvida um Brasileiro, e ultimamente várias outras, mas fracassa-
dos sustentáculos da Tradição) entre 1500 maçons da ram, pela falta de Rituais completos e ausência de go-
maior evidência, 74% responderam afirmativamente à verno no Filosofismo do Rito.
necessitlade de uma reformulação da Maçonaria, para
• 5 - Considerando que em 1940 foi baixado pelo Grão
que ela' possa responder às exigências da época em
Mestrado Geral um Ato, o de numero 1617, de 3 de
que vive (vide: "Boletim do Grande Oriente do Brasil
Agosto, nomeando 7 Irmãos para constituírem o nú-
mês de março/abril de 1961, reproduzindo a revista
cleo do Corpo máximo do Rito Brasileiro (Supremo
Die Bruderschaft, de maio de 1960").
Conclave) e em 1941 outro Ato, o de numero 1636, de
• 11 - Considerando que qualquer inovação no compor-
6 de Fevereiro, designando a Comissão encarregada
tamento do trabalho maçônico não pode, porém, ja-
de regularizá-lo.
mais horizontalizar o peculiar e alto conteúdo doutriná- • 6 - Considerando que depois de 1940 vários Irmãos de
rio da Instituição. relevo foram agraciados com os mais altos títulos do
Rito, mas o Supremo Conclave, logo adiante, adorme-
ceu, por motivos vários.
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA" 97 96 "NORMAS - RITUALÍSTICA . ESTRUTIJRA"
mentais, que são a razão de ser da Ordem, ele sabe
contudo que a aplicação desses Princípios à realidade • 12 - Considerando que a Maçonaria, sem perder esse
varia com o contexto histórico da época, e que os caráter principal, intrínseco e característico de Institui-
ção Iniciatica de formação moral e filosófica, deve, en-
tempos novos exigem atitudes novas" (Alexandre
Chevalier, Grão Mestre do Grande Oriente da França, tretanto estar presente ao estudo dos problemas da ci-
em "Centre de Documentation", janeiro/fevereiro de vilização contemporânea e neles intervir superlativa-
1966). "' mente, para que a Humanidade possa encaminhar-se,
sobre o suporte da Fraternidade, a um mundo de Jus-
• 18 - Considerando que esse conceito de Evolução,
tiça, Liberdade e Paz, porque não há antagonismo en-
sem ferir a ortodoxia, está sendo afirmado, fora da li-
tre a Verdade e a Vida.:
nha latina, por outras Potências co-irmãs, como recen-
temente a Grande Loja de Israel, quando afirma "te- • 13 - Considerando que no Rito Brasileiro todos esses
mos sido duramente reclamados por um aumento de problemas podem fraternalmente ser debatidos, tendo
em vista que um dos fins do Rito é a formação da cul-
nossa atividades cívicas, numa forma digna para uma
tura político social dos Obreiros, paralela à indispen-
Ordern.sque tem os objetivos e o futuro da Franco Ma-
çonaria" (editorial da revista "Haboneh Hahofsch", ór- sável cultura doutrinária maçônica, para que os Ma-
gão oficial novembro de 1967). çons possam sentir, captar e dirigir o espírito de cada
século.
• 19 - Cchstderando que nessa mesma revista há uma
proclamação do M:. R:. Irmão Doyne Inmam, Grão • 14 - Considerando que a falta de objetivos públicos
tem concorrido para a formação de organizações pa-
Mestre da Grande Loja de Wisconsin (EUA), acentu-
ramaçônicas profanas, como o Rotary, Lion's, etc., on-
ando que "o patriotismo é uma qualificação essencial
de os maçons aplicam o inato pendor de bem fazer,
da Franco Maçonaria" e esta "o suporte da autoridade
mas desvinculados do suporte da Tradição, o que im-
legal e dos altos ideais sobre os quais a Nação foi fun-
pede rendimento maior e melhor.
dada".
.:;
~ •. • 15 - Considerando que a Igreja Católica nos apresen-
ta, hoje, um exemplo marcante de que é possível a
· A INATA VOCAÇÃO DO uma Instituição milenária atender à contingência do
GRANDE ORIENTE DO BRASIL momento que passa, sem perder a imanência das fon-
tes primeras da Doutrina.
• 20 - Considerando que foram exclusivamente as ativi- • 16 - Considerando que a Tradição não significa a abs-
dades físicas e de alto significado político nacional, tenção, nem exige o.imobilismo; que em 1717 se inau-
desde a Independência em 1822 até hoje (exercidas a gurou a fase atual da Maçonaria, e assim e?sa fase já
deslado dos cânones primordiais) que deram o brilho, tem dois séculos e meio; que sem renovação não há
a honra e a grandeza do Grande Oriente do Brasil, vida e o que se faz necessário é desenvolver dinâmi-
com o aplauso da Nação Soberana. ca: "o que importa é partir e não ter chegado".
• 21 - Considerando que, mesmo antes da Independên-
cia, a consclêncla dos maçons do Brasil os conduzia
• 17 - Considerando que na realidade "o Maçom vive
com o seu século, constrói para o seu século e se ele
inelutavelmente ao supremo trabalho em prol da Li-
não deve perder jamais de vista os Princípios Funda-
"~ORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA" 99
98 "NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA"
so desafio da vida contemporânea, como força esgo-
tada, - ou defrontá-Ia fortuitamente ao sabor dos acon- berdade e da Justiça Social, às custas, muitas veze~,
tecimentos. do sacrifício máximo, como Tiradentes e os RepublI-
• 27 - Considerando por fim que é mister produzir o "fiat" canos de Pernambuco de 1817, - o que ocorreu tam-
inicial do processo de implantação regular do Rito Bra- bém gloriosamente em outras terras latinas, - r:n~s es-
sileiro e essa alta e bela incumbência a assume o sas magnas atividades só cabem, .co~ autent~c.ldade,
Grão Mestre Geral, com a aprovação unânime do Ilus- num Rito que, como o Brasileiro, irnpoe a pr~tlc~. do
tre Conselho Federal da Ordem. Civismo em cada Pátria, para uma crescente diqnifica-
ção da vida pública social, - e não foi outro pens~me~-
to dos pioneiros de 1914, quando fundaram o Rito, li-
DECRETA:
derados pelo nobre e ínclito Lauro Sodré.
• 22 - Considerando que esse caráter construtivo do Ri-
• Art. 1° #- Fica constituída uma Comissão Especial,
to Brasileiro absolutamente não excede os parâmetros
composta der 15 Poderosos Irmãos com relevantes e
da Maçonaria, porque se, em verdade, a M~çon~ria é
notórios serviços prestados á Ordem, para rever, com
supranacional, ela não é, porém, de~na~lonallzan~e
plenos poderes, a Constituição do Rito Brasileiro, pu-
ou, em outras palavras: se a Maçonaria nao tem Pa-
blicadapelo Grande Oriente do Brasil em 1940, E:.
tria, os Maçons a têm.
V:., em face dos manifestos anteriores do referido Ri-
• 23 - Considerando, desta arte que é fácil vencer os
to, de modo a pô-lo rigorosamente de acordo às exi-
obstáculos da rotina e da incompreensão, tanto mais
gências maçônicas da Regularidade Internacional, fa-
quanto o Rito Brasileiro, sem incompatibilidade, convi-
zê-lo de âmbito Universal, separar o Simbolismo do Fi-
vera fraternalmente com todos os Ritos regulares, não
losofismo e constituí-lo em real veiculo de renovação
vem tomar o lugar de nenhum deles, mas preencher
da Ordem, conciliando a Tradição com a Evolução.
uma visível lacuna.
• Art. 2° .:-A Comissão acima referida, composta dos E- • 24 - Considerando o atual desejo insistente de nume-
minentes Irmãos: Almirante Benjamim Sodré Grão rosos Irmãos, em vários Orientes, de trabalharem no
Mestre Geral Honorário, e Erasmo Martins Pedro Grão sistema do Rito Brasileiro, mantendo, todavia sua fide-
lidade e gratidão aos Ritos tradicionais.
Mestre beral Adjunto e Deputado Federal; e mais os
Poderosos Irmãos: Professor Adhmar Flores, Alberto
Alves Sarda, Or. Álvaro de Melo Alves Filho, Ardvaldo HIC ET NUNC
Ramos; Dr, Cândido Ferreira de Almeida, Or. Edgar
Antunes de Alencar, Professor Eugênio Macedo Mato- • 25 - Considerando que o assunto não permite delon-
so, Or. Humberto Chaves, Or. Jorge de Biittencourt, gas, tanto mais quanto a Humanidade atra~essa u~a
Professor Jurandyr de Castro Pires Ferreira, Or. Nor- fase de mudanças de civilização e o futuro Invade VIO-
berto Santos, Or. Oscar Argollo (vindo do Supremo lentamente o presente.
Conclave de 1940) e General Tito Ascoli de Oliva Ma- • 26 - Considerando mais que o Maçom deve .conduzir e
não ser conduzido e, por isso, a Maçonaria não pode
continuar insensível ou, melhor, estranha ao vertigino-
"NORMAS - RITUALÍSTICA ~ESTRUTURA" 101 100 "NORMAS - RITUALÍSTICA ~ESTRUTURA"

Rito assim constituída: Almirante Benjamim Sodré, Gran- ya, constituirá o núcleo de um mês para a revisão pre-
de Primaz de Oficio; Jorge de Bittencourt, Grande Regen- tendida.
te; Ardvaldo Ramos, Grande Secretário; Oscar Argollo,
Grande Orador; Adhmar Flores, Grande Chanceler; Cân- • Art. 3° - O atual Grão Mestre Geral, por ser um dos
dido Ferreira de Almeida, Grande Tesoureiro Hospitaleiro; remanescentes do adormecido Conclave de 1940 e
Alberto Alves Sarda, Grande Mestre de Cerimônias; Nor- também porque a projetada Constituição obviamente
berto dos Santos, Grande Guarda do Templo e Álvaro envolverá matéria pertinente ao Filosofismo, mas com
Palmeira Grande Instrutor do Rito. implicações no Simbolismo, será o assessor da referi-
Também em 25 de Abril de 1968, foi fundada a da Comissão.
primeira Loja Simbólica do Rito Brasileiro nessa reimplan-
tação, a Loja Simbólica "Fraternidade e Civismo", no ori- • Dado e traçado no Gabinete do Grão Mestrado Geral
ente do Rio de Janeiro (Guanabara), o próprio nome é da Ordem, na cidade do Rio de Janeiro (Guanabara),
bastante sugestivo, uma vez que o Rito Brasileiro concilia em 19 de Março de 1968, E:. V: •.
a Tradição (Fraternidade) com a Evolução (Civismo), essa
Loja passou a ser a Loja Primaz do Rito Brasileiro. • A Notificação e a publicação do presente Decreto fi-
Em 04 de Maio de 1968, foi fundada a Loja Simbó- cam a cargo do Irmão Grande Secretário Geral de
lica "Arariboia", no Oriente de Niterói -RJ, tornando-se a
Administração para as Lojas, Delegacias e Grandes
segunda Loja do Rito.
Orientes Estaduais e o Grande Secretário Geral de
Em 07 de Maio de 1968, foi fundada a Loja Simbó-
Relações Maçônicas para as Potências co-irmãs do
lica "Castro Alves" no Oriente de Salvador- BA, tornando-
Simbolismo e do Filosofismo.
se a terceira Loja do Rito.
Em 24 de Maio de 1968, a Loja Simbólica "Labor e
• Grão Mestre Geral, a) Professor Álvaro Palmeira; o
Civismo" do Oriente de Cataguases - MG muda do Rito
Grande Secretário Geral de Administração a) Profes-
Francês para o Rito Brasileiro, tornando-se a quarta Loja sor Adhmar Flores; o Grande Secretário Geral de Re-
do Rito.
lações Maçônicas a) Professor Eugênio Macedo Mato-
Em 01 de Junho de 1968, é publicado no Boletim
so. Selado e Timbrado: a) Manoel Rodrigues Alves Fi-
do GOB, a provação da Constituição do Rito Brasileiro,
lho Grande Secretário da Guarda dos Selos.
pelo Conselho Federal da Ordem.
Para a assinatura de Tratado de Amizade e Aliança
O Soberano Supremo Conclave do Brasil para o Ri-
Maçônica, deveria ter embasamento Constitucional.
to Brasileiro foi reerguido em 25 de Abril de 1968, o Rito
Na Constituição do Grande Oriente do Brasil de
passou a ter nova denominação: Rito Brasileiro de Ma-
1955 em seu artigo 125 dizia o seguinte: çons Antigos, Livres e Aceitos.
• "Exigia sete Lojas Simbólicas funcionando na A Constituição do Rito Brasileiro foi aprovada em
Federação e Universalmente Reconhecido,
Sessão Especial do Soberano Supremo Conclave, reali-
nunca para Ritos a serem criados".
zada em 25 de Abril de 1968, foi lida, discutida e aprova-
da com algumas emendas, ficando a Magna Reitoria do
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA" 1m 102 "NORMAS - RITUALÍSTICA . ESTRUTURA"
Em 30 de Junho de 1968, o Grande Oriente do Mas na Constituição de 1962, tendo o Irmão Álvaro
Brasil constava com 699 Lojas Simbólicas sendo: 592 Lo- Palmeira como Presidente da Poderosa Assembléia Fe-
jas do Rito Escocês Antigo e Aceito; 47 Lojas do Rito deral Legislativa e também sendo Relator dessa revisão
Francês (Moderno); 37 Lojas do Rito Adonhiramita; 16 Lo- Constitucional, por sua influência, foi mudada a exigência
jas do Rito York e 4 Lojas do Rito Brasileiro de Maçons para assinatura de Tratados de Reconhecimentos, ficando
Antigos, Livres e Aceitos. assim em seu artigo 147:
Em 27 de Julho de 1968, a Assembléia Legislativa
Federal, aprova por unanimidade e com aplausos do Ple- • "O Grande Oriente do Brasil só celebraria Tra-
nário de pà, o Tratado de Amizade e Aliança Maçônica, tados de Mutuo Reconhecimento com qualquer
assinado pelo Grande Oriente do Brasil e o Supremo Potência Litúrgica, cujo Rito Regular seja prati-
Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro. cados pelo menos por 3 Lojas Simbólicas".
Em 16 de Julho, foi fundada a Loja Simbólica "16
de Julho" do Oriente de Itaboraí - RJ, tornando-se a quinta Na revisão da Constituição em 1967, ratifica o arti-
Loja do Rito. go 147, com um novo artigo, 170 que diz:
Em 07 de Novembro, foi fundada a Loja Simbólica
"Estrela de Paracambí", do oriente de Paracambí - RJ, • "Ratifica o artigo 147 da Constituição de 1962, e
tornando-se a sexta Loja do Rito. da autonomia ao Grão Mestre Geral do Grande
Em 08 de Novembro de 1968, foi fundada a Loja Oriente do Brasil de celebrar esses Tratados de
Simbólica "14 de Julho", do oriente de Santo Amaro - BA, Reconhecimento" .
tornando-se a sétima Loja do Rito.
Em Novembro de 1968, foi fundada a Loja Simbóli- E sendo assim, com o Rito Brasileiro possuindo
ca "Cruzeiro Fluminense", do oriente de São Gonçalo -
quatro Lojas Simbólicas e preenchendo as exigências pa-
RJ, tornando-se a oitava Loja do Rito.
ra o seu Reconhecimento, em 10 de Junho de 1968, foi
Com a grande cissão ocorrida em 1973 no Grande assinado o Tratado de Amizade e Aliança Maçônica entre
Oriente do Brasil, devido à desavença políticas, varias Lo- o Grande Oriente do Brasil e o Soberano Supremo Con-
jas Simbólicas se desligaram do GOB e formam Grandes clave do Rito Brasileiro, que é o tratado de Reconheci-
Orientes Estaduais Independentes, com isso, em 13 de
mento entre a Potência Simbólica e Filosófica.
Julho de 1974, quatro Lojas Simbólicas do Rito Brasileiro
Em 24 de Junho de 1968, o Soberano Irmão Álvaro
se desligaram do GOB e fundam em Cataguases no Ori-
Palmeira, passa o Grão Mestrado ao Soberano Grão Mes-
ente de Minas Gerais, uma outra Oficina Chefe do Rito
tre Geral eleito, Irmão Moacyr Arbex Dinamarco, compa-
Brasileiro, 'que recebeu o nome de Soberano Supremo
nheiro de Álvaro Palmeira no Grande Oriente Unido.
Conclave Autônomo do Rito Brasileiro, onde congregam
Entregando o Grão Mestrado ao seu sucessor, o
as Lojas Simbólicas do Rito Brasileiro dos Grandes Orien-
Irmão Álvaro Palmeira, passa a se dedicar-se exclusiva-
tes Independentes - COMAB.
mente ao Rito Brasileiro, que deixara totalmente constitu í-
A partir de sua estruturação em 1968, o Rito Brasi-
do , com sua Oficina Chefe funcionando e quatro Lojas
leiro passou a se expandir pelo Território Nacional, for-
Simbólicas também funcionando.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" )os )04 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
Brasil, patente do The General Grand Chapter of Royal mando Lojas Simbólicas e Oficinas Litúrgicas, constituin-
Arch Masons, Internacional) e Escocês Antigo e Aceito do hoje, no segundo Rito mais praticado no Brasil, estan-
(Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e do presente em todos os Estados da Federação.
Aceito da Maçonaria para a Republica Federativa do Bra- O Rito Brasileiro teve em sua História os seguintes
sil).
Soberanos Grandes Primazes:
o crescimento, fortalecimento e firmamento do Rito
Brasileiro, devem-se ao trabalho realizado pela sua Gran-
1° - Otaviano de Menezes Bastos, de 1941 a 1944.
de Oficina Chefe, o Soberano Supremo Conclave do Bra-
2° - Almirante Benjamim Sodré, Soberano Grande
sil para o Àito Brasileiro, que é uma Oficina Chefe atuan- Primaz Honorário.
te, nas pessoas de seus Soberanos Grandes Primaz, co- 3° - Humberto Chaves, de 25/04/68 à 21/12/68.
mo também o fora com o Soberano Irmão Alvaro Palmei- 4° - Adhemar Flores, de 21/12/68 à 31/08/71.
ra. 5° - Cândido Ferreira de Almeida, de 31/08/71 à
Atualmente esse trabalho é executado pelo Sobe- 09/12/88.
rano Grande Primaz Irmão Nei Inocêncio dos Santos, que 6° - Nei Inocêncio dos Santos, empossado em
não mede 'estorços de estar sempre junto com as Lojas
09/12/88, deste então é o Soberano Grande Primaz do Ri-
Simbólicas, Delegacias Litúrgicas e Corpos Filosóficos,
to, e devido ao seu trabalho pelo engrandecimento do Rito
em todo o Brasil, dando assistência e amparo.
Brasileiro, com certeza permanecerá por muitos anos diri-
A criação do Rito Brasileiro engloba uma história de
gindo o Rito, participou do reerguimento do Rito em 1968.
ideais, enfatizando que "a Maçonaria é universal, mas o
Maçom tem uma Pátria". Assim, o Rito Brasileiro vem a-
Neste ano de 2011, o Rito Brasileiro de Maçons
tender as peculiaridades sócio-geográficas que influenci-
Antigos, Livres e Aceitos, chega aos seus 43 anos de Re-
am o Maçom Brasileiro. implantação (1968) instalados em todos os Estados da
Álvaro Palmeira propôs a Maçonaria Social, que Federação, com Oficinas Simbólicas e Liturgicas funcio-
remete a maçonaria Universal, a Quarta fase, ao Quarto nando, constituindo no segundo Rito Maçônico mais prati-
Período, ao Quaternário. É a Maçonaria dinâmica, partici- cado no Brasil.
pativa, ecológica, preocupada com a sorte da Humanida- Apenas 43 anos de Reimplantação, se comparar-
de. É o Renascimento maçônico, no que a Ordem possui
mos aos nossos Ritos co-irmãos adotado pelo Grande O-
de mais belo e profundo: o Conhecimento e a Fraternida-
riente do Brasil, nós somos jovens, todos possuem mais
de esta é a missão destinada ao Rito Brasileiro, ideal de
de 200 anos de existência.
Álvaro Palmeira.
Neste inicio de século 21, o Rito Brasileiro repre-
sentado pela nossa Grande Oficina Chefe, o Soberano
Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro, possui
Tratados de Reconhecimento: com os Ritos: Adonhiramita
(Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita); Moderno
(Supremo Conselho do Rito Moderno para o Brasil); York
(Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 107 106
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"

INSTALAÇÃO DO RITO NO ESTADO


HISTóRIA DO RITO EM
o Rito Brasileiro de Maçons Antigo, Livre e Aceito,
foi realmente estruturado no Estado de Mato Grosso do MATO GROSSO DO SUL
Sul, nos anos de 1991 e 1992, dessa vez definitiva e vito-
riosa.
Em 1991, ocorreu eleição para o Grão Mestrado
Estadual, 6nde concorreram dois candidatos, o ex. Grão
Mestre Estadual Irmão Fadei Tajer Yunes e o Irmão' Antô-
N este ano de 2011, comemoramos 20 anos do
inicio da implantação do Rito Brasileiro de Ma-
çons Antigos, Livre e Aceitos, em nosso Estado, mais
nio Fernandes Teixeira, o desenrolar da campanha foi
precisamente, em Julho de 1991, com participação ativa
bastante tumultuada, o resultado eleitoral foi desfavorável
deste escrevinhador.
ao Irmão Antônio Fernandes Teixeira, por uma diferença
mínima de votos. A Historia do nosso Perene Rito Brasileiro começou
assim:
O Irmão Antônio Fernandes Teixeira, sentindo le-
sado nas votações realizadas em diversas Lojas Simbóli- A primeira movimentação para implantação do Rito
cas, onde. ocorreram as mais variadas irregularidades, Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos no Estado
com a finalidade de tirar a vitoria do Irmão Teixeira, fatos de Mato Grosso do Sul, deu-se no inicio dos anos de
1970.
que estamos acostumados a ver na Política Profana, mais
não no meio Maçônico. Em 07 de Novembro de 1970, foi fundada no orien-
Chegaram ao ponto de fotogra~ar.e filmar. a resi- te de Naviraí a Loja Simbólica "Ordem, Trabalho e Pro-
dência do Irmão Antônio Fernandes Teixeira e enviado ao gresso", federada ao Grande Oriente do Brasil. O interes-
Grão Mestrado Geral, como se dizendo, que o Irmão Tei- sante, é que a Carta Constitutiva dessa Loja Simbólica,
xeira não tlnha condição de dirigir o Grão Mestrado Esta- constava como sendo fundada no Rito Brasileiro, mais na
dual, pois morava em casa humilde, como se para isso o realidade sempre trabalhou no Rito Escocês Antigo e A-
. Irmão com dignidade para dirigir a Ordem tem que morar ceito, o Rito Brasileiro, portanto somente existiu no papel.
em Palacete. No ano de 1972, havia em Campo Grande apenas
Não.havendo alternativa, o Irmão Antônio Fernan- uma Loja Simbólica do Grande Oriente do Brasil, a Loja
des Teixeira recorreu do resultado dessa eleição, ao Su- Simbólica "União Fraternidade VI", que trabalhava e ainda
perior Tribunal Federal Eleitoral. trabalha no Rito Escocês Antigo e Aceito.
O Irmão Antônio Fernandes Teixeira, acompanha- Alguns Irmãos dessa Loja Simbólica fundaram a
do de Irmãos de Campo Grande, foram a Brasília, para Loja Simbólica "Fraternidade e Segredo", no Rlto Brasilei-
acompanhar o julgamento de sua petição, junto ao Supe- ro; por ser um Rito novo, seria difícil trabalhar no Rito
rior Tribunal Eleitoral, o resultado, foi desfavorável ao Ir- Brasileiro, e assim, essa Loja Simbólica passou a traba-
mão Teixeira. lhar no Rito Escocês Antigo e Aceito, que ocorre até hoje,
Estando no oriente de Brasília, o Irmão Antônio essas duas Lojas Simbólicas, estão atualmentê filiadas a
Fernandes Teixeira e sua comitiva, tiveram contato com COMAB (Confederação Maçônica do Brasil).
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 109
108 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
neiro de 1982; quando da mudança para o Rito Brasileiro
já havia mud~do seu endereço para Campo Grande, fat~ Irmãos do Rito Brasileiro, entre eles, os Irmãos Dagoberto
que ocorre ate hoje. Servolo de Oliveira (já falecido) e Guilherme Fagundes de
. , ~ Loja Simbólica "De Emulação" foi à segunda Loja Oliveira, esses Irmãos, fizeram uma boa propaganda do
51mbolIc~ a con~retizar o processo de mudança de Rito, Rito Brasileiro, inclusive cedendo ao Irmão Teixeira, vasto
em Sessoes realizadas nos dias 19 de Setembro e 10 de material sobre o Rito Brasileiro.
Outubro de. 1991, com aprovação absoluta de votos dos Retornando ao oriente de Campo Grande, o Irmão
Irmãos do quadro, cujo resultado da segunda Sessão fo- Antônio Fernandes Teixeira, iniciou o trabalho de implan-
ram ~2 votos f~voráv~is. e 03 votos contrários a mudança tação do Rito Brasileiro no Estado de Mato Grosso do Sul,
de Rito. Olrmao Antonio Fernandes Teixeira, como fun- que nessa época não havia nenhuma Loja Simbólica tra-
dador e m~mbro do quadro da Loja, teve um papel fun- balhando no Rito.
damentai para a mudança de Rito desta Loja, com um be- Esse trabalho se iniciou em três Lojas Simbólicas
lo trabalho de conscientização dos Irmãos de que o me- de Campo Grande: "Justiça e Perseverança", "De Emula-
lhor para a-Loja Simbólica "De Emulação" seria a mudan- ção" e "Edificadores de Templos", Lojas Simbólicas estas
ça para o Rito Brasileiro. que fizeram campanha para o Irmão Teixeira ao Grão
A Loja Simbólica "De Emulação" foi fundada no ori- Mestrado Estadual, essas Lojas trabalhavam no Rito Es-
ente de Campo Grande, em 17 de Novembro de 1988 cocês Antigo e Aceito.
trabalhou no Rito Escocês Antigo e Aceito até Outubro d~ A Loja Simbólica "Justiça e Perseverança" foi à
19~1, qu~ndo mudou para o Rito Brasileiro de Maçons primeira Loja Simbólica a concretizar o processo de mu-
Antigos, Livres e Aceitos. dança de Rito, em Sessões realizadas nos dias 17 de Se-
Hoje os quadros de Obreiros das Lojas Simbólicas: tembro e 01 de Outubro de 1991, cujo resultado foi à a-
"Justiça e Perseverança" e "De Emulação", são constituí- provação da mudança para o Rito Brasileiro, o resultado
dos em sua maioria absoluta de Irmãos iniciados no Rito da segunda Sessão, foram 19 votos favoráveis e dois vo-
Brasileiro, para nós, é um motivo de orgulho termos essas tos contrários a mudança de Rito.
Lojas Simbólicas na comunidade do Rito Brasileiro, como O trabalho de mudança de Rito nessa Loja Simbó-
também, os Irmãos que constituem seus quadros de O- lica foi realizado pelo Venerável Mestre, Irmão João New-
breiros. : ton Marques (também membro da Loja Simbólica "Edifi-
_ Na t.,?ja Si~~ólica "Edificadores de Templos", loja cadores de Templos"), Irmão Antônio Fernandes Teixeira
mae do Irmao Antonio Fernandes Teixeira, onde o mesmo (também membro da Loja Simbólica "Edificadores de
foi Iniciado, Elevado, Exaltado e Instalado, foi Venerável Templos"), Irmão Clovis Jacob Gomes membro do qua-
Mestre por dois períodos: de 1983 a 1985 e 1989 a 1990. dro, que veio anos depois a ocupar o cargo de Venerável
O Irmão Teixeira, recebeu apoio incondicional desse es- Mestre, não esquecendo os trabalhos realizados por to-
cre~inhador e de vários Irmãos do quadro, para a implan- dos os Irmãos do Quadro, porque sem eles a mudança
taçao do Rito Brasileiro em Campo Grande. para o Rito Brasileiro, não seria concretizado.
Em Sessão Ordinária realizada em 19 de Julho de A Loja Simbólica "Justiça e Perseverança" traba-
1991, o ImJão Teixeira, deu ciência a Loja do ocorrido em lhava no Rito Escocês Antigo e Aceito deste a sua funda-
ção, ocorrida no oriente de Rochedo - MS, em 21 de Ja-
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA" 111
110 "NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA"
Veneráveis Mestre da Loja; nesta Sessão, o Irmão Antô-
nio Fernandes Teixeira fez uma explanação sobre o Rito Brasília e, solicitou uma apresentação do Rito Brasileiro,
Brasileiro; o Irmão Adeil Marcelo Pirani (afastado da or- que foi aprovado por unanimidade, ficou marcada a reali-
dem), grau 33, disse aos Irmãos, que estava sendo pres- zação dessa Sessão para o dia 28 de Agosto de 1991.
sionado para não mudar de Rito, que mesmo com a pres- Nesta mesma Sessão, foi aprovado por unanimidade a
são, estava favorável a mudança para o Rito Brasileiro; cedência das terças feiras a Loja Simbólica "Justiça e
disseram esses Irmãos: que iríamos concretizar a mudan- Perseverança" .
ça para o Rito Brasileiro, apesar da pressão para não mu- Em 28 de Agosto de 1991, na Loja Simbólica "Edi-
darmos de Rito; não seria apenas um desafio implantar o ficadores de Templos", foi realizado uma Sessão Ordiná-
Rito Brasileiro, mais uma luta que deveríamos enfrentar, o ria de apresentação do Rito Brasileiro e o resultado dessa
quadro de: obreiros da Loja Simbólica "Edificadores de Sessão, foi um sucesso, participei dessa Sessão ocupan-
Templos" é forte, e os Irmãos são capacitados para sus- do o cargo de Segundo Vigilante, a partir daí, foram in-
tentar o Rito Brasileiro em nosso Estado; o Irmão Teixeira, crementados os trabalhos para a mudança de Rito.
disse que as Lojas Simbólicas "Justiça e Perseverança" e A Loja Simbólica "Edificadores de Templos", traba-
"De Emulação", estavam aguardando a decisão da Loja lhava no Rito Escocês Antigo e Aceito, desde a sua fun-
"Edificadores de Templos", para também mudarem para o dação, ocorrida em 11 de Julho de 1978.
Rito Brasileiro; o Irmão Mário Cardoso Miquilino, Orador Como haviam vários Irmãos enraizados na Tradi-
oficial da Goja, conclamou a todos os Irmãos, para que ção, contrário a mudança de Rito, houve por bem, reali-
mudássemos para o Rito Brasileiro; o Venerável Mestre zarmos trabalho de conscientização desses Irmãos, das
Milton Santolaia Miguel, disse que pessoalmente era con- vantagens para a Loja na mudança de Rito.
trario a mudança de Rito, mais a decisão seria da Loja; o Em Sessão Ordinária realizada em 06 de Setembro
resultado da votação foi 29 votos a favor e 6 contra, mas de 1991, por solicitação assinada por 24 Irmãos, inclusive
a votação não foi validada, pois não atingiu o quorum mí- esse escrevinhador, solicitando que a Loja Simbólica "Edi-
nimo de 45 Irmãos presentes a sessão, ficou mantida a ficadores de Templos" mudasse de Rito, foi aprovado à
segunda Sessão para o dia 27 de Setembro. realização de duas Sessões Especiais para tratar do as-
Em Sessão Especial para mudança de Rito reali- sunto de mudança de Rito, uma para o dia 13 de Setem-
zada em 27 de Setembro de 1991, novamente os Irmãos bro e outra para o dia 27 de Setembro.
se posicionaram favorável a mudança de Rito; o resultado Em Sessão Especial para mudança de Rito reali-
foi de 35 votos favoráveis e 02 contra, mas novamente zada em 13 de Setembro de 1991, vários Irmãos usaram
não conseguimos o quorum mínimo; o Venerável Mestre da palavra em favor da.mudança de Rito, destaco os se-
invalidou a votação, e disse, que o assunto de mudança guintes Irmãos: eu, Antônio Fernandes Teixeirà (afastado
de Rito, somente seria tratado após 30 dias. da ordem), Luís Sérgio Fraga Freitas, Mário Chencareck,
Mesmo não conseguindo a mudança para o Rito João Nilton Marques (no oriente eterno), José Gilberto Pe-
Brasileiro, os Irmãos não esmoreceram, e nas Sessões tinari (afastado da ordem), Carlos Alberto Dias Barreira
seguintes, só se falava em Rito Brasileiro. (no oriente eterno), Carlos Yoshimitu Ujiie, Cláudio Miguel
Gealh (afastado da ordem), Benedito Martins Gonçalves
(no oriente eterno) e Mário Cardoso Mlqulllno, todos ex
UNORMAS - RITUALÍSTICA ~ESTRUTURA" 113
112 "NORMAS - RITUALÍSTICA ~ESTRUTURA"
Templos", que iriam iniciar no dia 30 de Novembro no Em Sessão Ordinária realizada em 25 de Outubro,
grau 33 d~ Rito Escocês Antigo e Aceito, houve ame~ças apresentamos novamente solicitação de mudança de Ri-
de expulsão dos Corpos Filosóficos do Rito Escocês se a to, foi aprovado às realizações dessas Sessões para os
Loja mudasse de Rito, devido a isso, Irmãos que estavam dias 08 e 22 de Novembro.
contra a ~udança da Loja para o Rito Brasileiro, passa- Em Sessão Especial para mudança de Rito reali-
ram a apoiar a mudança de Rito. zada em 08 de Novembro de 1991, novamente os Irmãos
Apesar disso, estes Irmãos iniciaram no Grau 33 do
se manifestaram favorável a mudança de Rito, desta vez
Rito Escocês Antigo e Aceito, no dia 30 de Novembro de
conseguimos o quorum mínimo exigido, o resultado foi de
1991, oito dias após a Loja ter mudado para o Rito Brasi- 45 votos favorável e 7 contra; a decisão final ficou para
leiro.
Sessão do dia 22 de Novembro para confirmação da mu-
Nesta época, a Loja Simbólica "Edificadores de dança para o Rito Brasileiro; vários Irmãos usaram da pa-
T~mp~~s", era a maior (como também ocorre hoje) Loja lavra felicitando a Loja pela decisão, e que os Irmãos não
Simbóltca, do Grande Oriente do Brasil, em Campo Gran-
faltassem à próxima Sessão de confirmação para mudan-
de e no Estado, com um quadro de Obreiros de mais de
ça de Rito; o Irmão Antônio Fernandes Teixeira agrade-
50 Irmãos.
ceu a todos os Irmãos, pela confiança depositada na mu-
O Ato do Grão Mestre Geral do Grande Oriente do
dança para o Rito Brasileiro; o Irmão Mário Cardoso Mi-
Brasil autorizando a Loja Simbólica "Edificadores de Tem-
quilino Orador de oficio, disse que a Loja não seria uma 3°
plos" a trabalhar no Rito Brasileiro, foi assinado em 28 de
Potência, e que continuaríamos Federado ao Grande Ori-
Janeiro de 1992.
ente do Brasil, mais no Rito Brasileiro.
_ Em 28 de Março de 1992, foi realizada a primeira
Em Sessão Especial para mudança de Rito reali-
Sessao Magna de Iniciação ao grau de Aprendiz do Rito
zada em 22 de Novembro de 1991, novamente os Irmãos
Brasileiro no Estado, foi realizado pela Loja Simbólica "De
se manifestaram favorável a mudança para o Rito Brasi-
Emulação", onde foram iniciados três candidatos, sendo
leiro, desta vez fechamos com chave de ouro, pois con-
que um continua até hoje no Rito Brasileiro, o Irmão Adel-
seguimos colocar 60 Irmãos em Loja, praticamente o
son de Souza.
quadro de obreiros da Loja, somente faltaram a esta Ses-
A primeira Sessão Magna de Elevação ao grau de
são, Irmãos que estavam em viagens a outros Orientes;
Companheiro no Rito Brasileiro foi realizada pela Loja
55 Irmãos votaram favoráveis e 5 contra, foi uma vitoria
Simbólica "Edificadores de Templos", em 14 de Abril de
consagradora, foi para não deixar nenhuma duvida, que a
1992.
Loja Simbólica "Edificadores de Templos", estava coesa
para encarar esse desafio de implantar o RITO BRASI-
CORPOS FILOSÓFICOS LEIRO DE MAÇONS ANTIGOS, LIVRES E ACEITOS em
Devido à Loja Simbólica "Edificadores de Templos" nosso Estado; ficou decidido que iniciaríamos os traba-
ser uma Loja maior, o processo da mudança de Rito, foi lhos no Rito Brasileiro,. a partir da primeira Sessão de
u~. po~co .~ais demorado; mas a presença da Loja Sim- 1992. ~
botica Ediflcadores de Templos" no Rito Brasileiro, era Um fato interessante, ocorrido nesta época, foi que
havia vários Irmãos da Loja Simbólica "Edificadores de
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 115
114 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
grande perda para o Rito Brasileiro, sentimos muito, mas
o Rito tinha que continuar sua caminhada. fundamental, porque somente com ela, é que seria possí-
Sendo assim, foi nomeado para substituir o Irmão vel a formação dos Corpos Filosóficos e Delegacia litúr-
Antônio Fernandes Teixeira, no cargo de Delegado Litúr- gica do Rito Brasileiro, porque em seu quadro de Obreiros
gico, o Irmão Carlos Alberto Dias Barreira (hoje no oriente haviam Irmãos iniciados nos graus filosóficos, do grau 4
eterno), que foi efetivado em 14 de Abril de 1994, cargo ao 33, em numero suficiente para a formação da sua Es-
que ocupou até dia 31 de Dezembro de 2000. trutura Filosófica e, o Soberano Supremo Conclave do Ri-
No dia 07 de Fevereiro de 2001 assumiu o cargo to Brasileiro, reconheceria todos os graus acima do de
de Delegado Litúrgico este Escrevinhador, permanecendo mestre, uma vez, que os grau filosóficos dos Irmãos, eram
no cargo até o ano de 2004, quando assumiu o Eminente do Rito Escocês Antigo e Aceito, inclusive este escrevi-
Irmão Benicio Ajala Sanches e atualmente é exercido pelo nhador.
Eminente Irmão Joel Marques Gomes Dias, empossado Como estava em fim de ano, deixou-se para reali-
no ano de 2009. zar a fundação dos Corpos Filosóficos para o inicio de
1992.
LOJAS SIMBÓLICAS Tendo todos os graus filosóficos dos Irmãos reco-
nhecidos pelo Soberano Supremo Conclave do Brasil pa-
Tentamos cooptar outras Lojas Simbólicas de ra o Rito Brasileiro, sendo assim, em 26 de Abril de 1992,
Campo Grande há mudarem para o Rito Brasileiro, mas fundamos os Corpos Filosóficos do Rito Brasileiro, no Es-
não fomos felizes, isso porque sofremos uma forte pres- tado, com os seguintes nomes:
são contraria da Delegacia Liturgia e Lojas Simbólicas do
Rito Escocês Antigo e Aceito. Não só na cooptação das • Ilustre e Respeitável Loja Complementar e ilus-
Lojas Simbólicas, mais também na instalação do Rito tre Capítulo "Universo da Fraternidade".
Brasileiro em nosso Estado, onde fomos muitos criticados, • Poderoso Grande Conselho Kadosch Filosófico
o resultado mostrou que estávamos certos. "Obreiros do Universo".
A única alternativa que tínhamos para o fortaleci- • Colendo Alto Colégio "Supremacia Universal".
mento do Rito Brasileiro no nosso Estado era fundarmos
novas Lojas Simbólicas. Foi indicado ao Soberano Supremo Conclave o Ir-
Para isso, era importante a união e o trabalho das mão Antônio Fernandes Teixeira, para ocupar o cargo de
Lojas Simbólicas implantadoras do Rito Brasileiro: "Edifi- Delegado Litúrgico do Rito Brasileiro para o Estado de
cadores de Templos", "Justiça e Perseverança" e "De Mato Grosso do Sul; foi empossado em 13 de Março de
Emulação'" 1992, com isso concretizou a formação de toda a Estrutu-
Unimos forças com essas Lojas Simbólicas e fo- ra do Rito Brasileiro no Estado, com Lojas Simbólicas,
mos à luta, o resultado dos nossos esforços foram recom- Corpos Filosóficos e Delegacia Litúrgica.
pensadores, fundamos núcleos (Lojas Simbólicas) do No final de 1993, o Irmão Antônio Fernandes Tei-
nosso Peréne Rito Brasileiro, em todas as regiões do xeira, saiu da Loja Simbólica "Edificadores de Templos",
nosso Estado: região norte oriente de Coxim, Loja Simbó- do Rito Brasileiro e do Grande Oriente do Brasil, foi uma
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 117
116 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
o Estandarte do Triangulo, foi projetado pelo Irmão
Mario Cardoso Miquilino, membro da Loja Simbólica "Edi- lica "Vigilantes do Taquarí"; região oeste oriente de Aqui-
ficadores de Templos", foi posteriormente aproveitado pe- dauana,. Loja Simbólica "Luz do Pantanal"; região meio
la Loja Simbólica "Obreiros da Pátria". norte oriente de Rochedo, Loja Simbólica "Luz, Justiça e
Ressaltamos aqui, que a maioria dos Estandartes P~rse,verança"; região leste oriente de Três Lagoas, Loja
das Lojas Simbólicas fundadas no Rito Brasileiro federa- Simbólica "São João"; região sul oriente de Dourados, Lo-
das ao Gránde Oriente do Brasil, foram projetados pelo ja Simbólica "Sete de Setembro" e no oriente de Laguna
Irmão Mario Cardoso Miquilino, exceto a Loja Simbólica Carapã, Loja Simbólica "Walter Castelani" essas Lojas
"Paz, Virtude e Fraternidade" e as Lojas Simbólicas fede- Simbólicas federadas a COMAB e em Campo Grande as
radas a COMAB (Confederação da Maçonaria do Brasil): Lojas Simbólicas: "Obreiros da Pátria" e "Paz, Virtude e
"Sete de Setembro" do oriente de Dourados e "Walter Fraternidade" .
Castelani" do oriente de Laguna Carapã. Solicitei as Lojas do Rito Brasileiro dados sobre su-
as Historias, algumas não atenderam, outras mandaram
LOJA SIMBÓLICA d~~os ,!nsufici~ntes. A única que atendeu, foi a Loja Sim-
"OBREIROS DA PÁTRIA" bólica Paz, Virtude e Fraternidade", por isso que sua His-
toria é mais longa que as demais. Complementei as Histo-
No ano de 1995, quando estava Venerável Mestre rias das Lojas, de memória, uma vez que participei ativa-
da Loja Simbólica "Edificadores de Templos", fui procura- mente da fundação da maioria destas Lojas.
do por Irmãos do Quadro, para que fundássemos uma Lo-
ja Simbólica do Rito Brasileiro em Campo Grande, conjun- TRIANGULO MAÇÔNICO
tamente com os Irmãos: Joel Marques Gomes Dias, Luis "EDIFICADORES PANTANEIROS"
Antonio Cesse e Carlos Augusto Targino de Souza, oriun-
dos da Loja Simbólica "Justiça e Perseverança". No ano d~ 2003, o Irmão Danilo Faustino Nogueira,
Conio havia vaga na segunda feira no Templo da membro da LOJa Simbólica "Edificadores de Templos",
. Loja Simbólica "Edificadores de Templos", a mesma ce- mudou-se para o oriente de Anastácio, e como na cidade
deu a Loja Simbólica "Obreiros da Pátria" seu uso sem não havia Loja Simbólica do Grande Oriente do Brasil
ônus finanéeiro por tempo indeterminado e o empréstimo pensou-se em fundar uma Loja Simbólica no Rito Brasilei-
de todos os materiais litúrgicos. ro, mas devido não termos Irmãos na cidade, optou-se em
Em 11 de Setembro de 1995, fundamos no Estado, fundar primeiramente um Triangulo Maçônico, e posteri-
a primeira Loja Simbólica no Rito Brasileiro, "Obreiros da ormente transformá-lo em Loja Simbólica.
Pátria", por iniciativa de Irmãos das Lojas Simbólicas: , Em 23 de Outubro de 1993, fundamos o primeiro
"Justiça e Perseverança", "Edificadores de Templos" e nucleo do Rito Brasileiro no oriente de Anastácio, o Triân-
"De Emulação", este autor foi um dos fundadores. gu~o "Edificadores Pantaneiros", com participações de lr-
Assumiu a Venerança da Loja, o Irmão Luis Anto- ma?s da L,?ja Simbólica "Edificadores de Templos", a em-
nio Cesse, hoje filiado a Grande Loja Estadual. preitada nao teve sucesso na formação desse~ Triângulo;
no ano seguinte foi fundada nesse oriente uma Loja Sim-
bólica no Rito Escocês Antigo e Aceito. .
"NORMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA" 119

118 "NORMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA"


o Irmão Paulo Cesar de Mello participou o Irmão
João Guedes Calves da intenção do GOB/MS. Com uma
Dos fundadores da Loja, permanecem no Quadro
comissão de Irmãos, em reunião na residência bastante
de Obreir?s os Irmãos: Adelson de Souza, Joel Marques
simples do Irmão Guedes, de poucas posses materiais, e
Gomes Dias e Carlos Augusto Targino de Souza.
falta de espaço em sua residência, resultou que a reunião
No ano de 2006 a Loja Simbólica "Estrela de A-
foi realizada ao céu aberto, sob a cobertura de umas
nhanduí" incorporou-se a Loja Simbólica "Obreiros da Pá-
mangueiras, neste local foi fundada a Loja Simbólica "luz
tria".
do Pantanal", era o dia 23 de Abril de 1996.
Dos membros atual do Quadro de Obreiros são to-
Assumiu a Venerança da Loja, o Irmão João Gue-
dos iniciados e formados no Rito Brasileiro, fico satisteito
des Calvas, os demais cargos foram compostos por Ir-
por ter contribuído.
mãos da Loja Simbólica "De Emulação". Ficou estabeleci-
Fazem parte do Quadro de Obreiros da Loja, o atu-
do que a Loja Simbólica "De Emulação" daria existência à
ai Delegado Litúrgico e fundador da Loja, Eminente Irmão
nova Loja.
Para as realizações das sessões da Loja, foi alu- Joel Marques Gomes Dias e o primeiro iniciado no Rito
gado pelo Irmão Guedes, um salão comercial bastante Brasileiro no Estado, o Eminente Irmão Adelson de Sou-
acanhado, onde funcionava uma Oficina Mecânica. za, iniciado no dia 13 de Março de 1992.
Os moveis e materiais litúrgicos foram doados por
LOJA SIMBÓLICA
Irmãos e Lojas de Campo Grande, afim de que desse o
"LUZ DO PANTANAL"
mínimo de'condição para que a Loja funcionasse; nesse
local a Loja se reuniu por uns anos; depois passou a reu- . Embora não obtivéssemos resultado na fundação
nir-se nas instalações da Loja Simbólica "Generosidade e do Tnangulo Maçônico no oriente de Anastácio, obtive-
Amor" do oriente de Anastácio; e numa terceira etapa a mos n_ooriente vizinho, em Aquidauana, para os Irmãos
mudança para instalações próprias. que nao conhecem, as cidades são vizinhas separadas
A primeira Iniciação foi realizada no ano de 1997, pelo Rio Aquidauana. '
onde foram iniciados onze candidatos, permanecem no No oriente de Aquidauana, o Grande Oriente do
quadro da ;/loja dois Irmãos: Job Monteiro e Nei Gabriel Brasil, não possuía Loja Maçônica, apenas a Grande Loja
Azambuja. Para o fortalecimento da Loja foram quebrados Estadual com duas Lojas Simbólicas.
os interstícios desses Irmãos para Elevação e Exaltação. Com e~penho do Grão Mestre Estadual Adjunto do
Finalizando, o apoio dado pela Loja Simbólica "De GOB/.MS,.I~m~o Paulo Cesar de Mello, com apoio da De-
Emulação";, foi fundamental, semanalmente deslocavam- legacia l.itúrqlca do Rito Brasileiro e da Loj~ Simbólica
se de Campo Grande no mínimo seis Irmãos Mestres, pa- "De Emulaç~o",. res?l~eram fundar no oriente de Aquidau-
ra formarem com o Irmão João Guedes, o numero mínimo ana uma LOJaSimbólica no Rito Brasileiro. :
para as realizações das sessões. Esse trabalho da Loja _ Ho~ve um impasse, pois em Aquidauna. não havia
Simbólica "De Emulação" surtiu efeito, daí que é conside- Irmaos ativos do Grande Oriente do Brasil. Descobriu-se
rada a loja 'mãe da "Luz do Pantanal". Destacamos alguns depois, que havia um Irmão adormecido morando na ci-
Irmãos que realizaram esse magnífico trabalho: Adelson dade, oriundo do oriente de Jardim. Tratava-sé do Irmão
João Guedes Calves. ;;7
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 121
120 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
Pelo Ato n.o 116-95/99 do Grão Mestre Estadual foi
nomeado o Irmão Wilson Pereira Pinto para promover a de Souza, Pedro Guimarães, Tibiriçá Alves Pereira, Her-
fundação da Loja, onde na primeira reunião foi aprovado o ley Brawn, Onezimo Filho e outros.
nome de "Augusta e Respeitável Loja Simbólica Luz Jus- Nos do Rito Brasileiro só temos que agradecer a
tiça e Perseverança". ' Loja Simbólica "De Emulação" por este belíssimo trabalho
A diretoria provisória ficou assim constituída: de dedicação ao nosso Rito Brasileiro.
Venerável Mestre - Celsio Antonio Cerioli.
1.0 Vigilante - Sinezio Ribeiro Paraguassu. LOJA SIMBÓLICA
2. o Vigilante - Faiçal Zen Audi. "LUZ, JUSTíçA E PERSEVERANÇA"
Orador - Militão Antonio de Andrade.
Secretario - Ranulfo Antonio de Andrade. Em homenagem a Loja Simbólica "Justiça e Perse-
Tesoureiro - Valdeci Leandro da Silva. verança", fundada em 21 de Janeiro em 1982 no oriente
Chanceler - Crescêncio Gomes Ferreira. de Rochedo, que posteriormente mudou-se para o oriente
. As primeiras reuniões informais da Loja foram rea- de Campo Grande, assim o oriente de Rochedo ficou sem
lizadas em Rochedo, no Escritório de Advocacia do Irmão Loja Maçônica.
Albino Romero, fundador da Loja e membro da Loja Sim- Fundamos uma nova Loja Simbólica no oriente de
bólica "Aurora 11". Rochedo, em 11 de Junho de 1996, a Loja Simbólica
Devido à falta de Templo Maçônico no oriente de "Luz, Justiça e Perseverança", tornando-se assim a tercei-
Rochedo, á Loja passou a se reunir no oriente de Campo ra Loja Simbólica, fundada no Rito Brasileiro no Estado.
Grande, no Templo da Loja Simbólica "Vinte e Seis de A primeira reunião foi realizada em 11 de Junho de
Agosto". 1996 (fundação da Loja), no Gabinete do Prefeito Munici-
A ~omo no .?riente de Rochedo não tinha Templo pal de Rochedo, participaram dessa reunião os seguintes
Maçonrco, os Irmaos do Quadro deram inicio a construção Irmãos: Celsio Antonio Cerioli, Sinezio Ribeiro Paraguas-
.do próprio Templo. su, Faiçal Zen Audi, Militão Antonio de Andrade, Ranulfo
~esmo precariamente, mais já coberto de goteiras, Antonio de Andrade, Valdeci Leandro da Silva, Crescên-
os Irmaos passaram a se reunirem no oriente de Roche- cio Gomes Ferreira, José Sedeval Delarissa e Ismahim
do. Audi, todos residentes no oriente de Rochedo e na cidade
_ ~pós inúmeras promoções e com doações de Ir- vizinha de Corguinho.
maos, finalmente os Irmãos do quadro concluíram a obra Também participaram dessa reunião de fundação
e no.di~ 11 de Dezembro de 1.999, a Loja foi Sagrada, foi os seguintes Irmãos residentes no oriente de Campo
o pnrneiro Templo Maçônico do Estado devidamente de- Grande: Albino Romero, Luiz Carlos Lopes Ferreira, Paulo
corado nos padrões do Rito Brasileiro. César Moraes, Wilson Pereira Pinto, Sydnei Ferreira Ri-
Em :1998, por solicitação dos próprios Irmãos do beiro Junior, José Antonio da Silva (talecído)," Juarez A-
Quadro, o Grão Mestre Estadual interviu na Loja, para sa- morim, Francisco Dias Gobbi, Mauro Rosa e Carlos Alber-
near fatos ocorridos, foi nomeado Interventor, o Irmão to Dias Barreira (falecido). Posteriormente este Escrevi-
nhador assinou a Ata de Fundação da Loja.
"NORMAS - RITUALÍSTICA ~ESTRUTURA" 123
122 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
nosso Perene Rito Brasileiro", escrevendo essas sim-
ples linhas fiquei emocionado, obrigado por tudo Irmão Carlos Augusto Targino de Souza, membro da Loja Sim-
Maluf (assim que eu o chamava). bólica "Obreiros da Pátria".
Nesses treze anos de vida a Loja foi dirigida pelos
LOJA SIMBÓLICA "VIGILANTES DO TAQUARí" seguintes Veneráveis Mestres:
1° - Irmão Celsio Antonio Cerioli - 1996/1998.
No ano de 1997, o Irmão Carlos Eduardo Martins 2° - Irmão Wilson Pereira Pinto - 1998.
Araujo, membro da Loja Simbólica "De Emulação", Fiscal 3° - Irmão Carlos Augusto Targino de Souza
da Receita Estadual, foi transferido para o oriente de Co- Interventor 1998/1999.
xim.
4° - Irmão José Sedeval Délarissa - 1999/2000.
Como no oriente de Coxim não havia Loja Simbóli- 5° - Irmão Douglas da Rosa Maluf - 2000/2001.
ca federada ao Grande Oriente do Brasil, o Irmão Carlos 6° - Irmão Adilson Cardoso Alves - 2001/2002.
Eduardo, iniciou um trabalho no intuito de fundar no orien- ]O - Irmão Edson Jorge Amorim Barbosa - 2002/2003.
te de Coxim uma Loja Simbólica do Grande Oriente do 8° - Irmão Enio Rieli Toniasso - 2003/2004.
Brasil, mas, que fosse no Rito Brasileiro. Neste oriente 9° - Irmão Douglas da Rosa Maluf - 2004/2005.
não havia irmãos do Grande Oriente do Brasil. Para arre- 10° - Irmão João Teixeira Gomes - 2005/2006.
gimentar Irmãos para compor o Quadro de Obreiros, ha-
11° - Irmão Muris Abdonor - 2006/2007.
via uma úrtica maneira, convidar Irmãos adormecidos , foi 12° - Irmão José Sedeval Delarissa - 2007/2009.
o:
o que fez Irmão Carlos Eduardo Martins Araujo, já tendo 13° - Irmão Benicio Ajala Sanches - 2009/2010.
Irmãos suficiente moradores do oriente de Coxim, solici-
tou apoio da Delegacia Litúrgica do Rito Brasileiro, de sua Os Veneráveis Mestres da Loja, que continuam no
Loja mãe "De Emulação" e do GOB/MS. Quadro de Obreiros são os Irmãos: Jose Sedeval Delaris-
Recebendo o apoio do Rito Brasileiro e principal- sa, Adilson Cardoso Alves, Edson Jorge Amorim Barbosa,
mente da sua Loja mãe "De Emulação", foi fundada em 21 João Teixeira Gomes, Muris Abdonor e Benicio Ajala
de Dezembro de 1997, a Loja Simbólica "Vigilantes do Sanches.
Taquari", no oriente de Coxim, tornando-se assim a quarta Dos fundadores da Loja residentes nos oriente de
Loja Simbólica, fundada no Rito Brasileiro no Estado. Rochedo e Corguinho e, dos membros da primeira Direto-
A Loja também recebeu apoio da Loja Simbólica ria, o único remanescente, é o Irmão Jose Sedeval Dela-
"Acácia de. Coxim" jurisdicionada a Sereníssima Grande rissa, que dirigiu a Loja em duas gestões, 1999/2000 e
Loja do Estado, cedendo seu espaço físico para suas re- 2007/2009, é um Baluarte da Loja.
uniões, alguns Irmãos desta loja ajudaram a Loja Simbóli- Outro Baluarte, esse iniciado na Loja, foi o Irmão
ca "Vigilante do Taquari", comparecendo a suas sessões. Douglas da Rosa Maluf, foi Venerável em duas gestões:
A Loja realizou por um certo tempo suas sessões no 2000/2001 e 2004/2005. Digo foi, porque o Supremo Ar-
Templo da Loja "Acácia de Coxim", e hoje as realiza em quiteto do Universo o levou em 26 de Aqosto de 2007,
Templo próprio, decorado nos padrões do Rito Brasileiro e mais a mim, e aos Irmãos da Loja, o Irmão Malut, foi e se-
sagrado pelo GOB/MS.
rá um Irmão que sempre reverenciaremos, por tudo que
fez pela sua Loja mãe "Luz, Justiça e Perseverança" e ao
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 125 124
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
e Fraternidade" - significa que o grupo deseja que reine a A Loja esta localizado em ponto estratégico, sua
Paz e a Concórdia no presente e futuro; Virtude que todos fachad~,. esta local~zada de frente para o Rio Taquari, e-
do Quadro sejam de qualidade (moral, cívica e cultural) e terna víqüants do RIO,daí o nome, "Vigilantes do Taquari".
Fraternidade que em nosso ambiente reine a união, amor, Atualmente é dirigida pelo Irmão Álvaro S. de Oli-
compreensão, reciprocidade e de fato que sejam tratados ~e!r~ Junior, primeiro Irmão iniciado na Loja Simbólica
como verdadeiros Irmãos por serem ligados pela mesma Viqilantes do Taquari".
Fé (Supremo Arquiteto do Universo).
LOJA SIMBÓLICA
A seguir, o grupo de Maçons dirigiu-se ao Grão
"PAZ, VIRTUDE E FRATERNIDADE"
Mestrado Estadual, sendo bem recebido pelo Grão Mestre
Adjunto, Irmão Paulo César de Melo, para o qual foi colo- No ano de 1997 os Irmãos, Ivaldo Cassemiro Mar-
cada a pretensão do mesmo. Desse encontro resultou a tins, Maurílio Ferreira Quevedo e mais dez Irmãos, desli-
criação definitiva, ficando marcada a Sessão para ser rea- garam da Loja Simbólica "De Emulação", e resolveram
lizada no dia 29 de Setembro de 1997. fundar uma nova Loja Simbólica no Rito Brasileiro.
Em sessão solene do dia 29. de Setembro de Foi a quinta Loja Simbólica fundada no Estado, em
1997, reuniram-se os Mestres Maçons: Affonso Miguel A- 29 de Setembro de 1997, no oriente de Campo Grande.
richelli; Álvaro Peixoto da Silva, Emanoel Pereira de Sou- Um grupo de Irmãos composto por: Affonso Miguel
za; Hedviqes de Arruda Souza; Maurílio Ferreira Queve- Arichelli; André Cance; Álvaro Peixoto da Silva; Hedviges
do; Olímpio Stiehler Jr; José Lázaro Viera; Edson Macha- de Arruda Souza; Ivaldo Cassemiro Martins; Lupércio Ab-
do de Souza, Ativos e Regulares do Grande Oriente do bud; Maurílio Ferreira Quevedo; Massato Okarnura: Olím-
Brasil, para Fundação da Loja que, após discussão foi a- p,ioStiehl~r Jr. e Sérgio Henrique Cance, reunidos, 'no pe-
provado por unanimidade de votos pelos presentes nesta nado de Junho a agosto de 1997, na residência do Irmão
sessão. Assim como, foi aprovado o nome da Loja com o Lupércio Abbud e posteriormente na residência do Irmão
Símbolo e -Distintivo de "ARLS PAZ, VIRTUDE E FRA- Olímpio Stiehler Jr., resolveram fundar uma Loja Maçôni-
TERNIDADE" da jurisdição do Grande Oriente do Estado ca. Vários assuntos foram tratados e debatidos.
de Mato Grosso do Sul, Federado ao Grande Oriente do Os Irmãos Ivaldo e Maurílio ficaram incumbidos de
Brasil, sendo adotado o RITO BRASILEIRO a ser pratica- executar a montagem dos processos junto ao GOB/MS e
do, reunírá-às 2as feiras, em local a ser determinado pela Grande Oriente do Brasil. Mensalidades no valor de R$
futura Diretoria Provisória. Em seguida passou-se à for- 50,00. (cinqüenta reais). Fundo de caixa para sustentação
mação do Quadro que irá compor a Diretoria Provisória, da LOJaem qualquer situação. Dia das reuniões as 2a fei-
que ficou assim constituída: ras. Horário de funcionamento: 20:00 h. Local, a ser de-
Venerável Mestre - Ivaldo Cassemiro Martins; terminado pela futura Diretoria Provisória. Rito a ser prati-
cado: Rito Brasileiro.
1° Vigilante - Hedviges de Arruda Soura;
2° Vigilante - Lupércio Abbud; Sugestão para a denominação da Loja: Foi inspira-
da na Tríplice Argamassa; - daí o nome de "Paz, Virtude
'''ORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 127 126 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"

ferecido pelo Grão Mestre Adjunto, Irmão Paulo César de Orador - Márcio Pestes Martins;
Melo, o Templo anexo ao Palácio, nesta capital, que, após Secretario - Affonso Miguel Arichelli;
mobiliado, poderia ser ocupado pela Loja, provisoriamen- Tesoureiro - Sérgio Henrique Cance;
te, sem nenhum ônus durante um ano, ou seja, 12 meses; Chanceler - Olímpio Stiehler Júnior.
nesse local a Loja realizou sua primeira sessão através do A seguir todos prestaram o juramento de fidelidade
registro em Balaustre n° 01 de 13 de Outubro de 1997 no e o compromisso de assistir com assiduidade as Sessões
grau de Aprendiz, após ter adquirido todo material neces- da Loja ora fundada, ocupando os seus respectivos car-
sário.
gos.
Para as sessões seguintes, o funcionamento fora Decidiu a Diretoria Provisória que deve solicitar a
regular; porém, sempre preocupados com o processo de autorização provisória de funcionamento junto ao Grande
regularização da Loja, para tanto, o Irmão Ivaldo Casse- Oriente do Estado de Mato Grosso do Sul e após, a Carta
miro Martins projetou o Estandarte da Loja. Constitutiva ao Grande Oriente do Brasil para ser reco-
nhecida como Loja Regular, Justa e Perfeita de acordo
Interpretação do Estandarte com as Leis Maçônicas em vigor.
A Ata foi lida e aprovada por todos os presentes
Na intersecção das duas alianças está representa- supra mencionados, bem como, por: este escrevinhador;
da a triloqia do nome da Loja: Paz - representada pela Carlos Alberto Dias Barreira; Assem Dib Neto; Paulo Cé-
pombinha branca; mãos entrelaçadas branca e escura _ sar de Melo; Adalton Aparecido Gimenes e Antonio Cubel.
virtude e fraternidade; compasso e esquadro - significam A Ata s/n° foi editada e registrada em 29. de Se-
retidão e que o homem maçom tem que ser. tembro de 1997, no livro n° 01 - Sessão Especial, fls. 01 e
Contornando as alianças, as estrelas douradas re- 02 da Loja Simbólica "Paz, Virtude e Fraternidade", assim
presentam os Estados e a Capital, atualmente existentes como foi Registrada em Cartório de Registro de Títulos e
no Brasil.
Documentos do 4° Ofício no livro n° A-35, sob n° 26.477
Contornando as estrelas, estão as faixas coloridas , em Campo Grande, aos 02 de Agosto de 1998. .
representando as cores do GOB.
A seguir, a Diretoria Provisória comunicou ao Or-
Na parte interna das alianças vamos encontrar o gão Superior, GOB/MS que foi Fundada a Loja Simbólica
sol e a lua;"representando lei dos opostos, assim como o "Paz, Virtude e Fraternidade" dia 29 de Setembro de 1997
ramo de acácia que possui grande significado para os e solicita autorização de funcionamento conforme prancha
Mestres Maçons.
expedida. Após apreciação do processo em que solicitava
Confeccionado com tecido de cetim branco, no in- o funcionamento provisório da Loja, o Grão-Mestre Esta-
terior, e o restante com tecido veludo azul, sendo que o dual baixou o Ato n° 294/95-99.
Branco representa a hora de trabalho e a paz; enquanto A Diretoria empossada tomou as primeiras provi-
dências quanto ao local de trabalho dos Irmãos, sendo 0-
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 129 128 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
Atualmente a Loja reuni-se à rua Caiuas, bairro
Santo Antonio, em prédio cedido pela Loja Simbólica "Fra- que o Azul representa o céu celestial com seus astros lu-
ternidade e Segredo", federada a COMAB. A mudança de minosos e iluminados.
endereço ocorreu na Administração 1999/2000. Finalmente, o Estandarte, com suas franjas e faixa
Os Veneráveis eleitos desta Loja são os seguintes: verde/amarela, traçada em diagonal, representando o Rito
1° - Ir:. Ivaldo Cassemiro Martins - período 1997/1998. Brasileiro, contendo as inscrições ARLS "Paz, Virtude e
2° - Ir:. Emanuel Pereira de Souza - período 1998/1999. Fraternidade n° 3099", dia, mês e ano de Fundação e as
3° - Ir:. Hedviges de Arruda Souza - período 1999/2000. siglas GOB/GOEMS.
4° - Ir:. Lupércio Abbud - período 2000/2001. Foi definido o dia 05 de Dezembro de 1997 para a
5° - Ir:. Olímpio Stiehler Jr. - período 2001/2002. Regularização da Loja; Instalação e Posse do Venerável )
6° - Ir:. Silasneiton Gonçalves - período 2002/2003. Mestre; Sagração do Estandarte e do Templo do anexo
]O - Ir:. Má!"cioPrestes Martins - período 2003/2004. do Palácio Maçônico do GOB/MS, local em que funcionou
8° - Ir:. Sérgio Henrique Cance - período 2004/2005. a Loja.
9° - Ir:. Antônio José de Castro - período 2005/2006. Tendo ocorrido à eleição para diretoria provisória,
10° - Ir:. VAldir Céspede - período 2006/2007. no dia 01 de Dezembro de 1997, correspondendo ao pe-
ríodo 19971998, assim composta:
11° - Ir:. - Neimar de Jesus Alves dos Santos - período
2007/2008. Venerável Mestre - Ivaldo Cassemiro Martins;
1° Vigilante - Hedviges de Arruda Souza;
12° - Ir:. - Eliseu Eliéser Linhares - período 2008/2009.
2° Vigilante - Lupércio Abbud;
13° - Ir:. - Marcos Flavio Tavares Soares, período
2009/2010. Orador - Márcio Prestes Martins;
14° - Ir:. - Edson Machado de Souza, período 2010/2011 Secretario - Affonso Miguel Arichelli;
Tesoureiro - Sérgio Henrique Cace;
Da :j0 a atual Diretoria, todos os Veneráveis foram Chanceler - Olímpio Stiehler Jr.
Iniciados no Rito Brasileiro. A segunda diretoria, e primeira como Loja Regular,
Na comemoração dos dez anos de fundação da Lo- foi eleita para o período de 1998/1999 e ficou assim cons-
ja, foram homenageados todos os fundadores, este es- tituída:
crevinhador foi um deles.
Venerável Mestre - Emanoel Pereira de Souza;
LOJA SIMBÓLICA "ESTRELA DE ANHANDUí" 1° Vigilante - Hedviges de Arruda Souza;
2° Vigilante - Lupércio Abbud; .
No ano de 2000, como Grande Secretario Estadual Orador - Olimpio Stiehler Jr;
de Orientação Ritualística para o Rito Brasileiro, fui procu- Secretario - Sérgio Henrique Cance;
rado por alguns Irmãos oriundos do Rito Escocês Antigo e Tesoureiro - Álvaro Peixoto da Silva;
Aceito, para fundarmos uma Loja Simbólica em Campo Chanceler - Márcio Prestes Martins;
Grande, no Distrito de Anhanduí.
Deputado Estadual - Ivaldo Cassemiro Martins.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" Dl 130
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
(Confederação da Maçonaria do Brasil), mais conhecido
como Grandes Orientes Independentes. A intenção da fundação dessa Loja Simbólica era
de Iniciarmos, apenas candidatos moradores do Distrito
Tanto a COMAB como o Grande Oriente do Brasil, de Anhanduí.
adotam seis Ritos Maçônicos, e um deles, é o Rito Brasi-
leiro. Portanto, constitucionalmente é permitido as Lojas Fizemos varias reuniões com possíveis candidatos
no Distrito de Anhanduí, o resultado foi pífio, de todos es-
Simbólicas à adoção do Rito Brasileiro na COMAB.
ses candidatos, vingaram apenas três iniciados, e apenas
A escolha do nome da Loja foi porque o dia Sete de
dois continuam na Ordem.
Setembro e a data magna do Brasil, e também, um dos
A Loja Simbólica Estrela de Anhanduí, foi fundada
lemas do Rito Brasileiro, a pratica do Civismo, disse o So-
em 10 de Maio de 2000, a Sessão Magna de Regulariza-
berano Irmão Álvaro Palmeira: "A Maçonaria não tem Pá-
tria, mas o Maçom tem". ção, foi realizada em 31 de Maio de 2000, constituindo a
Participaram como fundadores da Loja, um expres- sexta Loja Simbólica, fundada no Rito Brasileiro, a funda-
sivo numero de Irmãos de Dourados, filiados as Lojas ção dessa Loja, teve a participação desse autor e de Ir-
Simbólicas: "Ceres", "111 Milenium" e "Edgar Buytendorp", mãos das Lojas Simbólicas: "De Emulação", "Justiça e
esses Irmãos são: Benjamim Barbosa, Claudemi da Silva, Perseverança" e "Edificadores de Templos".
Edson Remolli Padilha, Emigdio Ruben Araujo Ramirez, No ano de 2006, devido à dificuldade de funciona-
Evandro Bandeira Lecey, Evandro Silva Rosa, João Batis- mento e de não termos atingido nosso objetivo de iniciar-
ta Grecco Pelloso, Jonas Luis Mendonça Rodrigues dos mos apenas candidatos moradores do Distrito de Anhan-
Anjos, Jose Geraldo Pinheiro, Jose Gildo Pimentel, Jose duí e, para não fecharmos a Loja, a mesma foi incorpora-
Roberto Arcanjo, Laudir Antonio, Munaretto, Luis Admir da a Loja Simbólica "Obreiros da Pátria".
Marques, Marcus Fernando Pereira, Milton Roque Duri-
LOJA SIMBÓLICA "SETE DE SETEMBRO"
gon, Oswaldo Aparecido Nogueira, Renzo Patrik de Lima
Ribeiro, Rodolfo Rupp, Sandro Marcia Pereira e Wiinicyus
A Loja Simbólica "Sete de Setembro", foi fundada
Nobre Bispo Pereira.
no oriente de Dourados, em 07 de Setembro de 2005.
A Loja Simbólica "Sete de Setembro", adotou os Ri-
A razão da fundação da Loja foi de levar a região
tuais Simbólicos elaborados pela nossa Grande Oficina
sul do nosso Estado, a pratica do Rito Brasileiro, uma vez,
Chefe, o Soberano Supremo Conclave do Brasil para o que na região não existia nem uma Loja trabalhando no
Rito Brasileiro, também usados pelo Grande Oriente do nosso Rito, já consolidado na capital Campo Grande.
Brasil, isso porque as Lojas já constituídas no Estado u- Alem disso, a idéia se prosperou por causa do em-
sam esses Rituais e em qualquer duvida ou outra neces- penho do Irmão Evandro Bandeira Lecey, que era prati-
sidade, a contribuição será mais rápida, e também essas cante do Rito Brasileiro na região sul do Brasil e freqüen-
Lojas possuem Irmãos em seus Quadros de Obreiros, tava as Lojas do GOMS '(COMAB) em Dourados.
com alto conhecimento do Rito Brasileiro. O Rito Brasilei- A Loja Simbólica "Sete de Setembro", tornou-se a
ro de Maçons, Antigos, Livres e Aceitos, é um Rito Frater- primeira Loja Simbólica. praticante do Rito Brasileiro de
nal, independente das filiações dos Irmãos a esta ou a- Maçons Antigos, Livres e Aceitos do Grande Oriente de
quela Potsncía Maçônica. Mato Grosso do Sul (GOMS), confederado a COMAB
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" LB
132 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
Ficou sabendo que a Loja Simbólica "Vigilante de
Brasilândia", do oriente do mesmo nome, se reunia no No primeiro ano de Existência, a Loja realizou três
prédio maçônico da Loja Simbólica "Aquários". Iniciações, totalizando 20 Iniciados.
Os Irmãos Rosevaldo Antonio dos Santos, Luis Em dois anos, a Loja construiu, decorou e sagrou
Reis Junior, Flavio Jose de Oliveira, Francisco Dias Neto, seu Templo próprio, dentro dos padrões adotados pelo Ri-
Onildo Arcioli Pinho, Nilton Firmino da Costa, Andre Luis to Brasileiro.
Bacala Ribeiro e Aguinaldo Ferreira Nogueira, membros Nas comemorações de um ano de existência, a Lo-
ja Simbólica "Sete de Setembro", homenageou todas as
dos quadros das Lojas Simbólicas, "Vigilante de Brasilân-
dia" e "Aquários", o convidaram a filiar-se na Loja Simbóli- Lojas Simbólicas do Estado praticantes do Rito Brasileiro,
ca "Vigilante de Brasilândia", o que ocorreu. ' estive presente, foi uma belíssima Sessão.
Esses Irmãos comunicaram ao Irmão Edson Ma-
LOJA SIMBÓLICA "WAL TER CASTELANI"
chado de Souza, que eles tinham interesse de mudarem a
Loja do oriente de Brasilândia, para o oriente de Três La-
Com o intuito de expandir o Rito Brasileiro na regi-
goas, haja vista que a maioria dos Irmãos residiam e ain-
ão de Dourados, os Irmãos da Loja Simbólica "Sete de
da residem no oriente de Três Lagoas e contavam com Setembro", fundaram no dia 12 de Setembro de 2008, no
sua participação e o convidaram para assumir a Veneran- oriente de Laguna Carapã (cidade vizinha de Dourados),
ça da Loja,.que foi aceito.
a Loja Simbólica "Walter Castelani", tornando-se a segun-
No ano de 2007, concretizaram a mudança para o da Loja adotar o Rito Brasileiro no Grande Oriente de Ma-
oriente de Três Lagoas e mudaram o nome da Loja Sim-
to Grosso do Sul (GOMS) confederado a COMAB (Confe-
bólica para "São João".
deração da Maçonaria do Brasil).
Concretizado a mudança de oriente e do nome da
A Loja esta em formação, atualmente funciona nas
Loja, os Irmãos relacionados acima, sabendo que o Irmão instalações da Loja Simbólica "Sete de Setembro" e
Edson Machado de Souza pertencia ao Rito Brasileiro, quando estiver fortalecida, será instalada no oriente de
propuseram, que a Loja mudasse do Rito Escocês Antigo Laguna Carapã.
e Aceito para o Rito Brasileiro, o Irmão Edson iniciado,
praticante e entusiasta do Rito Brasileiro, aceitou de pron- LOJA SIMBÓLICA "SÃO JOÃO"
to.
Quem não gostou nada disso, foi a Loja Simbólica No ano de 2006, o Eminente Irmão Edson Macha-
"Aquários", que assim, solicitou de volta o espaço cedido do de Souza membro da Loja Simbólica "Paz, Virtude e
no Templo para as reuniões da Loja Simbólica "São Jo- Fraternidade", Coronel da Policia Militar do Estado, mu-
ão", sendo assim, a Loja ficou sem endereço e sem local dou-se para o oriente de Três Lagoas, para assumir o
para reunir-se. posto de comandante da Policia Militar da região.
A Loja não poderia ficar sem local para se reunir, e Lá chegando visitou a única Loja Simbólica do
solicitou da:Loja Simbólica "Arquitetos da Pirâmide", do o- Grande Oriente do Brasil na cidade, "Aquários'; no intuito
riente de Selviria, município vizinho de Três Lagoas, a ce- de freqüentá-Ia ou talvez até filiar-se.
dência do templo para suas reuniões, que foi aceito.
"NORMAS _ RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 135 134 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
gueira; Marcio Medeiros; Marcio Molinari; Paulo Roberto . A Loja Simbólica "São João" passou a reunir-se
MasseUi; Renato Forti Duarte; Ricardo Jabor Rosa; Roge- qUlnz.e~al~e,~te no Templo da Loja Simbólica "Arquitetos
rio Silva Espindola; Sebastião Parente Teles; Tomas Ar- da Pirâmide , a cerca de 50 quilômetros do oriente de
thur Binn; Vladimnir Benedito Struck e Wagner Werneck Três Lagoas.
Ribeiro Rondon de Melo. A Mas a Loja precisava de endereço no oriente de
A primeira Diretoria é constituída dos seguintes Ir- T.res Lagoas, conseguiu da Prefeitura Municipal, a cedên-
mãos: ~ era de um prédio inacabado na forma de comodato com
Venerável Mestre - Irmão Killarney Kendall Branquinho da prazo indetermina~o. Os Irmãos reformaram o prédi;, de-
Costa; ?oraram nos padroes do Rito Brasileiro e a Sagraram ho-
Primeiro Vigilante - Alexandrino Teles Parente; Je a Loja ~~mbólica ."São João" tem endereço e local para
Segundo Vigilante - Jose Carlos Kiyoshi Kurashige; suas raumoes no onente de Três Lagoas.
Orador - Irmão João Manoel Andrade Coelho; Atualmente a Loja Simbólica "São João", cede seu
Secretario - Irmão Edson Jose Coelho; Templo para as reuniões do Ilustre e Sublime Capitulo e
Tesoureiro - Irmão Ricardo Jabor Rosa; Grande Conselho Kadosch Filosófico do Rito Escocês An-
Chanceler - Irmão Alcineide Parente Teles; tigo e Aceito.
Deputado Estadual- Irmão Ari Ribeiro Lopes. As desavenças com a Loja Simbólica "Aquários" fo-
A loja funcionará no Templo da Loja Simbólica "Edi- ram saneadas e atualmente vivem em harmonia.
ficadores d~ Templos", no primeiro domingo de cada mês.
A ídéta da fundação partiu dos Mestres Conselhei- LOJA UNIVERSITÁRIA
ros dos Capítulos DeMolay "Álvaro Palmeira" e "Dois de "CAVALEIROS DA ESPERANÇA"

...
Abril"
Fundada neste ano de 2011, no oriente de Campo
Neste ano de 2011, comemoramos dezenove anos Grande .
.da implantação do Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Li- . , ~artic,~pa~~m de sua fundação, Irmãos das Lojas
vres e Aceitos no Estado de Mato Grosso do Sul, somos 51mbollcas: Edlticadores de Templos", "Aurora 11" "Nova
vitoriosos, 'pois de sua inexistência em 1991/1992 e hoje Esperança" e "Justiça e Perseverança". '
(2011), contamos com doze Lojas Simbólicas trabalhando Os Irmãos fundadores são: Agnaldo Pereira da
com vtbração sem igual; com Delegacia Litúrgica e Cor- Costa; Alberto Valencio de Souza; Alcineide Parente Tei-
pos Filosóficos funcionando em todos os seus graus. xeira; Alexandre Botelho Martinez; Alexandrino Teles Pa-
O Rito Brasileiro esta constituído no Estado com re.nt~; Antonio Pionti; Argemiro Hildebrando França; Ari
doze Lojas Simbólicas e com aproximadamente 300 Ir- Ribeiro Lopes; Claudio Souto; Daniel Brites da Cruz· Ed-
mãos, o que faz do Rito Brasileiro, ser hoje, o segundo Ri- son José Coelho; Elias Ramão Sanches; Faruilde d~ Silva
to mais praticado no Estado. Morales; Gerson Costa; Gustavo Maçol Rocha; João
Todá a estruturação do Rito Brasileiro no Estado foi K~ndos; J~ão M~noel Andrade Coelho; Jose Carlos Kiyo-
concretizada graças aos trabalhos realizados pelas Lojas shl. Kurashiqe; Klllarney Kendall Branquinho da Costa;
Simbólicas: "De Emulação", "Justiça e Perseverança" e LUIs Abrahan Taleno Orozco; Luis Carlos de Souza No-
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 137
136
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"

"Edificadores de Templos", que foram as implantadoras


do Rito Brasileiro no Estado, como também de todos os
Irmãos dos quadros dessas Lojas Simbólicas.
Também as Lojas Simbólicas, fundadas no Estado:
"Obreiros da Pátria", "Luz do Pantanal", "Luz, Justiça e
S fi tivermos que enumerar o,:; dez maiores ~a-
çons do Século XX, o Irmao Alvaro P.almelra
estaria entre eles; se tivermos que enumerar cinco Ir-
Perseverança", "Vigilantes do Taquarí", "Paz, Virtude e
Fraternidade", "São João", "Sete de Setembro", "Walter
mãos também estaria entre eles e se tivermos que enu- Castelani" e "Cavaleiros da Esperança", que muito contri-
mera; três Irmãos, o Irmão Álvaro Palmeira estaria entre buíram pela estruturação do Rito em nosso estado.
eles. As Lojas Simbólicas fundadas no estado que pos-
suem prédios próprios e decoradas nos padrões do Rito
Teve uma vida Maçônica intensa, onde prestou
Brasileiro são: "Edificadores de Templos", "Justiça e Per-
serviços inestimáveis a nossa Ordem, em seus 72 ~nos
de vida Maçônica, de forma ininterrupta, somente deixou severança", "Luz, Justiça e Perseverança"; "Vigilantes do
a Ordem, após sua passagem para o Oriente Eterno. Taquarí"; "Luz do Pantanal"; "Sete de Setembro" e "São
João".
O Irmão Álvaro Palmeira nasceu em 18 de Julho de
1899, no oriente do Rio de Janeiro, filho de Antonio Pal- Finalizando, podemos afirmar, que os trabalhos re-
meira e Maria Cardoso Palmeira. alizados em pró do Rito Brasileiro, surtiram efeito, mas
Formou-se nos cursos primário e secundário no não estamos parados, como também não estamos total-
Colégio Dom Pedro " e Escola Normal no oriente do Rio mente satisfeitos, queremos, podemos e temos condições
de Janeiro. de crescer ainda mais no Estado, potencial e vontade pa-
Entrou no curso superior em 1921 e formou-se em ra trabalhar não têm faltado aos Irmãos da comunidade
1926, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. do Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos no
Estado.
Iniciou sua vida de Professor em 1921, na Escola
Técnica e Profissional Visconde de Mauá até 1931. Foi Registramos, que permanecem na Ordem e no Rito
Professor de 1934 até sua passagem para o oriente eter- Brasileiro os seguintes Irmãos instaladores do Rito no Es-
no em 1992, na Souza Marques no oriente do Rio de Ja- tado: Luis Carlos Lopes Ferreira, membro da Loja Simbó-
neiro, onde foi diretor Técnico de 1936 a 1983. Teve uma lica "Justiça e Perseverança"; Airton Taveira, membro da
vida intensa como Professor, por isso gostava de ser Loja Simbólica "De Emulação"; Adib Massad, Carlos Yo-
chamado de Professor. shimitu Ujiie, Edison Gianotti, Luis Sergio Fraga Freitas,
lniciou sua carreira médica em 1927, clinicando no Mario Cardoso Miquilino, Mario Chencarek e Orizon Rita
bairro de Marechal Hermes no oriente do Rio de Janeiro. de Freitas, membros da Loja Simbólica "Edificadores de
Neste mesmo ano de 1927 foi nomeado diretor da Escola Templos". Atualmente, este escrevinhador, esta adorme-
Técnica Profissional Visconde de Mauá. cido, mas por pouco tempo.
Sua vida maçônica começou em 17 de Dezembro Como nacionalmente, também no Estado de Mato
de 1920, na Loja Simbólica "Fraternidade Espanhola" (Ri- Grosso do Sul, o Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres
e Aceitos, é um RITO PERENE.
~
'~\íORl\IAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 139
138 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
des feitos, ele exerceu várias atividades com serieda-
de, foi Jornalista, Médico e Professor, chegando a ser to Francês) no oriente do Rio de Janeiro, sua iniciação es-
diretor da Escola Técnica Visconde de Mauá, em Ma- tava marcada para o dia 09 de Dezembro, mais devido à
rechal Hermes onde desenvolveu um trabalho gigan- grande presença de Irmãos, foi adiada para o dia 17 de
tesco. Mas foi como nosso Irmão que Álvaro Palmeira Dezembro, tinha 21 anos.
se destacou em sua brilhante trajetória de 72 anos de Naquele tempo, havia duas sindicâncias, uma feita
vida maçônica, culminando com o mandato de Grão pela Loja e outra no Conselho Geral da Ordem, na Loja o
Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil. E seus pro- Irmão Álvaro Palmeira foi aprovado, mas no Conselho
nunciamentos neste posto são verdadeiras projeções houve protestos, sob o argumento que o Irmão era muito
do futuro, a exemplo de quando prevê que a Humani- jovem e líder dos trabalhadores, o voto minerva foi dado
dade precisará da Maçonaria na entrada do 30 Milê- pelo Grão Mestre Geral Thorl)az Cavalcanti, assim foi a-
nio". provado à iniciação do Irmão Alvaro Palmeira.
Colou o grau de Mestre Maçom em 21 de maio de
No Rito Francês colou até o ultimo grau previsto 1934.
neste Rito, em 1934, foi eleito membro efetivo do Grande A seguir um texto escrito pelo ex. Grão Mestre do
Capítulo do Rito Francês. Estado do Rio de Janeiro, Irmão José Coelho, que foi a-
Em 1935, foi eleito Grande Orador da Poderosa migo e Irmão por mais de 50 anos de Álvaro Palmeira:
Assembléia Federal Legislativa e, também neste ano, foi o
relator do Tratado de Reconhecimento, firmado entre o • "Álvaro Palmeira foi um fenômeno dentro da nossa
Grande Oriente do Brasil e a Grande Loja Unida da Ingla- Ordem. Ainda jovem, ele assistia a uma palestra de
terra. um conferencista espanhol no Templo Nobre do Palá-
Em '1937, toma posse como Membro Efetivo do cio Maçônico da rua do Lavradio. A certa altura ele
Conselho Geral do Grande Oriente do Brasil e no ano de não concordou com a opinião do ilustre Orador na a-
1938 assume como Membro efetivo do Supremo Conse- bordagem de um problema social em nível Internacio-
lho do HitoEscocês Antigo e Aceito. nal. Apesar de baixinho e franzino, se transformou
Em 1940, Institui o Conselho de Veneráveis e Co- num gigante ao ficar de pé em cima de um banco, en-
missão Orientadora da Doutrina Maçônica. quanto sua voz ecoava forte no ambiente: Eu Protesto!
Neste ano de 1940, o então Grão Mestre Geral do E apresentou argumentos convincentes de sua discor-
Grande Oriente do Brasil Joaquim Rodrigues Neves assi- dância. Sua atitude impressionou a todos, tanto foi que
na o Ato n::o 1617, em 3 de Agosto, nomeando uma Co- à saída vários dos Irmãos presentes o acompanharam
missão para o Reerguimento do Rito Braslleiro, entre os e pediram a preferência dele para ingressar nas suas
membros dessa Comissão estava os Irmãos Alvaro Pal- Lojas. Ele optou pela Fraternidade Espanhola do Rito
meira e Otaviano de Menezes Bastos. Na realidade foram Moderno, e nela ingressou aos 21 anos de idade. Logo
esses dois Irmãos, os grandes mentores dessa tentativa de inicio teve uma atuação brilhante, sempre voltada
de reerguimento do Rito Brasileiro, o Grão Mestre Joa- para as questões sociais, culto, inteligente e ativo,
quim Rodrigues Neves, foi induzido a editar este Ato. chegou a ser confundido como admirador do comu-
nismo, coisa que ele nunca foi. Na sua vida de gran-
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 141
140
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
foi também suspenso pelo Grão Mestre Octavio Kelli, pelo
mesmo motivo. Em 1941, é constituído o Supremo Conclave do Ri-
Neste ano de 1944, após sua suspensão, fundou to Brasileiro, tendo o Irmão Otaviano de Menezes Bastos
com o Irmão Otaviano de Menezes Bastos, o "Movimento empos~ad,? como Grande Principal (hoje Grande Primaz)
Maçônico Restaurador" (instalado na rua Sete de Setem- ~ o Irmao Alvaro Palmeira, como Grande Propagador (ho-
Je Grande Regente).
bro no oriente do Rio de Janeiro - RJ), que tinha a inten-
ção básica de restaurar a Ética e a Moralidade no Grande Neste ano de 1941, o Grande Oriente do Brasil era
Oriente do Brasil, movimento de oposição ao Grão Mestre uma potência mista, o Grão Mestre Geral comandava to-
Geral Irmão Joaquim Rodrigues Neves, editam um bole- dos os graus de um Rito, do Simbólico e do Filosófico isto
tim para divulgação, chamado de "Folha da Acácia". é, era tanto Grão Mestre Geral, como também Chef~ do
Por esse Movimento Maçônico Restaurador, o Ir- Rito, no caso do Rito Brasileiro, seria também Grande
mão Álvaro Palmeira edita, em 01 de março de 1945, um Principal, mas os Irmãos Otaviano Bastos e Álvaro Pal-
Manifesto Intitulado: me~ra, não dividiram a chefia do Rito Brasileiro, com o
Grao. Mestre. Geral Irmão Joaquim Rodrigues Neves e
com ISSO abriram atrito com o Grão Mestre Geral o GOB
o Nazi-Fascismo no Grande Oriente do Brasil só faria a separação de Sirnbóüco e Filosófico em' 1951. '
Em 1942, o Irmão Alvaro Palmeira é eleito Grão
• "A Constituição atual do Grande Oriente do Brasil é de Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil e o Ir-
26 de fevereiro de 1938, época em que nenhuma reu- mão Joaquim Rodrigues Neves, como Grão Mestre Geral.
nião maçônica podia livremente realizar-se. Tal Consti- Nesta eleição obteve mais votos que o Grão Mestre Geral
tuição foi imposta a um pequeno numero de represen- eleito.
tantes de Lojas pelo então Grão Mestre Joaquim Ro- Em 1942 toma posse como Lugar Tenente Comen-
driguesNeves, hoje Grão Mestre Geral". d~dor do Rito Escocês Antigo e Aceito, segundo cargo da
• "Por essa Constituição, e também violando-a, o referi- hierarquia do Rito.
do Joaquim Rodrigues Neves administra o Grande O- . Em 1943, o Irmão Álvaro Palmeira é empossado
riente do Brasil com um régulo ou um soba, dispondo presidente da Poderosa Assembléia Legislativa Federal
a vontade de acervo moral e material da Ordem". do Grande Oriente do Brasil. Neste mesmo ano faz a
• "O Poder Judiciário foi abolido. A Assembléia Geral, saudação na iniciação do Professor Jose de Souza Mar-
perdida a sua soberania, é hoje meramente decorati- ques, diretor da Escola onde sempre foi Professor.
va. Também foi suprimido o Tribunal de Contas". Em 22 de março de 1944, o Grão Mestre Geral Jo-
• "O Conselho Geral é a cúpula do aberrante nazi- aquim Rodrigues Neves, atendendo resolução ~doConse-
fascismo maçônico. É um órgão totalitário: executivo, lho Geral, suspende por dois anos, os direitos maçônicos
legislativo e judiciário, ao mesmo tempo. O Grão Mes- do Irmão Otaviano de ~enezes Bastos, pelo Ato n.? 1842
tre nomeia a maioria dos membros desse Conselho e o Irmão Alvaro Palmeira pelo Ato n." 1845 em 30 de
Geral e também livremente lhe prove as vagas. E Março, sob a acusação de conspiração contra o Grão
mais: o Grão Mestre pode dissolver, quando o enten- Mestrad~ do Grande Oriente do Brasil, não foi a primeira
suspensao, em 10 de novembro de 1932, pelo Ato 1159,
142
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 143 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"

maçons podem ser homens de bons costumes, mas da, o Conselho Geral, faculdade que assim lhe dá po-
não são homens Livres". deres pessoais absolutos".
• "Temos fé em que essa odiosa conspurcação dos ide- • "O Grão Mestre, sem freios estatutários ou espirituais,
ais da Ordem não poderá prevalecer por muito tempo". destrói a unidade maçônica malbarata os metais da
Ordem, decreta quitação de dividas, suspende entida-
As desavenças continuaram com o Grão Mestre des jurídicas de sua atividade honesta, intervêm em
Geral, Álvaro Palmeira e Otaviano de Menezes Bastos, Lojas, depõem administrações e Veneráveis, cassa di-
saem do Grande Oriente do Brasil e, fundam, no dia 18 de reitos associativos, distribui e cancela honrarias. Pelo
Maio de 1945, uma nova Potência Maçônica, chamada artigo 111, o Grão Mestre tem suspendido e eliminado
Grande Loja do Brasil. '. da Ordem, SEM PROCESSO DE DEFESA, maçons i-
A 13 de Março de 1948, o Irmão Alvaro Palmeira, lustres, membros de Altos Corpos, inclusive da As-
funda outra: potência Maçônica, o Grande Oriente Unido, sembléia Geral, do Conselho Geral e do Supremo
fazem parte desse Grande Oriente os Irmãos Moacyr Ar- Conselho. Nem o próprio Grão Mestre Geral Adjunto,
bex Dinamarco e Osmane Vieira de Resende, que nos que esta subscreve, escapou à sanha nazi-fascista do
anos 70, foram Grão Mestre do GOB. Grão Mestre".
No inicio de 1950, a quase falida Grande Loja do • "Na Constituição do Grande Oriente do Brasil se de-
Brasil era absorvida pelo Grande Oriente Unido. cretou, à revelia do Código Civil, o confisco do patri-
Emj 953, após a morte do Irmão J9aquim Rodri- mônio das Lojas, quando estas se desligam do mesmo
gues Neves, seu grande desafeto, o Irmão Alvaro Palmei- Grande Oriente para se filiar a outro Corpo".
ra, inicia as conversações para seu regresso ao Grande
• "O Grão Mestre nomeia o tesoureiro geral e ambos
Oriente do Brasil.
podem livremente levantar fundos em bancos".
Em 1953, no teatro João Caetano, Rio de Janeiro,
• "Os Maçons e Lojas não tem liberdade de consciência,
quando da posse do seu amigo Almirante Benjamim So-
porque nada podem imprimir ou publicar sobre assun-
dré, como Grão Mestre Geral do Grande Oriente do Bra-
to maçônico, ou qualquer outro, sem expressa permis-
sil, que sucedeu o Grão Mestre Geral anterior, Irmão Jo~-
são do Grão Mestre. Há censura previa absoluta".
quim Rodrigues Neves, foi autor de uma Proclamaçao
• "O Grande Oriente do Brasil foi sempre uma força es-
Pró-Unificação Maçônica, produzida em nome do Grande
piritual, genetriz de liberdade e justiça, fundamentos
Oriente UnIdo e de seu Grão Mestre Leonel José Soares,
de democracia. O atual Grão Mestre é um Anti Maçom
e belamente secundado pelo Grão Mestre da Grande Loja
e em 1935 revelou-se favorável ao Integralismo, subs-
do Rio de Janeiro Irmão Euclides de Figueiredo Sampaio,
crevendo nesse sentido um Parecer no Conselho Ge-
de sua Proclamação, lembremos o final:
rai da Ordem, conforme se lê no Boletim do Grande
• "A Ordem Maçônica no Brasil, ora dividida e enfraque- Oriente, de outubro qaquels ano". _
cida, precisa unir-se, como outrora, para influir, como • "O Manifesto dos dissidentes, que hoje são milhares
lhe cabe, na solução dos problemas nacionais e hu- em todo o Brasil, aderentes ao Movimento Maçônico
manos da hora presente". Restaurador, dizia em 10 de fevereiro de 1944: Peran-
te a Constituição atual do Grande Oriente dÇ,> Brasil, os
'NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 145
144 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
Em seu regresso ao Grande Oriente do Brasil, en-
tregou a este, todo o Patrimônio, inclusive, todo o dinheiro • "A unidade da Ordem no Brasil será saudada como o
que havia em caixa, depondo no Altar do Templo Nobre alvorecer de seu renascimento, fortuna e glória".
do Lavradio as suas Insígnias de Grão Mestre Geral do
Grande Oriente Unido, dizendo que voltava ao Grande O- Em 27 de Fevereiro de 1954, o Irmão Álvaro Pal-
riente do Brasil como um simples Mestre Maçon. meira na qualidade de Grão Mestre do Grande Oriente
Retornando ao Grande Oriente do Brasil, Álvaro Unido, assina, com o Grão Mestre Geral do Grande Orien-
Palmeira, por sua incontestável capacidade de liderança, te do Brasil Almirante Benjamim Sodré, um tratado de re-
tornou-se um nome proeminente e quase oracular na O- gresso ao Grande Oriente do Brasil.
bediência .. Em Dezembro de 1956, em seu retorno ao Grande
Em 1957 toma posse como Deputado da Soberana Oriente do Brasil, disse ao Grão Mestre Geral Irmão Cyro
Assembléia Legislativa Federal e é eleito Grande Orador. Verneck de Souza e Silva, que retornava ao Lavradio e o
Em 29 de Junho de 1962, é eleito e toma posse Grande Oriente Unido se unificava com a Veneranda Po-
como Presidente da Soberana Assembléia Legislativa Fe- tência, levando-lhe 51 Lojas, e disse em Manifesto:
deral do Grande Oriente do Brasil, tornando-se assim o • "Cremos, firmemente, que, em pouco, a Maçonaria,
primeiro presidente eleito a dirigi-Ia, antes, quem precedia selecionada no recrutamento de seus Aprendizes, de-
a Assembléia, era o Grão Mestre Geral Adjunto; é o rela- purada dos egoístas e fariseus, renovada em seus mé-
tor na revisão da Constituição Federal do Grande Oriente todos e objetivos, unida na solidariedade de seus Ir-
do Brasil deste mesmo ano. mãos, vivificada no exemplário de sua Doutrina, há de
Ainda em 1962, funda o Boletim Informativo do Su- reconstituir-se no Brasil e no mundo em magnífica for-
premo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e ça operativa, presente à solução dos problemas da
Aceito, passa a ser Editor e Diretor Responsável, até en- Pátria e da Humanidade, não faltando à sua destina-
tão, o Rito . Escocês, não possuía um Boletim Informativo·, ção suprema, nesta época de uma civilização em mu-
.permaneceu nesses cargos, até o numero 7, em Dezem- dança. Todos fomos lançados na história da vida, e
bro de 1963, se retira da função, por ter sido eleito e em- nela devemos intervir".
possado Grão Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil.
Em 1963, como candidato único, é eleito e empos- O regresso do Irmão Álvaro Palmeira se consumou
sado Grão Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil su- em 22 de Dezembro de 1956, pelo decreto n.? 1767, que
cedendo o.Irmão Ciro Werneck de Souza e Silva, p~ra o aprovou o Convênio para incorporação e reincorporação
mandato de 1963/1968, sete anos após o seu regresso ao ao GOB das Lojas do Grande Oriente Unido, com base no
Grande Oriente do Brasil. tratado assinado entre o Irmão Álvaro Palmeira e o Irmão
Foram nomeados para ajudá-lo na Administração Almirante Benjamim Sodré, em 1954.
do Grande Oriente do Brasil, Irmãos do extinto Grande O- O Ato n.° 1767 foi assinado pelo Grão Mestre Geral
riente Unido, tais como: Antônio Tarcilio de Arruda Proen- do Grande Oriente do Brasil Ciro Werneck de Souza e
ça, Moacyr Arbex Dinamarco (foi Grão Mestre do Grande Silva e pelo Grão Mestre do Grande Oriente Unido Álvaro
Oriente do Brasil, após Álvaro Palmeira), Osmane Vieira Palmeira. .
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 147
146 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
• A Editora Maçônica do GOB, através do Ato n.? 2761,
de 12 de Julho de 1965. de Resende (foi Grão Mestre, após Dinamar?o), Cândi?o
• Inaugurou, o Escotismo no GOB, em 22 de Novembro Ferreira de Almeida (foi Soberano Grande Primaz do Rito
de 1966, pelo Ato n.° 2809. Brasileiro), Lysis Brandão da Rocha (foi Soberano Gra~d~
• Em 1966 concedeu o titulo de Primaz do Grande Ori- Primaz do Supremo Conclave Autônomo do Rito Brasilei-
ente do Brasil a Loja "Comercio e Artes". ro) e Oscar Argolo (remanescente do Conclave de
1940/44). _
• Grêmio de Radioamadores do GOB, pelo Ato n.? 2841,
em 12 de Outubro de 1967. Em setembro de 1963, após sua posse como Grao
Mestre Geral, o Irmão Álvaro Palmeira, veio ao estado de
• Em 21 de Abril de 1967, é criado o Superior Tribunal
Eleitoral. Mato Grosso do Sul, para visitar as Lojas do oriente de
Corumbá, e numa breve parada no oriente de Campo
Em 05 de Março de 1967, o Irmão Álvaro Palmeira Grande, reúne-se com Irmãos desejosos em fundar uma
concorreu ao cargo de Soberano Grande Comendador do Loja Simbólica em Campo Grande, haja visto que naquel~
Rito Escocês Antigo e Aceito, o mais alto cargo da Oficina época não havia nenhuma Loja Simbólic_ado Grande Or~-
Chefe do Escocismo, disputando o Cargo com o Grande ente do Brasil em Campo Grande, o Irmao Alvaro Palmei-
Comendador candidato a reeleição, Irmão José Marcelo ra autoriza esses Irmãos a fundarem essa tão desejada
Moreira, o resultado dessa eleição, foi a derrota do Irmão Loja e, em 01 de Maio de 1965, é fundada a Loja Simbóli-
Álvaro Palmeira. ca "União Fraternidade VI", hoje essa Loja esta federada
Quando o Irmão saiu derrotado dessa eleição, dis- a COMAB (Confederação da Maçonaria Brasilei:~) ..
se, que a partir daquele momento estaria empenhado em Em sua Administração, agitada, em seu IniCIO,pelo
trabalhar pelo reerguimento do Rito Brasileiro, que ele golpe de estado de 1964, Álvaro Palmeira t~atou da ~~ns-
chamou de Rito Brasileiro Renovado, com uma estrutura trução do prédio em terreno do GOB no b~l~ro d.e Fatima
de 33 graus. no Rio de Janeiro; da construção do Palácio Tiradentes
O Irmão Álvaro Palmeira, se desliga do Supremo em Belo Horizonte; do inicio da construção das instala-
Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito, ções do Grande Oriente do Brasil em Br~síl~a;.do ~o~~a-
onde fora um membro sempre atuante. mento do Palácio do Lavradio, como patrimônio Histórico
Após sua saída do Supremo Conselho do Rito Es- da cidade do Rio de Janeiro, que se concretizou no final
cocês Antigo e Aceito, o Irmão Álvaro Palmeira, escreveu de seu mandado, em 1968, o Palácio do Lavradio e,stava
uma prancha ao Grão Mestre de São Paulo, e esta pran- ameaçado de demolição, graças ao trabalho de Alvaro
cha, chegou ao conhecimento do Supremo Conselho do Palmeira isso foi evitado.
Rito Escocês, através do Irmão Moacyr Arbex Dinamarco.
Em sua gestão, foram criados:
Na reunião do Sacro Colégio do Rito Escocês reali-
zada no diâ 05 de Outubro de 1967, o Irmão Moacir Arbex
• Em 1963 introduziu no GOB o ritual de Mestre Instala-
Dinamarco: da conhecimento de uma parte dessa pran-
do, somente editado; em 1968.
cha, onde o Irmão Álvaro Palmeira escreveu:
• Em 1964 criou o ato,."Quarto de Hora de Estudos" nos
rituais do GOB.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 149

148 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"


• " ... é como uma arvore sempre em primavera, com su-
as flores e frutos, uma fonte inexaurível de vitalidade e
• "Não me interessa mais esse assunto do superado es-
beleza", e acrescentou:
cocismo: vou implantar de maneira definitiva, o Rito
Brasileiro de 33 graus, fundado há meio século e que
• "O lema do Grande Oriente do Brasil, Novae Sed Anti-
será o Rito Escocês retificado, isto é, expungido do
quae, impõe se concilie a Tradição com a Evolução. A
absolutismo e da ridicularia que o situa fora do nosso
Tradição diz respeito à Doutrina, enquanto a Evolução
tempo e, sobretudo, libertá-lo da situação constrange-
constitui a ação da Ordem no seio da comunidade. A
~or~ de ser dirigido por um Supremo Conselho espú-
Tradição está contida nos Landmarques, na Iniciação,
no, Irregular e clandestino, em que são nulos os graus
no Cerimonial, na Litúrgia e nos Símbolos, - o, que
concedidos". '
constitui um deposito intocável. Mas a Maçonaria não
pode ser hierática, estática ou paralisada. A Maçonaria
. Isso revoltou os lrrnãos do Supremo Conselho, que
apenas contemplativa seria uma superfetação ou uma enviaram prancha ao Irmão Alvaro Palmeira, para confir-
superfluidade: não caberia normalmente no espírito do mação do teor de sua prancha, foi marcada uma reunião
século. Ela há de ser também militante e dinâmica". do Supremo Conselho para o dia 19 de Outubro de 1967
nesta reunião foi lida prancha do Irmão Palmeira ratifican-
Após a reunião do Ilustre Conselho Geral do Gran-
do o que dissera e confirmando seu desligamento do Su-
de Oriente do Brasil, em Março de 1968, que aprovou por
premo Conselho do Rito Escocês.
unanimidade a reimplantação do Rito Brasileiro, o Irmão
Após esse episódio, o Irmão Moacyr Arbex Dina-
Alvaro Palmeira, disse que estava dando inicio ao ressur-
marco, tornou-se inimigo mortal do Rito Brasileiro, tanto
gimento do Rito Brasileiro, com uma nova estrutura, con-
na função de Grão Mestre Geral do Grande Oriente do
ciliando a "Tradição com a Evolução":
Brasil (foi sucessor do Irmão Álvaro Palmeira), como tam-
bém, quanto exerceu anos após o cargo de Soberano
• Tradição: Isto é, estruturando o Rito Brasileiro em
Grande Comendador do Rito Escocês Antigo e Aceito.
seus graus Simbólicos obedecendo toda Ortodoxia
Maçônica. Para a comunidade do Rito Brasileiro de Maçons
• Evolução: Em seus graus superiores um Rito Dife- Antigos, Livres e Aceitos, foi uma benção do Supremo Ar-
rente, estruturado na Formação Moral (graus 4 ao 18), quiteto do Universo, fazendo, com que o Irmão Álvaro
Formação Social (graus 19 ao 30), Formação Cívica Palmeira, saísse derrotado dessa eleição, pois foi somen-
(graus 30 ao 32) e o Humanismo Maçônico (grau 33). te dessa maneira, que o Rito Brasileiro, seria ressurgido
pelas suas mãos em 1968.
Disse, que o Rito Brasileiro seria um Rito Perene Em Maio de 1967, já preparando para o reergui-
(existir para sempre; eterno), estava assim cumprindo o menta do Rito Brasileiro, em um dos inúmeros Seminários
que dissera em 1967, após ter perdido a eleição para So- que organizou, exortou os Irmãos, que deveriam ver a
berano Grande Comendador do Rito Escocês. Maçonaria da mesma altitude em que se colocara o Papa
Em 19 de Março de 1968, o Irmão Álvaro Palmeira Paulo VI, quando se referiu ao Cristianismo:
dá inicio ao ressurgimento do Rito Brasileiro, assinando
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 151
150 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
Amizade e Aliança Maçônica com Oficina Chefe de Ritos,
nesta data, o Ato n.? 2080, renovando o Ato n.? 1617 de
e como esse item já estava cumprido, no dia 10 de Junho
03 de Agosto de 1940, nomeando uma Comissão Especi-
de 1968, o Grande Oriente do Brasil assina com o Sobe-
al, composta de 15 Irmãos para reconstituir o Supremo
rano Supremo Conclave do Rito Brasileiro o "Tratado de
Conclave, e uma nova Constituição, o Irmão Álvaro Pal-
Amizade e Aliança Maçônica", que foi aprovado pela So-
meira por ser remanescente do Conclave de 1940, seria
berana Assembléia Legislativa Federal, em sessão reali-
assessor da Comissão.
zada no dia 27 de Julho de 1968.
Em três meses o Irmão Álvaro Palmeira, cumpria o Dis~e também, que estava concretizando o desejo
prometido, o reerguimento do Rito Brasileiro em toda sua da_fun~açao de u~ R.ito Nacional, feito em 1864 pelo Ir-
A

mao Miguel Antônio Dias, o que Alvaro Palmeira chamou·


estrutura:
"O Apelo de Um Século", ver: "História do Rito". .
• Lojas Sfmbólicas. Os frutos começaram a aparecer em 25 de Abril
• Rituais editados de todos os graus. com a aprovação da nova Constituição, novos Rituais e a
• Constituição, Estatuto e Regimento do Rito Brasileiro. refund~ção do. S.oberano Supremo Conclave do Brasil pa-
• Formação da Oficina Chefe do Rito Brasileiro: Sobera- r~ o Rito .Br.asllelro, que passou a ter nova denominação:
no Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro. Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos, com
uma estrutura de 33 graus.
• Assinatura do Tratado de Amizade e Aliança Maçônica
. Na realidade" os Rituais do grau 01 ao 32, foram
com o Grande Oriente do Brasil.
escntos pelo Irmão Alvaro Palmeira.
Em ~ 1 de Junho de 1968, já no final de sua Ges- . , !ambém. em 25 de Abril, é fundada a primeira Loja
tão, pelo Decreto n." 2085, foi editado o Ritual de Instala- Simbólica do Rito Brasileiro, a Loja Fraternidade e Civis-
ção de Venerável Mestre, que até então apenas o Rito de mo,. no oriente do Rio de Janeiro (Guanabara), passando
York possuía, como também o uso da sigla M.:. I:., Mes- assim ser a Loja Primaz do Rito Brasileiro.
tre Instalado, posteriormente este Ritual foi reformulado . . ~o dia ~4 de Maio, foi fundada a Loja Simbólica "A-
rarlboia no Onente de Niterói.
em 1979, na gestão do Grão Mestre Geral do Grande Ori-
Em 07 de Maio, foi fundada a Loja Simbólica "Cas-
ente do Brasil, Irmão Osires Teixeira.
tro Alves" no Oriente de Salvador - BA.
Álvaro Palmeira realizou inúmeros Manifestos, Se-
E em 24 de Maio, a Loja Simbólica "Labor e Civis-
minários e "Atos em pró do Grande Oriente do Brasil e da
mo" do Oriente de Cataguases - MG muda do Rito Fran-
Maçonaria Brasileiro, que se fosse todos aqui enumera-
cês para o Rito Brasileiro.
dos daria para escrever um Livro.
, Essas. quatro Lojas Simbólicas tormararrj o primeiro
No dia 24 de Junho de 1968 o Irmão Álvaro Palmei-
nuc~eo do Rito Brasileiro, haja visto que até ~ntão, não
ra, entrega o Grão Mestrado ao seu sucessor eleito Grão
havia nenhuma Loja Simbólica no Brasil trabalhando no
Mestre Geral Irmão Moacyr Arbex Dinamarco.
Sistema do Rito Brasileiro. ~i
Em relação ao Rito Brasileiro, disse:
Como a Constituição do Grande Oriente do Brasil
d~ 19,6? em seu artigo 170, exigia no mlnlmo-três Lojas
Simbólicas trabalhando' no Rito, para firmar tratado de
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 153
152 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
não contrafez as exigências da solidariedade huma-
• "O Rito Brasileiro não veio criar competição no cam~o
na?"
Maçônico, muito menos qual~~er cizânia (desarmonia,
• "A Maçonaria sempre aplaudiu a Moral, a Cultura e o
Civismo, trazidos de fora, do mundo profano, mas ago-
rixa), apenas assumir a posiçao que lhe ==.. Todos
os Ritos foroneos (de terras estranhas) sao ?Ignos_ e
ra o Rito Brasileiro, em seus Altos Graus, quer apurar respeitáveis, merecem a nossa fraterna oonstderação
e desenvolver, entre as colunas dos Templos, essas e estima. Queremos-lhes todo o bem, ao nosso lado,
categorias fundamentais da personalidade humana, mas não sob o seu molde e a sua égide. Porqu~ te-
porque 'a Maçonaria não pode ser alienada, fugindo à mos alma, caráter, visã~ e gênio próprio inalien~vels: a
Evolução, nem pode ser, jamais, desnacionaltzante, Maçonaria não tem Pátria, mas o Maçom a tem .
ignorando a Pátria, em que atua". Após entregar o Grão Mestrado ~o seu suc~ssor, o
• "O Rito Brasileiro, regular, legal e legitimo, é de âmbito Irmão Álvaro Palmeira, passa a se dedicar exclusivamen-
universal e pode ser praticado em qualquer pais não,é
te ao Rito Brasileiro. .
um RITO NACIONALISTA, MUITO MENOS XENO- Poderia ser Soberano Grande Primaz do Rito, mas
FOBO: se o fosse, seria a negação da Maçonaria. no por sua vontade, assumiu o cargo de Grande Instrutor d?
Brasil, o Rito abre, fraternalmente seus braços acolhe-
Rito, cargo que ocuparia até a sua passagem para o On-
dores a todos os homens de boa vontade e com que
ente Eterno em 1992. .
orgulho e carinho exalta aqueles que, nascidos em, O Rito Brasileiro passou a se expandir, sendo !~n-
outras terras, compreendem a sua gloriosa missão e dadas Lojas Simbólicas e 0.ticinas Lítúrqtcas ~~ vanos
nela colaboram com entusiasmo e amor!". Estados, mas as criticas ao Rito Brastleiro er~m Inum.er~s.
• "É evidente que qualquer Maçom pode não adotar ou Na realidade, o ressurgimento do Rito ~rasllelro,
não seguir o Rito Brasileiro e conservar-se nos Ritos não foi tão tranqüilo, como imaginam algun.s Irmao~, ~ou-
Tradicionais: é um direito seu, inconteste, absoluto, veram muitas criticas de adversários do Rito ~rasll.elro_ e
que todos hão de respeitar e compreender. Nenhum ao Irmão Álvaro Palmeira (como hoje ainda .ha, mais nao
Maçom, porém, pode denegrir, ofender ou macular o na escala daquela época), em 1970, se manifestou da se-
Rito: é ;um crime maçônico, injustificável, perverso e
guinte maneira a essas criticas:
repulsivo. "Fraude de palavra é pior que fraude de di-
nheiro, í~_ lá está no Livro Sagrado". • "Por que alguns maçons atacan: ~ Rito Bra,si,!eiro, se
• "Quem são, realmente, no Brasil, os que combatem e ele representa a maioridade maçoruca do Pais.
difamam o Rito, atingindo-o precisamente num dos • "Por que o repelem, se ele não veio tornaro .Iugar de
seus pontos, mas expressivos, que é a formação da nenhum outro Rito e quer fraternalmente C?!",vlver ~om
Cidadania?". todos? Por que repudiam o seu titulo qentíllco, ~e ISSO
não ofende os cânones universais? Por que, aqridem o
Em 1973, quando da cisão no Grande Oriente do
Rito, se ele institui a Evolução, ma~ a concl~la ~om ~
Brasil, com o surgimento dos Grandes Orientes Indepen-
Tradição, mantendo intacta a doutnna con7tltuclo~al.
dentes, o Irmão Álvaro Palmeira, manteve-se fiel, como
Por que condenam o seu preconicio Cívlco, se ISSO
também as Lojas do Rito Brasileiro, ao GOB.
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA" 155
154 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
o Irmão Álvaro Palmeira recebeu do Grande Orien-
te do Brasil, todos os Títulos de Recompensas previstos Na época haviam 56 Lojas Simbólicas trabalhando
na Constituição, pelos seus serviços prestados a Ordem: no Rito Brasileiro, apenas 4 acompanharam os dissiden-
tes, sendo que essas Lojas Simbólicas: "Labor e Civismo"
• Benemérito da Ordem, em 1943. do oriente de Cataguases - MG; "Monte das Oliveiras" do
• Medalha de Ouro da Grande Loja Unida da Inglaterra oriente de Oliveiras - MG; "Austeridade e Justiça" do ori-
comemorativa aos 250 anos de fundação, em 1967. ente de Sete Lagoas - MG e "Estrela do Oeste de Minas"
• GrandeBenemérito da Ordem, em 1968. do oriente de Divinópolis - MG, fundaram, em 13 de Julho
• Estrela tla Distinção Maçônica, em 1971. de 1974, no Oriente de Cataguases Estado de Minas Ge-
• Comenda de D. Pedro I, em 1975. rais, uma outra Oficina Chefe do Rito, o Soberano Supre-
• Cruz da Distinção Maçônica, em 1978. mo Conclave Autônomo do Brasil para o Rito Brasileiro,
• Grão Mêstre Geral Honorário, em 1968. que existe até hoje.
• Soberano Grande Primaz Honorário do Rito Brasileiro , Foi Fundador e Editor do Jornal "O Semeador", ve-
em 1968. iculo de divulgação do Rito Brasileiro, da primeira até a
vigésima nona edição.
Na sua vida profana, recebeu inúmeras homena- Escreveu e Editou os Documentos do Rito, até o
gens, medalhas e condecorações de Sociedades Civis seu numero 48, que passaram a ser um dos Arcanos do
Constituída, entre elas da Centenária Benemérita Socie- Rito, esses Documentos eram textos e manifestos escri-
dade Brasileira de Geografia, o titulo de "Mestre em Brasi- tos sobre o Rito Brasileiro.
lidade", em-24 de Maio de 1971, onde fez um discurso de Em 1983, com 84 anos de vida, escreveu, talvez
agradecimentos, que é uma Obra Prima de Civismo. seu único livro maçônico, com o titulo:
Foi membro efetivo de varias associações profanas "Uma Caminhada no Tempo",
entre elas nornino algumas: Sociedade de Homens de Le-
.tras do Brasil; Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro· Escreveu inúmeros manifestos maçônicos, Ensaios
Sindicado xíos Jornalistas Profissionais; Sociedade d~ e Livros profanos entre eles:
Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro; Santa Casa de Mi-
sericórdia do Rio de Janeiro; Sociedade Brasileira de Ge- • Livro intitulado "A Moral", quando tinha apenas 20 a-
ografia; Instituto Brasil-Mexico; Associação Brasileira de nos de idade.
Educação; .Sociedade Brasileira de Filosofia; e muitas ou- • Livro intitulado "Historia da Civilização" em dois volu-
tras. mes. Ofertou todo o instrumental musical para a Ban-
Alem da vida Maçônica, o Irmão Álvaro Palmeira, da de Musica da Escola Visconde de Mauá, com a
também teve uma intensa vida profana, foi Jornalista e venda de 2500 exemplares deste livro.
Editor dos seguintes Jornais e Revistas: • Livro intitulado "A conciliação da Ordem com a Liber-
dade", em 1943.
• "A Colméia".
• "O Imparcial".
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRlJTURA" 157
156 "NORMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA"
onde ele deve prevalecer pelo seu inquestionável valor
moral, fonte aglutinadora de idéias e de inteligências • "A VOZdo Povo".
que se desejem opor, e que certamente se oporão, à • Revistas: "O Ensino" e "A Pátria".
onda avassaladora de materialismo, de intolerância e
Foi professor e diretor da "Escola Visconde de
de. desinteresse pelo destino dos fracos que ameaça,
Mauá" e da "Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro"
hoje e amanhã a pobre humanidade".
faculdade, onde se formou Medico, gostava de ser cha-
• "Para torrnação de seu conceito de Maçonaria Reno-
mado de "PROFESSOR".
vada, Pilvaro Palmeira observou a presença, na Histó-
Na vida política, foi Vereador em 1934 da cidade do
ria das culturas latinas, de valorosos Maçons, mártires
Rio de Janeiro, tentou novámente ser vereador em 1947 ,
e heróis, que exerceram grande liderança, até na cria-
mais não foi eleito e assim abandonou a vida política.
ção de nacionalidades, sempre, porém, desvinculados
A seguir texto de um Editorial escrito pelo Sobera-
da tradição maçônica, expressa nos Rituais. Defendia
no Grão Mestre Geral do GOB, Irmão Francisco Murilo
que é indispensável à Maçonaria adaptar-se aos no-
Pinto, na comemoração de 100 anos de nascimento do
vos tempos, não para a eles submeter-se, mas para
dentro cjeles surgir e atuar, em lugar decisivo, passan- Irmão Álvaro Palmeira:
do de objeto a sujeito da História".
• "Álvaro Palmeira pregou a renovação da Maçonaria,
• "E a esta altura do processo mundial, a quem restará
amparada por dois principais suportes: a Tradição e a
duvida sobre a necessidade premente de um fator que
Evolução. Aspirava uma Maçonaria militante e preocu-
ponha ordem no caos moral e espiritual e, de alguma
pada com "todos os grandes problemas nacionais e
forma, consiga frear no mundo a corrida do egoísmo,
universais com implicações ou conseqüências no futu-
do ódio e da insensibilidade? Álvaro Palmeira, otimis-
ro da Pátria e da Humanidade". O trecho prospectivo
ta, embora angustiado, tinha na memória as palavras
que abre este editorial foi produzido por ele no ano de
bíblicas: "E sairá uma fonte da Casa do Senhor e rega-
1971, e mostra um cenário cujos traços cada vez mais
rá a vala das acácias" (Joel 4,18)".
se avivam no mundo de hoje".
• "Por isso, pôde formular este venturoso pensamento:
• "E não só desejava e não só labutava como deposita-
"Só a Maçonaria Renovada pode enviar à Humanidade
va fé ardente num glorioso futuro para a nobre Institui-
do Ano~2000 - que são os nossos filhos de hoje - a
ção à altura de suas gloriosas tradições. Homem como
mensagem de que ele necessita: o Compromisso de
Alvaro Palmeira foi grande e inolvidável (inesquecível)
que propugnará quando lhe caiba, para a instauração
coluna que o século-dezenove e generosamente ofer-
de um mundo de Justiça, Liberdade e Paz, sob o inali-
tou à centúria em extinção, é lembrado nesta passa-
enável primado do Espírito" (1971)".
gem de tempo como paladino de progressoe do forta-
A seguir um texto escrito pelo Irmão Fernando de lecimento da Ordem".
Faria, Grande Instrutor do Rito Brasileiro, escrito na co- • "O que mais impressiona no pensamento de Álvaro
memoração de 100 anos de nascimento de Álvaro Pal- Palmeira, entretanto, é sua visão de futuro, e dentro
meira: dessa visão, o papel que estava reservado à Maçona-
ria no jogo das forças operantes do próximo século,
l\ORMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA" 159
158
te classificado, contendo obra inédita, manuscrita, a- "NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA"
quela letra característica dos antigos, obrigados, na
escola, à disciplina da caligrafia. Certa vez, quando • "Imperceptível prenúncio, tive a primeira noticia do pro-
fessor Palmeira entre uma aula e outra, em informação
preparávamos uma edição de O Semeador, jo~nal qu~
ele fundara para o Rito Brasileiro, tive a ousadl~ de di- coloquial do estimado colega no trabalho da Faculda-
zer ao mestre da necessidade de passar a limpo e de de Engenharia, Fundação Souza Marques, 1972,
submeter a um fichário aquele imenso material que vi- Rio de Janeiro. Ednaldo Coelho, seu nome. Sabendo-
nha acumulando em maços. "Faltam às adendas", foi me Maçom, embora ele mesmo não fosse dos qua-
à resposta negativa". dros, falava-me o Coelho, quase todas as noites, do
• "Debalde muitos, e de maior prestigio, tentaram con- professor Palmeira, membro da fundação, dando-me
vencê-lo da publicação ainda em vida. Debalde alguns conta de o velho haver criado um Rito diferente, fato
ainda falam nestes papeis sumidos do grande público, que a um Mestre Maçom noviço, ignorante das coisas
da Ordem, parecia imaginativo, senão falso. Que Igno-
por certo guardados por mãos ciumentas. que não
rância".
compreendem o significado do que pode ali estar re-
gistrado. Uma pena, para todos nós". , • "Só muitos anos depois conheceria pessoalmente o
• "Pequena estatura, físico frágil. Mas porte de um II~er. nosso herói e haveria de compreender: de fato Palmei-
A voz. A didática. Os conceitos emitidos por Palmeira. ra criara um Rito novo, espantosamente tendo escrito
todos os Rituais necessários à prática de um sistema
Desculpar-rne-ão os mais ilustres: não conhe~o Ma-
çom Brasileiro que tenha formulado tanto ~atenal
trinárlo.r Sem dúvida ainda carente de interpretação
=: em 33 graus (bem ao gosto brasileiro), sem violar
qualquer dos preceitos da ortodoxia universal da Fran-
minuciosa, porém capaz de trazer novas e signific~ti- co-Maçonaria e, o que é melhor, dotando o Rito de um
estrutura admirável, diferente e nacional".
vas luzes e caminhos à Maçonaria no Brasil. Dal a
paixão que Palmeira inspira nos antigos". • "Não sei bem que função Palmeira, naquela época já
com 73 anos, exercia na Fundação, Colégio e Facul-
• "E deixou tanta saudade. Como tenho encontrado ve-
lhos Maçons (e bota velho nisso), contando da magni- dade. Só sei que ali comparecia com disciplina kantia-
ficênciados seminários, os templos repletos, pulsando na todos os dias úteis, deslocando-se de seu aparta-
de cultura, de civismo, de moralidade". mento em um fim de rua bucólico junto ao Rio Mara-
• "Em 1991, 4 de Maio, vi o mestre pela última vez (logo canã, Tijuca, Rio de Janeiro, até o distante subúrbio de
iniciaria-o longo retiro para a Passagem final). O Tem- Cascadura - cujas belezas, cá entre nós, não posso fa-
plo Nobre do Lavradio superlotado. Compareceu, no- lar - onde ficava seu escritório. Dizem que Kant era tão
nagenário, por certo o ultimo ato maçônico de sua lon- pontual que os moradores de Konigsberg sacertavam
no relógio por sua passagem diária, sempreno mesmo
ga e frutífera carreira. Enve.rgava, c~m o ~prumo d~
ritmo e trajeto, sem faltas, em direção ao trabalho ou
sempre, trajes do grau 33, Rito Escoces Antigo e Acel~
retornando à casa. Um homem extremameríte metódi-
to. Ocupou o sólio, com destaque. A seu lado? .Jose
co, de pequena estatura e físico frágil - Kant. Palmeira
Coelho, também pessoa de destaque na admlnl~tra-
também".
ção da Souza Marques, Grão Mestre estadual ainda
• "Devo dizer: Palmeira extremamente metódico, organi-
zou pastas e mais pastas, envelopes, tudo devidamen-
"NORMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA" 161
160 "NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA"
Rituais, desde o Grau 4 ao 32, incluindo os três graus
simbólicos, o que somados representavam o grande não empossado. Cerimônia matrimonial, e como o Ir-
alicerce do Rito Brasileiro". mão escalado tivesse adoecido, coube a mim (não
mais o noviço da Souza Marques) dirigir o Ritual. Um
No aniversario de 90 anos do Irmão Álvaro Palmei- dos poucos Rituais Especiais escritos por Palmeira.
ra, o Grande Primaz Nei Inocêncio dos Santos disse: Pena que não tive o sentido atento para registrar as
palavras exatas, mas estou certo, ele me disse em
• "Deus é muito bom em nos permitir viver vosso exem- certo instante: vais bem, é isso mesmo".
plo de vida: - longeva, saudável, benfazeja - como as • "A lembrança de Palmeira a tenho assim de modo es-
três colunas - Sabedoria, Força e Beleza". tritamente pessoal, mítica. Desenvolve-se em sonhos
• "Irmão Álvaro Palmeira, três vezes sábio, como sois e esperanças, mas dáme gosto especial pela prática
ser - Medico, Professor e Mestre Maçom - reimplanta- maçônica, anima-me nas jornadas culturais de que ele
dor e Soberano Grande Instrutor do Rito Brasileiro, tanto gostava, impõe-me a renúncia das honrarias,
Grão Mestre Honorário do GOB, nesse 18 de julho, só mas não do ideal, reserva-me o direito de imaginar em
podemós dizer - Parabéns e Obrigado". uma Ordem utópica, os Irmãos agradáveis uns aos ou-
tros, compartilhando elevados valores morais, no obje-
O Irmão Álvaro Palmeira partiu para o Oriente E- tivo comum de sermos felizes e comunicarmos felici-
terno em 19 de Agosto de 1992, com 93 anos de idade e dade. Estas são lembranças. Ele mesmo pertence à
72 anos de vida maçônica ininterrupta, deixando o Rito eternidade".
Brasileiro totalmente estruturado, seja no Simbólico e no
Filosófico. Eis as palavras do Soberano Grande Primaz do Ri-
Pelos relatos acima, podemos afirmar, que no sé- to Brasileiro Irmão Nei Inocêncio dos Santos:
culo XX, não teve um Irmão que deu e prestou tantos ser-
viços a Màçonaria Brasileira, quanto o Irmão ÁLVARO • "O Rito Brasileiro teve duas reimplantações sem resul-
PALMEIRA: tados. E só foi reimplantado com sucesso em 1968, na
gestão do Irmão Álvaro Palmeira no Grão Mestrado
• Colou os graus máximos nos Ritos: Francês, Escocês Geral do Grande Oriente do Brasil".
e
Antigo Aceito e Brasileiro de Maçons Antigos, Livres • "De 1944 até 1968 não se falava em Rito Brasileiro, o
e Aceitos. Rito estava completamente adormecido. A Ultima Loja
• Foi Conselheiro Federal da Ordem. tinha sido fundada em 1954, mas todas as Lojas que
• Foi Presidente da Poderosa Assembléia Legislativa vinham sendo fundadas esporadicamente nos Estados
Federal, não progrediam porque não possuíam Rituais. Por isso
• Foi Grão Mestre Geral Adjunto, e Grão Mestre Geral na Reimplantação de 1968, não havia nenhuma Loja
do Grande Oriente do Brasil. funcionando. E quando o Ir:. Álvaro Palmeira anun-
• Fundou a Grande Loja do Brasil, uma Potência Simbó- ciou do gabinete do Palácio do Lavradio que ia reim-
lica. plantar o Rito Brasileiro, que seria o Rito Escocês Rati-
ficado, ele já tinha preparado pessoalmente todos os
"NORMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA" 163 162
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA"

o mo BRASILEIRO ISEUS •
• Fundou o Grande Oriente Unido, outra potência Sim-
bólica, onde foi Grão Mestre Geral.
Ocupou todos os cargos de destaques na Estrutura
Maçônica Brasileira.
• Implantador vitorioso do "RITO BRASILEIRO DE MA-
ÇONS, ANTIGOS LIVRES E ACEITOS", que se cons-
titui hoje, com 43 anos, no segundo Rito mais pratica-
da no Brasil, estruturado em todos os Estados da Fe-


deração.
Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e • Recebeu do Soberano Supremo Conclave do Brasil
Aceitos, possui Tratados de Amizades e Alian- para o Rito Brasileiro, o titulo de Soberano Grande
ças Maçônicas com o Grande Oriente do Brasil e com to- Primaz Honorário.
dos os Ritos Maçônicos adotados, com exceção do Rito
• Foi benemérito de diversas Lojas e Institutos, possuía
Schroder, que não possui Grande Oficina Chefe. um impressionante medalheiro.
Nos capítulos seguintes deste Livro, transcrevo na
• Esse é apenas parte do seu Currículo Maçônico, e
integra todos esses Tratados.
muito teríamos que escrever sobre o seu currículo pro-
O Soberano Irmão Fernando de Faria, escreveu o fano, que é realmente expressivo.
seguinte, Sobre esses Tratados de Amizades e Alianças
Maçônicas: • O Grande Oriente do Brasil, homenageou o Irmão Ál-
..~ varo Palmeira, quando da inauguração do Palácio Ma-
çônico em Brasília, dando o nome ao Templo Nobre
O Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Acei-
de: "ÁLVARO PALMEIRA",
tos é um dos mais verdadeiramente maçônicos ornamen-
tos da Maçonaria no Brasil. •
Para melhor apreciá-lo, deve-se levar em conta Essa é a nobre figura que dedicou seus esforços
que, a maçonaria sendo uma instituição como qualquer para que o Rito Brasileiro se consolidasse e cumprisse
seus desígnios.
outra - destarte objeto de leis estabelecidas pela Sociolo-
gia - em cada país e época se manifesta com as peculia- Ao deixar o Grão Mestrado em 1968, estava con-
ridades e a-potenclalldace da cultura local. vencido de que a Maçonaria não podia continuar alienada
Debalde será, pois, qualquer tentativa de fazê-Ia da vida contemporânea, presa a idéias de 1717, como o
desenvolver-se por métodos artificiais ou de impedir suas que era bom há dois séculos e meio, fosse ainda bom pa-
legítimas manifestações, embora em um país apenas. Os ra os nossos dias. Para ele o Rito Brasileiro pretende abrir
maçons compreendem perfeitamente o sentido da afirma- ou iniciar um novo período na História da Maçonarla Uni-
versal. -
tiva: UNIDADE NA DIVERSIDADE.
Como se sabe, são praticados atualmente no
Grande Oriente do Brasil seis Ritos: o Escocês Antigo e
Aceito, que congrega o maior numero de membros no
"NORMAS - RITUALÍSTICA" ESTRUTURA" 165
164 "NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA li

progresso dos demais. Ilustra-~e essa necessidade, ex-


pondo a Alegoria da Arvore, ~ss}m: , Brasil; o da Maçonaria Adonhiramita e o Francês (Moder-
"A Maçonaria, no Brasil, e como uma grande arvore no), primeiros a serem praticados em nossa terra, ambos,
com suas raízes, troncos e galhos, e, naturalmente, suas como o Rito Escocês, de origem francesa; o impropria-
flores e frutos. As raízes são os dois ritos precursores: o mente chamado de York, uma pratica conforme o sistema
da Maçonaria Adonhiramita e o M.oderno (F~a~ces), qu~ maçônico Inglês e sua feição norte-americana, de maior
denotam a:cultura francesa das ongens maçon~cas. bras~- numero de membros no mundo, em ambas vertentes (a
leiras. O tronco é o Rito Escocês Antigo ~ Aceito, rneqin- inglesa e a americana) hoje em expansão no Brasil; o S-
vocarnentelo grande responsável pela pujança da .Ord~m choeder, alemão, de Hamburgo, muito restrito, ainda, a
em nossa terra, também fortemente marcado pela mfluen.- áreas de colonização alemã, mais ora se expandindo em
cia francesa de sua formação e muito mesclado, n~ pra~l~ núcleos genuinamente brasileiros; e o Brasileiro, o rito da
ca nacional, por elementos ritualísticos das duas r~lzes ja cultura nacional. Nenhum é superior ao outro. Mantêm di-
mencionadas. Os ritos Schroeder e o que denominamos ferenças decorrentes das peculiaridades do meio em que
de York são ramos transportados diretamen~e de ~uas o- foram desenvolvidos.
rigens, a Alemanha e a Inglaterra.' e aind~ ~ao ,muito afe- Os Tratados de Amizades e Alianças Maçônicas
tados pela cultura brasileira. O Rito Brasileiro Ae um ?roto celebrados pelo Supremo Conclave do Brasil com gran-
gerado naturalmente do tronco, ~. Rito Escoces An!lgo e des Corpos maçônicos é, antes de tudo, uma informação
Aceito conservando em sua selva elementos da ar~ore amistosa que se presta ao público em geral. Em caráter
inteira: Só prosperará, se as raízes mantiv~ren:'-se Int~- especial, é um esclarecimento, também amistoso, àquela
gras e cada vez mais fortes, e o tronco tambem fique mais parcela do povo maçônico que, por razões naturais, igno-
vigoroso. Mesmo os galhos transplantados devem _cres- ra a existência destes laços formais entre a Oficina Chefe
cer, indicando o vicejar da árvore. Flores e frutos. sao as do Rito Brasileiro e algumas de suas co-irmãs.
manifestações ritualísticas e os produ~o~ da doutrina, de- Não é pretensão cavar dissidências maçônicas,
monstrando a riqueza da cultura brasllelra~ plural e~ su~ exaltando o Rito Brasileiro em detrimento dos demais .
. própria natureza. Assim, pugn~ryel.a plura.lid~de de ritos e O Rito Brasileiro ensina a seus obreiros que cabe
diligenciar pela própria sobrevívêncta ?O Rito . . ao maçom cultivar a harmonia no meio rnaçôníco e captar
Inteltzrnente ainda há os que discutem regularidade a simpatia dos membros de outros ritos. Portanto, nada
de rito e os que se revigoram no erro em afirmar a irregu- de proselitismo. Não há supremacia.
laridade do-Rito Brasileiro. . Os ritos praticados no Brasil como os demais ritos
Todos os ritos praticados no seio do Grande On~n~ praticados pelo povo maçônico no mundo inteíro, apenas
te do Brasil são regulares. O Grande Orient~ do Br~sll e indicam influências da cultura local, um irmão adotando o
uma obediência histórica de vasto reconhAe~lmento inter- rito, ou ritos, que melhor se ajuste, ou ajustem, a si mes-
nacional, haja vista o relacionamento maç~nlco ~ue man- mo. Ademais, como é conhecidas de reiteradas declara-
tém com a maçonaria ortodoxa Grande LOj~ Unida da I~- ções públicas, um dos Rrincípios doutrinários dó Rito Bra-
glaterra, ademais com diversas Grande LOjas EstaduaiS sileiro é o da pugna pela pluralidade de ritos, reconhecen-
Norte-americanas e de todo o mundo. do que o progresso de um depende, em grande parte, do
,\URMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA" 167 166
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA"
Mestre Geral Álvaro Palmeira), o Rito Brasileiro também
atende aos oito pontos, que são: A inclusão de um rito no Grande Oriente do Brasil é
uma chancela de regularidade, posto que, qualquer des-
1. - Cada Grande Loja ou Grande Oriente só pode
vio de doutrina, expresso por procedimentos ritualísticos
ser legitimamente estabelecido por uma Grande
do Grande Oriente do Brasil e, assim, qualquer um dos
Loja ou Grande Oriente regular, reconhecido, ou
seus ritos, inequivocamente levaria à ruptura de reconhe-
por três Lojas, no mínimo, também regularmen-
cimentos.
te constituídas.
Portanto, não se cogita de regularidade de ritos,
2. -A crença em Deus, o Grande Arquiteto do Uni-
mas, sim, se considera a obediência em que o rito é prati-
verso, e em sua vontade revelada, como condi-
cado. A regularidade internacional é da obediência, não
ção obrigatória a ser exigida para admissão de do rito.
cada membro.
A Maçonaria, nos moldes praticados na atualidade,
3. - Juramento prestado na presença ou sobre o
definiu-se e tem por origem próxima a primeira Grande
Volume aberto da Lei Sagrada - o que significa
Loja organizada no mundo, a saber, aquela levada a efei-
que a revelação do Alto liga-se à consciência
to em Londres, em 1717, 24 de junho.
daquele que é iniciado.
Os Ingleses detêm, por esta razão (por terem esta-
4. - Exclusiva iniciação de homens, não se admi-
belecido regras e origem, deduzidas das antigas obriga-
tindo relacionamento com organizações maçô-
ções), certa precedência doutrinaria. Mantendo a mesma
nicas que admitiam mulheres como membros.
posição até os nossos dias, a Grande Loja Unida da Ingla-
5. - Cada Grande Loja ou Grande Oriente possui
terra publicou em 1929, em oito pontos, o que denomina
exclusivo poder para dirigir as Lojas e maçons
de Princípios de base para o reconhecimento de uma
sob sua obediência, não se admitindo que divi-
Grande Loja, que constituem, segundo opinião aceita pela
da sua autoridade com qualquer outra organiza-
maioria, requisitos que determinam a regularidade de uma
ção maçônica.
organização maçônica. A desobediência a qualquer des-
6. - Presença, em todas as reuniões maçônicas,
ses pontos contamina a organização de irregularidade,
dos três símbolos mais importantes: o Esqua-
segundo o genuíno ponto de vista inglês. Tema difícil,
dro, o Compasso e o Volume das Sagradas Es-
crituras. malgrado essa solução dogmática permitir a afirmação de
o Rito Brasileiro, praticado por uma obediência que aten-
7. -, Proibição de toda discussão política ou religi-
de a estas condições (assim o fato do reconhecimento in-
osa no interior das Lojas.
8. .: A estrita observância dos princípios de antigos glês) ser um rito que esta conforme os parâmetros esta-
belecidos nos Oito Pontos. E de fato está.
regulamentos, usos e costumes da Maçonaria.
Em verdade, o Grande Oriente do Brasil atende a
Livros inteiros têm sido escritos, tendo por base o esses requisitos e, naturalmente, não só tendo sido criado
debate quanto a estes oito pontos. De todo modo eles se pelo Grande Oriente do Brasil (Decreto n° 500, de 23 de
constituem em referências obrigatórias quanto se deseja Dezembro de 1914, do, Grão Mestre Geral Lauro Sodre)
como sido reirnplantadó pelo próprio Grande Oriente do
Brasil (Decreto n° 2080, de 19 de Março de 1968, do Grão
,.
l~uRMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 169 168 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
3. - A utilidade e o valor dos cinco sentidos huma- verificar se determinada organização maçônica possui ou
nos. não regularidade ou legitimidade.
Por outro lado, o Rito Brasileiro se estatuiu em es-
IV - Exigências especiais do 3° Grau trita observância a treze requisitos internacionais, assim
discriminados:
1. - A lenda de Hiran e seu desenvolvimento.
2. -. A conceituação de imortalidade dela deduzi- I - Exigências de Ordem geral
da.
1. - O símbolo do Grande Arquiteto do Universo.
Acima do 3° grau, campo de atuação de Grandes 2. - O uso do Livro Sagrado sobre o Altar dos Ju-
Corpos ditos filosóficos, como é o supremo C?nclav~ do ramentos.
Brasil, qualquer Rito estabelece sua propna hierarquia. e 3. - O emprego de sinais, toques e palavras em
cerimonial,'; independente de apreciação de qualquer or- cada grau.
gão, inclusive de obediências que governam apenas os 4. - O desenvolvimento de cerimônias por meio de
três primeiros graus. . fórmulas misteriosas e emblemáticas dentro do
Assim ademais de haver sido criado e ser pratica- Templo, contendo os símbolos da construção
do por uma 'Obediência Simbólica, o Grande Oriente ?o universal tradicionalmente usados na Franco
Brasil - de' vasto reconhecimento internacional e perfeito Maçonaria.
ajustamento aos oito pontos de regularidad~ estabele~~-
dos pela Grande Loja Unida da Inglaterra, aCima. e.speclfl- 11- Exigências especiais no 1° grau
cados - o Rito, pelo atendimento dos treze requisitos su-
pra, é ineqúivocamente legitimo. . .. . 1. - O uso da Câmara de Reflexão (que os ingle-
Outrossim - como pode ser facilmente verltícável ses de modo geral não utilizam) .
.por aqueles mais exigentes e co~hecedores da. doutrin? 2. - A explanação da formula do Grande Arquiteto
maçônica, - é um rito ortodoxo, ajustado aos mais qenur- do Universo, no Rito reverenciado como Su-
nos princípios maçônicos premo e não apenas Grande.
Os textos postos, a seguir, constituem-se em tes- 3. - O cultivo da fraternidade, da tolerância, da
temunhos formais do afirmado nesta apresentação. moral e da caridade.
São Tratados de Amizades e Alianças Maçônicas 4. - A aplicação de viagens simbólicas.
celebrados pelo Supremo Conclave do Brasil do Rito Bra-
sileiro com os Grandes Corpos irmãos, a saber: 111- Exigências especiais do 2° Grau

o O Grande Oriente do Brasil em 10 de Junho de


1. - A exaltação do trabalho, que dignifica e libera
1968. o homem.
o O Excelso Conselho da Maçonaria Adonhirami-
2. - O emprego das ferramentas simbólicas da
ta em 21 de Novembro de 1974. maçonaria operativa.

)
"NORMAS- RITUALÍSTICA. ESTRUTURA" 171
170
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA"

o O Supremo Conselho do Rito Moderno para o


Brasil em 14 de Setembro de 1985.
o O Supremo Grande Capitulo de Maçons do Re-
al Arco do Brasil em 17 de Dezembro de 2003 ,
GOB COM.O RITO BRASILEIO que se estabeleceu no território nacional medi-
ante Carta Constitutiva outorgada pelo norte
americano Grande Capitulo Geral de Maçons
do Real Arco Internacional (The General Grand

T ranscrevo, na integra, o Tratado de Amlzade e


Aliança Maçônica assinado pelo Rito Brasileiro
de Maçons Antigos, Livres e Aceitos com o Grande Orien-
Chapter of RoyalArch Masons International) em
24 de Abril de 2001.

te do Brasil, em 10 de Junho de 1968: O Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasilei-


ro espera que as publicações desses Tratados de Amiza-
• "O Grande Oriente do Brasil, Potência Simbólica e So- des e Alianças Maçônicas, sejam úteis aos que se dedi-
berana, e o Soberano Supremo Conclave do Brasil pa- cam a estudos especificados e que, de todo modo, possa
ra o Rito Brasileiro, ambos com sede à rua do Lavra- servir de informação amistosa aos que, por razões natu-
dio, 97, ao Vale do Rio de Janeiro, Estado do Rio de rais, desconhecem o complexo mundo da Maçonaria.
Janeiro, hão por bem afirmar por este instrumento a O Rito Brasileiro representa o modo de nós, os
Amizade e Aliança, que devem existir entre as referi- brasileiros, praticarmos maçonaria segundo a nossa pró-
das Potências". pria cultura, sem desfazer-nos dos grandes vínculos uni-
versais da Ordem.
Art. 10 - O Soberano Supremo Conclave do Brasil Não se trata de patriotismo, trata-se de cultura, ou
para o Rito Brasileiro (nas demais cláusulas denominado seja, sem muito rebusco sociológico, de o modo pela qual
apenas de Soberano Supremo Conclave) reconhece o cada sociedade resolve as suas necessidades, sem se
Grande Oriente do Brasil como única autoridade regular, sujeitar a formas opressivas que não reconhecem o direito
legitima e soberana, exclusiva, no Brasil, para os três de sermos diferentes uns dos outros: o jeitão de os brasi-
graus simbólicos. leiros praticarmos maçonaria. Quem se envergonha de
sua própria cultura?
Art. 20 - Por seu lado, o Grande Oriente do Brasil Muitos têm a certeza de que a Maçonaria é um vi-
reconhece. o Soberano Supremo Conclave como única goroso instrumento de paz, justamente por ser uma das
Potência regular, legal, legitima, soberana e Chefe do Rito poucas instituições de caráter universal que aproxima
com exclusiva Autoridade e Jurisdição no Brasil. como irmãos homens diferentes em inumeráv~is aspec-
tos, e que, se não fosse a Própria maçonaria, permanece-
riam indiferentes ou afastados (Primeiro artigo das Consti-
tuições de 1723). .,
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTl!RA" 173
172 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
que se filiar ou ingressar em Loja Simbólica fora da Juris-
dição do Grande Oriente do Brasil. Art. 3° - O Soberano Supremo Conclave, por este
instrumento, abre mão do direito de fundar Lojas Simbóli-
Art. 9° - Reserva-se o Soberano Supremo Conclave cas e de iniciar nos três primeiros graus do Rito.
o direito, inerente às suas funções de Grande Oficina
Chefe do Rito, exclusiva Reguladora e Guardiã de seus Art. 4° - Por seu lado o Grande Oriente do Brasil
Arcanos, de formular a doutrina ortodoxa dos Rituais dos compromete-se, no Rito Brasileiro, a só iniciar nos três
três graus Simbólicos, assim como dos Rituais Especiais primeiros graus.
às variadas Cerimônias litúrgicas, que alem de Iniciação,
também se praticam no Simbolismo, fornecendo ao Gran- Art. 5° - Todo Maçom, membro de qualquer Oficina
de Oriente; do Brasil cópias autênticas de seu trabalho, da Jurisdição do Soberano Supremo Conclave, é obri~ado
para considerações dessa Potência. a pertencer a uma Loja da Jurisdi~ão ,~o Grande. OrI~nte
do Brasil que pratique os graus slmbólícos do RItO, fiqu-
Art. 10° - Nas Sessões econômicas das Lojas Sim- rando como membro Ativo de seu Quadro, em pleno gozo
bólicas, os Obreiros do Quadro, de grau de Mestre ou Su- de seus direitos maçônicos, observada a disposição do
perior, colocarão aos nomes as siglas M:. M: .. Artigo 7°.

Nessas Sessões os Irmãos visitantes poderão as- Art. 6° - Cada um dos Altos Corpos contratantes
sinalar o Alto Grau, que possuírem, o que, entretanto, ne- rege-se pelas leis que adota e é inteiramente independen-
nhuma prerrogativa especial lhes conferirá. te na aplicação de taxas às Oficinas, Altos Corpos e Ma-
§ 1° - Nas Sessões Magnas (salvo as de Iniciação, çons de sua respectiva jurisdição, sem interferência de
Passagem a Companheiro e Exaltação a Mestre, Filiação um na economia privativa do outro.
e Regularização) é licito aos Obreiros do Quadro e Irmãos
visitantes, que possuam graus superiores ao de Mestre, Art. ]O - Qualquer das Altas Partes Contratantes e
comparecer revestidos de suas insígnias e colocar após soberana dentro de suas próprias leis, para suspender,
os nomes os seus respectivos graus. excluir, expulsar ou eliminar Obreiro de _sua Ob~d!ênc~a,
§ 2°~ Um Irmão visitante, no caso de representar o devendo a suspensão, exclusão, expulsão ou eliminação
Soberano Supremo Conclave ou Alto Corpo da Obediên- ser comunicada imediatamente à outra Alta Parte, para
cia Litúrgica, gozará das honras e prerrogativas do proto- sua apreciação.
colo, inerente ao seu grau e qualidade.
Art. 8° - O Grande Oriente do Brasil excluirá de sua
Art. 11° - Para garantir de um lado a unidade da Jurisdição todo Maçom que se filiar ou ingressar em qual-
Família Maçônica Brasileira, e de outro a independência quer Oficina de Altos Graus, estranha à Jurisdição do So-
das Altas Partes contratantes, estas, por força deste Tra- berano Supremo Conclave e das demais Jurisdição das
tado: Oficinas Chefes de Rito, reconhecidas pelo mesmo Gran-
de Oriente. Por sua vez, o Soberano Supremo Conclave
procederá de igual modo em relação a qualquer Irmão,
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 175
174 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA li

Art. 16 - O Soberano Supremo Conclave e as Ofici-


nas de sua Obediência só concederão elevações de - Funcionarão no mesmo edifício possuindo porém,
graus de sua competência e expedirão Certificados, Di- cada uma os Templos e Salas destinadas aos seus traba-
plomas, Breves, Patentes e Carteiras de identidade Ma- lhos maçônicos e administrativos.
çônica aos Maçons que provarem sua regularidade no - Manterão os funcionários administrativos próprios,
Grande Oriente do Brasil, devendo todos possuir atualiza- necessários aos seus serviços.
do o Cadastro Geral da Ordem, em uso nessa Potência - Organizarão as tabelas de emolumentos e os res-
Simbólica .. pectivos orçamentos anuais, de receita e despesas.
- Elaborarão as leis, rituais e regulamentos de seu
Art. 17 - O Grande Oriente do Brasil comunicará ao uso particular e competência, e mais efeitos maçônicos.
Soberano Supremo Conclave a fundação de novas Lojas - Terão escrita financeira e patrimonial independen-
Simbólicas do Rito Brasileiro e a expedição da respectiva te.
Carta Constitutiva, e também a incorporação ou reincor-
poração de Lojas Simbólicas e a regularização de Maçons Art. 12 - Os Rituais dos graus Simbólicos e demais
do Rito Brasileiro. Por sua vez, o Soberano Supremo Rituais do Simbolismo constituem renda exclusiva do
Conclave comunicará ao Grande Oriente do Brasil a no- Grande Oriente do Brasil.
meação e :dispensa de seus Delegados, a expedição de
Patentes e Cartas para Sublimes Capítulos, Grandes Art. 13 - A renda dos emolumentos do Rito Brasilei-
Conselhos e Altos Colégios necessários aos trabalhos do
f
ro, relativa à elevação de graus, acima do de Mestre e
Rito em todo o território nacional. respectivos cartões, pertence exclusivamente ao Sobera-
no Supremo Conclave, que arrecada diretamente.
Parágrafo Único - O Soberano Supremo Conclave
determinará às Lojas Simbólicas, que organizem seus Art. 14 - Fica a cargo do Grande Oriente do Brasil a
Sublimes Capítulos, tendo administração, escrita e eco- administração dos bens móveis e imóveis da Ordem Ma-
nômica própria, completamente independente e separa- çônica, bem como a manutenção, conservação e policia-
dos da Oficina Base.
mento do edifício em que funcionam as Altas Partes Con-
tratantes.
Art. ) 8 - Os Diplomas, Breves e Patentes dos graus
4 ao 33 têm registro exclusivo na Grande Secretaria da Art. 15 - As duas Altas Partes contratantes só reco-
Magna Reitoria. nhecerão Maçons a elas pertencentes, que estejam no
gozo dos direitos maçônicos ou que pertençam a Potên-
Art.19 - É licito ao Soberano Supremo Conelave cias Maçônicas reconhecidas por uma das Partes. Obri-
enviar às Lojas Simbólicas do Rito Brasileiro da Jurisdição gam-se ainda à mutua -comunlcação de reconhecimento
do Gr~nd~ Oriente do Brasil publicações ou instruções de outras Potências. Permutarão igualmente as respecti-
exclusivamants de natureza Litúrgica ou referentes ao Ri- vas publicações oficiais.
to Brasileiro.
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA" 177
176 "NORMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA"
Art. 23 - As Altas Partes contratantes reconhecem
e acatam reciprocamente a legislação vigente em ambas Art. 20 - A execução de todas as Cerimônias litúrgi-
as Jurisdições, mas só se obrigam expressamente aos cas do Simbolismo compete ao Grande Oriente do Brasil.
A instalação de Veneráveis Mestres e a Sagração de
dispositivos do presente Tratado.
Templo, poderão ser realizados pelo Soberano Supremo
Art. 24 - Em protocolos adicionais, assinados em Conclave.
conjunto pelo Grão Mestre Geral e pelo Grande Primaz,
serão solucionados, de comum acordo, os casos omissos. Art. 21 - Em obediência ao principio da completa
separação entre governos, da Maçonaria Simbólica e da
Art. 25 - O presente Tratado vigorará por tempo in- Maçonaria Filosófica, as Altas Partes contratantes têm por
incompatíveis:
determinado, podendo ser denunciado por qualquer das
partes, por meio de Prancha dirigida ao Grão Mestre Ge-
rai ou ao Grande Primaz. Conforme o caso, com antece- - Qualquer dos cargos de Grão Mestre Geral e
dência de 12 (doze) meses. Grão Mestre Geral Adjunto com qualquer dos cargos de
Grande Primaz e Grande Regente.
Art. 26 - Este Tratado entrará em vigor a partir de - Qualquer dos cargos de Grandes Secretários Ge-
sua retificação pelo Soberano Supremo Conclave do Bra- rais do Grande Oriente do Brasil com qualquer dos cargos
sil para o Hito Brasileiro e pela Soberana Assembléia Fe- de Grande Secretário da Magna Reitoria e Grande Chan-
deral Legislativa do Grande Oriente do Brasil. celer da Magna Reitoria.
- Qualquer dos cargos de Grão Mestre Estadual,
As Grandes Secretarias Gerais do Grande Oriente Grão Mestre Estadual Adjunto e Grande Secretário Esta-
do Brasil e do Soberano Supremo Conclave do Brasil para dual com qualquer dos cargos de Delegado Litúrgico,
o Rito Brasileiro, ficam encarregados da publicação e noti- Grande Prior e Egrégio Mestre.
ficação do: presente Tratado a todas as Oficinas, Altos
Corpos e Maçons da Federação e às Potência Maçônicas Parágrafo Único - A posse em cargo considerado
Estrangeiras. E, assim, justos e contratados, firmam o incompatível pelo Maçom que já estiver em cargo do
o
presente, Grão Mestre Geral, o Grande Secretário Geral Grande Oriente do Brasil ou do Soberano Supremo Con-
de Administração, o Grande Secretário Geral de Relações clave, importará na perda do cargo, que vinha exercendo.
Maçõnicase o Grande Secretário Geral da Guarda dos
Selos do Grande Oriente do Brasil, e o Grande Primaz, Art. 22 - Quando um Alto Corpo Litúrgico convidar o
Grande Secretário e Grande Chanceler do Rito Brasileiro. Grão Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil a compa-
Dado e traçado no Salão Nobre do Palácio Maçôni- recer a qualquer cerimônia, permissível pelo alto grau que
co à rua do Lavradio n." 97, na cidade do Rio de Janeiro possua, será ele recebido conjuntamente com o Grande
(Estado da Guanabara), Brasil, no 4° dia da Luz de Sivan Primaz, o mesmo ocorrendo nas Lojas Simbólicas. Analo-
do ano mundis 5968 (10 do mês de Junho de 1968 da Era gamente se procederá com as demais Dignidades de uma
Vulgar). e de outra Potência.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 179
178 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"

1IATADO DlIIIDI€AÇ10
• Ass.) ÁLVARO PALMEIRA.

DI_OMlN'l'OIIADIIIMÇA Grão Mestre Geral do Grande Oriente do


Brasil.
• Ass.) ADHEMAR FLÔRES.

00GOBIM O. BRASILIIO •
Grande Secretário Geral de Administração.
Ass.) HUMBERTO CHAVES.
Grande Primaz do Soberano Supremo
Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro.
• Ass.) ARDEVALDO RAMOS.

T r~nscrevo, na inte~ra, o Tratado de Rerratifica-


çao de Reconhecimento, Amizade e Aliança
Grande Secretário Geral do Soberano Supremo
Conclave.
Maçônica assinado pelo Soberano Supremo Conclave do • Ass.) EUGÊNIO MACEDO MATOSO.
Brasil parare Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Grande Secretário das Relações Maçônicas.
Aceitos com o Grande Oriente do Brasil, em 19 de março
de 2010, e aprovado pela Assembléia Federal Legislativa Este Tratado de Amizade e Aliança Maçônica vem
em 19 de junho de 2010: ' sucessivamente sendo mantido, pelas varias alterações
da Constituição do Grande Oriente do Brasil, isso poderá
O Grande Oriente do Brasil, Potência Maçônica ser verificada na Constituição de 1999, em seu artigo
Simbólica Independente e Soberana, fundada em dezes- n0137, e no Regulamento Geral da Federação em seu ar-
sete de junho de mil oitocentos e vinte e dois, com sede tigo n° 230.
na cidade de Brasília - DF e o Supremo Conclave do Bra- Também na Constituição do Grande Oriente do
. sil para o Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Acei- Brasil em seu artigo n0128, editada e publicada no dia 25
tos, Potência Maçônica Filosófica, Independente e Sobe- de Junho de 2007.
rana fundada em 19 de Março de mil novecentos e ses- No dia 19 de março de 2010, foi revisado esse Tra-
senta e oito, com sede e foro na cidade do Rio de Janeiro tado e assinado outro com varias modificações. No próxi-
- RJ, ambas com jurisdição em todo o Território Nacional mo capitulo transcrevo na integra esse Tratado intitulado:
da Hepublíoa do Brasil, ratificando o excelente relaciona- "Tratado de Rerratificação de Reconhecimento, Amizade
mento que-une as duas Altas Potências, firmam no pre- e Aliança do Grande Oriente do Brasil com o Rito Brasilei-
sente Trat~do Maçônico de Rerratificação de Reconheci- ro". Em capitulo constante do outro volume na pagina 25,
mento Aliança e Amizade, o que deve existir entre as refe- comento as mudanças efetuadas neste Tratado, com im-
ridas Potências. plicação no simbolismo, capitulo intitulado: "Consulta So-
bre Liturgia e Ritualística no Rito Brasileiro.
Artig~ 1° - O Grande Oriente do Brasil Reconhece
e proclamá o Supremo Conclave do Brasil para o Rito
"NORMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA" 181
180 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
dente na aplicação de taxas às Oficinas e aos Maçons de
sua respectiva Jurisdição, sem interferência de uma na Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos, como Po-
economia privativa da outra. tência Maçônica Filosófica, Regular, Legal, Legitima e
Soberana, Grande Oficina Litúrgica para os Graus Filosó-
Artigo 6° - Qualquer das Altas Partes signatárias é ficos cabendo-lhe a Administração dos Graus Filosóficos
soberana, dentro de suas próprias leis, para suspender, do Grau Quatro ao Grau Trinta e Três.
expulsar ou eliminar Maçom de sua Obediência, devendo
a suspensão ou eliminação ser comunicada imediatamen- Artigo 2° - O Soberano Supremo Conclave do Bra-
te à outra Alta Parte, para sua apreciação e adoção das sil para o Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Acei-
providencias cabíveis. tos reconhece e proclama o Grande Oriente do Brasil,
como Potência Maçônica Simbólica, Regular, Legal, Legi-
Artigo ]O - O Supremo Conclave excluirá de sua Ju- tima e Soberana, cabendo-lhe a Administração dos três
risdição todo Maçom pertencente a Lojas Simbólicas do Graus Simbólicos, que são Aprendiz Maçom, Companhei-
Rito Brasileiro federada ao GOB que se filiar ou ingressar ro Maçom e Mestre Maçom.
em qualquer Oficina do Rito Brasileiro de Altos Graus es-
tranha à Jurisdição do Supremo Conclave. O Supremo Artigo 3° - Cabe exclusiva e privativamente ao
Conclave procederá de igual modo em relação a qualquer Grande Oriente do Brasil, nas demais cláusulas denomi-
maçom que: nado apenas GOB, Potência Simbólica, fundar Triângulos
I - Não se desvincular ou desvincular-se regular- e Lojas Simbólicas, iniciar colar no grau de Companheiro
mente do GOB e ingressar em Loja Simbólica cuja Potên- Maçom (elevar) e colar no Grau de Mestre Maçom (exal-
cia Simbólica não possua Tratado com o Grande Oriente tar) nos três primeiros graus do Rito Brasileiro alem de
do Brasil. exercer as funções reguladoras e de Guardião de seus
II - Não se desvincular do GOB e ingressar em t.o- Arcanos e de formular a doutrina ortodoxa dos Rituais dos
ja Simbólica cuja Potência Simbólica possua Tratado com três graus simbólicos.
o Grande Oriente do Brasil.
Artigo 4° - Cabe exclusiva e privativamente ao So-
Artigo 8° - O Supremo Conclave sempre que solici- berano Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro
tado, ou por sua livre iniciativa, oferecerá ao GOB suges- de Maçons Antigos, Livres e Aceitos, nas demais clausu-
tão quanto ao aprimoramento do conteúdo dos rituais dos las denominado apenas de Supremo Conclave, Potência
três graus 'simbólicos, assim como dos rituais especiais Maçônica Filosófica, fundar Oficinas Filosóficas, promover
das variadas cerimônias litúrgicas, que também são prati- nos graus filosóficos do Rito Brasileiro, exercer as fun-
cadas no Simbolismo. ções, no que tange aos graus filosóficos, reguladoras e de
Guardião de seus Arcanos e de formular a doutrina orto-
Artigo 9° - Um Irmão visitante, no caso de repre- doxa dos Rituais dos graus filosóficos.
sentar o Supremo Conclave ou Alto Corpo da Obediência
Filosófica, gozará das honras e prerrogativas do Protocolo Artigo 5° - Cada -uma das Altas Partes signatárias
rege-se pelas leis que adota, e é inteiramente indepen-
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 183 182 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
Parágrafo único - Os Corpos Filosóficos organizar-
inerentes ao seu próprio grau e qualidade e nunca das
se-ão de acordo com à orientação do Supremo Conclave, prerrogativas da autoridade representada.
com administração, escrita e economia própria, comple-
tamente independente das Lojas Simbólicas que lhes de-
Artigo 10° - A renda dos emolumentos e taxas rela-
rem suporte.
tivas aos graus simbólicos do Rito Brasileiro pertence ex-

Artigo 15° - Os Diplomas, Breves e Patentes = clusivamente ao GOB, que a arrecada diretamente.

graus 4 ao 33 têm registro exclusivo na Grande Secretaria


Artigo 11 ° - A renda dos emolumentos e taxas dos
do Supremo Conclave. .
,~
graus filosóficos do Rito Brasileiro pertence exclusivamen-
te ao Supremo Conclave que a arrecada diretamente.
Artigo 16° - O Supremo Conclave poderá remeter
ao GOB para apreciação e posterior envio às Lojas Si~-
Artigo 12° - As duas Altas Partes signatárias só re-
bólicas a ele federadas, publicações ou trabalhos exclusi-
conhecerão Maçons que estejam no pleno gozo dos seus
vamente de natureza litúrgica referentes ao Rito Brasilei-
direitos maçônicos, a elas pertencentes ou que pertençam
ro, bem como instruções e sugestões para apr.esentação
a Potências Maçônicas reconhecidas pelo GOB. Com-
de trabalhos com vistas à admissão de candidatos nos
Corpos Filósóficos. prometem-se, ainda. à mutua comunicação de reconhe-
cimento de outras potências e a permutarem, igualmente,
Artigo 1]0- A execução de todas as cerimônias li- as respectivas publicações oficiais.
túrgicas dó Simbolismo compete ao GOB no âmbito de
Artigo 13° - As Oficinas de obediências ao Supre-
sua jurisdição ou, quando se tratar de um maçom a ele
mo Conclave só concederão elevações de graus de sua
não vinculado, a Potências Maçônicas Simbólicas por ele
reconhecidas. competência e expedirão Certificados, Diplomas, Breves,
Patentes e Carteiras de Identidade Maçônica aos Maçons
do GOB que provarem sua regularidade, mediante a a-
. Artigb 18° - Tendo em conta o princípio Administra-
presentação da respectiva Cédula de Identidade Maçôni-
tivo da completa separação e independência entre os go-
ca.
vernos da Maçonaria Simbólica e da Maçonaria Filosófica,
as Altas Partes signatárias têm por incompatíveis quais-
Artigo 14° - O GOB comunicará ao Supjerno Con-
quer dos cargos do GOB de Grão Mestr~, Grão M~s~re
clave a fundação de novas Lojas Simbólicas ds:>Rito Bra-
Geral Adjunto, Secretários Gerais de Gabinete: Admlnl:-
sileiro e a expedição da respectiva Carta Constitutiva, a
tração, Guarda dos Selos, Finanças e de ~elaçoes ~a~o-
incorporação ou reincorporação de Lojas Simbólicas e a
nicas Exteriores, Grão Mestres Estaduais e do Distrito
regularização de Maçons do Rito Brasileiro. Por sua vez,
Federal Grão Mestres Adjuntos Estaduais e do Distrito
o Supremo Conclave comunicará ao GOB a fundação de
Federal' Grandes Secretários Estaduais de Gabinete,
novos Corpos Filosóficos, incorporação ou reinçorporação
Admini~tração, Guarda dos Selos e de Finanças, Presi-
de Corpos Filosóficos do Rito Brasileiro, em tb'do o Terri-
dentes dos Poderes Legislativos e Judiciário Federal e
tório Nacional.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 185

?ordo c~m ,O disposto no RGF do GOB, compostos com o


184 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
írnprescíndrvel Avental, dispensando-se idêntico tratamen-
Estaduais com quaisquer dos cargos do Supremo Con-
to ~os .dirigentes de níveis equivalentes, pertencentes a
clave de Grande Primaz, Grande Regente, Grande Chefe
Potências Maçônicas Filosóficas de outros Ritos, que de Gabinete, Grande Secretário, Grande Chanceler e
possuam Tratado de Reconhecimento, Amizade e Aliança
Grande Secretário de Relações Exteriores, Delegado li-
com o Grande Oriente do Brasil.
túrgico e Presidentes de Corpos Filosóficos.
Parágrafo Único - O Maçom que estiver acumulan-
Artigt> 22° - As Altas Partes signatárias reconhecem
do cargos incompatíveis, nos termos deste artigo, optará
e acatam ~e~ipr.o~amente o cumprimento da legislação vi-
pelo exercício de um deles, no GOB ou no Supremo Con-
gente na [urisdição da Potência visitada e obrigam-se a
clave, caso contrário implicará a perda de um dos cargos
observar expressamente os dispositivos do presente Tra-
que vinha exercendo.
tado.

Artigo 19° - Quando um Alto Corpo convidar o Grão


~rtigo 23° - Em protocolos adicionais, assinados
Mestre Geral do GOB para comparecer a qualquer ceri-
em conjunto pelo Grão Mestre Geral e pelo Grande Pri-
mônia da Potência Filosófica, permissível pelo alto grau
maz, os casos omissos serão solucionados de comum
que o mesmo possua, será ele recebido conjuntamente
acordo.
com o Grande Primaz, o mesmo ocorrendo nas Lojas
Simbólicas. Analogamente proceder-se á com as demais
. A~igo 24° - O presente Tratado vigorará por tempo Dignidades de uma ou de outra Potência, considerando-
Indeterminado, pode.ndo ser denunciado por qualquer das se, somente para fins de recepção, que se equivalem os
Altas Partes, por meio de Prancha dirigida ao Grão Mestre
cargos dos Corpos Simbólicos e os dos Corpos Filosófi-
Geral AOU .ao Grande Primaz, conforme o caso, com a an-
cos, para esse efeito, sendo o cargo de Grande Primaz
tecedêncla de 24 (vinte e quatro) meses, no mínimo.
equivalente ao de Grão Mestre Geral; o de Grande Re-
gente ao de Grão Mestre Geral Adjunto; o de Grande Se-
_ Artigo 25° - Este Tratado Maçônico de Rerratifica-
cretário ao de Secretario Geral e o de Delegado litúrgico
çao de Reconhecimento, Amizade e Aliança foi aprovado
ao de Grão Mestre Adjunto Estadual ou do Distrito Fede-
pelo Supremo Con~lave (19 de março de 2010) e pela
ral.
~oberana Assembléia Federal Legislativa do GOB (19 de
junho de 2010).
Artigo 20° - Embora de faixa protocolar equivalente
superior, as autoridades dos Corpos Filosóficos, de que o
Artigo 26° - Assim ajustados, firmam o presente
artigo 19, ingressam no Templo com as formalidades cor-
Tratado que rerratifica o Tratado celebrado em vinte e se-
respondentes à sua faixa protocolar equivalente, junto
te de. Julho ~e mil novecentos e sessenta e oito, em qua-
com o respectivo Grão Mestre Estadual ou do Distrito Fe-
tro Vias, de Igual teor, o Grão Mestre Geral do GOB o
deral da jurisdição da Loja. <,

Grande Primaz do Supremo Conclave bem como autori-


dades da Administração do GOB e do Supremo Conclave.
Artigo 21 ° - Nas sessões dos Graus Simbólicos, as
Dignidades do Supremo Conclave estarão trajados de a-
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 187
186 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"

1ITAlNl ••• 11 ALJANÇAIM) Dado e traçado no Templo Nobre do Palácio Ma-


çônico Nasseri Gabriel do Grande Oriente do Estado de
Goiás, com sede na cidade de Goiânia - GO, Rua Armo-
gaste José da Silveira, 250, Setor Marechal Rondon, aos
19 dias do mês de março de 2010, da Era Vulgar.

Assinam:
• Marcos Jose da Silva - Grão Mestre Geral
• Nei Inocêncio dos Santos - Grande Primaz
T ranscrevo. abaixo na" i~tegra o Tratado de Ami-
zade e Aliança Maçônica assinado entre o Rito • Claudio Roque Buono Ferreira - Grão Mestre Geral
Adjunto
Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos e o Rito
Adonhiramita: • Walter Alexandre Ferraz - Grande Regente
• Ronaldo Fidalgo Junqueira - Secretario Geral de
• "O Tratado de Amizade, Mútuo Reconhecimento e Ali- Administração do GOB
ança, que firmam, o Soberano Supremo Conclave do • Jose Robson Gouveia Freire - Grande Secretario
Brasil para o Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres do Supremo Conclave
e Aceitos e o Excelso Conselho da Maçonaria Adonhi- • Jose Edmilson Carneiro - Secretario Geral da
ramita, ambas com sede na cidade do Rio de Janeiro Guarda dos Selos do GOB
e Jurisdição em todo o Território do Brasil": • Edson Tavares Bandeira de Mello - Grande Chan-
celer do Supremo Conclave
I - O'Suprerno Conclave do Brasil para o Rito Brasi- • Fernando Tulio Colacioppo Junior - Secretario Ge-
leiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos e o Excelso rai de Relações Maçônicas Exteriores do GOB
Conselho da Maçonaria Adonhiramita, reconhecem-se, • Ariovaldo Torresson - Grande Secretario de Rela-
mutualmente como Potências Maçônicas Filosóficas, re- ções Exteriores do Supremo Conclave
gulares, legais e legitimas, com autoridades e jurisdição • João Francisco Guimarães - Secretario Geral de
sobre os Maçons das respectivas obediências em todo o Gabinete do GOB
território dá' República Federativa do Brasil. • Cesar Roberto Daniel Dourado - Grande Chefe de
Gabinete do Supremo Conclave
11 - Reconhecem, outrossim, o Supremo Conclave
do Brasil para o Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres
e Aceitos e o Excelso Conselho da Maçonaria Adonhira-
mita que conteúdo hermético e filosófico dos perfeitos e
sublimes graus das respectivas hierarquias constituem
perfeito sincretismo no que concerne ao ideal supremo da
Maçonaria ~niversal, qual seja o de conduzir o Homem ao
"NORMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA" IS9
ISS "NORMAS - RITUALÍSTICA . ESTRUTURA"
c) - prestigiarem-se, mutuamente, nas sessões es-
peciais ou magnas de caráter litúrgico; Principio Transcendentes - o Supremo Arquiteto do Uni-
d) - manter a mais exemplar fraternidade. verso.

IV - As Altas Partes signatárias consultar-se-ão, 111- Assim identificados e mutuamente reconheci-


mutuamente, sobre assuntos de relevante interesse para das e em testemunho de sua fraternal amizade e perfeita
a Maçonaria, a Pátria e a Humanidade. aliança, estabelecem as supramencionadas Potências o
. seguinte:
V - Ãs Altas Partes signatárias esforçar-se-ão pela
maior união da Família Maçônica Brasileira, tanto no Sim- 1 - Haverá equivalência entre os graus das hierar-
bolismo como no Filosofismo, e reafirmam reconhecer o quias das Altas Partes contratantes assegurado aos Ma-
Grande Oriente do Brasil como única Potência para o go- çons das respectivas obediências o direito de freqüenta-
verno dos graus simbólicos de Aprendiz, Companheiro e rem trabalhos litúrgicos de Lojas, Capítulos e Altos Cor-
Mestre.
pos de ambas, desde que se identifiquem por meio de do-
cumentos hábeis pelas mesmas expedidos.
VI -' O presente Tratado de Aliança, Mútuo Reco-
nhecimento e Amizade entre em vigor na data de sua as-
2 - Considerada a hierarquia de maçom, será o
sinatura. '
mesmo recebido nas Oficinas Litúrgicas ao Alto Corpo, a
que tiver acesso como visitante, com as honrarias, privilé-
Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 1974.
gios e distinções que as mesmas conferirem, habitual-
mente, aos membros dos respectivos quadros.
• Ass.) Dr. Cândido Ferreira de Almeida.
Soberano Grande Primaz do Rito Brasileiro.
3 - O maçom excluído, ou expulso do quadro de
obreiros de qualquer das signatárias não será tolerado,
• Ass.) Dr. Aylton de Menezes.
como visitante em qualquer Oficina Litúrgica ou Alto Cor-
Magnifico Patriarca Regente do
po que lhes forem subordinados, nem em qualquer deles
Rito Adonhiramita.
será admitido por iniciação ou filiação.

4 - As Altas Partes signatárias recomendarão aos


maçons das respectivas obediências:
a) - a mais estreita colaboração quando se tratar de
desempenho de atividades de caráter social que interesse
ao bem da Ordem em geral, da Pátria e da Família;
b) - prestigiarem, mutuamente, as Oficinas Litúrgi-
cas e Altos Corpos, quando da realização de festividades
cívicas ou maçônicas;
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 191
190 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRlJTURA"
Principio Transcendente - o Supremo Arquiteto do Uni-
verso.

111- Assim identificadas e mutuamente reconheci-


d~s e em testemunho de sua fraternal amizade e perfeita
aliança, estabelecem as supramencionadas Potências o
seguinte: RITOBRASIIIIO COM O RITOMODINO
5 - Haverá equivalência entre os graus das hierar-
quias das Altas Partes contratantes assegurado aos Ma-
çons das respectivas obediências o direito de freqüenta-
rem trabalhos litúrgicos de Lojas, Capítulos e Altos Cor- T ranscrevo abaixo na integra o Tratado de Ami-
zade e Aliança Maçônica assinado entre o Rito
Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos e o Rito
pos de ambas, desde que se identifiquem por meio de do-
cumentos hábeis pelas mesmas expedidos. Moderno:

6 - Considerada a hierarquia de maçom, será o • "Tratado de Aliança, Mutuo Reconhecimento e Amiza-


mes~o recebido nas Oficinas Litúrgicas ao Alto Corpo, a de que firmam, de uma parte, o Supremo Conselho do
que tiver acesso como visitante, com as honrarias, privilé- Rito Moderno para o Brasil e, de outra, o Supremo
gios e distinções que as mesmas conferirem, habitual- Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro de Maçons
mente, aos membros dos respectivos quadros. Antigos, Livres e Aceitos, ambos com sede na cidade
do Rio de Janeiro e jurisdição em todo o território da
7 - Fica estabelecido que os Graus 4, 5, 6 e 7 do Republica Federativa do Brasil".
Rito Moderno, correspondem aos Graus 4, 9, 14 e 18 do
filosofismo do Rito Brasileiro. I - O Supremo Conselho do Rito Moderno para o
Brasil e o Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasi-
8 -Aos Irmãos do Rito Moderno que desejarem leiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos, reconhece-se,
prosseguir ,no Filosofismo Maçônico a fim de alcançarem mutuamente, como Potencias Maçônicas Filosóficas, re-
o Grau 3390 Rito Brasileiro, vincular-se automaticamente gulares, legais e legitimas, com autoridade e jurisdição
as Oficinas Filosóficas, galgando, desse modo, os Graus sobre os maçons das respectivas obediências em todo o
subseqüentes, do 19 ao 30 através dos Grandes Conse- território da Republica Federativa do Brasil.
lhos de Kadosch, os Graus 31 e 32 nos Altos Colégios e o
33 no Supremo Conclave do Brasil. 11- Reconhecem, outrossim, o Supremo Conclave
do Brasil para o Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres
. 9 - O Maçom excluído, ou expulso do quadro de e Aceitos e o Supremo Conselho do Rito Moderno para o
obreiros de qualquer das Lojas ou Oficinas vinculadas aos Brasil que o conteúdo hermético e filosófico dos perfeitos
si~n~tári~s: n~o será tolerado, como visitante em qualquer e sublimes graus das respectivas hierarquias constituem
Oficina Lltúrqica ou Alto Corpo que lhes forem subordina- perfeito sincretismo no que concerne ao ideal supremo da
Maçonaria Universal, qual seja o de conduzir o Homem ao
"NORMAS- RITUALÍSTICA" ESTRUTURA" 193

192 "NORMAS - RITUALÍSTICA" ESTRUTURA"

dos, nem em qualquer deles será admitido por iniciação


ou filiação.

RITO BRASIIIRO COM O RITOYORl 10 - As Altas Partes signatárias recomendarão aos


maçons das respectivas obediências:
a) - a mais estreita colaboração quando se tratar de
desempenho de atividades de caráter social que interesse

T ranscrevo. abaixo na~i~tegra o Tratado de Ami-


zade e AlIança Maçônica assinado entre o Rito
ao bem da Ordem em geral, da Pátria e da Família;
b) - prestigiarem, mutuamente, as Oficinas litúrgi-
Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos e o Rito de cas e Altos Corpos, quando da realização de festividades
York: cívicas ou maçônicas;
c) - prestigiarem-se, mutuamente, nas sessões es-
"O Supremb Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro de peciais ou magnas de caráter litúrgico;
Maçons Antigos, Livres e Aceitos - neste ato representa- d) - manter a mais exemplar fraternidade.
do pelo seu Soberano Grande Primaz, Irmão Nei Inocên-
cio dos Santos, e o Supremo Grande Capítulo de Maçons IV - As Altas Partes signatárias consultar-se-ão,
do Real Arco do Brasil (patente do The General Grand mutuamente, sobre assuntos de relevante interesse para
Chapter of Royal Arch Masons, Internacional) - neste ato a Maçonaria, a Pátria e a Humanidade.
representado pelo seu Grande Sumo Sacerdote, Irmão
Dagomar Ruas da Silva, declarando mútuo reconheci- V - As Altas Partes signatárias esforçar-se-ão pela
mento, aperfeiçoando relações de amizade e estabele- maior união da Família Maçônica Brasileira, tanto no Sim-
cendo a divulgação, firmam, nos termos abaixo discrimi- bolismo como no Filosofismo, e reafirmam reconhecer o
.nados". .• Grande Oriente do Brasil como única Potência para o go-
verno dos graus simbólicos de Aprendiz, Companheiro e
Art. 1o - As altas partes signatárias declaram reco- Mestre.
nhecimentõ mútuo, assim o Supremo Grande Capítulo de
Maçons do Real Arco do Brasil reconhece o Supremo VI - O presente Tratado de Aliança, Mútuo Reco-
Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro de Maçons Anti- nhecimento e Amizade entra em vigor na data de sua as-
go~,. Livres::e Aceitos como Alto Corpo Maçônico regular, sinatura.
legitimo e soberano, com exclusiva autoridade nacional e
internacional no Círculo Filosófico (acima do grau 3) do Rio de Janeiro, 14 de Setembro de 1985.
Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos, e o
Supremo C'onclave do Brasil do Rito Brasileiro de Maçons Ass.) Cândido Ferreira de Almeida.
Antigos, Livres e Aceitos reconhece o Supremo Grande Soberano Grande Primaz do Rito Brasileiro.
Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil, jurisdicionado Ass.) José Coelho da Silva.
Soberano Grande Inspetor Geral.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 195
194
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
visitar uma oficina co-irmã reunida em sessão ritualística
deverá o corpo visitado interromper a sessão receber ~ ao The General Grand Chapter of Royal Arch Masons, In-
ilustre visitante com todas as honrarias de direito e, se o ternacional, como Alto Corpo Maçônico regular, legítimo e
mesmo não for iniciado no grau pertinente, reiniciar os soberano, representante dos Graus Capitulares do Rito de
trabalhos em sessão pública, proporcionando ao irmão vi- York, a saber: Mestre de Marca, Past Master, Mui Exce-
sitante a oportunidade de participação. lente Mestre e Maçons do Real Arco, com autoridade em
, todo território nacional para esses graus.
Art. 7° - Os Altos Corpos signatários processam e
aplicam sanções a membros da respectiva obediência Art. 2° - Os Altos Corpos signatários mantêm abso-
conforme legislação própria, devendo comunicar o ato à luta autonomia admlnístratíva e doutrinária, continuando a
outra ~arte~ ?~ra conhecimento e a consideração que o reger-se por leis e regulamentos próprios.
, outro slgn~~ano considere adequada.
"

Art. 3° - Em obediência ao princípio de completa


Art. 8° - Os Altos Corpos signatários indicarão os independência entre governos, são incompatíveis os car-
respectivos Garantes de Amizade referidos ao presente gos de Excelentíssimo Grande Sumo Sacerdote, Excelen-
Tratado, ~ no_me escolhido devendo ser homologado pelo te Grande Rei e Excelente Grande Escriba no Supremo
Corpo co-irrnao. Grande Capitulo de Maçons do Real Arco do Brasil com
os de Soberano Grande Primaz, Sereníssimo Grande Re-
Art.9° - Ocorrendo divergências de interpretação gente e Sereníssimo Grande Orador no Supremo Concla-
quando a alguma cláusula deste Tratado, a questão será ve do Brasil do Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e
submetida à apreciação de uma omissão formada por seis Aceitos.
membros, !rê~ de cada Alto Corpo, a qual, sempre norte-
ada pelos mais elevados princípios de fraternidade, apre- Art. 4° - Comprometem-se os Altos Corpos signatá-
sentara solução conciliatória. rios ao intercambio cultural e à divulgação da doutrina e
práticas ritualísticas que adotam, promovendo atividades
. . Art.;1?o_ O presente Tratado, com prazo de vigên- com o propósito de melhorar o conhecimento da Maçona-
cia indetermlnaoo, devidamente ratificado pelos respecti- ria no plano universal e no meio nacional.
vos Corpo~ diretivos das Altas Partes signatárias, cujos
membros ~ que proclamam propósitos de praticas os Art. 5° - Qualquer membro regular de um dos Altos
princípios de Paz, Bem Estar e Progresso dos homens e Corpos signatários, desejoso de fazer progressos maçô-
dos povos, conforme estatuído nos princípios e doutrinas nicos no outro, ficará, a titulo de incentivo, isento da taxa
do Real Arco e do Rito Brasileiro - também firmam este de admissão ao primeiro dos Altos Graus a que deva se
documento, entra em vigor na presente data. filiar no Corpo co-irmão.

Art. 11 ° - Ficam os Grandes Secretários, respecti- Art. 6° - Caso um membro da alta administração do
vamente, do Supremo Conclave do Brasil do Rito Brasilei- Supremo Grande Capitulo de Maçons do Real Arco do
ro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos e do Supremo Brasil ou do Supremo Conclave do Brasil do Rito Brasilei-
ro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos se apresente para
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 197
196 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"

ILAClONAMINTO DO RITO BlWlIIIRO Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil in-
cumbidos do registro, publicação e notificação do presen-
te Tratado a todas as Oficinas de Altos Corpos com que
mantenham relacionamento formal, bem com as oficinas
COM OS RITOS MAÇôNICOS subordinadas.

Assim, justos e acertados, os Altos Corpos signatá-


rios, desejosos em ampliar os laços fraternais da Ordem

O Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e


Aceitos, tem Tratados de Amizades e Alianças
maçônica universal, conclamam e requerem a todos as
outras grandes jurisdições com as quais mantêm relações
Maçônicas assinados com os Ritos: Adonhiramita, Mo- tradicionais de amizade e reconhecimento, que estes
derno (Frances), York e Escocês. mesmos laços sejam estendidos indissoluvelmente para
O Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Acei- ambos os Altos Corpos.
tos, não tem Tratado com o Rito Schroder, uma vês que o
mesmo não possui Grande Oficina Chefe. Dado e traçado no oriente do Rio de Janeiro, aos
Em relação ao Rito Escocês Antigo e Aceito, temos 17 dias do mês de Dezembro do ano de dois mil e três.
relacionamento e reconhecimento de graus, com seus
Nei Inocencio dos Santos
Supremos Conselhos.
Soberano Grande Primaz
Esse relacionamento e reconhecimento de graus
esta em vigor tanto com o Supremo Conselho do Grau 33 Dagomar Ruas da Silva
do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a Re- Exmo. Grande Sumo Sacerdote
publica Federativa do Brasil, com sede no bairro de Jaca-
repaguá no oriente do Rio de Janeiro, que congrega os Dagoberto Sérvulo de Oliveira
Irmãos praticantes dos graus filosóficos do Rito Escocês Grande Regente
das Grandes Lojas Brasileiras, como com o Supremo
Sylvio Magalhães do Vabo
Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito,
Grande Secretário das Relações Interiores
com sede no bairro de São Cristóvão no oriente do Rio de
Janeiro, que administra os graus filosóficos dos Irmãos Antonio Rodrigues
pertencentes ao Grande Oriente do Brasil. Grande Secretário
O Grande Oriente do Brasil é uma potência Maçô-
nica, constituída de vários Ritos Maçônicos, isto é, uma Rui Ferreira da Silva
Federação de Ritos, esses Ritos tem em suas Lojas Sim- Grande Secretário das Relações Exteriores
bólicas, relacionamentos fraternais.
Mansur Assafim
No século XVIII, inicio da Maçonaria Especulativa,
Grande Chanceler
existiam mais de setenta Ritos Maçônicos.
Paulo Roberto Curi
Grande Secretário Geral
j\jORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA" ll)l)

198 "NORMAS - RITUALÍSTICA· ESTRUTURA"


RITOS MAÇÔNICOS
Hoje, no século XXI, segundo vários estudiosos
Alem do Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Maçônicos, existem no mundo, mais de 200 Ritos Maçô-
Aceitos, o Grande Oriente do Brasil, adota em suas Lojas nicos.
Simbólicas, os seguintes Ritos: Entre esses mais de 200 Ritos, há inúmeros Ritos
com nomes Nacionais: Mexicano, Escandinavo, Francês,
• Hito de York (Emulação). Alemão, Ucraniano e muitos outros.
- Ritõ Escocês Antigo e Aceito. O Grande Oriente do Brasil tem assinado, com to-
- Rito Francês (Moderno). das Oficinas Chefes de Ritos, Tratados de Amizades e A-
- Rito Adonhiramita. lianças Maçônicas, que é um Tratado de Mutuo Reconhe-
- Rito Schroder.
cimento.
Esses Tratados foram assinados, na gestão do Ir-
Não.aprofundarei em meus comentários sobre es- mão Álvaro Palmeira, quando estava Grão Mestre Geral
ses Ritos, uma vez, que existem inumares publicações a do Grande Oriente do Brasil.
disposição dos Irmãos, em Livrarias e Editoras Maçôni- Em 1965, foram assinados Tratados de Amizades e
cas.
Alianças Maçônicas, com os Ritos: Escocês Antigo e A-
'" ceito, Francês (Moderno) e Adonhiramita. .
RITO DE VORK (EMULAÇÃO) O Tratado com o Rito Brasileiro de Maçons Anti-
gos, Livres e Aceitos, foi assinado, em 10 de Junho de
O termo correto para designar esse Rito, seria Rito 1968 e aprovado pela Assembléia Federal Legislativa, em
de Emulação, no Brasil é que se usa o termo de York. 27 de Julho de 1968.
No Brasil, a denominação Rito de York, já era usa- Nas Lojas Simbólicas do Grande Oriente do Brasil,
do no século XIX pelo Grande Oriente dos Beneditinos todos os Ritos têm seus graus Simbólicos reconhecidos
(posteriormente absolvido pelo GOB), que possuía Lojas entre si, por causa de clausulas contidas nesses Trata-
trabalhandb no sistema Americano, que usavam expres- dos, ver capítulos: "Regularidade de Rito" e "Reconheci-
são: Rito dê York. . mento de Rito".
Na tradução dos Rituais do Inglês para o Portu- O Grande Oriente do Brasil administra os Graus
guês, realizado em 1920, o Grande Oriente do Brasil man- Simbólicos de todos os Ritos adotados; no Simbolismo os
teve o nome de Rito de York. Ritos não devem ter nenhum tipo de preconceito, um para
É o Bito mais praticado no mundo maçônico, che- com o outro, todos são Regulares.
gando a 4/!j das Lojas Maçônicas mundial. Com relação ao Reconhecimento dos Graus Filosó-
No Brasil, é adotado pelo Grande Oriente do Brasil ficos entre os Ritos, depende também de um Tratado de
e pelas Grandes Lojas Brasileiras, são poucas as Lojas Amizade e Aliança Maçônica entre Oficinas Chefes dos
Símbóllcasqus praticam esse Rito.
Ritos.
O Grande Oriente do Brasil tem tratado de Amizade
e Aliança Maçônica, assinada com o Rito de Emulação,
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 201

20D "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"


• Capítulo Santo Amaro Fênix n07250, no oriente
de São Paulo - SP. através da Grande Loja Unida da Inglaterra, esse tratado
• Capítulo Wanderer n° 5562, no oriente de San- foi assinado em 1935, ratificando o tratado assinado em
tos - SP. 1912.
Quando da assinatura desse Tratado, em 1935, fi-
Os Capítulos do Real Arco Americano, estão su- cou sob a responsabilidade da Loja Distrital Inglesa, as
. i
bordinado ao The General Grand Chapter of. Royal Arch Lojas Simbólicas então existentes na época e, as Lojas a
Masons International (Grande Capítulo Geral de Maçons serem fundadas, ficariam sob a responsabilidade do
do Real Arco Internacional), fundado em 09 de janeiro de Grande Oriente do Brasil.
1799, em providence Estado de Rhode Island nos Esta- Em 26 de Agosto de 2000, foi fundado o primeiro
dos Unidos da América, esse Capítulo dirige todos os Ca- Supremo Conselho do Rito de York para o Brasil (nome
pítulos Mundiais do Real Arco Americano. No Brasil há correto), com sede à rua do Lavradio, 97, no oriente do
três Capítulos: Rio de Janeiro, tem apoio e incentivo da Grande Loja Dis-
trital da América do Sul (com sede no Brasil) e dos Capí-
• Capítulo José Guimarães Gonçalves n.? 1 de tulos do Arco Real existentes no Brasil, assim passou a
Maçons do Real Arco, no oriente do Rio de Ja- ser a Oficina Chefe do Rito de York para o Brasil; tem Tra-
neiro - RJ. tado de Amizade e Aliança Maçônica com o Grande Ori-
• Capítulo Keystone U.D, no oriente do Rio de ente do Brasil.
Janeiro - RJ. Os Altos Corpos do Rito de York são chamados de
• Capítulo Thomas Smith Webb de Maçons do Capítulo do Arco Real, que estão sob a Jurisdição da
Real Arco, no oriente de Porto Alegre - RS. Grande Loja Unida da Inglaterra.
No Brasil, são subordinados ao Grande Capítulo
Esse Capitulo do Real Arco Americano, tem tratado Distrital, sob a direção da Grande Loja Distrital, que, por
de Amizade e Aliança Maçônica com o Rito Brasileiro de conseguinte, é a Loja que representa a Grande Loja Uni-
Maçons Antigos, Livres e Aceitos, assinado ~m 17 de ~e- da da Inglaterra. No Brasil possui os seguintes Capítulos:
zembro de 2003. Não possui Tratado de Amizade e Alian-
ça Maçônica com o Grande Oriente do Brasil. • Capítulo Guanabara n° 5557, no oriente do Rio
Os Capítulos do Arco Real, subordinados a Grande de Janeiro - RJ.
Loja Unida' da Inglaterra e os Capítulos do Real Arco A- • Capítulo James Anderson n° 7768, no oriente
mericano subordinados ao The General Grand Chapter do Rio de Janeiro - RJ.
of. Royal 'Arch Masons International \Grande C~pítulo Ge- • Capítulo Silver Jubilee n° 5560, no oriente de
rai de Maçons do Real Arco Internacional), est~o .aberto a São Paulo. SP.
todos os Mestres Maçons Regulares do Brasll, indepen- • Capítulo Centenary n° 5564, no oriente de São
dente de Rhos e de Potências. Paulo- SP.
Não há equivalências de Graus desses Capítulos, • Capítulo Campos Sales n° 5565, no oriente de
com os Altos Graus do Rito Brasileiro. São Paulo - SP.
i'~ORMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA" 2m
202 "NORMAS - RITUALÍSTICA . ESTRUTURA"
Na realidade trata-se do mesmo fundador, pois,
quem trouxe o Supremo Conselho do Rito Escocês para o RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
Brasil, foi o Irmão Francisco Gê Acayaba de Montezuma,
que recebeu a Carta Constitutiva do Supremo Conselho
A base Maçônica do Rito na face especulativa sur-
do Rito Escocês dos Países Baixos (hoje Bélgica), datada giu no Século XVIII, mas precisamente em 1786, sob forte
de 12 de Março de 1829 e sua Instalação, foi realizada, influencia dos Ritos de Heredon ou de Perfeição, fundado
em 12 de Novembro de 1832.
em 1758 e do Rito de Namur, fundado em 1770, ver Capí-
Portanto, esses dois Supremos Conselhos Escoce- tulos: "Regularidade" e "Reconhecimento de Rito".
ses, são os mesmos, um usa a data da Carta Constitutiva, O primeiro Supremo Conselho do Rito Escocês, foi
o outro, a data da Instalação, tudo isto, em vista da gran-
fundado nos Estados Unidos, em 31 de Maio de 1801, na
de cisão ocorrida no Escocismo no Brasil, em 1927/29.
cidade de Charleston, foi totalmente estruturado com base
No Brasil há vários Supremos Conselhos, alem dos
no Rito de Heredon ou de Perfeição, funciona do grau 4
dois relatados acima.
ao 33; nos Estados Unidos da América, não há Lojas de
Há um Supremo Conselho do Rito Escocês, no ori- Graus Simbólicos, apenas Graus Filosóficos.
ente de Porto Alegre, estado do Rio Grande do Sul, que
O Rito Escocês Antigo e Aceito surgiu no Brasil, em
tem ligações com os Grandes Orientes Independentes
1829, com a fundação da Loja Simbólica "Educação e Mo-
(COMAB - Confederação da Maçonaria Brasileira), trata-
rai", foi fundador e primeiro Venerável Mestre, o Irmão Jo-
se do: Supremo Conselho do Rio Grande do Sul do 4° ao
aquim Gonçalves Ledo.
33° do Rito Escocês Antigo e Aceito, fundado em 1894.
Recentemente, foi fundado no Brasil, uma Potência A Oficina Chefe, que tem tratado de Amizade e Ali-
Maçônica, trata-se da Grande Loja Unida do Brasil, e aqui ança Maçônica com o Grande Oriente do Brasil, é o Su-
premo Conselho do Brasil para o Rito Escocês Antigo e
no Estado. de Mato Grosso do Sul, é denominada de:
Aceito, com sede no bairro de São Cristóvão - oriente do
Grande Loja Unida do Brasil para o Estado de Mato Gros-
Rio de Janeiro, foi fundado em 12 de Novembro de 1832,
so do Sul, fundada em 01 de Outubro de 1997, com sede
pelo Irmão Francisco Gomes Brandão (depois mudou o
.no oriente de Campo Grande, adota unicamente, o Rico
Escocês Antigo e Aceito. seu nome para Francisco Gê Acayaba de Montezuma),
que se tornou o primeiro Grande Comendador do Rito Es-
Essa Grande Loja fundou em 10 de Dezembro de
cocês no Brasil.
1997, um Supremo Conselho, com a seguinte denomina-
ção: Supremo Conselho do Brasil para o Estado de Mato A Oficina Chefe do Rito Escocês Antigo e Aceito,
Grosso do Sul do Rito Escocês Antigo e Aceito, é um Su- que tem reconhecimento com todos os Supremos Conse-
premo Conselho Autônomo, aceita em seus Altos Corpos, lhos Mundiais, é o Supremo Conselho do Grau 33 do Rito
Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a Republica
visitações e filiações, independente de Potência Maçôni-
Federativa do Brasil, com sede no bairro de Jacarepaguá
ca, há equivalência de graus com outros Ritos.
no Oriente do Rio de Janeiro, esta ligada as Grandes Lo-
No Estado de Mato Grosso do Sul, há três Supre-
jas Brasileiras, esse Supremo Conselho, se diz fundado,
mos Conseihos do Rito Escocês Antigo e Aceito:
em 12 de Março de 1829, com intenção de diferenciar-se
do Supremo Conselho para o Brasil do Rito Escocês Anti-
go e Aceito, com sede no bairro de São Cristóv~o.
"NORMAS - RITUALÍSTICA ~ESTRUTURA" 205
204 "NORMAS - RITUALÍSTICA ~ESTRUTURA"
Assim, além do Cartão de Identidade e Cartão de
grau, devem as Oficinas exigir do Irmão a Palavra Anual • Um com ligações com a Grande Loja de Mato
instituída pelo Decreto n° 104 de 05 de Setembro de Grosso do Sul, subordinado ao Supremo Con-
1962, e regulamentada pelo Decreto n° 133, de 04 de Fe- selho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e A-
vereiro de 1966. ceito da Maçonaria para a Republica Federativa
do Brasil.
INCÓMPATIBILlDADES • Outro, com ligação com o Grande Oriente do
Brasil, subordinado ao Supremo Conselho do
Artigb 84 dos Estatutos do Supremo Conselh~: Brasil para o Rito Escocês Antigo e Aceito.
• O mais recente, com ligações com a Grande Lo-
• "O Soberano Supremo Conselho do Rito Escocês An- ja Unida do Brasil.
tigo e Aceito manterá as mais fraternais relações com
os demais Ritos, estabelecendo, porém, que os Car- O Rito Escocês Antigo e Aceito, é adotado por to-
gos do Sacro Colégio, bem como as das administra- das as Potências Maçônicas Brasileiras, é também o Rito
ções das Oficinas Litúrgicas subordinadas são incom- majoritário no Brasil.
patíveis' com as da administração de qualquer outro Em Abril de 1969, o Supremo Conselho do Brasil
Rito". para o Rito Escocês Antigo e Aceito, que tem ligações
com o Grande Oriente do Brasil, editou uma "Circular n°
Não será permitido, portanto, o exercício simultâ- 01/69", com uma clara e nítida preocupação com o Rito
neo de cargos administrativos no Rito Escocês e qualquer Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos, que havia
outro Rito. sido reerguido recentemente, um ano antes, em 1968,
destaco alguns assuntos ali descritos:
Nota do autor:
• "Estas exigências, estão valendo ate hoje". CIRCULAR N° 01/69
,
EQUIVALÊNCIA DOS GRAUS VISITANTES

Diz o texto: Solicitamos a máxima atenção das Oficinas litúrgi-


-
"É certo que o grau 7 do Rito Moderno (Francês) cor-
cas de nossa jurisdição para o que determina o Artigo 62
dos Estatutos do Supremo Conselho: ~
responde ao grau 12 do Rito Adonhiramita e ao grau
18 do Rito Escocês". • "Nenhuma Oficina do Rito poderá receber em seu sei-
• "Não h~ equivalência de graus nos três Ritos. Há cor- o, como visitantes, a qualquer Irmão cujo papéis não
respondência ou correlação de nomenclatura. Um Ro- estejam em regra, provando sua qualidade e atividade.
sa Cruz grau 7 do Rito Moderno corresponde ao Rosa Para Irmãos estrangeiros é absolutamente necessário
Cruz grau 12 do Rito Adonhiramita e ao Rosa Cruz o visto da Grande Secretaria do Santo Império".
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 207
206 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
Artigo 5° - "Os Maçons pertencentes a Corpos re-
gulares reconhecidos não poderão gozar dos privilégios grau 18 do Rito Escocês. Mas não são equivalentes,
reservados aos membros que fazem parte da Confedera- não valem o mesmo como substancia, porque a ex-
ção, senão colocando-se sob a jurisdição do Supremo tensão do conteúdo doutrinário não é do mesmo peso
Conselho Escocês constituído para o território onde resi- e qualidade. Cada Rito tem sua própria doutrina: é
dem e obtendo a regularização de seus títulos maçônicos uma escola maçônica, apresentando caracteres pró-
a começar do grau 3". prios. Por isso, se um Rosa Cruz do Rito Moderno ou
Adonhiramita quiser filiar-se a um Capítulo escocês,
Alertamos as Oficinas do Rito a se precaverem terá de receber a instrução dos graus Escoceses do
consta a exibição de documentos de altos graus seme- grau 4 ao 18 e prestar, em seguida, o novo compro-
lhantes aos do escocismo, os quais, segundo a Lei, não misso litúrgico".
são reconhecidos pelo Supremo Conselho do Brasil para Fica, assim esclarecido que não existe equivalência
o Rito Escocês Antigo e Aceito. de graus, não apenas quanto aos Ritos mencionados,
mas com todo e qualquer Rito diferente do Escocês Anti-
Nota do Autor: go e Aceito.
• "A citação referida a um novo Rito, é com relação ao
Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos". Nota do Autor:
• "A citação de novo Rito, com características idênticas • "Hoje (2011) a equivalência de Graus é reconhecida
ao Rito Escocês Antigo e Aceito, não é verdade, pois pelo Supremo Conselho".
os graus filosóficos do Rito Brasileiro, não são idênti-
cos ao Rito Escocês". GRAUS SIMILARES
• "São equivalentes. Os cobridores dos graus são i-
guais". Tendo sido criado um novo Rito, com característi-
cas idênticas ao Rito Escocês Antigo e Aceito, o Supremo
RITO FRANCÊS OU MODERNO Conselho, esclarece que não há equivalência de graus, o
que esta especificamente definido na Lei do Escocismo.
Foi fundado na França, em 24 de Dezembro de
1772, seu fundador foi o Irmão Louis Philippe Joseph. Artigo 4° - "Os graus similares aos do escocismo,
Foi juntamente com o Rito Adonhiramita, os primei- acima do de Mestre, conferidos por um corpo Maçônico
ros Ritos adotados pelas Lojas Simbólicas Brasileiras. local, não são reconhecidos pelos Supremos Conselhos
É adotado pelo Grande Oriente do Brasil, possui Confederados, e conseqüentemente, os Irmãos depen-
poucas Lojas trabalhando nesse Rito, possui uma Estrutu- dentes de outro poder maçônico, não são admitidos nas
ra de 7 Graus. Oficinas Escocesas senão até o grau de Mestr.e inclusive
Sua Oficina Chefe tem sede no Oriente do Rio de e somente na extensão do território de cada Supremo
Janeiro, cdm a denominação de Supremo Conselho do Conselho".
Rito Moderno para o Brasil.
\ORMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA" 2()l)

208 "NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA li

Tem Tratado de Amizade e Aliança Maçônica com


o Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos, as-

PARA O mo BRASUIRO
sinado em 14 de Setembro de 1985.

RITO ADONHIRAMIT A

O Rito Adonhiramita, foi fundado na França, em


1787, pelo Irmão Barão Theodore Tchoudy.

M uitos Irmãos n~o sab~m, que o Rito Brasileiro


de Maçons Antigos, Livre e Aceitos possui du-
as Grandes Oficinas Chefes:
Foi junto com o Rito Francês, os primeiros Ritos
Maçônicos adotados pelas Lojas Simbólicas Brasileiras.
Possui uma Estrutura de 33 Graus, anteriormente,
possuía 13 graus. .
• q Soberano Supremo Conclave do Brasil para o É adotado pelas Lojas Simbólicas do Grande On-
~ito Br~sileiro f~ndado em 1941, que congrega ente do Brasil, Grandes Orientes Independentes e em al-
o~s Irmaos praticantes do Rito Brasileiro do gumas Grandes Lojas Brasileiras.
Grande Oriente do Brasil, com sede no oriente Os Altos Graus estão subordinados ao Excelso
do Rio de Janeiro. Conselho da Maçonaria Adonhiramita, Oficina Chefe do
• O Supremo Conclave Autônomo para o Rito Rito, com sede no oriente do Rio de Janeiro.
Bra~ileiro f~ndado em 1974, que congrega os Tem Tratado de Amizade e Aliança Maçônica com
Irmaos praticantes do Rito Brasileiro filiados a o Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos, as-
COM~B (Confederação Maçônica do Brasil), sinado em 21 de Dezembro1974.
tambem conhecido como Grandes Orientes In-
dependentes, esta localizada no oriente de Ca- RITO SCHRODER
taguases
i;
estado de Minas Gerais.
O Rito Schroder, foi fundado em Marbourg na Ale-
O surgimento do Supremo Conclave Autônomo não manha, em 1766, sua fundação é atribuída ao Irmão Fre-
foi uma dlssidência no Soberano Supremo Conclave mas derich Ludwig Schroder.
sim uma cisão ocorrida no Grande Oriente do Bra~il em Não possui Altos graus, sua estrutura está baseada
1973. '
na Maçonaria Simbólica nos graus de: Aprendiz, Compa-
Em 1973, ocorreu eleição para o Grão Mestrado no nheiro e Mestre.
Grande Oriente do Brasil, onde concorreram dois candida- É muito praticado em países de Língua Alemã.
tos~ o Irmão Osmane Vieira de Resende apoiado pelo No Brasil, é adotado pelo GOB e pelas Grandes
Grao Mestre Geral da época, Soberano Irmão Moacir Ar- Lojas Brasileiras, não possui Oficina Chefe. .
bex Dinamarco e o Irmão Athos Vieira de Andrade então Nos Estados de Santa Catarina e Rio Grande do
Sul, é onde tem o maior numero de Lojas Simbólicas.
Conhecido também como Rito de Hamburgo.
"NORMAS - RITUALÍSTICA . ESTRUTURA" 211
210 "NORMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA"
o Irmão Lysis Brandão da Rocha e as Lojas Sim-
bólicas Mineiras: "Monte das Oliveiras" do oriente de Oli- Grão Mestre do Grande Oriente do Estado de Minas Ge-
veira, "Austeridade e Justiça" do oriente de Sete Lagoas, rais.
"Labor e Civismo" do oriente de Cataguases e "Estrela do Sem entrarmos no mérito da questão, o resultado
Oeste de Minas" do oriente de Divinópolis, resolveram a- da eleição foi bastante tumultuado, sendo declarado ven-
companhar o Eminente Irmão Athos Vieira de Andrade e cedor do preito pelo Supremo Tribunal Eleitoral, o Irmão
desliqararn-se do Grande Oriente do Brasil, mais perma-
Osmane Vieira de Resende, não concordando com o re-
neceram no Rito Brasileiro.
sultado da eleição, o Irmão Athos Vieira de Andrade e o
Para dar suporte às quatros Lojas Simbólico do Hl- Grande Oriente de Minas Gerais e mais alguns Grandes
to Brasileiro, foi fundado em 1974, o Supremo Conclave Orientes Estaduais, se desligaram do Grande Oriente do
Autônomo para o Rito Brasileiro com sede no oriente de Brasil, e se declararão Independentes, fundando pouco
Cataguases - MG, com a participação do Grande Conse- depois a COMAB (Confederação Maçônica do Brasil).
lho Tiradentes no Clima de Cataguases, Sublime Capitulo As Lojas do Rito Brasileiro do Estado de Minas Ge-
Vila Rica no Vale de Cataguases, Grande Conselho Fran- rais ficaram numa encruzilhada, ou acompanhavam as 52
cisco Gontijo de Azevedo no Clima de Divinópolis e Su- (na época eram 56) Lojas do Rito Brasileiro que decidiram
blime Capítulo Mestre Rangel no Vale de Divinópolis. permanecer no Grande Oriente do Brasil, ou acompanha-
O Soberano Supremo Conclave entendeu a deci- vam o Irmão Athos Vieira de Andrade, decisão difícil, uma
são tomada pelas Lojas Mineiras, mas não poderia dar o vez que tinham fortes ligações, tanto com o Soberano
devido reconhecimento, em vista de que a cisão ocorrida Conclave como com o Irmão Athos.
foi profunda, também porque pelo Tratado assinado com A grande liderança das lojas mineiras era o Sobe-
o Grande Oriente do Brasil o Soberano Supremo Concla- rano Irmão Lysis Brandão da Rocha, que na ocasião e-
ve somente pode reconhecer Lojas jurisdicionadas do xercia no Soberano Conclave, o cargo de Grande Regen-
Grande Oriente do Brasil; embora legalmente impossibili- te, que é o segundo cargo da hierarquia do Rito Brasileiro
tado, o Soberano Supremo Conclave manteve e ainda (o primeiro é o Grande Primaz); foi um grande companhei-
mantém bom relacionamento com as Lojas Simbólicas e ro do Soberano Irmão Álvaro Palmeira, desde o Grande
Corpos Filosóficos praticantes do Rito Brasileiro da CO- Oriente Unido; participou da administração do Irmão Pal-
MAB (Confederação Maçônica do Brasil). meira no Grão Mestrado do Grande Oriente do Brasil
No dia 10 de Fevereiro de 1974 foi fundado o Su- (1963/1968); acompanhou o Irmão Palmeira na reinstala-
premo Conclave Autônomo e no dia 13 de Julho de 1974 ção do Rito Brasileiro em 1968, quando trouxe sua Loja
a sua lnstalação, abaixo transcrições das Atas de Funda- Simbólica "Labor e Civismo" (trabalhava no Rito Moderno)
ção e Instalação: para participar da consolidação da Reinstalação do Rito
Brasileiro com as l.ojas-Sirnbóllcas "Fraternídace e Civis-
ATA DE FUNDAÇÃO mo", "Arariboia" e "Castro Alves", tornando assim as qua-
tros Lojas embrionárias do nosso Perene Rito" Brasileiro;
Aos'10 dias de fevereiro de 1974, E.".V.". , no Tem- participou também em 19 de março de1968 da Refunda-
plo da Loja Maçônica Labor e Civismo, Oriente de Cata- ção da Grande Oficina Chefe do Rito o "Soberano Supre-
mo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro".
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA" 21.i 212 "NORMAS - RITUALÍSTICA. ESTRUTURA"
nomo, como efetivamente fundado fica, lavrou-se a pre-
guases MG, presentes os Irmãos que esta subscrevem,
sente ata que depois de lida e aprovada vai assinada. O-
riente de Cataguases, 10 de Fevereiro de 1974 E.·.V.... foi fundado o Supremo Conclave do Brasil - Rito Brasilei-
ro - Autônomo, para congregar as Lojas do Rito Brasileiro
que se desligaram do Grande Oriente do Brasil.
FUNDADORES
Analisados e debatidos os assuntos para a efetiva-
Lysis Brandão da Rocha, Grau 33, ção do objetivo, foram tomadas as seguintes delibera-
ções:
Rosenwald Hudson de Oliveira, Grau 33,
Élvio Heleno de Azevedo, Grau 33,
Telmo Assis Amand, Grau 33, 1. A denominação será Supremo Conclave do Brasil -
Carlos Estanislau Garcia Esteves, Grau 33, Rito Brasileiro - Autônomo;
Paulo Pessoa de Sousa, Grau 33, 2. A duração deste Supremo Conclave se dará até
Onofre de Castro Neves, Grau 33, que haja a pretendida pacificação no Grande Ori-
Francisco Raimundo de Sousa, Grau 33. ente do Brasil;
3. As Lojas que se integrarem no Supremo Conclave
LOJAS INTEGRADAS NO RITO BRASILEIRO ora fundado, sob a bandeira da renovação maçôni-
PARTICIPANTES DA FUNDAÇÃO ca que já flutua gloriosamente em todos os Estados
do Brasil, serão consideradas fundadoras;
• Lbja Maçônica Monte das Oliveiras - Or•• de O- 4. Embora fundado para resolver a situação das Lojas
liveira MG; do Rito Brasileiro, subordinadas ao Grande Oriente
• Loja Maçônica Austeridade e Justiça - Or •• de de Minas Gerais, este Supremo Conclave poderá
Sete Lagoas MG; manter tratados de amizade com outros Grandes
Orientes Estaduais;
• loja Maçônica Labor e Civismo - Or•• de Cata-
5. A instalação do Supremo Conclave se dará no dia
guases MG;
14 de Julho de 1974;
• Loja Maçônica Estrela do Oeste de Minas - Or.'. 6. Os fundadores elegem a seguinte comissão para
de Divinópolis MG;
as providências da instalação definitiva: Lysis
Brandão da Rocha, Carlos Estanislau Garcia Este-
ALTOS CORPOS INTEGRADOS
ves e Telmo Assis Amand.
• Grande Conselho Tiradentes - Clima de Cata-
A Grande Secretaria do Supremo Conclave do Brasil -
guases MG;
Rito Brasileiro - Autônomo se coloca à disposição de to-
• Sublime Capítulo Vila Rica - Vale de Catagua-
das as Lojas e Irmãos do Brasil, no seguinte endereço:
ses MG;
Caixa Postal 84, fones 2495, 2748 ou 2572 - Cataguases
• Grande Conselho Francisco Gontijo de Azevedo - Minas Gerais.
- Clima de Divinópolis MG; E nada mais havendo a tratar, ratificando a fundação
do Supremo Conclave do Brasil - Rito Brasileiro- Autô-
"NORMAS - RITUALÍSTICA" ESTRUTURA" 215

214 "NORMAS - RITUALÍSTICA" ESTRUTURA"


3. Organizou-se a 1a Diretoria do Supremo
Conclave Autônomo, assim constituída: • Sublime Capítulo Mestre Rangel - Vale de Divi-
nópolis MG.
Grande Primaz: Lysis Brandão da Rocha;
Grande Regente: Élvio Heleno de Azevedo;
Grande Orador: Rosenwald Hudson de Oliveira;
ATA DE INSTALAÇÃO
Grande Seçretário: Telmo Assis Amand;
Homo Homini Frater.
Grande Mestre de Cerimônias: Carlos Estanislau Garcia
Esteves;
Grande Tesoureiro: Raul de Sousa Queiroz; Aos treze dias do mês de julho de 1974 E.".V.. ,
Grande Cobridor: Onofre de Castro Neves; nesta cidade de Cataguases, à Praça Rui Barbosa, no
Grande Porta Bandeira: Francisco Raimundo de Sousa; Templo da Loja Maçônica Labor e Civismo, às 19 horas e
tr~ntaminutos, est~mdo os Irmãos fundadores: Lysis Bran-
Grande Porta Estandarte: Elias Kamil;
Grande Chanceler: Itamar Portilho Martins. dao da Rocha, Elvio Heleno de Azevedo, Rosenwald
A séguir transformou-se a presente reuruao em Hudson de Oliveira, Telmo Assis Amand, Carlos Estanis-
Sessão M~gna de Iniciação no Grau 33, que obedeceu o lau Garcia Esteves, Onofre de Castro Neves e Francisco
rigor do Ritual criando assim 7 novos Soberanos Irmãos Raimundo de Sousa, esses Irmãos tomaram os lugares
Defensores da Ordem e da Pátria. de Grande Primaz, Grande Regente, Grande Orador,
Encêrrou-se a parte ritualística com saudação ao Grande Secretário, Grande Mestre de Cerimônias, Gran-
Pavilhão dá Pátria por uma bateria de alegria. de Cobridor e Grande Porta Estandarte, respectivamente.
O Tronco de Solidariedade no seu giro colheu a O Soberano Grande Primaz, tendo exposto o moti-
medalha cunhada de 90 quilos, que foi entregue e debita- vo da presente reunião era a instalação do Supremo Con-
da ao Irmão Grande Tesoureiro. clave Autônomo para o Rito Brasileiro, passou a tomada
Após o encerramento deu-se entrada ao Templo de compromisso de todos os Irmãos presentes.
dos Irmãos membros ativos do Grande Conselho do Cli- Foram tomadas as seguintes resoluções:
ma de Divfnópolis e do Irmão Edward Souza Mendonça,
membro ativo do Capítulo Vila Rica, onde foram recepcio- 1. Todos os Irmãos que fossem elevados ao
nados pelos Membros do Supremo Conclave por uma ba- Grau 33, a partir desta data, seriam cadas-
teria intensa. trados como Efetivos até completar o quadro
Na oportunidade, lhes foram entregues suas paten- de 33 membros.
2. Que, o Supremo Conclave Autônomo reali-
tes, Breves; rituais e cartões de identidade do grau.
zará suas reuniões ordinárias de' 60 em 60
O Soberano Irmão Grande Primaz se dirigiu a es-
dias (Sábado), ficando estabelecido que a 1a
ses Irmãos com palavras repassadas de entusiasmo e de
sabedoria, convocando-os para a grande jornada: a pros- Sessão Magna de Elevação se rEializaria ao
peridade do Rito Brasileiro. Clima de Oivinópolis em 31 de 7agosto do
corrente ano, onde preliminarmente se reuni-
ria para assuntos de interesse do Rito e do
Conclave.
"NORMAS - RITlJALÍSTICA - ESTRUTURA" 217
216
Acredito que estamos prestes a concretizar a 1o de- "NORMAS - RITlJALÍSTICA - ESTRUTURA"
liberação da Fundação do Conclave Autônomo, com a
E para constar, foi traçado o presente Balaustre,
sua fusão ao Soberano Supremo Conelave do Brasil para que sendo lido e aprovado, vai assinado por nós.
Rito Brasileiro e assim termos uma única Grande Oficina Lysis Brandão da Rocha- Soberano Grande Primaz.
Chefe.
Rosenwald Hudson de Oliveira - Grande Orador.
Francisco Raimundo de Sousa - Sec.-Ad-hoc
BIOGRAFIA
O Soberano Conclave Autônomo adotou, como a-
Abaixo Biografia do Irmão Lyses Brandão da Rocha
fundador do Supremo Conclave Autônomo: dota até hoje, os Rituais Simbólicos de 1968, o que difere
dos adotados pelo Grande Oriente do Brasil. Os Rituais
dos graus Filosóficos são os mesmos adotados pelo nos-
Fundador e Grande Primaz de Hon-
so Supremo Conelave.
ra "ad eternum" do Supremo Conclave Au-
tônomo para o Rito Brasileiro, também O Brasão do Rito adotado é o adotado em 1941, o
Fundador das Lojas Maçônicas "Labor e que difere do Brasão adotado pelo nosso Supremo Con-
Civismo" e "Voluntários da Pátria", o sau- clave.
doso Professor de inúmeras gerações, seja O Rito Brasileiro praticados na COMAB (Confede-
no mundo maçônico ou no mundo profano, ração Maçônica do Brasil), esta presente nos seguintes
viveu por 77 anos, dentre eles 48 dedica- Estados: Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Rio
dos à causa maçônica. Grande do Sul, Bahia, Paraíba, São Paulo, Mato Grosso e
Lysis Brandão da Rocha, baluarte da Maçonaria Mato Grosso do Sul, possuindo mais de 100 Lojas Simbó-
Brasileira, é um símbolo que devemos adotar como norte licas; se acrescermos as Lojas Simbólicas filiadas ao
para nosso comportamento maçônico de ser. Lembrar do Grande Oriente do Brasil, totalizaremos mais de 400 Lojas
nosso Soberano Grande Primaz de Honra é lembrar da Simbólicas praticantes do Rito Brasileiro. Hoje o Rito Bra-
'cultura, das artes, da ciência e dos esportes; é reforçar a sileiro esta presente em todos Estados da Federação, é o
retidão do caráter, a moral ilibada e a honradez. Sua exi- segundo Rito Maçônico mais praticado no Brasil.
gência marcante muitas vezes escondeu o carinho com Aqui no Estado do Mato Grosso do Sul a COMAB
que adotou os Irmãos e a própria Maçonaria. Sua maior (Confederação Maçônica do Brasil) possui duas Lojas
dedicação foi o engrandecimento do Rito Brasileiro, cujo Simbólicas: "Sete de Setembro" no oriente de Dourados,
trabalho, glorioso por sinal, continua brotando seus frutos fundada em 07 de Setembro de 2005 e a Loja Simbólica
tal como a romã que traz no seu interior novas sementes "Walter Castelani", no oriente de Laguna Carapã, fundada
de continuidade de nossa Fraternidade com a União dos em 12 de Setembro de 2008. Essas Lojas Simbólicas u-
Irmãos. sam os Rituais adotados pelo GOB, em vista de termos
Seria muito extenso relatar toda a vida maçônica e 10 Lojas Simbólicas no Estado, e qualquer assistência fi-
os inúmeros "casos" da história deste homem verdadeiro ca facilitada; também estão prestes a criação de Oficinas
e firme. Mas nossa homenagem estará sempre presente Litúrgicas em Dourados, e a intenção é se filiar a nossa
toda vez que seu nome for lembrado. Delegacia Litúrgica.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 219

218 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"

DISCRiÇÃO DO BRASÃO

o Supremo Conclave Autônomo tem como distinti-


vo uma Estrela de sete pontas raiadas, representando as
sete cores do arco-iris, as sete notas musicais e os sete
dias da semana da criação.
No centro da Estrela de sete pontas raiadas, há um
medalhão redondo, cuja orla de esmalte verde com a le-
genda: RITO BRASILEIRO (acima) CONCLAVE DOS
SERVIDORES DA ORDEM E DA PÁTRIA (abaixo).

o centro do Medalhão do SUPREMO CONCLAVE


AUTÕNOMO é de esmalte composto de um Eneágono
azul Estrela de três triângulos eqüiláteros sobrepostos,
representando os três Graus da Arte Real.
No centro do Brasão sobre fundo azul, a Constela-
ção do Cruzeiro do Sul com cinco estrelas em esmalte
branco.

o Supremo Conclave Autônomo tem como legen-


da: URBI ET ORBI e HOMO HOMINI FRATER.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 221
220 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
qualquer Oficina Litúrgica, como membro, alem da condi-
ção de ser membro Ativo de uma Loja Simbólica do Rito
Brasileiro".
FILIAçÃO NOS COlOS FILOSóFICOS
Artigo 37 - "Como testamento de Fraternidade Ma-
çônica, o Rito Brasileiro aceitará em qualquer de suas Lo-
jas e Oficinas Litúrgicas, a filiação de Irmãos de outros Ri-
tos Regulares, desde que requeiram e sejam aceitos".
DO RITO BRASILIIRO
Parágrafo Único - "Os Irmãos, assim filiados: inte-
grarão o quadro correspondente ao Grau que possuírem,
recebendo antes a instrução dos Graus anteriores do Rito
Brasileiro". O Rito Brasileiro de Maçons. Antig?s, Livres e
Aceitos, recebe com o maior cannho e afeto
em suas Oficinas Litúrgicas, visitações e Filiações nos
seus Corpos Filosóficos de Irmãos de todos os Ritos Ma-
Na nova Constituição do Rito Brasileiro de 2001, no
Artigo 11 diz o seguinte: çônicos adotados pelo Grande Oriente do Brasil e de ou-
~ tras Potencias Maçônicas que tenham Tratado de Reco-
nhecimento com o GOB.
Artíqo 11 - "O reconhecimento de Alto Grau conce-
dido em outro Rito, como afirmação da Fraternidade, é de Com relação à Filiação de Irmãos desses Ritos aos
competência exclusiva do Soberano Conclave, constituin- Corpos Filosóficos do Rito Brasileiro, os I~mãos, de~erão
do processo especial de aquisição de grau". cumprir as exigências do Tratado de Amlzade e Aliança
Maçônica, firmado entre o Grande Oriente do Brasil e ?
Nesse sentido observa-se, necessariamente: Soberano Supremo Conclave do Brasil para o Rito BraSI-
leiro , como também da Constituição do Rito Brasileiro de
• - "A filiação do candidato a uma Loja Simbólica do Rito Maçons Antigos, Livres e Aceitos.
Brasileiro, segundo normas do Grande Corpo da Ma- Enumero dois lemas do Rito Brasileiro:
çonaria -SimbÓlica a que estiver jurisdicionada essa Lo-
ja". • "O Rito Brasileiro esta aberto a Maçons de to-
dos os Ritos no âmbito de seus graus Simbóli-
• - "O atendimento de requisitos próprios, estabelecido,
em cada país, pelo Supremo Conclave". cos e Filosóficos".

Nos;Estatutos dos: Sublimes Capítulos (Graus 4 ao • "Seja qual for seu Rito, visite uma Oficina do Ri-
18); Grandes Conselhos (Graus 19 ao 30) e Altos Colé- to Brasileiro".
g~~s (~raus 31 ~ 32), ~stabelece também as condições da
Flllaç~o de Irmaos onundos de outros Ritos Maçônicos, Na Constituição do Rito Brasileiro de ~976, diz o
que sao: seguinte sobre a filiação de Irmão de ~~tros Ritos: _
Artigo 35 - "A Vida Reta e Espírito Fraterno sao e-
xigências absolutas para o ingresso ou permanência em
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 223 222
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"

• "Um Sublime Capítulo, Grande Conselho ou Alto Colé-


gio, poderão filiar Irmão de Graus Correspondentes

mo BRASILEIO
em outros Ritos, desde que os interessados o requei-
ram e sejam aceitos".
HONORtFlCOS DO Para solicitar seu pedido de Filiação aos Graus Fi-
losóficos do Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e
Aceitos, o Irmão devera encaminhar toda a sua documen-

O·•··
tação Maçônica, comprovando sua iniciação no Grau que
Rio Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e deseja se filiar ao Rito Brasileiro.
Aceitos, confere a membros do Quadro de su-
Essa documentação será encaminhada ao Delega-
) as Lojas Simbólicas e Oficinas Filosóficas, títulos de re- do Litúrgico da Jurisdição, que analisara a validade da
compensas, pelos trabalhos relevantes, que esses Irmãos
documentação e encaminhara com o seu parecer ao So-
tenham realizados para o Rito Brasileiro, como diz o artigo
berano Supremo Conclave, para avaliação e autorização
36 da Constituição do Rito Brasileiro:
para a filiação do Irmão requerente.
Nos Rituais dos Corpos Filosóficos do Rito Brasilei-
• Artigo 36 - "Os membros das Oficinas que prestarem
ro, é previsto a Filiação de Irmão de outro Rito no Ato Li-
serviços relevantes ao Rito, ajuízo do Soberano Su-
túrgico: "FILIAÇÃO DE IRMÃO VINDO DE OUTRO RI-
premo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro de
Maçons, Antigos Livres e Aceitos, poderão ser agraci-
!Q2, onde o Irmão prestará novo Juramento, Consagra-
ção e Reconhecimento no Grau do Rito Brasileiro de Ma-
ados com os Títulos de: Benemérito do Rito e de çons Antigos, Livres e Aceitos.
Grande, Benemérito do Rito, com suas respectivas
A Filiação do Irmão é realizada em Sessão Ordiná-
medalhas de prata ou de ouro".
ria, não necessitando para isso uma Sessão Magna.
A Filiação de um Irmão de outro Rito Maçônico,
Alem desses Títulos, o Soberano Supremo Concla-
somente se concretizará no Corpo Filosófico do Rito Bra-
ve, em Junho de 2000, passou agraciar, com Diplomas e
sileiro, depois de ter cumprido todas as Exigências acima
Medalhas, à Irmãos que tiverem, no mínimo 7 anos e até enumeradas.
35 anos de' vida Maçônica dedicados ao Rito Brasileiro.
Além disso, o Irmão receberá antes as Instruções
Os Irmãos homenageados pelo Rito Brasileiro, com
dos Graus Anteriores, somente depois será realizada sua
suas esfinges, nas medalhas, prestaram grandes serviços
Filiação, no Sistema do Hito Brasileiro de Maçons Antigos,
pelo engrandecimento do Rito Brasileiro, daí o Soberano Livres e Aceitos.· .
Supremo Conclave em homenageá-los com suas esfin-
ges.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 225
224
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA"

BRASÃO DA DELEGACIA. LJT(JRGlCA IRMÃOS COM 7 ANOS

Para Irmãos com sete ou mais anos, recebe, um


J)() ESTADO DI MATO GROSSO J)() SUL Diploma e uma Medalha com a esfinge do Irmão Álvaro
Palmeira, o grande responsável e mentor do ressurgimen-
to do Rito Brasileiro, em 1968.

IRMÃOS COM 14 ANOS

Para Irmãos com 14 ou mais anos, recebe um Di-


ploma e uma Medalha com a esfinge do Irmão Joaquim
Rodrigues Neves, que assinou, como Grão Mestre Geral
do Grande Oriente do Brasil, o Decreto de reerguimento
do Rito Brasileiro, em 1940.

PARA IRMÃOS COM 28 ANOS

Para Irmãos com 28 ou mais anos, recebe um Di-


ploma e uma Medalha com a esfinge do Irmão Cândido
Ferreira de Almeida, que participou do reerguimento do
Rito Brasileiro, em 1968 (juntamente com o Irmão Álvaro
Palmeira), foi Soberano Grande Primaz do Rito Brasileiro,
por mais de dezessete anos, e durante sua gestão a fren-
te do Soberano Supremo Conclave, o Rito teve um estu-
pendo crescimento, não só em números de Lojas Simbóli-
cas, como também colocou o Rito Brasileiro em destaque.

PARA IRMÃOS COM 35 ANOS

Para Irmãos com 35 anos, recebe um Diploma e


uma Medalha com a esfinge do Irmão Otaviano de Mene-
zes Bastos, que foi o primeiro Soberano Grande Primaz
do Rito Brasileiro, em 1941/44.
"NORMAS - RITUALÍSTICA ~ESTRUTURA" 227
226 "NORMAS - RITUALÍSTICA ~ESTRUTURA"
Sobreposto ao ângulo superior do triângulo eqüilá-
tero temos um dístico em faixa com os dizeres: "RITO
BRASILEIRO", ratificando desta forma o Rito adotado, O Brasão da Delegacia Litúrgica do Rito Brasilei-
ro para o Estado de Mato Grosso do Sul, foi in-
tudo na cor preta, sendo a faixa em azul celeste. troduzido, na sua fundação, em 26 de Abril de 1992.
Abaixo os dísticos em faixa, vemos o "Triângulo Foi projetado pelo Eminente Irmão Mario Cardoso
Eqüilátero" (na cor azul celeste, significando a morada ce- Miquilino, membro ativo da Benemérita Loja Simbólica "E-
leste), que é o símbolo da Perfeição, Harmonia e Sabedo- dificadores de Templos". Também é autor dos Estandar-
ria, envolvendo todos os outros símbolos. No ângulo su- tes das seguintes Lojas Simbólicas Estaduais do Rito
perior do triângulo e logo abaixo da faixa (RITO BRASI- Brasileiro: "Obreiros da Pátria"; "Luz do Pantanal"; "Vigi-
LEIRO) temos o Olho Onívídents.: que é o Absoluto, den- lantes do Taquari"; "São João" e "Luz, Justiça e Perseve-
tro e fora do homem. É o símbolo do Único Principio - o rança".
S:.A:.D:.U:.que a tudo vê. Desse modo, o Pai, derrama
sua proteção e orientação em todos os nossos trabalhos.
A Coluna em construção (na cor amarela, símbolo DISCRiÇÃO DO BRASÃO
da riqueza'nacíonal), caracterizando os grandiosos edifí-
cios da civilização Maçônica que descansam sobre duas Em circulo, contornando o Brasão, o distintivo da
colunas, em caráter figurado: Virtude e Ciência. A Virtude Delegacia, com os dizeres: "DELEGACIA DO RITO
faz-se na sua base completa de moral. A Ciência empres-
BRASILEIRO PARA O ESTADO DE MATO GROSSO
ta-lhe os predicados de grandeza espiritual.
DO SUL" inferiormente, fechando em circulo, os dizeres
Encimando a Coluna, avistamos o Globo Terrestre
"FUNDADA EM 26 DE ABRIL DE 1992". Tudo na cor
(nas cores normais e conhecidas para sua representação:
preta, consagrada a Hiran e a Cristo, com fundo em azul
azul, verde, branco e amarelo), com uma Coroa (na cor
celeste, cor consagrada à morada celeste. No interior des-
branca, que é consagrada a divindade) representando a
te circulo, temos o "Tríplice Triângulo" do Brasão do
. Supremacia da Ordem Maçônica no Universo. Esta, como
Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro, simbo-
Instituição, "não perdendo o caráter principal, intrínseco e
lizando a Oficina Chefe do Rito Brasileiro, Potência Sobe-
característico de Instituição Iniciatica de formação moral e
rana, Legitima e Legal para todos os graus da hierarquia
filosófica, deve, entretanto, estar presente no estudo dos
Maçônica acima do de mestre, na cor violeta, com fundo
problemas $da civilização contemporânea e neles intervir
branco, que é consagrada a Divindade.
superlativamente. Dessa maneira concorre para que a
No interior do Tríplice Triângulo, divisamos o dese-
Humanidade possa encaminhar-se sobre o suporte da
nho do timbre do Colendo Alto Colégio "Supremacia U-
Fraternidade, a um Mundo de Justiça, Liberdade e Paz,
niversal" que, em realidade é a fusão dos Timbres do
porque não há antagonismo entre a Verdade e a Vida.
Poderoso Grande Conselho Kadosch Filosófico "Obreiro
O Universo representado pelo Globo Terrestre, ha-
do Universo", com o do Ilustre e Sublime Capítulo "Uni-
bitação natural de todos os povos, em cujo seio se encon-
verso da Fraternidade", que formam os Altos Graus do
tram os Maçons, com a obrigação de fazer obra na vida.
Rito Brasileiro sob a Jurisdição da Delegacia Litúrgica pa-
Maçons estes representados pelas Mãos (na cor da car-
ra o Estado de Mato Grosso do Sul que, por sua vez é ju-
risdicionada ao Soberano Supremo Conclave do Brasil.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 220

mo UlUlO
228 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"

BRASÃO00 ne) que sustenta o Globo Terrestre, pois que, o Maçom


com instrumento da Ordem Maçônica, tem por obrigação
o esclarecimento de todo celebro denegrido pelo obscu-
rantismo, e desta forma, fraternalmente, como uma luz
oculta, auxiliar e sustentar o progresso e desenvolvimento
da humanidade em sua ascensão espiritual e material.
Dois ramos de Acácia (na cor verde da vida e da
esperança), significando, a "indestrutibilidade" dessa obra
a que a Maçonaria se propõe através dos tempos e por
isso imperecível.
Finalmente, vemos o Pavimento de Mosaico, que
serve como base do Triângulo Eqüilátero em situação tri-
dimensional (em suas cores tradicionais preto e branco),
representando a imagem do mundo maçônico, formado
por mais heterogêneos elementos, de toda espécie, de
cores e raças diferentes, das mais variadas crenças e re-
ligiões, entretanto ligados pela mesma ergamassa: Tole-
rância e Benevolência, enfim, o bem e o mal, a luz e as
trevas, inerentes a vida do homem na terra. O dualismo
que sempre exige em todas as circunstâncias, porém,
nunca confundidos, pois que, há uma força irresistível que
une os Maçons que aspiram sempre subir, com "FRA-
TERNIDADE UNIVERSAL", e como "OBREIROS DO
UNIVERSO", que são e, desta forma alçarem a "SU-
PREMACIA UNIVERSAL" para o bem comum de toda a
civilização.
A Constelação do Cruzeiro do Sul, logo, abaixo do
Pavimento de Mosaico, que é a base do Triângulo Eqüilá-
tero, encerra com este símbolo a característica do nosso
Rito em toda a sua nacionalidade que muito bem identifica
nosso Pais. .
"~ORMAS - RITUALÍSTICA" ESTRUTURA" 231 230 "NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA"
característica do nosso Rito em toda a sua Nacionalidade,
que muito bem identifica nosso Pais. Brasão do Rito Brasileiro de Maçons Antigos
É a Constelação maior do Brasil, este presente em
todos os Símbolos Nacionais: na Bandeira Nacional, no
O Livres e Aceitos é constituído de uma "Estrela
de Nove Pontas" (tríplice triângulo eqüilátero - eneágo-
Hino Nacional e no Brasão da Republica Federativa do no), tendo ao centro a "Constelação do Cruzeiro do
Brasil. Também é a maior comenda da Nação Brasileira Sul", nas cores douradas, dentro de um circulo na cor vio-
instituída na Independência em 1822. leta.
A Estrela está contida numa orla circular em sua
Sol e a Lua parte superior aparecendo à legenda "URBI ET ORBI",
O Sol à direita e a Lua quarto crescente à esquer- escrita em letras douradas.
da, são símbolos contidos nas Lojas Simbólicas do Rito Dentro do Circulo aparece o "Sol" à direita e a
Brasileiro. "Lua" em quarto crescente à esquerda, nas cores doura-
O Sol simboliza o ativo (direita) e a Lua o passivo das.
(esquerda). Direita e Esquerda dá o equilíbrio. Na parte inferior do circulo escrito a locução latina
"HOMO MOMINIS FRATER", escritos em letras doura-
Urbi et Orbi das.
Tradicionalmente o papa se dirige ao público e aos Encimando o circulo, um timbre constituído por dois
fiéis do Vaticano sua mensagem de paz, fé e esperança. "Ramos de Oliveiras" nas cores verdes, sustentando um
Desde os tempos imemoriais, do início do cristianismo, "Barrete", na cor violeta, formando uma cercadura onde
passando pelo período feudal e chegando à Idade Moder- se lê: "RITO BRASILEIRO", escrito em letras douradas.
na e mesmo Contemporânea, o Santo Padre fala ao povo.
Sua mensagem é dirigida "a Roma e ao Mundo" (para a Estrela de Nove Pontas
cidade e para o mundo), o famoso "Urbi et Orbi". A Estrela de Nove Pontas (Eneágono) representa o
O Mestre Álvaro Palmeira emprestou esse lema ca- símbolo da Vigilância. É o tríplice triangulo. É o emblema
tólico, com o sentido de dizer, que a Doutrina do Rito Bra- dos últimos graus: Missionário da Filosofia (30), Guardião
sileiro sairia de seu núcleo inicial, representado pela sua do Bem Publico (31), Guardião do Civismo (32) e Servidor
Grande Oficina Chefe, o Soberano Supremo Conclave do da Ordem, da Pátria e da Humanidade (33), ostentam, no
Rito Brasileiro, e espalharia pelo mundo maçônico brasi- centro dos tríplices triângulos, respectivamente os núme-
leiro, como de fato ocorreu e ocorre. ros 30,31,32 e 33.
A Maçonaria é Universal - O Rito Brasileiro é Na- O "Triângulo Eqüilátero" (Eneágono) significa a mo-
cional. rada celeste, que é o símbolo da Perfeição, da Harmonia
e da Sabedoria.
Ramos de Oliveiras
O Ramo de Oliveira é o símbolo da paz. Seu sim- Constelação do Cruzeiro do Sul
bolismo relaciona-se com a narrativa bíblica do dilúvio A Constelação do Cruzeiro do Sul, tendo como ba-
(Gen. 8:8-12) a pomba (símbolo da paz) retornando a ar- se do Triângulo Eqüilátero, encerra com este símbolo a
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 233 232 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"

ca com um ramo verde de Oliveira no bico. Noé compre-


endendo, assim, que as águas tinham baixado sobre a
terra. De certo modo suscita a lembrança do dever cum-
prido, tanto por Noé (em relação a Deus), como pela pe-
quena pomba (em relação a Noé), persistente e leal em
seu vôo de reconhecimento. Recomposta a Aliança Divi-
na, a paz retornou a Terra.
Combinam-se - bem ao gosto maçônico de compor
as coisas - os ramos de Oliveira e do Louro, representan-
do a vitoria, a lealdade, características necessárias aos
que sabem e guardam com Discrição os Arcanos profun-
dos da Maçonaria.

Homo Hominis Frater


Na parte inferior do circulo escrito a locução latina
"HOMO MOMINIS FRATER", que quer dizer: "Irmãos
uns dos Outros" escritos em letras douradas.

Barrete
Cobertura de cabeça, usados pelos Eminentes Ir-
mãos e Sereníssimos Irmãos, membros Extranumerários
e Efetivos do Soberano Supremo Conclave do Brasil para
o Rito Brasileiro componentes da Magna Reitoria.

Cor Violeta
A predominância da cor Violeta no Brasão do Rito,
porque é a cor adotada pelo Rito Brasileiro, que são as
misturas da cor Vermelha, significando a matéria e a cor
Azul significando o espírito, resultando a cor Violeta, que
significa a divindade, o Supremo Arquiteto do Universo.

Cor Dourada
As predominâncias das letras douradas simboli-
zam: o Ouro, mineral nobre, e os raios do Sol, simboli-
zando a iluminação da Sabedoria.
"NORMAS - RITUALÍSTICA "ESTRUTURA" 235

234 "NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA


p~ DOS CORPOSFILOSóFICOS
li

DISCRiÇÃO DO ESTANDARTE

DOITOB_O

N 0s Corpos Filosóficos do Rito Brasileiro de Ma-


çons Antigos, Livres e Aceitos, o Irmão devera
usar a Dalmática nas reuniões de seu Corpo Filosófico,
O Estandarte do Rito Brasileiro foi criado pelo So-
berano Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro,
juntamente com o Brasão do Rito, em 1968 na sua reins-
nas visitações a outros Corpos Filosóficos deve usar o talação.
terno igual 'ao usado na Loja Simbólica, com a Insígnia do
seu grau filosófico. Não encontrei em nenhum lugar a discrição do Es-
Também poderá usar o colar verde e amarelo em tandarte, nem na Constituição, no Estatuto e no Regula-
todas as reuniões, tanto no seu Corpo Filosófico, como mento do Rito Brasileiro.
em visitações a outros Altos Corpos.
O Soberano Supremo Conclave do Rito Brasileiro
DALMÁTICA me informou que não encontrou nenhum documento com
a discrição do Estandarte. Acredito, que tenha se perdido
Nos. Corpos Filosóficos do Rito Brasileiro, usa-se com o tempo.
uma Túnica chamada de Dalmática, o que difere das Lo-
jas Simbólicas, onde é usado o Balandrau. Podemos especular um pouco da sua discrição: no
Està Túnica é chamada de Dalmática, uma vez que centro em fundo branco, consta o Brasão do Rito (sua
sua origem remonta a antigüidade, é da região da Dalmá- discrição consta no capitulo anterior); encimando o Estan-
cia no Adriático, foi muito usado pelos Gregos e Roma- darte, consta o Esquadro e o Compasso com a letra G,
nos. todo irmão conhece seu significado; ladeando este símbo-
Os Imperadores romanos usaram-na em todas as lo, dois ramos na cor verde, que só pode ser da Acácia;
solenidades. contornando o Estandarte, são colocadas 23 Estrelas na
Na idade Média os homens d'armas a vestiam, so- cor dourada, isso nos leva a composição dos Estados da
bretudo naFrança e Espanha. Federação Brasileira em 1968, 23 Estados; a cor predo-
Como ornamentos litúrgicos foram usados por Pa- minante no Estandarte, Bordo e Dourado, porque o Rito
pas e Bispos, estendendo-se depois a toda a hierarquia Brasileiro adota essas cores.
eclesiástica.
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA" 237 236
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA"
ou Fita, o Avental ou Cinto d~ grau, pode ser usado tanto
com a Dalmática, como tambem com o Terno. A Dalmática é uma veste simples e nobre, que exi-
ge, de quem a traz, uma apresentação nobre e digna,
JÓiAS lembra, pela sua uniformidade, a igualdade dos Maçons.
A Dalmática é uma veste de lã ou de sede branca
,
Nos -Corpos Filosóficos do Rite: Brasileiro de ~a- com a manga até os punhos e seu comprimento até os
tornozelos.
çons Antigós, Livres e Aceitos, os Irma~s, usam as Jóias
dos graus: pendentes nos Colares ou Flt~S, no Colar ve;- Nos graus 4 ao 30, é orlada de estreito frisos pretos
de amarelo, como também poderá ser afixado na Dalma- na gola, nos punhos e na bainha; nos graus 31 e 32, es-
ses frisos são na cor vermelha.
tica no centro do peito.
Não-darel os significados das }óia~, ~~~ vez que Afixada no centro do peito da Dalmática a Jóia do
este Livro será lido por Irmãos, que nao sao iniciados nos grau, o Irmão quando muda de grau mantém a Dalmática
e troca-se a Jóia do grau.
Graus Filosóficos do Rito Brasileiro.
Pode também o Irmão usar o Colar verde amarelo,
GRAU 4 sobre a Dalmática, que deverá estar pendente a Jóia do
grau.

A Jó"ia do Grau 4 usado pendente no Colar é uma Em visitação a outro Corpo Litúrgico, o Irmão deve
Chave de cor marfim, com a letra Z em preto. na Base. usar o Terno, com o Colar ou Fita, o Avental ou Cinto do
Grau, ou somente o Colar verde amarelo.
Afixado na Dalmática no centro do peito, uma Cha-
ve em azul.
COLAR VERDE AMARELO
GRAU 9
o Colar verde amarelo, foi instituído pelo Soberano
A JÓia do Grau 9 usado pendente no Colar é uma Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro, no ano
pequena E$pada na cor dourada. . 2000, para ser usado nos Corpos Filosóficos do Rito Bra-
Afixado na Dalmática no centro do peito, uma Ba- sileiro, pois assim, o Irmão não precisará ter gastos finan-
lança na cor violeta. ceiros com a aquisição dos Colares e Aventais dos Graus,
é mais pratico e econômico.
GRAU 14 O Colar consiste de uma fita de 10 cm ou 8 cm nas
cores verde amarelo (o amarelo por dentro), pendente no
A Jóia do Grau 14 usado pendente no Colar é um pescoço, tendo no vértice, a Jóia do grau.
Compasso coroado, cujas pontas são postas sobre u~ Esse Colar, também poderá ser um cordão entrela-
quarto de círculo, tendo no centro de um I?do o Sol ~adl- çado verde e amarelo de 50 cm, tendo na ponta a Jóia do
grau.
ante na cor dourada; sobre o quarto de circulo os nume-
ros 3, 5, 7 é 9. O Colar verde amarelo, pode ser usado do Grau 4
ao 32, usando esse Colar, o Irmão suprime o uso do Colar
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 239

238 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"


Cruz vermelha orlada de dourado. Na Intersecção dos
ramos da Cruz há, do lado do Pelicano, uma Rosa verme-
Afixado na Dalmática no centro do peito, um Anel
lha. com um ponto central na cor verde.
No segmento do Circulo lê-se do lado do Pelicano,
a P:. S: •. Do outro lado a P:. de P:., ambos em hierógli- GRAU 15
fos.
Nos ramos do Compasso escritos em letras pres- A Jóia do Grau 15 usado pendente na Fita e no Co-
tas: do lado direito RITO BRASILEIRO, do lado esquerdo lar é um Sabre pequeno.
LUX ET TENEBRIS. Afixado na Dalmática no centro do peito, a mesma
No alto da Jóia, uma Coroa antiga. Jóia.
A Jóia é de ouro, o Pelicano e a Águia são de pra-
ta. '-~ GRAU 16
Afixado na Dalmática no centro do peito, uma Cruz
latina na cor vermelha de 3 x 2, tendo o segmento vertical A Jóia do Grau 16 usado pendente na Fita ou Colar
uma parte sobre a horizontal e duas partes abaixo. é uma Medalha tendo de um lado uma mão segurando
uma Balança, de outro lado uma mão tendo uma Espada
GRÃU 19 e cinco Estrelas.
Afixado na Dalmática no centro do peito, a mesma
A Jóia do Grau 19 usado pendente no Colar é uma Jóia.
placa de ouro, quadrada, com um Alfa e um Omega gra-
vados. GRAU 17
Afixado na Dalmática no centro do peito, a mesma
Jóia. A Jóia do Grau 17 usado pendente na Fita ou Colar
é um Heptágono de ouro e prata, com as letras
GRAU 22
O:. H:. P :. G:. F:. S:. B:.; no centro do Heptágono um
A Jóla do Grau 22 pendente no Colar é um Macha- Cordeiro de prata, deitado sobre o Livro dos Sete Selos.
do de prata, tendo no cabo as letras A, P, I, C, T e na fo- Afixado na Dalmática no centro do peito, a mesma
Jóia.
lha a letra E.
Afixado na Dalmática no centro do peito, um Ma-
GRAU 18
chado na cor vermelha, em posição vertical, dentro de
uma círcunterência azul de 10 cm de diâmetro.
A Jóia do Grau 18 usado pendente no Çolar é um
GRAu 26 Compasso aberto a 60° sobre um segmento ;:de Circulo
e graduado. De um lado, um Pelicano ferindo o peito para
A J6ia do Grau 26 usado pendente no Colar é um alimentar os sete filhos; do outro, uma Águia com as as-
Triângulo Eqüilátero de ouro. sas estendidas e a cabeça inclinada para o solo. Entre a
Águia e o Pelicano um ramo verde de Acácia. Acima uma

..
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 241

Afixado na Dalmática no centro do peito, o Acam- 240 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"


pamento na cor preta.
Afixado na Dalmática no centro do peito, um Triân-
gulo na cor verde.
GRAU 33
GRAU 29
A Jóia do grau 33 é usada tanto com a Dalmática,
como com o Terno.
A Jóia do Grau 29 usado pendente na Fita ou Colar
A Jóia do Grau 33 é um circulo dourado, constituí-
é uma Cruz de Santo André, tendo em cima uma Coroa.
do no centro de uma Estrela de nove pontas (Tríplice Tri-
No centro da Cruz uma Pinha (ou um J), encerrada
ângulo Equilátero - Eneágono) na cor dourada, sendo o
num Triângulo posto no meio de um Anel, do qual se pen-
centro dessa Estrela na cor azul, onde esta gravadb a
de uma Chave, que fica entre os dois braços inferiores da
Constelação do Cruzeiro do Sul com as estrelas doura- Cruz.
das.
Nas extremidades dos braços da Cruz estão as ini-
Na parte superior do circulo aparece a legenda
"URBI ET ORBI" (para a Cidade e para o Mundo), escrita
ciais das P:.S:.B:.J:.M:.N: •.
em letras douradas. Afixado na Dalmática no centro do peito, uma Cruz
de Santo André.
Na parte inferior do circulo escrito a locução latina
"HOMO MOMINIS FRATER", que quer dizer: "O Homem
GRAU 30
é um Irmão para o Homem", escrito em letras douradas.
Dentro do Circulo aparece a Sol à direita e a Lua A Jóia do Grau 30 usado pendente no Colar é um
crescente à esquerda, nas cores douradas. Tríplice Triângulo Eqüilátero em ouro, fundo vermelho,
Encimando o circulo se lê: "RITO BRASILEIRO", tendo ao centro o n.? 30.
escrito em -letras douradas; acima dessas letras dois ra- Afixado na Dalmática no centro do peito, a mesma
mos de Oliveira nas cores douradas. jóia.
Acima dos ramos das Oliveiras esta um Triângulo GRAU 31
Eqüilátero na cor vermelha, orlado de ouro, tendo no cen-
tro o numero 33 em dourado. A Jóia do Grau 31 usado pendente no Colar é um
A Jóia é usada pendente no Colar. Tríplice Triângulo Eqüilátero em prata, fundo vermelho,
O Colar é composto de elos dourados. tendo no centro o n° 31.
Afixado na Dalmática no centro do peito, a mesma
jóia.
INSíGNIAS
GRAU 32

Nos Corpos Filosóficos do Rito Brasileiro de Ma- A Jóia do Grau 32 usado pendente no Colar é um
çons Antigos, Livres e Aceitos, as Insígnias, são pareci- Tríplice Triângulo Eqüilátero na cor dourada, fundo verme-
lho, tendo no centro o n° 32.
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA" 243
242 "NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA"
o Colar é preto de 1O cm, forrado de preto; orlada
de fita azul de 1/2 cm em toda volta, inclusive na abertura das com as usadas no Rito Primitivo de Namur de 33
do pescoço, sobre o qual são colocadas nove rosetas via. graus, fundado em 1770, sendo a pura Tradição de um
láceas; quatro no lado direito, quatro no lado esquerdo e Rito de trinta e três graus, é a Ortodoxia Maçônica.
uma no vértice, na ponta do colar pendente no vértice do Não daremos os significados das Insígnias, uma
Colar a Jóia do Grau. vez que este Livro será lido por Irmãos, que não são inici-
O Avental é Branco de 40x35, forrado de preto, or- ados nos Graus Filosóficos do Rito Brasileiro.
lado de fitá preta com nove pequenas rosetas violáceas Os Presidentes dos Corpos Filosóficos do Rito Bra-
formando uma coroa, sendo quatro no lado direito, quatro sileiro, estando com a Dalmática, deverão usar: o Colar
no lado esquerdo e uma no centro. verde amarelo ou a jóia do grau afixada no centro do peito
Sobre a Abeta um Braço bordado, sustentando da Dalmática.
uma pequena espada dourada. Usando terno, devera usar as Insígnias do grau ou
No canto direito da Abeta um botão de 1 cm de di- o Colar Verde Amarelo.
âmetrocom as cores verde e amarelo.
GRAU 4
GRAU 14
A Insígnia do Grau 04 é constituída de um Colar e
A Insígnia do Grau 14 é constituída de um Colar e um Avental ou o Colar verde amarelo.
um Avental ou Colar Verde Amarelo. O Colar é azul de 10 cm, forrado de preto, orlada
O Colar é vermelho de 10 cm, forrado de preto; or- de fita preta de 1/2 cm em toda volta, inclusive na abertu-
lada de fita verde de 1/2 cm em toda volta, inclusive na ra do pescoço, pendente no vértice do Colar a Jóia do
abertura do pescoço, sobre o qual são colocados do lado Grau.
direito e esquerdo ramos de Acácias na cor verde, e seus O Avental é Branco de 40x35 orlado de fita preta;
ramos entrelaçados no vértice, e pendente no vértice do preso por fitas pretas; Abeta azul orlada de fita preta so-
Colar a Jóia do Grau. bre o qual no terço médio inferior há um olho bordado na
O Avental é Branco de 40x35, forrado de preto; or- cor dourada; partindo da base do Avental, caminhando
lado de fita vermelha; no centro da Abeta, bordado em para as laterais até o centro há dois ramos cruzados, um
verde, uma pedra plana ou quadrada, no centro da qual de Loureiro, outro de Oliveira, formando uma' coroa não
chumbado um Anel na cor dourada. fechada e no centro da base do Avental uma letra Z so-
No centro do Avental escrito em um Circulo o dísti- breposta no cruzamento dos ramos, forrado de preto.
co: "O que a virtude une a Morte não separa", no centro No canto direito da Abeta um botão de 1 cm de di-
do Circulo um ponto preto. âmetro com as cores verde e amarelo .
.'
No canto direito da Abeta um botão de 1 cm de di-
âmetro com as cores verde e amarelo. GRAU 9

A Insígnia do Grau 09 é constituída de LJmColar e


um Avental, ou o Colar verde amarelo.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 245
244
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
GRAU 17
GRAU 15
A Insígnia do Grau 17 é constituída de uma Fita e
um Avental ou Colar verde amarelo. A Insígnia do Grau 15 é constituída de uma Fita e
A Fita é branca de 10 cm, forrado e orlado de fita um Avental ou Colar verde amarelo.
de 1/2 cm na cor Carmezim (vermelho vivo), colocada a ti- A Fita é na cor verde-mar de 10 cm, forrado na
racolo da direita para a esquerda. mesma cor, colocada a tiracolo da direita para a esquer-
Por cima da Fita Branca, um Colar preto, pendente da, sobre a qual estão bordados ossos, coroas e espadas,
ao pescoço, com uma Cruz de braços iguais. tanto inteiros como partidos e no meio uma ponte, no arco
O Avental é de Cetim Amarelo, de 40x35, forrado e da qual estão escritas as letras L:. D:. P:., pendente no
orlado de fita de 1/2 na cor de Carmezim (vermelho vivo), vértice do Colar a Jóia do Grau.
tendo no centro do Avental o Heptágono. . O Avental é Branco de 40x35, forrado na cor verde-
No canto direito da Abeta um botão de 1 cm de di- mar' orlada de fita da mesma cor de 1/2 em em toda volta;
âmetro com as cores verde e amarelo. sobre a Abeta duas Espadas cruzadas na cor dourada e
uma cabeça ensangüentada; no meio do Avental estão
GRAU 18 bordadas três cadeiras de forma triangular (cinco elos em
cada cadeira).
"
A Insígnia do Grau 18 é constituída de um Colar e No canto direito da Abeta um botão de 1 cm de di-
um Avental ou Colar verde amarelo. âmetro com as cores verde e amarelo.
O Colar é vermelho de 10 cm, forrado de preto, or-
lada de fita de Ouro de 1/2 cm em toda volta, inclusive na GRAU 16
abertura do pescoço, sobre o qual são colocados do lado
direito e esquerdo ramos de Acácias (à vontade) bor.d~- A Insígnia do Grau 16 é constituída de uma Fita e
dos na cor.Dourada, e seus ramos entrelaçados no vern- um Avental ou Colar verde amarelo.
ce, e pendente no vértice do Colar a Jóia do Gra.u. Na A Fita é na cor de pinhão de 10 em, forrado na
parte inferior, no centro, bordados em ouro,. o ~ellcano; mesma cor, colocada a tiracolo da direita para a esquer-
Sobre o Pelicano uma Cruz de quatro ramos Iguais, tendo da, sobre a qual esta bordada uma Balança.
no centro uma Rosa, tudo na cor Dourada, pendente no O Avental é de Carmesim (Vermelho vivo) de
Colar a Jóia do Grau. 40x35 forrado e orlado de fita na cor de Pinhão de 1/2 em
Na parte interior do Colar forrado de preto, tendo toda volta: bordados no Avental, um Esquadro, em Escu-
bordado uma Cruz Latina na cor vermelha e o seu contor- do, um Delta e a mão da Justiça.
no na cor dourada, tendo raios irradiante na cor dourada, No canto direito da Abeta um botão de 1 cm de di-
com a Rosa mística em ouro. âmetro com as cores verde e amarelo.
O Avental é Branco de 40x35, forrado de preto, or-
lado de fita vermelha de 5 cm. Abeta orlada de fita de 5
cm na cor vermelha, tendo no centro da Abeta um Trián-
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRllTllRA" 247

GRAU 26 246 "NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA"

gula eqüilátero com a letra 100, bordado na cor dourada,


A Insígnia do Grau 26 é constituída de um Colar
o Triângulo é radiante na cor dourada. .
um Avental ou Colar verde amarelo. No centro do Avental bordados de ouro: o Pelicano,
O Colar é de 10 cm, nas cores branco, vermelho e sobre ele uma Cruz radiante de quatro braços iguais, a
verde.
Rosa mística no centro da Cruz e ramos de Acácias, sa-
O Avental é Branco de 40x35, forrado e orlado de
indo debaixo do Pelicano e estendendo-se para ambos os
fita de 1/2 na cor vermelha, tendo no centro do Avental
lados, formando uma coroa; avental é preso por fitas ver-
bordado um Triângulo nas cores branco e verde.
melhas. No forro do Avental, em seu terço inferior, borda-
No Canto direito da Abeta um botão de 1 cm de di-
do uma Cruz Latina, conforme o forro do Colar.
âmetro com as cores verde e amarelo.
No canto direito da Abeta um botão de 1 cm de di-
âmetro com as cores verde e amarelo.
GRAU 29

A Insígnia do Grau 29 é constituída de uma Fita ou GRAU 19


um Colar e..um Cinto ou Colar verde amarelo.
A Fita é na cor vermelha de 10 cm, colocada a tira- A Insígnia do Grau 19 é constituída de uma Fita ou
colo da diréita para a esquerda, pendente no vértice da Fi- Colar verde amarelo, não há Avental.
ta a Jóia do Grau. Fita de Carmesim de 10 cm, orlada de fita branca
A Fita pode ser substituída pelo Colar, não se usa de 1/2 cm em toda volta, colocada a tiracolo da direita pa-
junto a Fita1eo Colar. . ra a esquerda, bordados com 12 Estrelas douradas; bor-
dados, no alto, o Alfa e em baixo o Omega, pendente no
O Colar é na cor verde, orlada de fita dourada de
vértice do Colar a Jóia do Grau, e forrado de preto.
1/2 cm em toda volta, inclusive na abertura do pescoço,
pendente no vértice a jóia do grau.
GRAU 22
O Cinto é Branco, com franjas de ouro.
A Fita, o Colar e o Cinto, são forrados de vermelho.
Na frente do Cinto, à direita, um botão de 1 cm de A Insígnia do Grau 22 é constituída de um Colar e
diâmetro com as cores verde e amarelo. um Avental ou Colar verde amarelo. ,
O Colar é de 10 cm, na cor do Arco lrls.forrado de
GRAU 30 vermelho, pendente no vértice do Colar a Jóia ~~ Grau.
O Avental é Branco de 40x35, forrado d~ vermelho,
tendo no meio bordado uma Mesa redonda.
A Insígnia do Grau 30 é constituída de um Colar e
No canto direito da Abeta um botão de t cm de di-
um Cinto, forrados de preto, ou Colar verde amarelo.
âmetro com as cores verde e amarelo.
O Colar é negro de 12 cm, debruado de branco em
toda volta, inclusive na abertura do pescoço; nos lados di-
reito e esquerdo ramos de Acácias prateadas; pendentes
'NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 249
248 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA li

GRAU 33
no Colar a Jóia do grau; na parte interna do Colar há três
No Grau 33 do Rito Brasileiro, a Insígnia, é um Co- letras C:. K:. F :.em disposição triangular, sobrepostas à
lar de metal dourado, pendente a Jóia do grau que é o letra C:. e em baixo as duas outras.
Brasão do Rito Brasileiro. O Cinto negro, com 15 cm de largura, com debrum
Recentemente o Supremo Conclave passou adotar de prata, com o n° 30 ao centro, dentro de uma coroa de
o Avental e Colar com Insígnia do grau 33. louros, terminando por um pequeno laço, ao lado esquer-
Pode-se usar, tanto o Colar de metal, como o A- do.
ventai composto com o colar. Na frente do Cinto, à direita, um botão de 1 cm de
diâmetro com as cores verde e amarelo.
EMINENTE DELEGADO LITÚRGICO
GRAU 31
o Delegado Litúrgico Estadual usará em todas as
Sessões Maçônicas suas Insígnias do cargo. A Insígnia do Grau 31 é constituída de um Colar e
Por força do Tratado de Amizade e Aliança Maçô- um Avental, forrados de vermelho, ou Colar verde amare-
nica firmado pelo Grande Oriente do Brasil e o Soberano lo.
Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro, o De- O Colar é branco de 10 cm, na frente bordado um
legado Litúrgico representa a Oficina Chefe do Rito Brasi- Triângulo radiante com o numero 31 no meio, pendente
leiro (Supremo Conclave) na Jurisdição de seu Estado, e no vértice do Colar a Jóia do Grau.
para isso usa suas Insígnias em todas as Sessões Maçô- O Avental é Branco de 40x35, debruado de verme-
nicas, tanto nos Corpos Filosóficos, como também nas lho, tendo no centro, a representação do Decálogo.
Lojas Simbólicas. No canto direito da Abeta um botão de 1 cm de di-
Em 26 de setembro de 1.997 da E:. V :., através da âmetro com as cores verde e amarelo.
Lei n.? 0035, assinada pelo Grão-Mestre Geral em exercí-
cio, Soberano Ir:. Joferlino Miranda Pontes, ratifica, o uso GRAU 32
das Insígnias, em Sessões Maçônicas.
Diz essa Lei: A Insígnia do Grau 32 é constituída de um Colar e
um Avental, ou Colar verde amarelo.
• Artigo 1° - "O artigo 84 do Regulamento Geral da Fe- O Colar é preto de 10 cm, forrado de: vermelho,
deração passa a ter a seguinte redação": tendo na base uma Águia bicéfala bordada de prata, pen-
• "Os Maçons presentes às Sessões Magnas estarão dente no vértice do Colar a Jóia do Grau. .
trajados' de acordo com o seu Rito, com gravata na cor O Avental é Branco de 40x35, forrado e orlado de
por ele estabelecida, terno preto ou azul marinho, ca- preto; sobre a Abeta a Águia bicéfala negra; no centro do
misa branca, sapatos e meias pretas, podendo portar Avental, o Acampamento (só as figuras geométricas em
somente suas insígnias e condecorações relativas ao negro). .•
simbólico, excetuando-se as autoridades pertencen- No canto direito da Abeta um botão de 1 cm de di-
âmetro com as cores verde e amarelo.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 251
250 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
SERENíSSIMO MEMBRO EFETIVO

tes às Potências Filosóficas reconhecidas pelo


Os membros efetivos do Soberano Supremo Con-
Grande Oriente do Brasil".
clave, usam nas Sessões um Manto do Poder na cor vio-
leta, e o cordão da Humanidade (Jóia do Grau 33), bran-
co. As Autoridades mencionadas nesta Lei são: o So-
berano Grande Primaz, que tem Jurisdição sobre o Terri-
Na cabeça, um Barrete; ao pescoço o Colar de 33 tório Nacional; Soberano Grande Regente (substituto do
nós.
Grande Primaz); Sereníssimos Irmãos membros da Mag-
Na Sessão Magna de Iniciação, porta um Cajado
de madeira com três nódulos. na Reitoria e o Eminente Delegado Litúrgico do Rito, que
representa a Oficina Chefe do Rito, o Soberano Supremo
Conclave em seu Estado.
EMINENTE MEMBRO EMÉRITO E
As Insígnias do Delegado Litúrgico consiste de um
EXTRANUMERÁRIO
Avental, um Colar e um Barrete.
É recomendado o uso do Barrete nas Sessões
Os membros Extranumerário e Emérito do Sobera-
Magnas, em Sessões Ordinárias, usa-se o Avental e o
no Supremo Conclave, usam na cabeça um Barrete; no Colar.
pes~oço u~ Colar de 33 nós pendente a Jóia do grau 33; O Avental é branco de 35x40; forrado de preto; or-
na CIntura uma Faixa e Cinturão do Grau 33.
lado de fita de 5 cm na cor Bordo frisado de fitas de 1/2
cm tanto internamente como externamente na cor doura-
SOBERANO GRANDE PRIMAZ
da, também na Abeta; no centro do Avental e abaixo da
Abeta, será bordado a Bandeira do Estado da Delegacia
O Soberano Grande Primaz usa nas Sessões um
Estadual, e abaixo bordado em letras dourados D. R. B.,
Manto Níveo (alvo como a neve) ou de Luz Intensa com o (Delegado do Rito Brasileiro); no canto superior do Aven-
Cordão da Humanidade, na cor violeta. '
tai um botão de 1 cm nas cores verde e amarelo.
. Na cabeça usa o Solidéu branco, com quatro estri- No centro da Abeta, será bordado o Brasão do Rito
as violeta. _.
Brasileiro.
No pescoço usa o Colar do Grau 33.
O Colar é Bordo de 10 cm; forrado de preto; borda-
No dedo anular da mão direita usa um Anel elabo- do nos lados esquerdo e direito, ramos de Oliveiras na cor
rado em ouro, com ametista ou turmalina violeta.
dourada; pendente no Colar a Jóia do Grau 33.
Na Sessão Magna de Iniciação, usa um Cedro da O Barrete é na cor Bordo; circundado por uma fita
força, trabalhada em Acácia ou Mogno, na parte central, e na cor violeta, frisado de dourado; na frente um losango
metal nobre, nas extremidades.
branco, tendo bordado no centro uma Cruz Episcopal na
O Cedro é parcialmente oco para conter documen- cor dourada.
tos especiais.
'":\ORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 253 252 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
Em varias preleções ministradas pelo Irmão Álvaro
Palmeira, sobre Teísmo, disse:

• "O Teísmo é a doutrina religiosa que admite a exis-


tência de Deus e a sua ação providencial no Uni-
verso. No Teísmo, Deus age sobre o mundo por
sua providencia e manifesta-se ao mundo por sua
revelação" .
• "Toda religião representa um conjunto de práticas e
N ão tinha a intenção de inserir, o tema Teísmo,
neste livro, mais devido ao tema suscitar duvi-
doutrinas, que constituem as relações do homem das nos Irmãos, resolvi neste ante penúltimo capitulo, es-
com a potência Divina. A palavra religião, do latim crever essas poucas linhas sobre, Teísmo.
religio, significa o laço, que une o homem a Deus, A definição de Teísmo no Rito Brasileiro foi primei-
traduzido pela piedade e pela devoção". ram_ent~colocada na reinstalação do Rito em 1968, pelo
• "O Teísmo considera Deus infinitamente perfeito, Irmao Alvaro Palmeira, o tema, Teísmo, esta presente
Criador e Regulador do Universo. É um ser trans- nos: Documentos do Rito, Rituais, Constituição e Regu-
cendente ao Universo. Para o teísta, Deus tem 5 lamento do Rito Brasileiro.
atributos metafísicos: unidade, simplicidade, imuta- Na apresentação da Constituição e Regulamento
bilidade, eternidade e imensidade, e 7 atributos do Rito Brasileiro de 2001, escrito pelo Irmão Fernando de
morais: inteligência, ciência, sabedoria, onipotên- Faria diz:
cia, liberdade, personalidade e providência".
• "Para os teístas Deus é o Supremo Arquiteto do • "O Rito é Teísta. Isto significa afirmação da e-
Universo; trabalhar à sua gloria significa trabalhar xistência de Deus, da possibilidade de Deus re-
sob o signo de Deus e pelo procedimento reto me- velar-se a cada um de nós (Revelação Divina),
rece,dorde suas benções". de Deus interferir em nossas vidas (Providencia
Divina). Teístas cabe-nos assim combater a su-
O Teismo esta fortemente inserido em nossos Ri- perstição".
tuais, se 0$ Irmãos atentarem para o tema verificarão nos
Atos Ritualísticos: "Abertura dos Trabalhos" e "Encerra- _ ' Nos Preceitos do Rito Brasileiro, formulado pelo Ir-
mento dos Trabalhos", que o Teísmo esta presente. mao Alvaro Palmeira, disse: "
No Ato: "Iniciação", também o Teísmo esta bem
presente .. • "O Rito Brasileiro é Teísta, afirma a existência e
a crença em um Deus Criador, proclama a Gló-
ria do Supremo Arquiteto do Unlversç, a crença
na imortalidade da Alma e a fraternidade dos
homens, filhos do mesmo Pai".
"NORMAS - RITUALÍSTICA" ESTRUTURA" 255
254 "NORMAS - RITUALÍSTICA" ESTRUTURA"
AO UNIVERSI TERRARUM ORBIS SUMMI
ARCHITECTI GLORIAM
A Gloria do Supremo Arquiteto do Universo.

ADORMECER
Com a mesma significação de abater colunas.

ADORMECIDO
Diz-se de um Maçom ou Loja que cessou suas ati-
vidades maçônicas.
N esse pequeno dicionário os significados de pa-
lavras contidas neste Livro:

ADORNOS ABATER COLUNA


São as alfaias maçônicas: o avental, a faixa e as Dize-se de uma Oficina que deixou de funcionar.
jóias do grau. Suspender os trabalhos ativos; fechar ou dissolver tempo-
rária ou definitivamente uma Loja.
ÁGÁPE
Banquete de Confraternização. ABÓBADA DE AÇO
É formada pelos Irmãos, colocados em duas filei-
ALFAIAS ras, armados de espadas cruzadas no alto, a fim de que,
São os moveis, adornos, jóias e distintivos da Ofi- por baixo destas e por entre elas, passam certos visitan-
cina e Oficiais, que nos Ritos e cerimônias em geral ser- tes ou autoridades.
vem para caracterizar virtudes, preceitos, dignidades e
funções. ': ABOBADA CELESTE
Forro simbólico da Loja para representar o caráter
ALTAR DOS PERFUMES de sua universidade.
Mesa triangular colocada no Oriente, onde se a-
cende incensos para perfumar o Templo. ABRAÇO FRATERNAL
, É uma demonstração de boa acolhida, dada pelos
AMPULHETA Maçons nos diferentes graus.
Maç6nicamente significa Perseverança. Faz também parte da cerimônia de Iniciação, con-
Colocada na Câmara das Reflexões. siste em que o Venerável e os Vigilantes abraçarem cada
um uma vez o recipiendário, perfazendo assim três abra-
ARA ços, dando-lhe nas costa a bateria do grau de aprendiz e
Espécie de Altar destinado a certas Cerimônias o tratamento de Irmão. Em alguns Ritos somente o Vene-
como os juramentos. Altar dos Juramentos. rável abraça o recipiendário três vezes.

ARCANOS ADENDO
Segredos. Mistérios. Que se ajunta a um Livro ou a uma Obra.
"NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA" 257 256 "NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA"
CADEIA DE UNIÃO ARQUITETO DO UNIVERSO
Simbolizamo-nos mesmos, unidos estreitamente, O Supremo S:. A:. D:. U:. Nome pelo qual o Rito
entrelaçados em nossos propósitos.
Brasileiro designa Deus.
Todos somos iguais, ninguém é mais débil.

CAVEIRA ARTE REAL


Figura na câmara de reflexões na qual se encerram Uma das antigas definições da franco-maçonaria,
os profanos, para fazê-los meditar sobre a transe da vida por ser exercer ali a arte superior a de conhecer e realizar
inteligente às transformações da morte. o Eu.
É símbolo do nada em que irão parar os injustos,
ATERZATA
soberbos e opressores. Chefe dos Sacerdotes.
Tratamento usado para o Presidente do Ilustre e
CAPJTEL
Sublime Capítulo do Rito Brasileiro.
Parte superior das Colunas, cuja forma e ornamen-
tos variam segundo as Ordens Arquitetônicas.
AUMENTO DE SALÁRIO
Elevação de um grau a outro.
CINZEL
Instrumento para facilitar o desbastamento das pe- AVENTAL
dras. É um dos símbolos mais importantes da Maçonaria.
É emblema do trabalho.
COBRIR O TEMPLO O único distintivo que dá direito ao maçom de in-
Sair-do templo.
gressar nos templos e de tomar parte nas sessões.
COl'ENDO
BALAUSTRE
Respeitável. Venerando. Aplicado às Altas Corpo-
Ata da sessão maçônica.
rações.
Denominação do Alto Colégio do Rito Brasileiro. BARRETE
Cobertura quadrangular para cabeça do clérigo.
COLUNA GRAVADA
Usado pelo Delegado Litúrgico do Rito Brasileiro e
Proposta ou prancha depositada no Saco de Pro-
postas e Informações. Sereníssimo Membro Efetivo do Soberano Supremo Con-
clave do Rito Brasileiro ..
COLUNA DE HARMONIA
Irmãos que se encarregam da parte musical de BIBLlA
qualquer sessão ou solenidade maçônica. Símbolo da verdade. Em tal sentido o tomamos, os
maçons, e é imprescindível sua presença no curso dos
trabalhos de cada oficina.
Seu conteúdo é céu, asa e consolo para o espírito.
\ORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 259 258 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
ESQUADRO DE RAMOS IGUAIS COMPASSO
É o resultado da união da linha horizontal que re- Simboliza a justiça com que devem medir-se os a-
presenta a caminhada do homem na Terra com seu de- tos dos homens e também indica a moderação em nossos
terminismo na busca de purificação enquanto que a se- desejos.
gunda linha na vertical voltada para o alto representa a
busca das atitudes até o infinito. CONCLAVE
A relação do esquadro com os graus do simbolismo Assembléia de Cardeais.
é máxima, pois começa com os primeiros passos do a- Reunião de pessoas para tratar algum assunto.
prendizado e vai até o ultimo grau e filosoficamente ele Denominação da Grande Oficina Chefe do Rito
representa também a ação do homem sobre a matéria, Brasileiro.
bem como a ação do homem sobre si mesmo; ora se ele
representa.a ação do homem na sociedade, por todas es- CÚRIA
tas razões a configuração de seus ramos deve apresen- Corte. Tribunal.
tar-se do mesmo tamanho por significar que devemos re- Denominação do Poder Judiciário do Soberano
gular a nossa conduta e as nossas ações tanto no plano Supremo Conclave do Rito Brasileiro.
horizontal como no vertical com equidade, equilíbrio e sa-
bedoria. DELTA LUMINOSO
Pelo;temor e respeito ao Supremo Arquiteto do U- Letra do alfabeto Grego, em forma de triângulo e-
niverso a quem devemos prestar contas das nossas a- qüilátero.
ções, palavra e pensamentos o equilíbrio dos braços re- E o conjunto dos astros do Retábulo. Eles estão co-
presenta ahumildade e a Constancia das palavras atos e locados em forma de triangulo, por isso forma um Delta.
ações. Sua configuração emite a idéia inflexível da impar- Esse Delta são elementos da criação por isso é i-
cialidade e precisão de caráter. Simboliza a moralidade. dentificado como Deus.
Deus também esta representado na letra G, que se
EMINENTE refere à Geometria. Assim o G é o inicio e o fim da obra -
Alto; Elevado. Sublime. Excelente. Que excede aos eu sou o Alfa e o Ômega.
outros. " No Rito Brasileiro no centro do Delta esta gravado
Tratamento usado para o Delegado Litúrgico e Ir- a letra Hebraica 100.
mãos do Grau 33 do Rito Brasileiro.
DOSSEL
ENCETADA Armação saliente, forrada e franjada, que encima o
Fazer alguma coisa pela primeira vez. Sólio (Altar do Venerável).

ESPADA FLAMIGERA EGRÉGIO


Espada com tamanho, estrutura e características Ilustre. Distinto. Admirável.
às da espada comum, mas com a lâmina ondulada. Tratamento usado para o Presidente do Colendo
Alto Colégio do Rito Brasileiro.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 261

GOTEIRA 260 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"


Indivíduo que, não pertencendo à Maçonaria e esta
entre Maçons. Também chamada de Espada Ondulada, é a Insíg-
nia do Venerável Mestre.
HÉRCULES As ondulações simbolizam os raios da chama sa-
Simboliza a força inteligente e benfeitora que cons- grada, com quatro ondulações para um lado e três para o
trói uma das três colunas sobre as quais repousa a Or- outro, totalizando sete ondulações.
dem Maçônica. A interpretação moral deste símbolo deve ser na lu-
ta constante entre dois princípios, o bem e o mal, existe
GENTILlCO para o ultimo em castigo reservado, qual seja o fogo des-
Dignatário de uma nação a que se pertence. truidor da consciência.

ESQUADRO
GRADE DO ORIENTE
Simboliza a retidão, a equidade que deve reger
Gradil ou balaustrada que divide o Oriente do Oci-
dente. nossas ações.

ESTANDARTE
GRAVAR Insígnia usada pelas Oficinas Maçônicas, para figu-
Escrever. rar em suas sessões e servi-lhe de bandeira ao represen-
tar-se em alguma solenidade.
GRÃO-MESTRE
A maior autoridade que preside a maçonaria simbó- ESTRELA RADIANTE
lica e constitui seu Poder Executivo. Estrela de cinco pontas raiadas, tendo no centro a
letra G.
GUARDIÃO Também chamada de Estrela Flamígera, Flamejan-
Funcionário superior de algum convento. te ou Resplandecente.
Tratamento usado para os Irmãos portadores dos É o emblema da Divindade.
Graus 31 e32 do Rito Brasileiro.
FARONEO
INSíGNIA Que vem de fora.
Distintivo. Designação emblemática. Forasteiro.

INTÊMERATO FUSTE
Purá. Integro. Incorrupto. Parte da Coluna correspondido entre a base e o
Tratamento usado para o Presidente do Ilustre e capitel.
Sublime Capítulo do Rito Brasileiro.
GALO
Significa Vigilância.
Colocado na Câmara das Reflexões.
'NORMAS - RITUALÍSTICA "ESTRUTURA" 263
262 "NORMAS - RITUALÍSTICA" ESTRUTURA"
Usados pelo Venerável Mestre e Vigilantes.
100
MAGNA REITORIA Letra cabalística que significa Deus ou Principio. I-
Órgão Administrativo do Soberano Supremo Con- nicio do tetragrama lEVE. Inicial do nome de Deus.
clave, composto de sete Soberanos Irmãos.
KADOSCH
MALHO Purificado. Consagrado.
Simboliza a constância. Denominação do Grande Conselho do Rito Brasilei-
'.
ro.
MAR DE BRONZE
Recipiente para as purificações litúrgicas pela á- LANDMARQUE
gua, cuja localização correta no Templo é no sudoeste, Palavra de origem Inglesa, composta de dois ter-
próximo a balaustrada, de acordo com diversas edições mos: "Land", que significa solo, terra, território, povo, na-
da Bíblia Sagrada. ção, e "Marque" que significa limite, indicação.
Na Ordem Maçônica, a palavra Landmarque, de-
MEDALHA CUNHADA signa os usos, práticas e tradições, que são princípios
Dinheiro ou moeda. Metais. fundamentais da Ordem.
;.

São os antigos e universais costumes da Ordem,


MINERVA constituem a Lei não escrita da Maçonaria.
Representa o saber, a educação, a ordem e o en-
genho indispensável no cumprimento de um propósito. LETRA G
Também representa a Sabedoria. Representado de Deus, que se refere à Geometria.
Assim o G é o inicio e o fim da obra - eu sou o Alfa e o
MISSIONÁRIO Ômega.
Pregador de missões. Propagandista.
Tratamento usado para os Irmãos portadores dos LOJA MÃE
Graus 19 ao 30, do Rito Brasileiro. Aquela em que o Maçom foi iniciado.

MISTÉR LOJA
Ocupação. Emprego. Trabalho. A sociedade de Maçons, como organismo de cons-
~ trução moral, social e especulativa, chama-se Loja. Tem-
NEÓFITO plo é o local onde os Maçons se reúnem.
Noviço. Pessoa recém admitida na Ordem.
LUX ET TENEBRIS
NE ~ARIETUR A luz vem das trevas.
Pronuncia-se "né variétur", significando em latim
"para que nada seja mudado". Locução usada para indicar MALHETE
reprodução muito fiel. Símbolo de autoridade e de virtude.
"NORMAS - RITUALÍSTICA" ESTRUTURA" 265
264 "NORMAS - RITUALÍSTICA" ESTRUTURA"
Tratamento usado para os Irmãos portadores dos
Graus 31 e 32, do Rito Brasileiro. ÓBOLO
Pequena moeda Grega.
PRIMAZ Pequeno donativo. Esmola.
Que ocupa o primeiro lugar.
Pessoa que tem Jurisdição sobre um grupo. ÓSCULO
Deneminação do dirigente máximo do Soberano Beijo de paz e amizade.
Supremo Conclavs do Rito Brasileiro.
PAVIMENTO DE MOSAICO
PRIOR Um dos Ornamentos da Loja, que deve ser contor-
Dignatário. nado, por ser espaço consagrado.
Superior de Convento de um Monastério. O preto e o branco de seus quadrados simbolizam
Tratamento usado para o Presidente do Grande a dualidade.
Conselho Kadosch Filosófico do Rito Brasileiro.
PEÇA DE ARQUITETURA
PROFANO Discurso ou trabalho (prancha) escrito.
Palavra de origem Latina e é composta de "pró",
antes, fora, e "fanum", templo. PEDRA
Aquilo ou aquele que está fora do Templo, que está Símbolo das obras morais e todos os materiais da
inteligência aplicadas ao fim maçônico, no qual tem varias
diante do Templo, mas ainda não foi admitido e nem está
dentro. denom inações.
,-
PERENE
PR~NCHETA DE TRAÇAR
Que dura muito tempo.
Retângulo que serve para os Mestres Maçons de-
e
.senharem traçarem, os trabalhos a serem executados.
Eterno. Incessante .

REGENTE POSTIGO
Aquele que rege. Abertura quadrangular na porta do Ocidente, para
observar o Átrio sem abrir a porta.
Pessoa que rege (dirige) uma reunião só por um
tempo.
PRANCHA
Denôminação para o substituto legal do Soberano
Oficio ou carta maçônica.
Grande Primaz do Rito Brasileiro.

RÉGUA PRANCHETA DE TRAÇAR


Emblema da perfeição. Retângulo que serve para os Mestres desenharem
e traçarem.

PRECLAROS
Ilustres. Notáveis. Brilhantes.
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA" 267 266 "NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA"
TELHAMENTO
Referente à Telha. RETÁBULO
Usado no Rito Brasileiro para conferência do cobri- Armação com louvores que se coloca na parte pos-
dor do grau do Irmão. terior do Sólio.

TRAÇAR SANEFA
Faixa de fazenda larga que se atravessa como or-
Escrever, redigir.
nato na parte superior do Dossel, Altares e Mesas das
Dignidades da Loja.
TROLHAMENTO
Referente à Trolha. SERENíSSIMO
Apaziguamento de atritos entre Irmãos. Titulo que se dava a algumas altas personalidades
Também usado como conferencia do cobridor do e a certos Estados.
grau do Irmão em alguns Ritos.
Antigo titulo de honra de monarcas e infantes por-
tugueses.
VÊNUS Titulo de honra da casa de Bragança (família real
Simboliza o encanto perene que dimana da obra Portuguesa), em Portugal.
excelsa do Supremo Arquiteto do Universo.
Tratamento usado para o membro efetivo do Sobe-
Também Simboliza a beleza, a bondade, para evi-
rano Supremo Conclave do Rito Brasileiro.
tar a nossos irmãos tudo aquilo que não queríamos para
nós mesmo.
SOLlDÉU
Pequeno Barrete com que os padres cobrem a co-
VENERÁVEL MESTRE roa.
Titulo com que nos países latinos em geral se de-
Usado pelo Soberano Grande Primaz do Rito Brasi-
signa o presidente de uma Loja Simbólica. leiro.
VER A LUZ
Iniciar-se na Maçonaria.
SÓLlO
Assento real. Trono.
VIÚVA Cadeira Pontifícia.
Mesa (Trono) do Venerável Mestre.
E alegoricamente a mãe comum que dá origem ao
tratamento de Irmãos aos Maçons, que por isso são cha-
mados Filhos da Viúva.
SUMO
Que esta no lugar mais alto.
Muito elevado.
Supremo. Máximo.
Denominação do grau 33, do Rito Brasileiro, "Ser-
vidor da Ordem, da Pátria e da Humanidade".
268 "NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA"
"NORMAS - RITUALÍSTICA" ESTRUTURA" 269

Artigo 1° - O Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 pa-


ra o Rito Escocês Antigo e Aceito e o Supremo Conclave
do Brasil para o Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres
e Aceitos, constituem-se, mutuamente, como Potencias
Maçônicas, Filosóficas, Regulares, Legais e Legitimas,
com autoridade e jurisdição sobre os maçons das respec-
tivas obediências em todo o território da Republica Fede-
I I
rativa do Brasil.

Artigo 2° " Ambos admitem que o conteúdo hermético e


filosófico dos perfeitos e sublimes graus das respectivas
E sse Tratado Maçônico de Aliança Fraternal
Amizade e Estima Colaboração, foi assinado
hierarquias: constituem perfeito sincretismo no que con- em 01 de Agosto de 2011, entre as Grandes Oficinas
cerne ao ideal da Maçonaria Universal, qual seja a de Chefes do Rito Brasileiro e do Rito Escocês Antigo e Acei-
to. Abaixo transcrevo na integra esse Tratado, que é vali-
conduzir o. Homem ao Principio Transcendente - o Su-
premo Arquiteto do Universo. do tanto para visitação como para filiação:

Artigo 3° "Assim em testemunho de sua fraternal amiza-


O Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o
Rito Escocês Antigo e Aceito, Potencia Maçônica Filosófi-
de e perfeita aliança estabelecem as supramencionadas
Potencias o seguinte: ca, Independente e Soberana, fundada em doze de No-
vembro de mil oitocentos e trinta e dois, com sede na ci-
dade do Rio de Janeiro - RJ Campo de São Cristovão,
§ 1° - Fica assegurado aos Maçons das respectivas obe-
114, São Cristovão, Bairro Imperial, por seu Soberano
diências o direito de freqüentarem trabalhos litúrgicos das
Grande Comendador Dr. Enyr de Jesus da Costa e Silva
Oficinas Litúrgicas ou Altos Corpos de ambas desde que
se identifiquem por meio de documentos hábeis pelas e o Supremo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro de
mesmas expedidos. Maçons Antigos, Livres e Aceitos, Potencia Maçônica Fi-
losófica, Independente e Soberana, fundada em dezenove
de Março de mil novecentos e sessenta e oito, com sede
§ 2° - Considerada a hierarquia do Maçom será o mesmo
e foro na cidade do Rio de Janeiro à rua do Lavradio, 100,
recebido nas Oficinas Litúrgicas ou Alto Corpos, a que ti-
ver acesso' como visitante, com as honrarias, privilégios e centro, por seu soberano Grande Primaz, Nei Inocêncio
distinções que os mesmos conferirem habitualmente, aos dos Santos, ambos com Jurisdição sobre todo o Território
membros das respectivas jurisdições. Nacional da Republica Federativa do Brasil, firmam o pre-
sente Tratado Maçônico de Aliança Fraternal, Amizade e
§ 3° - Cada uma das Altas Partes signatárias rege-se pe- Estima Colaboração, como instrumento de concórdia,
las leis que adota, e é inteiramente independente na apli- compreensão, e elevação de espírito, destinado a aumen-
cação das mesmas aos Maçons de sua jurisdição, sem in- tar a área de fraternidade maçônica e como passo inicial
terferência de uma na privacidade da outra. para que todos os Maçons Brasileiros se reconhecem
como verdadeiros Irmãos.
I
I

"NORMAS - RITUALÍSTICA w ESTRUTURA" 271


270
"NORMAS - RITUALÍSTICA w ESTRUTURA"
Artigo 7° As Altas Partes signatárias reconhecem e aca-
w

tam reciprocamente o cumprimento da legislação vigente § 4° As duas Altas Partes signatárias só reconhecerão
w

na jurisdição da potencia visitada e obrigam-se a observar Maçons que estejam em pleno gozo de seus direitos ma-
expressamente os dispositivos do presente Tratado. çônicos, a elas pertencentes.

Artigo 8° ...Os casos omissos serão solucionados de co- §_5°- O Maçom suspenso, excluído ou expulso da jurisdi-
mum acordo. çao de qualquer das signatárias não será tolerado como
visitante em qualquer Oficina Litúrgica ou Alto Corpo que
Artigo 9° As partes signatárias acordam que este Trata-
w
lhes. :orem subordinados, nem em qualquer deles será
do vigorará por tempo indeterminado. admitido por Iniciação ou Filiação.

Artigo 10° As partes signatárias se comprometem pela


w
§ 6° - As Altas Partes signatárias recomendarão aos Ma-
publicação e divulgação do presente Tratado em suas çons das respectivas obediências:
respectivas jurisdições.
a) - a mas estrita colaboração quando se tratar de
Artigo 11°", Assim ajustados, firmam o presente Tratado, desempenho de atividade de caráter social que in-
em quatro vias, de igual teor o Soberano Grande Comen- teresse ao bem da Ordem em geral, da Pátria e da
dador do Supremo Conselho e Soberano Grande Primaz Família.
do Supremo Conclave, bem como autoridades da Admi- b) - prestigiarem-se mutuamente as Oficinas litúrgi-
nistração de ambas Potencias signatárias. cas e Altos Corpos, quando da realização de festi-
vidades cívicas ou maçônicas.
Artigo 12°.~o presente Tratado Maçônico de Aliança Fra- c) - prestigiarem-se mutuamente nas sessões, ordi-
ternal Amizade e Estrita Colaboração entra em vigor na nárias, especiais ou magnas de caráter litúrgico.
data de sua assinatura. d) - manter a mais exemplar fraternidade.

Dado e traçado no Gabinete do Soberano Grande Artigo 4° - As Altar Partes signatárias comprometem-se a
Comendadbr. Campo de São Cristovão, n° 114, São Cris- mut~a comunicação e a permutarem, igualmente as res-
tovão, Bairro Imperial Rio de Janeiro - RJ - ao 1° dia do pectivas publicações oficiais.
mês de agosto do ano de 2011 da E:. V:.
Assinam o Tratado, o Soberano Grande Primaz do Artigo 5° - As Altas Partes signatárias consultar-se-ão,
Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos, Irmão mutuam~nte so?r~ assuntos de relevante interesse para a
Nei Inocêncio dos Santos e os membros da Magna Reito- Maçonana, a Patna e a Humanidade.
ria, como também, o Soberano Grande Comendador do
Rito Escocês Antigo e Aceito, Irmão Enyr de Jesus da Art.igo 6°.~As Altas ~~rles signatárias esforçar-se-ão pela
Costa e Silva e os membros do Santo Império. maior uruao da Farnllia Maçônica em todos os seus as-
pectos e níveis.
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 273 272 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
seus Instrumentos de Trabalho, etc., porque faz parte do
nosso passado histórico, através desses conhecimentos
nos reconhecemos um Irmão como tal. Não devemos ser
apenas Maçom Contemplativo (Tradicional) ver o tempo
passar e ficarmos estáticos e inertes devemos ser tam-
bém Maçom Militante, dinâmico (Evolutista) e colocarmos
em ação os conhecimentos maçônicos recebidos. O Ma-
çom na,sce-evive para o seu tempo. '
Alvaro Palmeira, tentou por varias vezes, mudar o
comportamento maçônico, em sua longa vida civil de 93
anos de idade e 72 anos de vida maçônica ininterrupta.
odemos dizer que sim, o que falta é os Irmãos
So~ente teve condição de concretizá-Ia com a reimplan-
taçao do Rito Brasileiro em 1968, para melhor entendi- P transformá-los em ação, se não vejamos, con-
m~nto, dos Irmãos, vejam os seguintes capítulos: Porque forme relatarei abaixo. "
fOI Relmplantado o Rito Brasileiro, 43 anos de Rito Brasi- Este é o ultimo capitulo desse LIvro, dedlc~do ao
leiro, Preceitos do Rito, Estrutura Doutrinaria do Rito, Tra- nosso Perene Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e
dição e Evolução, Historia do Rito e Álvaro Palmeira, Aceitos. , t n
Disse Alvaro Palmeira, que os ideais do Rito Brasi- Não repetirei aqui os capítulo~ anteno,res cons a -
leiro, somente seriam concretizado pelo trabalho e dedi- tes deste Livro, mais apenas comenta-los, .a ~Imde que ~s
cação da nossa Grande Oficina Chefe, o Soberano Su- Irmãos tenham ciência de que o Rito Br~sllelro conssquiu
premo Conclave do Brasil para o Rito Brasileiro, foi o que sim, alcanças os ideais de Alvaro Palmeira. ,,'
realmente ocorreu. Não devemos nos esquecer que o Rito Brasileiro, e
A Grande Oficina Chefe do Rito Brasileiro tem exe- novo (novíssimo) para os padrões maçônicos, temos ape-
cutado a sua parte, levando a todos os rincões do Brasil nas 43 anos de vida ininterrupta, e estamos em eterna
os ensinamentos do Rito Brasileiro, efetivando a funda~ Evolução, por isso ele é Perene.
ções de Lojas Simbólicas e Corpos Filosóficos, e hoje to- Os demais Ritos Maçônicos adotados pelo Grand~
dos Estad~s do Brasil, possuem essas estruturas, Aqui no Oriente do Brasil são Ritos bicentenários: Rit.?s Ad~nhl-
nosso Estado de Mato Grosso do Sul, possuímos toda es- ramita Moderno (Frances), Schroder e Escoces Antigo e
tr~tur~ ,do Rito Brasileiro há disposição dos Irmãos: Lojas Aceito' e um quase tricentenário, Rito de York. T~dos es-
51mbollcas,- Ilustre e Sublime Capítulo (grau 4 ao 18), ses Ritos são Tradicionalistas, praticam maçonana base-
Conselho Kadosch Filosófico (grau 19 ao 30), Colendo Al- ado nos ideais formulados há mais de 200 anos. _ '
to Colégio (graus 31 e 32) e Delegacia Litúrgica (grau 33). O Rito Brasileiro; foi formulado pelo Irmao Alv~ro
Só não participam os irmãos que não quiserem, também Palmeira, para ser não só Tradicionalis~a, m~s. t~mbe~
estamos fazendo a nossa parte. um Rito Evolutista. Daí ele disse que o Rito Brasileiro V~IO
Muitos Irmãos criticam a Ordem Maçônica pela sua para ser o Rito da Renovada Maçonaria, ?evem~s, Sim,
inércia, isso é nato do Brasileiro, que tem o costume de possuirmos os conhecimentos da Maçonana 1ra?lclonal,
através de seus Cobridores de Graus, seus Sfrnbolos,
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTIJRA" 275 274 "NORMAS - RITUALÍSTICA . ESTRUTURA"

I~~··:tC •••••••••
:~ criticar e colocar a culpa nos outros, mas esses Irmãos
esquecem, que nos com tal, temos deveres, que não são
executados por esses Irmãos.
Ouvimos em todas as sessões maçônicas nas Lo-
ESTRUTURA DO RITO jas Simbólicas, no Encerramento da Sessão, o seguinte:
BRASILEIRO
"Um Maçom para ser eficiente, deve ter capacidade
- POR QUE FOI REIMPLANTADO O RITO BRASILEIRO- civil, moral ilibada, sentimento cívico, compreender os fins
15 ' maçônicos e querer executa-los".
- PRECEITOS DO RITO BRASILEIRO - 24 "Nossos deveres como Maçom, são: cultivar a
- REGULAiplDADE DE RITO - 30 harmonia no meio maçônico, principalmente em nossas
- REGRAS E EXIGÊNCIAS: - 30 sessões. Intensificar o conhecimento da liturgia, filosofia,
- Exigências Gerais - 30 simbologia, historia e legislação maçônica. Propagar sem
- Exigências Especiais no 1° Grau - 31 reservas de lugar e de pessoas, os ideais da Ordem. Fre-
- Exigências Especiais no 2° Grau - 31 qüentar as sessões da Oficina e cumprir os deveres im-
- Exigências Especiais no 3° Grau - 31 postos, nunca ocasionando reparos".
- Graus Filosóficos - 31 "Um maçom, para ser completo, deve ser educado,
- RECONHECIMENTO DO RITO - 36 ativo, estudioso, verdadeiro e firme, e possuir espírito pú-
- HIERARQUIA DE GRAUS - 37 blico".
- TRADiÇÃO E EVOLUÇÃO - 40 Pergunto, compreendemos e executamos esses
- ESTRUTURA DOUTRINÁRIA - 43 ensinamentos? Alguns sim, mais a maioria quase que ab-
- LOJAS SIMBÓLICAS - 43 soluta, não pratica, infelizmente,
- Grau 1 - Aprendiz - 44 Em um dos nossos graus, na sessão de passagem
- Grau 2 - Companheiro - 44 de grau, em uma de suas viagens simbólica nos mostra
- Grau 3 - Mestre - 45 que devemos matar do nosso Eu Interno, a Ignorância, o
'.' - ALTOS CORPOS - 45 que ocorre é que muitos Irmãos passam por essa viagem,
- Iniciações - 46 e não a compreende, continuam tocando suas vidas ma-
- Comunicações - 46 çônicas, uns alcançam o grau maximo do nosso Rito, e
- R~conhecimento - 47 não assimilaram nenhum dos ensinamentos contidos nos
- Ilustres e Respeitáveis Oficinas Integradas de Graus nossos Rituais. A culpa não é da Ordem Maçônica e do
Superiores - 48 Rito Brasileiro, mais de nos mesmo.
- Ilustres e Sublimes Capítulos - 48 O sumo grau 33 'diz tudo "Servidor da Ordem da
- Grau~ de Mestria Superior e Graus de Cavaleiros _ Pátria e da Humanidade", devemos servir e não ser ser-
48 vido. "O que importa é partir e não ter chegado". Di-
- Graus de Mestria Superior - 49 zemos parodiando; "O importante não é ter partido,
- Grau 4 - Mestre da Discrição - 49 mais estar sempre no caminho".
"NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA" 277 276 "NORMAS - RITUALÍSTICA - ESTRUTURA"
- Soberano Supremo Conclave - 62
- Grau 5 - Mestre da Lealdade - 50
- ESTRUTURA ADMINISTRATIVA - 63
- Grau 6 - Mestre da Franqueza - 50
- ALTOS CORPOS - 63
- Grau 7 - Mestre da Verdade - 50
- SOBERANO SUPREMO CONCLAVE _ 67
- Plenário - 69 - Grau 8 - Mestre da Coragem - 50
- Magna Reitoria - 69 - Grau 9 - Mestre da Justiça - 51
- Cúria"Osiriana - 71 - Grau 10 - Mestre da Tolerância - 51
- Grau 11 - Mestre da Prudência - 51
- Supe[ior Conselho de Cultura - 72
- Grande Procuradoria - 73 - Grau 12 - Mestre da Temperança - 52
- Grau 13 - Mestre da Probidade - 52
- Grande Consultoria - 73
- Grau 14 - Mestre da Perseverança - 52
- Comissões - 74
- Graus de Cavaleiros - 53
- Delegacias Litúrgicas - 74
- Grau 15 - Cavaleiro da Liberdade - 53
- O Semeador - 75
- HISTÓRIA DO RITO - 76 - Grau 16 - Cavaleiro da Igualdade - 53
- Grau 17 - Cavaleiro da Fraternidade -53
- O Apelo de Um Século - 76
Grau 18 - Cavaleiro da Perfeição ou Rosa Cruz -
- Constituição da Maçonaria do Especial
Rito Brasileiro - 78 54
- Poderosos e Grandes Conselhos
- Fundação o Rito - 83
Kadosch Filosóficos - 54
- Movimento de 1921 - 88
- Grau 19 - Missionário da Agricultura e Pecuária -
- Reimplantação do Rito 1940/44 - 89
55
- R~implantação do Rito 1968 - 93
- Grau 20 - Missionário da Indústria e Comercio -
- HISTORIA DO RITO EM MATO GROSSO DO SUL-
106 56
- Grau 21 - Missionário do Trabalho - 56
- Instalação do Rito no Estado - 107
- Corpos Filosóficos - 113 - Grau 22 - Missionário da Economia - 56
- Grau 23 - Missionário da Educação - 57
- Lojas Simbólicas - 115
- Grau 24 - Missionário da Organização Social -
- Tri,angulo Maçônico "Edificadores Pantaneiros" _ 116
57
- LOJaSimbólica "Obreiros da Pátria" - 117
- Grau
25 - Missionário da Justiça Social -58
- Loja Simbólica "Luz do Pantanal" - 118
- Grau
26 - Missionário da Paz - 58
- Lo~a S!mb~l!ca ::L~~, Justiça e Perseverança" _ 120
- Grau
27 - Missionário da Arte - 58
- Lo~a S~mbo"ca VIgIlantes do Taquarí" - 123
- Grau
28 - Missionário da Ciência - 59
- LOJaSImbólica "Paz, Virtude e Fraternidade" _ 124
- Grau
29 - Missionário da Religião - 59
- Loja Simbólica "Estrela de Anhanduí" - 129
- Grau
30 - Missionário da Filosofia - 60
- Loja Simbólica "Sete de Setembro" - 130
- Colendos Altos Colégios - 60
- Loja Simbólica "Walter Castelani" - 132
- Grau 31 - Guardião do Bem Público - 61
- Loja Simbólica "São João" - 132
- Grau 32 - Guardião do Civismo - 61
"NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA" 279
278 "NORMAS - RITUALÍSTICA • ESTRUTURA li

. BRASÃO DA DELEGACIA LITÚRGICA DO ESTADO DE


MATO GROSSO DO SUL - 225 , - Loja Simbólica "Cavaleiros da Esperança - 134
- Discrição do Brasão - 226 - ALVARO PALMEIRA -137
- BRASÃO DO RITO - 229 - O RITO BRASILEIRO E SEUS TRATADOS DE
- Discrição do Brasão - 230 AMIZADES E ALIANÇAS - 163
- ESTANDARTE DO RITO - 233 - TRATADO DE AMIZADE E ALIANÇA MAÇÔNICA DO
- PARAMENTOS DOS GRAUS FILOSÓFICOS DO GOB COM O RITO BRASILEIRO - 171
RITO BRASILEIRO - 235 - TRATADO DE RERRATIFICAÇÃO DE RECONHECI-
- Dalmática - 235 MENTO, AMIZADE E ALIANÇA MAÇÔNICA DO
- Colar Verde Amarelo - 236 GOB COM O RITO BRASILEIRO - 179
- Jóias; 237 - TRATADO DE AMIZADE E ALIANÇA MAÇÔNICA DO
- Grau 4 - 237 RITO BRASILEIRO COM O
- Grau 9 - 237 RITO ADONHIRAMITA - 187
- Grau 14 - 237 - TRATADO DE AMIZADE E ALIANÇA MAÇÔNICA DO
- Grau 15 - 238 RITO BRASILEIRO COM O RITO MODERNO -
- Grau 16 - 238 190
- Grau 17 - 238 - TRATADO DE AMIZADE E ALIANÇA MAÇÔNICA DO
- Grau 18 - 238 RITO BRASILEIRO COM O RITO DE YORK - 193
- Grau 19 - 239 - RELACIONAMENTO DO RITO BRASILEIRO COM OS
- Grau 22 - 239 RITOS MAÇÔNICOS - 197
- Grau 26 - 239 - RITOS MAÇÔNICOS - 199
- Grau 29 - 240 - Rito de Y ork (Emulação) - 199
- Grau 30 - 240 - Rito Escocês Antigo e Aceito - 202
- Grau 31 - 240 - Rito Moderno (Frances) - 207
- Grau 32 - 240 - Rito Adonhiramita - 208
- Grau 33 - 241 - Rito Schroder - 208
- Insígnias - 241 - SUPREMO CONCLAVE AUTÔNOMO PARA RITO
- Grau 4 - 242 BRASILEIRO - 209
- Grau 9 - 242 - FILIAÇÃO NOS CORPOS FILOSÓFICOS DO.~RITO
- Grau 14 - 243 BRASILEIRO - 220 .
- Grau 15 - 244 - DIPLOMAS, MEDALHAS E TíTULOS
- Grau 16 - 244 HONORIFICaS DO RITO BRASILEIRO - 223
- Grau 17 - 245 - Irmãos com 7 Anos - 224
- Grau 18 - 245 - Irmãos com 14 Anos - 224
- Grau 19 - 246 - Irmãos com 28 Anos - 224
- Grau 22 - 246 - Irmãos com 35 Anos - 224
"NORMAS - RITUALÍSTICA" ESTRUTURA" 281 280 "NORMAS - RITUALÍSTICA "ESTRUTURA"

- Grau 26 - 247
BIBLIOGRAFIA - Grau 29 - 247
- Grau 30 - 247
- Documentos do Rito Brasileiro, editados pelo - Grau 31 - 248
Soberano Supremo Conclave do Brasil para o Rito - Grau 32 - 248
Brasileiro. - Grau 33 - 249
- Livro: "Achegas para a História da Maçonaria no - Eminente Delegado Litúrgico - 249
Brasil" - Kurt Prober. - Sereníssimo Membro Efetivo - 251
- Jornais: "O Semeador", editados pelo Soberano - Eminente Membro Emérito e Extranumerário - 251
Supremo Conclave do Rito Brasileiro. - Soberano Grande Primaz - 251
- Jornais: "O Esquadro", editados pelo Grande Oriente do - TEíSMO NO RITO BRASILEIRO - 252
Brasil.
- PEQUENO DICIONÁRIO - 254
- Constituição do Soberano Supremo Conclave do Rito - TRATADO MAÇÔNICO DE ALIANÇA FI3ATERNAL
Brasileiro, edições: 1976 e 2001. AMIZADE E ESTRITA COLABORAÇAO - 268
- Estatuto do Rito Brasileiro, edições: 1976 e 2001. - OS IDEAISDE ÁLVARO PALMEIRA FORAM
- Regimento do Rito Brasileiro, edições: 1976 e 2001.
CONCRETIZADOS? - 272
- Rituais dos Graus Simbólicos e Filosóficos do Rito - BIBLIOGRAFIA - 281
Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos. - DADOS DO AUTOR - 282
- Regulamento Geral da Federação do Grande Oriente do
Brasil.
- Constituições do Grande Oriente do Brasil.
- Revistas: "Minerva Maçônica", editados pelo Grande
Oriente do Brasil.
- Grandes Constituições Escocesas.
- Boletins Informativos do Supremo Conselho do Rito
Escocês Antigo e Aceito.
- Livro: "Rito Brasileiro de Maçons, Antigos, Livres e Acei-
tos" - Mário Name.
- Livro: "Cargos em Loja"- Xico Trolha.
- Site do Soberano Supremo Conclave Autônomo.
- Site do Soberano Supremo Conclave do Brasil para o
Rito Brasileiro.
- Site do Grande Oriente do Brasil.
- Textos do Soberano Irmão Fernando de Faria.
"NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA" 283 282 "NORMAS - RITUALÍSTICA " ESTRUTURA"
• Participou da instalação do Rito de York em 1986 no


oriente de Campo Grande, na fundação da Loja Sim-
bólica "Virtus et Labor.
Participou ativamente da instalação do Rito Brasileiro
de Maços Antigos, Livres e Aceitos no Estado de Mato
DADOS DO AUTOR
Grosso ~doSul, em 1991.
• Participbu ativamente das Fundações dos Corpos Fi-
losóficos e Delegacia Litúrgica do Rito Brasileiro no
W illian Felicio da Mota.

Estado de Mato Grosso do Sul, em 1992. PESSOAIS


• Ocupou todos os Cargos em Lojas Simbólicas de Ve-
nerável "Mestre a Cobridor Externo, em três Ritos: Es- • Nascido em Campo Grande Estado do Mato Grosso
cocês Antigo e Aceito; de York e Brasileiro de Maçons do Sul, em 27 de Janeiro de 1954.
Antiqos; Livres e Aceitos.
• Filho de Agostinho Gonçalves da Mata e Orlandina Vi-
• Foi Grande Secretário de Orientação Ritualística Ad- ana da Mota.
junto do Rito Escocês Antigo e Aceito para o Estado • Esposo da Senhora Marley Lima de Oliveira Mota.
de Matô Grosso do Sul, de 1987 a 1989 e do Rito Bra- • Pai de Renan de Oliveira Mota com 20 anos e Bianca
sileiro, de 1998 a 2001. Oliveira Mata com 16 anos.
• Participou ativamente nas fundações das primeiras Lo- • Reside à Rua São Remo, 243 - Jardim Vilas Boas -
jas Simbólicas do Rito Brasileiro no Estado de Mato Campo Grande - MS.
Grosso do Sul: "Obreiros da Pátria" (primeira Loja
Simbólica do Rito no Estado); "Luz do Pantanal"; "Vigi- PROFANOS
lantes do Taquarí"; "Luz, Justiça e Perseverança";
"Paz, Virtude e Fraternidade" e "Estrela de Anhanduí". • Bacharel em Desenho Industrial, formado em 1978,
• Foi Delegado Litúrgico do Rito Brasileiro para o Estado pela UNESP (Universidade Estadual Paulista, Campus
de Mato Grosso do Sul de 2001 a 2004. de Bauru - SP).
• Realizou varias Palestras sobre o Rito Brasileiro em • Profissionalmente, trabalha no ramo de Alimentação,
varias tojas Simbólicas da capital e do Interior do Es-
possui uma Masseria (Massas Italianas) em Campo
tado, em outros Ritos e Potencias Maçônicas.
Grande - MS - Avenida Bom Pastor, 557 - Fone (67)
• Organizou varias excursões as Lojas Simbólicas do Ri- 3341-4348 - Jardim Vilas Boas - Campo Grande -
to localizadas no interior do Estado. MS.
• Atualmente não cumpre nenhuma função Administrati-
va em Lojas Simbólicas e Corpos Filosóficos (esta MAÇÔNICOS
meio aposentado, adormecido, mais retornará na ativi-
dade maçônica brevemente).
• Iniciado ha 29 anos no Rito Escocês Antigo e Aceito
na Loja Simbólica "Edificadores de Templos" do orien-
te de Campo Grande - MS.

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