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RITO ESCOCÊS RETIFICADO

O Rito Escocês Retificado, é um sistema maçônico e cavalheiresco criado na


França entre 1774 e 1782 por dois grupos de maçons, um de Lyon(França) e
outro de Estrasburgo (Alemanha) propondo como objetivo a seus membros,
que o homem volte a ser o verdadeiro Templo de Deus. Dentre os fundadores
do R.·.E.·.R.·. alguns nomes são destacados, Jean e Bernard de Turkheim
(Lyon) e Rodolphe Saltzman (Estrasburgo); o recém eleito Grão-Mestre da
França, o duque Ferdinand de Brunswik e sobretudo Jean-Baptiste Willermoz,
este a alma pensante, trabalhou intensamente para gerar o que hoje
conhecemos por Rito Escocês Retificado.

Doutrina

A coluna quebrada símbolo do grau de Aprendiz no RER lembra a “Queda” de


Adão, recordando constantemente ao Irmão que este encontra-se em um
estado de lamentável miséria e que é apenas um vestigio das ruinas de um
Templo que foi um dia glorioso. Encontrada no painel do grau um é utilizada
com o objetivo de “evocar os restos desmoronados de um edifício que
convém agora reconstruir e reedificar em sua totalidade, com a ajuda do
Divino Reparador (Jesus Cristo)”. Sendo um rito cristão não dogmático,
utiliza dos ensinamentos bíblicos para recordar ao homem sua origem divina e
tem o Cristo como a imagem da perfeita união entre o homem e Deus e o
verdadeiro Reparador da verdadeira essência da alma humana, sua origem,
criação e seu destino sublime entre toda a criação.

Ensinar o Sinal de Ordem, e Informar que os vigilantes ficam ao lado um do


outro.
RITO BRASILEIRO

•Em 1878 em Pernambuco o Comerciante Maçom Jose Firmo Xavier,


juntamente com mais 837 Maçons elaboraram a constituição especial do
Rito Brasileiro, colocando o mesmo sob a tutela de D. Pedro II e o Papa.

•Em dezembro de 1914, o rito foi instituído pelo GOB.

•Em 17 de Outubro 1916 o rito foi consagrado, incorporado e autorizado


pelo GOB.

•Em junho de 1917, o conselho geral aprovou, constituição, regulamento,


estatutos e rituais.( Mesmo assim o rito não alavancava)

•1940 Álvaro Palmeira então Grão-Mestre do GOB, propõe uma comissão


para estudar, analisar e atualizar o rito adormecido.

•Em 1968 O Rito Brasileiro foi implantado, com a estrutura doutrinária,


filosófica e administrativa.

•Março de 2012, a GLMERJ em Reunião no Clube Português em Niterói e


por determinação do Sereníssimo Grão-Mestre Waldemar Zveiter,
passamos a adotar o Rito Brasileiro.
•Setembro de 2012 foi fundada a Loja Pedro Marques N° 201, a primeira
loja das Grandes Lojas do Brasil a adotar o Rito Brasileiro.

SUA DOUTRINA
• O Rito Brasileiro é teísta.
•Apoia os Maçons na participação ativa em questões para resolução de
problemas sociais.
•Intensifica o cumprimento e o respeito pelas Leis do país em que um
homem trabalha e vive.
•Proclama a Gloria do S.A.D.U. e a fraternidade dos Homens.
•Estimula a luta pela verdade através de elevados padrões morais.
• Estabelece total devotamento a Pátria e Civismo.
Características do Rito Brasileiro

Usa Gravata Bordô.

Acendimento das luzes.

Giro da Palavra Sagrada

Hino a Bandeira.

Sinal de obediência

Sinal do Rito (Pátria, Ordem, Fraternidade)

Saudação (Gloria, Gloria, Gloria)

O AVENTAL DE MESTRE TEM UMA FITA VERDE E AMARELA QUE


CIRCUNDA O MESMO E TEM O CRUZEIRO DO SUL NO CENTRO.
O Rito Schröder

Idealizado a partir de 1766 por Friedrich Ulrich Ludwig Schröder (1744 - 1816).
Sua base de estudos era a corrente dos Modernos, da GL de Londres (1717).
Schröder constatou uma grande influência de acréscimos e práticas oriundas
de diversas seitas, religiões e ordens místicas, que por diversos motivos se
abrigaram na Maçonaria alemã distorcendo a ritualística da Ordem maçônica.
O Rito foi definido sob uma base humanista, onde prevaleceu os valores éticos
imanentes do homem. E devido a essa origem, comum nos antigos rituais
ingleses, que o Rito Schröder tem prática muito semelhante ao Rito de York
(Emulation Rite).
Em 1788 Schröder, já como V.’.M.’. da Loja Emanuel, foi convidado para fazer
parte da Comissão (criada em 1783) que deu origem à “reforma da Maçonaria
alemã”, e que culminou com a criação de um Ritual, que foi aprovado por
unanimidade pelas Lojas de Hamburgo, em Assembleia realizada na Grande
Loja Provincial de Hamburgo e da Baixa-Saxônica, no dia 29 de junho de 1801.
Após 15 anos de pesquisas, Schröder, apresentou a redação final deste Ritual.
O Grão Mestre que o sucedeu, após sua morte em 1816, sugeriu que em sua
homenagem, o Ritual de 1801 fosse batizado como “Ritual de Schröder”, que
deu origem ao Rito até hoje praticado com base nestes Rituais de 1801 e 1816.

No Brasil, devido à colonização germânica no RGS e SC, o Rito Schröder


inicialmente era falado no idioma alemão.
É reconhecido pelas Grandes Lojas Estaduais, pelo GOB e pelos Grandes
Orientes Estaduais Independentes, e praticado em mais de 100 Oficinas
(Lojas) espalhadas pelo país.
Embora admita somente os três Graus de São João, os Graus Simbólicos, e
tenha por base a simplicidade, a essencialidade e a moralidade, o Rito não
deve ser visto como um rito simplificado, pois seu ritual contém todas as
exigências para a prática de um Rito regular maçônico em conformidade com a
Grande Loja Unida da Inglaterra.
“Schröder entendia a Maçonaria como uma união de virtudes e não como uma
sociedade esotérica”. Por isso, enfatizou em seu sistema de ensino “os valores
morais e a difusão do puro humanístico, dentro do verdadeiro amor fraternal”.

seu Ritual

No Brasil, todos os Rituais em vigor tem por base o Ritual de 1960, aprovado
pela Comissão de Ritualística da Loja “Absalom nº 1”, fundada em 1737, e
ainda em atividade no Or. de Hamburgo, e que teve como modelo os Rituais de
1801 e 1816.
Adequado pelo Colégio de Estudos do Rito Schröder de Santa Catarina (1997),
é composto pelos 3 Rituais básicos: Aprendiz, Companheiro e Mestre, além de
mais 2 especiais: Loja de Mesa (Banquete) e de Funeral (Exéquias).
A simplicidade do Ritual encontra-se em conformidade com as características
físicas de suas Oficinas (Lojas), que não possuem colunas em seu interior,
nem adornos e acessórios que não tenham relação direta com o próprio Rito e
seu desenvolvimento.
A circulação da Bolsa de Coletas é feita sem formalidades e solicitada a
circular pelo V.’.M.’. com um belo pedido de “Lembremo-nos dos pobres”;
Os oficiais da Loja, de acordo com o Ritual, são: o V.’.M.’. , o P .’. M .’., IIrr .’.
Sec .’., Tes .’., 1º e 2º VV .’., 1º e 2º DD .’., M .’. Harm .’. e G .’.T .’. . O Or .’. não
é um cargo obrigatório e sim escolhido pelo V.’.M.’. quando assim entender
necessário.

algumas de suas principais características

As Sessões são desenvolvidas em Oficinas de Trabalho (“Bauhütte”, em


alemão), e podem funcionar em qualquer sala, plana e retangular, sem grades
divisórias, ou mesmo à campo;
- Na Oficina (Loja), a porta de entrada é única e localiza-se no Ocidente. E não
são necessárias quaisquer decorações nas paredes ou no teto, podendo estes
ser simplesmente pintados de azul;

Em torno do Tapete, encontram-se as 3 Pequenas Luzes (V.’.M.’., Sabedoria,


1º, Força, e 2º VV .’., Beleza). São representadas por grandes velas (apoiadas
em castiçais) que são acesas e apagadas ritualisticamente;
- O Livro Sagrado permanece fechado sobre o Altar do V.’.M.’. ;
- O Aprendiz pode falar em todas as Sessões;
- A Palavra Franca é concedida pelo 2º Vig.’. sem formalidades;
- Os Aprendizes sentam-se ao Norte. Companheiros e Mestres, ao Norte e
Sul ;
- No Rito Schröder, todas as Sessões Ritualísticas são consideradas Magnas;
- O traje do Rito consiste no uso terno escuro social, gravata borboleta branca,
cartola preta, luvas brancas e o distintivo (joia) da Loja, sendo permitido o uso
de balandrau, de acordo com o Regimento de cada Potência e de autorização
do V.’.M.’..

- O Tapete do Rito Schröder constitui a principal alegoria do Rito e representa a


planta do Templo de Salomão. Nele encontram-se todas as alegorias e
ferramentas da arquitetura necessárias para o estudo, a prática e o trabalho na
obra de construção do Templo, sendo elas: a Pedra Bruta, a Pedra Cúbica, o
47° postulado de Euclides, a Régua de 24 polegadas, o Alvião, a Trolha, o
Prumo, o Nível, o Esquadro, o Céu, o Muro e as três portas do Templo, não
existindo, portanto outra representação, física ou não, destes elementos na
Loja.
- O Tapete é aberto e fechado ritualisticamente na abertura e no fechamento da
Sessão, seguindo o movimento do sol;
- Apenas passam pelo Tapete, os Iniciados, os Promovidos, os Filiados e o
Grão-Mestre, ou o Grão-Mestre Adjunto, quando representando o Grão-Mestre.

Os Aventais dos 3 Graus (Aprendiz , Companheiro e Mestre) são simples, sem


insígnias ou quaisquer outros adereços.

-- O Avental de Mestre é o mesmo utilizado pelo V.’.M.’. e os Ex-Veneráveis

observações finais

- O uso de cartola , “cobertura”, ou simplesmente,“chapéu”, para Schröder


simbolizava a igualdade e a liberdade com que todos os irmãos deveriam ser
tratados, sem qualquer distinção.
-A gravata, do tipo borboleta branca, foi uma opção de vestuário da época, não
contendo passagens ritualísticas ou simbólicas específicas no Ritual de
Schröder.
-Deve-se evitar a comparação entre Ritos e Rituais, pois cada um contém suas
particularidades e especificidades. Ou seja, comparar o Rito Schröder com o
Rito Escocês Antigo e Aceito é cometer uma injustiça com ambos, uma vez que
cada um deles foi elaborado por diferentes correntes de pensamentos.
Schröder, seguiu a linha mais antiga (da GL de Londres, 1717), denominada de
Modernos, e o REAA, a dos Antigos (da GL dos Antigos, de Londres, 1751).
- Uma passagem típica do Rito durante a iniciação, quando o V.’.M.’. , com um
aperto de mão do profano, sela um compromisso de honestidade com o
candidato. Diz o V.’.M.’.: “Tomo e aperto a mão de um homem honrado, que
nunca se mostrará indigno do respeito de seus Irmãos”. Este sinal demonstra
que a palavra do maçom deve ser acreditada, isto é, que após o compromisso
selado por um aperto de mão, um maçom deve honrar aquilo que prometeu
perante a seus irmãos.
RITO DE YORK

Pelos estudos que viemos fazendo durante esses anos na maçonaria,


observamos que a maioria dos escritores nos remetem a época dos Druidas,
onde as suas práticas místicas estão muito presente em nossos rituais de hoje
em dia.
Segundo Robert Lomas, em seu livro “O Colégio Invisível” na pág. 277, ele cita
que a Maçonaria começou na Escócia, e faz citação que um maçom aprenderá
muito a respeito da “Arte da Memória”, como foi chamado o método no
Segundo Estatuto de Schaw, que data de 1599.
O Historiador Victor Langton, em seu livro “As origens dos três graus da
maçonaria de Ofício”, registra evidências de maçons da Loja de Edimburgo
demonstrando os dois graus que se praticavam na época a maçons ingleses
em York em 1615 e assim fundando o Rito de York da Maçonaria.
Os ingleses de York adotaram esse ritual para as suas práticas, mas com o
passar do tempo ele começou a sofrer mudanças passando a ter novas
características de um Ritual Inglês.
Elias Ashmole iniciado em 1640, era muito zeloso, e durante sua vida maçônica
ele registrava tudo que se passava nas reuniões, e através dessas anotações
ele ordenou um catecismo que veio mais tarde sistematizar o ritual inglês.
Considerando a reforma ocorrida em 1816 e traduzido em 1920 para utilização
das Lojas brasileiras através do Grande Capítulo do Rito York, que funcionava
no Rio de Janeiro e mais tarde (1966) adaptados para uso exclusivo da Loja
Liberdade, Igualdade e Fraternidade nº 5 e por ela impressos, com a devida
autorização da GLMERJ.

Aspectos doutrinários

O Ritual de York tem como fundamento a pontual observância aos Landmarks,


e a crença no Grande Arquiteto do Universo.
Não possui Altos Graus, tendo além dos três simbólicos, uma quarta etapa
designada de “Arco Real”, que é considerada uma extensão 3º grau.
É um método cerimonial dinâmico, militarizado, elegante, espiritualizado,
integrado e coordenado em seus movimentos.
Concentra na sua essência o desenvolvimento dos valores individuais, das
virtudes, honestidade, sociabilidade, caridade, retidão e a preparação para os
desafios da vida.
Sua metodologia de instrução está baseada na riqueza de detalhes das
cerimônias iniciáticas ( iniciação 1º grau \ passagem 2º grau \ elevação 3º.
Busca a todo momento preparar o individuo para vida, ao distribuir
ensinamentos diferentes.

Características – Os Cargos da Loja e Peculiaridades Ritualísticas

•Cargos Eletivos: Venerável Mestre, Tesoureiro e Guarda Externo. Todos os


demais cargos são de livre escolha do V.:M.: eleito, que os nomeará no dia da
cerimônia de posse;
•As mesas do VM e Vigilantes são retangulares e não triangulares;
•As Cerimônias para promoção dos Irmão são: iniciação, passagem e
elevação;
•É obrigatório o enquadramento da loja;
•Por tradição não deve haver disputa para o cargo de VM;
•A sucessão ao cargo de VM deve obedecer a um rodízio de cargos (GI, 2diac,
1diac, 2vig e 1vig).
•A tradição do Rito de York procura obedecer a uma sequência administrativo-
litúrgica.
Não Existe:
•cálice sagrado
Trolhamento;
•Bolsa de Propostas e informações;
•Separação física entre oriente e ocidente;
•Espada dentro da loja (o único que usa é o Guarda Externo).
•Orador.
•Experto
•Chanceler
•Porta Espada.
•Porta Estandarte.

MOSTRAR COMO FICA A ORDEM

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