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Essas marcas podem ser vistas hoje nas pedras das antigas catedrais da
Europa. Fatos semelhantes foram encontrados em vários pontos das
histórias Maçônicas. Na Escócia, o Maçom operativo foi obrigado a
registrar a sua Marca pelos Estatutos de Shaw, emitidos em 1598. A
partir desse requisito de registro da Marca, foi evidentemente
desenvolvido o Grau.
Simbologia:
No Grau de Mestre de Marca, o candidato representa um obreiro cujo
trabalho é examinado no final de cada semana. Importantes
ensinamentos são transmitidos visando promover a fidelidade, o
aperfeiçoamento individual, a dignidade do trabalho e aprender como
ajudar os Irmãos necessitados.
Salomão, Rei de Israel, Hiram, Rei de Tiro e Hiram Abif criaram este
Grau não apenas para premiar a laboriosidade, a fidelidade e a perícia,
mas também para tornar impossível que qualquer Companheiro
Mestre de Marca sofresse por carecer do indispensável para viver,
uma vez que o preço de sua Marca poderia supri-lo.
“Nenhum Irmão pode ser exaltado até que tenha sido pelo
menos três anos um Mestre Maçom e tenha presidido seis
meses como Venerável Mestre de alguma Loja regular ou tenha
passado na Cadeira de Dispensação“.
Ou seja, um Past Master Real poderia receber o Grau do Arco Real por
oito dólares, mas aquele que não recebeu o Grau da Past Master em
Loja, devia obter uma Dispensa do Grão-Mestre para o receber, antes
que pudesse ser feito Maçom do Arco Real, com um custo de quatorze
dólares.
Simbologia:
O Grau de Antigo Mestre (Past Master) era antigamente apenas
concedido a quem tivesse sido Venerável Mestre de uma Loja
Simbólica, assim se iniciando a respectiva preparação para alcançar o
sublime grau de Maçom do Arco Real, que lhes estava reservado. Por
isso, quando o acesso foi aberto a outros Mestres Maçons, esses
últimos passaram a chamar-se Antigos Mestres "virtuais". Nesse Grau
é ensinado ao Candidato; primeiro aprender a obedecer antes de
aprender a governar, e, ainda, que ele deve saber governar-se a si
próprio antes de governar os outros.
Para ser exaltado ao sublime Grau do Real Arco, e ter essa posição de
honra, deve ser um Governante da Arte. Quem quer governar, deve
primeiro aprender a grande lição da obediência, bem como observar
todo juramento que antes prestou, ajustando suas ações ao Esquadro
da Virtude e refreando as paixões e preconceitos aos devidos limites.
Simbologia:
Numa Loja de Mui Excelentes Mestres representam-se cenas
evocativas do tempo em que o Rei Salomão concluiu e consagrou o seu
famoso Templo. Jeová aceita o sacrifício de Salomão e os obreiros
sentem-se felizes por serem recebidos e reconhecidos como Mui
Excelentes Mestres, como recompensa pelo seu trabalho.
Incita-se, assim, o candidato a consagrar o seu edifício espiritual a
Deus nessa vivência transitória, para que, depois, possa ser bem
recompensado.
Não se pode negar que suas deduções a partir dessa circunstância são
muito legítimas. Ele prossegue dizendo: "Isto constitui um elo
importante na cadeia de evidência presuntiva, de que a Palavra,
naquela época, não tinha sido destacada do Terceiro grau e transferida
para outro. Se isso é verdade, e há toda razão para acreditar, a
alteração deve ter sido feita por alguma inovação extraordinária e
mudança de landmarks. E eu estou convencido, por razões que serão
rapidamente dadas, de que os Antigos são responsabilizados pela
origem dessas inovações para a divisão do Terceiro grau e a invenção
do Real Arco Inglês parece, por sua própria conta mostrar ter sido
trabalho deles.”.
Uma futura prova do fato de que a verdadeira Palavra estava contida
no Terceiro grau original pode ser encontrada na edição Wilkenson do
Livro das Constituições. Essa obra foi publicada em Dublin em 1769 e o
frontispício da primeira página é um painel de grau, retratando o
desenho de "Uma loja equipada para a recepção do Respeitabilíssimo
Mestre."
Em 1724, Ramsay foi para Roma e foi nomeado tutor dos dois filhos do
titular James III, que, como filho e herdeiro de James II, o rei exilado da
Inglaterra, ainda reclamava o trono de seus antepassados.
(* A Ordem de São Lázaro foi instituída pela primeira vez na Palestina,
e os cavaleiros eram dedicados ao cuidado de pessoas infectadas).
Além disso, ele deve ter visto que ela fornecia, mesmo no que ele
considerava seu estado imperfeito, uma base sólida sobre a qual
construir o edifício de seus "Altos Graus". Ramsay, por isso, construiu
um novo sistema, que desde então foi chamado de um Rito. Seu
exemplo foi imitado depois, mas com menos moderação quanto ao
número de graus por ritualistas que inundaram a Maçonaria com suas
novas invenções. Mas de todos os ritos seguintes, embora alguns deles
se estendessem a quase uma centena de graus, apenas uma das ideias
originais de Ramsay, a saber, de aperfeiçoar a parte do Mestre através
do simbolismo de uma recuperação da Palavra, foi diligentemente
preservado.
Esse primeiro rito maçônico, que desde então ficou conhecido pelo
título de "Rito de Ramsay," consistia de seis graus, designados da
seguinte forma:
1. Aprendiz 2. Companheiro 3. Mestre 4. Ecossais ou Mestre Escocês 5.
Noviço. 6. Cavaleiro do Templo ou Templário.
Rhigellini acrescenta um sétimo grau, que segundo ele era o Real Arco,
mas eu não encontrei qualquer evidência desse fato em outros
lugares, e Rhigellini, lamento dizer, é pior do que inútil como
autoridade histórica. *
(* Rhigellini, "La Masonnerie, etc.," tome ii., p. 125. Era uma parte do
sistema de Ramsay atribuir a invenção destes graus a Godofredo de
Boulogne, nos dias dos Cruzados. Era a lenda de Ramsay, com menos
fundamento na verdade do que as lendas geralmente têm.)
O quinto e sexto desses graus incorporavam suas ideias sobre a origem
Cavalheiresca ou Templária da Instituição. Sua consideração não
lançaria qualquer luz sobre a investigação do Real Arco, que agora
estamos realizando. É no Quarto somente em que estamos
interessados - o Escocês - a partir do qual se supõe que as sugestões
foram derivadas e que deu origem à invenção do grau do Real Arco na
Inglaterra e ao grande cisma maçônico que se seguiu. Ramsay foi à
Inglaterra em 1728.
Quanto tempo ele ali permaneceu é incerto, mas foi tempo suficiente
para ganhar o favor da Universidade de Oxford, e obter daquele corpo
uma das mais altas honrarias literárias. Ele também ganhou bons
amigos naquele país, entre os quais podem ser nomeados o Duque de
Argyle, em cuja casa ele morou, e Lord Landsdowne, a quem dedicou
seus Cravens of Cyrus, e de cuja "amizade singular" ele se gabava. Não
é, portanto, improvável que ele tivesse alguma influência junto aos
maçons da Inglaterra, entre os quais se diz que ele tentou apresentar
seu novo ritual. *
(* Ill voulut introducerie uma Londres, en 1728, un nouveau Rite;. mais
il echoua dans ce projet. Thory, "Acta Latomorum," tome ii., p. 568.)
Mas ele falhou em seu esforço para tê-lo adotado pela Grande Loja,
que era então, como ainda é e sempre foi, extremamente
conservadora em suas opiniões. Mas, embora sem sucesso com a
Grande Loja, seu Real Arco parece ter animado o interesse em alguns
do membros da Fraternidade. Seu método de fornecer o símbolo
alegórico de uma recuperação da Palavra perdida os havia despertado
para o fato de que esse simbolismo, tão necessário para aperfeiçoar o
círculo da simbologia maçônica, estava faltando no antigo sistema de
três graus, então praticado pela Grande Loja. Por alguns anos, nenhum
esforço foi feito para incorporar o novo sistema ao ritual, então aceito.
Mas a ideia não morreu. Ela continuou a crescer, e finalmente lhe foi
dada a vida, quando, cerca de 1738 ou, talvez alguns anos antes, *
alguns irmãos começaram a manipular o grau de Mestre, e acrescentar
à história da perda da Palavra a nova lenda da sua recuperação.
(* A Grande Loja oficialmente, pela primeira vez, notou as "marcações
irregulares" em 1738, mas se segue a isso que elas não vinham
ocorrendo há algum tempo antes que a atenção fosse chamada para
elas.)
Essa teoria, que é, penso eu, geralmente aceita como correta pelos
estudiosos maçônicos, encontrou, até onde eu sei, apenas um
adversário. O falecido Irmão Charles W. Moore, o erudito editor por
muitos anos da Revista Mensal Fremasons publicada em Boston,
Massachussets, em um artigo * "sobre a origem dos Capítulos do Real
Arco, em casa e no exterior", diz, “não é verdade que Ramsay teve algo
a ver com o grau do Real Arco".
("Revista de Moore." * vol. xii. Abril, 1853, p. 160.)
No entanto, ele insistiu em seu sistema por vários meses, e muitos dos
eruditos e sábios eram seus seguidores, até que finalmente sua arte
falaciosa foi descoberta por um irmão de probidade e sabedoria, que
tinha algum tempo antes atingido aquela pequena parte excelente da
Maçonaria em Londres, e provou claramente que sua doutrina era
falsa; depois do que os irmãos justamente o desprezaram e ordenaram
que ele fosse excluído de todos os benefícios do Craft(ofício/arte), e
embora alguns da Fraternidade tivessem manifestado uma inquietação
com este assunto ter sido mantido em segredo para eles (uma vez que
já tinham passado pelos graus habituais de verificação). Eu não posso
deixar de ser da opinião que eles não têm direito a quaisquer desses
benefícios até que façam um pedido adequado e sejam recebidos com
a devida formalidade, como acontece em um corpo organizado de
homens que passaram pela cadeira, e dado provas incontestáveis de
sua habilidade em Arquitetura, isso não pode ser tratado com muita
reverência, e mais especialmente desde que o caráter dos membros
presentes daquela loja em particular é isento e seu comportamento
irrepreensível e criterioso;
de modo que não pode haver o menor motivo para dúvida, mas que
eles são excelentíssimos maçons”.
Como o livro de Dassigny foi publicado em 1744, a frase "há alguns
anos" pode ser interpretada como aplicável a cerca do ano 1741, ou
talvez até mesmo 1740. Com essa explicação quanto ao tempo,
podemos inferir vários fatos desta passagem. Em primeiro lugar,
parece que um aventureiro chegando a Dublin para propagar o Real
Arco pensou que fosse favorável aos seus interesses a alegação de que
ele havia trazido o grau da cidade de York. A partir daí podemos inferir
que era uma crença entre os maçons da Irlanda, bem como em outros
lugares, de que existia então uma organização do Real Arco em York.
Essa não é uma inferência absolutamente essencial, porque seu
sucesso podia depender do prestígio dado a essa cidade na mente
maçônica pela crença tradicional de que ela foi o berço da Maçonaria.
Mas a inferência ganha alguma força a partir do que Dassigny diz em
uma nota de rodapé: "Estou informado de que naquela cidade (York) é
realizada uma assembleia de Mestres Maçons sob o título de Maçons
do Real Arco, que como suas qualificações e excelências são superiores
aos outros, eles recebem um salário maior do que os maçons
trabalhadores". Aqui temos a declaração explícita de um escritor
contemporâneo de que tal crença existia. Se tinha fundamento em
fato ou ficção é outra questão. No entanto, é um dogma proverbial
que não há rumor sem algum fundamento”.A chama", diz Plauto, "está
muito perto da fumaça." *
(* Flamma fiemo est proxima Plautus, "Curculio," i., 53.)
Para a maior parte dos maçons ingleses, sua teoria era ou ininteligível
como doutrina ou ofensiva como inovação. Assim, os esforços que se
diz ter ele feito para a sua adoção pela Grande Loja foram infrutíferos.
Mas, felizmente para o progresso da luz maçônica, havia alguns
pensadores de visões mais amplas. Eles viram a deficiência no antigo
ritual, e estavam prontos para aceitar qualquer alteração que pudesse
melhorá-lo.
Se ele foi, como não pode haver dúvida válida, o fabricante original do
Real Arco dos "Modernos", de quem, com exceção dele, poderiam os
membros originais do novo capítulo ter recebido o grau que os
qualificou para entrar em sua organização? O fato de que ele apareceu
mais tarde em cena não se opõe à sua influência e seu trabalho
silencioso na sua formação. Não há registros existentes para mostrar o
que ele esteve fazendo entre o momento em que inventou o grau e
quando foi posto em prática através da fundação de um ca
pítulo. O personagem principal em um drama nem sempre faz sua
aparição no primeiro ato, nem o herói de um romance no primeiro
capítulo. É mais lógico supor que o inventor do Real Arco dos
"Modernos" foi o fundador do capítulo em 1765. Mas, se Dunkerley
não foi o inventor, quem foi? A história, com base nos melhores
motivos atribui a invenção a ele, e a ele também estou disposto a
atribuir a fundação do capítulo, embora seu nome apareça em seus
registros somente seis meses após sua formação. O capítulo não
continuou por muito tempo a manter a posição de um corpo privado.
Em 1813, quando da união das duas Grandes Lojas dos "Antigos" e dos
"Modernos", o grau Real Arco foi reconhecido como um componente
da Antiga Maçonaria, ou Craft(ofício/arte), e o Supremo Grande
Capítulo foi estabelecido como um dos poderes da Maçonaria Inglesa.
Dos dois rituais então em uso, aquele inventado por Dunkerley, que
havia sido praticado pelos “Modernos” foi o preferido, mas a
regulamentação dos "Antigos", que uniam estreitamente a Grande
Loja e o Grande Capítulo, diz ele, era puramente uma organização
defensiva para atender as necessidades dos irmãos regulares e evitar
sua adesão aos "Antigos". O ritual de Dunkerley era cristão em sua
natureza, e seu principal símbolo, a pedra fundamental, era feito em
alusão ao Salvador. Em 1834, esse ritual foi abolido pelo Grande
Capítulo, e um novo, menos sectário em sua interpretação dos
símbolos foi adotado, que ainda continua na Inglaterra e nos capítulos
ingleses e no Grande Capítulo e investe os presidentes de ambos os
corpos nas mesmas pessoas, foi adotado. Daí, o duque de Sussex, que
tinha sido eleito Grão-Mestre da Grande Loja, se tornou, por inerência
de seu cargo, o Diretor chefe do Grande Capítulo. Lyon diz que o grau
do Real Arco foi introduzido na Escócia em meados do século XIX, por
meio de lojas militares, cujos membros haviam sido iniciados na
Irlanda. *
(* "History of the Lodge of Edinburgh," p. 291.)
A afirmação de que o grau foi trabalhado primeiro na Escócia pela
"Loja Antiga de Stirling" em 1743 em conexão com o grau de Cavaleiro
Templário e outros altos graus é considerada pelo Irmão Lyon como
sem prova autêntica. Mas o autor da introdução ao Regulamento Geral
para o Governo da Ordem de Maçons do Real Arco da Escócia afirma
que a Ata Mook do Capítulo de 1743 ainda existe. *
(* "Regulamento Geral da Grande Capítulo da Escócia", Introdução, p.
Vii.)
FONTES:
The Builder Magazine – February 1915 – Volume I – nº 2
Capítulo João Guimarães Gonçalves nº 1 do SGCMRAB, Uma nova (mais
antiga) opção. Engenho & arte nº 01, 1998, pp. 21-23.
Origem do Arco Real - Albert Mackey - Tradução José Filardo
Peça de Arquitetura do Ir. Manoel José Maia Sobrinho
After the Third Degree (Notes for a Master Mason) - edição de
The Provincial Grand Lodge of Northamptonshire and
Huntingdonshire - Londres - 1990 . Ars Quatuor Coronatorum -
Anais da Quatuor Coronati Lodge of Masonic Research nº 2076 -
volumes 98 (1985), 104 (1991), 105 (1992), 108 (1995) e 111
(1998) . Dyer, C. - Symbolism in Craft Freemasonry - Londres -
1976 . Mellor, A. - Dictionnaire de la Franc-Maçonnerie et des
Francs-Maçons - Paris - 1971 . Sandbach, R. - Understanding the
Royal Arch - Londres - 1992
http://www.freemason.com
http://www.freemason.com/library/hisma093.htm
https://www.ggcrami.org
https://site.realarco.org.br
https://pavimentomosaico.wordpress.com/2016/01/25/o-rito-de-york-no-
brasil-blue-lodges/
http://www.collegiumcruxaustralis.org/
http://www.yorkrite.com/
Capítulo Arco Real – Expansão de Estudos Maçônicos do GOP
https://youtu.be/K3oFsh6OiW0