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Maçonaria Glória do Ocidente do Brasil

Ministério da Educação, Cultura e Comunicação


Ministério da Liturgia
Trabalhos York do Brasil
Preleção do Primeiro Grau

INTRODUÇÃO

AS PRELÇÕES MAÇÔNICAS

As preleções maçônicas, associadas aos três graus de Ofício, constituem a principal


preocupação dos MCs. E tratam da descrição dos rituais desses graus juntamente com sua
significação moral e simbólica. Acham-se arranjadas nos moldes dos catecismos, isto é, sob
a forma de perguntas e respostas, e destinam-se a serem trabalhadas por dois ou mais
irmãos. Por descreveram os rituais dos graus em detalhes, valem-se das mesmas
expressões ou palavreado das cerimônias, devendo concordar, portanto, com o texto do' ritual
utilizado pelas Lojas que as adotam. As preleções correspondem ao sistema conhecido como
Trabalho York do Brasil, como são demonstradas na Emulation Lodge of Improvement (Loja
Emulação de Melhoramento) , de Londres, onde são trabalhadas desde 1823.

O USO DO CATECISMO

Este método é Conhecido na maçonaria desde os mais primitivos registros.


Apareceram, primeiramente, como métodos de' avaliação de conhecimentos - os exames, e
podem ter sido usados, também, como métodos de instrução, nos fins do século XVIII. O
catecismo surgiu sob a forma de 'exposições' dos procedimentos maçônicos, isto é; sob
forma discursiva. Àquela época, as Preleções tinham se .tornado uni completo sistema de
instrução na Maçonaria - não apenas quanto aos procedimentos ritualísticos para '0
desenvolvimento das cerimônias dos graus - mas em todo e espírito da maçonaria em si. Na
forma atual, auxiliam a decorar o texto do Rito York do Brasil, que a exemplo do ritual
Emulação deve ser dito de memória. '

O ENSAIO DAS CERIMÔNIAS

A Loja Glória de Luz, Vida e Amor é a versão 'Glória do Ocidente' da Loja Emulação de
Melhoramentos, de Londres, e é o principal corpo maçônico da Obediência a demonstrar estas
preleções. Algumas ligeiras alterações expositivas foram feitas pela Maçonaria Glória do
Ocidente do Brasil, mas preservou-se o conteúdo da edição de 1817, feita pela Loja Emulação
de Melhoramentos. Como na Maçonaria inglesa, é prioridade nas Lojas da nossa Obediência o
'ensaio' das cerimônias do Rito York do Brasil em que dão ênfase ao simbolismo da Maçonaria. '
especulativa. '

QUEM CONDUZ AS PRELEÇÕES?

As preleções dos Graus do Ofício - graus simbólicos - geralmente são ministradas pelo
Venerável Mestre ou por designação do VM, um Mestre Preletor - o Past Master - que faz as
perguntas, enquanto as respostas são dadas por um ou mais auxiliares. Por isso o modo de
fazer as perguntas exige amplo domínio do trabalho, normalmente realizado por ex-
Veneráveis Mestres.
3

(As instruções, aos AAps. são ministradas como o Manual de Procedimentos Intra e Extra
Loja). O procedimento usual do trabalho York do Brasil é o que utiliza um irmão, atuando
como auxiliar numa seção completa, dando todas as respostas às perguntas nessa seção'.
Onde for conveniente, este auxílio é prestado pelo Primeiro Vigilante na primeira seção a ser
demonstrado e o Segundo Vigilante na seção seguinte. Quando os Vigilantes não realizam
este trabalho, o Irmão que o fizer ficara de pé ao norte do pedestal do Primeiro Vigilante, no
Ponto de Anunciação.
.
PROCEDIMENTO PADRÃO

A Loja Glória de Luz, Vida e Amor adota o modelo do 'procedimento inglês para as preleções.
O Mestre da Loja, da sua cadeira, se dirige ao Irmão
. que vai dar as. respostas:
~
- "Irmão ... , disponde-vos a colaborar como PM ... na demonstração da ; ... seção ...

preleção? (o irmão que vai atuar como auxiliar pode ser referido pelo nome ou cargo e o Past
Master, pelo nome; a seção e a Preleção são mencionadas pelo números apropriados).
'\, . .'.

O Irmão que vai ajudar no trabalho põe-se de pé no seu lugar e responde, sem qualquer
saudação:
- Farei o melhor que puder, VM. (Aí, então, caminhara para o norte do pedestal - P.A. - do
Primeiro Vigilante. Se o trabalho estiver sendo feito por um Vigilante, este se porá de pé, más
permanecendo no seu próprio lugar. O auxiliar então saudará o VM no grau em que Loja
estiver aberta, tendo continuidade os trabalhos com o Mestre Preletor fazendo a primeira
pergunta.
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Ministério da Liturgia,

Trabalhos York do Brasil


Preleçãodo Primeiro
Grau Seção nº 1 o

\/M -Ir. 1° VIG -disponde-vos a colaborar com os irmãos Aprendizes na demonstração da

primeira seçãóda primeira preleção?" ,


. Ir. 1º VIG -: Farei o melhor que puder} V.M.

VIVI -Irmão 1º Yigilante} o que épreclso a um homem pará ser maçom?

1ºVIG. Deve ser livre, nascido de uma mulherlivre, Irmão de um rei, companheiro
de um príncipe ou de um mendigo.

VM -Irmão-zs Vigilante porque nascido livre?

2º VIG - Em alusão ao grande' banquete que Abraão realizou quando foi desmamado seu
filho Isaque, ocasião em que Sara, mulher de Abraão, observaridolsmaet ófilho aeHagar, a
escrava egípcia} provocandoe caçoando de Isaac, reclamou com seu esposo e disse: "Rejeita
essa escrava

e seu filho, porque o filho dela não herdará com onascido livre, meu filho ísaque", '
Elâ falou como estando investida com um espírito profético, sabedora que da descendência
de Isaque resultaria um grande e poderoso povo, que serviria ao Senhor com liberdade, fervor
~ e'
E por temer que se os dois moços crescessem juntos, Isaque poderia absorver alguns dos
zelo;
costumes servis de Ismael;

Sendo come~tário .geral naquelesdias, assim corno no presente; queas mentes dos escravos
são mais viciadas e' menos esclarecidas do que-as dos nascidos livres.

Esta é a razão que. damos; como Franco Maçons}


.' porque
. todo Maçom deve ser nascido ~livre;

Mas, na atualidade,' estando a 'escravidão praticamente abohda, nossa Constituição tem


considerado que se um homem for livre, ainda que livre não tenha nascido, ele está apto para
ser , , ,
feito maçom. "'
-
Em Gênesis 20.1-21 .• resumo - Abraão era casado com sará que era-estéril, Abraão tinha
100
anos e ~ara mais de.so anos. Deus prometeu a Sara que ela teria um filho, apesar da idade.
Dessa promessa nasceu Isaque.
Abraão levou o filho para circundá-lo. Todos riram dele. Antes do nascimento do filho legitimo
de Abraão} a sua escrava Hagar havia dadoumfilho a Abraão com o consentimento de Sara.
O filho O filho da escrava Hagar, Ismael, escarnecia' lsaque. Então Sara exigiu que' Abraão'
expulsasse a escrava com seu filho para o deserto. Easslm Abraão o fez. Deus disse a
Abraão}, não temas que
5

do filho da escrava também farei um grande povo, por ser da tua raça. De (saque originou o
pOVQ de Israel. De Ismael, o filho de Hagar, O povo Árabe. Os dois povos são descendentes
deAbraão.
Tiveram, pois, Abraão e Sara dois filhos.

Um não nascido livre, que era lsmael. Nascido da união permitida de Abraão com sua'
serva Hagar; .
o outro nascido livre; Isaque, filho de Abraão e sua esposa, mulher livre) Sara.

VM -Irmão Capelão, o que significa não naséidolivre e nascido livre? .


. !

CAP- Nascido não livre - Filho de uma pessoa que tem sua liberdade restrita e é
subserviente. Escravo. '
Nascido livre - Filho.de uma pessoa livre sem origem de servidão.

Hoje não temos mais escravidão. Mesmo que uma pessoa nasça de uma pessoa escrava, é
livre.
Nossa Constituição considera que se um homem for livre, ainda que não tenha náscido livre,
está \ . -,
ele apto para ser feito màçom. .
Os maçons devem sempre prezar para que a trilogia seja sempre obedecida e adotada em
primeiro lugar: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

VM -Irmão 1º Vigilante, existe outra abordagem paraeste tema?

1º VIG ~ Sim, meu \/M. São Paulo escrevendo aos Gálatas dá outra interpretação: Sara
e Hagar são uma alegoria de dois concertos: o da lei ou da carne e o do espírito da
promessa. ' .
VM - Irmão 2º Vigilante, explicai melhor estes dois concertos.

2º VIG - Sim, Venerévél Mestre, se por um lado a lei nos delimita o caminho a seguir, dizendo
o' que pode ou não pode ser feito, instituindo a disciplina. e a ordem, o.outro nosescraviza,
porque à LEI temos que nos sujeitar.
. -.
Entretanto, o Evangelho nos liberta pelo sácrifíciode Jesus Cristo, onde prevalece o pacto da
graça.

São Pauloexpressa ainda: liMas nós irmãos, somos fil~Ç>s não da escrava, mas
da livre". Gálatas 4.31 -:

VM-Irmão Capelão pode completar a explanação dos Vigilantes?

CAP,:, Enxergamos pelas palavras dos Vigilantes um elogio à liberdade e a condenação do


regime de escravidão. Seja' a escravidão física ou a-escravldão mental, gerada pelos vícios
que devemosnos libertar em .nossas vidas. Maç6nicarnente, lrmãos; podemos adotar, com
propriedade, a alegoria do verso 31 de Gálatas 4, tomando a Maçonaria como urna instituição
defensora da plena
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- .
liberdade. Em todos assentidos da vida: física, mental, espiritual, emocional e pslcológlca.
Que
nenhum vício ou pensamentos negativos nos façam escravos,
VM - ASSIM SEJA! todos repetem.

REFLEXÃO: "A essa excelente chave, a língua de um Franco-maçom, que deve falar bem -de
um lrmãoausente ou presente, mas quando, infeliz.mente, isso não puder ser feito com honra
e propriedade, deve adotar essa excelente virtude do Ofício, que é o Silêncio". .
À ordem, lrrnãosl ' .
(Todos, Sn. de AP. 3 vezes, sentados).

Textos recomendados para leitura e reflexão:


Gênesis 15.1-6 (Deus promete um filho a Abrão); 16.1-4 (Hagar édada por mulher a
Abrão);16.11,15
e 16 (Ismael é o nome do filho de Abrão com Hagar); 17.5 (O nome de Abrão é mudado para
Abraão); 17.10-14 (A instituição do concerto da carne pela circuncisão);-17.15 (Deus muda o
nome da Sárai para Sara); 17.H(Abraãorida promessa de Deus quando dit que sua esposa
Sara lhe dará um filho); .17.19 (O nome do filho de ~raão com Sara será Isaque, rlso.): 17.21
(O concerto da . promessa será feito com Isaque); '17.24 e' 25 (Abrão e Ismael são
circuncidados cumprindo o concerto da carne); 18.9-15 (Sara ri da promessa de Deus); 32.1-
13 (O nasclrnento de lsaque, filho da promessa).
Gálatas 4.21-31 (Sara e Hagar> uma alegoria dedais concertos).
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Maçonaria Glória do Ocidente do Brasil Ministério da


Educação/Cultura e Comunicação Ministério da'
Liturgia

Trabalhos York do Brasil


Preleção do Primeiro
Grau , Seção nº 2

INTRODUÇÃO

Esta Preleção mostra alguns pontos interessantes do estudo antrcpológlco do Trabalho


York do Brasil. O ponto inicial é saber que os Old -Charges são as bases de toda a literatura
maçônica. Inclusive seus códigos de leis, como os Landrnarks e a Constituição de Anderson
que vieram séculos depois. Segundo Marius Lepagé, escritor francês, i/OS Old Charges são
monumentos 'arqueológicos". Ele resume mais de cem outros documentos coletados sobre a
origem da Ordem, criteriosamente selecionados para comporem a estrutura filosófica e
doutrinária da FrancoMaçonaria.

Estas foram as primeiras regras da Franco-rnaçcnaria:

'1- Exaltar o nome do maçom;


2- Seudever para com Deus;
. 3- Sua obrigação para com Os Mestres;
4- A proteção de um para com os outros:
5- E o compromisso para com o mundo que os rodeava.

Estes princípios estão escritos nos antigos manuscritos e, dentre eles, para os fins desta
Preleção, três se destacam: O Regius, datado de 1388-1445 está no Museu Britânico e o
Cooke, tem data do começo do século XV. O terceiro, datado de 1421-1471,supostamente
escrito pelo rei Henrique VI, está na Biblíoteca Bodleian (Oxford, Inglaterra), considerada a
Biblioteca em atividade mais antiga do mundo. Este manuscrito é sobre "perguntase respostas
referentes ao mistério da maçonaria", organizadas mais tarde como Preleções.

Outro ponto de observação da pesquisa éo de - que os manuscritos são, do ponto de


vista literário, bem simples. Alguns autores ainda afirmam que ele,s foram feitos por pessoas
iletradas. Mas isso não tira o valor histórico destes documentos. Porque eles foram
fundamentais para definir a filosofia peculiar da Maçonaria, Especulativa, surgida depois da
publicação dos Old Charges. Nesta fase as. Preleções- começaram a sermíntstradas por
padres e maçons mais instruídos. Ou seja, passaram da visão para os ouvidos,
significando,com isso uma mudança dos rumos da Maçonaria Operativa.
. .
Portanto, o Telharnentcou Trolhamento, como alguns maçons chamam o teste para se
identificar um maçom, foram organizados com base nas Preleções. E não o contrário, como se
supõe. Pelo fato de que os rituais vieram bem depois, já no século XIII. Há nas preleções a
seguir um tratamento exclusivo para os Aprendizes e Companheiros. O grau deméstre só
aparece depois

. de 1688.
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Vamos à Preleção do Primeiro Grau - SEÇÃO n° 2

VM (ou o PMI) ,
-!rmão PV- dlsponde-vos a colaborar com os irmãos Aprendizes na
demonstração.desta preleção?

 PV - (fica de pé e à ordem dograu)


- Farei o melhor que puder, Irmão VM (ou PMI).

VM (ou PM11)
-Falando generlcamente.como um maçom, de onde vindes?REM: De onde vindes?

" PV
- De uma digna e venerável Loja de Jf'mã,õs e companheiros. REM: D~ uma
toja regular, justa-e perfeita de São João de Jerusalém.

VM (ou PMI) ,
-Irmão SV, que recomendaçãotrazeis? REM: Que trazeis?

SV (fica de pé e à ordem' do grau)


- A de saudar-vos condlgnamente. (faz o sn. de AP.) REM: Amizade, paz, e
votos de prosperidade a todos os irmãos.

VM (ou PMI)
- Irmão CAP - Alguma outra recomendação? REM: Nada mais trazeis?

CAP(Fica de pé e à ordem do grau)


- Cordiais saudações. REM: O VM de minha loja \'/05 saúda por três vezes três.

VM (ou o PMI)
- Irmão SEC - Desde que não trazeis senão cordiais saudações, que,
vlndes aqui fazer.?
REM:, Que Vindes áqui
. fazer?
-
SEC{Fica de pé e à ordem do grau)
- Aprender a controlar e dominar minhas paixões e fazermals
progressos na maçonaria. REM: Vencer minhas paixões, submeter minha
vontade efazerno\los progressos na Maçonaria, estreitando os laços de
fraternidade que nos unem tomo verdade!ros irmãos. ,

VM (ou PMI)
Irmão PD -Dévo presumir, por isto, que sois maçom? REM; Sois maçom?

PD (fica de pé e à ordem do grau) ,


- Como tal SOl! recebido e aceito entre Irmãos e Companheiros.
REAA: ; Como tal meus irmãos me reconhecem.

VM (ou PMI)
9

O-irmão 50 - Comosabelsque sois smaçorn?

50 - (Fica de pée à ordem)


- Pela regularidade daminhainiciação, repetidas provas e aprovações
e a boa vontade.em qualquer tempo, 'em me submeter a um exame
quando devidamente convocado.

VM (ou PMI)
- Irmão TES - Como provais aos outros que sois mâçom?

_ TE5 (fica de pé eà ordem).


- Por 5-n- -s. T -q- -s ~ os perfeitos p- -t-s de minha admissão.

VM (ouPMI) .
- 'írmãoCHANC-O quesãos-n-s? .

CHANC (fica de pé e à ordem) .


- Todos EE:, NN.,e PPerp.,são ~---~s verdadeiros e próprios
para se conhecer uma Maçom:

. VM (ou PMI)
-Irmão Pv ,O que são t-q- -s?

• PV - (fica de pée à ordem)


- Certos modos de segurar, regular é amigavelmente se
fazer'conhecer 'como Irmão, tanto á noite como de dia.

VM(Ou PMI}
-írmão sv -podeis dar-me osp- -t - s de vossa admissão? .
. . . \
5V - (fica' de pé e à ordem do grau)
- Daí-me o prlmefro, eu vos darei o segundo

VM(ou PMI)
- Eu guardarei:

5V (fica de pée á
ordem) - Eu ocultarei: '

VM (ouPMI)
- Irmão 5V~. O'quedesejals ocultar?

SV (fica de pé e à.ordêrn)
- Todos os segredos e mistérios de oupertencent~s a maçons
Livres e
Aceitos na Maçonaria,
VM (ou PMI)
.- Irmão PV - Estando 'esta Loja aberta, podeis revelá-los com
segurança.
. .'
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PV (fica de pé e á
ordem) - De, keNa. -c,

VM -;-(ou PMI)
~ Irmão PV - Explique o que é De, À e Na

PV(fica de pé e à ordem) .
- De minha livre eespontâneavontade; À porta da Loja; Nap - nt -
de um insto pontiagudo ao meu p. e. n..

VM (ou oPMI com da reza de expressão) ,


- Aqui os pontos da admissão do maçom foram revelados. Vamos
explicar' estes pontos: '
·1 - De minha livre e espontânea vontade nos remete as respostas do GI no início da
Cerimônia de 'Iniciação "Um pobre' candidato em trevas,que foi honrosarnente recomendado,
regularmente proposto e aprovado em Loj~ Aberta,e agora se apresenta, por sua livre e
espontânea vontade, convenientemente preparado, solicitando humildemente ser admitido
aos mistérios e privilégios da Franco-Maçonaria".
2 - A\porta da Loja refere-se á primeira batida ou o primeiro pedido para entrar-na Loja.
3 - Na ponta de um p - n h -Idescreve a maneira como-fornos recebidos. Podemos relacionar
este ato com dois outros motivos: o primeiro para demonstrar que eu estava
prestesápartícípar de

,algo sério e solene e o segundo para recordar o Landmarkque proíbe a' mulher de entrar na
maçonaria. Deve-se
A Maçonaria iniciar, quatro
relaciona i mulher? '
,soluções, para este tema: a exclusão .defendida pelo
tradicionalismo da maçônica universal; a assimilação proposta na Ordem mista internacional; a
separação por meio da maçonaria feminina e um quarto sistema, o da adaptação, que enraíza
as Lojas de adoção nas lojas masculinas. Estes são temas polêmicos. Podemos voltar a ele
em outra
, ocasião, se houver necessidade. Vamos continuar a Preleção.

VM(ou PMI)
- Irmão CAP - Ouandofostesfelto maçom?

CAP (fica de pé e ~ ordem do grau)


- Quando o sol estava em seu meridiano.

VM {ou PMI)
-Irmão SEé., neste país as Lojas dos Franco-maçons reúnem-se
usualmente á noite: como explicais isso que, à primeira vista,
parece; um paradoxo?

SEC (fica de pé e à ordem do grau)


- Gir~ndo constantemente a terra sobre o seu eixo, em sua , órbita .ern volta do sol, e
estando a Franco-maçonaria universalmente espalhada sobre a sua superfície, segue-se,
necessariamente, que o sol está sempre em seu meridiano com respeito à Franco-maçonaria.
, \
VM (ou PMI) D

~----------------------------- --------,-"'- ,-----


O' ,_
11

-Irmão GI - Oqueé a Franco-maçonaria?

GI ( fica de péeà ordem) . ,


- Um sistema. peculiar de moralidade, velado em alegoria e lustrado por
símbolos;
"I
'J~ VM (ou PMI)
•. -lrmãoCAP"': Onde fostes feito maçom?

CAP - (fica de pé e á ordem do grau)


- No seio de Lima loja justa, perfeita e regular:

VM{ou PMI)
-lrmão PV - O que é uma Loja de ~ranco-
maçons?
PV (fica de pée à ordem do grau)
'- - Uma assembléia de Irmãos, reunida para discorrer sobre os
mistérids do Ofício [ou-da Maçonaria).

VM(ou PMI}
Irmão CAP -Quando reunlda; o quea faz
jus~a?
CAP (fica de pé e à
ordem) - O V.l.S. abérto.
\

VM (ou PMI)
-' Irmão SV -.~ perfeita?

SV(fica de pé e àordetn)
- Sete, ou mais, feito Maçons
regularmente .
. VM (ou PMI)
- Irmão Secretário, e
reguiar?
SEC (fica de pée à ordem do grau)
- A Carta Constitutiva ouAutoriiação de
Puncionamento .

PO (fica de pé e à ordem do grau)


- Para obter-os segrédosdosMlsts, e ser retirado das
trevas.

VM.(ouPMI)
-Irmão SO, os Maçons têm segredos?

SO (fica de pé e à ordem do grau)


- Têm muitos e inestimáveis segredos, Mestre.

-----_._------.-._-- .. ~_._----_._-- .-._- -----_._-------


_._-_ .. ---
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VM (ou PMI)
- Irmão TES, onde ele os guardam?
i}
TES (fica de pé e à ordem do
-
grau) - Nos seus corações \

vM (ou PMI)
- .Irmão GI, a quem ..os, revelam?

GI (vai até o PA, fica de pé e à ordem do grau)


. . 6
- A ninguém, exceto aos Irmãos e Companheiros. (volta ao seu
lugar)
, VM (ou PM1)
-Irmão SV - De que modo os
revelam?
SV...;. (fiéa de pé e à ordem do
grau), - Por Sns. Tqs., e Pais.
Particulares. '
REFLEXÃO:
- "Pela dificuldade de se revelar os perfeitos pontos de admissão podemos aprender que
os segredos. devem ser passados com a máxima cautela e cuidados para preservar
inalterados os princípios da Franco-maçonaria"
. /. .
VM
- De pé e à ordem, Irmãos. Repitam comigo:
EU
GUARDAREI.
EU
VM
OCULTAREI.
-Podeis sentar.

(Todos, já sentados,fazem o Sn. de AP. 3 vezes)

Textos bíblicos recomendados para leitura e reflexão:

Mat. 7. 7 (Pedi, e dar-se-vos-à: buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-à). 7.8 (Pois todo que
pede recebe; o que busca encontra; e,.,a quem bate, abrir-se-vos-à).
Pedir significa ter confiança que Deus nos ouve e que Ele é justo para retribuir nosso pedido.
Buscar é insistir naquilo que solicitamos em Oração; sem cessar, sem vacilar, 'nem desistir
para perrnltlr que, Deus nos sonde. Bater indica que a nossa perseverança revela a fé e' a
certeza na recompensa de Deus.
13

y-'-'

Maçonaria Glória do Ocidente do Brasil .


Ministério da Educação, Cultura e
Comunicação Ministério da Liturgia

Trabalhos York do Brasil


Preleção do Primeiro
Grau Seção nº 3

INTRODUÇÃO'

As Preleções pelo método de catecismo põem em foco a palavra como manifestação


verbal
! . ,.
no Trabalho York do Brasil. Desta forma há uma predominância do ritual sobre os discursos
improdutivos-edesarmoniosos proferidos em Loja. Por outro lado as.Preleções, quando
baseadas' em' pesquisas auxiliam a' oratória dos maçons. As Preleções também induzem a
uma construção intelectual mais próxima da Maçonaria Especulativa, levando as instruções à
concisão e á clareza de pensámento.
Percebe-se pelas pesquisas que o sistema da maçonaria especulativa se fortaleceu
coma àdmissão dos nobres e intelectuais. Em 1701, com a ascensão dar~inhaAna ao trono
da Inglaterra, Cristopher Wren, cOQstrutor de grandes catedrais na Europa,deixa de. ser
Grão Mestre dos maçons e este. fato apressa o fim da maçonaria operativa.' Em 1717
desabrocha a FrancoMaçonaria.

Aí terrrInfclo uma institüição mais . ligada ao pensamento e ganha força o sistema das
Preleções por meio do método i~dutivo. A Seção nº 1 fala de liberdade; a Seção 2 mostra os
Pcntosde Admissão. Na Seção 3 o tema é a palavra. No Manual de Procedimentos Intra e
Extra Loja da Glória do Ocidente do Brasil, páglna 25, diz: "Ao usar da palavra em Loja
Aberta, o irmão deve fazê-lo sempre com o objetivo de construir e ainda assim, de forma
amena e sem conflitos com outro irmão ou Loja" .
.,
As Preleções do início da maçonaria, em grande parte, se fundamentam na Bíblia. No
Rito
York do Brasil, a exemplo do Rito Emulação, o VLS não é apenas um símbolo. É a vontade
revelada de Deus, o Grande Arquiteto do Universo. sendo assim, as citações bíblicas indicam
caminhos a seguir. Por exemplo, o Salmos 34.13 recomenda: "Refreia a língua do mal e os
lábios de falarem dolosa mente". .
Com mais atenção observamos que o sistema das Preleções se liga perfeitamente ao
princípio teístado início da maçonaria. Se o Salmo anterior adverte para se calar diante da
posslblltdade-de falar maldosamente, o Salmo seguinte eleva O' poder da palavra. Assim diz
o Salmo 45.1: {IDe boas.palavras transborda o meu coração. Ao Rei consagro o que compus;
a minha língua é como a penado habilidoso escritor",

~--------------_ .. _"------
14

ABERTURA ".

\IM (dá um batida)


- Está aberto o período das
Preleções
PV - repetea batida e a ordem do
VM.
SV - repete á batida e a ordem
doVM. '
VM (ou PMI) .
-Irmão PV, respondei pelos irmãos que vão participar desta. preleção: disponde-vosa
colaborar
com os irmãos Aprendizes na demonstração desta preleção? .
PV - (ficadepée à Ordem do Grau)
- Faremos o melhor que pudermos Irmão VM (ou PMI) o
(Todos os ty1estres que participam das Preleções selevantam.fazem oSn. de AP: e
sentam-se.)
VM (ou PMI) ,-,
- Na Seção ano terior foi informado sobre 00 s muitos e inestimáveis
segredos, ~~guardados-nos seus .' \
corações, revelados apenas .entre Maçons •
. Valemo-nos deste pretexto para instruir a seguinte e preciosa lição.
VM [óu {'MI)
-Ir PV} enquanto.maçons, como esperamos chegar a eles?

PV (De pé e à-Ordem)
- Peloauxílio de uma chave.

VM (ou PMI)
-Ir, SV,esta-chave se lança ouse acomoda?
,
-
SV (De pé e à
Ordem) - Se lança,
VM.
VM (ou PMI)
~ Ir. Capelão} porque ela se lança?

CAP (De pé e.à Ordem) ,


- Ela sempre se lançará em defesa deum irmão ~
jamais se acomodará em seu detrimento.
) .
VM'(ouPMI) ,
-Ir. SEC, como elase lança?

SEt'{De pé eà Ordem)
- Pela linha da vida, no caminho do verbo, entre o gutural e o peitoral.

VM (ou PMI)
-Ir, PV,porque tão intimamente ligada ao coração?
15

PV (De pé e à Ordem)
- Sendo um veículo do pensamento, nada deve dizer a
nãoser aquilo que o ccração.verdadelramente dita.

VM (ouPMI) ,
-lr, SV, é uma chave curiosa, de que metal é formada?

SV -(De pé e à Ordem)
- De nenhummetal, ela é a língua de boareputação.

VM (ou PMI~ ,
- Nas Preleções seguintes vamos encontrarquatro sn, Originais na Franco-maçonaria,
dois deles são o Gutural e o Peitoral.
O 5n. gutural refere-se à garganta e o peltoral, comoopréprlo nome indica, ao peito -
onde fica o coração.

VM(ou PMI)
- Ir. CAP, explicai ao Mp . corno o Maçom se comporta pelo Sn.
Gutural:?
CAP(Pe pé e àQrdem) ,
- pelo Gutural somos lembrados de que um homem honrado e ummaçom devem preferir
ter
a g; c.' a, revelar os segredos que lhes foram ·confiados.· ..
VIYI (ou PMI)
- Ir. S'EC, e pelo peitoral?

SEC (De pé eã Ordem)


-' O Peitoral nos lembra o repositório onde esses segredos
devem ficar guardados e seguros.'

VM (ou PMI) ,
-Irmão PD"ql!alo caminho que a chave percorrerá?

PD (De pé e à Ordem)
- A chave que lança, sendo a lingua, percorrerá o caminho
, . .) \ '
. sugerido: a linha
, . ou o fioda vida.
. .

VM (ou PMI)
-lr, SD, PÓr que.desta forma?

50 (De pé e à Ordem)
-Porque se os segredos forem
revelados'lndevídamente.: simbolicamente corremos
risco de morte.
'VM (De péeà Ordem)
-Ir. PV, por que desta forma?

PV (De péeà Ordem)


-Irmãos, no caminho do verbo' - isto é, pela expressão da palavra,'permitida
pelaarticulação
t
16

PV (De pé e à Ordem)
- Sendo-um veículo do pensamento, nada deve dizer a
não-ser aquilo que o coreção.verdadelrernente dita.

VM (ou PMI)
-lr. 5V, é uma chave curiosa, de que metal é formada?

'5V -(De pé e à Ordem)


- De nenhum metal, ela é a língua de boa reputação.

VM (ou PMI} ,
- Nas Preleções seguintes vamos encontrar' quatro Sn, Originais na Franco-
maçonaria, dois deles são ° Gutural e o Peitoral.
O' 5n. gutural refere-se à garganta e o peltoral, comoo.préprlo nome indica, ao peito-
onde fica o coração.

VM(au PMI)
- Ir. CAP, explicai ao Mp. como o Maçom se comporta pelo 5n. Gutural?

CAP(Pe pé e àqrdem)
- pelo Gutural somos lembrados de que um homem honrado e um' maçom devem
preferir ter
. .. \ .
a g; c.' a, revelar os segredos que lhes foram confiados.-
VM (ou PMI)
- Ir. S'EC, e pelo peitoral?

SEC (De pé eà Ordem)


-' O Peitoral noslembra o repositório onde esses-segredos
devem ficar guardados e seguros. "

VM{ou PMI)
-trmão PD'Cll!alo caminho quea chave percorrerá?

PD (De pé e à Ordem)
- A chave que lança, sendo a IínguC!, percorrerá o caminho
sugerido: a linha
, ou o fioda vida;' ,

VM (ou PMI)
-lr, SD, PÓr que desta forma?

SD(Depée à Ordem) ,
-Porque se os segredos forem revelados'
indevidamente, ' simbolicamente corremos risco de
morte.
,VM (De péeà Ordem)
-Ir. PV, por que desta forma?

PV {De pée ,à Ordem)


- Irmãos, no caminho do verbo - isto é, pela expressão da palavra, 'permitida pela
articulação
/" ,.

,
-----------~-----------
17

..-----:---------------~----------

da língua; entre dgutural e o pettoral=queo segredo é lançado ao mundo,


podendoproduzlr bons ou maus resultados.

VM (ouPMI) -
-Irmão SV, como isso acontece no mundo maçônico?
~;- ~
SV (De pé e àordem)
- No caso da maçonaria a chave é a língua da boa reputação e, portanto, somenteproduzirá
bons frutos. A reflexão anterior, dada na prtrnelraseção desta Preleção, é claríssima a esse
[respeito. Vamos relembrá-iar liA essa excelente chave, a língua de um Franco-Maçom, que
deve falar bem dê um irmão ausente ou presente, mas quando,infelizmente, isso não puder
ser feito com honra e propriedade, deve adotar essa excelente virtude do Ofício de Maçom,
que é o Silêncio".
i
VM(ouPMI) , ,', ,
- ~ -lrmãoCAP, sois vós o guardião da Lei. Há um texto bíblico de apoio para oque acabamos de
expor?'

CAP- Existe} sim, Venerável.lrmãq. Assim está descrito em Tlago,


Capo 3, versos de '1 a 12:
"Meus Irmãos; não. vos torneis, muitos de vós, mestres, sabendo que havemos de receber
bom senso.
Porque todos tropeçamos em multas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão,
~ capaz de refrear também todo o corpo. , .
@ra, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o
corpo
inteiro. . ~
Observai, igualmente, .os navios, que, sendo tão grandes, ~ batidos de rijos ventos, por um ~
pequenlsstmo.leme são dirig,dos para onde queira o impulso do tlrnonelro:

Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas.Vedé como uma fagulha
põe em brasa tão grande selva!
Ora, a língua é fogo; é mundo. de iniquidades, a língua está situada entre os membros do
nosso corpo; e contamlna o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira
daexístênclahumana,
como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno. ,
Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seresmàrlnhossedoma e tem sido
domada pelo gênero humano;
a língua, porém, nenhum dos homens é capaz dedomar: é mal incontido, carregado de
veneno mortífero .
. Com ela, bendizemos, ao Senhor e Pai; também; com ela, anial,diçoamos os homens/feitos à
semelhança de-Deus. '
De uma só boca procede a bênção ea maldição. Meus irmãos, não ,é conveniente que as
coisa~
VM , ~. , -.
sejam assim.
-De pé e à Ordem, meus irmãos! Repitam
Acaso,pode urna
comigo. (todos fonte jorrar
repetem do mesmo lugar o que e doce e o que é amargoso?
uníssonos):
Acaso,
- MINHA meus irmãos,pode
LfNGUA SE LANÇA a figueira produzir' azeitonas
EM DEFESA-DO IRMÃO. OI,J a videira, figos? Tampouco fonte de
água
- NO CAMINHO DO VERBO ESTÁ A UNHA DA VIDA Io
salgada pode dar água doce".
'\
18

CAP (só
ele) - "
Assim
VM
seja!
- Podeis vos
assentar.
VM (ou o PMI)
Irmãos, isto encerra a Terceira seção da Primeira
Preleção.
A REFLEXÃO É:
"Quem entre vós é sábio e inteligente? Onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão
e
toda espécie de coisas ruins.. .' Ora, é em paz que se semeia o fruto da justiça, para os que
promovem a paz",

(Todos já sentados fazemo Sn. de AP. três vezes)


ENCERRAMENTO ~
VM (dá uma-batida)
-Está encerrado o perícdo das
Preleções. pV Repete a batida e a
ordem do VM.
SV Repete a batida e a ordem do'VM.
19

,'

.Maço,naria GlÓria do Ocidente do Bra~i1


Ministério da Educação, Cultura e
Comunicação Ministério da Liturgia,

TrabalhosYork do Brasil
Preleção do Primeiro
Grau Seção nº 4

INTRODUÇÃO,

Esta quarta Seção continua as três primeiras e se liga à que vem ria sequência, neste-
caso a quinta Seção. Assim acontece nas 21 Lições da Primeira Preleção - Grau de Aprendiz -
que se imbricam. Ou seja, a primeira parte completa á Seção anterior e o final nos remete à
Seção seguinte. As Preleções servem ao propósito do esclarecimento a respeito da história, da
'

simbologia
Comêesta
da filosofia maçônica
finalidade de cada grau.foi buscar nos sistemas antigos, e no~ velhos
a Franco-maçonaria
manuscritos um jeito próprio para ensinar maçonaria. Vieram a lume as Preleções como base
do Trabalho York do Brasil. Mas, mirando o foco nas formas de transmissão do passado,
notamos, afinal, que a comunicação evolui com o correr do tempo. A Franco-maçonaria,
enquanto escola de

moralidade, também ofaz


No começo, uma curva ascendente.'
°conhecimento era transmitido na forma verbal. Depois, o registro 'do
cotidiano foi .felto por meio de desenhos nas paredes e tetos das cavernas. Os pergaminhos,
com a invenção dá escrita, vieram naturalmente, contando a hístôría, os costumes eo saber
dos antigos. Os filosóficos gregos, por exemplo, utilizaram algumas dessas experiências para,
formular ~e transmitir as suas idéias. Com o correr do tempo chegamos até a .lnvenção da
Imprensa, por

Gutenberg,
Anosem 1456.em 1500, leonardo da Vinci, Américo Vespúció e o Bibliotecário Paulo
depois,
Toscanelli, inauguraram as Oficinas-Escolas em parceria com o Grêmio de Construtores,
dando início à maçonaria intelectual, implantada em Florença e em Milão, na Itália. Com base
nestes e em outros sistemas de ensino, a Franco-maçonaria criou o seu próprio 'método de
ensino, por

meio das
AsPreleções.
razões da críaçãc do catecismo como metodologia de ensino foram explicadas nas
lições , anteriores. Mas, ainda na intenção de esclarecer mais sobre este ass~nto, a
Enciclopédia Wikipédia assim define o termo: "Catecismo origina-se do grego
katecheoquesignifica informar, instruir, e ensinar", Ele condensa os ensinamentos maçônicos
com um caráter científico.
A Loja o.uantour ,Coronattinº 2076, filiada à Grande Loja da)nglaterra, é um centro de
pesquisa histórica muito respeitado na Franco-maçonaria. Esta Lojapubncou vários catecismos.
". /. ,_...
Entre eles o mais antigo é o Edimburgh Register House MS, publicado em 1696.
Entretanto, o Lectures éo mais conhecido no mundo. Ele é uti~izado pelaEmulation Lodge of
tmprovement como Preleções dos Graus. Estas preleções, de inteiro teor, que são ministradas
no Trabalho Vork

do Brasil. I
20

As tições desta Primeira Preleção se interligam formando, noflnal, um' conjunto literário .
completo. Ao conseguir esta harmonia se evidenciam os valores alegóricos, simbólicos,
filosóficos e históricos da Franco-maçonaria; Como o objetivo é a memçrização do ritual, pode
haver, em uma' ou outra lição, uma pergunta e-uma: resposta semelhantes. Isto é proposital,
porque os

objetivos
". 1das Preleçõesespiritualidade
_ Reforçara são: do Rito Emulação,. fundamento fiel do Rito' Vork do
Brasil.
2 _ Aperfeiçoar as práticas ritualísticas pela repetição. Para isso o ensaio das
cerimônias é
vamosà Seção
necessário para4·repetir
da Preleção do Primeiro
os pontos Grau
que devem ser memorizados. '

ABERTURA

VM '(dá uma batida) ,

-Irmãos, está aberto o período d~s Preleções.

PV - (sentado, repete a batida e a ordem do VM).

5V - (sentado, repete a batida e a ordem do VM}.

VM (ou PMI) .
-Irmão PV, respondei pelos irmãos que vão participar desta preleção: disponde-vos a
colaborar
com os Irmãos Aprendizes, na demonstraçã.o desta preleção?

PV {fica de pé e à Ordem do Grau)


_ Faremos O melhor que pudermos Irmão VM (ou PMI)

(Todos os Mestres que participam das Preleções se levantam, fazem o 5n. de AP. e
sentam-se)
VM (ou PMI)
-Ir. PV,
\ Onde fostes primeiramente
< "preparado para serdes
' " feito,Maçom?
"

PV (fica de pé e à Ordem do
Grau) - No meu cor- - - -

VM (ou PMI) .
- Ir. 5V, Onde em seguida?

. SV (De pée à Ordem do Grau)


_ Em uma sala conveniente. junto à Loja.

VM (ou PMI) .
-jr. CAP,Quemvos apresentou para serdes fe1toMaçom?

CAP (De pé é à Ordem)


_ Um amigo que, mais tàrde,descobri ser um irmão. r
21

VM (ou PMI)
- Ir.SEC, Descrevei o modo de vossa preparação.

SEC (De pé ~ à Ordem)


. - Fui d- - p---do de m - - - -s e v-nd- ,.0.
Meu br. d., p .• -t - e j. foram desn- - - - -s, meu p. d. fpi
cal - - - - com chin., e um I-ç:- de c-rd- foi colocado ém volta do
meu pesc..

vrvi(-ou PMI)
_ Estes procedimentos já foram ou ainda serão explicados nas- lições seguintes.
Cuidaremos .
nesta Seção do tema Despojamento dos metais.
VM (ouPMI)
- Ir. PD, Por que fostes' d - - p----do de "ffi----s?

PD (De pé e à Ordem)
:. Porque não podia portar nada ofensivo ou defensivo dentro da Loja que perturbasse sua
harmonia.

VM (ou PMI)

- Ir. GI, explicai estaresp~stado PD.,

. GUDe pée à Ordem) , .


., De metal são feitos instrumentos de trabalho, mas também armas. Com uma arma} ou
uma
ferramenta usada corno arma, tanto posso Ofender como defender-me. Esta é uma das
razões
VM (euPMI)
afirmadas no període operativo da Franco-maçonaria. .
':'Ir. PV há uma explicação moral para tal lmpedlmento?

PV (De pée à Ordem)


-Nas lojas atuaís.se recomenda abandonar definitivamente a arma do ressentimento, da
inveja,
da insídia, da má vontade e do' mau humor, que desarmonizam
". '" a ..
~oja:
'-t.,
VM (ou PMI) .
-lr, SV,Uma segunda razão?

SV (De pé e à Ordem)
=Corno fui recebido na "Maçonaria em estado de pobreza, era para lembrar-me de socorrer
írmãos indigentes, sabendo-os merecedores, sem prejuízo meu ou de familiares. '
"
.VM (ou PMI) f
-Ir. CAP, c0'T'0 esta passagem está descrltanoRltual?

CAP (de pé e à Ordem)


_ Sim, VM. "Assim diz o Ritual de Iniciação: l/fomos despojados dos metais por três razões
distintas: a primeira, como já vos dissera, para pôr à prova vossos prlncíplos; a . segunda,
para
22

demonstrar aos Irmãos que não tínheis dinheiro ou'material metálico algum; a atercelra, como
uma advertência ao vosso coração, se em qualquer momento, no futuro, encontrardes um
irmão em circunstância ded~samparo que solicite vossoauxllio, venha à vossa lembrança o
peculiar

.. momento em que fostes recebldo na'maçonaria, pobre e sem dinheiro algum e, com
satísfação.
VM -(ou PMI)
podereis abraçar a oportunidade de praticar essa virtudeque tanto professais admirar". '
, - Ir. SEC, Uma terceira
.'. razão? ~, .. -

SÉC(De'pé e à Ordem) ,e
~ > _ Na construção do Templo do Rei Salomão não se ouviu o som de instrumento!m - - -I-c-.

_ VM (De pé à Orqem) ,
_ Ir. TES, Como pôde! a construção, de tão majestoso edifício, como o T. do R. S., ter
prosseguimento e ser completado sem a àjuda de instrumentos m- - -I-c-s?
, '

~ TES(De pée à Ordem)


-As pedras eram cortadas nas pedreiras, ali' esquadrinhadas, esculpidas, marcadas e
numera~a~. A madeira para a construção 'era derrubada e preparad~ nas florestas do, Líbano,
depois entalhada, marcada e também numerada; flutuando, elas eram levadas então até Jopa,
dali . transportáda em carruagens pará Jurusatém e lá instaladas com marretas e ferramentas
de
,"'" 'o ,
~ madeira especialmente preparadas para ésse propósito.
VM (ou PMI) . '
-Ir. CAP, Por que as pedras e a madeira foram preparadas tãqdistante?

"
CAP (De pé e à Ordem)
_ Para evidenciar a excelência do Ofício naqueles dias, pois embora os matéria is fossem
preparados a tão grande distância, todavia quando eram trazldos para Jerusalém e colocados
juntos, cada peça se encaixava tão exata e minuciosaménte que mais parecia' obra de Deus, o

Grande Arquiteto do Universo do que de mãos humanas. '' ,.

VM (ouPMI)
, O_Ir. PV, esta explicação seliga mais à Maç0rlaria Operativa. Pode haver outra aplicação
desta
Seção?
PV (De pé e à Ordem)
_ Aplicamos a dignidade da Maçonaria antiga às instruções.
Nossos símbolos, as alegorias, assim como a filosófia maçônica foram organizados há
muitos séculos atrás. Em todas asc;ívilizaçõ'es a maçonariafoi buscar o conhecimento para a
'construção espiritual da Sublime Ordem. Hoje,a perfeiçãodoslst~ma de instrução maçônica é
como as pedras e as madeiras coletadas das i:!Mtigas civilizações usadas para edificar o"
pensamento maçônicodo bem ao próximo.

, VM (ou PMI)
-lr. SV, qual-a finalidade Franco:..maçonaria nos dias de hoje?

SV ( De pé e à Ordem)
23

"~
_ VM, todo Q material reunido é para "patentear o engenho da Confraria"qu~ consiste na
valorização da maternidade; no valor da família como formadora de pessoas de bem; na
lealdade entre irmãos; na solidariedade para com Os de fora; no pleno exercício da cidadania;
na confirmação do ideal supremo deUberdàde; na fidelidade para comas leis da Maçonaria
Universal'
. .
e, da MaçonariaGlófia
" do ocldente do Brasil.
VM (ou PMI)
-Ir. CAP,assiminstruídoo Maçom, como el,e vê o mundo de hoje?

CAP (De pé é à Ordem).

_ A Verdadeira Luz nos dá conhecimento, para ver o caminho na busca da perfeição. A


ignorância, ao contrário, impede' que o Maçom enxergue a pos~ibmdade deescíerectrnento. A
superstição e o pr-econceito também-são véus que impedem a Lu~ de entrar em nossavida.

VM
- Executem o ,Sn.do P. Grau! três vezes.
(feito)

VM
- Repitam comigo:

LUZ!

LUZ!

LUZ!

CAP(De pé e à Ordem}

- Assim seja!

VM
- PodeiS vos assentar.

VM
_ Irmãos, isso encerra a >Quarta Seção da Primeira preieção.

VM (ou PMI)

- A reflexão de hoje é:
~
.t
liA Luz física é a, represéntação da iluminação verdadeira.' Ela ilumina o nossoínterior
quando conquistada com amare dedicação ao próximo".
24

(Todos/já sentados, fazem oS~ de AP. três vezes. Podemos notar que este é o
únicomomentoem que o Sn. é feito sentado)

ENCERRAMENTO -

VM (dá uma batida)


-Está encerrado o períododas Preleções

PV- Repete a batida e a ordemdo


VM. SV - Repete a batida e a ordem
do VM,

Textos de apoio:
(A leitura do texto é opéional. Se for lido sugerimos que ela seja feita pele Capelão).

I Reis Capo 5: 8 e 9 - Hlrãode Tiro ajuda Salomão mandando do Líbano as madeiras


para a construção do Templo.

Aliança com, Híram, rei de Tiro


Salomão pediu ao de rei deTiro, Hlram, que era amigo de seu pai, rei Daví que
mandasse
seus servos cortarcedró do' Ubanopara usar na construção do Templo.
,. "Hiram, ouvindo a mensagem de Salomão, encheu-se de grande alegria e disse:
l/bendito
seja o Senhor, que deu a Davi um, filho cheio de sabedoria para governar esse grande povo!".
Em seguida mandou responder a Salomão: "Recebi tua mensagem Farei o .que
desejas
. acerca das madeiras de cedro e de éipreste.
Meus servos as descerão dó Líbano até o mar, e dali as farei conduzir em jangadas
'até ao
lugar que me designares. Ali as desatarão, e tu as mandarás receber. De tÉ~u lado,
I Reis 5:17 e 18
corresponderás aos- A preparação
meus desejos,da madeira evíveres
fornecendo daspedras para casa"
á minha a construção. '
.: ._..tio rei ordenou" que extraíssem grandes
i? e belas pedras, que deviam ser talhadas para
os
alicerces do Templo.'
_ lias operários de Salomão e os de Hiram talharam as 'pedras, enquanto os glbileus
preparavam a madeira e às pedras para a construção da casa'!'

.3
.
25

MaçonariaGlória do Ocidente do Brasil \


, .
Ministério da Educação, Cultura e Comunicação
Ministério da Liturgia

Trabalhos York do Brasil


Preleção do Primeiro Grau
Seçãoríº 5

INTRODUÇÃ()

A finalidade principal das Preleções é a de organizar um sistema de instruções com


fundamento excluslvo no Rito Vork do Brasil. Issó direciona os estudos para os usos e
costumes do Rito. Embora a Franco-maçonaria seja Universal, a, interpretação do simbólico
pode não ser a mesma. Por exemplo, um mesmo assunto, como o uso da venda, tem
tratamento diferente uas
versões ritualísticas.
Apesar dísso.itodos os Ritué)is maçônicos prescrevem que uma venda seja colocada
sobre os 'Olhos do candidato. No Rito Vork do.êrasll diz assim: "convenientemente preparado,
solicitando
.. . .. - -' .
humlldernente ser admitido aos mistérios e prlviléglos da Franco-maçonaria". A interpretação
deste Ri!o éa de quea venda representa a cegueira do profano que precisa de um braço de
apoio para caminhar pela Loja. Com esta representação o candidato é conduzido
peloSegundo Diácono
Nas perambulações· (veja notá de rodapé, página 24 do Ritual .de Iniciação) existem
na
duasCerimônia de Iniciação.
representações . apresentado para ser ..feito maçom.
simbólicas: na prImeira o candidato é
Na segunda, depois de receber os 55. do Grau, o iniciado é conduzido aos dois Vigilantes
para.que eles o reconheçam peloSn., T. e PaI. No caso da venda ela representou, até aquele
momento, um
obstáculo na busca do conhecimento.
Na página 64 do Manual de Procedimentos Intra e Extra Loja tem mais explicação sobre
este simbolismo: tiA venda que está colocada nos olhos do candidatoé'o sfrnbojo da
escuridão, da lgnorância e da perversidade tio mundo profano. É também emblema da cegueira
~ das trevas que. envolvem aqueles que 'ainda não- receberam a luz da ciência e dia verdade".

Para a realização dessa meta faz-sê imprescindível um guia; de preferência um irmão


bem instruído no Ritual. A cçmsequência de uma escolha erradaéo. desvio do caminho
maçônico original. Por. isso, as concepções filosóficas devem ser coerentes com a orientação
rltualístlca da Loja. EmaJguns casos. este rumo pode ser r~dicalmente contrário, como o
agnosticismo que : ensina que a venda representa a cegueira dos que acreditam emDeus,

Em outros rituais há uma interpretação ainda diferente destas. No Rito Retificado, por
exemplo, o candidatoé convidado a colocar a mão direita sobre o Livro' de João. Depois lhe é
perguntado se ele crê que aquele livro é ode São João, Dianteda respostaafirrhativa
oVenerá~el lhe diz: "Felizes aqueles que creem sem ter visto". Estés exemplos servem para,
ilustrar as diferentes ínterpretações de uma mesma representação simbólica. Temos uma
definição peculiar no . Rito York do Brasil, baseada na origem da Franco-mâçonaria. Mas,'
paraenrlquecer o conhecimento dos maçons da Glória do Ocidente do Brasil, vamos
cjispor,nas Preleções, outras

formas como os, rituais veema maçona~ia. ôl


26

-r
-,

Voltando ao conteúdo das Preleções: elas condensam o conhecimento maçônico com


, ' . .' . I ,
fundamentos históricos e filosóficos. Isso evita a interpr~taçãoerrad.a por meio da pesquisa
também equivocada. Outro desviodo caminho é o "achlsrno"; porque achado sem base histórica
e filosófica. Estas duas formas confundem a prâtlea 'e a t~oriamaçônica. As, Preleções dos
Gra~us, ao contrário, é uma preCiosidade maçônica, tanto na sua forma lit,erária quanto no
aspecto espiritual. Por esta razão, mostra umcaminhq seguro para o conhecimento maçônlco
que deve ser,
alegoricamente, colocado na parte Nordeste da L.oja. '

- Vamos à Seção 5 da Preleção do Primeiro Grau


'
• ABERTURA

VM (dá uma batida) ,


-Irmãos, está aberto o perfodo das Preleções.

PV ~(sentado~ repete a batida e a ordem do VM).

~ SV - (sentado, repete a batida e a ordem do VM).,

VM (ou PMI)
-Irmão PV, responde! pelos irmãos que vão participar desta preleção:disponde-vos a
colaborar co~ os Irmãos Apre!'ldizes,na demonstração desta preleção?

PV (fica de pée àOrdem do Gfé~Ul.


- Faremos, o melhor que pudermos IrmãoVM(o~ PMI)'

[Todosos Mestres que participam das Preleções se levantam, fazem o Sn. de AP. e sentam-

se)
VM (ou PMI)
-Ir. PV, Por que fostes v-nd- -o?

PV (De pé e à Ordem) , .
', Porque na hipótese me negar a passar 'por qualquer das usuais cerimônias exigidas
para
, '\ - .. -' .', ,- ' .. . ". ----- '. _. .
fazerom Maçom eu podia ser COnduzido para fora da Loja sem descobrfr ,sua composição.
VM(ou PMI) ,
- Ir. SV,Wma segunda razão?

.,SV (De p e à Ordem)


_ Como fui recebido na Maçonaria em 'estado de Tr.~.s, era pará me fazer lembrar de .. "
manter assim todo profano, com relação aos {IOSSOS mmlst, maçônicos,'a menos que os
obtivesse legalmente como eu estava prestes a conseguir.

VM (ou PMI)
- Ir. CAP, Urna terceira razão?

----~-------
27

.. ..
CAP (De pé e ã Ordem) ,
_ Para que meucoração pudesse imaginar ante~que,tneus olhos pud~sseni Ver.

VM(ou PMl)
-Ir. SEC,Porque fostes calç:De chln+?
, ,
SEC(DE pé e à Ordem)
-Considerando nossas Lojas situadas sobr~terrenosagrado, alude a uma certa
passagem
, 'da Escrlturaeni que o Senhor falou a Moisés do - meioda ~rça Ardente: "tlra os sapatos dos
teus pés, porque o lugar em qüe estãs é terra santa". Esta passagem está em ExôdoÇap. 3
Versos de 1

VM(ouPMI)
á 5. - '
-lr, PV, explicai
. melhor esta .passagem ..

PV (De pé e à(jrd~m)
-Com prazer o farei, VM. No templo do Velho .Testamento, os sapatos usados pelos
hebreUs eram simples sandálias, amarradas aos pés por meio de correias ou tiras. ,
Moisés usava um calçado assim e, portanto, tinha ás pés à mostra, isto é,
descobertos. A
razão para os sacerdotes se' apresentarem descalços é porque não podiam entrar no
TaberJ:láculo ou' no Templo com sapatos nos, pés. Hoje, usamos sapatos fechados que
cobrem i nte!ramenteos pés. "Calçá~roscàm ct,lirielos"simbolizaestar descalço, em atitude de
respeito ao terreno sagrado
VM(ou PMI)
da Loja.-trmãos; todos de. pé e à Ordem no primeiro grau.
.. .. ; .

Todos fazem o Sn., coma ESq- -:- -

ia. VM (ou PMlse~ta-se)


VM(OU PMIL ,
-Irmãos, podels assentar.

VM(ou PMI) .
-Ir. SV,comoé feita a~preparaçãQdoCandidat9à Iniciação? '
,
~ SV (De pée ~Ordem)
.,NaPreparação"pé direito é calçado com chlnelô", Significando que o 'sapato deve ser
retirado e - substituído por um -. chinelo, remetendo naturalrnénte J'lO simbolismo'
menci~lJado antes: é, como se ti pé estivesse descatço. Quanto ao pé esquerdo, deve
continuar calçado, sem

nem nenhuma alteração., ' -


VM(ou PMI)
-Ir. CAP, Como vossogula então dispôs de vós?
28

CAP (De pé e à Ordem?


-Achando-rne nem nu nem vestido, desealço nem calçado, mas numasítuação
humilde, hesitante e comovente/amavelmente tomou-me pela mão direita, conduziu-me pelo
1\1., passando pelo V.M. no Or., seguiu pelo S. e entregou-me ao PV no oc ..

VM (ou PMI)
, -Ir. SEC, existe outra explicação além do respeite ao terreno da Loja?

SEC (De pé e à Ordem)


_ Existe, VM, e muito significativa explicação. Além do significado dereverência ao
terreno
sagrado da LOjà, porque Deus se ~chava no meio da sarça ardente, encontra-se Ele também
no interior da Loja. Ainda outro sentido pode ser atribuído ao ato de tirar o sapato: é o sentido
do
.' ,
compromisso. '
VM (ou PMI)
PV (De- pé eà Ordem)
Ir. PV, como é este compromisso?
_ Vamos aos antecedentes, VM. Era costume antigo em Israel, entre os parentes, que
quando um cedia oseu direito a outro, quem cedia tirava o sapato e (;) dava ao seu parente .
.O ato de tirar o sapato selava com á sua honra o compromlsso.

VM (ouj)MI)
, ., Ir. SV, o que isto tern-a ver com Franco-maçonaria?

a SV (De pé e à Ordem) ,
, VM e irmãos, quando tiramos o sapato e nos ajoelhamos com a mão direita sobre o
VLS
selamos, igualmente, um' solene compromisso. Primeiro com Deus. Segundo de lealdade
para com a Maçonaria Glória do Ocidente do Brasil e a Loja em particular. Em terceiro para
conosco e com a
nossa
VM (ouconsciência de fazer novos progressos na maçonaria. '
PMI)
-Ir. PD, Sendo assim devidamente preparado, aonde fostes conduzido?

PD (De pé e à Qrdem)
-À porta da
Loja.
VM(ou PMI)
-lr. SD, Como encontrastes esta porta?

SD (De pé e à Ordem) ,
- Fechada e culdadosamente Cob-- --?

VM (ou PMI) ,
-tr. TES, Por quem estava Cob - ---?

TES (De pé e àOr'dem) ,


_ Por alguém que mais tarde descebrisetratardeG.E. [ou Telhador] da Loja.
. ' ,
29

VM (ou PMI)
> - Ir. CHANC, Seu dever?

CHANC (!?e pé eà Ordem) ,


_ Armado com uma' espada desembainhada, manter à distância todos os intrusos e
profanos à Maçonaria e verificar que os candidatos estejam devidamente preparados.

VM (ou PMI)
;.-Ir. GI, Estando em estado de trs., como soubestes que era uma
porta?
GI (De pé e à Ordem) ,'
_ Por defrontar-me com um obstáculo, obtendo, depois, admissão.

VM (ou PMI) ,
, - Ir. Gl; Como obtivestes
admissão?
GI (be pé e à Ordem)
- Por trêsbts. distintas.
/

VM {ou PMI)
-Ir. CAP, A que alude essas
bts.?
CAP (De pé e à Ordem) "
_ A uma antiga e venerável" exortação: "Buscai, e achares; pedi, e, dar-se-vos-à; batel, e
abrlr-
se-vos-à".
VM' (oúPMI) .
_ Ir. SEC, Como aplicais essa exortação a vossa situação nesse
caso?
SEC (De pé e à Ordem)
, _ Tendo buscado em minha mente, pedia uma amigo, ele b - - - - ea portá da Franco-
maçonaria abriu-separa mim.

VM (ou PMI)
-ir, SECj Quando a porta maçônica abriu-se para vós, quem
veio em vosso auxílio?

SEC (De pé à Ordem)


, _ Aquele que mais tarde descobri ser o G.L

VM (ou PMI)'
_ Irmão GI, O que ele perguntou ao vosso amigo, o G.E.?

GI (De pé e à Ordem)
. -Quem estava comele.

VM (ou PMI) ,
-lr.GI, A resposta, do G.E.?
,

------ .... _ .. _ ..• __ .. --_._--


30

G,I (De pé e à Ordem)


_ O Sr. ~ .. , um pobre Candidato em trs., que foi honrosamente recomendado,
regularmente
proposto, e aprovado em loja Aberta, e que agora se apresentá, por' sua livre e espontânea
vontade, convenientemente preparado, solicitando' humlldementeser admitido aos mistérios

privilégios da ,Franco-maçonaria.' .
VM (ou PMI)
-Ir. DC, Que'foi que oê.l. perguntoumals?

DC (Depé e à'ordem)
- De que modo eu; esperava obter aqueles privilégios.

VM (ou o PMI)
-lr, SD, Vossa resposta?

50 (De pé e à orderno.
-Com a proteção de Deus, por ser livre e gozar de boa reputação.

VM (ou PMI)
-lr, PV, Corrio o GJ continuou então?

PV(De pé e à Ordem)
-Ele recomendou • que eu aguardasse, enquanto me anunciava ao V.M;, que,
posteriormente, ordenou minha admissão.

VM (ou PMI)
-Ir. S"ffostesadmitido? Em que?

~ SV (De pé e à Ordem)
, " _ Fui, na pnt. de um insto p-nt- -g-do apresentado ao meu p- -t- e.n,

VM (ou PM1) ,
_ Ir. CAP, por que a pnt. de um insto p-nt- -g-do foi apresent~da ao vosso p- - t - e. n.
na
vossa admissão na loja?
CAP (De pé eà Ordem)'
_ Para me fazer entender que eu estava prestes a participar de algo sério e solene, e
também para distinguir o sexo.

VM (ou o PMI) ,
, -Ir. SEC, Quando admitido na loja, qual foi a primeira pergunta que o Mestre vos fez? '",
,
I SEC (De pé e à Ordem)
, _ Sr ... , Como ninguém pode ser feito Maçom a menos que seja livre ~e de maioridade,
pergunto-vos: sois livre e já completastes vinte e um anos? Ao que respondi
aflrmatlvamente.
VM (ou'PMI) ".1,', ...
-lr. CAP, Que vos foi pedido
então? 1 /
f.

ti,,,f(
'1:1
31

CAP (De pé e à ordem)


_ Que me ajoelhasse, e recebesse ~.'
o benefício de 'uma prece, maçônica. '

VM (ou PMI) .
'-Ir. CAP, Qu~ vos agradeço repeti-la.

vM (dá uma batida)

PV (repete a

batida) SV (repete
-.
a batid~)
CAP (De pé e à Ordem) ,
_(Todos
Concede'
ficamTeu
de auxílio,
pé çomPai Todo-poderoso
o Sn.:de R.) e Supremo Árbitro do Universo, a esta
nossa
reunião, e. permite que este Candidato à Franco-maçonaria possa não só dedicar e
consagrar'sua via ao .Teu serviço CpMO tornar-seurn verdadeiro e fiel irmão entre nós. ínvesté-
o com á capacidade de Tua divina sabedoria para que, auxiliado pelos segredos de nossa arte
maçônica, possa ele melhor habilltar-se a revelar' as belezas da verdadeira' devoção" para
honra e Glória 'do

VM Santo
teu (ou PMI)
l Nome: '
Assim seja.

(Todos baixam oSn. de R. e sentam-


se) .
V
-trmãos, isso encerraa Quinta Seção da
M
Primeira'Preleção.
VM (ou PMI)

- A reflexão de hoje é: .
, "As perambulações 'feitas no sentido do sol lembram as que existem na cerimônia de
sagração dos reis. A apresentação e a identificação simbolizam o homem antes e depois da ,
iniciação. O nascimento maçônico e a existência com honra e virtudeé ameta no caminho
nesta

 magnífica viagem
(todos, do Maçom".
sentados, fazem o sn de AP. três vezes.)
(podemos notar que este é o único momento em queo Sn. é. feito sentado) ,

ENCERRAMENTO'

VM (dá uma batida) .


-Está encerrado o período das Preleções

PV - Repete a batida ea ordem do


VM. SV - Repete a batida e a ordem
do VM.

~-------------- .-
32

Textos de apoio:
(A leitura do texto é opcional. Sé for lido sugerimosque el~' seja feita pelo Capelão).

Rute Capo 4,' versos 7 e 8: "Este era, outrora, o costume, em Israel, quanto a resgates
e permutas: o que, queria con'firmar<qualquer negócio tirava o calçado e o dava ao seu
parceiro; assim se confirmàva negócio em Israel. Disse, pois, o ,resgatador a Boaz: 'Compra-a
tU.,E tirou 9

calçado".
O ato de tirar o sapato era, na época do Velho Testamento, um processo legalde transferência
de
,direitos, quando feito na presença de testemunhas.

~------------- -----'-
33

- ----------

Maçonaria Glória do Ocidente do Brasil Ministério da


Educação, Cultura e Comunicação Ministério da
Liturgia

Trabalhos York do Brasil '


Preleção do Primeiro Grau
Seção nº 6

INTRODUÇÃO

o método de ministrar as Preleções pelo catecismo é muito antigo na Franco-


maçonaria. O primeiro mariuscrito a tratar deste tema é o 'Edinburg R,egister House, de 1696,
onde estão dispostas algumas perguntas e respostas, tais como:

P- Onde era a primeira Loja?


R~ No pórtico do Templo de Salomão.
P- Em que parte do Templefunclonava a
Loja?R- No pórtico de Salomão, na
extremidade .
, . J '.
Ocidental do Templo, onde foram colocadas as duas colunas.
Este manuscrito é maisum documento a comprovar que este sistema, além de
tradicional, também facilita o aprendizado de quem auxilia como lnterlocutordo Mestre ou dos
que ouvem os diálogos dos Oficiais. Nesta Seção 6 vamos começar, logo após a Abertura da
Seção, com a primeira demonstração de crença em Deus feita na Loja. ,

As preleções remetem-nos ao princípio da Franco-maçonaria e resume o


conhecimento maçônico, dando ênfase às fórmulas rituallstlcas para memorização das
práticas do Rito Yorkdo Brasil.

Vamos à Seção 6 da Preleção do Primeiro Grau

ABERTURA

VM(dáuma batida)

-lrmãos.está aberto o período das Preleções.

PV - (sentado, repete a batida ea ordem-do VM).

SV - (sentado, repete a batida e a ordem do VM)~


- ). '

VM (ou PMI) \ ,. \
-Irmão PV, responde! pelos irmãos que vão participar desta preleção: disponde-vos a
colaborar cornos Irmãos Apreridizes, na demonstração desta preleção?
34

?'.
,
.~
;"--
PV (fica de pé e à Ordem do Grau) ,
"_ Faremos ornelhór que pudermosl[mão VM (ou pMI)

(Todos os Mestres que participam das Preleções se levantam, fazem o sn. dé AP. e sentam-se)

VM (ouPMI) ,
-Ir, PV, NO,final da Seção nº 5 o ir. CAPrecitou a fórmula da Prece da Iniciação, Após
recitar
esta prece, qual foi a perçúntaseguinte do Me~tre? .
PV (De pé e à Ordem).
, _ Em todos os casos de dificuldade e perigo, em quem depositais vossa confiança?

VM(ou PMI),
-Ir.\ SV,Vossa resposta?
.

SV (De p e à
Ordem) -
Em Deus.
,VM (ouPMI)
-Ir. CAP, A réplica do Mestre?

CAP (De pé e à Ordem)


_ Muito satisfeito estou em encontrar vossa, fé tão bem flrmadai confiando em tão
seguro
amparo, podeis levantar-vos' sem receio e seguir o vosso guia; com firme porém humilde
confiança, porque acreditámosque onde o nome de Deus é invocado não pode haver nenhum
\
perigo.
VM (ou PMI).
-Ir. SEC .• De que.modo o Mestre então se dirigiu à Loja?
, '

SEC (DE pé -e à,o Ordem)


_ Irmãos do, N., Or., S., e oc., prestai atenção que o Sr ..... está prestes a passar
diantede
vós a fim de mostrar que é o candldato, convenientemente preparado, e pessoa digna e apta-
para
ser feita Maçom.
VM{ou PMI)
-lr.PV, Como vosso guia então disp~s de vós?

PV (De pé eà Ordem)
'_ Achando-me nem nu nem yestido, descalço nem .calçado, mas numa situação hurnllde,
",.
hesitante e comovente, amavelmente tomou-me pela mão direita, conduriu-me pelo N., passando
, pelo V.M. no Or., seguiu pelo S. e entregou-me ao PV no.Oc ..

VM (ou PMI)
-lr. SV, O que vos foi exigido durante vossa jornada ao redor da
Loja? .,
, '
3
35

SV (De pé e à Ordem) ,
_ Passar por ume exame junto ao SV e PV, slmilar ao' que havia feito à porta da Loja.

VM (ou PMI)
-Ir. CAP, Por que foste conduzido ao redor.da Lôj~ nesta maneira distinta?

CAP (De pé e à Ordem?


_ Para representar, figuradamente, o aparente estado de pobreza e miséria em que era
recebido na Maçonaria, sobre cuja miséria (se concretizada) era para eu refletir por um momento,
não deixando de causar forte impressão em minha mente, como a de jamais, indiferente, fechar
meus ouvidos ao pranto dos desamparados, particularmente a um Irmão Maçom, mas ouvindo
com atenção as suas queixas, a compaixão [orrariade meu 'peito, seguida de alívio que suas ,-'
necessidades requeiram e minha capacidade puder proporcionar. Era para mostrar, igualmente,
que eu era o candidato preparado e pessoa digna e apta para ser feita maçom.

VM (ou PMI) , '


_ Ir. SEC, Quais são as pessoas dignas e aptas para serem feitas maçons?

SEC (De pé e à Ordem) ,(


_ Homens retos, honrados e livres, de maioridade, bom senso e rigorosa conduta.

VM (ou PMI)
'_ Ir. PV, Por que os privilégios da Máçonaria são restritos aos homens livres? '
/'
PV (Depé e à Ordem)
_ Para que os hábitos vi~iosos da escravidão não contaminem os verdadeiros princípios
de
liberdade sobreosquais a.ordem está alicerçada.

VM (ou PMI)
-Ir, Por-que de maioridade?
SV (De pé e'à Ordem) ,
.. Para melhor ser capaz de julgar por nós mesmos, bem como pela Fraternidade em geral.
'

VM(ou PMI)
-Ir. PD, Porque de bom senso e rigorosa conduta?

, .
PD (De pée à Ordem)
_ Porque tanto pelo preceito como pelo exemplo possamos estar melhor capacitados a
impor a devida obediência às excelentes leis e princípios estabelecidos na Franco-maçonaria.

VM (ou PMI)
-lr. SO, Ao serdes entregue ao PV no Oc., como ele
continUou?
5D (De pé eà Ordem) ,
.. Aprésentando-me ao V.M. corno um candidato convenIentemente preparado para ser
feito Maçom.
7
.>
;?J
F
36

( ,

VM (ou PMt)
-'Ir. TE~'A resposta do Mestre?

TE5 (De pé e à ordem)


_ Ir. PV, vossa apresentação será atendida e, para esse propósito. 'dirigirei algumas
perguntas
ao candidatoque,'acredito, re~ponderácQ,m sinceridade: " '

VM (ouPMI)
_ Ir. CHANC, A primeira daquelas perguntas?

CHANC (De pé eà Ordem)


_ Declareis, solenemente, sob vossa honra, que não fostes movido por solicitação
imprópria
de amigos, contra vossa própria inclinação,e nem fostes influenciado por motivo mercenário
ou outro menos digno, e que é livre e voluntariamente que vos ofereceis comócandldato aos
mistérios e privilégios da 'Franco:"maçol1aria? Ao que respondi afirmativamente.

VM (ou PMI)
-Ir. GI, A segunda?

'GI (De pée à Ordem)


_ Garantis, também, que fostes movido á solicitar esses privilégios por uma 'opmlao
favorável e preconcebida da instituição, um desejo geral de reconhecimento e um anseio
sincero de vos tornardes mais exclusivamente útil aos vossos semelhantes? Também
respondi: Eu o
garanto!
VM (ou PMI)
- Ir. DC, Aterceira? "

DC (De pé e à ordem)
_ Prometeis; solenemehtemais.,sob vossa honra, por um lado evitando o temor e por
outro
a precipitação, que persistireis firmemente por toda a eerimôni~ de vossa iniciação e que, uma
vez' admitido, mais tarde acatareis e agir~issegundo os antigos usos e costumes estabelecidos
da
Ordem? A todas elas as respostas fbra~afirmativas. . , . CO ,
VM (ouPMI)
, --lr.CAP, O que o Mestre ordenou em segúida?'

CAP (Qe pé e à Ordem) ,'


_ Ordenou ao PV que dissesse ao 5D para ensinar aavançarparq o A~tar na devida
forma.
,"
Vfvf(ou PMI) ,
, ,", Ir. SV/ Derrionstrai 'O método de avançar do Oc.:para o Oro Neste grau?

5V (faz).
, (Volta ao seu lugar)

VM (ou PMI)
-lr, PV, De que consistem esses ps .. irregs?
37

PV (De' pé e à' Ordem) .


- De-linhas e ângulos retos .

. VM(ou PMI)
-Ir. CAP, O que eles ensinam moralmente?

CAP (De pé e à Ordem)


, - Vidas aprumadas e ações bem esquadrejadas.

VM(oú o PNlI)
-Ir. SEC, Quando colocado perante o Mestre no Or., como ele se dirigiu avós?

SEC (De péeà Ordem) . ..


~ É meu dever informar-vos que a Maçonaria é livre e exig~umaperfeitaliberda~e de
inclinação em todócandidatoaos seus mistérios; é baseada nos mais puros princípios de
devoção
_ e virtude. Possui importantes .e' inestimáveis privilégios e a fim de asseguraressesprlvllégios
a homens dignos, e esperamos que a homens dignos somente, votos de fidelidade são
requeridos; posso vos garantir, porém, não haver nada lncompatível.nesses votos com vossos
deveres civis,' morais ou religiosos. Estais, portanto, disposto a prestar um S. ç., baseado nos
princípios que tenho afirmado, de guardar, inviplados os segredos e' mistérios da Ordem? ,Ao
que dei meu assentimento.
VM (ou PMI)
-lr.cÂP, Fostesfeíto Maçom?

CAP (De pé e à ordem) .


- FUI, e isso na devida forma.

VM (ouPMI)
- Ir. CAP, Qescrevei a devida forma em que fostes feito Maçom.

CAR (De pé eà Ordem) "


-J. e.desn.vdobr., p. d. nato de um esq., c. er-t- dentro do esq., m. d. sobre oVLS,
enquanto minha e.se ocupava 'em sustentar uma haste doC., uma pnt. apresentada ao meu
p.e. n-.
VM (ou PMI)
-lr. PV, Por que o C. f~i apresentado ao vosso p.e. n. no momento de vossa lnlclação?

PV (De pé e à 'Ordem) , .
-como- um, emblema de tortura para o meu corpo, de modo que sua lembrança viesse '"
sempre à minha mente, corno uma provação, se a. qualquer momento, 1)0 futuro, me
encontrasse prestes a indevidamente revelar qualsquer daqueles segredos rnaçônlcos que
estava então a
ponto de conhecer. _ . .'
VM (ou PMI)
-Ir. SVj Nessa posição que estáveis prestes a fazer?

SV (De pé e à Ordem) .'


38

- Prestar o G: e S. C. de um Maçom.

VM
- Irmãos, isso encerra a Sexta Seção da Primeira
Preleção. - .
VM (oUpMI) .
- A reflexão de hoje é:
"Ao coração que oculta, e à língua que jamais índevldamente revela qualquer ou
quaisquer
dos segredos ou mistérios de ou pertencentes a Maçons Livres e Aceitos na Maçonaria".
(Todos, sentados, fazem o Sn de AP. três vezes.)
(Podemos notar que este é o único momento em que o Sn. éfe~to
sentado)
ENCERRAMENTO

VM (dá uma batida)


-Está encerrado o período das
Preleções
PV - Repete a batida e a ordem do VM
..
SV - Repete a batida e a ordem do r
VM.

j
39

Maçonaria Glória do Ocidente do 'Brasil


Ministério da Educação, Cultura e
Comunicação MinistériO da Liturgia

Trabalhos Vork do
Brasil :Preleção do
Primeiro Grau Seção n2
7
INTRODUÇÃO

O Rito York do Brasilé uma afirmação da fé cristã.


Neste capítulo da. 7~ seção aparecem dois temas polêmicos;

1 - O compromisso maçônico prestado sobre o VLS;


. . . t .
2 - A restltulção da (uz.
,\ ' ' "
, Nos diálogos desta Seção vamos comentar estes pcntosEsta é uma forma de' levar o
Aprendiz a compreender o que diz o nosso ritual sobre estes assuntos. Antes, porém, vamos
voltar a quase três mil atrás, em 968 AC. No seu quarto ano dereínado o rei Salomão iniciou a
construção do' Templo de Jerusalém, no Mont~ Moriá, no lugar ondese secava os cereais,
entre as
posses das tribos de Judáe Benjamim. .' .' "
, Segundo o Dicionário da Bíblia, a construção durou sete anos e meio e teve um custo'
estimado de quase cinco milhões de dólares. Este Templo foi consagrado ao oéus Todo-
poderoso. O Templo de Jerusalém, pelo seu esplendor, foi alvo da cobiça de outros povos.

Com uma. riqueza e uma perfeição nunca vistas em 'nenhumaoutr:aconstrução, o Templo de


Jerusalém se constituiu, pelo seu valor simbólico, em arquétipo da construção ideal. .
Tornou-se'assim, um modelo para a Maçonaria Univêrsal.' A lenda do Terceiro Grau foi ,
inspirada da construção do Templo. O sistema inglês, por meio do Rito Emulação, retirou parte
das suas alegorias desta' mágnífica obra Humana. Do Grau' de Aprendiz ao santo Real Arco

. .ancontramos citações de rara beleza literária e'fiI~sófica alusivas ao Templo. ','


.No primeiro Grau, emz? Crônicas, capítulo,6:1-3, por exemplo, está marcada a leitura
obrigatória na Ab~rtura da Ldja, exclusiva dos rituais combase no Rito Emulação, corno o Rito
York
. ,;,' ..
do Brasil: "Então, disse Salomão: O Senhor declarou que habitaria em nuvem espessa!
Edifiquei
uma casaNo _ para
ano de tua
598morada; 'lugar
ou 586AC para a de
o Templo tua,Jerusalém
eterna habitação!Voltou,
foi destruído porentão, o rei o rosto,
Na~udonosor li, reie
abençoou atodaacongregação
da Assíria. Em 536 de Israel, enquanto ela se mantinha em pé". .
. da mesma época, 'o..rel'Clro, da Pérsia, autoriza a reconstrução do Templo.'
A restauração é feita por Zorobabel, descendente de Davl. I;m 515, já:no reinado de Dado '1, rei
dos ..•
persas, é concluída a reconstrução do 22Temploou Templ~ de Zorobabel. '
.', - "',' ,';
Embora a construção do Templo de Salomão seja um tema comum à Franco-maçonaria,
a sua interpretação é restrita a cada ritual. No caso' da Glória do OCideptedo Brasil a Ligação
da Loja maçônica ao Templo de Jerusalém é impressionante; ainda que subjacente nos rituais.
Esta,
,,
40

construção físic8,'considerada a mais perfeita do ,homem, é uma alegoria dotefsmo declarado


pelo Rito York do Brasil. ' '

E também alude à terceiraçferenda feita por Salomão. Na página 46 do Ritual de


Iniciação, no capítulo Explanação da Tábua DelJnear do Primeiro Grau, constam três
oferendas.
Destacamos, a última: liA terceira, as muitas ações de graças, oblações, sacrifícios
queimados, e dispendiosas ofertas que Salomão, Rei de Israel, fez no acabamento, dedicação
e consagração do
'Estamos
Templo deínlclando.a Seção
Jerusalém ao 7 dade'
serviço' Preleção
Deus". 'do Primeiro Grau "

ABERTURA

Vfv'!(dá uma batida)


-lrmãos, está aberto o período das Preleções;

PV - (sentado, repete a batida ~ a ordem do VM),


. - ' !

SV - (sentado, repete a batida e a ordem do, VM).

VM (ou PMI)
" -lrrnão PV, respondei pelos irmãos que vão ,participar desta preleção: disponde-vos a
colaborar
com os Irmãos Aprendizes, na demonstração desta preleção?
, ,
PV (fica de pée àOrd~~,do Grau)
_ Faremos o melhor que pudermos Irmão VM (ou PMI)
I
(Todos os Mestres que partíclparn das Preleções se levantam, fazemoSn, de AP.e sentam-
se)'
VM (ou PMI)
-: Ir: PV, vamos lnlclar esta Seção da Prímeira Preleção recitando a .fórrnula do Sagrado
Compromisso. Estais disposto a fazê-loê

PV (De pé e à Ordem)
- Sim, VM. Com disposição o
farei.
,
VM .;:. dá uma /
batida,
PV - repete a
batida
SV - repete a
batida
VM(ou'PMI)
- Todos ficam de pé 'como Sn, de
Ap.
PV - (De pé à Ordem)
_ Eu ... na presença do Grande Arquiteto do Universo e desta digna, venerável e autorizada
Loja de Maçons Livres e Aceitós, regularmente reunidae devidamente consagrada, de minhá
livre e espontânea vontade, por este meio e sobre este Livro, sincera e solenemente pr, ometo
que
. '. '
;
41

'sempre guardarei, ocultarei e nunca revelarei qualquer parte ou partes, ponto ou pontos, dos .
segredos ou mistérios de ou pertencentes a Maçons Livres e Aceitos na Maçonaria, que
possam até o presente ter-sido por sabidos, ou agora ou no futuro sejama mim comunicados, a
não ser a um "eal e,legítimoirmão ou Irmãos, e nem mesmo aele ou eles . senão depois da
devida prova, exame rigoroso ou segura Informação de um irmão' bem conhecido de que ~Ie
ou eles sejam dignos- dessa conflança.. ou no seio de uma Loja de Antigos Franco-maçons,
justa perfeita e
regular.' . .
VM(ou PMI)
-Ir. SV, oque mais prometeis?

. SV (De p e à Ordem)
- Prometo, solenemente mais, nunca escrever, imprimir, entalhar, marcar, gravar, ou por
I .
qualquer outra forma descrever essessegredos, nem dar motivo oupermitir seja assimfeitopor
outros, se em meu poder estiverimpedHo, sobre qualquer coisa móvel ou imóvel sob a
abóbada celeste, pela qual ou sobre a qual qualquer letra, taractere ou figura ou o m~nor
traço-de letra, caractere ou figura possa tornar legível ou inteligível a mim ou a qualquer
pessoa' do mundo/de modo que nossas artes secretas e ocultos mistérios possam,
indevidamente, se tornarem conhecidos por minha indignidade;

VM (ou PMI)
- lr. CAP, completai a terceira parte do compromisso maçônico:

CAP (De pé e à Ordem) .


- Estes diversos pontos eu prometo observar, sem evasivas, subterfúgios ou reserva
mental .
. 'de qualquer natureza, sob penalidaêle nunca menor; pela violação de 'qualquer deles, que a de
ter .... ou (o castigo mais severo de ser estigmatizado como um perjuro intencional, desprovido
de todo valor moral e totalmente indigno de ser recebido nesta venerável Loja, ou em qualquer
outra Loja autorizada, ou sociedade de homens 'que colocam a. honra e a virtude acima das
vantagens. . -. '. -. . .. .
exteriores da posição social e da fortuna. Assim me ajude Deus e me conserve firme neste meu
. G"
VM (ou Pfv'!1)
e S. C.-Todos
de Ap cortamo'Sn.
.. de Construtor .
e sentam-se.

VM'(ou PMI)
-Ir PV,por que ..-.
o Sagrado
~.> Compromisso
• foi feito dessa forma?

PV(De pé e à Ordem) -/
- Primeiro, ao colocar a mão direita sobre o Livro sagrado, a' Bíblia, reafirmei o
compromisso de considerar a Bíblia como a palavra revelada de Deus, o Grande Àrquiteto do . "
Universo. Declarei, dessa forma, a minha submissão ás Leis·Divinas. Segundo, para demonstrara
minha disposição em pautar a minha existência, a partir da iniciaçãO, em acordo com a
deelaração,
a garantia é a promessa de agi I' conforme os usos e costumes da maçonaria.
VM (ou PMI)
-Ir: CAP,podeis nos explicar a que segredos o compromisso faz réferência?

CAP (De pé e à Ordem)


42

i'
_ Sim, VM. Os Segredos, no plural, se referem aos Sn.e rr, pelos quais os maçons se
reconhecem mutuamente. No Ritual de Iniciação há 'uma referência sobre os segredosr=os
sinais pelos quais nos damos a conhecer uns aos outros e nos distinguimos do resto do
mundo", Diferente de segredo, no singular, que é um conceito filosófico de iluminação interior.
/
, .
VM (ou PMI)
- Ir. SEC, Tendo prestado o S.C. de um' Maçom, que foi que o Mestre
vosdisse?

SEC(Oe pé e à Ordem)
_ O que tendes repetido pode ser considerado apenas com uma grave promessa;
como
. '1·..· '. '
penhor de vossa fidelidade e para torná-Ia um S.C. sela i-a com os vossos Ibs. no v'LS. '
VM (ou PMI)
-lr, PO, O que ele vos disse mais?

.. PO (De pé e à Ordem)
I - Tendo sido mantido por considerável tempo nas tvs., qual é, na vossa situação atual,
o
desejo que predomina em vosso coração?'
VM (ou PMI) ,
, -lr.SO, Vossa resposta? '

SO (De pé eà Ordem)
- LUZ! Aoque o SD, por ordem doV.M. a restituiu a mlrn,

VM (ou PMI)
- Ir. SV, que luz é essa?

SV (De pé eà Ordem) , ....


_ Re{ere-se à luz material, VM: Assim está escrito no Ritual de Iniciação: "Tendo sido
"restituído ao benefício da l-z material ... ". O ritual se refere á capacidade de enxergar que lhe
foi
. suprimlda por algum tempo. A noção de Luz nos situa no 'coração da Franco-maçonaria. No
Rito York do' Brasil Luz é' a representação da iniciação, slmbolizada pelo conhecimento
maçônico. Portanto, esta t-z é puramente material, não representando a Verdadeira, Luz,
referida na Epístola
I João 2:8. A Luz Verdadeira deste livro da Bíblia é Jesus Cristo. I

CAP (De pée à Ordem? .


_ As três grandes, embora emblemáticas, 1- z - s narrancc-maçenerla. que são o VLS
(*) 6
E. e o C.
VM (ou PMI)
- Ir. PV, Seus usos?

PV (De pée à Ordem)


43

_ As Sagradas Escrituras (*)são para governar à nossa fé, o E. para regular nossas
ações, o C. para nos manter nos devida"s limites para com a humanidade toda,
particularmente para com os nossos irmãos na Franco-maçonaria.

VM (ou PMI)
.. Ir SV, De que modo continuou então o Mestre?

SV (Depé eà Ordem)
-Amavelmente, tomou-me pela m. d., dizendo: Levantai, recém-juramentado Irmão entre
maçons.

, VM (ou PMI)
- À Ordem, irmãos!
(Todos fic;am de pée à Ordem. Cortamo Sn. e sentam-se)

- írmãos.tssq encerra a Sétima Seção da Primeira Preleção.

VM (ouPMI) . \'
- A reflexão de hoje é:
liA Luz da iniciação nos habilita a ver a Luz material. Mas, a Palsvra revelada inspira-
nos a
decifrar os rnlstérlos de Deus, o G.A.D.U". \ '
(Todos, sentados, fazem o Sn de AP. três vezes.) ,
(Podemos notar que este é o únlco momentoem queo Sn. é feito-sentado)

ENCERRAMENTO

VM(dá uma batida)


-Está encerrado o período das Preleções

PV - Repete a batida '~ a ordem do


VM. SV - Repete a batida e a ordem
do VM.

(*) Nota explicativa:


Em duas respostas nesta Seção sé fala em Volume da Lei Sagrada - VLS -e na outra,
referindo à mesma luz, a expressão utilizada é Sagradas Escrituras. Volume da Lei Sagrada e
Sagradas Escrituras são expressões idênticas para definir a B'íblia' cristã. Abaixo, a tradução
do
original inglês. '
VLS - Volume of sacred Law.
Escituras Sagradas - The Sacred Writtings.

Texto de apoio:
(A leitura deste .texto é opcional. Se for lido em Loja sugerimos que seja feita pelo
Capelão),
" J, ~ ;

H,.
44

.rr-.
Neemias CaR.10:29:. "firmemente aderiram a seus irmãos; seus nobres convieram,
numa
imprecação e num juramento, de que andariam na Lei de Deus, quefol dada porlnterrnédlo de .
Moisés, se.rvo. de Deus, de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do SENHOR,
n-osso Deus, e os seus juízos e os seus estatutos".
I João 2:8: "Todavia, vos escrevo novo mandamento, aquilo que é verdadeiro nele e em
vós, porque as trevas se v,ão dissipando,eà verda-deira luz já brilha"
45

Maçonaria Glóriq,do Ocidente do Brasil


Ministério da Educação, Cultura e,
Comunicação' Ministério da títurgla

Trabalhos Vork do Brasil


Preleção do Primeiro
Grau Seção nº 8. .
,
INTRODUÇÃO

A preleção anterior, a de número', foi encerrada quando o Mestre levantou o Iniciado,


após prestar o Sagrado Compromisso. Nesta continuação - Preleção n5! 8 - vamos reproduzir
ipsis Iitteris ~ uma parte importante da Preleção falando das Luzes Sec.undárias - Luzes
Menores _ e do. Avental de Maçom - o símbolo de trabalho na Franco-Maçonaria. O Ritual
traduz o conteúdo das Preleções dizendo que as três luzes'Menoresrepresentamo Sol, a tuae
o Mestre da Lójá. Note que a expressão Mestre da loja é uma linguagem e1Cclusivado Rito
Vork do Brasil,

que é baseado no Rito Emulação.


A sequênciadoRitual, que descreve o nascer do Sol no Oriente, 'o esplendor no Sul ao
meio-dia e o recolher no Ocidente referem-se ao curso do Sol e ao .movimento horário da
circulação em L-pja. É tambémLÍ~a alusão ao trabalho diári9'do hóme'1" no aspecto tradlclona],
. como acordar, trabalhar e descansar. Existem vários versões na maçonaria simbólica para
explicar as Menores Luzes. Ficamos com a 'que se fundamenta nas Preleções e no' Ritual de

Iniciação do Rito Vork do Brasil.' .,


O Sol, slmbollzado pelo 2º Vigilante, que se mantém no Meio.;dia, a Lua, 'pelo 1º
Vigilante, colocado no Ocidente, e o Venerável, no Oriente. A Cerimôpia de Abertura da Loja
diz queo 2º Vigilante é colocado no sul para observar o Sol em seu meridiano, chamar os
irmãos do trabalho para o descanso e do descanso para o trabalho para que proveito e prazer
seja o

resultado.
Quanto ao 1º Vigilante, ele é colocado no Ocidente para' I,
observar o ocaso do Sol,
~nc~rrar a Loja por ordem do VM, depois de verificar que tódoirmão tE!nhàrecebidoo que lhe
é

, devido. O Mestre' da Loja é colocado no Orlentepara abrir a' Loja, empregar 'e Instruiros
irmãos na Franco-maçonaria. Os ritualistas utilizaram uma forma poética para abrir esta fala
doPMI: li Assim como o Sol nasce no Oriente para romper e embelezar o dia, assim o
Venerável Mestre é
Depois de passar pelo Sinal, Toque e Palavra, a Preleção é encerrada assinalando a
colocado no Oriente". ' ' "
importância do Avental de Aprendiz. Indusive, convocando-nos para uma reflexão sobre a ,
harmonia que deve existir entre os maçons. O seu uso na Loja maçônica destaca a prática da

. sabedoria e da concórdia que devem prevalecer no coração de um Frarico:..maçom.


Porque, como insígnia/distintiva de Maçom, o Avental é 'mais nobre do que o Tos~o de ouro, a
•• Águia Roma ou a Ordem da Jarreteira. A Ordem do Tosão de Ouro foi fundada por Felipe 111,
Duque de Borgonha, em Bugres, Flandes, em 1430, para comemorar seu casamento-com .
'Isabel, de Portugal. O Tosão de Ouro era uma Ordem de cavalaria-associada especialmente
. com
'
os Habsburgos da Áustria e Espanha. . .
46

?

Seu primeiro Capitulo estabeleceu-se em Lille em 1431 e, em 143Z, sua sede foi
fixada 'em Dijon, capital do ducado deBorg'onha. Dedicada ã Virgemn Santa e a Santo André,
foi primeiramente constituída para ter um GrãO Mestre (o Soberano Duque] e 23 cavaleiros,
mas o quadro foi subsequentemente aumentado para 31 e, eventualmente., para 51.

EstaOrcí.em"ftmdada para 'defender a. religiãoçatólica é para sustentar os costumes


da cavalaria, tinha, como idealdecidir todas as disputadasentre seus cavaleiros, cujas ações
eram avaliadas, elogiadas, ou censuradas em seus éapítulos; e os cavaleiros tinham o direito
de serem julgados por seus pares nas acusações de rebelião, traição: ou heresia. A
dlstlnçãoda Ordem

Tosão de Ouro era exclusivamente reservada aos católicos da mais alta nobreza. '
Quanto ãÁguiaRomana, ela foi considerad~insígniâda'força, da glória e.da majestade
de Roma. Sendo assim, foi adotada como um' símbolo ou brasão distintivo de grandeza e
superioridade. A figura que a representa, uma águia sobre um mastro, por volta, do ano
200AC, era o símbolo de uma legião romana e, como tal, foi altamente honrada.

E a Ordem da Jarreteira refere-se, como a do Tosão de Ouro, a uma ordem de cavalaria. , Foi
instituída pelo rei Edward. ui, em 1348. Seus membros eram '1)S mais ricos e poderosos
homens da Inglaterra. Seu objetivo principal era o. de apoiar osésforços da Inglaterra rias
Cruzadas paraco~quistar a Terra Santa; Ta'mbém se éonstituiu,pela nobreza de caráter de
seus adeptos, num esplêndido foco de lealdad~ á coroa i~glesa.Seu patrono é. São -Jorge,
como distintivo ricamente esmaltado sobre um cavalo, matando o dragão. Ela é considerada
como a mais antiga e mais nobre das ordens de cavalaria inglesa.

Pois bem, no curso desta Seçãoveltaremos para conceituar o Avental como a


Insígnia do Maçom, conslc:lerakta como a amais antiga e mais dignificante de todas as
distinções

mencionadas'.

Estamos iniciando a Seção8.da PJ'eleçãod~Primeiro Grau


.,

ABERTURA

VM (dá uma batida)


-lrmãos, está aberto o,períódo das Preleções.

PV - (sentado, repete a batida e a ordem do


VM). SV ..•. (sentado, repete.a batida e a ordem
de VM).
VM (ou PMI)
-IrrnãoPv, respondeipelos irmãos que vão participar desta preleção: .
disponde-vos a colaborar cornos Irmãos Apr~ndizes, na damonstraçãe desta preleção?

PV (fica depé e à Ordem do Grau) "

--- ------ ,--.--


47

_ Faremos o melhor que pudermos Irmão ,!M (ou PMI)


(Todos os Mestres que participam das Preleções se levantam, fa~em oSn. de AP. e sentam-
se)
VM (ou PM1) , . .
_ Ir. PV, Após terdes levantado devossa posição de joelhos, o que ficastes habilitado a
conhecer?

PV (De pé e à
Ordem) - As três I-z-s
menores.
VM(.ou PMI)
- Ir. SV, Onde elas estão situadas?

SV (De p e à
Ordem) - No Or.,
S.e Oc . .:
VM (ou PMI)
-Ir. CAP, Para que finalidade?

CAP (De pé e à Ordem)


_ Para mostrar o devido' curso do Sol, que se levanta no Or.,alcança o apogeu do seu
esplendor
no S. e se esconde no Oc.; igualmente para iluminar os homens quando vão pata, durante e
quando retornam do trabalho.
VM (ou PMI)
". - Ir. SEC, Por que não há luz no N.?

SEC (De pé e à Ordem)


_ Estando então o Sol abaixo de nosso horizonte, não emite nenhum raio de luzdeste ponto
para
este nosso hemisfério.
VM (ou PMI)
-lr. PD, o que significa este nosso hemisfério?

PO (De pé e à Ordem)
-Uma Loja maçônica é sempre disposta em termos de hemisfério norte.

VM(ou PMI) ,
-lr. 50, O que representam as trêsl-z-s menores?

50 (De pé e à Ordem)
- O Sol, a Lua e o Mestreda loja.

VM (ou PIVII)
- Ir. SV, Por. que o Sol, a Luz e,o Mestre? .

SV (De pé e'àOrdem)
_ O Sol para regular o dia, a Lua para governar a noite, e o M~stre para orientar e dirigir a
sua
Loja.

L--- ___----~- .. ~-----


48

_ Ir. PV, Por que o Mestre de uma Loja de Franco-maçons é comparado a estes grandes
luminares?

PV(De pé e à Ordem)
_ Como é pela benigna influência 'do Sol e da Lua que riós,como homens, somos capazes de .
desempenhar os deveres da vida social, também é pelo amávelculdado e instrução do V.M.
(Neste ponto o PV saúda o VM tom o Sn. de Ap.) que nós, como Maçons, somos capazes de'
executar ~s deveres que-o Ofício [a Maçonaria] nos impõe.

VM(ou PMI)
_ Ir SV, Depois da explanação das l-z-s menores, de que maneira o Mestre se dirigiu a vós?

o
SV (De pé e à Ordem) ,
_ Irmão, por vosso humilde e. sincero procedimento nesta nolte, escapastes a dois grandes
perigos, mas há um terceiro que vos acompanhará até o último instante de vossa existência.
Os perigos de que ,escapastes foram os de serdes Ap-nh-l-d- e enf~rc-d-', pois ao entrardes
na Loja este p-nh-l foi apresentado ao vosso p .. -t- e. n. , de modo que se tivésseis
temerariamente tentado investir para afrertte, teríeis sido o causador de vossa própria, ..•.
por .••.. ~ pois o irmão que o empunhaváteria permanecido firme e cumprido o seu dever.
Havia, ainda, este I-ç- de c., com nó corredlo em volta do vosso pese., que teria tornado
igualmente fatal qualquer tentativa de retirada; mas o perigo que vos acompanhará até ô
vosso último instante éapenalldade do vosso' Compr., que é a de terdes .•. etc., se
indevidamente revelardes 0'$ segredos da Maçonaria.
VM (ou PMI) \
- À Ordem, irmãos!
(Todos ficam de pé e à Ordem. Cortam o Sn. e sentam-se)

VM (ou PMi)
-Irmão CAP, O que mals ele" vos disse?

CAP (De pé e à Ordem) "


_ Tendo prestado.o G. e S.C. de um maçom, é-me permitido agora informar-vos que há
diversos
. graus na Franco-maçonaria e segredos peculiares restritos a cada um; estes.xontudo, não são
comunicados ,indiscriminadamente, mas conferidos aos candidatos d.e acordo com o mérito e
capacidades. Devo, portanto,continuar confiando-vos os segredos deste G.rau, ou aqueles
sinais pelos quais nos damosa conhecer uns 'aos outros e nos distinguimos do resto do
mundo; mas previno-vos de antemão, para vossa geral 'informação, que todos Esqs., Nivs. e
Perpds. são Sns. verdadeiros e próprios para se conhecer 'por eles um Maçom.
Peço;..vos,pois, que fiqueis perfeitamente ereto, vossos pés formados em Esq., vosso corpo
sendo assim considerado um emblema de vosso espírito e vossos pés representando a
retidão de vossas ações.
V!\II (ou PMI)
_ Irmão SEC, O que
, o Mestre vos ordenou ..,então que fízéssels?

SEC, (De pé e á Ordem)


. _ Que desse um passo curto na direção dele ~om meu p. e., levarrdo o cale, d. à sua
conc.; isto,
informou-me ele, é o primo pas. regular na Franco-maçonaria e é nesta posição 'que os
segredos
I' . ;
do Grau são comunicados.
49

VM (ou PMI)
-Ir PV, De que consistem esses
segredos?
PV (De pé e à Ordem)
- DE um Sn., Tq. e PaI..
VM (ou PMI)
- Ir SV, Dai-me o Só. na devida forma. '

SV (De pé e àOrdern]
(Faz o sn,
lentamente)
Todos se levantam e executam o 5n. de
AP.
VM (ou,PMI)' .
-Ir PD, comunicai o Tq. ao Ir SV.

J . PD(levanta-se e vai até o 5V)


. (Transmite o Tq.)

VM (ou PMI)
-1r'5V, Tudo justo?'

SV (De pé eà
Ordem) - E
-
perfeito/VM. ,
VM (ouPMI) ,
-Irrnão CAP, O que isso exige?
,'
CAP (De pé e à
O~deín) - Uma
palavra
\ VM{ou PMI)
-Jrmão 50, Dai-me essa palavra,

50 (De pé eà Ordem)
., Na minha iniciação fui ensinado a ser cauteloso;
eu a
soletrarei ou a dividirei convosco.
VM (ou PMf) ,
-Irmão PV, Como quiserdes, e
começai.
PV {De pé eà Ordem)
(A~ui a palavra é dividida)

- Bo (diz a primeira sílaba)


(faz uma pequena pausa) -
Az (diz segunda sílaba)

. VM (ou PMI)
50

. .
-Ir SV, De onde se deriva esta palavra?

SV (De pé e à Ordem)
_ Da colo à esq. nopórt. ou entro do T. do R. S., assim chamada em homenagem a .•.• ,
obisavô
de O., um P. e R. em I •.
VM(ouPMI) ,
- Irmão CAP~ O significado da palavra? "

CAP (De pé e à Ordem)


-Em ..••• \

VM (ou PMI)
-Irmão CAP, Tendo prestado oCompr. e sido confiado, fostes investido?

CAP (De pé e à Ordem)

_ Fui, com aínsígnla distintiva de uma ,Maçom, que o P\l informou-me ser mais antigaque o
Tosão de'Ouro, ou a águia Romana, mais honrosa do quê a Jarreteira, pu qualqueroutra
Ordem existente, sendo o símbolo da inocência e o laço da amizade. Ele me, exortou,
energicamente, a usá-la e a considerá-Ia 'como tal; e, mais, informou-me que se eu nunca
desonrar essa insígnia
(bate nela com a m. d.), ela nunca me desonrará.' . ..

VM (ou PMI)
- Irmão SEC, o que significa este toque no Avental?

'SEC (De pé e à Ordem) \


- Significa e exaltação do trabalho, herança da Maçonaria
Operativa.
VM(ou PMI)
_ Irmão SV, Repeti a alocução que recêbestes então do /
Mestre.
SV (De pé e à Ordem)
_ Deixai-me acrescentar às observações do PVque nunca deveis revestir-vos desta insígnia
ao
visitardes uma tolaem que haja um irmão com o qual estais, em desacordo, ou contra quem
nutris animosidade. Em tais . casos, a expectatíva é que o convideis e -salr a fim, de,
amigavelmente, resolverdes vossas diferenças, o que, sendo satisfatoriamente conseguidó,
podeis então' vos' compor, entrar na loja e trabalhar com aquele amor e harmonia que, em
todas as ocasiões, devem,caracterizar os Francd-maçons. Mas se, infelizmente, vossas
diferenças . forem de tal natureza que não sejam tão facilmente superadas, o melhor é que um
ou ambos se
retirem do que perturbar a harmonia 9a Loja com a vossa .presença.· .
. ' .
VM (ou PMI) ,
_ IrmãoCAP,foi dito antes' que o Avental é a mais honrosa entre todas as Ordens existentes.
Qual a maior honra que a insígnia maçônica confere?

CAP (De pée à


Ordem)

---------------_._-~--_._---_._-_ .. _-_.~.---_._~~._---~--"---
------
51

- VM, o título de maçom é a maior honra que um homem digno pode merecer. O ato da
investidura do Avental é C, que nos habilita sermos chamados de maçons, nome que devemos
honrar sempre. O Avental de Aprendiz é destituído de riqueza material não sendo enfeitado
com ouro, _ prata ou esmalte e na ~or branca. Mas, _ na sua simplicidade simboliza a virtude.
Revela ainda que o .Maçom deve ter um caráter simples, não dlsslmulado e puro de

- sentimentos. Sua cor branca traduz pureza e inocência. Devemos 'usar. a insígnia maçônica
de modo compatível como na exortação feita pelo Mestre da loja. E, com sinceridade, manter
os . , .' . . .
perfeitos
VM laços de amizade, para o bem da Franco-maçonaria e dos nossos semelhantes.
- Irmãos, isso encerra a Oitava Seção da PrlmelraPreleção: '

\IM (ou PMI)


- A reflexão de hoje é:
IfAMaçonaria' nos ensina fraternidade, Quando não puder defendera honra do irmão, fique em
silêncio".

(Todos, seritádos, fazem o Sn de AP.' três vezes.)


(Podemos notar que este éo único momento emque o Sn. ê feito sentado)

ENCERRAMENTO

VM (dá uma batida) .


-Está encerrado o período das Pr~leções

PV - Repete abatida e a orderndoVM.

SV - Repete a batida e a ordem do VM.

FIM DA OITAVA SEÇÃO

L...--.. __________________________---
52

Maçonaria Glória do Ocidente do Brasil


Ministério da Educação, Cultura e
Comunicação Ministério da Liturgia

Trabalhos York do Brasil


Preleção do Primeiro
Grau Seção nº 9

INTRODUÇÃO

A alocaçãofelta no final da Seção anterior destaca a harmonia que deve prevalecer entre
os
, " , f
irmãos.' Pelas regras maçônicas nenhum irmão deve contender com o outro; evitar disputas'
pessoais por cargos em Loja: O Avental, enquantolnsfgnla distintiva do Maçom, é um símbolo
do
Os temas
trabalho de hoje
e da união quesão:
devema pedra fundamental;
prevalecer a caridade;
para a execução os instrumentos
das.tarefas da Loja. de trabalho
' do
Aprendiz de Construtor e a universalidade da arte maçônica. Apresentados assimparecem
simples abstrações. Entretanto, no decorrer da Seção, podemos perceber" uma aplicação
prática desta
, I '
lição. A pedra fundamental aqui, descrita também-pode ser chamada de Pedra angular "que os
construtores haviam
Esta citação poderejeitado,
nosI levarmas que sediferentes
à leituras tornou pedra fundamental".
sobre o seu conteúdo. No aspecto prático
pode representar o maçom que não fói lembrado para se iniciar em uma Loja e convidado por
outra Loja Regular. Por outra definição, mais coerente como pensamento da maçonaria,
abrange um' conselto espiritual. É o quê está descrito na Primeira Epístola de pedro, verso
zcap.a:

"Aproximai-vos, Dele, Pedra viva, rejeitada pelos homens, é verdade, mas escolhida por Deus
e preciosa diante dele. E vós próprios, como pedras vivas, entrai na estrutura do edifício, para
formar um templo
, Caridade, numespiritual".
sentido filosófico, demonstra atitude cristã. Ela é considerada, junto com a
misericórdia, a terceira e, a mais importante das "virtudes teologais". E 6 Rito York do Brasil'
reserva uma parte importante da cerimônia para destacar o valor da Caridade como 'jóia
distintivado coração de um maçom'. Diferente, como veremos nesta Seção, dos conceitos da
mera assístêncla social desenvolvida por entidades de caráter social.

-Na parte seguinte encontramos as ferramentas que dão luz ao trabalho "entre colunas"; os
instrumentos de AprendJz. Pela Régua de 24 polegadas somos ensinados a crganlzar e planejar
nosso dia-a-dia. Alec Mellor, escritor freancês, assim define o Cinzel e Q Malho: "O Cinzel deve
ser utilizado com a mão esquerda e aplicado sobre a Pedra Bruta com o objetivo de trabalhá-Ia,
mas para que- esse trabalho seja eficaz é indispensável que a ferramenta complementar, o
"maço", na mão direita, bata na cabeça do cinzel de manéiracorreta. Do contrário o
Malho .Ccrnum não passará de um instrumento de destruição, impróprio, sem o cinzel, para
transformar a pedra bruta ""

em pedra cúbica".o autor: liA slgníftcaçãc alegérlca e moral do que foi dito é tra-nsparente: éo
Prossegue
trabalho do homem sobre si mesmo para realizar a sua própria perfeição, trabalho difícil e
duro; mas que a' Franco-maçonaria tem por objetivo facilitar colocando na mão daquele que
quiser' tentar sinceramente essa ascese às "ferramentas", isto é, os ensinamentos e os'
exemplos

neçessários".
53

o tomo finaJ da Seção 9 trata daunlversalidade da Franco..;maç~onaria. O sistema


maçônico por meio dos s~us'símbolos passa a ldelade uma unidade simbólica como se fosse
um único idioma. Os mais idealistas pretendem uma instituição com uma linguagem universal;
todo mundo falando o "maçonês". O código seria os símbolos da maçonaria. Claro que isso
ficou só no sonho, E . a universalidade, hoje, se traduz na possibilidade de estender a Franco-
maçonaria a todos os povos do mundo, como princípio filosófico de unificação do.espfrlto de
fraternidade.
Estamos iniciando
~ a Seção 9 da Preleção do
. Primeiro
. Grau
\ .

ABERTURA

VM (dá uma batida)


-lrmãos.está aberto o período das Preleções.

-Ir PV - (sentado, repete a batida e a ordem do VM). ' .


"
SV - (sentado, repete a batida e a ordem do VM).

VM (ou PMI)
-lrmãoPV, respondei pelos irmãos que vão participar desta preleção:
dlsponde-vos a colaborar com os Jrmãos Aprendizes,nademonstração desta preleção?

PV (fica de pé e â Ordem do Grau) "


..• - Faremos o melhorquepudérmos Irmão VM (ou PMI)
(Todos os Mestres que participam das Preleções se levantam, fazem o Sn. de AP. e sentam-se)

VM (ou PMI) ,
-Ir. PV,depoÍs da alocução do Mestre da Loja, Onde fostes então colocado?

PV (De pé e à
Ordem) - Na parte
NE da Loja.
VM(ou PMI)
-Ir. SV, Repeti a instrução.

SV (De p e à Ordem)
_ É costume, no levantamento de todos os edifícios imponentes e soberbos, assentar a primeira
pedra, ou pedra fundamental, no canto NE da construção. Vós, sendo um recém-admitido à / .
Maçonaria, sois colocado na parte NE da Loja para,figuradamente, representar aquele pedra e do
alicerce esta noite assentado podeis levantar um superestrutura, perfeita em suas partes e "'.
honrosa para O construtor. Tendes agora toda a aparência exterior de uma Maçom justo e íntegro
e vos recomendo, com todo empenho, a continuar e a agir sempre como tal. Na verdade, vou
colocar à prova, imediatamente e de alguma forma, vossos princípios,convocando-óa exercitar'
aquela virtude que pode ser, justamente, denominada a característica distintiva do coração de
um
Franco-maçom, quero dizer: a Caridade.
54

VM (ou PMI)
- Ir. CAP, o que mais disse o' Mestre?

CAP (De pé e à Ordem) , ,


, _ Não necessito aqui me estender sobre suas excelências; sem dúvida, ela tem sido multas
vezes
, sentida e praticada por vós. ,~. suficiente dízerque tem a aprovação' dos Céus e da terra e, tal
qual a sua irmã, a Misericórdia, ela abençoa aquele que dá bem como aquele que recebe. Em
urna sociedade tão extraordinariamente expandida como a Franco-maçonaria, cujas
ramificações estão espalhadas sobre os quatro cantos do globo, não se pode-negar que temos
muitos membros de elevada posição e opulência, nem ocultar que' entre os milhares que se
alinham sob suas bandeiras, alguns há que, talvez por clrcunstâncias de inevitável calamidade
e' lnfortúnio, estão

, VM(ou PMI)
reduzidos ao mais extremo nível de pobreza e necessidade. ' ,
-Ir. SEC, nos casosde necessidade de um lrmão;o que vos orientou o Mestre?

SEC (De pé e à Ordem)


_ Em favor deles é' nosso usual. costume despertar os. sentimentos de todo novo irmão, por
um apelo à sua caridade conforme suaspossíbllldades possam assegurar razoavelmente. Seja
o que for, portanto, que Vos sentís.dlsposto á dar, depositai junto ao$[); será 'recebido COm
gratidão e
flelmente aplicado. \
VM (ou PMI)
-lr. PD, Vossa resposta?

PD (Depé eà Ordem) , "


_ Que havia sido despojado de todo v-l-r antes de entrar na Loja ou daria francamente.

VM (ou PMI)
-Ir. SD,A réplica
, do Mestre?
,.

SD (De pé e à Ordem]. '


\:Congratulo-me convosco por tão honrosos sentimentos pelos quais vos sentis estimulados,
A ' mormente pela incapacidade em que vos achais de satisfazê-los neste momento; acreditai-me,
}t ' esta pergunta não fõífelta no intuito de zombar dos vossos sentimentos; longe de nós semelhante
intenção; ela foi feita por três razões especiais.

VM (ou PMI) ,
~ Ir. SV~ A primeira dessas' razões? '

SV (De pé e à Ordem)
- Colocarà.prova meus sentimentos.
-Ir. PV, A segunda?
v,/ ' ,PO
PV (De pé e à Ordem) (;1/ .. .• ..-Y'Gt)--
_ Demonstra.'ràosirmãosque eu não trazia comigo nérn d-nh- -r- nem material m-t-I-c- algum,
pois
se eu o tivesse, a cerimônia de minh~ iniciação, até o momento.devía ser repetida. '
55

VM (ou PMI)
-Ir SV, A Tercelra?

SV(De pé e à Ordem)
_ Como uma advertência ao meu coração, se em qualquer momento, no futuro, encontrasse
um
irmão em Circunstâncias d,~ desamparo que solicitasse, meu auxílio, viesse a me lembrar do
peculiar momento emque fui -recebldo ria Maçonaria, pobre ~ sem dlnhelro -algum e,'com
satisfação, abraçasse a oportunidade de praticar essa virtude que ~u professara tanto admirar.
VM (ou PMI)
- À Ordem, irmãos! -
(Todos ficamde pé e à Ordem, Cortam o Sn. e sentam-se)

VM (ou PMI)
-lrmãoCAP, O que o Mestre vos apresentou em seguida?

~,CAP (De pé e·à Ordem) ,


_ Os instrumentos de trabalho de um Ap. F.M., que são aR. de 24 polegadas, o M.c!Jmum e o
C-
m~. '
VM (ou PMH
- Irmão SEC, Seus usos?

SEC (De pé e á Ordem) ,


, _' A R .. de 24 polegadas é para, medir nosso trabalho,' o I'vtcomum' para desbastar todás
as
saliências e arestas inúteis, e o C-nz-I para polire preparar melhora pedra, tornando-a pronta
para-o operário mais destro. .:
VM (ou PMI)
_ Ir PV, Porém,c9mo não somos todos Maçons operativos mas, antes, livres e aceitos, ou
especulativos, como aplicamos estes Instrumentos à nossa conduta?

PV (De pé.eà Ordem)


. .;. Neste sentido, a R. de 24 polegadas representa as 24 horas do dia, parte a ser gasta em
oração ao Deus Todo-poderoso, parte em servlra um àmigoouirmãoem tempo necessidade,
sem • • I '. " <1>.
prejuízo nossoou de familiares. O M. comum representa a força da consclêncía.ique deve
controlar todos os pensamentos vãos e lnconvenlentes que possam advir durante quaisquer
dos períodos supra .menclonados, de modo que nossas palavrase ações possam ascender
impolutas ao trono da graça. OC-nz-I chama nossa atenção para as vantagens da educação,
por cujos meios, apenas.rios tornamos dignos membrcs dasociedade regularmente
organizada.
VM (ouPMI)
-lrSV, A seguir, como o Mestre se dirigiu avqs?

, SV {De pé eà Ordem)
_ Como no decorrer da 'noite a taxa de vossa lnlelação vos será exigida, é natural que
saibais
por.qualautoridade atuamos. Esta é a nossa êartaConstitutiv~ ou Autorização de
F~ncionamento, expedida pela Maçonaria GlÓria do Ocidente, do.Brasll, que podeis examinar
nesta ou em qualquer outra futura ocasião; 'Este é Livro da Constituição e do Regulamentb
Geral e este, ainda, Oi
56

Regimento Interno desta Loja. Recomendo-vos uma séria e cuidadosa leitura de todos, pois,
pelos primeiros, sereis instrUídos quanto aos-deveres que tendes para com a Maçonaria em
geral e, pelo último, naqueles que tendes para com esta LQja, em particular.

Todos se levantam e executam o 5n. de AP.

VM (ou PMI) ,
-Ir CAP, Que permissão recebestes?'

CAP(De pé e à Ordem) ,
- A de me retirar, a fim de recompor meu conforto pessoa h informando-me o V.M. que rio
meu retorno à Loja ele chamaria minha atenção para uma PreJeção baseada nas excelências
da Instituição e nas qualificações de seus membros.

VM (ou PMI)
- Irmão PV, Ao serdes colocados na parte NE da Lojas, assistido pelas três 12s. menores,
que descobristes?

~PV (Depé'e à Ordem)


, - O formato da toja..
-,
VM (ou PMI) -
:'Ir 5V, Que formato?

5V (De pé e à Ordem)
- De um paralepípeçJo.

VM (ouPMI)
-Irmão CAP~ Descrevél suas.dimensões?

CAP (De pé eà Ordem) I


- No.comprtmento, do Oro ao Oc~,ria largura, entre N.e 5;, na profundidade, da superfície ao
centro da terra e, ainda, tão alta quanto os Céus. '

VM (óuPMI) " ,"


- Irmão 5EC, Por que uma Loja de Franco-maçons é-descrita com esta vasta extensão?
~ .,' -
5EC (De pé e à Ordem) , '
- Pará m" ostra, r à universalidade da ciência e, igualmente, que a caridade de Um Maçom não
conhece nenhum limite, salvoos ditados pela prudência.

VM . ' , ' ,
- Irmãos, isso encerra a Oitava Seção da Primeira Preleção.
, .

VM (ouPMI)
- A reflexão de h'ole é: "
/IA todos os maçons pobres e desamparados, aonde que se encontrem dispersos, sobre
a face 'da terra e das águas, desejando-lhes um rápido alívio de' todos os seus sofrimentos, e
um
/ retorno seguro á sua terra natal, se assim o desejarem". '
57

(Todos, sentados, fazem oSn de AP. três vezes.) --~-""----


(~od~mos notar que esteÀé G.:
o únicoD.:
mo~entoG.:em A.:~
que oSn.,D.:' U.:
é feito sentado) l
I

Grande Oriente Nacional I


_ GLÓRIA DO OCIDENTE do Acre I'
ENCERRAMENTO Federado ao I
Grande Oriente Nacional
VM (dá uma batida) GLÓRIArDO OCIDENTE do Brasil
-~-'---.------'--~----
-Está enterrado O período das Preleções

PV - Repete a batida e a ordem do VM.

SV - Repete a batida e a ordem do Vrv'!.

FIM DA NONA SEÇÃO

Texto de apoio:
, NOVAS PRELEÇÕES
I Coríntios, Cap, 13;
DO PRIMEIRO GRAU ~DE 01 A 09 '
"Ainda que eu falasse as lfnguàs dos homens e dos anjos, se não 'tiver caridade, sou como
o bronze que soa, ou com um címbalo que retine. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e
conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo' que tlvesse toda a fé, a ponto de
RI,TO DE YORK DO BRAS/L
transportar montanhas, se nãó tiver éaridade não sou nada. Ainda que distribuísse todos os
meus bens -em sustento dos pobres, e ainda 'que entregasse o meu corpo para ser
queimado, se não tiver caridade, de nada valeria !".
GONAB BRASIL
"A caridade é paciente. A caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa
nem arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não

aguarda rancor".
"Não se alegra com a injustiçª,mas se rejubila com a ..»:verdade.
,
Tudo desculpa, tudo crê,

línguas P .:
tudo espera, tudosuporta. A caridade jamais- acabará. As profecias desaparecerão, o dom das
-0- \

_ ." •

cessará, o domciência
"A nossa da ciência ftndará."a nossa
é parcial, . profecia é imperfeita.
' .- - , que é Perfeito,
Quando chegara
o '\t
.
imperfeito desaparecerá. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança,

vemos por conheço


umespelho,
AGOSTO ... 2011
raciocinava comocriança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança. Hoje
"Hoje emconfusamente;
parte: mas .entãomasconhêcer:ei
então veremos face a face".
totalmente, como eu sou conhecido.
Por ora
~ubsistemâ Fé, a Esperança e a-Caridade. porérn, a maior delas é.a caridade". --

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::: _ C onj. Residencial Mariana, Q/IO; Rua Liberdade, n" 36, Mariana,
111 Rio Btanco/AC --CEP 69.912-000
iii '
III Telefone: (68) 322~.:.65n - mail ~_~~.g(}na~.acr,::@yahoo__,,_~om~!~~________
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