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O ESPIRRO DO BODE - JULHO E AGOSTO DE 2020 - N° 284 - ANO 30 - PÁGINA 2
AFASTAMENTO INEVITÁVEL
Estamos, forçosamente, afastados de nossas ati-
vidades maçônicas por tempo indeterminado, tendo em
vista o problema da pandemia. (pandemoníaca)
Estamos seguindo determinações de autoridades
publicas, do sistema de saúde e, mesmo, das autorida-
des Maçônicas.
Não sabemos se este isolamento seria o caminho
mais fácil, e a melhor solução.
Os pareceres são os mais controvertidos. Ainda
não chegaram a uma conclusão.
Este período, para nós maçons, logo após o re-
cesso maçônico, está trazendo muitos prejuízos, espe-
cialmente, nas Lojas Simbólicas – base do aprendizado
maçônico.
Estamos sem reuniões das Lojas, do Pacto da
Amizade, do Conselho de Veneráveis, das Academias
Maçônicas, sem Iniciações, Elevações e Exaltações, sem
visitas e outros encontros que eventualmente aconte-
cem.
A cada dia nos tornamos mais conscientes da im-
portância do “SALMO 133” – “Oh quão bom e quão
suave é os Irmãos viverem em união”.
Estamos sentindo saudades dos Irmãos, das trocas de informações, dos abraços e apertos de mão.
Sentindo falta das instruções dadas em cada reunião, em data show, semanalmente, apresentadas por
um Irmão, organizadas e formatadas pelos Irmãos Ivo Reinaldo Christ e Anderson Costa Medeiros, Ven∴
M∴). Quanto nós estamos deixando de aprender neste período.
Resta-nos o consolo das redes sociais que nos favorecem um contato virtual. Porém, não substitu-
em a presença física, tão imprescindível. Suprem, em parte, o afastamento entre todos. O distanciamen-
to maçônico, entre irmãos, que dizem para salvaguardar a saúde, está trazendo uma boa lição para nós.
Uma lição que jamais será esquecida: “Faltar a uma reunião da Loja, somente se for por uma causa al-
tamente justificável”. Caso contrário, nossa participação nas reuniões passará a ter um caráter de sagra-
dos deveres e virtuosas obrigações. É um alerta de consciência. É como diz o ditado: “Há males que ve-
em para o bem”.
Oxalá isso não volte a acontecer por nenhum motivo e muito menos por ter sido praticado por um
crime contra a humanidade, o qual poderia ter sido evitado.
Peçamos ao Grande Arquiteto do Universo que não nos permita passar – nem nós e nem a huma-
nidade – por momentos tão complicados e aflitivos e de expectativas tão sombrias. (Simultaneamente,
com o terrorismo pregado pelas redes televisivas de alguns canais, inclusive com argumentos controver-
tidos, informações infundadas, mediocridade de repórteres e jornalistas, para disseminar mentira e terror
em torno do assunto, junto à população).
De uma ou outra forma estamos ficando grandemente prejudicados.
Mas não somos apenas nós – maçons – que estamos prejudicados. As consequências mais graves
estão acontecendo com o desemprego, fechamento de fábricas e indústrias, prejuízos comerciais, a mor-
te de “milhares de pessoas”, que poderia ter sido evitada, desestabilização econômica e financeira do
país, gastos abusivos, escorchantes e criminosos de aproveitadores da desgraça que assolou o país e o
mundo.
Agora é unirmo-nos em orações, suplicando ao GADU para que Ele possa permitir que se-
jam tomadas medidas que, pelo menos, sejam encontradas soluções para que a sociedade possa dar
reinício às suas atividades em todos os seus segmentos.
Com esta atitude que todos se disponham a trocar ideias, através de mensagens virtuais, buscando
amenizar o isolamento físico da Irmandade. Agindo assim, todos procuram, de espírito fraternal, diminuir
o distanciamento que tanto está nos incomodando.
Que Deus na sua infinita misericórdia nos ilumine a todos e que reencontremos os verdadeiros ca-
minhos da Fraternidade, da Liberdade, da Solidariedade e da Igualdade.
Ir∴ José Vicente Daniel
O ESPIRRO DO BODE - JULHO E AGOSTO DE 2020 - N° 284 - ANO 30 - PÁGINA 3
O Q U E É H U Z Z É?
Autor: Kennyo Ismail – Publicado por Luiz Marcelo Viegas
Não há registros de quando se começou a usar “Huzzé” nas Lojas, mas remonta à maçonaria ope-
rativa. Ao contrário do que afirma um dos maiores escritores maçônicos brasileiros, Rizzardo da Camino,
“Huzzé” não é uma palavra hebraica, e muito menos significa “acácia”. Na verdade, “acácia” em hebraico
seria “shittah”.
O termo “Huzzé” parece vir do árabe, e significa “Viva”, tendo sido um dos tantos termos incorpo-
rados pelos europeus como consequência da dominação e ocupação árabe na Europa, que durou quase
800 anos (711 a 1492).
É adotado em substituição ao termo latino “Vivat” e ao que foi tão utilizado na monarquia francesa
“Vive”. O termo “Huzzé” entrou no vocabulário inglês com o escrito “HUZZAH” e seu significado nos dici-
onários da língua inglesa é “aclamação medieval equivalente a Viva”. Trata-se de uma tríplice aclamação
de alegria: “Huzzé, huzzé, huzzé”! Significa o mesmo que “Viva, viva, viva”!
Uma das variações derivada da tríplice aclamação “Huzzé” ficou popularizada como “Hip Hip Hur-
rah”, usado em aniversários e jogos, com o mesmo sentido original “Viva, viva, viva”!
Há ainda a teoria de Jack Wearherford de que “Huzzé” derivou-se da palavra mongol “Hurré”, que
significa “Aleluia”. Já de acordo com Jean Paul Rox, a origem é turca. Os turcos usavam nas guerras,
quando atacavam adversários:” Ur Ah”!.
A tríplice aclamação de Viva era oficialmente utilizada quando da coroação de um novo Rei, tanto
na França quanto na Inglaterra.
Ao que tudo indica, o escrito “Huzzé” nos rituais de língua portuguesa surgiu para garantir a corre-
ta pronúncia do termo. Em Loja do REAA, a tríplice aclamação é usada como forma de render
graças ao GADU, e por isso é realizada logo após a abertura e o fechamento do Livro da Lei.
A tríplice aclamação também ocorre no Rito Moderno, no Adonhiramita e no Brasileiro, como he-
rança da influência do REAA nos mesmos. Porém, a tríplice aclamação nesses ritos varia para
“Liberdade, Igualdade, Fraternidade”! no Rito Moderno; “Vivat, Vivat, Vivat”! no Adonhiramita; e “Glória,
Glória, Glória”! no Rito Brasileiro.
Se “Huzzé” fosse uma palavra hebraica que significasse “acácia”, faria algum sentido aclamá-la,
ainda mais nos graus de Aprendiz e Companheiro? Não faria sentido algum.
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NE: Ficam assim algumas definições que podem merecer maiores estudos e pesquisas por parte
dos estudiosos e pesquisadores.
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RECEBEMOS
JORNAL SEM CENSURA, nº 02, 03 e 04 – Olinda – PE. – Ir∴ Antônio C. Ferreira
INFORMABIM, nº 499 e 500 – Ass. Bras. Imp; Maç∴ – ABIM – Antônio C. Ferreira – Recife – PE.
JORNAL LIBERDADE E UNIÃO, nº 262 e 263 – ARLS Liberdade e União. Goiânia – GO.
Revista Maçônica Eletrônica “ACÁCIA”, – N° 18 – junho de 2020 – Loja Casa do Caminho - Fervedouro, MG
O APRENDIZ 147 – N° CIII – abril/2020 – Informativo da Loja José Baesso – Guarani - MG
SESSÕES MAÇÔNICAS – reuniões maçônicas virtuais – do Grão-Mestre José Humberto Bahia
MANIFESTO PÚBLICO – dos Grão-Mestres das Grandes Lojas Maçônicas Brasileiras
FAZ 125 ANOS QUE A MAÇONARIA ATUA EM BARBACENA – de Geraldo Ribeiro da Fonseca
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REFLETINDO
“Ingrato é aquele que esquece o benefício recebido, é o mal-agradecido. O que somente colhe os
frutos, mas não cuida da árvore que os produziu”.
“No momento da gratidão emitimos energia cósmica para quem nos fez o bem. Repetindo sempre,
estamos energizando o próprio ego”.
“As pessoas esquecem, facilmente, o bem recebido, mas repetem, praguejando, o mal que lhe fize-
ram. É a mágoa cristalizada”.
“Quando faço o julgamento dos anos que vivi, fico triste ao perceber quanto tempo perdi, não sa-
bendo como recuperar o passado, se o futuro é sempre uma incógnita”.
Do Livro: “Para Você Meditar”. Dr. Libórni Siqueira – Juiz Desembargador, Filósofo e Escritor.
O ESPIRRO DO BODE - JULHO E AGOSTO DE 2020 - N° 284 - ANO 30 - PÁGINA 4
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Do IRMÃO ARY SÉRGIO ALHADAS
“Quando os nossos cultos foram proibidos e fomos perseguidos, usamos chapéus de abas derreadas, balan-
draus com capuzes, andamos pelas sombras e ruelas menos usuais, reduzimos as velas, batemos os malhetes de
leve e recitamos os rituais em surdina; quando os nazistas enviaram os obreiros da Arte Real para os campos de
concentração, estes abriram Lojas em volta de mesas simples e até iniciações celebraram; mas, não deixamos de
nos reunir sob o esquadro e o compasso.
Eis que a possibilidade da doença esvaziou os nossos Templos, impediu as nossas sessões, adiou as nossas
iniciações, calou os risos dos ágapes, embargou os Tríplices e Fraternais Abraços, até os toques sutis e discretos de
reconhecimento das mãos educadas. Todavia, não há de nos separar em corações e mentes, muito menos de nos
parar, pois vamos perseverar na filantropia, nos exemplos de justiça e honradez, nos contatos constantes entre nós,
na assistência mútua e nas orações ao Grande Arquiteto do Universo pela proteção divina para cada Irm, cunha-
da, sobrinho e sobrinha. Nossa força persiste, nossa união é inabalável. “Ad infinitum. Ad aeternum.”
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Transitório
Estamos neste planeta de passagem, somos hóspedes itinerantes, muitos julgam serem donos de muitos
bens terrestres, mas na verdade são apenas administradores temporários, um dia eles partirão e outros irão admi-
nistrar, por herança, os mesmos bens, o que realmente nos pertence são os bens intangíveis, são as nossas virtudes
e nossos defeitos, estes, realmente são nossos.
Algumas pessoas ocupam cargos na vida privada e pública e acham que são proprietários destes, quando na
realidade são apenas administradores de funções e temporárias. Nós mesmos achamos que somos eternos, um belo
dia descobrimos que somos temporários, chegamos a este planeta através de nossos pais e aqui estamos para uma
evolução constante.
Tudo é transitório. Já dizia o filósofo Heráclito: “Panta Rei”, tudo muda, tudo passa.
Passa o bom e passa o ruim. A impressão que temos é que o ruim demora mais a passar. O bom passa rápi-
do. A expressão que usamos é que o ruim demora mais a passar. O bom passa rápido. A expressão que usamos é:
“que pena passou tão rápido”.
Até os nossos pensamentos são transitórios. Hoje pensamos de uma forma, amanhã de outra. E por aí vai.
Ter a consciência desta transitoriedade é fundamental para se viver bem. A percepção de que eterno só o
espírito dá a tranquilidade para uma vida sem atropelos.
Carlos Gabriel Rachid Lacerda
Do livro “Tributos e Atributos Maçônicos”
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Assim me despeço do meu dileto Irmão Oh! Como somos diante de pequenas
João de Freitas Santos coisas como é a morte.
(★11/06/1955 - †12.06.2020) Se nós, maçons, só podemos assim nos
da ARLS Caridade e Luz IV, Or de Bicas titularizar se acreditarmos na morte como uma
passagem de uma para outra dimensão ou,
Tivemos, ao longo da vida, laços familia- como costumamos dizer, para outro oriente,
res e de amizade. Fomos colegas de trabalho porque estarmos tristes hoje?
no Banco do Brasil de Bicas e Juiz de Fora. Talvez a resposta encontre amparo na
Trabalhamos também dentro do nosso Lions certeza de que a saudade que iremos sentir
Clube de Bicas e, no dia 28 de outubro de com a privação da convivência de tantos anos
1989, ou seja, há mais de 30 anos, no templo com esta figura, agora inerte, que há tempos
da centenária Loja Fidelidade Mineira de Juiz chamamos de Irmão, será maior que qualquer
de Fora, tive o prazer e a honra de ser inicia- crença ou qualquer convicção.
dos nos Augustos Mistérios de nossa Sublime Tal saudade já se faz sentir e com o
Ordem exatamente com meu Irmão João de passar do tempo, crescerá. Nossa Ordem, nos-
Freitas Santos. Fomos colegas, companheiros, sas reuniões, econômicas, magnas, festivas,
amigos e irmãos. abertas, terão nos próximos dias e meses, me-
O Salmo 133, tão significativo para nós nos brilho, menos alegria. Mas... nada se man-
maçons, merece ser aqui revivido e evocado. tem indefinidamente e assim, enquanto vivos,
“Oh! Quão bom e agradável é que os nós que aqui permanecemos, seguiremos os
irmãos vivam em união. É como o óleo precio- ditames da vida. O tempo vai passar e o emur-
so sobre a cabeça que desce sobre a barba, a checimento sentido hoje, há de ser no futuro,
barba de Arão, e que desce a orla das suas substituído por novos valores que como jardins
vestes. Como o orvalho de Hermon e como o reflorescerão desta semente que chamamos de
que desce sobre os montes de Sião, porque ali “Irmão” e que hoje é lançada ao solo.
o Senhor ordena a benção e a vida para sem- - Vá! - Cumpra a lei do Supremo Arquite-
pre." to do Universo. Assim é o ciclo ao qual esta-
Oh! Quantas vezes recitamos este belo mos sujeitos e sua passagem por aqui, certa-
salmo ao iniciarmos os nossos trabalhos. mente, não foi em vão.
Oh! Quantas vezes nos foi dada a opor- Ir.·. João Batista Guilhermino
tunidade de nos preparar para a única certeza Loja Maçônica Montanheses Livres
Oriente de Juiz de Fora
que temos na vida que é a de que morreremos
um dia.
O ESPIRRO DO BODE - JULHO E AGOSTO DE 2020 - N° 284 - ANO 30 - PÁGINA 7
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Do IRMÃO ARY SÉRGIO ALHADAS
“Quando os nossos cultos foram proibidos e fomos perseguidos, usamos chapéus de abas derreadas, balan-
draus com capuzes, andamos pelas sombras e ruelas menos usuais, reduzimos as velas, batemos os malhetes de
leve e recitamos os rituais em surdina; quando os nazistas enviaram os obreiros da Arte Real para os campos de
concentração, estes abriram Lojas em volta de mesas simples e até iniciações celebraram; mas, não deixamos de
nos reunir sob o esquadro e o compasso.
Eis que a possibilidade da doença esvaziou os nossos Templos, impediu as nossas sessões, adiou as nossas
iniciações, calou os risos dos ágapes, embargou os Tríplices e Fraternais Abraços, até os toques sutis e discretos de
reconhecimento das mãos educadas. Todavia, não há de nos separar em corações e mentes, muito menos de nos
parar, pois vamos perseverar na filantropia, nos exemplos de justiça e honradez, nos contatos constantes entre nós,
na assistência mútua e nas orações ao Grande Arquiteto do Universo pela proteção divina para cada Irm, cunha-
da, sobrinho e sobrinha. Nossa força persiste, nossa união é inabalável. “Ad infinitum. Ad aeternum.”
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Transitório
Estamos neste planeta de passagem, somos hóspedes itinerantes, muitos julgam serem donos de muitos
bens terrestres, mas na verdade são apenas administradores temporários, um dia eles partirão e outros irão admi-
nistrar, por herança, os mesmos bens, o que realmente nos pertence são os bens intangíveis, são as nossas virtudes
e nossos defeitos, estes, realmente são nossos.
Algumas pessoas ocupam cargos na vida privada e pública e acham que são proprietários destes, quando na
realidade são apenas administradores de funções e temporárias. Nós mesmos achamos que somos eternos, um belo
dia descobrimos que somos temporários, chegamos a este planeta através de nossos pais e aqui estamos para uma
evolução constante.
Tudo é transitório. Já dizia o filósofo Heráclito: “Panta Rei”, tudo muda, tudo passa.
Passa o bom e passa o ruim. A impressão que temos é que o ruim demora mais a passar. O bom passa rápi-
do. A expressão que usamos é que o ruim demora mais a passar. O bom passa rápido. A expressão que usamos é:
“que pena passou tão rápido”.
Até os nossos pensamentos são transitórios. Hoje pensamos de uma forma, amanhã de outra. E por aí vai.
Ter a consciência desta transitoriedade é fundamental para se viver bem. A percepção de que eterno só o
espírito dá a tranquilidade para uma vida sem atropelos.
Carlos Gabriel Rachid Lacerda
Do livro “Tributos e Atributos Maçônicos”
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Irmão Rodrigo Piassi do Nascimento - Grão-Mestre Adjunto, Irmão Francisco Carlos Filho
Sereníssimo Presidente da SAL do GOMG e Wanderlei Geraldo Assis, Grão-Mestre.