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COORDENADORES:
Ir.’. César Luís Bueno Gonçalves
Ir.’. Francisco de ASSIS de Góis

CHANCELER:
Ir.’. Paulo Roberto A. dos Santos

MAIO de 2010 Ano 5, número 25

Nesta edição
Os triângulos e o delta luminoso
Ir.’. ASSIS faz um
excelente estudo
sobre os triângulos
e Delta presentes
nas Lojas Francisco de Assis de Góis
Maçônicas. A .’. R.’. L.’. S.’. Cavaleiros da Sublime Verdade nº 3526

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Triângulo
ngulo Isósceles Triângulo
ngulo escaleno

O triângulo
ngulo eqüilátero,
eqüilátero, que tem os seus três lados iguais, também é
considerado um triangulo isósceles.
O triângulo retângulo possui um ângulo de 90º e de acordo com as
dimensões de seus lados pode ser isósceles ou escaleno.

Triângulo Eqüilátero Triângulo retângulo

O triângulo de Pitágoras é um triangulo retângulo cujos lados estão


na relação 3 a 4 o que dá necessariamente 5 por hipotenusa. Esse
triângulo dá, em números inteiros e consecutivos, o quadrado da
hipotenusa pela adição dos quadrados dos outros dois lados:

3² + 4² = 5² , Ou seja: 9 + 16 = 25.

Chama-se triângulo “Sublime” o que forma a ponta do Pentagrama,


cujo ângulo, do ápice mede 36º e os da base 72º cada um. Essa
designação de sublime foi-lhe dada pelos pitagóricos.

O triângulo eqüilátero tem os seus três lados iguais.


A Sagrada Tetráktis, o mais sagrado dos símbolos pitagóricos, sobre
o qual os neófitos da escola de Krotona faziam seu juramento,
formava um triângulo eqüilátero. Consistia de dez pontos
eqüidistantes contendo a seqüência numérica 1... 2... 3... 4, formando
um triangulo eqüilátero. A soma dessa seqüência é igual a 10.

Sagrada Tetráktis

O padre Auber em sua obra Historia e Simbolismo Religioso escreve:


“Segundo Plutarco, Xenócrates comparava a divindade a um
triangulo eqüilátero, demonstrando-a com razão igual em todas as
suas perfeições. Os gênios eram comparados a um triangulo
isósceles, que só tem dois lados iguais, necessitando, portanto de
alguma perfeição. Por fim, os homens eram simbolizados pelo
triângulo escaleno que tem todos os seus lados desiguais,
simbolizando portanto todas as desigualdades de nossa natureza.”

O Triangulo eqüilátero, simboliza muitas vezes a Trindade divina no


catolicismo.

Diz Mons. Barbier de Montalt no seu ‘Tratado de Iconografia Cristã


de 1890: “O triangulo eqüilátero, por seus três lados e três ângulos
iguais, é um símbolo muito expressivo. Vemo-lo como um nimbo na
cabeça de Deus ou entre suas mãos. É dentro dele que se inscreve o
nome de Jehovah em hebraico ou o olho de Deus que tudo vê.
Devemos rejeitar esses símbolos porque os Franco-Maçons se
apossaram deles. Eles os tomaram de empréstimo à Igreja, que havia
dado a Trindade criadora como patrono dos arquitetos e dos
pedreiros”.

O Delta luminoso maçônico, é verdade, costuma apresentar em seu


centro o Tetragrama sagrado IEVE, em letras hebraicas, ou então o
Olho Divino.

O tetragrama formado pelas letras Iod, He, Vau, Hé é o nome divino


cuja pronúncia era reservada ao sumo sacerdote, entre os hebreus,
uma única vez por ano.

O Olho simboliza, no plano físico, o Sol visível, de onde emana a


vida e a luz; no plano intermediário ou astral, o Verbo, o Logos, o
Principio criador e no plano espiritual ou divino, o G.’. A.’. D.’. U.’..

O triangulo evoca a Trindade não apenas na religião cristã, mas em


muitas outras.

Na maçonaria, os três lados são muitas vezes traduzido como: Bem


pensar, bem dizer, bem fazer; ou ainda por Liberdade, Igualdade,
Fraternidade.

Ragon diz, em sua obra Ortodoxia Maçônica: Os três pontos do


triangulo significam passado, presente e futuro; o triangulo inteiro
significa eternidade ou Deus eterno. Os três ângulos significam ainda
segundo ele, sal, enxofre e mercúrio – princípios da obra de Deus.
Os três ângulos representam também os três reinos da natureza;
império do Criador e as três fases da revolução perpétua:
nascimento, vida e morte; em suma, o triangulo diz ele; é o emblema
da Divindade.

O Ternário impõe-se por si só em áreas diversas, porque realiza o


equilíbrio entre duas forças opostas: o ativo e o passivo.

Um ramo da ciência nos mostra que toda matéria se transforma,


finalmente, em photons e estes, acumulando-se no espaço, formam as
nebulosas ou mundos em formação. Assim de acordo com a ciência, a
matéria mais grosseira é finalmente formada de luz. Essa concepção
está em concordância com a bíblia que diz no Gênesis que Deus criou
a luz no primeiro dia e o sol no quarto.

Se a essência íntima da matéria é a luz, o meio no qual ela se move


são as trevas. O espaço é Noite e a Matéria é Dia. O tempo só existe
quando os photons agrupados em elétrons, átomos e moléculas,
formam mundos destinados à segregação. O tempo mede a
desagregação e esta se inicia desde o principio. A criança que é
concebida, começa a percorrer um caminho que a leva
impreterivelmente à morte.
Portanto três dos significados maiores do triangulo maçônico pode
ser a luz, trevas e tempo. A luz e as trevas são os lados oblíquos, que
se equilibram e juntam-se no ápice e o tempo ou duração forma a
base do triangulo.

O Ternário cósmico

No Oriente, atrás e acima da cadeira do venerável, vê-se um triangulo


ou Delta luminoso ao qual já nos referimos quando falamos do
tetragrama e do Olho Divino. Vamos falar um pouco sobre o seu
formato.

Delta é a letra grega equivalente ao d. Na sua forma maiúscula, esta


letra tem o formato de um triangulo.

Quando Pitágoras esteve no Egito iniciando-se nos mistérios de Isis e


Osíris, a grande pirâmide de Quéops tinha suas superfícies lisas e
polidas e, nelas o sol refletia-se como num espelho. Das sacadas do
Templo, Pitágoras observou aquele magnífico espetáculo que se
repetia duas vezes ao dia; na alvorada e no crepúsculo. Ele que fora
educado nos mistérios de Apolo, considerava o sol a própria sombra
de Deus, e via o reflexo solar, enquadrado na superfície triangular da
pirâmide, como um símbolo do olho da divindade vigiando os
homens. Então deu a esse símbolo o nome de “O Olho que Tudo Vê”.

Muitos anos depois, ao fundar a sua escola em Krotona, determinou a


um artesão que desenhasse na porta do Templo, essa representação da
divindade e, muitos séculos depois, a maçonaria viria a adotar esse
símbolo como a representação gráfica do G.’. A.’. D.’. U.’..

Não temos certeza se Pitágoras adotou as mesmas proporções da


Grande pirâmide neste símbolo. Se o fez este triangulo seria isósceles
com a base um pouco maior que os dois lados que eram iguais.
Face da grande pirâmide

Jules Boucher não aceita o triangulo eqüilátero para esse símbolo,


que, apesar de todas as perfeições inerentes ao mesmo, parece
instável. O triangulo isósceles, cuja base é mais longa que os lados
parece mais adequado a esse símbolo de estabilidade e poder. Este é o
triangulo do frontão dos Templos e no que diz respeito às suas
proporções, admite-se que seu caráter é tanto mais estável quanto
menor for sua altura com relação à base, isto é quanto maior for a
abertura de seu angulo superior.

Jules Boucher sugere um triangulo cujo angulo no ápice seja 108º, e


os ângulos da base 36º cada um. Esse triangulo tem as relações do
“número de ouro”, embora seja exatamente o inverso do triangulo
“sublime”. É fácil notar a sensação de equilíbrio que dá esse triangulo
se o compararmos a outros.

Pode-se notar, que em certos templos maçônicos, o Delta luminoso


aproxima-se mais ou menos das dimensões desse triangulo porque
suas proporções se impõe por si mesmas.

Formas diversas de triângulos

Três sobreposições desse triangulo forma o pentagrama que por essa


razão era chamado de “Tríplice Triangulo Recruzado”.

A seguir em números inteiros, dimensões suficientemente exatas que


permitem traçar o Delta: Base = 81; altura = 29 e lados = 50.

As proporções exatas são as seguintes: base = 1,618 e lados = 1; ou


base = 1 e lados = 0,618.
Note que em um triangulo assim proporcionado, o pentágono
inscreve-se muito naturalmente dentro dele e que em conseqüência , a
Estrela Flamejante esta contida implicitamente dentro dele.

Tríplice triangulo recruzado O Delta, O Pentágono e o


Pentagrama

Ainda na opinião de Jules boucher o Olho divino e o Tetragrama são


símbolos que lembram muito religiões, por isso poderia ser
substituído pela Estrela Flamejante, lembrando que a maçonaria deve
ficar alem e fora de qualquer religião mesmo aceitando a todas elas.

Encerro este trabalho com um pensamento pitagórico que finaliza o


excelente livro de nosso caro e estimado Ir.’. Carlos Basílio Conte -
“Pitágoras – Ciência e Magia na Antiga Grécia”:

O conhecimento provem daquilo que as pessoas nos falam e os livros


nos ensinam. A sabedoria provém da análise e entendimento
inteligente daquilo que as pessoas falam e os livros ensinam, ou seja:

NÃO CREIAS EM TUDO,


NEM DE TUDO DUVIDES,
POIS A LUZ DA VERDADE
BRILHA E RESIDE NA JUSTA MEDIDA,
E NO MEIO TERMO.

Francisco de Assis de Góis


11 de abril de 2007.

Bibliografia:

Pitágoras – Ciência e Magia na Antiga Grécia de Carlos Basílio


Conte – Editora Madras
A Simbólica Maçônica – Jules Boucher

Ortodoxia Maçônica – A maçonaria Oculta e a Iniciação Hermética –


J. M. Ragon.

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Ir. Francisco de ASSIS de Góis, MM


Coordenador Adjunto do grupo Tempo de Estudos
Coordenador Distrital do GOSP ( GOB SP )
Colaborador da GSCEM do GOSP

Na vida profana é Empresário e Engenheiro

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