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Epítome de Procedimentos na Ritualística do

R.’.E.’.A.’.A.’.

Grande Secretaria Geral de Orientação Ritualística

José Fábio Conceição de Oliveira


Grande Secretário de Orientação Ritualística

José Ronaldo Gonçalves


Grão Mestre

GOISP
2015
I – APRESENTAÇÃO

O Grande Oriente Independente de São Paulo – GOISP, visando


uniformizar a prática da ritualística no R.’.E.’.A.’.A.’. em todas as reuniões
do Grau de Aprendiz nas Lojas jurisdicionadas, apresenta este Manual de
Instruções, como complemento do Ritual de Aprendiz, esclarecendo de
forma mais direta, os procedimentos práticos para o bom desenvolvimento
dos trabalhos em Loja, além de relembrar à todos os Obreiros, tem também
a intenção de auxiliar ao Ir.’. M.’. de CCer.’. e ao Ir.’. Experto, quanto ao
desempenho de suas funções.

Sempre lembrando, que é fundamental que se busque sempre a


padronização dos comportamentos ritualísticos no desenvolvimento dos
trabalhos maçônicos em Loja constituída, a fim de que haja sempre
homogeneidade nos procedimentos e se eliminem de vez as formas
diversificadas que tanto tem deturpado e deformado a prática do
R∴E∴A∴A∴

2 - NORMAS GERAIS DE COMPORTAMENTO RITUALÍSTICO


2.1 - Não existe no R∴E∴A∴A∴, nenhuma reflexão, mensagem e
principalmente uma “prece” no Àtrio, preconizada pelo Rito
Adonhiramita e introduzida no escocesismo pelos místicos e ocultistas;
2.2 - Qualquer sessão maçônica deve ser aberta e fechada com todas as
formalidades ritualísticas, pois não é maçônica a sessão aberta e/ou
fechada a um só golpe de malhete, ou com eliminação das principais
passagens ritualísticas, salvo nos casos previstos na legislação maçônica;

2.3 - Não é permitido ao Maçom, paramentar-se no interior do templo;


isso deverá ser feito no Átrio, tanto por aqueles que participam do cortejo
de entrada quanto por aqueles que chegam com atraso;

2.4 - Da mesma maneira, não se deve tirar os paramentos dentro do


Templo;

2.5 – Qualquer Maçom retardatário com permissão para ter o acesso ao


Templo, deverá fazê-lo com as devidas formalidades do Grau: entre Col.’.,
fazer a marcha do Grau, a saud.’. ao V.’. M.’. e aos VVig.’., sempre
acompanhado do M.’. de CCer.’.. Será considerado um erro ele se
dirigir ao seu lugar, sem formalidades e sem a autorização do
Venerável;

2.6 – Independente do Grau em que a Loja esteja funcionando, o Obr.’. que


chegar atrasado à Sessão deverá dar somente três pancadas na porta;

2.7 – O Cobr.’.Int.’., quando não puder dar ingresso, ainda, a um Ir.’.


retardatário, responderá apenas com uma pancada no lado interno da
porta;

2.8 – O V.’.M.’. é o único membro do Quadro de uma Loja a que, se


chegar atrasado à Sessão, tem o direito de ser recebido com formalidades,
com todos os Obr.’. de Pé a à Ordem;

2.9 - A Cerimônia de Incensação do Templo, no início da Sessão, só


existe no Rito Adoniramita, nos demais, é prática errada;

2.10 - Não existe um tempo específico para a duração de uma Sessão


maçônica, já que dependendo dos assuntos a serem tratados, ela poderá
durar mais ou menos tempo. Qualquer limitação do tempo de duração das
Sessões é medida arbitrária, pois cerceia a liberdade dos membros do
Quadro, impõem restrições à Loja e interfere na sua soberania, quando tal
medida é tomada pelas Obediências. Os Obreiros é que devem ter
discernimento para evitar perda de tempo com assuntos irrelevantes; o
Venerável também tem que ter discernimento para evitar que a Sessão se
estenda sem motivo justificado. Mas isso é uma decisão da Oficina e não
pode ser medida impostas pela Obediência;

2.11 - Durante as Sessões de Iniciação não pode ser dispensada nenhuma


formalidade Ritualística isso, em relação principalmente à genuflexão,
que muitos acham que pode ser dispensada se a crença do candidato não
permiti-la. O que deve ser feito antes da aceitação do candidato, é o
padrinho ou os sindicantes, avisá-lo dessa exigência do Rito, para que ele
possa apresentar sua proposta a outra Oficina, cujo Rito não exija a
genuflexão;

2.12 - Não são feitos Sinais quando se circula normalmente pelo


Templo, por dever de ofício ou não;

2.13 - Os Sinais maçônicos, de ordem e saudação, só são feitos quando o


Obr∴ está em pé e parado; assim é um grave erro fazer o Sinal enquanto
se anda pelo Templo (a exceção é a marcha do Grau) e enquanto se está
sentado;

2.14 - Todos os Sinais maçônicos são feitos com a mão e jamais com
instrumentos de trabalho (Malhetes, Espadas, Bastões, Sacolas, etc.).

.a - O Ir.’. M.’. CCer.’. e os IIr.’. Diác.’. quando junto ao Altar dos


Juramentos, antes e após a abertura do L.’. da L.’., deverão ficar com os
Bastões empunhados com a mão direita, não executando o sinal de
Ordem.

.b – O Ir.’. G.’. do T.’. quando não estiver com a Espada embainhada ou


não houver suporte apropriado para a mesma, deverá estar de pé, com a
Espada na mão direita, com o cabo na altura do quadril direito e a ponta
direcionada ao seu ombro esquerdo, não executando o sinal de
Ordem( não podendo deixar a Espada no chão ou sobre a cadeira).

2.15 - Em Loja Simbólica, no Livro de Presenças, só deve constar o Grau


simbólico do Maçom - Aprendiz, Companheiro, ou Mestre - ou a sua
qualidade de Mestre Instalado (que não é Grau), não sendo permitido o
uso dos Graus Filosóficos em que ele esteja colado;

2.16 - Também não são permitidos paramentos de Altos Graus ou


Graus Filosóficos em Loja Simbólica em sessões exclusivas de maçons;

2.17 - Um obreiro do Quadro, se chegar atrasado à Sessão, não poderá


entrar durante o processo de votação de propostas, já que não
participou da discussão; também não poderá ingressar depois da circulação
do Tronco e durante a abertura Ritualística.
2.18 - Nos Templos que possuem degraus de acesso ao Oriente (que não
são obrigatórios), os Obreiros devem subi-lo andando normalmente e
não com passos em esquadria;

2.19 - No Oriente não há padronização da marcha;

2.20 - Aprendizes e Companheiros não podem ter acesso ao Oriente


(exceto na Iniciação e Elevação) que é o fim da escalada iniciática, só
acessível aos Mestres. Da mesma maneira, os Aprendizes não devem ter
acesso à Coluna dos Companheiros;
2.21 - O Obreiro que subir ao Oriente, deve fazê-lo pela região Nordeste
(à esquerda de quem entra), saindo, depois, pelo Sudeste (à esquerda de
quem sai);

2.22 - Nenhum Obreiro pode sair do Templo sem autorização do


Venerável;

2.23 - Se o Obreiro for sair definitivamente do Templo,deverá, antes,


colocar a sua contribuição no Tronco de Beneficência, e entre colunas
fazer a saudação ao Ven∴ e VVig∴, sempre acompanhando M∴
CCer∴;

2.24 - A Transmissão da palavra Trimestral através da Cadeia de União,


exige absoluto silêncio e postura ereta; assim, é um erro arrastar os pés
e/ou balançar o corpo ou os braços nessa ocasião;

2.25 - A Cad.’. de União deve ser formada exclusivamente para a


transmissão da Palavra Trimestral, com exceção do Rito Schrõder,
onde ele é formada ao final de qualquer sessão;

2.26 - Em uma Sessão Magna de Iniciação, em casos de extrema


necessidade, poderá ser acumulada com Sessão de Filiação e
Regularização, sendo desenvolvidas antes do início do cerimonial de
iniciação, pois, de acordo com o Art. 109 do Regulamento Geral – GOISP
são consideradas Sessões Ordinárias;

2.27 – A circulação Templo, no espaço entre as CCol;’ do Norte e do Sul,


será sempre no sentido horário (da esquerda para a direita), contornado
o Altar dos Juramentos;
2.28 – Os profanos presentes às Sessões Abertas ao Público, não deverão
ter acesso ao Oriente. Os homens (Força) sentam-se, exclusivamente, na
Coluna do Norte e as mulheres (Beleza) sentam-se na Coluna do Sul;

2.29 – Nas Sessões Abertas ao Público, não é permitido correr o Tronco


de Beneficência;

2.30 – Qualquer Obr.’. ao sair do Templo durante as Sessões, deve fazê-lo


andando normalmente e não de costas, não havendo nada que justifique
tal atitude;

2.31 - Se a Loja possuir Cobridor Externo, este ficará no Átrio durante toda
a cerimônia de abertura da Sessão portando Espada, entrando depois e
ocupando o seu lugar a noroeste; só sairá se alguém bater à porta do
Templo.

2.32 - Sempre que um maçom desconhecido apresentar-se à porta do


Templo ele deverá ser telhado pelo Cobridor. Telhar é examinar uma
pessoa nos Toques, Sinais e Palavras, cobrindo-se o examinador contra
eventuais fraudes (telhar é cobrir, claro); o termo é confundido com
Trolhar que significa passar a trolha, aparando as arestas (apaziguando
irmãos em eventual litígio). O termo certo, para o exame descrito é
telhamento (trolhamento nesse caso, é incorreto)e é por isso que o
Cobridor é, também chamado de Telhador). Deve-se também durante o
telhamento, solicitar a documentação maçônica(Carteira de Identificação
Maçônica com data de validade em vigor ou documento similar) e profana
(Carteira de Identidade)para se verificar a regularidade do visitante,
bem como da Obediência e Loja maçônica à qual pertencer.

2.33 - Irmãos visitantes só são recebidos após a Ordem do Dia e nunca


depois da circulação do Tronco, não devendo, também participar das
discussões de assuntos privativos da Loja visitada.

2.34 - A Loja jamais deverá admitir Maçons Irregulares em seus trabalhos


(Art. 261, Ítem g, do RG – GOISP).

2.35 - Os Obr.’. com assento no Oriente NÃO têm o direito de falar


sentados, exceto os IIr.’. Or.’. e Secr.’. por função de seus ofícios;

2.36 - Um obreiro do Quadro, se chegar atrasado à Sessão, não poderá


entrar durante o processo de votação de propostas, já que não
participou da discussão; também não poderá ingressar depois da circulação
do Tronco e durante a Abertura Ritualística.
2.37 - Não é permitida a circulação de outros Troncos cuja finalidade não
seja a de beneficência.

2.38 - Em qualquer cerimônia em que sejam usadas velas, elas serão


sempre apagadas com abafador e não soprando a chama.

2.39 - Só o V.’. M.’. ou outro M.’. I.’. é que pode fazer a sagração do
candidato à Iniciação, à Elevação ou à Exaltação. Também só um
Venerável ou outro Mestre Instalado é que pode tocar a Espada Flamejante,
símbolo do poder de que se acham revestidos, ao fazer a sagração.

2.40 - Só o Maçom eleito para o Veneralato de uma Loja é que pode


receber a dignidade de Mestre Instalado, depois de passar pelo Ritual de
Instalação.

2.41 - A Aclamação, nos Ritos que a possuem, deve ser feita em altos
brados, O certo é Aclamação e não exclamação, como dizem alguns
Rituais.

2.42 - Depois que a palavra circulou pelas Colunas e está no Oriente, se


algum Obreiro das Colunas quiser acrescentar algo, deverá solicitar ao seu
Vigilante que a palavra volte a elas; se o Venerável concordar, haverá
todo o giro regulamentar de novo. Não se justificam os famosos pedidos
“pela ordem”, para falar sobre o mesmo assunto, pois esse pedido é apenas
uma questão de ordem que só deve ser levantada para o encaminhamento
de votações e para chamar a atenção para eventuais alterações da ordem
dos trabalhos, quando se constatar o descumprimento de disposições
ritualísticas, legais ou regulamentares;

2.43 – No REAA não é permitida a presença de imagens de santos ou


símbolos religiosos no Templo;

2.44 - Na circulação do Tronco e da Bolsa de Prop.’.e Inf.’.,o Oficial


designado (Hospit∴, ou M∴de CCer∴) deverá apresentar o recipiente,
alargando-lhe a boca e virando a cabeça discretamente para o lado.O Obr∴
sentado e sem qualquer sinal, colocará a sua mão fechada na sacola,
retirando-a aberta (no caso do Tronco, principalmente, para que fique
em segredo a sua contribuição).

2.45 - Não é permitido aos Obreiros, passar de uma para outra Coluna
ou até para o Oriente durante as discussões de assuntos em Loja, para
fazer uso da palavra, para réplicas ou para introduzir um novo enfoque da
questão. Nesses casos, o correto é que a palavra volte as colunas ( CASO
O V.’.M.’. PERMITA) e faça o seu giro normal, para que o assunto torne-
se esgotado e fique definitivamente esclarecido.

2.46 - Quando um Apr∴ tiver que apresentar algum trabalho (para


aumento de salário, geralmente) ele deverá fazê-lo de seu lugar, na
Coluna, e não do Or∴, que lhe é vedado, ou Entr∴CCol∴, local que tem
uso específico.

2.47 - Durante os trabalhos os Sinais são: o de Ordem e a Saudação.


Inclinação de cabeça ou tronco não são Sinais Maçônicos.

2.48 - 56 - Durante as Cerimônias de Iniciação é expressamente proibido


se utilizar de práticas que possam comprometer a integridade física e
psíquica do candidato, tais como: movimentos bruscos, tábua de pregos,
arame farpado, agulhas, prova da coragem, visita a cemitérios, passeio
em porta malas, rampas inclinadas, gangorras, cachimbo de chamas,
entre outros exageros e absurdos que se acham, infelizmente, ainda
presentes em algumas cerimônias;

2.49 - Em LLoj∴ simbólicas, só são consideradas autoridades maçônicas


os portadores de cargos em altos corpos simbólicos - do Executivo, do
Legislativo e do Judiciário e de outros cargos que estão distribuídos nas
Faixas;

2.50 - Na leitura do texto bíblico na abertura de Sessão, não existe uma


“prece” invocativa ou de súplica, logo não se admite a expressão
“Amém” ou “Assim Seja”, empregados ao final de uma oração (prece);

2.51 - A maneira maçônica correta de demonstrar em Loja, o pesar pelo


falecimento de um irmão é a bateria fúnebre, ou bateria de luto: três
pancadas em surdina (ou surdas), dadas com a mão direita, sobre o
antebraço esquerdo (surdina é uma peça que se coloca nos instrumentos
para tornar surdos, ou abafados os seus sons; em surdina, significa: com
som abafado). O tradicional minuto de silêncio é homenagem “profana”;

2.52 - A hora em que os Maçons simbolicamente iniciam os seus trabalhos,


é sempre a do meio-dia porque esse momento do dia tem um grande
significado simbólico para a Maçonaria: é a hora do sol a pino, quando os
objetos não fazem sombra; assim, é o momento da mais absoluta
igualdade, pois ninguém faz sombra a ninguém.
3 -SESSÃO MAGNA DE INICIAÇÃO
INTRODUÇÃO
Considerando que a Sessão Magna de Iniciação é a prática Ritualística que
mais requer esmero e dedicação de todos participantes, solicitamos aos
Irmãos sua atenção para as Orientações abaixo relacionadas, a fim de se
evitar desencontros e situações constrangedoras durante os trabalhos
Ritualísticos. È importante ressaltar que todos os Irmãos presentes na
sessão são meramente coadjuvantes, onde o ator principal é sempre o
Candidato. Ele é o centro das atenções, e tudo deve ser feito para que os
ensinamentos transmitidos durante os trabalhos sejam pôr ele assimilados.
Sua visão temporariamente impedida, possibilita uma audição aguçada e
sensível. A presença de alguém sempre ao seu lado, deve sempre inspirar
confiança e gerar tranqüilidade. Todo cuidado no desenvolvimento do
trabalho ritualístico e total atenção no desenrolar do mesmo se faz
necessário para que se atinja na sua plenitude o objetivo principal ou seja, o
de possibilitar o inicio do processo de transformação do Homem Comum
em um Homem Maçom. Todo tipo de brincadeira, chacota, conversa
paralela, insinuações entre outras atitudes não condizentes com os
princípios maçônicos e que possam provocar qualquer tipo de
constrangimento ou pondo às vezes em risco a integridade física da pessoa
são inadmissíveis e inaceitáveis, quer durante a preparação do Candidato
antes dos inicio dos trabalhos, quer durante o transcorrer dos trabalhos.
Iniciação não é "trote". A Maçonaria é uma instituição séria composta de
homens sérios, e como tal devemos agir e portar. O Candidato após ser
preparado, deve estar tranqüilo e confiante. Deve ser orientado quanto à
importância da cerimônia simbólica pela qual vai passar, onde sua atenção
deve ser total em tudo que vai ser falado e perguntado, para que suas
respostas sejam sinceras, espontâneas e naturais. Durante o
desenvolvimento dos trabalhos, deverá ser conduzido com moderação,
sendo proibido usar de violência e excessos, principalmente nas provas da
Taça Sagrada e durante as viagens. É necessário que o candidato esteja
emocionalmente tranqüilo e equilibrado, totalmente confiante e seguro em
relação ao seu guia e convicto de que está no meio de amigos, futuros
irmãos.

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA UMA SESSÃO DE INICIAÇÃO


01 - Leitura prévia e cuidadosa do Ritual por todos aqueles que terão
participação direta nas sessão. É indispensável pelo menos um ensaio com
todos para se evitar falhas imperdoáveis, que descaracterizam e quebram a
ritualística dos trabalhos de Iniciação. O cuidado com a preparação de
qualquer trabalho ritualístico, principalmente em uma Sessão Magna
de Iniciação, deve ser ponto de honra para qualquer administração.
Durante o decorrer dos trabalhos, as leituras devem ser feitas com
desenvoltura, em tom firme, voz empostada, segura e de forma audível por
todos presentes, sem titubeio e erros, que fazem com que até de olhos
vendados o Candidato perceba que os protagonistas estão inseguros e não
dominam o que estão fazendo. Existindo mais de 01(um) Candidato, porem
nunca mais de *05 (cinco), as perguntas podem ser feitas de forma
alternadas entre eles. O Templo deve ser adequadamente preparado. O
sistema de ar condicionado ou de ventilação, devem ser revisados para
funcionarem a contento, principalmente nos períodos de calor intenso. No
R∴E∴A∴A∴ não existe a queima de incenso ou similar antes,
durante ou depois da sessão ( O V.’.M.’. pode ou não autorizar acender
para aromatização do ambiente). * ( Reg.’. G.’. da Const.’. de J.Anderson –
ítem V)
Todos devem estar rigorosamente vestidos e paramentados, conforme
determina a legislação maçônica pertinente.
02 - O Secretário deve preparar a documentação do Candidato com
antecedência, onde deverá incluir o Testamento a ser preenchido, o Ritual
do Grau 01, o Certificado, a Identidade Maçônica, bem como um avental
de Aprendiz e dois pares de Luvas Brancas.
03 - O Mestre de Harmonia deve ter o cuidado de montar a trilha sonora
adequada para a solenidade, sempre preferencialmente com clássicos
orquestrados. Sua total atenção para o desenrolar da Ritualística é
imprescindível para não cometer fiascos, deixando de colocar música nas
horas apropriadas ou utilizando de trilhas sonoras que não condizem com o
desenvolvimento dos trabalhos. Deixar preparada a trilha sonora do Hino a
Bandeira com a primeira e última estrofe mais o estribilho, que deve conter
a palavra "juvenil". Durante toda a sessão a música deve se fazer presente
de forma harmônica, cabendo ao Mestre de Harmonia manter a tonalidade
e o volume do som o mais adequado possível para cada momento.
04 - O Arquiteto da Loja, deve deixar preparado e nos seus devidos
lugares, o Pavilhão Nacional (fora do Templo), as Estrelas e Espadas, o
Mar de Bronze, o Banco (e não cadeira) das Reflexões, a Chama da
Purificação (utilizar velas, lamparina ou pedaço de estopa), as Taças
Sagradas e as Bebidas Amarga (de preferência de raízes naturais) e Doce
(utilizar água e adoçante diet).
05 - A Ritualística de Culto ao Pavilhão Nacional (entrada e saída da
Bandeira) será cumprida conforme o disposto no Ritual de Aprendiz. O
Hino Nacional e o Hino à Bandeira devem ser CANTADOS por todos os
Irmãos presentes.
06* - O Orador fará a leitura somente do Artigo 1º da Declaração de
Princípios da Maçonaria Universal contidos no RA – GOISP. Na circulação
do Tronco de Beneficência, é função do Orador, de forma objetiva, explicar
o significado desta prática ao iniciado, bem como conferir o valor
arrecadado e anunciá-lo em moeda corrente no país na mesma sessão.
Não se deixa o resultado da coleta sob malhete, pois isto é um desrespeito
aos presentes. O Orador deve preparar sua fala de modo que em poucas
palavras sintetize a filosofia do Grau de Aprendiz, e na mesma
oportunidade saudar o Iniciado em nome de todos IIr ∴ da Loja,
permitindo com isto que na "palavra relativa ao ato" ela fique
integralmente disponível aos convidados.
07 - Os efeitos da Ritualística e da Liturgia em qualquer dos trabalhos
maçônicos somente podem ser sentidos se o ritual for seguido
integralmente. Não se pode suprimir parte do Ritual. Não existe trabalho
ritualístico “sem formalidades”.
08 - O emprego do Malhete por parte do Ven.∴ e VVig∴, deve ser
sincronizado, nítidos e com firmeza, caracterizando atenção e segurança
quanto aos trabalhos. Os VVig∴ devem estar atentos para os momentos de
repique com o Malhete que deverão ser BATIDOS COM FORÇA E
FIRMEZA, porém sem exageros.
09 - O Mestre de Cerimônias e o Experto, são peças fundamentais para o
desenvolvimento correto dos trabalhos, com toda formalidade e rigor que
exige o Ritual. Devem conhecer todos os procedimentos ritualísticos
previstos para a sessão e dominar com segurança os textos maçônicos
envolvidos na cerimônia.
10 - O traje dos Maçons no R∴E∴A∴A∴ é o Terno Escuro (preto ou
azul marinho), a camisa branca, meias pretas, sapatos pretos e gravata
preta. Nas Sessões Magnas não se admite o uso de Balandrau. O Avental
juntamente com as luvas brancas fazem parte do vestuário maçônico.

ATIVIDADES EXERCIDAS PELO MESTRE DE CERIMÔNIAS

O cargo de MESTRE DE CERIMÔNIAS é um dos cargos mais


importantes de uma Loja Maçônica. Além das atribuições que lhe são
competentes e previstas na legislação, ele deverá ser um “exímio” executor
da Ritualística do Grau em que estiver trabalhando. É indispensável que
este Oficial tenha o mais completo domínio do Cerimonial Maçônico em
todas as Sessões, quer seja Administrativas, Magnas ou Públicas.

01 - Após compor a Loja e distribuir as insígnias, deverá formar o cortejo e


dar entrada ao Templo aos IIr∴, respeitando a hierarquia de graus e cargos
maçônicos do simbolismo. Após conduzir o Ven ∴ ao Altar pelo lado
Norte, deverá convidar os M∴I∴ e Autoridades Maçônicas a ocuparem
assentos nos lugares reservados no Oriente.

02 - Todo cerimonial relativo a Entrada e Saída da Bandeira do Brasil


(Culto ao Pavilhão Nacional) deverá estar de acordo com o RA – GOISP.
A Guarda de Honra será composta pelo M∴CCer∴ e mais dois MM∴
MM∴armados de espada. A Comissão de Recepção será constituída por
13(treze) MM∴ MM∴ munidos de estrela e espada, distribuídos 07(sete)
na Coluna
do Norte e 06(seis) na do Sul. Todos devem estar de luvas brancas.

03 - Para a realização da prova da Taça Sagrada, cabe ao M ∴ CCer∴


conduzir o candidato até o Altar, entregando-o ao Ir∴
Sacrificador(Experto), voltando a seguir ao seu lugar.

04 - No momento do candidato prestar seu Juramento, orientá-lo em


relação à posição correta de se ajoelhar (j∴ esq∴). Junto com o L∴L∴
deverá estar também um exemplar do Reg.’. Geral - GOISP. Nunca
utilizar o compasso que está sobre o L∴ L∴ para o candidato apoiá-lo
junto ao peito.

05 - Após o Juramento o candidato é retirado para recompor suas vestes


retornando ao Templo, ainda vendado, postando-se entre Colunas. Alguns
Irmãos Mestres que ocupam a primeira fila nas Colunas, munidos de
Espadas na mão esquerda, ficam de pé em seus lugares, com a espada
voltada (apontada) para o Candidato. Apagam-se todas luzes do Templo,
menos as auxiliares para leitura.

06 - Após o terceiro repique de malhetes, a venda é retirada totalmente. As


luzes do Templo deverão ser acesas por etapas, porém de forma contínua,
para que o Neófito readquira ao poucos a plenitude de sua visão.

07 - Acompanhar o Neófito até o Altar de JJur∴ e prepará-lo corretamente


quanto a postura para a cerimônia de Sagração. Solicitar a presença do
Porta-Espada com a Espada Flamejante para se colocar ao lado do Altar. O
Porta-Estandarte, empunhando o Estandarte da Loja, deverá se posicionar
atrás dos Neófitos no momento da Sagração. No momento da Sagração a
Espada Flamejante não deverá tocar a cabeça do Neófito, pois
simbolicamente sua lâmina representa uma chama.
08 - Terminada a Sagração, posicionar o Neófito para que fique do lado
Norte ao lado do Altar de JJur.’., afim de que possa receber as primeiras
orientações do Venerável, bem como o Avental, Luvas, Ritual, Carteira
Provisória, e as instruções iniciais ministradas pelo M∴ CCer∴, ou sejam:
Sin∴ de Ord∴ e Bat∴ do Gr∴.
ATENÇÃO: A Bat∴ do Grau é dada mantendo-se a mão esquerda
parada e com a palma voltada para cima e sobre ela movimenta-se a mão
direita, em bateria, por três vezes. Bateria não é aplauso.

09 - Depois de receber o Trip∴ e Frat∴ Abraço do Ven∴ em nome de


todos Irmãos, conduzir o Neófito até a mesa do 1º Vig ∴ para que possa
aprender a trabalhar na P∴ B∴. A maneira correta de como entrar
ritualisticamente e com toda formalidade no Templo fica para ser
ministrada, na forma de instrução, na próxima sessão do grau.

ATENÇÃO: O Trip∴ e Frat∴ Abr∴ é dado de forma alternada,


mantendo sempre a mão esquerda apoiada junto as costas do Neófito, e a
direita livre para se movimentar, em bateria, por três vezes.

10 - Com o Neófito entre Colunas, receber e retribuir a Tríplice Bateria do


Grau recebida. Conduzi-lo até a mesa do Chanceler, para assinatura no
livro de presença e logo a seguir, orientá-lo para que possa tomar assento
no topo da Coluna do Norte.

ATENÇÃO: A Expressão “topo da Coluna”, significa qualquer assento


entre os lugares reservados aos Aprendizes, e não necessariamente na
extremidade próxima a Balaustrada. Topo não significa “ponta” ou
"extremidade”, mas sim toda a extensão da Coluna do Norte.

ATIVIDADES EXERCIDAS PELO EXPERTO

O EXPERTO, como o nome já diz, é o perito da Loja e suas funções são


múltiplas. Este cargo, por tradição, é confiado a um Maçom
experimentado que conhece a fundo os Rituais e a dinâmica do
trabalho ritualístico em uma sessão, principalmente Magna de
Iniciação, pois o seu papel é essencial em todas as Cerimônias
maçônicas, sendo executor de todas as decisões tomadas. Nas Sessões
Magnas de Iniciação cabe ao Irmão Experto (corretamente paramentado
utilizando um capuz para não ser reconhecido e um balandrau preto
talar) a tarefa e o cuidado de receber e preparar o candidato para que passe
pelo cerimonial simbólico da Iniciação, conduzindo-o e instruindo-o com
segurança. Cabe também ao Experto, coibir e proibir exageros e
brincadeiras de mau gosto com o candidato, pois ele merece todo o nosso
respeito.
01 - Recepção do Candidato - o candidato, deve ser introduzido ao prédio
da Loja de modo que não veja, nem identifique a ninguém, senão o seu
introdutor, isto pelo menos uma hora antes do início da sessão. Em seguida
vendar-lhe os olhos e conduzi-lo a sala do átrio.

02 - Câmara de Reflexão - trinta minutos antes do início da sessão,


introduzir o candidato a Câmara de Reflexão previamente preparada pelo
Arquiteto. Retirar a venda dos olhos e entregar-lhe o testamento a ser
preenchido e assinado. Orientá-lo para observar atentamente e refletir
sobre os símbolos e dizeres presentes na câmara.

03 - Cerimonial da Iniciação - após o diálogo inicial, o questionário é


entregue ao Experto pelo irmão Secretário, espetando-o na sua espada. Sua
devolução, após respondido pelo candidato, é feita ao Irmão Orador da
mesma forma. Ao subir o Oriente o Irmão deverá saudar o V:. M.’. (com
uma parada rápida e formal) e ter o mesmo procedimento ao sair do
Orien
te, antes de descer os degraus. Faz-se necessário ressaltar que a espada é
sempre conduzida junto ao lado direito do corpo, na vertical, e com o
punho na altura da cintura.

04 - Paramentação do Candidato - os olhos devem ser vendados,


descobrem-lhe o lado esquerdo do peito; arregaça a perna direita da calça
acima do joelho direito, ficando também o pé direito descalço (se
necessário, utilizar um chinelo). Todos os metais são retirados, depositados
em uma bolsa e entregues ao Irmão Tesoureiro. Após a paramentação do
candidato, o Exp∴ o acompanha até a porta do Templo. Fazer a leitura do
Nome, Nacionalidade, Profissão e Endereço em voz alta e pausada. Todo
diálogo inicial é travado entre o V.’.M.’. e o Experto diretamente, ou
através do 1º Vig∴.

05 - Entrada ao Templo - assim que autorizado, o candidato é conduzido


ao interior do Templo pelo Ir∴ Exp∴ ficando entre Colunas. Depois da
segunda interpelação feita pelo Ven∴, coloca-se a ponta da espada em
contato com o peito, de modo que o candidato a sinta espetando.

06 - Oração - antes do início, o Experto deve conduzir o candidato à mesa


do 1º Vigilante e faze-lo ajoelhar-se, isto significa que deverá faze-lo com
os 2 (dois) joelhos simultaneamente. Após este procedimento, o candidato
é colocado novamente entre colunas.

ATENÇÃO: durante os questionamentos e perguntas, ficar atento para


orientar o candidato, repetindo a questão ou pergunta se necessário for,
porem tomando o máximo de cuidado para “não responder por ele”, ou,
"colocar palavras e respostas na sua boca". As respostas do candidato
deverão ser próprias dele, sem constrangimento, com a maior liberdade e
franqueza possível.

07 - Prova da Taça Sagrada - o candidato é encaminhado ao Oriente pelo


M∴ CCer∴junto ao Altar do Ven∴, que fará a entrega do mesmo ao
Experto que desempenhará a função de Irmão Sacrificador. Utilizar no
preparo da bebida doce, água com adoçante diet e raízes naturais para a
bebida amarga. Não permitir ao candidato ingerir toda bebida doce, pois se
o fizer, não poderá "esgotar o amargo dos seus restos", como previsto no
Ritual. Ao adicionar a bebida amarga, faze-lo com todo cuidado para o
candidato não perceber o que esta ocorrendo. A retirada do candidato
deverá ocorrer com moderação, sendo proibido qualquer tipo de exagero,
violência ou brutalidades .

08 - Banco das Reflexões - empregar um banco comum, sem encosto e


com as pernas de tamanho iguais, e não uma cadeira. É proibido o uso da
tábua com pregos ou similares, bem como cruzar espadas sobre o
assento. O Experto faz o Candidato dar um giro em torno de si mesmo,
para em seguida sentar-se, onde deve permanecer por alguns minutos em
reflexão no mais profundo e absoluto silêncio.

09 - Viagens - são em número de três representando os três elementos: o


Ar, a Água, e o Fogo. O Experto conduz o Candidato pelo braço durante
todo tempo, transmitindo com este gesto segurança e tranqüilidade. Ao
final de cada viagem, ao chegar ao seu destino, o Experto orienta o
Candidato a bater por três vezes, com sua mão aberta, sobre as mesas dos
VVig∴ e altar do Venerável. Ficar atento para a pergunta a ser-lhe
dirigida, bem como para a resposta a ser dada, que deverá já estar
memorizada.

ATENÇÃO:

1ª Viagem - com ruídos, trovões e cheio de obstáculos simulados ou que


não comprometam a integridade física do Candidato (usar a criatividade).

Final da 1ª viagem - dirigir até à mesa do 2º Vig∴. Executar a bateria do


grau sobre a mesa. Após a interpelação, o candidato é colocado entre
colunas, SENTADO.
2ª Viagem - com ruído que imitam o tinir de espadas (empregar ruídos
previamente gravados ou mesmo o bater real de espadas) e percorrendo um
terreno mais plano, com obstáculos imaginários.
Final da 2ª viagem - dirigir até à mesa do 1º Vigilante. Executar a bateria
do grau sobre a mesa. Após a interpelação, levar o candidato para ser
purificado pela Água junto ao Mar de Bronze, que deverá estar situado a
sudoeste do Templo, próximo a Harmonia. Após a purificação pela Água,
o candidato fica em PÉ entre colunas, sentando somente após o comando
do Venerável.

3º Viagem - sem ruídos e sem nenhum tipo de obstáculos.

Final da 3ª viagem - dirigir ao Oriente até ao Altar. Executar a bateria do


grau sobre o mesmo. Após a interpelação, descer do Oriente, e levar o
candidato a ser purificado com o fogo, através de uma chama auxiliar
colocada junto ao M∴CCer∴ e por ele auxiliado. Passar as mãos
espalmadas por 3 vezes sobre a chama. Não é mais permitido o emprego
do "cachimbo de breu e enxofre", bem como de qualquer tipo de
chamas através de substâncias inflamáveis, pois comprometem a
integridade física do Candidato além do risco de explosões e queimaduras
irreversíveis. Após a purificação pelo Fogo, o candidato é colocado entre
colunas SENTADO.
A partir deste momento o Mestre de Cerimônia assume a condução do
Candidato, encerrando a participação direta do Experto nos trabalhos
ritualístico na Sessão Magna de Iniciação.

10 - ATENÇÃO: O Irmão EXPERTO deverá estar rigorosamente


paramentado, ou seja, de balandrau negro com capuz cobrindo todo o rosto.
O Capuz é utilizado somente nos momentos de contato com o candidato
para não ser reconhecido. Após a participação do Irmão na ritualística, o
balandrau é retirado, permanecendo o Irmão de terno, paramentado e com
sua insígnia.

PROVIDÊNCIAS QUE DEVERÃO SER TOMADAS QUANDO DA


REALIZAÇÃO DE UMA SESSÃO DE INICIAÇÃO.

1. Taça
2. Pé de Chinelo direito.
3. Bebidas – AMARGA E DOCE
4. Malhete Extra e cinzel junto à mesa do 1o Vig∴
5. Compasso Extra no ALTAR DOS JURAMENTOS
6. Água e Toalha no MAR DE BRONZE
7. Venda(s)
8. Capuz(es)
9. Lanternas (Ven∴, 1o Vig∴ e 2o Vig∴)
10. Espadas nas Colunas para formação da abóbada de aço
11. Espadas para Diáconos e M∴ de CCer∴
12. Pavilhão Nacional
13. Velas para Chama da Terceira Viagem
14. Reg.’. Geral – GOISP sobre o ALTAR DOS JURAMENTOS
15. Almofada para o iniciando se ajoelhar
16. Rascunhos para o Sec∴, Or∴, Chanc∴ e Ven∴
17. Digitar papeleta contendo NOME, PROFISSÃO, NACIONALIDADE
E ENDEREÇO do iniciando e distribuir entre os Oficiais
18. Rituais para todos os Oficiais
19. Livros de presenças antes do início da sessão
20. Certificados de Presença previamente assinados
21. Hino Nacional para a entrada da Bandeira Nacional
22. Hino à Bandeira(com a palavra JUVENIL) para a saída da Bandeira
Nacional
23. Espada Flamejante no ALTAR do Ven∴
24. Fósforos ou isqueiro para acender as estrelas
25. Fósforos ou isqueiro para acender velas para a 3a Viagem
26. Envelope para recolher os metais em poder do candidato
27. Banco sem encosto
28. Para a Câmara de Reflexão:
a) Questionário;
b) Testamento Simbólico.

4 - CULTO AO PAVILHÃO NACIONAL

O Culto ao Pavilhão Nacional nos Templos maçônicos, deve obedecer a


Lei profana de nº 5.700 de 01.09.71, modificada pela Lei nº 5.812 de
13.10.72 que trata especificamente dos Símbolos Nacionais.
É a maior autoridade dentro de uma Loja Maçônica, e portanto devemos
lhe prestar as honras previstas em nossa legislação.
A Bandeira Nacional tem presença obrigatória nos Templos Maçônicos em
todas as Sessões Magnas.
Nas Sessões Litúrgicas Ordinárias, realizadas nos Templos, a Bandeira
Nacional poderá ser colocada em seu pedestal antes da abertura dos
trabalhos.
Já nas Sessões Magnas de Iniciação, o Pavilhão Nacional dará entrada no
Templo antes de iniciar a Ordem do Dia. Sua presença é obrigatória,
devendo à sua entrada ser entoado (cantado) por inteiro o Hino Nacional
Brasileiro e à sua saída o Hino a Bandeira, somente nas suas primeira e
última estrofes.
O Pavilhão Nacional será introduzido no recinto do Templo, após a entrada
da mais alta autoridade Maçônica presente à Sessão. Após o ingresso da
Bandeira, ninguém mais entrará com formalidades, nem mesmo o Grão-
Mestre.

ENTRADA DO PAVILHÃO NACIONAL

A Bandeira será recebida por uma Comissão composta de 13 (treze) IIr∴


MM∴MM∴, armados de Espadas e munidos de Estrelas, e de uma
Guarda de Honra de três membros, um dos quais o M ∴ CCer∴(também
poderá ser formada pelos DDiac∴e o M∴CCer∴, ou por MM∴ e o
M∴CCer∴).
Estando tudo devidamente preparado, o M ∴ CCer∴ dá as pancadas
regulares na porta do Templo, e depois de receber ordens para dar entrada à
Bandeira, faz com que primeiramente entre a Comissão de treze membros,
em fila dupla, ficando sete ao Norte e seis ao Sul, parados e voltados para o
eixo central do Templo, à Ordem, com espada portada na mão direita e
estrela na mão esquerda.

A Ordem com a Espada: faz-se portando a espada com a mão direita


junto a lateral do corpo, punho à altura da cintura, ponta voltada para cima,
verticalmente.

ATENÇÃO: durante todo o cerimonial de entrada do Pavilhão Nacional, a


Guarda de Honra permanece com a espada sempre à Ordem.

O Port∴ Band∴ usando luvas brancas (assim como os demais IIr∴ da


Comissão e da Guarda de Honra, por fazer parte do traje ritualístico)
aguarda no Átrio, a ordem do M∴CCer∴ para entrar no Templo
acompanhado da Guarda de Honra. O Ven∴ colocará os IIr∴ de Pé e à
Ord∴ (ou somente de Pé tratando-se de Sessão Magna Pública),
autorizando a seguir o M∴ CCer∴ a dar entrada ao Pavilhão Nacional. O
Port∴Band∴ acompanhado da Guarda de Honra, com a Bandeira apoiada
no ombro, entra e se põe entre CCol∴, colocando a Bandeira na vertical,
ao lado direito do corpo, segura com as duas mãos pela haste, cruzando o
braço esquerdo na frente do corpo, antebraço na horizontal; a mão direita
sustenta o mastro mais abaixo no alongamento do braço. Antes do início da
execução do Hino Nacional, o Ven∴ colocará os IIr∴ Perfilados e sem
cobertura, para cantarem o Hino. Ao seu final todos retomam o sinal de
ordem. - Após a execução do Hino Nacional, a Comissão de recepção ao
Pavilhão, deverá fazer continência com a espada para a passagem da
Bandeira.
Continência com a Espada: faz-se apontando a espada para baixo, do lado
direito do corpo, formando um angulo de 45º em prolongamento com o
braço direito, voltando o olhar para a Bandeira. Após o término do Hino
Nacional, o Port∴ Band∴, sempre com a Bandeira na posição vertical,
rompe a marcha com sua guarda. A Comissão de treze membros deverá
acompanhar com o olhar, a passagem da Bandeira, e quando esta passar
pelo último membro, todos ao mesmo tempo, voltam à Ord∴com a espada.
Durante o deslocamento, todos presentes, devem acompanhar com o olhar
até que a Bandeira seja conduzida diretamente ao seu pedestal, em passos
marciais, pelo Port∴Band∴, acompanhado da Guarda de Honra. A
Guarda de Honra pára nos degraus ou junto à Balaustrada, entrando no
Oriente, somente o Port∴ Band∴.Após colocar a Bandeira em seu
pedestal, ao lado direito do Venerável em posição vertical, o Port∴
Band∴ retorna ao seu lugar, ficando de Pé e à Ord∴.O Ven∴ Mestr∴
solicita ao M∴ CCer∴ que desfaça a Comissão e a Guarda de Honra, e
autoriza os presentes a sentarem-se. Neste momento, os componentes da
Comissão voltam ao Átrio, para deixar as Espadas e Estrelas retornando
após aos seus lugares, o mesmo ocorrendo com a Guarda de Honra.

SAÍDA DO PAVILHÃO NACIONAL


A Bandeira sempre precederá a saída das autoridades presentes antes do
encerramento da Sessão. Após reconstituir a mesma Comissão e Guarda de
Honra o Ven∴ coloca os presentes de Pé e Ord∴ (ou somente de Pé em
Sessão Magna Pública), autorizando o Orad∴ ou convidando outro Ir∴
previamente designado, a fazer a saudação ao Pavilhão Nacional, sem em
nenhum momento tocá-lo ou segurá-lo.Durante a saudação, somente a
Guarda de Honra faz continência com as espadas. A Bandeira é erguida
verticalmente pelo Port∴ Band∴ no Oriente. A Guarda de Honra se
coloca no Ocidente à entrada do Oriente.
A saudação poderá ser pequena peça de arquit∴alusiva à Bandeira, à
Pátria e ao amor que os MMaç ∴ a ela devotam, desde que nos mesmos
limites de honra e respeito a Bandeira Nacional. Após a saudação o Port∴
Band∴ aguarda que a Col∴ de Harm∴ execute o Hino à Bandeira apenas
na sua primeira e última estrofe. Terminada a execução do Hino, a
Bandeira sai
do Oriente é acompanhada da Guarda de Honra, indo passar pela Comissão
que estará em continência com as espadas.

ATENÇÃO: A letra correta do Hino à Bandeira na sua origem, trás no seu


estribilho a palavra "juvenil" e não varonil, que foi introduzida
indevidamente em algumas versões editadas posteriormente.
Ao passar pelo último membro da Comissão, as espadas voltam à Ord∴.
Em seguida o Port∴ Band∴ e os IIr∴ da Guarda de Honra retornam aos
seus lugares. A Comissão aguarda entre CCol ∴ que o M∴ CCer∴ receba
ordens para desfazê-la, após o que, voltam a seus lugares.

OBSERVAÇÕES:

1) - É recomendável que o M∴CCer∴escolha com antecedência, os IIr∴


que farão parte da Comissão, certificando-se que os mesmos estejam
cientes de como praticar este ato ritualístico (se necessário, orientá-los), e
de que compareçam à Sessão, em traje apropriado ou seja: terno preto ou
azul marinho, camisa e luvas brancas, gravata preta, sapato e meias pretos.
Assim procedendo, o M∴ de CCer∴ ao receber ordens para compor a
Comissão solicitará a presença dos MM∴ MM∴ previamente designados
para esta função.

ATENÇÃO: Nunca é demais lembrar que este cerimonial deve ser


ensaiado com antecedência, sempre que deva ser executado, ou em
períodos regulares, para que seja desenvolvido com todo o rigor e brilho
requeridos.

2) - A Bandeira, as Espadas e as Estrelas deverão estar no Átrio, para


facilitar o trabalho da Comissão e do Porta-Bandeira. O Arquiteto acenderá
as Estrelas previamente para não tumultuar a entrada da Comissão. O M∴
de CCer∴ que é o responsável pelo cerimonial, deverá usar de todo o
rigor, para que o mesmo seja cumprido fielmente.
3) - O M∴ CCer∴ fazendo ou não parte da Guarda de Honra, será sempre
o responsável pela organização de todo o cerimonial relativo ao Culto ao
Pavilhão Nacional.
4) - O Hino Nacional poderá ser de simples execução instrumental,
tocando-se a música integralmente, mas sem repetição, ou de execução
vocal, onde sempre serão cantadas as duas partes do poema fazendo-se
canto em uníssono (Lei dos Símbolos Nacionais nº 5.700 de
01/ 09/ 1971 - Art. 24).

5) - Postura correta durante o Culto ao Pavilhão Nacional:

a) Sessões Maçônicas - de Pé e a Ordem.

b) Sessões Maçônicas Públicas – de Pé e Perfilado


6) - Sempre que for executado o Hino Nacional, todo Maçom deve ficar
descoberto.
Quando o Hino Nacional e o da Bandeira for entoado (cantado), mesmo
nas sessões Maçônicas, o Maçom deve ficar de Pé e Perfilado e não com o
Sinal de Ordem. Também é considerada como postura incorreta a
colocação da mão sobre o peito.

7) - Importante lembrar que Aprendizes e Companheiros não tomam


parte na Comissão de Recepção e nem na Guarda de Honra ao Pavilhão
Nacional, uma vez que não podem portar espadas, pois são de uso
exclusivo dos MM∴ MM∴.
Não existindo a presença de 13(treze)MM∴ MM∴, a Comissão
poderá ser formada por um número menor, porem sempre comum
total ímpar (11, 9, 7, 5 e 3 - Irmãos Mestres).

8) - O seis IIr∴ componentes da Comissão de recepção ao Pavilhão


Nacional (coluna sul) deverão, ao dar entrada ao Templo, circular
ritualisticamente (sentido horário - Norte/Sul). O mesmo procedimento
deve ter os Sete IIr∴ da Comissão (coluna norte) ao se retirarem do
Templo.

9) - É vedada a execução de quaisquer arranjos vocais do Hino Nacional, a


não ser o de Alberto Nepomuceno, bem como não é permitida a execução
de arranjos artísticos instrumentais (Lei 5.700, Art. 34).

10) - Conforme a Lei 5.700, quando a Bandeira se apresentar em marcha ou


cortejo, todos devem tomar atitude de respeito e em silêncio, sendo
vedada qualquer outra forma de saudação.

Logo não existe bateria incessante de palmas ou aplausos.

ATENÇÃO: O Culto ao Pavilhão Nacional é uma prática normatizada por


legislação profana específica - Lei dos Símbolos Nacionais nº 5.700 de
01.09.71, modificada pela 5.812 de 13.10.72, que devem ser acatadas e
respeitadas por todos. É um procedimento cívico, que foi incorporado aos
trabalhos maçônicos.

ENTRADA E SAÍDA DO PAVILHÃO NACIONAL - QUADRO


RESUMO

ENTRADA:
1) Comissão de 13 Mestres Maçons (7 na coluna Norte e 6 na coluna
Sul).
2) Guarda de Honra com 03 M∴ M∴ - (portando espadas).
3) Depois de cantado o Hino Nacional a Comissão de Recepção (13 IIr∴)
abate as espadas em continência a Bandeira. Após passar por toda
comissão, todos voltam a ordem com as espadas.

Obs: Ao iniciarem o canto do Hino Nacional, os Irmãos ficam de pé,


perfilados e descobertos. Ao seu término restabelecem o Sinal de Ordem.

4) A Guarda de Honra e o Mestre de Cerimônias não sobem o Oriente,


somente o Ir∴ Port∴Band∴ com a bandeira e a coloca no seu lugar (do
lado direito do venerável próxima a parede de fundo).

SAÍDA:

1) O Porta-Bandeira retira a Bandeira do pedestal e a sustenta na vertical,


acima do corpo, sem segurar pelo pano.
2) O Ir∴ que vai fazer a saudação posta-se de frente a Bandeira.
3) A Guarda de Honra aguarda no “OCIDENTE”, na entrada do Oriente.
4) Quando iniciar a Saudação a Bandeira, a Guarda de Honra (somente
ela) abate as espadas em continência. Após a saudação voltar à Ordem
com as espadas.
5) Após execução e canto do Hino a Bandeira, a Comissão de Recepção
(13 IIr∴) abate as espadas em continência. Depois da passagem da
Bandeira, a comissão volta com as espadas na posição original ou seja, a
ordem.

Obs: Ao iniciarem o canto do Hino a Bandeira, os Irmãos ficam de pé,


perfilados e descobertos. Ao seu término restabelecem o Sinal de Ordem.

ATENÇÃO - Quando o Porta-Bandeira estiver parado, para a


execução do Hino Nacional (entrada), a Bandeira deverá estar na
posição vertical, do lado direito do Ir∴ Port∴Band∴, segurando o
mastro (haste) com as duas mãos, cruzando o braço esquerdo na frente
do corpo, antebraço na horizontal e a mão direita sustentando o
mastro mais ao alto, no alongamento do braço.

5 - DINÂMICA E PROCEDIMENTOS RITUALÍSTICOS

INDUMENTÁRIA MAÇÔNICA
O Traje Maçônico, bem como os Paramentos dos Graus Filosóficos, a ser
usado nas sessões maçônicas nos Graus Simbólicos, serão aqueles
conforme o previsto no RG - GOISP. Admite-se o uso do Balandrau (veste
talar, de mangas compridas, na cor preta, sem insígnia ou símbolo
estampados), desde que estando o Obr.’. com sapato e meias pretas.
Deve-se ressaltar que, originalmente, o verdadeiro traje maçônico é o
Avental, símbolo do trabalho, sem o qual o maçom é considerado desnudo.

CIRCULAÇÃO EM LOJA E SAUDAÇÃO

A circulação em Loja aberta, é feita com passos naturais, saudando o


Delta toda vez que cruzar o eixo central Oriente/Ocidente, no espaço
entre a Balaustrada e o Altar dos Juramentos. Trata-se de uma prática
que impõe ordem e disciplina aos trabalhos. Quando a circulação ocorre no
Ocidente, é feita no sentido destrocêntrico, da esquerda para a direita, ou
seja, no sentido horário, tendo como referência o Altar dos Juramentos que
está localizado ao centro do Ocidente. O giro neste sentido, representa o
caminho aparente do Sol em redor da Terra.
No Oriente não existe padronização na circulação, podendo o Irmão
circulante se deslocar livremente.
Tanto a circulação do Sac∴ de PProp∴ e IInfor∴, do Tr∴ de Benef∴, e
para o Escrut∴, é feita com toda formalidade que exige a ritualística,
obedecendo a seguinte ordem: Ven∴, 1º e 2º VVig∴; Orad∴, Secr∴ e
Cobr∴ Int∴; MMest∴ do Or∴, das CCol∴ do Sul e do Norte;
CComp∴, AApr∴ e, antes de encerrar a coleta, e se colocar entre CCol∴,
coloca sua proposta, óbolo ou voto, ajudado pelo Cobr∴ Int∴

Quando da entrada e saída do Oriente, a saudação é feita somente ao


Ven∴ e, ao Ven∴ e VVig∴, quando da entrada ao Templo após o início
dos trabalhos em Loja aberta, e quando da saída, definitiva do Templo,
antes do encerramento dos trabalhos, em Loja aberta.
Toda saudação, no grau de Aprendiz, é feita pelo Sinal Gutural, exceto
quando estiver portando algum instrumento ou objeto de trabalho, e neste
caso, fará uma parada rápida e formal, dirigindo o olhar ao Venerável, sem
nenhum movimento ou inclinação com a cabeça, pescoço ou tronco.

SINAIS MAÇÔNICOS E USO DA PALAVRA

Sinal de Ordem:
É o sinal executado, de acordo com o grau e da maneira prescrita no
referido ritual, quando :

a – estiver em pé e parado, pois não se caminha com o sinal, bem como não
se faz sinal quando sentado;
b - ao fazer uso da palavra durante as sessões ritualísticas;
c – para se abster durante um processo de votação;
d – como forma de agradecimento;
e – durante a marcha ritualística;
f – quando assim determinar o Ritual.

Obs: O Sinal de Ordem só poderá ser desfeito por determinação e a


critério exclusivo do Venerável Mestre.

Sinal de Aprovação: Empregado nos processos de votação, é feito


estendendo – se o braço direito para a frente, em linha reta, com a palma da
mão voltada para baixo e os dedos unidos.

Uso da Palavra:

O maçom, em Loja aberta, se manifesta através da palavra, solicitada no


momento adequado, conforme previsto no Ritual, diretamente aos
Vigilantes, quando tiver assento nas Colunas, e ao Venerável, quando no
Oriente.
Quando concedida, ficará em pé e com o Sinal de Ordem, saudando
hierarquicamente as Dignidades, Autoridades e os Irmãos presentes.
Havendo necessidade da palavra, após passar pelas Colunas, retornar, ela
será solicitada pelos Vigilantes ao Venerável, que poderá ou não concedê-
la, sempre de forma ritualística.
Ao fazer uso da palavra, o maçom, deve ser objetivo, falar pouco e
corretamente, contando e medindo suas palavras, empregando sempre
expressões comedidas, evitando discursos intermináveis, prolixos e
repletos de lirismo.

Entrada Após Início dos Trabalhos :

Independente do Grau em que a Loja está trabalhando, o Ir ∴ em atraso,


deverá dar somente três batidas na porta. Se não for possível seu ingresso
no momento solicitado, o Cob∴ Int∴ responderá pelo lado interno da
porta com apenas 1(uma) batida. Caso a Loja esteja trabalhando no Grau
de Comp∴ ou Mest∴, o Cob∴ Int∴ deverá se dirigir a sala dos PP∴
PP∴ e verificar se o Ir∴ possui qualidade para participar da sessão,
através do telhamento relativo ao grau. Não existe repique, nem aumento
do número de batidas para atingir o grau acima subseqüente. Concedida
autorização para adentrar ao Templo, o Ir∴ procederá com toda
formalidade, realizando a marcha do Grau , saudando as Luzes
hierarquicamente

6 - ORDEM DOS TRABALHOS

SESSÃO ORDINÁRIA

PREPARAÇÃO

Cabe ao Arq∴, verificar antes da abertura dos trabalhos, se o recinto do


Templo está devidamente composto, para o Ritual que será realizado.
O M∴ de Harm∴ deve selecionar, as músicas adequadas para serem
executadas durante a Sessão.
Todos aguardam na sala de P∴P∴, até a chamada do M∴ CCer∴
para se dirigirem ao Átrio, onde os IIr ∴ devem se paramentar para
adentrar o Templo.
No Átrio deve existir um quadro, com as Jóias dos respectivos cargos, para
que o M.∴ de CCer∴ proceda a composição da Loja. Antes da formação
do cortejo para se adentrar ao Templo, todos os IIr∴ deverão estar
devidamente paramentados, e as Dignidades e Oficiais, revestidos com suas
insígnias.
No Átrio deve ser observado silêncio absoluto.

ENTRADA RITUALÍSTICA

Orientados pelo M∴de CCer∴, portando o Bastão na mão direita, os


IIr∴ organizarão uma fila dupla, obedecendo a seguinte ordem:

Fileira do Norte (lado esquerdo de quem entra);

Aprendizes
MM∴ MM∴ - sem cargos
OOfic∴ - com assento ao Norte
Orador
Primeiro Vigilante

Fileira do Sul – lado direito de quem entra;

Companheiros
MM∴ MM∴ sem cargos.
Obreiros com assento na Coluna do Sul.
Secretário.
Segundo Vigilante.
Entre as duas fileiras e um pouco atrás dos VVig∴, colocam-se os MM∴
II∴ e por último o Venerável Mestre.
Autoridades maçônicas, pertencentes ao Quadro, em Sessão Ordinária,
entrarão junto com os MM∴ II∴ Nas demais sessões, sua entrada dar-se-á
segundo o Protocolo previsto no Reg.’. Geral - GOISP.

Nessa oportunidade, se a autoridade houver por bem dispensar as


formalidades a que tem direito, comunicará ao M ∴ de CCer∴ e
entrará junto com o cortejo, antes do Ven∴ Mestre.
Os IIr∴ visitantes, regulares, poderão entrar em família quando
apresentado por Ir∴ do Quadro ou a critério do Ven∴ Mestre, desde que
não esteja previsto assunto de economia doméstica, caso em que entrarão
após a Ordem do dia.
Não existe oração, preleção, minuto de silêncio e outros procedimentos
similares, no R∴E∴A∴A∴ antes do início dos trabalhos (dentro ou fora
do Templo).
Formadas as fileiras para o cortejo de entrada, o M∴ de CCer∴ dá as
pancadas do Grau na porta do Templo. O Cobr∴ Int∴, que já estará no
interior do mesmo, juntamente com o M∴ de Harm∴, abre a porta e
coloca-se ao lado dela, no Sul.

As duas fileiras de IIr∴ adentram no templo, uma pelo Norte e outra pelo
Sul, indo todos ocupar seus respectivos lugares, tanto no Ocidente como
no Oriente, permanecendo em pé, em silêncio e sem o Sinal de Ordem,
enquanto o Ven∴ Mestre acompanhando o M∴ de CCer∴ dirige-se ao
Trono, pelo lado Norte do Altar.
O M∴ de CCer∴, após conduzir o Ven∴ Mestre, ocupa seu lugar em
Loja.
Durante o cortejo de entrada dos IIr∴, o M∴ de Harm∴, executará
música apropriada e adequada para o tipo de Sessão que será realizada.

ABERTURA RITUALÍSTICA

“ Quem participa de uma Sessão Ritualística Maçônica, para ficar


imune a maiores problemas, deve ter pureza de intenções,
consequentemente, almejar a evolução de todos, comportando-se com o
coração sensível ao bem e não adotando atitudes que repercutirão
contra a Loja. Para quem acredita ou não, as energias estão presentes
e todos estão sujeitos às suas influências pelo princípio da Lei de
Atração.”
(Newton de Alcântara Filho)
O Ven∴ Mestre manda verificar se o Templo está coberto. O Cobr∴
Int∴ bate, com o cabo da espada ou com a mão fechada, a bateria do
Grau, pelo lado interno da porta do Templo.

O Cobr∴ Ext∴, ou Guarda do Templo, ou Telhador, ao ouvir a bateria,


verificará se existem IIr∴ do Quadro no Átrio, que serão convidados a
entrar informalmente, sem saudar as LLuz∴, já que a Loja ainda não foi
aberta. Verifica em seguida, se o Templo está coberto e responde pela face
externa da porta, de igual forma. O Cobr.’. Int∴informará então o 1º Vig∴
que o Templo está coberto.
Na ausência de Cobr∴ Ext∴, o Cobr∴ Int∴ após receber ordem, se
dirige até o Átrio e verifica a existência de IIr ∴ do Quadro. Se o templo
está coberto, fecha a porta que dá acesso ao Átrio, entra a seguir no
Templo, executando a bateria do grau na face interna da porta, e dá
conta ao 1º Vig∴ de sua missão. Em seu trabalho, quando cumprem as
suas funções relativas à segurança do Templo, os CCobr∴ portam
Espadas na mão direita, verticalmente, com o punho à altura da cintura.
Nas demais situações, a Espada permanece na bainha, quando na falta
de bainha ou suporte adequado, o Ir.’.Cob.’. quando de Pé, ficará com
a Espada segura na mão direita, com o cabo na altura do quadril
direito, com a ponta em direção ao seu ombro esquerdo, nunca fazendo
o sinal à Ordem, quando sentado, deverá segurá-la na posição vertical,
com a ponta no chão, entre seus pés.

A seguir o V.’.M.’. após a verificação realizada para a certificação de que


todos os Obr.’. são Maçons, determinará ao Ir.’. M.’. de CCer.’. para que
realize o Cerimonial do Fogo.

No R.’.E.’.A.’.A.’. adotado pelo Grande Oriente Independente de São


Paulo é realizado o Cerimonial do Fogo.

TRANSMISSÃO DA PALAVRA SAGRADA

O 1º Diac∴ aproxima-se do Trono pelo lado Norte, com passos normais,


colocando-se à frente do V∴ M.’., recebendo no ouvido direito a Pal∴
Sagr∴ do Grau, letra por letra, sem nada responder. O 1º Diac∴ ao sair do
Oriente, dirigindo-se à mesa do 1o Vig∴, fazendo o giro pelo lado Sul, ao
qual transmite a Pal∴ do mesmo modo que a recebeu, indo colocar-se ao
lado do Altar dos Juramentos. O 2º Diac∴ dirige-se ao 1º Vig∴ com a
mesma formalidade do 1º Diac∴da mesma forma recebe a Pal∴ Em
seguida leva a Pal∴ ao 2º Vig∴, depois de executar o giro em torno do
Altar dos Juramentos. Após comunicar a Pal ∴ da mesma forma que a
recebeu, vai colocar-se ao lado do L.’. da L.’..
O M∴ de CCer∴ por determinação do Ven∴ M.’., toma o seu bastão
com a mão direita, adentra o Oriente, parando na frente do Orador ou Past-
Master mais recente, que o acompanha até o Altar dos JJur ∴. O M∴ de
CCer∴ se coloca atrás do Orador, segurando o Bastão na posição vertical.

No R∴E∴A∴A∴ adotado pelo Grande Oriente


Independente de São Paulo – GOISP, é executada a formação
do Pálio.

O Or∴ toma o L∴ da L∴ com ambas às mãos, abre-o no texto bíblico


apropriado e faz sua leitura, sem estar com o sinal de Ordem. A seguir
recoloca o L∴ da L∴ no altar dos JJur∴, aberto, sobrepondo o Esq∴ e o
Comp∴ na posição do Grau.
O Orador saúda o Ven∴ Mestre (que responde a saudação) e retorna ao
seu lugar acompanhando o M∴ de CCer∴, que a seguir volta ao seu lugar.

ATA

A Ata, ou Balaústre da última Sessão, será lida, discutida e aprovada por


todos os presentes. Após sua aprovação, o M∴ de CCer∴ colhe as
assinaturas do Ven∴ Mestre e Orador, retornando a mesma ao
Secretário.
Caso ocorram emendas, estas serão submetidas à votação, dela participando
somente os IIr∴ que estavam, naquela oportunidade, presentes à Sessão.
Os IIr∴ que não estavam presentes ficarão em Pé e à Ordem, a fim de não
serem confundidos com votos contrários à emenda apresentada. O M∴ de
CCer∴, ficando em pé à Ordem, confere os votantes e conta o número
de votos nas CCol∴ e no Or∴, dando conta ao Ven∴ Mestre se a
proposta foi, ou não, aprovada. Não se utiliza as expressões: “por
maioria“, “pela totalidade“, “por unanimidade“, entre outras. Para
aprovação ou reprovação em qualquer votação, basta a manifestação
da metade mais um dos votos válidos presentes. Os IIr∴ manifestam seu
voto através do sinal de costume: braço direito para a frente, com a
palma da mão voltada para baixo. Existido emendas de caráter legal,
haverá necessidade do parecer da Oratória, somente sobre a legalidade
das mesmas. As emendas aprovadas serão consignadas na ata do dia.

EXPEDIENTE

Neste período, o Secretário, de forma organizada e objetiva, tendo já


elaborado um resumo, divulga o expediente fazendo parte deste: as
comunicações das Oficinas e Obediências, os Boletins Oficiais, os
convites de Lojas e de Irmãos, pranchas diversas, propostas, etc.
Após a leitura o Ven∴ Mestre dará o devido destino ao expediente.
Nos casos de necessidade de aprovação, o expediente será remetido
para a Ordem do Dia.
Se houver Leis ou Decretos, os textos serão lidos pelo Orador. Os IIr∴
permanecem sentados. Somente quando da entrega de diploma, medalha,
placa comemorativa ou outro mimo, a critério de quem estiver dirigindo os
trabalhos, os Irmãos estarão "à Ordem", quando se tratar de sessão
privativa de Maçons ou apenas "em pé", quando não for. Os Atos podem
ser lidos pelo próprio Ir∴ Secretário com todos sentados.

BOLSA DE PROPOSTAS E INFORMAÇÕES

O M∴ CCer∴após se posicionar entre CCol∴e portando a Bolsa de


PProp∴e IInf∴com ambas as mãos, à altura da cintura, do lado
esquerdo do corpo, inicia o giro que deverá ser executado com toda
formalidade, ou seja: Ven∴ M.’., 1º e 2º VVig∴, Orad∴,Sec∴, Cobr∴
, MM∴ do Or∴, MM∴ das CCol∴ Sul e Norte, CComp∴, AApr∴, o
próprio M∴ CCer∴ coloca sua proposta (ajudado pelo Cobr∴) que a
seguir volta para entre CCol∴, com a mesma postura inicial.
No Ocidente, a circulação é feita no sentido horário. Ao entrar e sair do
Oriente fará uma parada rápida e formal em saudação ao Ven ∴ Mestre. No
Oriente não existe padronização para a circulação.
Ao comando do Ven∴ Mestre, dirige-se ao Oriente, chegando ao Altar
pelo lado Norte onde deposita todo o conteúdo da bolsa, tomando o
cuidado de exibir ao Ven∴ M.’., Orad∴ e Secr∴, que presenciam sua
conferência, que nada foi esquecido no seu interior.

ESCRUTÍNIO SECRETO

Sua ritualística é idêntica a da Bolsa de PProp ∴ e IInf∴ quanto ao giro em


Loja. A distribuição das esferas é feita pelo M ∴ de CCer∴, que apresenta
aos IIr∴ um recipiente contendo esferas brancas e pretas, do qual o Ir∴
votante retira uma de cada.
O Ir∴ Exp∴faz o mesmo giro coletando o escrutínio, ocasião em que o
Ir∴ coloca a esfera da cor que expressará o seu voto (esferas que aprovam
ou rejeitam). IIr∴ que não desejarem fazer uso de seu legítimo direito de
voto, poderão solicitar cobertura temporária do Templo, assim que o Ven∴
Mestre anunciar que vai ler as sindicâncias para a seguir, efetuar o
escrutínio secreto. Porém, em permanecendo, não poderá abster-se de
votar. Após proclamado o resultado do escrutínio, o nome dos
apresentantes e dos sindicantes do candidato, o M∴ CCer∴ recolherá,
ritualisticamente, as outras esferas.

ORDEM DO DIA

É um período destinado, exclusivamente, à discussão e votação de


propostas. A Ordem do Dia deverá ser preparada previamente, com
antecedência, pelo Secr∴, e se possível com as propostas que já tenham
obtido parecer da Comissão competente. Outros assuntos poderão ser
incluídos na pauta, independentemente dos pareceres regimentais, porém
com a aquiescência da
Oratória.
Após a discussão de qualquer assunto, é indispensável a conclusão do
Orador, do ponto de vista estritamente legal, não lhe competindo dar
opinião, favorável ou contrária, em relação a qualquer proposta. Se
legal, será votada pelos IIr∴ presentes, que se manifestaram pelo sinal de
costume. Se ilegal (inconstitucional, anti-regulamentar, ou anti-regimental)
o Orador dará como encerrada qualquer discussão.

ENTRADA DE VISITANTES

É uma prerrogativa tradicional constante em nossos Landmarks o direito de


visitação, desde que maçom regular. Depois da Ordem do Dia, após passar
pelo telhamento, exibir documentação maçônica atualizada, acompanhada
da identidade civil profana e dar prova de sua regularidade através da Pal∴
Trim∴, quando da mesma Obediência, serão recebidos neste período, com
as formalidades prescritas no Ritual.
Quando o Ir∴ visitante for conhecido de Obr∴ do Quadro que por ele
se responsabilizar ou já tenha visitado a Loja, pode o Ven ∴ Mestre
conceder permissão para sua entrada, juntamente com o cortejo
ritualístico, em família.
Os visitantes portadores de representação especial ou títulos de autoridade,
bem como as autoridades Maçônicas do Simbolismo, serão recebidos
conforme o Protocolo de Recepção previsto no Reg.’.Geral - GOISP.
TEMPO DE ESTUDOS

É o período destinado para apresentação de peças de arquitetura pelo


Venerável, Orador ou Irmão convidado, sobre temas maçônicos ou de
interesse geral, tais como: história, filosofia, legislação, simbologia,
instrução do grau, ritualística, científico ou artístico.
Após a exposição do tema, deve-se, (a critério do V.’.M.’.) sempre que
possível, colocar a palavra nas Colunas para perguntas e debates. O Ritual
prevê um quarto de hora de estudos, ou seja, 15 minutos, podendo ser
dilatado no caso de palestra previamente programada.
O Tempo de Estudos não pode ser suprimido, sob nenhum pretexto ou
argumentos de atraso ou adiantar da Sessão, esquecimento entre
outros, como alias, nenhum trecho do ritual.
Nunca é demais frisar que não deverão ser abordados temas proibidos por
nossas leis, como o político-partidário e religioso-sectário.
As instruções em Loja relativas ao grau, devem ser ministradas respeitando
a hierarquia dos cargos existentes: Ven∴ Mestre é o responsável pelas
instruções aos MM∴ MM∴(Grau 3); 2º Vig∴ pelas instruções aos
CComp∴ (Grau 2) e o 1º Vig∴ pelas instruções aos AApr∴ (Grau 1).
Obs. – O Tempo de Estudos não faz parte dos tradicionais rituais
escoceses. Ele só foi introduzido, nos rituais, a partir de 1970, como uma
maneira de fazer com que as Lojas dediquem uma parte do tempo da sessão
ao aperfeiçoamento cultural dos obreiros de seu quadro.

TRONCO DE BENEFICÊNCIA

O Hosp∴ após se posicionar entre CCol∴ e portando o Tronco de


Beneficência ou Solidariedade com ambas as mãos, à altura da cintura, do
lado esquerdo do corpo, inicia sua circulação de modo idêntico ao do Saco
de PProp∴ e IInf ∴, com todas as formalidades ritualísticas.
Após o giro o Hosp∴ aguarda ordens entre CCol∴ se dirigindo a seguir,
até a mesa do Tesoureiro, e com ele confere o produto da coleta. O Tes∴
comunica em voz alta ao Ven∴Mestre o resultado da coleta em moeda
corrente no país, durante a Palavra a Bem da Ordem e do Quadro, que
ficará entregue ao Tes∴ à disposição da Hospitalaria, que deverá ser
destinado exclusivamente às obras de beneficência da Loja, sendo
vedado seu destino para atender pedidos de construção e reformas de
Templos. Quando presentes IIr.’. visitantes à Loja, O Tronco de
Beneficência será lacrado e entregue no Altar do V.’.M.’.

PALAVRA A BEM DA ORDEM E DO QUADRO

Os VVig∴ concedem a palavra diretamente ao Ir ∴ que dela queira


fazer uso, em suas CCol∴. No Oriente a palavra é solicitada
diretamente ao Ven∴ Mestre.
Para fazer uso da palavra o Ir∴ deverá dar uma batida com a mão direita
no ante-braço esquerdo, aguardando autorização do Vig∴. Uma vez
concedida, se colocará em pé e à ordem, iniciando a saudação às Luzes,
Autoridades do Simbolismo presentes, respeitando a hierarquia dos cargos
e empregando corretamente o tratamento previsto no RA. Poderá o Ven∴
Mestre, por sua liberalidade e após o término das saudações, dispensar o
Ir∴ do Sinal. Neste caso, deverá o Ir∴ manter uma postura correta,
colocando as mãos sobre o avental. Ao final da exposição, faz o Sin∴
Gut∴ e senta-se.
O Ir∴ deve procurar, ao fazer uso da palavra, ser breve e objetivo,
evitando ser repetitivo e prolixo. Deve-se utilizar da palavra, quando se
tem algo novo à acrescentar ao que já foi dito. Ao final da exposição, faz o
Sin∴ Gut∴ e senta-se. Saudar e agradecer a presença dos visitantes é
de competência do Orador.
Nenhum Ir∴ poderá fazer uso da palavra sem autorização. No caso da
necessidade de se manifestar após a circulação da palavra, para acrescentar
algo importante e relevante ao assunto em pauta, o Ir ∴ solicitará a palavra
ao Vig∴ de sua Col∴. Este comunicará ao Ven∴ Mestre, que poderá ou
não autorizar o retorno da palavra a Col∴. Se autorizada, a palavra
retornará ritualisticamente e com todas as formalidades necessárias à sua
circulação. Não existe autorização para o Ir ∴ mudar de Col∴ ou se
deslocar até o Or∴, a fim de fazer novamente uso da palavra.
O Ven∴ Mestre pode cassar a palavra do Ir∴, se entender que o
assunto está sendo abordado em momento inoportuno ou de forma
inadequada. Se persistir em falar, tumultuando assim o transcorrer da
Sessão, o Ven∴ Mestre, se não for possível manter a ordem, poderá
suspender os trabalhos sem as formalidades do ritual, não podendo os
trabalhos assim suspensos prosseguirem na mesma data, conforme
determina o Reg.’.Geral.
Reinando silêncio no Oriente, o Ven ∴ Mestre fará os avisos e
recomendações necessárias, passando em seguida a palavra ao Orador para
saudar e agradecer a presença dos visitantes e apresentar suas conclusões
finais. É uma prática já consagrada e justificável, pois estão sempre
manuseando livros e papéis, permanecerem sentados em seus lugares o
Orador e Secretário ao fazerem uso da palavra durante a sessão.

Obs : – Esse período não é para apresentação de propostas e muito


menos para discussão e votação delas, já que isso é feito na Ordem do
Dia. É apenas um espaço para a apresentação de assuntos maçônicos, ou
gerais, que possam ser de interesse da Loja e/ou da Ordem.

ENCERRAMENTO

O Orador faz as conclusões da Sessão sob o ponto de vista legal,


reportando de forma sucinta o que ocorreu, evitando fazer comentários
pessoais, saúda os visitantes, dando ao final de sua fala, a Sessão como
“Justa e Perfeita”, voltando assim a palavra ao Ven∴ Mestre para o
encerramento ritualístico.

Estando presente o Grão-Mestre, este é o momento em que fará uso da


palavra; passando-se, imediatamente após, ao encerramento
ritualístico.

O Ven∴ Mestre autoriza o M∴ de CCer∴ a conduzir o Orador ou Past-


Master mais recente, para fechamento do L∴ da L∴. O Orador ou Past-
Master acompanha o M∴ de CCer∴, saúda o Ven∴ Mestre e após o
fechamento da Loja pelo 1º Vig∴ fecha o L∴ da L∴. Todos desfazem o
Sinal. O Orador ou Past-Master volta ao seu lugar acompanhando o M∴
de CCer∴, que em seguida volta ao seu lugar. O Cerimonial do Fogo é
realizado, tendo o adormecimento da Chama Sagrada executado de forma
inversa, tendo como sequência 2º Vig.’., 1º Vig.’. e V.’.M.’..
No encerramento, a aclamação, H∴H∴H∴, é executada sem os IIr∴
estarem à ordem, uma vez que ao fechar o L ∴ da L∴ todos desfazem
o sinal.
Não havendo formação da Cadeia de União, o Ven∴ Mestre determinará
que o M∴ de CCer∴ dirija a saída dos IIr∴, que ocorrerá em ordem
inversa a da entrada. Por último sai o Cobr∴ Int∴, após apagar as luzes
e fechar o Templo.

CADEIA DE UNIÃO

A Cadeia de União deve ser realizada depois de concluídos os trabalhos da


Loja, exclusivamente para a comunicação da Pal ∴ Trim∴. Não é
permitida sua prática para qualquer outra finalidade. Somente os IIr.∴
regulares do Quadro da Loja poderão tomar parte nela.
Para a formação da Cadeia de União, todos os IIr∴ficam em pé no Ocid∴,
formando um círculo ou uma oval. Cada Ir∴ cruza o antebraço direito
sobre o esquerdo, dando as mãos aos IIr∴ que estão a seu lado. O Ven∴
Mestre ocupa o lado mais oriental da Cadeia, sendo ladeado pelo Orador à
sua direita e pelo Secr ∴ à esquerda. O M∴ de CCer∴ ocupará o lado
mais ocidental, de frente para o Ven∴ Mestre, tendo à sua esquerda o 1º
Vig∴ e à sua direita o 2º Vig∴. Os demais Mestres comporão a Cadeia
indistintamente; os CComp∴ ficarão ao Sul e os AApr∴ao Norte. O
Ven∴ Mestre diz ao ouv∴ esq∴ do Orador e no ouv∴ dir∴ do Secr∴ a
Pal.’.Trim.’.. A palavra seguirá de ambos os lados até o M ∴ de CCer∴,
que após recebe-la, sai da Cadeia pelo lado de dentro, tendo o cuidado de
fechá-la com os IIr∴ que o ladeavam, dirige-se até o Ven∴Mestre e lhe
diz ao ouv∴ esq∴ a palavra que recebeu do lado esq∴ e ao ouv∴ dir∴ a
que recebeu do lado direito.
Se ambas as palavras forem iguais, o Ven∴ Mestre diz: “A palavra está
certa”.
Se houver divergência na transmissão da Pal∴ Sem∴, repete-se
novamente todo o procedimento.

7 - PROTOCOLO DE RECEPÇÃO E TRATAMENTO

Cumprindo o determinado pelo Art. 221, do Reg.’.Geral - GOISP

1ª Faixa

Tratamento: Ilustre Irmão, com exceção do Venerável, cujo tratamento é


o de Venerável Mestre ou Venerável Irmão.

São recebidos pelo M∴ CCer∴ com uma Comissão de três membros


armados de espadas e munidos de estrelas, abóbada de aço, uma salva de
bateria nos três altares:

- Veneráveis;
- Mestres Instalados;
- Beneméritos;
- Conselheiros do Conselho de Contas;
- Delegados Regionais.
2ª Faixa

Tratamento: Poderoso Irmão.

São recebidos pelo M∴ CCer∴ com uma Comissão de nove membros


armados de espadas, munidos de estrelas , abóbada de aço, bateria
incessante.

- Grandes Secretários Estaduais;


- Delegado Geral do Grão Mestre;
- Membros dos Conselhos Estaduais;
- Subprocuradores Estaduais;
- Deputados Estaduais;
- Presidentes dos Tribunais Eleitorais Estaduais;
- Presidente dos Conselhos de Contas Estaduais;
- Presidentes dos Tribunais de Justiça Estaduais;
- Deputados Honorários;
- Juízes do Tribunal de Justiça;
- Juízes eleitorais.

3ª Faixa

Tratamento: Eminente Irmão.

Recebido pelo M∴ CCer∴ com uma Comissão de dez membros portando


espadas e munidos de estrelas, abóbada de aço, bateria incessante. O
Grão-Mestre Adjunto representando o Grão-Mestre, será recebido com as
honras e da mesma maneira que o representado.

- Grão Mestre Adjunto


4ª Faixa

Tratamento: Sereníssimo Irmão.


O M∴ CCer∴ o recebe com uma Comissão de doze membros armados de
espadas e munidos de estrelas, abóbada de aço, bateria incessante; o
Venerável vem até a frente do Altar, onde após cumprimentar, oferece o
malhete ao Grão-Mestre. O Grão-Mestre recebe o malhete, assume a
Cadeira de Salomão e põe, à sua direita, o Venerável ( Podendo também
devolver o malhete ao Venerável, indo sentar-se à direita do Trono).

- Grão-Mestre.

Os demais Mestres-Maçons têm o tratamento de Respeitável Irmão.

Nas Sessões Magnas Litúrgicas ou não, o Cerimonial à Bandeira Nacional


é o previsto em Lei Federal (Art. 223 – Reg.’.Geral-GOISP).

8 - O TEMPLO MAÇÔNICO NO R∴E∴A∴A∴

ARQUITETURA DO TEMPLO NO GRAU DE APRENDIZ

O Templo Maçônico, assim como as Igrejas, são construídos, de maneira


geral, com base na arquitetura e na decoração do Templo de Jerusalém. São
orientados da mesma maneira, representam o Universo com suas três
divisões (terra, mar e céu) e possuem uma separação entre a parte
correspondente ao Santo e ao Santo dos Santos do Templo Hebraico e o
restante do recinto.
Nas Igrejas, o Santo dos Santos (Kodesh há Kodashim) corresponde ao
altar–mor e, no Templo Maçônico, ao espaço sob o dossel onde fica o trono
(sólio). O Santo (Kodesh) corresponde, nas Igrejas, ao presbitério, onde
ficam os oficiantes dos serviços religiosos, e, no Templo Maçônico,
corresponde ao restante do Oriente. Todo o espaço descoberto do Templo
de Jerusalém corresponde nas Igrejas, à nave, local onde fica o público, e
no Templo Maçônico corresponde às Colunas, do Norte e do Sul, e ao
espaço entre elas no Ocidente.
Embora as dimensões simbólicas de um Templo Maçônico representem a
terra, ele deve, materialmente, ter, em conjunto com o átrio, um
comprimento igual o triplo da largura, de modo a formar três quadrados
perfeitos (Oriente – um cubo; Ocidente – um cubo e meio; Átrio – meio
cubo) formando um quadrilongo ou paralelepípedo regular, representando
como no Tabernáculo
e no Templo de Jerusalém, as três divisões do Universo.
As Colunas Vestibulares do Templo Maçônico (B e J), à entrada,
ladeando a Porta do Templo. São do tipo egípcias, com influência
babilônica. As colunas marcam a passagem dos trópicos de Câncer, ao
norte, e de Capricórnio, ao sul. A linha que passa no centro, entre elas,
estendendo-se até ao Delta, no Oriente, é o equador do Templo.

O Pavimento Mosaico é piso encontrado nos Templos do Rito Escocês


(embora antigos Rituais escoceses nem o citem). É constituído por
quadrados brancos e negros alternados, recobrindo o solo do Ocidente, Sua
origem está na Mesopotâmia e ele não existia no Templo de Jerusalém. A
Orla Denteada contorna todo o Pavimento Mosaico sendo colocada junto
ao rodapé, como guarnição do pavimento. Representa a Dualidade.

As Colunas Zodiacais são meias colunas caneladas verticalmente, de


preferência da ordem jônica, tendo em seu capitel os Pentaclos
(representação dos signos). São colocadas seis ao Norte e seis ao Sul
somente nas paredes laterais do Ocidente. A seqüência correta dos signos é:
Áries (primeira ao Norte), Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra,
Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes (última ao Sul).

No alto ao redor das paredes verticais do Templo, junto ao teto e acima das
Colunas Zodiacais, encontra-se a Corda de Oitenta e Um Nós, com o nó
central, acima do dossel se ele for baixo, ou, abaixo dele e acima do Delta
se o dossel for alto, tendo, de cada lado, quarenta nós, que se estendem pelo
norte e pelo sul, terminando, os seus extremos, em ambos os lados da porta
ocidental de entrada, em duas borlas. Preferencialmente a corda deverá ser
natural e os nós (laços de amor) eqüidistantes.

A decoração do Teto dos Templos escoceses é, geralmente, estrelar. Ele


deve conter, além da representação do Sol e da Lua, os planetas Mercúrio,
Júpiter e Saturno; as estrelas Arcturos (avermelhada), Spica, Aldebaran,
Régulos e Fomalhaut, e as constelações de Órion, Híadas, Plêiades e Ursa
Maior. A Estrela Flamejante fica entre o Sol e a Lua, pendente, ao meio
dia, sobre a mesa do 2º Vigilante.

Nos antigos Templos do escocesismo não existia o Altar dos Juramentos,


pois os compromissos eram tomados sobre o Altar onde tem assento o
Venerável, sobre o qual ficavam as Três Grandes Luzes Emblemáticas da
Maçonaria. Posteriormente foi criada uma pequena mesa triangular, que foi
considerada uma extensão do Altar da Sabedoria, sendo denominada de
Altar
dos Juramentos, que fica localizada no centro do Templo onde estão
colocados o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso, podendo ser ornadas
com um castiçal sobre o Altar ou três castiçais altos formando um
triângulo.

(Na maioria dos ritos, o Altar dos Juramentos está posicionado no Oriente, defronte ao Altar do V:.M:.,. No
Rito de York, porém, o Altar dos Juramentos está posicionado sobre o Pavimento Mosaico, no centro da Loja.
Posteriormente, no ritual editado em 1980 (4), o Altar foi posicionado no centro da Loja. O ritual de 1998 e o
atual, de 2001 (5), fizeram o Altar dos Juramentos retornar ao seu posicionamento original, no Oriente,
defronte ao Altar do V:.M:..
 
Rizardo da Camino indica que “o Altar maçônico não tem forma nem medidas definidas ou convencionais; ora
é construído no formato de um cubo ora de um triângulo e frequentemente de um quadrilátero; nada é colocado
na parte interna”

Embora paire divergência entre os autores consultados acerca da localização em Loja e do formato que deve
ter, fato é que todos concordam que o Altar dos Juramentos não é simplesmente uma peça imprescindível no
mobiliário maçônico. Muito mais do que isso, ele identifica a Maçonaria como uma instituição de cunho
religioso.

Antes de 1928, quando ainda não havia Grandes Lojas, os trabalhos


simbólicos do REAA eram realizados nas Lojas Capitulares do Grande Oriente
do Brasil e dos Grandes Orientes estaduais. No GOB os rituais de Aprendiz,
Companheiro e Mestre tiveram a última edição atualizada em 1926 com a
inscrição – “Ritual Adoptado pelo Sob. Supremo Conselho do Gr. 33 do Rit.
Esc. Ant. e Acc. para os Estados Unidos do Brasil – Rio de Janeiro – 1926
(E.V.).” Edição de dois anos anteriores à criação das Grandes Lojas. Apesar de
possuir em mãos essa edição recente de ritual dos graus simbólicos do REAA,
o mesmo Supremo Conselho que homologou o ritual de 1926 premeditou um
ritual diferente a ser usado em 1928, depois da cisão. Um ritual que criasse
incompatibilidade ritualística do simbolismo das Grandes Lojas com o das Lojas
Capitulares que permaneceram no Grande Oriente. A ruptura com o GOB
despertou ressentimentos de Mário Behring e seus pares do Supremo
Conselho que não se satisfizeram em mudar os rituais que possuíam,
inventaram outros e os creditaram também ao REAA.
Em 1928 morreram na maçonaria brasileira os rituais originais franceses
do REAA e nasceram os rituais plagiados pelo Supremo Conselho do Grau 33
do Rito Escocês Antigo e Aceito).

O Grande Oriente Independente de São Paulo – GOISP, adotou o


posicionamento do Altar dos Juramentos, determinado no primeiro
Ritual para Grandes Lojas Brasileiras, Criado em 1928.

No Oriente do Templo, sob o Dossel e atrás do Sólio (cadeira do


Venerável), encontra-se o Painel do Oriente ou Retábulo de fundo azul–
celeste emoldurado de vermelho e dourado, contendo o Delta Radiante ou
Luminoso, que é um triângulo eqüilátero, ladeado pela estrela Sol, à direita,
correspondente ao Orador e pelo satélite Lua, à esquerda, correspondente
ao Secretário. No interior do Delta existe a representação do nome hebraico
de Deus com as letras iôd, hé, vav e hé, cujo tetragrama pode ser
substituído apenas pela letra inicial iôd. Esta representação da divindade é
a mais apropriada para um Rito teísta, como o escocês, já que o emprego
do olho esquerdo é também usado nos Ritos agnósticos.

À disposição do Mobiliário da Loja e dos lugares que os Irmãos tomam


nas Colunas tem a sua origem no Parlamento britânico. As cadeiras ou
bancos, devem ser confortáveis, e quando estofados. Não é obrigatório e já
está em desuso construir o Oriente e o Ocidente em planos diferentes. Não
existe número fixo de degraus, podendo ser somente um ou até mesmo
nenhum, desde que, no Oriente, haja um ligeiro aclive em relação ao
Ocidente. O Oriente é separado, à direita e à esquerda, por uma grade ou
pequena mureta denominada de Balaustrada. O acesso ao Altar, ao qual
tem assento o Venerável Mestre, se faz por três degraus; à mesa do 2º
Vigilante por dois degraus e a do 1º Vigilante por um único degrau. No
centro do Templo, se encontram o Painel do Grau e o Altar dos
Juramentos em torno dos quais os Obreiros fazem a circunvolução. A
sudoeste do Templo fica localizado o Mar de Bronze.

No Altar do Venerável e nas mesas dos Vigilantes, são colocados Castiçais


de Três Braços com iluminação elétrica ou através de velas, acendendo-se
somente a do centro no Grau de Aprendiz. Nas demais mesas destinadas
aos Oficiais poderá ou não, existir iluminação auxiliar para escrita, mas
sem qualquer simbolismo. À direita do Trono (cadeira do Venerável),sobre
o estrado, deve estar colocada uma cadeira destinada ao Grão Mestre.
As Jóias Fixas do Templo são: a Pedra Bruta, colocada à frente da mesa
do 1º Vigilante, a Pedra Cúbica, colocada à frente da mesa do 2º Vigilante
e a Prancheta ou Tábua de Delinear que se encontra à frente do Altar,
lado Norte. As Jóias Móveis são: o Esquadro, com ramos desiguais, para
o Venerável, o Nível, para o 1º Vigilante e o Prumo, para o 2º Vigilante,
devendo ser representadas, em alto ou baixo relevo, no altar e mesas dessas
Dignidades.

A cor das paredes e o teto do Templo de Aprendiz devem ser azul - celeste,
presente no Dossel com franjas douradas, nas almofadas, tapeçarias,
toalhas,
cortinados, sacos de proposta e de beneficência, entre outros ornamentos,
caracterizando a cor das Lojas Simbólicas, que é Azul ( O R.’.E.’.E.’.A.’.
adotado pelo Grande Oriente Independente de São Paulo - GOISP,
segue a vertente Anglo-Saxã, preservando o uso da cor Azul).

UTENSÍLIOS E DECORAÇÃO

BASTÃO:
Consiste em um pedaço de madeira longo, de forma aproximadamente
cilíndrica, usado como arma ou insígnia de comando. É o instrumento de
trabalho do Mestre de Cerimônias. Possui um comprimento aproximado
entre 1,80 a 2,00 metros, encimado por uma régua, que representa a jóia do
cargo. O Bastão é empunhado com a mão direita, punho para a frente,
antebraço na horizontal e o braço colado ao corpo, formando uma
esquadria, e sempre portado e conduzido na posição vertical. O Bastão é
utilizado pelo M.’. de CCer.’. , 1º e 2º DDiac.’. quando o ritual
determinar.

ESTRELAS:

São bastões de madeira com aproximadamente 1,50 metros de


comprimento, com um foco luminoso no topo. As estrelas são utilizadas
sempre em número impares pelas comissões, para a recepção de
autoridades ou quando o cerimonial assim o exigir, e variam em número
conforme o protocolo de recepção previsto. A forma de empunhar as
estrelas obedece a mesma orientação empregada para o bastão.

ESPADAS:

COMUM - formada por uma lâmina metálica com dois gumes, sem corte,
comprida, reta e pontiaguda com punho e guardas, ou copos. É sempre
empunhada com a mão direita. Não se faz sinal com a espada em uso ou
mesmo portando qualquer instrumentos.

A Ordem com a espada, faz se portando a espada com a mão direita,


punho junto a lateral do corpo, à altura da cintura, lâmina com a ponta
voltada para cima, verticalmente, colada na lateral direita do corpo rente ao
ombro. Isso ocorre, por exemplo, na recepção à Bandeira Nacional; mas,
em sessão, o sinal de ordem é sempre feito com a mão.

A Continência com a espada, faz-se apontando a espada para baixo em


diagonal, do lado direito, em prolongamento com o braço direito, formando
um ângulo aproximado de 45º com a lateral direita do corpo.

FLAMEJANTE – caracterizada por ter a lâmina sinuosa em forma de


língua de fogo, tem o punho cruciforme e não possui gume. Deve estar
sempre acondicionada em um estojo apropriado e não exposta sobre a
mesa do Venerável. Usada para as sagrações de candidatos, só pode ser
empunhada por um Venerável Mestre em exercício ou por um Mestre
Instalado.
PRANCHETA OU TÁBUA DE DELINEAR:

Diante da face frontal, Norte, do Altar, coloca-se a Prancheta ou Tábua de


Delinear, confeccionada em uma prancha de madeira, onde se encontram
traçadas, duas figuras: a cruz quádrupla, formada por duas linhas
paralelas cruzadas, simbolizando a capacidade limitada do homem, e a
cruz de Santo André com o formato de um “xis”, com quatro ângulos
opostos pelo vértice simbolizando o infinito, os opostos e as díades.

9 - RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO


O nome Rito Escocês Antigo e Aceito foi anunciado para o mundo
maçônico após a criação do primeiro Supremo Conselho em Charleston,
Estados Unidos, em 31 de maio de 1801.
Em 4 de dezembro de 1802, uma circular levou ao conhecimento dos
maçons, principalmente europeus, a criação do Conselho-Mãe em
Charleston, na Carolina do Sul, denominado Supremo Conselho dos
Soberanos Grandes Inspetores Gerais, 33º e último Grau do Rito Escocês
Antigo e Aceito.
Antes de 1801, fora fundado pelo Conde de Grasse-Tilly, um Supremo
Conselho nas Índias Ocidentais Francesas, com 33º graus. Entretanto, esse
Supremo Conselho foi ignorado e abafado pelo Supremo Conselho norte-
americano, que conseguiu fazer-se constar como o Supremo Conselho-Mãe
do Mundo.
Nos três primeiros anos de vida do Supremo Conselho norte americano, o
Rito Escocês Antigo e Aceito permaneceu sem ritual próprio. Os Altos
Graus funcionaram com os Graus de Perfeição do Rito de Heredom,
acrescentados dos oito novos graus que totalizavam os 33º. Os novos graus
não eram Iniciáticos e ganharam conteúdo mais administrativo que
litúrgico. Os Graus Simbólicos, na época conhecidos como Maçonaria Azul
foi os da ritualística, norte americanos.
O segundo Supremo Conselho criado foi o de France, em 1804, quando
também foi confeccionado o primeiro ritual dos graus simbólicos do Rito, o
“Guide des Maçons Écossais”. Foi idealizado pelos maçons franceses,
apelidados de “escoceses”, que fundaram nesse mesmo ano, 1804, uma
nova Obediência Maçônica em Paris: a “Grande Loja Geral Escocesa”,
mais uma Loja-Mãe do Rito Antigo Aceito, um modelo ritualístico
recebido dos maçons integrantes da Grande Loja dos “Antigos” de
Londres. A Grande Loja Geral Escocesa de Paris uniu particularidades do
Rito Antigo Aceito, de origem operativa, praticado na Escócia, com a
natureza hebraica do Rito de Perfeição e organizou um ritual para os graus
ditos simbólicos do Rito Escocês Antigo e Aceito.
Lojas-Mãe Escocesas na França
Assim como no presente se associa naturalmente Supremo Conselho com
Rito Escocês Antigo e Aceito, pode-se considerar a mesma associação no
passado entre maçonaria azul e as Lojas-Mãe Escocesas. Na França, a
primeira Loja-Mãe Escocesa foi a de Marselha, criada em 1751,
coincidindo com a fundação da segunda Grande Loja em Londres, que se
declarou dos “Antigos  Maçons”. A segunda Loja-Mãe na França foi a de
Avinhão e a terceira, a Grande Loja Geral Escocesa, já referida, criada em
Paris, em 1804, para organizar o ritual que serviu para os três graus básicos
dos 33º da vertente latina do Rito Escocês Antigo e Aceito.
Rito Escocês Antigo e Aceito nasceu sem graus simbólicos próprios
O Supremo Conselho fundado em 1801, nos Estados Unidos, veio para
organizar a maçonaria praticada nos chamados Altos Graus, entre os quais
estavam os do Rito de Heredom, criado a partir de 1758 e usado como
referência para a criação do Rito Escocês Antigo e Aceito. O novo Rito se
constituiu literalmente de 33º graus. Na prática, dos 33º graus, o Supremo
Conselho de Charleston interessou-se em comandar do 4º ao 33º, não se
envolvendo com os três primeiros para evitar conflito com a maçonaria
norte americana das Lojas Azuis. Desistiu de qualquer tipo de ingerência
nos graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre do Rito Escocês Antigo e
Aceito. E com essa mesma concepção, o Rito chegou à França, em 1804,
através do Supremo Conselho fundado em Paris, dentro do Grande Oriente
de France, que tinha o Rito Moderno, ou Francês, como oficial.
Inicialmente, o Supremo Conselho de France manteve o mesmo modelo de
seu precursor americano: deixou os graus simbólicos para a Grande Loja
Geral Escocesa, criada também em 1804, para organizar os graus
simbólicos do Rito Escocês Antigo e Aceito, que funcionou, ao exemplo do
Supremo Conselho, dentro do Grande Oriente de France. A partir de 1816,
com o desaparecimento da Grande Loja Geral Escocesa, o Grande Oriente
assumiu as atribuições do simbolismo escocês antigo na França e, ao fazê-
lo, diminuiu a autoridade do Supremo Conselho sobre o número de graus,
criando, sob sua jurisdição, as Lojas Capitulares, que trabalham dos graus
1º ao 18º do Rito Escocês Antigo e Aceito. Nessa ocasião, lançou um novo
ritual para as Lojas Capitulares, em 1820, implantando diversas alterações
no ritual de 1804.
O ritual de 1804, em linhas gerais, reproduz os procedimentos praticados
pelos maçons da Grande Loja dos “antigos” de Londres. Algumas
diferenças foram inevitáveis para conciliarem a ritualística da maçonaria
azul dos “antigos” com o simbolismo fundamental dos Altos Graus. Por
isso, o Primeiro Vigilante foi deslocado do centro do Ocidente, em frente
ao Venerável Mestre, para junto da Coluna do Norte e o Segundo Vigilante
trazido do meio da Coluna do Sul para a ponta da mesma Coluna ambos,
lado a lado no Ocidente. A nova distribuição das Luzes no Templo
compatibilizou-as com a encontrada nos graus acima do 3º, os Graus de
Perfeição recolhidos do Rito de Heredom.
As duas vertentes de influência no Rito
A idéia de um rito maçônico originário do movimento de criação dos
Supremos Conselhos a partir dos Estados Unidos da América, que ganhou
o nome de Rito Escocês Antigo e Aceito, se apoiou na certeza de que o
importante no arcabouço do Rito seriam os Altos Graus. A maçonaria azul
teria o papel apenas de base do edifício, servindo de arregimentadora de
pretendentes. O primeiro Supremo Conselho concebeu o Rito com 33º
graus, mas deu aos três primeiras importâncias mínimas, não lhes
revestindo da roupagem própria do escocesismo. Aproveitou o que já
existia no país e sobre eles montou a estrutura principal do 4º ao 33º.
Presentemente, considera-se que essa foi a vertente anglo-saxã do Rito
Escocês Antigo e Aceito, que permanece sem rituais próprios para
Aprendiz, Companheiro e Mestre. Nos Estados Unidos o Rito existe do
grau 4º para cima. Não há Loja especializada em trabalhos simbólicos do
Rito Escocês Antigo e Aceito.
A existência de duas influências ritualístico-institucionais foi materializada
após a chegada do Rito na França. Até 1813, as Lojas-Mãe Escocesas
lideraram a maçonaria azul na França e mantiveram a ritualística sem
alterações. A fusão das duas Grandes Lojas inglesas, a dos “modernos” e a
dos “antigos”, na atual Grande Loja Unida da Inglaterra, enfraqueceu a
posição das Obediências que preservavam a ritualística dos “antigos”,
como foi o caso das Lojas-Mãe Escocesas, que desapareceram nos anos
seguintes. Quando o Grande Oriente de France assumiu os Graus
Simbólicos do Rito Escocês Antigo e Aceito e criou as Lojas Capitulares,
estabeleceu um segundo modelo de funcionamento e jurisdição para o Rito.
Os Altos Graus se constituíram do 19º ao 33º sob a hegemonia do Supremo
Conselho e os graus abaixo desses ficaram sob a autoridade do Grande
Oriente. As divergências entre o Supremo Conselho de France, de um lado,
e os Supremos Conselhos dos Estados Unidos e da Inglaterra, de outro,
dividiram o Rito Escocês Antigo e Aceito em duas vertentes; uma
ortodoxa, a anglo-saxônica, e uma heterodoxa, latina ou francesa. Foram
alterados alguns procedimentos ritualísticos, símbolos e até a concepção
interna do Templo. Uma das principais modificações foi a implantação de
um desnível que passou a caracterizar o Oriente como uma região
geográfica delimitada e não mais constituída apenas pelo Venerável
Mestre. A cor igualmente foi trocada. O azul da maçonaria azul cedeu lugar
para o vermelho do Grau Rosa-Cruz, o mais elevado da Loja Capitular, e os
graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre passaram a fazer parte de uma
denominação nova; o simbolismo, que recebeu o vermelho. O simbolismo
substituiu a maçonaria azul. Assim se formou a vertente latina do Rito
Escocês Antigo e Aceito. Mais tarde, os Supremos Conselhos do mundo
inteiro reivindicaram o retorno para o sistema inicial, ou seja, com poderes
sobre o conjunto de graus a partir do 4º e se estendendo até o 33º,
ocasionando o desmantelamento das Lojas Capitulares.
No entanto, as cores permaneceram as duas, dependendo da vertente e a
ritualística também, pois o simbolismo da vertente latina é diferente da
vertente anglo-saxã.

10 - BIBLIOGRAFIA:

- Ritual e Instruções de Aprendiz Maçom do R∴E∴A∴A∴ - Theobado


Varoli Filho – 1974
- Manual de Dinâmica Ritualística do R∴E∴A∴A∴ - G∴O∴S∴P∴ -
G∴O∴B∴
- Irmãos, Ajudai-me a Abrir a Loja – Newton de Alcântara Filho
- Instruções para Aprendizes - Milton Moulin
- Dicionário de Maçonaria e Simbologia - Nicola Aslan
- Manual de Orientação Ritualística do 1º Grau - R∴E∴A∴A∴-
G∴O∴S∴P∴ - SP – 1991
- Pr.’. do Ir.’. Cícero D.’.A.’.M.’.
A:.R:.L:.S:. Luz da Acácia – Nº 2586 – Or:. de Jaraguá do Sul (SC), Brasil
- Cartilha de Orientação Ritualística do REEA do GOB – MG (2015)
- Lei dos Símbolos Nacionais - nº 5.700 de 01/09/1971
- Ritual de Aprendiz Maçom – GOISP
- Loja Maçônica Obreiros de Irajá
- O Simbolismo na Maçonaria – Colin Dyer
-O Poder Secreto dos Símbolos Maçônicos – Robert Lomas
- Regulamento Geral - GOISP

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