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ARQUITETONICAS
NA CONSTRUÇÃO DOS TEMPLOS MAÇÔNICOS
Uma ordem arquitetônica , dentro do contexto da
arquitetura clássica, é um sistema arquitetonico que afeta
o projeto de um edifício dotando-o de características
próprias e associando-o a uma determinada linguagem e
a um determinado estilo histórico. Compreende o
conjunto de elementos previamente definidos e
padronizados que, relacionando-se entre si e com o todo
de um modo coerente, conferem harmonia, unidade e
proporção a um edifício segundo os preceitos clássicos de
beleza. As diferentes ordens arquitetonicas foram criadas
na Antiguidade Clássica, embora elas tenham
eventualmente sido alteradas quando de sua
reinterpretação em períodos como o do
Estas normas de composição foram desenvolvidas na
Grécia e atingiram a maturidade no Período clássico a
partir do século V a.C. dando lugar à criação de três
ordens: o Dórico, o Jónico e o Coríntio (considerado por
alguns autores uma variação do Jónico). A partir do século
I a.C. foram reutilizadas e adaptadas no Império Romano
dando lugar a outras duas ordens: o Toscano (versão
simplificada do Dórico) e o Compósito (combinação entre
Jónico e Coríntio).
O manual de Vitrúvio «cDe Architectura» escrito no
século I a.C. foi o único legado escrito sobre a arquitectura
na Antiguidade a sobreviver à passagem do tempo.
Sendo descoberto no século XV acabou por se tornar
autoridade no campo da arquitetura e das ordens
clássicas em particular. No século XVI, Giacomo Vignola,
escreveu o tratado“Regola delli cinque ordini
dell’architettura” apresentando o seu estudo e
sistematização das ordens em que definiu as medidas de
composição, os cânones, a modularidade e apresentou
sistemas geométricos de traçado que puderam ser
seguidos e usados pelos arquitetos seus contemporâneos.
Neste tratado foram então reconhecidas e nomeadas as
cinco ordens arquitetonicas
O Templo
Pódio ou pedestal. Inclui Estilóbata e Estereóbata. O
templo assenta, por vezes, numa plataforma escalonada,
de forma a elevar o edifício sobre o terreno.
Coluna. Inclui a base, o fuste e o capitel. A coluna sofre um
quase imperceptível estreitamento da base até ao topo,
acentuando a monumentalidade do edíficio. A sua
construcção é segmentada em blocos de pedra, chamados
tambores, sobrepostos uns aos outros. O fuste apresenta
ainda um ligeiro encurvamento a meio, entasis, que dota a
coluna de uma qualidade elástica. O capitel oferece uma
ligação decorativa entre a coluna e o entablamento, que de
outro modo pareceria um pouco tosca, suavizando a
verticalidade da coluna.
Entablamento.
Inclui a arquitrave, o friso e a cornija suportados pelas
colunas.
A arquitrave é o elemento horizontal que assenta sobre as
colunas e é normalmente desprovido de decoração. Sobre
a arquitrave assenta o friso, um elemento também
horizontal, mas com decoração geralmente em relevo. A
cornija é o elemento superior, também horizontal, que se
estende além dos limites do templo e se quebra em ângulo
de acordo com o telhado de duas águas.
Frontão. Inclui o tímpano. O frontão encima a fachada
principal e a sua forma é determinada pelo telhado. O
tímpano emoldurado pela mesma forma apresenta
escultura decorativa em relevo.
AS COLUNAS SÃO DENTRO OU FORA DO TEMPLO?
POR KENNYO ISMAIL ⋅
A resposta é: DENTRO. Sem sombra de dúvidas.
Alguns “ritualistas de plantão” não irão gostar, mas vamos lá:
Deve-se ter em mente que o templo maçônico não é uma “réplica” ou uma “miniatura” do Templo de Salomão. O
templo maçônico na verdade é “simbolicamente inspirado” no Templo de Salomão. Vejamos: Por um acaso, nossos
templos possuem o altar do holocausto com fogo? Os dez castiçais? As 400 romãs? A mesa de ouro para pães? Vasos,
bacias, colheres, varais e véus? Decoração com querubins, palmeiras e flores?
Já o Templo de Salomão, tinha tronos para Primeiro e Segundo Vigilantes? Esquadro e Compasso? Sol e Lua?
Colunetas de Ordens de Arquitetura GREGAS? Colunas Zodiacais (REAA)? Maço e Cinzel, Nível e Prumo?
Fica evidente que o templo maçônico não é uma cópia do Templo de Salomão, recebendo apenas inspiração do
mesmo. Essa inspiração está presente, por exemplo, na orientação do Templo em Oriente, Ocidente, Norte e Sul; nas
Colunas J e B, no Mar de Bronze (presente em alguns Ritos).
Sendo o templo maçônico um templo simbólico, seus símbolos devem estar, antes de tudo, visíveis, para que sirvam
de ensinamento àqueles que no templo estão. Ora, as colunas J e B são os símbolos fundamentais de um templo
maçônico, referência para os Aprendizes e Companheiros, presentes inclusive em seus ensinamentos.
Os chamados “ritualistas” deveriam defender os rituais, e não modificá-los. Infelizmente, não é isso que acontece.
Tanto os antigos rituais do Rito Escocês, como os do Rito de York, e aqueles que derivam desses, têm claramente as
Colunas no lado interno do templo. Aqueles que defendem as Colunas no lado externo, ou seja, no átrio, não se
baseiam nos rituais maçônicos, e sim na descrição bíblica. São como radicais religiosos, interpretando as Escrituras
Sagradas ao pé da letra e exigindo o cumprimento daquela interpretação como uma verdade absoluta. Simplesmente
não entenderam que o templo maçônico definitivamente NÃO é o Templo de Salomão, possuindo inclusive símbolos
de outros povos e épocas posteriores, como as Ordens Arquitetônicas comentadas anteriormente. Se quiserem
colocar as colunas do lado de fora do templo, deveriam colocar também o “Mar de Bronze”. Já que defendem que o
nosso Altar dos Juramentos representa o Altar do Holocausto, deveriam tacar fogo nele e colocar no Átrio também. A
festa estaria completa, com a Bíblia seguida à risca e o Templo sem Altar e sem Colunas. Isso poderia ser qualquer
coisa, menos um templo maçônico.
POR QUE "LOJA" MAÇÔNICA???
POR KENNYO ISMAIL
Qual maçom nunca foi questionado por um profano do porquê do termo “LOJA”?
Muitos são aqueles que perguntam se vendemos alguma coisa nas Lojas, para
justificar o nome. Alguns, fanáticos e ignorantes, chegam a ponto de indagar que é
na Loja que os maçons vendem suas almas!
Em primeiro lugar, precisamos ter em mente que, só porque “loja”, em português,
denomina um estabelecimento comercial, isso não significa que o mesmo termo
em outras línguas tem o mesmo significado. Vejamos:
“Loge”, palavra francesa, pode se referir à casa de um caseiro ou porteiro, um
estábulo, ou mesmo o camarote de um teatro. Mas os termos franceses para um
estabelecimento comercial são “magasin”, “boutique” ou “commerce”.
Da mesma forma, o termo usado na língua inglesa, “lodge”, significa cabana, casa
rústica, alojamento de funcionários ou a casa de um caseiro, porteiro ou outro
funcionário. Os termos mais apropriados para um estabelecimento comercial em
inglês são “store” ou “shop”.
Já o termo italiano “loggia” significa cabana, pequeno cômodo, tenda, mas
também pode designar galeria de arte ou mesmo varanda. Os termos corretos
para um estabelecimento comercial são “magazzino”, “bottega” ou “negozio”.
Em espanhol, “logia”, derivada do termo italiano “loggia”, denomina alpendre ou
quarto de repouso. As palavras mais adequadas para estabelecimento comercial
são “tienda” e “comercio”.
Por último, podemos pegar o exemplo alemão, “loge”, que não tem apenas a
grafia em comum com o francês, mas também o significado: um pequeno cômodo
mobiliado para porteiro ou caseiro, ou um camarote. Já os melhores termos para
estabelecimento comercial em alemão são “kaufhaus”, “geschaft” ou “laden”.
Com base nesses termos, que denominam as Lojas Maçônicas nas línguas
francesa, italiana, espanhola, alemã e inglesa, pode-se compreender que as
expressões referem-se a uma edificação rústica utilizada para alojar trabalhadores,
e não a um estabelecimento comercial. Verifica-se então uma relação direta com a
Maçonaria Operativa, em que os pedreiros costumavam e até hoje costumam
construir estruturas rústicas dentro do canteiro de obras, onde eles guardam suas
ferramentas e fazem seus descansos. Essas simples edificações que abrigam os
pedreiros e suas ferramentas nas construções são chamadas de “loge, lodge,
loggia, logia” nos países de língua francesa, alemã, inglesa, italiana e espanhola.
A palavra na língua portuguesa que mais se aproxima desse significado não seria
“loja” e sim “alojamento”.
Nossas Lojas Maçônicas são exatamente isso: alojamentos simbólicos de
construtores especulativos. Isso fica evidente ao se estudar a história da
Maçonaria em muitos países de língua espanhola, que algumas vezes utilizavam os
termos “Alojamiento” em substituição à “Logia”, o que denuncia que ambas as
palavras têm o mesmo significado.
À luz dos significados dos termos que designam as Lojas Maçônicas em outras
línguas, podemos observar que a teoria amplamente divulgada no Brasil de que o
uso da palavra “Loja” é herança das lojas onde os artesãos vendiam o “handcraft”,
ou seja, o fruto de seu trabalho manual, além de simplista, é furada. Se fosse
assim, os termos utilizados nas outras línguas citadas teriam significado similar ao
de estabelecimento comercial, se seria usado em substituição às outras palavras
que servem a esse fim.
Na próxima vez que você passar em frente a um canteiro de obras e ver à margem
aquela estrutura simples de madeira compensada ou placas de zinco, cheia de
trolhas, níveis, prumos e outros utensílios em seu interior, muitas vezes equipada
também com um colchão para o pedreiro descansar à noite, lembre-se que essa
estrutura é a versão atual daquelas que abrigaram nossos antepassados, os
maçons operativos, e que serviram de base para nossas Lojas Simbólicas de hoje.
AS COLUNAS DO TEMPLO
ORDENS
ARQUITETONICAS
A palavra COLUNA, assim e assim é
conhecido por nós, vem da "coluna"
Latin idioma da voz refere-se ao
nome dado às diferentes formas
que afetam PILARES
COLUNA CORINTIA – simboliza a beleza e personifica o 2° vigilante. É a coluna que representa os Companheiros
maçom. Fica localizada sobre a mesa do 2° vigilante.
COLUNA B (“Booz”) – é uma das colunas que guarnecia a entrada do Templo de Salomão. Na expressão hebraica
“Booz”, significa força. Simbolicamente é o local onde os Aprendizes recebem seu salário, ou seja, é sob o abrigo
desta coluna que os Aprendizes recebem as instruções para desbastar a pedra bruta. Em loja a coluna fica localizada
no ocidente ao norte. A coluna é dirigida pelo 1° vigilante.
COLUNA J (“Jaquim”) – é a outra coluna que guarnecia a entrada do Templo. Faz referencia a “Jaquim”, que significa
segundo texto bíblico: “Jeová se estabelecerá”. Simbolicamente é o lugar onde os companheiros recebem seu salário,
ou seja, é a coluna onde tem acentos os Companheiros e o local onde recebem as instruções. Em Loja fica localizado
no ocidente ao sul. Esta coluna é dirigida pelo 2° vigilante.
As coluna B.’. e J.’. são também conhecidas como colunas solsticiais. São assim denominadas por que a coluna J.’.
situa-se ao sul e marca o solstício de verão e a coluna B.’. , ao norte, o solstício do inverno.
Ao longo dos estudos maçônicos aprenderemos também sobre as seguintes colunas:
COLUNAS DA HARMANIA - representa o conjunto de obreiros que concorrem para o brilhantismo dos rituais e
festejos maçônicos.
COLUNA FUNERÁRIA – representa o local onde se inscrevem os nomes dos membros falecidos da loja. Normalmente
é representada por um painel na sala dos passos perdidos, onde se afixam os retratos e nomes dos membros
falecidos. O livro de registro de óbitos de maçons do quadro da loja também é conhecido como coluna Funerária.
COLUNA GRAVADA – entende-se toda proposição escrita e encaminhada ao Venerável e recolhida pelo mestre de
Cerimônia, por intermédio do saco de proposta e informação.
COLUNA ZODIACAL – é o conjunto de doze colunas, sendo seis situadas próximas a parede do norte e seis próximas a
do sul. Em principio são as colunas que dão sustentação a abóbada do templo. Cada uma das colunas leva um
emblema de uma constelação do zodíaco. Simbolicamente representa a calota celeste e representa cada mês do ano
maçônico.
Com as colunas Booz e Jaquim, percebemos também os opostos nos mesmos níveis (graus), pois estão dispostas em
paralelo, isto é, Hiran singularmente nos mostra ou representa a díade sagrada, o macho e a fêmea, a luz e a
escuridão, o sol e a lua... ou simplesmente a polaridade, onde um velho mensageiro de nome Hermes escreveu em
seu quarto principio: “Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem seu par de opostos, o semelhante e o
dessemelhante são uma só coisa, os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em graus; os extremos se
tocam, todas as verdades são meias verdades, todos os paradoxos podem ser reconciliados.”
Tendo como base este singelo trabalho, podemos concluir que a maçonaria possui vários significados para o termo
coluna, mas nunca devemos esquecer que as colunas mais importantes de um Templo Maçônico são os seus
Obreiros, eternos construtores de si mesmo, colunas que ornam e edificam o homem de bem, justo e perfeito e que
através de seu juramento feito ao G.’.A.’.D.’.U.’. tem a obrigação de construir um mundo melhor para si e para outrem,
refletindo como espelho a sabedoria, a beleza e a força dos ensinamentos maçônicos em sua majestade.
Julio César Lobato, A.’.M.’.
Rio de Janeiro - Brasil
Esses três correspondendo às mais antigas
ordens de arquitetura, são a "dórico", o
"Jónico" e "coríntio"